Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Distribuição eletrônica em átomos neutros Os elétrons distribuem-se na eletrosfera de um átomo ne- cessariamente em ordem de energia, ou seja, sempre ocupam a região de menor energia disponível (estado fundamental). Em ordem energética Com o diagrama de Linus Pauling, a distribuição de elé- trons de um átomo pode ser feita aplicando-se o princípio de Aufbau, ou princípio da construção. Segundo ele, basta adicionar elétrons um a um, preenchendo os subníveis em ordem crescente de energia, sempre obedecendo às quanti- dades máximas de elétrons, até chegar ao número desejado. Observe o exemplo do elemento lítio (3Li), que apresenta três prótons no núcleo e, consequentemente, três elétrons na eletrosfera. 3Li: 1s 2 2s1 A distribuição eletrônica em ordem energética termina com os elétrons mais energéticos do átomo no seu estado fundamental. No caso do lítio, o elétron mais energético está localizado no subnível s da camada 2 (2s1). Observe o exemplo do elemento ferro (26Fe), que apre- senta 26 prótons no núcleo e, consequentemente, 26 elé- trons na eletrosfera. 26Fe: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 No caso do ferro, os elétrons mais energéticos estão lo- calizados no subnível d da camada 3 (3d6). Os elétrons mais energéticos de um átomo são aqueles que ocupam o nível e o subnível de maior energia. Esses elétrons não são necessa- riamente os mais externos do átomo. Em ordem geométrica A distribuição eletrônica deve ser realizada sempre em ordem energética, porém, para a determinação da camada de valência, última camada ou nível mais externo de um áto- mo, devemos reescrevê-la em ordem geométrica ou ordem de camadas. Esse tipo de distribuição termina com os elé- trons mais externos, ou seja, aqueles que estão no nível mais externo. Reagrupando os subníveis de cada nível de energia do ferro, teremos a ordem geométrica ou ordem de camadas. 26Fe: 1s 2 2s2 2p6 Nível 1 (2 elétrons) Nível 2 (8 elétrons) Nível 3 (14 elétrons) Nível 4 (2 elétrons) 3s2 3p6 3d6 4s2 Dessa forma, fica fácil identificar que a camada de valên- cia, ou o nível mais externo do ferro, é o 4s2. Distribuição eletrônica em íons A distribuição eletrônica em íons é semelhante à dos áto- mos neutros. Porém, devemos ficar atentos ao fato de que a entrada ou a saída de elétrons ocorre sempre na camada de valência, ou no nível mais externo. Observe o exemplo do cátion bivalente do ferro (26Fe 2+). • Distribuição eletrônica do átomo neutro: 26Fe: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 • Como o íon apresenta duas cargas positivas, devemos retirar dois elétrons da camada de valência. Dessa forma: 26Fe 2+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 Observe agora o exemplo do ânion monovalente do cloro (17Cl –). O cloro neutro apresenta 17 elétrons. Como o ânion apresenta uma carga negativa, devemos acrescentar um elétron, totalizando 18 elétrons. Ao realizar a distribuição eletrônica com 18 elétrons, teremos: 17Cl –: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 Exceção ao diagrama de Linus Pauling Existem alguns elementos que não seguem corretamen- te a ordem energética de níveis e subníveis de energia. Por exemplo, elementos como o cobre (29Cu), a prata (47Ag) e o ouro (79Au), cuja configuração eletrônica esperada seria ns2(n – 1)d9, na prática, possuem a configuração mais estável ns1(n – 1)d10. Distribuição eletrônica em orbitais Conforme discutido anteriormente, cada elétron de um átomo pode ser descrito por um conjunto de quatro núme- ros, os números quânticos. 1º número quântico principal (n) Esse número indica o nível ou a camada do elétron, é re- presentado pela letra n e varia de 1 a 7, conforme a camada. Número quântico principal Camada K L M N O P Q Número quântico principal (n) 1 2 3 4 5 6 7 Quantidade de elétrons 2 8 18 32 32 18 8 2º número quântico secundário ou azimutal (l) Indica o subnível de energia do elétron, é representado pela letra l e varia de 0 a n – 1. Os elementos conhecidos até hoje ocupam, no máximo, quatro subníveis diferentes, representados na tabela a seguir com os respectivos números associados. QUÍMICA – FRENTE 1988 ATIVIDADE 2 Estrutura dos átomos e distribuição eletrônica 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA Distribuição eletrônica em átomos neutros Os elétrons distribuem-se na eletrosfera de um átomo ne- cessariamente em ordem de energia, ou seja, sempre ocupam a região de menor energia disponível (estado fundamental). Em ordem energética Com o diagrama de Linus Pauling, a distribuição de elé- trons de um átomo pode ser feita aplicando-se o princípio de Aufbau, ou princípio da construção. Segundo ele, basta adicionar elétrons um a um, preenchendo os subníveis em ordem crescente de energia, sempre obedecendo às quanti- dades máximas de elétrons, até chegar ao número desejado. Observe o exemplo do elemento lítio (3Li), que apresenta três prótons no núcleo e, consequentemente, três elétrons na eletrosfera. 