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Cora M Rocha Sistema reprodutor masculino GnRH - LH e FSH LH atua nas céls de Leydig, produzem testosterona FSH atua nas céls de Sertoli, faz espermatogênese, crescimento de túbulos seminíferos -A testosterona é o principal hormônio andrógeno testicular e circulante → transportado pela SHBG e albumina - Age por efeito direto pelo receptor de androgênio, ou DHT ou como 17b-estradiol - o maior grau do estradiol é produzido pelo tecido adiposo, aromatização - a testo convertida em DHT nos tecidos periféricos, produz o andrógeno mais potente > estimula crescimento da próstata -Inibina-B se relaciona com a contagem total dos espermatozoides e volume testicular → usado como índice de espermatogênese sistema reprodutor feminino GnRH - LH e FSH - ovários LH - teca - andrógenos FSH - granulosa - maturação de folículo Suprarrenais - andrógenos - DHEAS e androstenediona Ovários - androstenediona e testosterona Conversão periférica - androstenediona e DHEAS em testo Ciclo ovariano Fase folicular, 1ºd → cresc e desenv dos folículos Um ovo a cada mês, folículos responsivos ao FSH progridem até ovulação Metade do ciclo - aumento de estrógeno - pico de LH - ovulação dentro de 24-36h Fase lútea, após ovo e formação do corpo lúteo O corpo lúteo é endócrino e produz progesterona, em menor grau estrógeno e inibina A → o C.L encontra-se sob regulação do LH → caso não fecundado e estimulado pela hCG, ele regride a corpo albicans Puberdade Meninos -entre 9 e 14a - aumento testicular - G2 Meninas - entre 8 e 13a - Aumento na velocidade de crescimento, aparece telarca M2 Puberdade precoce - Aparecimento dos caracteres sexuais secundários antes dos 8a nas meninas, podendo haver menarca antes dos 9a, e caracteres antes dos 9a nos meninos. Puberdade precoce: • Central ou dependente de gonadotrofinas (PPDG) • Periférica ou independente de gonadotrofinas (PPIG) Variantes do desenvolvimento puberal normal: • Telarca precoce isolada • Pubarca precoce isolada • Sangramento pré-puberal isolado (pode ter causa hormonal ou não hormonal) Avaliação clínica - anamnese - investigar quando iniciaram os caracteres sexuais, ordem de aparecimento, velocidade de progressão, uso de medicamentos ou cremes que contenham esteroides sexuais, antecedente de puberdade precoce em familiares. - ExF com estadiamento de Tanner Avaliação laboratorial - LH, FSH e estrogênio - meninas - testosterona - meninos estrógeno >20 ou normal em valor púbere menina testosterona >14 sempre em valores púberes menino LH >0,6 ou >0,2 valores púberes → pedir teste de estímulo com GnRH FSH basal ou após estímulo de GnRH não é útil Valores suprimidos ou baixos sugerem PP de origem periférica Avaliação imagem - Rx mão e punhos p/ idd óssea -USG pélvica ou testicular - TC de abdome, pelve, tórax a depender da suspeita - RM de sela túrcica em crianças com PP central Tratamento - Inibição do eixo HHG com aGnRH: exemplo de Leuprolida IM/SC ou leuprorrelina IM - Cirurgia: em casos de tumores funcionantes - Inibidores da esteroidogênese: • Progestágenos • Cetoconazol - Antiandrogênicos: • Ciproterona • Espironolactona - Inibidores de aromatase: • Anastrazol • Letrozol • - Tamoxifeno - um modulador seletivo do receptor de estrógeno, que antagoniza seu efeito em alguns tecidos Cora M Rocha Puberdade atrasada • Ausência de caracteres sexuais secundários em meninas acima de 13 anos ou meninos acima de 14 anos • Meninas com amenorreia primária aos 18 anos (ou após 5 anos do aparecimento de caracteres sexuais secundários) ou meninos que não completaram o desenvolvimento puberal 4,5 a 5 anos após o seu início Causas de atraso puberal: • Retardo constitucional do crescimento e desenvolvimento • Hipogonadismo hipogonadotrófico (LH e FSH baixo, estrogeno e testo