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Argumentação Baseada em Provas e Raciocínio Lógico APRESENTAÇÃO Olá! Para persuadir um auditório de uma ideia, um orador pode usar várias estratégias. Dentre elas, destacamos a argumentação e a retórica. Por meio da argumentação, utilizamos argumentos comprobatórios e o raciocínio lógico ou demonstrativo. Por meio da retórica, além desses artifícios, podemos usar outros, que não estejam comprometidos com a verdade. O tema que vamos explorar nesta Unidade de Aprendizagem é a argumentação comprobatória, baseada em provas e raciocínio lógico. Veremos as suas características e como podemos explorá-la. Bons estudos. Ao final desta unidade, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Diferenciar a argumentação da retórica; Construir raciocínios baseados em provas e demonstração; Identificar os tipos de argumentos comprobatórios. DESAFIO • • • A Retórica nasceu na Grécia Antiga, com o surgimento da Democracia e a necessidade de preparar lideranças capazes de intervir na opinião do povo. É a arte de falar bem, que para se realizar pode lançar mão de artifícios variados. Por outro lado, para desenvolver a argumentação, o locutor deve se dedicar à demonstração e às provas. O seu desafio é: dadas as teses a seguir, apresente no mínimo um argumento comprobatório que sustente cada uma delas. a) Uma sociedade desenvolvida acredita na educação como mola propulsora. b) As drogas destroem o indivíduo e as pessoas com quem ele convive. INFOGRÁFICO Observe o infográfico elaborado e compreenda melhor a argumentação baseada em provas e raciocínio lógico. CONTEÚDO DO LIVRO Para aprofundar os seus conhecimentos sobre a argumentação, leia atentamente o trecho do material a seguir. DICA DO PROFESSOR Assista ao vídeo a seguir referente aos assuntos abordados nesta unidade. Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Confira! EXERCÍCIOS 1) Mais escolas, menos presídios ,É indiscutível o aumento da quantidade de jovens brasileiros que seguem a trajetória da criminalidade. Entretanto, os estudos vinculados à Criminologia têm constatado que a adesão dos jovens ao mundo do crime é potencializada pelas condições precárias de moradia, educação, remuneração, entre outros fatores. É também visível que o sistema penal no Brasil não apresenta um viés de ressocialização. Em crise, tal sistema encontrava-se em 2009 com 446 mil presos, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), provocando a superlotação das cadeias, além de um déficit carcerário de 156 mil vagas. O interior dos presídios é uma escola para novos crimes, provoca o embrutecimento do sujeito, a falta de perspectiva de vida (dentro e fora da cadeia) e justifica o elevado índice de reincidência. Se o sistema penal não é efetivo em relação aos adultos, por que o seria em relação aos adolescentes? É urgente que se estabeleçam prioridades mais sábias e que o investimento nos direitos básicos, como a educação de qualidade, por exemplo, seja o foco principal das nossas lideranças. Somente assim, em vez de pensarmos em punir e reabilitar os criminosos, ou em reduzir a maioridade penal, poderemos pensar na formação integral de nossas crianças. (Ada Magaly Matias Brasileiro) A tese principal que pode ser construída pelo leitor deste texto é: a) Os presídios brasileiros não ressocializam. b) Os presídios brasileiros são escolas para novos crimes. c) Em vez de priorizar a construção de presídios, o Brasil deveria investir em escolas. d) A adesão dos jovens à criminalidade se deve às condições precárias em que vivem. e) As condições dos presídios brasileiros justificam a elevação da criminalidade brasileira. 2) Mais escolas, menos presídios ,É indiscutível o aumento da quantidade de jovens brasileiros que seguem a trajetória da criminalidade. Entretanto, os estudos vinculados à Criminologia têm constatado que a adesão dos jovens ao mundo do crime é potencializada pelas condições precárias de moradia, educação, remuneração, entre outros fatores. É também visível que o sistema penal no Brasil não apresenta um viés de ressocialização. Em crise, tal sistema encontrava-se em 2009 com 446 mil presos, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), provocando a superlotação das cadeias, além de um déficit carcerário de 156 mil vagas. O interior dos presídios é uma escola para novos crimes, provoca o embrutecimento do sujeito, a falta de perspectiva de vida (dentro e fora da cadeia) e justifica o elevado índice de reincidência. Se o sistema penal não é efetivo em relação aos adultos, por que o seria em relação aos adolescentes? É urgente que se estabeleçam prioridades mais sábias e que o investimento nos direitos básicos, como a educação de qualidade, por exemplo, seja o foco principal das nossas lideranças. Somente assim, em vez de pensarmos em punir e reabilitar os criminosos, ou em reduzir a maioridade penal, poderemos pensar na formação integral de nossas crianças. (Ada Magaly Matias Brasileiro) Para defender a tese do texto, a autora usou vários argumentos. Assinale a opção em que o tipo de argumento esteja erroneamente identificado. a) “Estudos vinculados à Criminologia têm constatado que a adesão dos jovens ao mundo do crime é potencializada pelas condições precárias de moradia, educação, remuneração, entre outros fatores.” Uso da ilustração. b) “O sistema penal no Brasil não apresenta um viés de ressocialização.” Uso de um fato. c) “O sistema encontra-se hoje com 446 mil presos, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”. Uso de dados e autoridade. d) “provocando a superlotação das cadeias”. Uso de fato. e) “... um déficit carcerário de 156 mil vagas.” Uso de dados. 