3Li: 1s 2 2s1 A distribuição eletrônica em ordem energética termina com os elétrons mais energéticos do átomo no seu estado fundamental. No caso do lítio, o elétron mais energético está localizado no subnível s da camada 2 (2s1). Observe o exemplo do elemento ferro (26Fe), que apre- senta 26 prótons no núcleo e, consequentemente, 26 elé- trons na eletrosfera. 26Fe: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 No caso do ferro, os elétrons mais energéticos estão lo- calizados no subnível d da camada 3 (3d6). Os elétrons mais energéticos de um átomo são aqueles que ocupam o nível e o subnível de maior energia. Esses elétrons não são necessa- riamente os mais externos do átomo. Em ordem geométrica A distribuição eletrônica deve ser realizada sempre em ordem energética, porém, para a determinação da camada de valência, última camada ou nível mais externo de um áto- mo, devemos reescrevê-la em ordem geométrica ou ordem de camadas. Esse tipo de distribuição termina com os elé- trons mais externos, ou seja, aqueles que estão no nível mais externo. Reagrupando os subníveis de cada nível de energia do ferro, teremos a ordem geométrica ou ordem de camadas. 26Fe: 1s 2 2s2 2p6 Nível 1 (2 elétrons) Nível 2 (8 elétrons) Nível 3 (14 elétrons) Nível 4 (2 elétrons) 3s2 3p6 3d6 4s2 Dessa forma, fica fácil identificar que a camada de valên- cia, ou o nível mais externo do ferro, é o 4s2. Distribuição eletrônica em íons A distribuição eletrônica em íons é semelhante à dos áto- mos neutros. Porém, devemos ficar atentos ao fato de que a entrada ou a saída de elétrons ocorre sempre na camada de valência, ou no nível mais externo. Observe o exemplo do cátion bivalente do ferro (26Fe 2+). • Distribuição eletrônica do átomo neutro: 26Fe: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 • Como o íon apresenta duas cargas positivas, devemos retirar dois elétrons da camada de valência. Dessa forma: 26Fe 2+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 Observe agora o exemplo do ânion monovalente do cloro (17Cl –). O cloro neutro apresenta 17 elétrons. Como o ânion apresenta uma carga negativa, devemos acrescentar um elétron, totalizando 18 elétrons. Ao realizar a distribuição eletrônica com 18 elétrons, teremos: 17Cl –: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 Exceção ao diagrama de Linus Pauling Existem alguns elementos que não seguem corretamen- te a ordem energética de níveis e subníveis de energia. Por exemplo, elementos como o cobre (29Cu), a prata (47Ag) e o ouro (79Au), cuja configuração eletrônica esperada seria ns2(n – 1)d9, na prática, possuem a configuração mais estável ns1(n – 1)d10. Distribuição eletrônica em orbitais Conforme discutido anteriormente, cada elétron de um átomo pode ser descrito por um conjunto de quatro núme- ros, os números quânticos. 1º número quântico principal (n) Esse número indica o nível ou a camada do elétron, é re- presentado pela letra n e varia de 1 a 7, conforme a camada. Número quântico principal Camada K L M N O P Q Número quântico principal(n) 1 2 3 4 5 6 7 Quantidade de elétrons 2 8 18 32 32 18 8 2º número quântico secundário ou azimutal (l) Indica o subnível de energia do elétron, é representado pela letra l e varia de 0 a n – 1. Os elementos conhecidos até hoje ocupam, no máximo, quatro subníveis diferentes, representados na tabela a seguir com os respectivos números associados. QUÍMICA – FRENTE 1988 ATIVIDADE 2 Estrutura dos átomos e distribuição eletrônica 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA Número quântico secundário Subnível s p d f Azimutal ( l ) 0 1 2 3 Quantidade de elétrons 2 6 10 14 3º número quântico magnético (m l ) O número quântico magnético (m l ) indica a orientação do orbital no espaço. Cada orbital comporta no máximo dois elétrons com spins opostos. Assim: • o subnível s (que comporta dois elétrons) é formado por um orbital; • o subnível p (que comporta seis elétrons) é formado por três orbitais; • o subnível d (que comporta dez elétrons) é formado por cinco orbitais; • o subnível f (que comporta 14 elétrons) é formado por sete orbitais. Para cada valor de l (número quântico do subnível), m l assume valores inteiros que variam de –1, ..., 0, ..., +1. Observe a tabela a seguir. Número quântico magnético Subnível s (l = 0) 0 Subnível p (l = 1) –1 0 +1 Subnível d (l = 2) –2 –1 0 +1 +2 Subnível f (l = 3) –2–3 –1 0 +1 +2 +3 4º número quântico de spin (s ou ms) Indica o movimento de rotação do elétron, é representado pela letra s ou ms e, por