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AULA 01 04/02/2019 
ANATOMIA PATOLOGICA GERAL 
INTRODUÇÃO 
• OBJETIVO DO ESTUDO DA PATOLOGIA 
Desenvolver raciocínio ( habilidade) diagnóstico, que é uma ferramenta básica do 
médico, para identificar o quadro patológico que o paciente trás. 
Ex: Um paciente com febre alta, tosse, dificuldade respiratória e dor torácica ao 
respirar, só com essas informações eu suspeito de um quadro pneumônico. Com um 
bom treinamento de raciocínio diagnostico, serei capaz de identificar esse quadro sem 
precisar de um exame complementar. Com a ausculta, percebo foco inflamatórios no 
pulmão. E o exame complementar será feito para confirmar a suspeita. 
 DEFINIÇÃO 
É o estudo das doenças. 
É o estudo da mecânica de como ocorre a doença, em uma sequência cronológica de 
eventos e, consequentemente, como pode ser diagnosticada, tratada e evitada. 
 TERMINOLOGIA BASICA 
 Doença – é um estado de alteração estrutural e/ou funcional de um sistema 
orgânico que acarreta PREJUÍZOS a esse sistema. Se não acarreta prejuízos ao 
sistema, não é considerado uma doença, seria uma alteração sem significado 
patológico. A Doença sempre traz algum prejuízo a funcionalidade ou mesmo 
a estrutura daquele sistema orgânico. Então, a doença não é apenas uma 
enfermidade, mas também inclui quaisquer mudanças de forma e da função 
normal ( lesões), quer estejam clinicamente visíveis ou não. 
 Dados epidemiológicos – a doença GERA dados epidemiológicos a cerca dessa 
doença. Dados epidemiológicos são informações que CERCAM o surgimento 
da doença. 
Exemplos: 
1. SEXO – o câncer de mama, epidemiologicamente falando é mais 
comum nas fêmeas do que no macho. 
2. FAIXA ETARIA, pode apresentar características especificas para cada 
doença, como por exemplo o câncer de mama já falado é mais comum 
na meia idade ou idade mais avançada. 
3. ESPECIE – o câncer de mama é muito mais frequente nos cães do que 
nos gatos. 
4. LOCALIZAÇÃO GEOGRAFICA- o câncer de pele é muito mais comum na 
Linha do Equador do que nos trópicos, por causa da incidência do SOL. 
A intoxicação por SAMAMBAIA DO CAMPO em bovinos é muito mais 
comum em regiões acima de 400m, pq essa planta cresce melhor 
nessas áreas de elevação. 
 E qd se conhece os dados epidemiológicos, se consegue então fazer um 
somatório de informações que podem direcionar o seu diagnóstico. 
Ex: Um boxer, idoso, apresentando um nódulo ferido na pele da bolsa escrotal. Antes do 
proprietário falar qq coisa. O raciocínio diagnostico do medico veterinário já começa a 
trabalhar com esses dados epidemiologios: 
RAÇA BOXER – é frequentemente afetada por câncer , principalmente o câncer chamado 
MASTOCITOMA, que é muito comum na pele da bolsa escrotal de CÃES IDOSOS. 
Ou seja, ao partir para a anamnese, já tenho algo pre estabelecido na cabeça devido aos dados 
epidemiologicos apresentados. 
 Sinais clínicos x sintomas- Saber identificar os sinais clínicos. O 
veterinário não lida com os sintomas, pq sintoma é o que o animal sente e este não pode nos 
informar o que está sentindo. Sinais clínicos é o que o medico percebe e é obtido a partir de 
um olhar técnico. O proprietário traz QUEIXAS para vc e os sinais clínicos são percebidos pelo 
veterinário qd ausculta, qd toca o animal. Como se sabe que um animal esta com dor? Uma 
dor abdominal intensa faz com que a musculatura abdominal fique contraída, o animal fica em 
decúbito lateral com abdomem contraído e qd vc vai tocar, o animal tenta te morder. Então 
concluímos que o animal está com dor. 
 
 Patogenia – é o MECANISMO de instalação da doença, do começo ate o fim ( 
sua resolução). Na prova a patogenia tem que ser descrita com um texto. Se 
na prova pedir para descrever a patogenia da LIPIDOSE HEPATICA EM GATOS, 
se o aluno escrever GORDURA NO FIGADO, a questão esta errada. 
