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Espaço sao josé liberto Resumo EPTEN 2023


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Potencialidades e entraves para o turismo no Espaço São José Liberto - Polo Joalheiro do Pará
Cristiane de Nazaré Gama Farias[footnoteRef:1] [1: Formação acadêmica. Vinculo institucional. Link para Currículo Lattes. E-mail.] 
2° Autor[footnoteRef:2] [2: Formação acadêmica. Vínculo institucional. Link para Currículo Lattes. E-mail.] 
Resumo
O Espaço São José Liberto Polo Joalheiro do Pará, localizado no bairro do Jurunas, cidade de Belém do Pará apresenta uma história de mais de dois séculos por ter sido utilizada como convento, depósito de pólvora, quartel, olaria, hospital e presídio. Em 2002, um trabalho de reforma e readaptação do antigo presídio, permitiu atribuir uma nova função ao espaço, que passou a fazer parte do circuito turístico da cidade. Atualmente, o espaço conta com um jardim interno, capela, museus, cela memorial, lojas de joias, anfiteatro, loja de artesanato. Nesse sentido, a pesquisa tem como objetivo identificar as potencialidades e entraves para o turismo no Espaço São José Liberto Polo Joalheiro do Pará. De acordo com Chaves (2015) depois da criação do Polo Joalheiro houve a necessidade de “mudar as jóias”, que até então eram apenas réplicas de jóias de revistas produzidas pelos ourives locais. Foi necessário a criação de um produto novo que tivesse uma identidade joalheira local – e para isso foi promovido oficinas de criação de jóias para que pudesse haver concepção de uma “jóia paraense” que pudesse ser reconhecida tanto a nível local como nacional. Uma das alternativas para tal foi a utilização do imaginário amazônico a fim de proporcionar e estimular o senso estético e descrever através das jóias os elementos presentes na realidade amazônica. Para Chaves (2012) desde a implementação do espaço, houve uma elevação quantitativa e qualitativa dos produtos e serviços oferecidos pela cadeia produtiva da joalheria, fruto de todo um esforço coletivo dos atores que desempenharam papel essencial na área da joalheria. O intuito foi acompanhar a indústria joalheira nacional nos aspectos relacionados às inovações tecnológicas e organizacionais favorecendo uma inserção no mercado nacional e global de maneira competitiva, entretanto não se viu resultados positivos em grande escala, sendo assim, os entraves emergiram e assim, a necessidade de mudanças que se descrevem subsequentemente. O espaço possui como metas o fomento à produção, o aproveitamento sustentável das riquezas regionais, a geração de renda para pequenos produtores, a preservação de um primoroso acervo arqueológico e histórico e a divulgação da mais autêntica cultura amazônica. A metodologia está fundamentada no levantamento bibliográfica e documental, bem como visitas de campo ao local. O polo joalheiro apresenta características que são potencialidades para que se possa não apenas levar o local a evolução administrativa, mas também ser um atrativo turístico muito mais interessante, porém, entraves como organização social, escassez de mão-de-obra qualificada, organização administrativa pouco operante, baixo suporte em relação a recursos financeiros governamentais, processo de divulgação deficitário, pouco suporte tecnológico e até mesmo a falta de guias turísticos levam o espaço à carência de público. Apenas em 2012 ações turísticas foram implantadas de forma mais efetiva. Todavia há um crescimento quanto a participação de grupos culturais e artísticos para a maximização do espaço e atração de pessoas. Ainda não conseguiu avançar em tecnologia e inovação e nem apresenta parcerias para a área de pesquisa visando sanar esses gargalos. Mantêm a ideia de joias artesanal e nicho de mercado – o que ao mesmo tempo diferencia o produto mais eleva o seu preço, o que compromete a competitividade a nível local, e nacional. Embora apresente superávit dos exercícios financeiros, ainda não consegue ter autonomia financeira para a realização das atividades do programa, o que acarreta na dependência dos recursos do governo do Estado. Em relação ao processo de qualificação dos que lá trabalham, ainda há ausência de comprovação do quantitativo de pessoas que participam dos cursos, uma vez que se apresenta um quantitativo elevado de participantes, não sabe informar o perfil e quantos ingressaram no setor como novos profissionais. Todavia percebe-se que os cursos e os participantes estão declinando. Como sugestões de melhoria para os problemas supracitados, tem-se a necessidade da indução do polo para uma economia formal, qualificação e absorção de mão-de-obra especializada, disponibilidade de máquinas e equipamentos modernos, preservação Ambiental assegurada com indústrias não poluentes. Cita-se ainda a questão tecnológica como ponto de referência para processos de divulgação, como a utilização de redes sociais que estão em mais evidencia na sociedade contemporânea, levando mais informações do polo joalheiro a um público variado. A metodologia é pautada em uma revisão integrativa da literatura das principais publicações acerca da temática, logo, é de caráter qualitativo, vide que atende a questões específicas, levando em consideração as ciências sociais, que não focam em quantificar o objeto de estudo. Busca-se compreender as significâncias, os motivos, as aspirações, os valores e as atitudes para com o polo joalheiro em busca das melhorias necessárias, Espera-se que a pesquisa gera aporte para modificações relevantes na sistematização do polo joalheiro, com incremento de melhorias e resolução dos entraves citados, levando assim qualidade para a cadeia produtiva e para a clientela visitante, elevando o fluxo turístico local. Conclui-se que a entrada de novos atores a partir da reestruturação do setor, pode permitir ao polo joalheiro, uma maior densidade e centralidade. Favorecendo assim a criação de laços entre os atores envolvidos, além do estabelecimento de laços fortes entre os produtores, requisito fundamental para a criação, o desenvolvimento e a difusão das inovações. Essa interação impulsionou um maior potencial de inovação visa provocar um salto qualitativo e quantitativo no nível de qualidade para amplificar o turismo no local. Estes laços podem provocar a formação de parcerias, trazendo diversos ganhos de caráter econômico para os agentes envolvidos na relação. 
Palavras-chave: administração; recursos; polo joalheiro; potencialidades; turismo.

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