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1 2 Análise financeira de curto prazo

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DESCRIÇÃO
Apresentação da visão geral dos indicadores utilizados na análise da situação financeira de
curto prazo de empresas.
PROPÓSITO
Compreender o processo de análise de demonstrativos financeiros de empresas para o
subsídio de decisões corporativas e análises de agentes no mercado financeiro.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo, tenha em mãos recursos computacionais com acesso a planilhas
eletrônicas (Excel) e calculadora para efetuar o cálculo dos indicadores a serem utilizados no
desenvolvimento da análise dos demonstrativos financeiros.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever os principais objetivos e as aplicações da análise da situação financeira de curto
prazo de empresas e dos indicadores de liquidez
MÓDULO 2
Listar os indicadores utilizados para a análise tanto dos prazos médios dos principais
componentes do ativo e do passivo circulante quanto dos ciclos operacional e financeiro das
empresas
MÓDULO 3
Nomear os indicadores utilizados na análise do capital de giro das empresas, bem como sua
aplicação e interpretação
INTRODUÇÃO
Antes de iniciarmos o estudo deste tema, devemos entender o que constitui uma análise de
demonstrativos financeiros. Ela costuma ser definida como um tema de interesse de diversos
agentes atuantes no meio corporativo e no mercado financeiro.
Gestores de empresas, investidores no mercado de capitais e analistas de crédito, entre outros
agentes, buscam constantemente informações sobre a saúde econômica e financeira de
empresas. Afinal, elas servem de embasamento para diversos tipos de decisões.
Nessa tarefa, veremos que diversos tipos indicadores podem ser utilizados, variando em
função do enfoque que se pretenda conferir à análise. Geralmente, as dimensões mais
avaliadas na análise econômico-financeira de empresas são a rentabilidade e situação
econômica, o risco de inadimplência e endividamento e, por fim, a situação financeira de curto
prazo.
Este tema discutirá a utilização de indicadores como suporte à análise da situação financeira
de curto prazo de empresas. Isso, em termos práticos, consiste na averiguação da capacidade
de as corporações honrarem os compromissos firmados com fornecedores e outras obrigações
contidas no passivo circulante. Adicionalmente, nossa análise vai procurar dimensionar a
necessidade de recursos onerosos para o financiamento de estoques e clientes da empresa.
No módulo 1, abordaremos a diferença entre a saúde financeira e a econômica de empresas.
Além disso, apresentaremos os índices de liquidez, que são os mais tradicionais na análise da
situação financeira de curto prazo de empresas.
No módulo 2, discutiremos a análise de prazos médios e ciclos das contas do ativo e passivo
circulantes. Por fim, no módulo 3, esmiuçaremos o emprego de indicadores do capital de giro e
sua relação com o ciclo financeiro das empresas.
MÓDULO 1
 Descrever os principais objetivos e as aplicações da análise da situação financeira
de curto prazo de empresas e dos indicadores de liquidez
SITUAÇÃO FINANCEIRA VERSUS
SITUAÇÃO ECONÔMICA DE EMPRESAS
Dois conceitos fundamentais para a análise de demonstrativos financeiros são a saúde
econômica e a financeira das empresas. Apesar de estarem relacionados e soarem muitas
vezes como sinônimos, ambas, na realidade, são coisas distintas.
Quando dizemos que uma empresa desfruta de boa situação econômica, isso significa que ela
possui boa capacidade de gerar resultados, ou seja, lucros, em relação às receitas geradas ou
aos recursos investidos.
Neste tipo de avaliação, os analistas se preocupam em entender a estrutura de custos das
empresas, as margens de lucro e o giro dos investimentos. Eles desejam saber principalmente
se o retorno dos investimentos é superior (ou não) ao custo de oportunidade dos recursos
investidos nas corporações.
Fonte: Pormezz/Shutterstock
O conceito associado à saúde financeira verifica outra dimensão das corporações. Essa
situação tem relação com a capacidade de as empresas honrarem seus compromissos com
fornecedores, além de outras obrigações, como, por exemplo, impostos, salários e obrigações
trabalhistas, aluguéis e contas a pagar de forma geral.
É possível dizer que uma empresa em boa situação econômica é, potencialmente, uma
empresa em boa situação financeira, mas dependendo, principalmente, dos prazos
necessários para recebimentos de suas vendas e do pagamento de suas obrigações, isso pode
não ser verdade.
Imaginemos, por exemplo, o caso de uma empresa varejista que esteja iniciando suas
operações. Semanalmente, ela vende R$10.000 a seus clientes e lhes concede prazos de 60
dias para o pagamento.
Também podemos supor que os custos relativos às vendas sejam da ordem de 40% das
receitas pagas à vista, não havendo outros tipos de gastos a considerar. Por hipótese, a
empresa não acumulou estoques no período analisado. Após oito semanas de operação, ela
teria registrado, conforme demonstra o quadro a seguir, um lucro de R$48.000.
Receita de vendas semanal → R$10.000
Custo de vendas semanal → 40% x Receita de vendas = R$4.000
Receita de vendas (8 semanas) → R$80.000
- Custo de vendas (8 semanas) → (R$32.000)
(=) Lucro líquido (8 semanas) → R$48.000
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro 1: Análise da situação econômica da empresa varejista.
Fonte: (YDUQS, 2020)
A despeito do curto histórico de informações, há indícios de que a empresa varejista desfruta
de uma boa situação econômica, pois estamos considerando que sua margem de lucros (razão
entre lucro e receita) é de 60%, patamar elevado para o segmento de varejo de forma geral.
Apesar disso, analisando os recebimentos das vendas e os pagamentos a fornecedores, é
possível constatar que seu fluxo de caixa operacional, segundo consta na figura a seguir, foi
negativo em todo período analisado.
