Buscar

As políticas de intervenção dos Estados Unidos na América Latina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

As políticas de intervenção dos Estados Unidos na América Latina
As políticas de intervenção dos Estados Unidos na América Latina têm sido uma
característica proeminente das relações entre os dois continentes desde o século XIX. Ao
longo dos anos, os Estados Unidos intervieram politicamente, economicamente e
militarmente em vários países latino-americanos, afetando profundamente a política e o
desenvolvimento da região.
No final do século XIX e início do século XX, os Estados Unidos adotaram a chamada
"Doutrina Monroe", que afirmava a intenção dos EUA de evitar qualquer interferência
europeia na região, mas ao mesmo tempo mantendo uma influência direta na América
Latina.
Uma das primeiras intervenções dos Estados Unidos na América Latina ocorreu em 1898,
com a Guerra Hispano-Americana, quando os EUA derrotaram a Espanha e assumiram o
controle de Cuba, Porto Rico e Filipinas. Essa intervenção marcou o início do que muitos
veem como o surgimento do imperialismo americano na região.
Durante a Guerra Fria, as políticas de intervenção dos Estados Unidos na América Latina
adquiriram uma nova dimensão. Os EUA temiam a disseminação do comunismo nas
Américas, e isso levou à instauração de governos militares apoiados pelos EUA em vários
países latino-americanos. Exemplos notáveis incluem o apoio aos regimes militares no
Brasil, Argentina, Chile, Guatemala, El Salvador e Nicarágua, entre outros.
Essas intervenções frequentemente resultaram em violações dos direitos humanos,
repressão política e instabilidade social. No Chile, por exemplo, o governo socialista
democraticamente eleito de Salvador Allende foi derrubado por um golpe militar apoiado
pelos EUA em 1973, resultando na instalação de uma ditadura militar liderada por Augusto
Pinochet.
Outra forma de intervenção dos Estados Unidos na América Latina foi através da
implementação de políticas econômicas e comerciais favoráveis aos interesses americanos.
Ao longo do século XX, os EUA impuseram políticas comerciais e acordos desfavoráveis,
promoveram a liberalização econômica e influenciaram na privatização de setores
estratégicos em vários países da região.
Essas políticas econômicas muitas vezes resultaram em dependência econômica,
desigualdade social e marginalização de setores da população latino-americana. Além
disso, a influência econômica dos EUA também se manifestou no apoio a empresas
americanas em detrimento das indústrias locais, levando a uma perda de autonomia
econômica e aprofundando a desigualdade.
É importante ressaltar que nem todas as intervenções dos Estados Unidos na América
Latina tiveram resultados negativos. Alguns programas e iniciativas, como a Aliança para o
Progresso na década de 1960 e a recente cooperação para combater o narcotráfico,
tiveram efeitos positivos em certas áreas.
No entanto, as políticas de intervenção dos Estados Unidos ainda são um tópico sensível e
controverso na América Latina, gerando ressentimento e desconfiança em relação aos
EUA. É um aspecto histórico importante que continua a moldar as relações entre os
Estados Unidos e a América Latina até os dias de hoje.

Outros materiais