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1 Resumo executivo…………………………………………………..……………………….…………………3 Primeiro ponto de atenção: nascimento da obrigação e do crédito……………………………………………………………………………………………………………………..4 Segundo ponto de atenção: lançamento do ofício……………………………………………………………………………………………………………………….10 Terceiro ponto de atenção: inscrição e execução de dívida ativa…………………………………………………………………………………………………………………………12 Como a GOVE pode ajudar……………………………………………………………………………15 Esse material foi gerado pelo software Gove. Antes de efetuar qualquer ação a Gove recomenda que seja realizada primeiramente consulta junto ao Departamento Jurídico Municipal Sumário 3 O tributo percorre um longo caminho desde a ocorrência do fato gerador até a sua arrecadação. Em relação ao Imposto Sobre Serviços (ISS), principal receita própria dos médios e grandes municípios, isso não é diferente. Em primeiro lugar, é necessário ressaltar que existem diversas iniciativas que podem favorecer o aumento da arrecadação pela via do incentivo positivo. Por exemplo, a simplificação das obrigações acessórias e um bom serviço de consulta diminuem os custos transacionais dos contribuintes, e mecanismos de fiscalização cidadã (como oferecimento de descontos no IPTU ou sorteios) incentivam os tomadores de serviço a exigir a emissão do documento fiscal. As ações acima citadas são instrumentos importantes a serem estabelecidos na política de tributação do ISS, mas que sozinhos não garantem uma melhora global na arrecadação do tributo. Pensando nisso, preparamos este material com algumas medidas de fiscalização que facilitarão o monitoramento dos contribuintes, desincentivando a sonegação fiscal e diminuindo a inadimplência do tributo. Esse material foi gerado pelo software Gove. Antes de efetuar qualquer ação a Gove recomenda que seja realizada primeiramente consulta junto ao Departamento Jurídico Municipal Resumo Executivo 4 No decorrer do processo de identificação do sujeito passivo, visando melhorar as informações do cadastro municipal, a equipe de fiscalização irá perceber que os contribuintes se dividem em alguns grupos de acordo com sua atividade econômica e nível de faturamento, que irão determinar a modalidade em que eles são tributados. Estas modalidades podem ser: 5 Idealmente, assim que o prestador realiza o serviço, ele emite a Nota Fiscal de Serviço (NFS), declarando seu valor, para que de acordo com sua atividade econômica seja apurado o valor do imposto a ser recolhido. Porém, se isso não acontece, a fiscalização do ISS precisa identificar que o sujeito passivo praticou o fato gerador, e se praticou, se foi declarado corretamente. A partir disso as áreas delineadas a seguir são essenciais para uma boa fiscalização: Identificar o sujeito passivo: cadastro fiscal O primeiro passo para fiscalizar sujeitos passivos é saber que eles existem, e o cadastro fiscal municipal é o banco de dados que registra tais informações. Além da inscrição pela solicitação direta do sujeito passivo à secretaria municipal de fazenda, é possível estabelecer uma postura ativa na busca pelas informações cadastrais do sujeito passivo, por meio da integração à Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (REDESIM), ao Registro Integrado (REGIN) estadual ou compartilhar informações com o SIMPLES Nacional. Nesse sentido, são cadastrados não só os contribuintes (prestadores de serviço), mas também os tomadores de serviço que podem ser os responsáveis pela retenção do ISS. Além disso, é uma boa prática, para aumentar a arrecadação do ISS, estreitar a relação com os contadores responsáveis, que podem educar melhor os demais contribuintes. Identificar o regime do fato gerador: fixo, faturado ou especial 6 Arrecadação fixa Alguns grupos de sujeitos passivos geralmente contribuem em parcelas fixas, como profissionais autônomos, sociedades uniprofissionais e alguns optantes do Simples Nacional. Nesse caso, o trabalho da fiscalização consistirá principalmente em verificar se tais sujeitos mantêm as características necessárias à permanência nesses regimes, lançar de ofício o tributo anualmente, e verificar se estão arrecadando suas parcelas fixas regularmente. Faturamento Por outro lado, em relação aos demais sujeitos passivos, é preciso manter uma vigilância mais minuciosa sobre os fatos geradores que praticam. Para isso, o primeiro passo é normatizar um bom sistema de