Fonte: YDUQS, 2020
 Figura 1: Fluxo de caixa semanal e acumulado da empresa varejista – oito semanas.
Como pode ser verificado nas informações sumarizadas tanto no quadro 1 (lucro acumulado de
R$48.000) quanto na figura 1 (fluxo de caixa acumulado de -R$32.000), a disparidade entre o
desempenho econômico e o financeiro da empresa varejista é grande. Ela pode ser explicada
pelas receitas e recebimentos ocorridos no período.
Enquanto os pagamentos aos fornecedores foram efetuados à vista (fazendo com que gastos e
pagamentos fossem coincidentes no período analisado), as receitas geradas semanalmente
somente foram recebidas 60 dias após a venda (mais do que 8 semanas).
Dessa forma, nenhum recebimento foi efetuado nesse intervalo de tempo. Isso fez com que a
organização precisasse buscar recursos onerosos (provenientes de sócios ou credores) para
pagar seus fornecedores – ou, por outro enfoque, para financiar suas vendas.
 ATENÇÃO
Ignorando eventuais custos financeiros relativos aos recursos onerosos tomados para o
financiamento das vendas, a situação financeira da empresa varejista se equilibraria após 15
semanas. Podemos verificar isso na figura 2.
Fonte: YDUQS, 2020
 Figura 2: Fluxo de caixa semanal e acumulado da empresa varejista – 18 semanas.
A despeito de todas as simplificações efetuadas, o exemplo apresentado nos permite inferir
que, de médio a longo prazo, a situação financeira da empresa tende a convergir com a
econômica.
Em outras palavras, a boa situação econômica da empresa varejista permitiu que, após 15
semanas de operação, o fluxo de caixa acumulado se tornasse positivo. Mas isso a obriga a
manter constantemente recursos (R$32.000 referentes às oito semanas de fluxos negativos)
para financiar suas operações.
Verificaremos mais adiante que o prazo no qual o fluxo ficou deficitário, necessitando de
recursos para o financiamento das vendas, é denominado ciclo financeiro. Veremos ainda que
o montante de recursos onerosos necessário para esse financiamento é chamado de
necessidade de capital de giro.
Sob determinadas condições, as situações econômica e financeira das empresas, conformeobservamos, tendem a convergir no longo prazo. Contudo, no curto prazo, podem ser bem
distintas, exigindo a proatividade dos gestores financeiros.
A gestão financeira de curto prazo — também chamada por muitos de gestão de capital de giro
— é uma das áreas mais relevantes das finanças corporativas de todas as empresas.
Essa gestão é especialmente importante para empresas de pequeno e médio porte que não
desfrutam do mesmo acesso a financiamentos que as de grande porte. Além do binômio risco e
retorno, há um terceiro elemento relevante nela: a liquidez.
É comum ouvir de administradores e empresários experientes que, no longo prazo, quem
define o sucesso de uma empresa é seu desempenho econômico (capacidade de gerar
retorno), embora, no curto prazo, ela possa quebrar por falta de liquidez adequada (sinônimo
de má situação financeira).
O QUE NOS INFORMAM OS ÍNDICES DE
LIQUIDEZ
Entenderemos neste vídeo o que são os índices de liquidez, o que eles geram de informação e
o ponto em que falham.
OS ÍNDICES DE LIQUIDEZ
O primeiro passo para uma boa gestão financeira de curto prazo é analisar a situação
financeira da empresa. Tradicionalmente, isso ocorre por meio de indicadores denominados de
índices de liquidez.
Esses indicadores buscam dimensionar a capacidade de as empresas cumprirem suas
obrigações no curto prazo pela comparação do ativo circulante (e de seus componentes) com o
passivo circulante. As fórmulas 1, 2 e 3 apresentam respectivamente as expressões para o
cálculo dos índices de liquidez corrente, seca e imediata:
FÓRMULA 1
LIQUIDEZ CORRENTE = 
ATIVO CIRCULANTE
PASSIVO CIRCULANTE
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como podemos observar nesta fórmula, o índice de liquidez corrente (LC) compara o ativo
circulante (AC) com o passivo circulante (PC).
AC é formado pelo disponível e pelos ativos que a empresa espera converter em dinheiro no
prazo de até um ano da data de fechamento do balanço patrimonial (BP). Já PC pode ser
entendido como as obrigações que a organização possui com vencimento em prazo igual ou
inferior a um ano da data de fechamento do BP.
Uma LC igual ou superior a 1 seria um indício de uma boa situação financeira, pois ela indicaria
que o PC estaria “coberto” pelo AC. Já uma LC abaixo de 1 poderia ser interpretada como um
indício de fragilidade financeira.
A principal crítica ao índice LC é que nem todos os componentes do AC possuem a mesma
velocidade de conversão em caixa. Como exemplo, temos o montante investido em estoques,
que deve ser primeiramente vendido e recebido até poder ser incorporado ao disponível da
empresa.
FÓRMULA 2
LIQUIDEZ SECA = 
ATIVO CIRCULANTE - ESTOQUES 
PASSIVO CIRCULANTE
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para atender às críticas efetuadas à LC, foi criado o índice de liquidez seca (LS), que, como
pode ser verificado nesta fórmula, deduz no numerador os estoques do AC. Dessa forma, a LS
apresenta quanto cada R$1 das obrigações contidas no PC está coberto pelo AC, não
considerando a dependência da venda dos estoques da empresa.
FÓRMULA 3
LIQUIDEZ IMEDIATA = 
DISPONÍVEL
PASSIVO CIRCULANTE
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Por fim, verificamos, nesta fórmula, que, no numerador da liquidez imediata (LI), somente são
consideradas as disponibilidades, ou seja, caixa, bancos e aplicações financeiras. Isso
evidencia quanto a empresa dispõe de recursos livres para a quitação imediata das obrigações
contidas no PC.
Para exemplificar a utilização dos índices de liquidez, analisaremos os números de uma
empresa hipotética: a Fábrica de Embalagens Ltda. Os quadros 2 e 3 apresentam
respectivamente os dois componentes (ativo e passivo) do BP da Fábrica de Embalagens
relativos aos saldos das contas patrimoniais dos anos 20X1 e 20X2.
Ativo circulante 20X2 20X1
 