baixo) • Hipogonadismo hipergonadotrófico(LH e FSH alto, estrog e testo baixo) Investigação anamnese + ExF + ExL: Hc, TSH, LH, FSH, testo e estradiol, cariótipo se houver hiper hipogond, s-DHEA, cortisol, IGF-1, PRL *o teste do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) não tem nenhuma função na avaliação de atraso puberal, apenas na puberdade precoce. Este teste não diferencia o hipogonadismo hipogonadotrófico do RCCD, pois ambos podem não responder ao teste. -idade óssea, US pelve, RM da hipófise Tratamento • Expectante: bom prognóstico, a criança se desenvolverá um pouco mais tarde do que as outras, mas não terá prejuízo no desenvolvimento puberal nem na altura • Indução hormonal do início da puberdad se IO > 12 a 13 anos. • Este tratamento para evitar baixo pico de massa óssea: Nas meninas: estrogênio conjugado 0,15 a 0,30 mg (premarin 0,3 mg, 1/2 a 1 comprimido por dia) ou 5 a 10 μg de etinilestradiol, via oral (VO) 1 vez/dia durante 3 a 6 meses. Geralmente este tempo já é suficiente para ocorrer o desenvolvimento mamário e a ativação do eixo central do próprio paciente, não sendo mais necessário continuar o tratamento Nos meninos: testosterona 50 mg (1/4 da ampola de deposteron de 200 mg), intramuscular (IM), 30/30 dias por 3 a 6 meses. Geralmente é o tempo necessário para ativação do eixo e começar a haver aumento dos testículos e produção de testosterona própria, sendo desnecessário continuar o tratamento. Síndrome de Kallman - deficiência isolada de gonadotrofinas, principal nos homens - hipogonadismo hipogonadotrófico associado a anormalidades do olfato (anosmia ou hiposmia) devido à agenesia ou hipoplasia dos pulsos e sulco olfatório; - O hipogonadismo hipogonadotrófico varia de espectro conforme a quantidade de GnRH → Portanto, às vezes pode haver certo desenvolvimento de caracteres sexuais secundários, e apenas não completar a puberdade. - Pode haver micropênis, criptorquidia e algumas outras malformações, como renais, faciais, neurológicas. ExF e ExL: Hipogonadismo hipogonadotrófico + anormalidades no teste olfatório RM: bulbo e sulco olfatório comprometido (não é essencial ao diagn) Tratamento: reposição hormonal + avaliar características sexuais secundárias, libido, função sexual, humor + ExL de seguimento como LH, FSH, testosterona, hemograma, PSA se >40a, lipidograma e transaminases Síndrome de Turner - falência gonadal primária (principal nas mulheres) • mulher, baixa estatura desde o nascimento, pescoço curto e alado + deformidades torácicas, madelung na ulna, hipertelorismo mamário, micrognatia, palato em ogiva, orelhas proeminentes, implantação baixa do cabelo • Anormalidades da aorta (coarctação ou valva bicúspide); •Alterações renais (rim em ferradura, duplicação renal, hidronefrose); • Lesões de pele (nevos, queloides, linfedema de extremidades), • TGI; (telangiectasias, hemangiomas, sangramento de TGI, câncer colorretal); • Autoimunidade (Hashimoto, artrite reumatoide, diabetes melito tipo 1, doença celíaca); • Obesidade, diabetes melito tipo 2; síndrome metabólica; • Hipogonadismo hipergonadotrófico e prejuízo do pico de massa óssea Tratamento - GH - TRH - Gonadectomia, se cromossomo Y detectado - Prevenir e tratar doenças subsequentes Síndrome de Klinefelter - insuficiência gonadal primária (principal em homens) - afeta espermatogênese e produção de testosterona; - quando em mulheres, mães de idde avançada - 47, XXY - O quadro clínico habitual é de um indivíduo do sexo masculino, com alta estatura, testículos pequenos e fibróticos, azoospermia ou oligospermia com infertilidade (mas, eventualmente, podem até ter fertilidade, dependendo do grau de comprometimento testicular), micropênis, ginecomastia e pouca pilificação facial e genital. - O indivíduo pode apresentar hipogonadismo hipergonadotrófico