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Funções psíquicas I cobsciencia ao pensamento e discurso

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Funções psíquicas I: da
consciência ao pensamento e
discurso
2
PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL, SEM AUTORIZAÇÃO.
Lei nº 9610/98 – Lei de Direitos Autorais
3
Em uma investigação diagnóstica em psicopatologia, a avaliação do paciente é feita
principalmente por meio da entrevista, sendo que esta não pode, de forma alguma, ser
vista como algo banal ou um simples perguntar ao paciente sobre alguns aspectos de sua
vida. A entrevista, juntamente com a observação cuidadosa do paciente, é, de fato, o
principal instrumento de conhecimento da psicopatologia (DALGALARRONDO, 2008).
O exame psíquico consiste na avaliação detalhada das funções psíquicas do paciente, na
qual o examinador deve observar e descrever com atenção todos estes aspectos das
funções psíquicas, relatando suas impressões para formar um diagnóstico coerente com a
observação clínica (CHENIAUX, 2005; BASTOS, 2020).
Esse encontro entre o paciente e o entrevistador visa extrair um conhecimento relevante
sobre o indivíduo, sendo um dos eixos básicos da prática profissional em saúde mental.
Apresentam-se, a seguir, alguns dos aspectos considerados mais relevantes sobre a
técnica de entrevista, abordando as funções psíquicas mais comuns: da consciência ao
pensamento (DALGALARRONDO, 2008).
Análise das funções psíquicas
1. Consciência
A origem do termo consciência vem da junção de dois vocábulos latinos: cum (com) e scio
(conhecer), indicando o conhecimento compartilhado com outro e, por extensão, o
conhecimento “compartilhado consigo mesmo”. A definição neuropsicológica do termo
consciência atua no sentido de estado vígil (vigilância), estar desperto, acordado, lúcido. A
definição psicológica do termo significa a soma total das experiências conscientes de um
indivíduo em determinado momento, sendo uma atividade psíquica do sujeito que se volta
para a realidade.
Alterações básicas do estado de consciência (análise quantitativa): 1. normal - paciente
em estado de vigília; 2. turvação da consciência - paciente apresenta confusão mental,
alucinações); 3. coma ou coma profundo - não responde a qualquer estímulo.
Alterações básicas do estado de consciência (análise qualitativa): estados hipnóticos,
transe, dissociativos e crepusculares.
2. Atenção
A atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado de concentração da
atividade mental sobre determinado objeto, sendo que os termos “consciência” e
“atenção” estão estreitamente relacionados. Aqui teremos a análise do estado de atenção
do paciente, através do direcionamento da consciência. Capacidade de dirigir a atenção,
selecionar o foco (seletividade) e alternar o foco (alternância), podendo ser dividida em 3
elementos:
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• Hipoprosexia – perda básica da capacidade de concentração, com fatigabilidade
aumentada, dificuldade de percepção dos estímulos ambientais, as lembranças tornam-se
imprecisas, há dificuldade crescente em todas as atividades psíquicas complexas, como o
pensar, o raciocinar, a integração de informações, etc.
• Aprosexia – total abolição da capacidade de atenção, mesmo por estímulos fortes.
• Hiperprosexia – estado de atenção exacerbada. Transtornos do humor (depressão e
transtorno bipolar), transtorno obsessivo compulsivo (TOC), esquizofrenia e transtorno de
déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) são os que mais apresentam alterações da
atenção.
3. Memória
Análise da capacidade de registrar, reter e verbalizar fatos ocorridos no passado do
paciente. A capacidade de memorização relaciona-se com o processo de aprendizagem,
com o nível de consciência, com a atenção e com o interesse afetivo do indivíduo perante
determinada situação ou processo. A evocação é a capacidade de recuperar e atualizar os
dados fixados. Esquecimento, por sua vez, é a denominação que se dá à impossibilidade
de evocar e recordar.
As alterações patológicas da memória podem ser quantitativas:
 Hipermnésias – grande número de memórias, porém sem clareza e precisão;
 Amnésias – a perda da memória
Ou qualitativas:
 Paramnésias – envolvem a deformação do processo de evocação de conteúdos
mnêmicos previamente fixados (lembrança deformada).
4. Orientação
A avaliação da orientação é um instrumento valioso para a verificação das perturbações
do nível de consciência. A análise do estado de consciência do paciente ao tempo e
espaço pode ser classificada em 2 testes:
Autopsíquica: o indivíduo consegue realizar uma introdução sobre si próprio - nome, idade,
profissão, familiares, entre outros.
Alopsíquica: o indivíduo consegue identificar tempo, espaço/ambiente.
5. Consciência do Eu
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Do ponto de vista psicanalítico, o Eu (ou ego) surge como a diferenciação adaptativa do
aparelho psíquico a partir do contato da criança com a realidade. Aqui teremos a análise
através da qual “o eu se faz consciente de si mesmo”, que abrange o eu psíquico e
corporal.
6. Afetividade e Humor
Afetividade é um termo que abrange várias modalidades de vivências afetivas, como o
humor, as emoções e os sentimentos. As vivências afetivas podem distinguir-se em cinco
tipos básicos: 1. Humor ou estado de ânimo; 2. Emoções; 3. Sentimentos; 4. Afetos; 5.
Paixões.
No teste psíquico será realizada a análise das emoções do paciente em relação a sua fala
e aos estímulos externos, levando em consideração 3 aspectos:
 Vinculação: se estabelece contato empático com demais indivíduos;
 Estabilidade: se o estado afetivo se mostra regular e constante;
 Humor: o estado afetivo geral do paciente (mostra-se empático, alegre, eufórico,
excitado, explosivo, etc.).
Dentre as principais alterações patológicas da afetividade temos as Alterações do humor;
Ansiedade, Angústia e Medo; Alterações das emoções e dos sentimentos (apatia,
distanciamento afetivo, indiferença afetiva, anedonia, neotimia, dentre outros).
7. Pensamento (Linguagem e Discurso)
A análise do pensamento é um ponto complexo do exame psíquico, que leva a diversas
discussões. O pensamento é construído a partir de elementos sensoriais que irão fornecer
substrato (imagens, percepções e representações) para o processo do pensar. O elemento
estrutural básico do pensamento é o conceito e a partir dele são formados os juízos, que
por sua vez, permitem estabelecer relações significativas entre os conceitos básicos. A
função que relaciona os juízos é denominada raciocínio, e o processo do raciocínio
representa um modo especial de ligação entre conceitos, de sequência de juízos, de
encadeamento de conhecimentos e experiências.
A linguagem é uma criação social de todos os grupos humanos que possibilita a
significação e transmissão dessa experiência. Já o discurso é a manifestação da linguagem
que permite inferir sobre a saúde do pensamento do indivíduo.
As alterações da linguagem mais comuns são: afasia, parafasia, agrafia, alexia, disartria,
disfonia e disfemia, dentre outras (DALGALARRONDO, 2008).
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