Disponível 583.465 341.975
Clientes 325.355 137.898
Estoques 418.843 245.325
Outros 72.238 61.200
 1.399.900 786.398
 
Realizável em longo prazo 74.835 41.793
 
Imobilizado 1.337.945 1.137.925
 2.812.680 1.966.115
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro 2: Ativo da Fábrica de Embalagens.
Fonte: (YDUQS, 2020)
Passivo circulante 20X2 20X1
 
Empréstimos e financiamentos 932.193 590.178
Fornecedores 284.048 144.415
Impostos, salários e outros 59.633 60.443
 1.275.873 795.035
 
Não circulante 646.375 518.685
 
Patrimônio líquido 890.433 652.395
 2.812.680 1.966.115
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro 3: Passivo da Fábrica de Embalagens.
Fonte: (YDUQS, 2020)
Aplicando as fórmulas 1, 2 e 3 nos saldos das contas de AC e PC da Fábrica de Embalagens
nos anos 20X2 e 20X1 (indicados nos dois quadros acima), é possível obter, como aponta o
quadro a seguir, os índices LC, LS e LI da empresa.
Liquidez corrente = Ativo circulante/Passivo circulante
 
LC da Fábrica de Embalagens em 20X1 = 786.398/795.035 = 0,99
 
LC da Fábrica de Embalagens em 20X2 = 1.399.900/1.275.873 = 1,10
Liquidez seca = (Ativo circulante – Estoques)/Passivo circulante
 
LS da Fábrica de Embalagens em 20X1 = (786.398 – 245.325) /795.035 = 0,68
 
LS da Fábrica de Embalagens em 20X2 = (1.399.900 – 418.843) /1.275.873 = 0,77
Liquidez imediata = Disponível/Passivo circulante
 
