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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 20 Professor: Douglas Silva Parreira – douglasparreira30@gmail.com GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: Entomologia Agrícola CAPÍTULO 5. MÉTODOS DE CONTROLE CULTURAL E MECÂNICO 5.1 INTRODUÇÃO O controle cultural será baseado, principalmente, nos conceitos ecológicos e biológicos das pragas. Por isso, é importante que você conheça a dinâmica da sua área antes mesmo de decidir por esse tipo de controle. Embora seja muito importante realizar o controle cultural, mesmo em condições em que você ainda não sabe se a praga realmente estará na sua cultura, é fundamental que você conheça o histórico das pragas que acometeram os plantios anteriores. Isso é recomendado que seja feito pelo fato de que algumas práticas desse método exigem mais mão-de-obra e podem gerar custos desnecessários. Ao decidir por este método, priorize as práticas mais essenciais visando o ma- nejo correto. Alguns exemplos de práticas essenciais para implementar o controle cultural: 5.1.1 ROTAÇÃO DE CULTURAS Consiste no plantio alternado, em anos sucessivos, de culturas que não sejam hospedei- ras das mesmas pragas, reduzindo, dessa forma, suas populações. É recomendada principal- mente para controle de pragas específicas de determinadas plantas. 5.1.2 ARAÇÃO DO SOLO Utilizada para a destruição de larvas e pupas de insetos que normalmente se desenvol- vem no solo. Pode ser empregada, por exemplo, para a destruição de pupas da lagarta-do-es- piga-do- milho, da mosca-das-frutas, etc. O objetivo desse processo é expor esses insetos aos raios solares (ação física) ou a implementos agrícolas (ação mecânica). 5.1.3 ÉPOCA DE PLANTIO E COLHEITA Para algumas pragas, às vezes uma simples antecipação ou atraso do plantio ou co- lheita causa uma diminuição considerável no ataque. Por exemplo: antecipação da época de AULA 5 NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 21 Professor: Douglas Silva Parreira – douglasparreira30@gmail.com GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: Entomologia Agrícola plantio de algodão para o controle da lagarta-rosada; antecipação da época de colheita do mi- lho para controle do gorgulho, e antecipação do plantio do sorgo para controle da mosca-do- sorgo. 5.1.4 DESTRUIÇÃO DE RESTOS DE CULTURA Nesse caso, o objetivo é destruir o substrato que pode atuar como hospedeiro interme- diário de pragas como Helicoverpa zea (Bod.), que posteriormente poderão atacar as culturas de tomate e algodão. 5.1.5 CULTURA NO LIMPO Consiste na retirada da vegetação espontânea (ervas daninhas) próximo e dentro da área de cultivo com o objetivo de reduzir a infestação de certas pragas devido a destruição de seu abrigo. Um exemplo dessa influência foi constatado na cultura de figueira, ao comparar a in- festação da broca-dos-ramos a diferentes distâncias do mato. Entretanto, às vezes ocorre o con- trário, como é o caso dos pulgões, cuja infestação é menor nas proximidades do mato, porque este fornece abrigo e favorece a sobrevivência de inimigos naturais. 5.1.6 PODA Empregada em plantas perenes como meio de controle de certas pragas, como brocas, cochonilhas, etc. Ébastante útil em fruticultura. 5.1.7 ADUBAÇÃO E IRRIGAÇÃO Nesse caso, parte-se do princípio de que uma planta equilibrada nutricionalmente apre- senta maior resistência ao ataque de pragas. Da mesma forma, a irrigação por aspersão pode contribuir para a redução da população de pequenos insetos, como pulgões, tripés, etc., elimi- nados por lavagem. 5.1.8 PLANTIO DIRETO O Sistema de plantio Direto tem sido considerado a melhor prática conservacionista do solo, melhorando a estrutura do solo, sua condutividade hidráulica, melhorando o desenvolvi- mento das plantas cultivadas. NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 22 Professor: Douglas Silva Parreira – douglasparreira30@gmail.com GRADUAÇÃO UNEC / EAD CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA DISCIPLINA: Entomologia Agrícola 5.2 MÉTODO DE CONTROLE MECÂNICO São medidas utilizada em casos específicos como, por exemplo: controle o curuquerê- da-couve em pequenas hortas por meio do esmagamento de ovos e catação de lagartas, catação manual de bichos-cestos em cafezal; esmagamento de brocas de ramos e tronco em frutíferas como figueira; corte de lagartas em fumo e mandioca com tesouras; formação de barreiras ou sulcos contra ataque do curuquerê-dos-capinzais e gafanhotos em surtos graves. BIBLIOGRAFIA CIOCIOLA, A. I.; SOUZA, B.; MOINO JÚNIOR, A. Controle biológico de Insetos. Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. 37p. GALLO, D et al. Entomologia Agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002. 920p. MOINO JÚNIOR, A. Introdução ao manejo integrado de pragas. Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. 20p. MORAES, J. C.; Uso de resistência de plantas no manejo de insetos. UFLA/FAEPE, 2000. 23p. PARRA, J. R. P.; OLIVEIRA, H. N.; PINTO, A. S. Guia ilustrativo de pragas e insetos benéfi- cos dos citros. Piracicaba, 2003. 140p. PARRA, J. R. P.; BOTELHO, P. S. M.; CORRÊA-FERREIRA, B. S.; BENTO, J. M. S. Con- trole biológico no Brasil: Parasitoides e Predadores. São Paulo: Manole, 2002. 635p. RIGITANO, R. L. O.; CARVALHO, G. A. Toxicologia e Seletividade de Inseticidas. UFLA/FAEPE, 2000. 72p. SOUZA, B.; CARVALHO, C. F. Bases morfológicas para o reconhecimento de insetos-praga e inimigos naturais. Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. 80p. Vá no tópico, VÍDEO AULA em sua sala virtual e acesse as vídeo aulas 07 e 08 – Métodos de Controle Mecânico e Cultural de Pragas Vá no tópico, MATERIAL COMPLEMENTAR em sua sala virtual e acesse os slides da aula 04 e 05 sobre Métodos de Controle Mecânico e Cultural de Pragas
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