convenção, possui os valores − 1 2 ou + 1 2 . Não importa qual o sinal do spin do primeiro elétron de cada orbital, desde que o sinal do segundo elétron seja o contrário. A representação dos elétrons em orbitais é feita por meias-setas que apontam para cima ou para baixo, como mostrado a seguir. ou Quando o orbital está completo, dizemos que os dois elétrons estão emparelhados; se o orbital está incompleto (com apenas um elétron), dizemos que o elétron está desemparelhado. –1 0 +1 Elétrons emparelhados Elétron desemparelhado Para distribuir elétrons nos orbitais de um subnível, de- vemos obedecer à regra de Hund, a qual estabelece que, para um átomo no estado fundamental, cada orbital de um subnível deve receber um elétron com mesmo spin, para que, depois, cada um desses orbitais receba o segundo elé- tron com spin oposto ao primeiro. Dessa forma, percebemos que, se em um mesmo subní- vel houver mais de um orbital disponível, os elétrons ocupa- rão primeiramente o que estiver vazio, em vez de ocupar um orbital que já possua um elétron. Átomos paramagnéticos e diamagnéticos De acordo com os princípios da Física, quando uma par- tícula com carga está em movimento, ela gera um campo magnético. Um átomo, quando apresenta, em sua distribui- ção, um ou mais elétrons desemparelhados, é chamado de paramagnético. Átomos paramagnéticos são fracamente atraí- dos por um ímã, pois o campo magnético que esse elétron de- semparelhado gera não é anulado. Por outro lado, átomos que apresentam todos os elétrons emparelhados são chamados de diamagnéticos e são fracamente repelidos por um ímã, pois os elétrons que ocupam o mesmo orbital apresentam spins opos- tos, o que provoca uma compensação das forças magnéticas. Observe essa classificação na tabela a seguir. Distribuição eletrônica de um átomo diamagnético e de um átomo paramagnético 10Ne 1s2 2s2 2p6 Diamagnético 9F 1s2 2s2 2p5 Paramagnético QUÍMICA – FRENTE 1 ATIVIDADE 2 Estrutura dos átomos e distribuição eletrônica 989 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 2 Determine o conjunto de números quânticos do último elétron do 17Cl (considere que o primeiro elétron de cada orbital apresenta spin = − 1 2 ). Resolução: De acordo com o diagrama de Linus Pauling, a distribuição eletrônica do cloro é: 17Cl: 1s 22s22p63s23p5 O último elétron da distribuição do cloro corresponde ao 5º elétron do subnível p da camada 3 (3p5). Observe que, dos quatro números quânticos, dois já são conhecidos: Subnível p → l = 1 Camada 3 → n = 3 3p5 n = 3 (número quântico principal); l = 1 (número quântico secundário). Para determinar o magnético (m l ), devemos esquematizar os orbitais. O subnível p é formado por três orbitais: –1 0 +1 São cinco elétrons distribuídos em três orbitais. De acordo com a regra de Hund, devemos primeiro colocar um elétron em cada orbital (com mesmo spin) para depois colocar o se- gundo elétron de cada orbital (com spin oposto ao primeiro). –1 0 +1 (O primeiro elétron de cada orbital está representado com a cor preta.) Dessa forma, o quinto elétron adicionado ficou no orbital 0 (m l = 0) e o spin, como foi o segundo elétron adicionado nes- se orbital, apresenta valor s = + . 1 2 Portanto, os quatro números quânticos do último elétron da distribuição do cloro são: n = 3; l = 1; m l = 0; s = + . 1 2 Exercício resolvido 1 A falta de potássio no organismo pode causar distúrbios neuromusculares, cãibras, paralisias e aumento da pressão arterial. Dos isótopos naturais do elemento potássio, o mais abundante é: 19 39K. As quantidades de prótons, nêutrons e elétrons do isótopo estável do potássio são, respectivamente, A 19, 20 e 39. B 19, 19 e 39. C 19, 20 e 19. D 39, 19 e 20. E 20, 19 e 19. 2 Os átomos X e Y são isótopos e apresentam as seguintes características: A A A AX Y� � � 5 3 2 10 3 2 Os números de massa de X e Y são, respectivamente: A 45 e 43. B 45 e 41. C 43 e 43. D 43 e 41. E 41 e 40. 3 Um elemento químico possui a seguinte represen tação: 16 32X. Considerando essa representação, é correto afirmar que esse elemento, no estado fundamental: A é isóbaro do enxofre. B é isótono do enxofre. C é isótopo do oxigênio. D tem 16 p+, 16 e– e 16 n0. 4 Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes a algumas propriedades dos átomos. Isótonos têm propriedades físicas iguais. Isóbaros têm propriedades químicas iguais. Isótopos têm propriedades químicas iguais. Isóbaros de elementos diferentes têm necessariamente um número diferente de nêutrons. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é A V – V – V – V. B V – V – V – F. C V – V – F – V. D F – F – V – V. E F – F – V – F. QUÍMICA – FRENTE 1990 ATIVIDADE 2 Estrutura dos átomos e distribuição eletrônica 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA
Compartilhar