já na puberdade ou, às vezes, a função esteroidogênica gonadal pode durar mais algum tempo e só evoluir para hipogonadismo franco na vida adulta - O hipogonadismo pode trazer como consequência um baixo pico de massa óssea Diagnóstico - adolescente ou adulto apresentando hipogonadismo ou alta estatura e fenótipo clássico > padrão-ouro é o cariótipo. Tratamento TRH androgênica em pacientes com hipogonadismo-hipergonadotrófico + rastreio de malformações cardíacas, renaisSíndrome de Noonan Micropênis - É um pênis de formação anatômica normal cujo comprimento medido da sínfise púbica até a exposição da glande tem um Z-score < –2,5 para idade; - Decorre de defeito hormonal após 14 semanas de idade gestacional - hipogonadismo - Causas como Síndrome de Kallmann, Klinefelter, deficiência de GH etc Investigação • Laboratório: • Cariótipo, testosterona, hormônio luteinizante (LH), hormônio folículoestimulante (FSH), GH, fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1), IGFBP-3 (IGF binding proteins 3), cortisol basal, sódio, potássio, glicemia, hormônio tireoestimulante (TSH), tiroxina (T4) livre. Cora M Rocha • Em caso de hipogonadismo hipogonadotrófico, deve-se testar todos os eixos hipofisários. • Imagem: • Ultrassonografia (USG) testicular, ressonância magnética (RM), sela túrcica, • RM de sulcos e bulbos olfatórios, se houver hipogonadismo hipogonadotrófico Tratamento Testosterona - IM em RN e tópico em crianças e adolescentes Síndrome de Morris Na resistência completa (síndrome da insensibilidade completa aos androgênios [CAIS], ou síndrome de Morris), o fenótipo é sempre feminino perfeito, com genitália externa perfeitamente feminina, mamas normais, vagina curta e em fundo cego, mas com presença de testículos (às vezes encontrados em hérnias inguinais ou intra-abdominais) → procura médica por amenorreia SOP Critérios de Rotterdam: • Disfunção menstrual • Hiperandrogenismo ou hiperandrogenemia • Presença de ovários policísticos à ultrassonografia (> 12 folículos periféricos entre 2 e 9 mm ou algum ovário > 10 cm3, desde que seja descartada a presença de corpo lúteo ou folículo dominante) - SOP é diagn de exclusão e é preciso descartar outras doenças como hiperplasia adrenal congênita, tumor virilizante, Cushing, acromegalia, disfunção tireoidiana, hiperprolactinemia etc - Pode estar presente resistência à insulina, obesidade, síndrome metabólica, história familiar positiva de SOP, relação LH/FSH >3 - risco aumentado para infertilidade, câncer de endométrio, HAS, dislipidemia, DCV, SAOS Achados laboratoriais - disfunção menstrual - alto LH baixo FSH - hirsutismo, acne, alopecia - hiperandrogenismo - acantose nigricante - RI - hiperandrogenemia - aumento de testo total e livre, androstenediona, DHEA → testo livre principal marcador aumentado - aumento da relação LH/FSH - redução do SHBG - redução do estradiol e progesterona - solicitar PRL, TSH, T4, glicemia de jejum, insulina, HbA1C, lipidograma - cortisol, BHCG Achados ultrassonográficos - Ovários aumentados de volume, com cistos dispostos perifericamente e hiperecogenicidade do estroma. - Presença de mais de 12 folículos - A USG deve ser realizada entre o 3o e o 5o dia do ciclo menstrual (fase folicular), e o anticoncepcional oral (ACO) deve ser suspenso idealmente pelo menos 3 meses antes desta avaliação. - A USG transvaginal (USGTV) é bem mais sensível que a USG pélvica para avaliação adequada dos ovários. - O critério ultrassonográfico não é obrigatório para o diagnóstico Tratamento - MEV - ACO com progesterona antiadrogênica (ciproterona, drospirenona) - Metformina em casos de RI - Espironolactona, ciproterona, finasterida: tratamento anti-hormonal para hirsutismo e acne. - se desejo de engravidar: letrozol, clomifeno
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