obrigações acessórias, prevendo os documentos fiscais e seus respectivos livros auxiliares (além da inscrição no cadastro fiscal, já tratado na seção anterior). A emissão de documentos e livros deve ser autorizada pela autoridade fiscal, para que ela tenha conhecimento do universo de documentos que circulam em seu território. Porém, se o sujeito passivo deixa de declarar movimento tributável, há diversas análises que podem indicar, demonstrar ou permitir a presunção de omissão de receitas, como: ● Aquisição de serviços ou efetivação de despesas não contabilizadas; ● Valores informados por instituições financeiras sem a respectiva emissão dos documentos fiscais ou emitidos com valores inferiores aos informados; 7 ● Registro, em quaisquer meios de controle, de prestação de serviços, sem a respectiva emissão dos documentos fiscais ou emitidos com valores inferiores aos registrados nesses meios; ● Emissão de documento fiscal com numeração em duplicidade; ● Cruzamento com as informações dos tomadores dos serviços; ● Comparação com os movimentos anteriores; ● Informações de recebimento de pagamento por cartões de crédito/débito em favor do prestador dos serviços.. Para conferir efetividade ao procedimento fiscal, a autoridade fiscal pode inclusive examinar informações de instituições financeiras, caso seja indispensável. Porém, essa prerrogativa de fiscalização deve estar regulamentada no município, e deve conter no mínimo as seguintes garantias (Lei Complementar nº105/2001; ADI 2859): ● Pertinência temática entre a obtenção das informações bancárias e o tributo objeto de cobrança no procedimento administrativo instaurado; ● A prévia notificação do contribuinte quanto a instauração do processo e a todos os demais atos; ● Sujeição do pedido de acesso a um superior hierárquico; ● Existência de sistemas eletrônicos de segurança que sejam certificados e com registro de acesso; ● Estabelecimento de instrumentos efetivos de apuração e correção de desvios. Quanto mais dados a Fazenda Pública obtiver, melhor será sua capacidade de cruzar dados, elaborar um bom planejamento de fiscalizações e executá-las com sucesso. 8 Por fim, há o grupo de sujeitos passivos enquadrados em outros tipos de regimes especiais: Optantes do Simples Nacional: o Simples Nacional é um regime aplicado às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que abrange diversos tributos de competência federal, estadual e municipal (Lei Complementar nº123/2006). Apesar de gerida pela União, existem meios de o município administrar a receita do Simples Nacional também localmente. A melhor forma é através de convênio com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que passa a delegar aos municípios a inscrição em dívida ativa e cobrança judicial dos débitos de ISS apurados no Simples Nacional. O convênio confere, portanto, autonomia para que os municípios gerenciem os contribuintes inadimplentes, possibilitando retorno em forma de arrecadação. Serviços bancários: as instituições financeiras, apesar de sujeitas ao ISS em muitos dos seus serviços, se submetem a regramento contábil específico (COSIF), e não estão obrigadas a emitir nota fiscal – então é recomendável identificar quem faz e onde é feita a escrituração das agências do município; Operadoras de cartão de crédito, leasing, planos de saúde: Em razão da LC 175/2020, os municípios precisam atualizar a sua lei local do ISS, assim como deveria ser feito com as alterações promovidas pela LC 157/16. Aqui estão algumas novidades trazidasaos serviços: ● A instituição do Comitê Gestor de Obrigações Acessórias; ● O padrão nacional de obrigações acessórias; ● A definição de quem são os tomadores dos serviços. Regimes Especiais 9 O que o município deve atualizar no regramento municipal do ISS? No mínimo, a lei local precisa atentar-se aos pontos tratados no artigo 14 da LC 175/20, que promoveu alterações e inclusões na LC 116/03. Essa atualização deve se dar pela cópia das alterações/inclusões em lei municipal, e suas devidas adaptações. Exemplo: incluir um dispositivo delegando à instituição financeira arrecadadora o dever de repartir para o município do estabelecimento prestador a parte do ISS que lhe cabe. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp175.