Exemplo de como descrever a patogenia do vírus da gripe- O Influenza vírus 
causa uma contaminação oronasal . Particulas de Influenza vírus em contato 
com a mucosa oronasal tendem a causar necrose epitelial do epitélio 
respiratório, e os macrófagos no primeiro momento, ate as 24h, tendem a 
fagocitar as partículas virais. Após a fagocitose dessas partículas virais, elas 
serão conduzidas aos linfonodos regionais ( SUBMANDIBULAR, 
RETROFARINGEO E PRÉ ESCAPULARES) onde iniciarão um processo de 
replicação e isso estimula a antigenia a partir de linfócitos que irão iniciar um 
processo de produção de imunidade especifica. Se essa proliferação viral se 
tornar grande, o vírus inicia um quadro de VIREMIA, ou seja, dissemina pela 
corrente sanguínea, que é o momento que o animal fica febril. Esse quadro 
pode se estender em ate 7 dias em geral, com resolução pela produção de 
anticorpos contra o vírus. 
 Descrição e diagnóstico morfológico – essa descrição tem como intuito de 
reconhecer uma doença. É a capacidade de descrever uma lesão. Ex: Se um 
individuo apresenta uma hemorragia focal na pele, como descrevo isso? 
DESCRIÇÃO - Presença de MÁCULA HEMORRAGICA com aproximadamente 3 
cm, irregular e plana. A partir dessa descrição, outra pessoa será capaz através 
dessa descrição, dar um laudo diagnostico. DIAGNÓSTICO MORFOLOGICO( 
dessa descrição)- EQUIMOSE ( que é uma mancha hemorrágica de 3 cm) 
 Diagnóstico e agente etiológico- agente etiológico é o que causa a doença, Ex 
Influenza vírus é o agente etiológico da gripe. Etiologia = causa. O maior 
desafio do medico é comprovar a etiologia de uma doença. 
 Diagnóstico presuntivo- através dos dados epidemiologicos e sinais clínicos eu 
posso ´presumir a doença. Para um diagnostico definitivo de uma gripe, que 
eu consigo facilmente identificar através do diagnostico presuntivo, eu teria 
que fazer um isolamento viral para saber com certeza qual o agente etiológico, 
demorado e custoso. 
Ex: Um cão com 3 anos de idade apresentando lesões alopecicas circulares 
com descamação. Diagnostico presuntivo – Dermatofitose. Para um 
diagnostico definitivo teria que se fazer a microscopia para se conhecer o 
agente etiológico (cultura, tricograma) 
 Diagnóstico terapêutico- é a partir do diagnostico presuntivo 
 Prognóstico- É a partir do diagnostico você saber o que vai acontecer. A 
evolução da doença. O prognostico depende de informações epidemiológicas 
da doença. 
1. BOM- cura sem sequela 
2. RESERVADO- sequela ou morte 
3. RUIM- morte 
METODOS DE DIAGNOSTICO 
 Exame macroscópico – são os exames que vc apalpa e consegue ver: 
1. Exame Clínico 
2. Exame necroscópico- usado para a identificar a causa mortis e aplacar o 
sofrimento de um proprietário e tb para abordar questões sanitárias( é muito 
importante para identificar o agente etiológico e não contaminar os demais). 
Período de abate sanitário, é o período que se faz o abate de animais sadios 
para determinar a sanidade do galpão (do plantel). Isso é obrigatório. Se faz 
necropsia tb para pagar um seguro de um cavalo, O proprietário só recebe o 
seguro se for determinado por necropsia que a morte do animal não teve 
negligencia do proprietário. 
3. Exame macroscópico de espécimes cirúrgicos – Baço, etc 
 Exame microscópico Biopsias 
 Biopsias – é a avaliação da vida a partir de uma pequena amostra, fragmento, 
espécime. Coleta de tecidos vivos 
 (Excisionais – qd tiro o tecido inteiro, tipo: tirar o baço x incisionais- 
qd tiro um fragmento da lesão) punções, imprints e coletas no geral 
 Avaliação histopatológica- qd eu tiro um pedaço de tecido e produzo laminas 
para avaliar o TECIDO no microscópio. 
 Avaliação citopatológica- qd tiro micro fragmentos de tecidos, obtidos por 
punção( agulha) aspirado, coloco na lamina e avaliarei CELULAS 
 Outros (tricograma / Raspados)