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GEOGRAFIA - Agropecuária IM PR IM IR Voltar GA BA RI TO Avançar 21 58. U. Salvador-BA “A posse da terra torna-se ilegítima quando não é valorizada ou quando serve para impedir o trabalho dos outros, visando obter um ganho que não provém da expansão do trabalho humano, mas antes de sua repressão, da exploração, da especulação. Semelhante propriedade não tem qualquer justificação e constitui um abuso diante de Deus e dos homens.” Papa João Paulo I. In: Piletti & Lazzaroto, p. 174. Associando-se os conhecimentos sobre a questão fundiária à análise do texto, pode-se concluir: ( ) A visão contida no texto contradiz as idéias religiosas da Idade Média que, ao justificar a estrutura medieval baseada no tripé terra, poder e religião, impediu o livre acesso dos camponeses à terra. ( ) As idéias do texto corroboram a análise de que a estrutura fundiária atual do Brasil é injusta, no entanto, durante o processo de colonização, há exemplos de medidas, como a criação das capitanias hereditárias, que visavam impedir a especulação mercadológica da terra. ( ) O fenômeno do “cercamento dos campos” – vigente na Inglaterra da Revolução Industrial, como solução para impedir o êxodo rural e as revoltas camponesas – legou, como principal conseqüência, o aumento vertiginoso das taxas de urbaniza- ção mundial. ( ) A ação da ala progressista da Igreja Católica, no Brasil, a qual se direciona para a defesa dos direitos elementares dos pobres e despossuídos – inclusive os chamados sem-terra – é condizente com as idéias expressas no texto. ( ) A histórica migração interna de nordestino para o Sudeste é fruto, entre outros fatores, da concentração fundiária forjada no Nordeste brasileiro, desde os tempos coloniais. 59. Univali-SC Em conseqüência da revolução industrial, a agricultura vem paulatina e per- manentemente sofrendo grandes transformações. Porém, essas transformações se encon- tram em estágios diferentes nos vários países do mundo e, também, entre as diversas regiões brasileiras. Sobre a agricultura brasileira, é correto afirmar: a) O café é uma cultura que alterou sua expansão geográfica. Do Paraná, expandiu-se para São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo e, atualmente, volta para o Rio de Janeiro, um dos primeiros estados a cultivar café no Brasil. b) Nos últimos anos, a expansão geográfica do café chegou ao Paraguai, levada pelos lavradores brasileiros, conhecidos como “brasiguaios”. c) A produção de café no Brasil desde seu início sempre esteve dominantemente basea- da no trabalho assalariado. d) A cultura do arroz tem no Rio Grande do Sul a maior área produtora nacional (mais de 40%). Outros estados se destacam na produção de arroz (com 10 a 15% da produção). São eles: Santa Catarina, São Paulo e Bahia. e) Santa Catarina é o maior produtor de maçã do Brasil, seguido do Rio Grande do Sul e do Paraná. Da produção catarinense, 90% vêm de São Joaquim, a “capital nacional da maçã”. Os demais 10% vêm do município de Fraiburgo, onde é realizada a Festa Estadual da Maçã. GEOGRAFIA - Agropecuária IM PR IM IR Voltar GA BA RI TO Avançar 22 60. PUC-RS A expansão do cultivo de soja no Brasil pode ser avaliada por meio da análise dos seguintes dados: Brasil (área de lavoura) Soja (área cultivada) 1950 – 19.000.000 ha 1950 – 1000.000 ha 1990 – 55.000.00 ha 1990 – 12.000.000 ha Sobre a expansão da soja assinale a alternativa incorreta: a) a expansão do cultivo da soja, no sul do país, se fez em prejuízo das pequenas propri- edades; b) a expansão da soja se fez em detrimento de áreas produtoras de arroz, feijão, mandio- ca – produtos importantes para a alimentação básica da população brasileira; c) o cultivo de soja ocupou importantes áreas da fronteira agrícola, com relações de trabalho assalariadas e objetivando atender ao mercado consumidor externo; d) a expansão da soja criou condições de preservação ambiental ao alternar suas áreas de cultivo com áreas do cerrado e florestas tropicais úmidas, além de impedir a prática da queimada; e) o cultivo de soja criou, nas áreas centrais do país, um complexo produtivo que envolve desde o uso de máquinas e insumos agrícolas até a criação de vias mais eficientes de transporte. 61. U.E. Londrina-PR “O geógrafo Pedro Pinchas Geiger propôs, em 1967, a divisão regional do Brasil em três regiões geoeconômicas ou complexos regionais (...). Essa divisão regional tem por base as características geoeconômicas e a formação histórico-econômica do Brasil. (...)” ADAS, Melhem. Geografia: O Brasil e sua regiões geoeconômicas. São Paulo, Moderna. 1996. p. 52 e 67. Aos complexos regionais da Amazônia, do Nordeste e do Centro-Sul, propostos por Geiger, podem-se atribuir, respectivamente, as seguintes caracterizações: a) Povoado no período colonial – industrializado – de baixa densidade demográfica. b) De agricultura tecnificada – de atração de mão-de-obra – de predomínio de população rural. c) De pequenas propriedades rurais – de industrialização tradicional – de economia ex- trativa. d) De expansão da fronteira agrícola – colonizado através da economia açucareira – o mais industrializado e urbanizado. e) De integração dos povos da floresta – de economia agropecuária moderna – de expul- são de mão-de-obra. 62. UFPR As relações campo-cidade ocorrem não somente no sentido do campo fornecer os insumos básicos agrícolas para o abastecimento das cidades. O campo tem sido tam- bém um grande fornecedor de força de trabalho para os centros urbanos. Para muitos habitantes do campo, migrar para a cidade, antes de ser uma dentre várias opções, é, quase sempre, a única opção, posto que: a) os migrantes são concretamente expulsos de suas terras ou saem simplesmente por- que o que podem obter, nas condições que possuem, não dá para manter sua família; b) os migrantes abandonam as suas terras em virtude sobretudo da pressão que sobre eles é exercida com a progressiva elevação dos preços das terras; c) a cidade exerce sobre os camponeses uma grande atração dado que proporciona me- lhores condições de vida que, geralmente, os migrantes conseguem na cidade; d) o campo, além de não apresentar as condições infra-estruturais adequadas para a fixa- ção do homem, as práticas agrícolas atrasadas e predatórias praticadas pelos campo- neses degradam facilmente o solo; e) internamente a cada grupo familiar camponês, o crescimento do número de filhos sendo superior a ampliação de suas terras impossibilita o sustento de sua família.