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp116.htm 10 11 Tendo identificado o sujeito passivo e o fato gerador, a fiscalização precisa agora determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. No que diz respeito à fiscalização dos contribuintes sujeitos ao Simples Nacional, é preciso se integrar ao Sistema Único de Fiscalização, Lançamento e Contencioso (Sefisc). Importante: todo lançamento deve ser comunicado ao sujeito passivo – tanto no início do procedimento, com o termo de abertura, como no fim, com a notificação. Caso contrário, todo o crédito pode sucumbir frente a uma impugnação, seja na via administrativa ou na judicial. 12 13 Uma vez que o sujeito passivo não paga seu crédito no prazo fixado, o município se questiona uma última vez: será que esse crédito foi constituído da forma adequada? Ele será pago? Por ter passado por duas “chancelas” – a do fiscal que lançou e a da autoridade que revisou, esse crédito passa a ter presunção de liquidez e certeza, servindo de certidão para a execução fiscal junto ao Poder Judiciário. Nesse sentido, além da massa de créditos administrados diretamente pelo município, é preciso lembrar que há também os créditos tributários constituídos no âmbito do Simples Nacional, que, a princípio, seriam arrecadados e redistribuídos pela União. Porém, por meio de convênio com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), conforme mencionado anteriormente, o município pode solicitar o direito de inscrever e executar tais créditos. Outra possibilidade de inscrição em dívida ativa de créditos tributários oriundos do ISS é o definido na SÚMULA N. 436 do STJ: “A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.”, ou seja, o valor devido de ISS proveniente da declaração de serviços prestados, caso não pago, pode ser inscrito em dívida ativa, sem a necessidade de um processo de fiscalização. Portanto, é preciso registrar a dívida ativa num banco de dados que permita acompanhar a sua execução, especialmente dos créditos com risco de prescrição. Inscrever em dívida ativa 14 Uma vez inscrito em dívida ativa, é possível executar o crédito junto ao Poder Judiciário. Aqui, é comum que as procuradorias enfrentem uma quantidade inviável de créditos a serem executados. Por isso, para liberar os procuradores e permitir que foquem nos créditos de maior vulto e probabilidade de sucesso, convém definir, por meio de lei, um limite mínimo de valor a partir do qual o município possa abandonar sua cobrança. Outra grande dificuldade que os municípios enfrentam é no que diz respeito aos cadastros municipais que, na maioria das vezes, não possuem os dados essenciais que permitam a correta identificação do contribuinte e a localização de seus bens, como forma de tornar eficaz tanto a cobrança quanto o recebimento do crédito. Caso o cadastro municipal esteja desatualizado o custo para a cobrança da dívida ativa pode, inclusive, superar o valor do crédito a receber. Isso ocorre porque tanto a cobrança judicial como extrajudicial tem custos para a sua execução, e a exigência de um tributo dirigido a contribuinte errado, ou mesmo realizada em endereço desatualizado, além de não atingir o objetivo do recebimento do crédito, poderá gerar, ao contrário, prejuízo ao Município com a propositura de ações indenizatórias pelo contribuinte que se sentiu lesado. Por fim, cabe ressaltar que para não prescrever os débitos com valores inferiores ao limite mínimo definido em lei, é fundamental que o município adote outras formas de cobrança, como a administrativa e a extrajudicial (protesto cartorial). Executar 15 Entender do regramento jurídico para administrar a execução do ISS é fundamental para a saúde das finanças públicas. Esperamos que este conteúdo possa lhe ser útil para garantir que a arrecadação do ISS seja feita de forma mais eficiente no seu município. Ainda assim, sabemos que a fiscalização e boa arrecadação do ISS pode ser complexa para os municípios. Saiba como a gove pode ajudar seu município a conhecer e a gerir as informações das empresas do seu município e auxiliar sua prefeitura a se relacionar melhor com o contribuinte. Clique aqui e fale com um de nossos especialistas. Como a GOVE pode ajudar Esse material foi gerado pelo software Gove. Antes de efetuar qualquer ação a Gove recomenda que seja realizada primeiramente consulta junto ao Departamento Jurídico Municipal https://materiais.gove.digital/levantada-de-mao-agendar-uma-demonstracao/?utm_medium=outro_outro_mr-kit-iss&utm_source=outro&utm_campaign=mr-kit-iss 16