3) Leia o fragmento a seguir: ,"A maioridade penal, durante o período colonial de 1830, foi instaurada no Brasil com o advento do primeiro Código Criminal do Império, uma tradição Europeia a fim de que haja rigor na legislação brasileira, bem como punição aos infratores de delitos. Essa sistemática estendeu-se por décadas, até que, com o advento do Decreto nº 847, promulgado em 11 de outubro de 1890, sob o comando do Chefe de Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil - General Manoel Deodoro da Fonseca, houve o reconhecimento e a urgente necessidade de reformar o regime penal, incluindo uma preocupação específica à maioridade penal quanto à inimputabilidade. Diante desse contexto, o código Republicano determinava a inimputabilidade absoluta aos menores de nove anos completos cujo objetivo principal estava centrado na garantia e proteção do menor." (Sidnei Bonfim da Rocha. A redução da maioridade penal) Para apresentar a origem legal da maioridade penal no Brasil, o autor: a) Explicita fatos. b) Apresenta dados. c) Seleciona exemplos. d) Dialoga com argumentos de autoridade. e) Explora ilustrações. 4) Leia o fragmento de texto a seguir: ,"A maioridade penal, durante o período colonial de 1830, foi instaurada no Brasil com o advento do primeiro Código Criminal do Império, uma tradição Europeia a fim de que haja rigor na legislação brasileira, bem como punição aos infratores de delitos. Essa sistemática estendeu-se por décadas, até que, com o advento do Decreto nº 847, promulgado em 11 de outubro de 1890, sob o comando do Chefe de Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil - General Manoel Deodoro da Fonseca, houve o reconhecimento e a urgente necessidade de reformar o regime penal, incluindo uma preocupação específica à maioridade penal quanto à inimputabilidade. Diante desse contexto, o código Republicano determinava a inimputabilidade absoluta aos menores de nove anos completos cujo objetivo principal estava centrado na garantia e proteção do menor." (Sidnei Bonfim da Rocha. A redução da maioridade penal) Com base na leitura do fragmento acima, o argumento “em 11 de outubro de 1890, sob o comando do Chefe de Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil - General Manoel Deodoro da Fonseca, houveo reconhecimento e a urgente necessidade de reformar o regime penal,” baseia-se em: a) Um raciocínio lógico dedutivo. b) Um raciocínio lógico indutivo. c) Um fato histórico. d) Um exemplo de legislação. e) Um argumento de autoridade. 5) Leia o fragmento a seguir: ,"A maioridade penal propicia questionamentos que vão muito além da redução da idade do menor. A criança e o adolescente que atualmente ingressam no mundo do crime perdem mais do que sua própria liberdade, perdem sua infância, seus sonhos, enfim, vivem num mundo sem destino. Nesse sentido, cria-se um ciclo onde ingressa no vício como se algo normal fosse, encara o mundo do crime, depara-se com a prisão considerada centro de internação para menores e, muitas vezes, acaba com a morte, num sistema de represálias sociais. Caberá ao Estado oferecer dois papéis clássicos para melhoria de qualidade desses jovens: a estrutura e oportunidades para os adolescentes brasileiros. É tirar os jovens da rua e investir em sua formação cidadã." (Sidnei Bonfim da Rocha. A redução da maioridade penal) Para questionar a redução da maioridade penal, o autor sinaliza para outros aspectos que estão diretamente envolvidos no problema. A opção que NÃO aponta um desses aspectos é: a) Ao ingressar na criminalidade, a criança e o adolescente perdem a própria liberdade, a infância e os sonhos. b) O ingresso na criminalidade tem sido considerado algo normal para a criança e o adolescente. c) Muitas vezes, a criança e o adolescente internados em centros para menores acabem morrendo. d) O Estado deve oferecer estrutura e oportunidades aos menores brasileiros. e) A formação cidadã é a qualidade de vida esperada pelos menores brasileiros. NA PRÁTICA Veja como a argumentação se faz presente em nosso dia a dia: SAIBA + Para ampliar seus conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo a(s) sugestão(ões) do professor: Argumentação e retórica. Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Confira! Argumentação e persuasão. Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Confira! Texto expositivo-argumentativo. Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Confira! Redução da maioridade penal. Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Confira!
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