LI da Fábrica de Embalagens em 20X1 = 341.975 /795.035 = 0,43
 
LI da Fábrica de Embalagens em 20X2 = 583.465 /1.275.873 = 0,46
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro 4: Cálculo dos índices de liquidez da Fábrica de Embalagens em 20X1 e 20X2.
Fonte: (YDUQS, 2020)
Conforme podemos observar pela análise dos indicadores calculados no quadro 4, os três
índices de liquidez (LC, LS e LI) apresentaram uma pequena variação positiva entre os anos
20X1 e 20X2. Isso, em teoria, seria um indício de melhora na situação financeira de curto prazo
da Fábrica de Embalagens.
O índice LC de 20X2 de 1,10 aponta que, para cada R$1 de obrigações de curto prazo, a
empresa possuía uma cobertura de R$1,10 de recursos investidos no AC. Por sua vez, o índice
LS de 0,77 indica que, para cada R$1 de obrigações contidas no PC, somente R$0,77 estariam
sendo cobertos por ativos de curto prazo – e isso se não considerarmos a dependência da
venda de estoques.
Por fim, o índice LI de 0,46 sugere que, para cada R$1 de obrigações de curto prazo, a Fábrica
de Embalagens possuía em 20X2 R$0,46 de recursos disponíveis para cobertura.
 COMENTÁRIO
Apesar de ser popular e amplamente utilizada no mercado, a análise dos índices de liquidez
pode, em muitos casos, não ser conclusiva, podendo até mesmo ser considerada inadequada
– nestes casos, ela precisa ser complementada por informações adicionais.
Se revisarmos os índices de liquidez de 20X2 da Fábrica de Embalagens, por exemplo,
verificaremos que, tendo em consideração que o índice LI é de apenas 0,46 (indicando que o
disponível não cobre totalmente o PC), não é possível analisar a real capacidade da empresa
em honrar seus compromissos. Isso acontece pelo desconhecimento de prazos de pagamento
de fornecedores, giro de estoques e recebimento de clientes.
A inferência de uma melhora na situação financeira da empresa em função da evolução dos
indicadores de um período a outro — caso, por exemplo, da Fábrica de Embalagens — pode
ser enganosa.
Verificaremos nos próximos módulos que o emprego dos índices de liquidez, em conjunto com
os indicadores de prazos médios, os ciclos e o capital de giro, possibilita uma análise mais
completa e esclarecedora da situação financeira das empresas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) PODEMOS AFIRMAR QUE O OBJETIVO DA ANÁLISE DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DE
CURTO PRAZO DAS EMPRESAS É:
A) Avaliar o grau de alavancagem delas para mensurar a probabilidade de calote (risco de
inadimplência ou de crédito).
B) Analisar alucratividade delas em relação às vendas efetuadas e aos capitais investidos
pelos sócios.
C) Analisar indicadores de conjuntura econômica, como índices de inflação e crescimento do
PIB, entre outros exemplos.
D) Averiguar a capacidade de as corporações honrarem seus compromissos com
fornecedores, além de outras obrigações contidas no passivo circulante.
E) Analisar a rentabilidade dos investimentos de curto prazo delas que ficam registrados no
ativo circulante.
2) OS INDICADORES DE LIQUIDEZ SÃO CONSIDERADOS OS MAIS TRADICIONAIS E
CONHECIDOS NO ESTUDO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO DAS
EMPRESAS. NO QUE SE REFERE AO ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA (LS), PODEMOS
AFIRMAR QUE ELE:
A) Consiste na razão entre o ativo circulante e o passivo circulante da empresa.
B) Mensura a capacidade de os ativos de curto prazo da empresa honrarem as obrigações do
passivo circulante sem considerar a venda de estoques.
C) Permite analisar quanto cada R$1 de passivo circulante está coberto pelas disponibilidades
da empresa.
D) Permite o entendimento de até que ponto os ativos que a empresa pretende converter em
caixa no prazo de um ano cobrem as obrigações de curto prazo dela.
E) Consiste na razão entre as disponibilidades da empresa e as dívidas onerosas registradas
no passivo circulante.
GABARITO
1) Podemos afirmar que o objetivo da análise da situação financeira de curto prazo das
empresas é:
A alternativa "D " está correta.
O objetivo da análise da situação financeira de curto prazo são o entendimento e a
mensuração da capacidade das empresas de honrar seus compromissos com fornecedores,
assim como as demais obrigações contidas no passivo circulante. Adicionalmente, essa análise
busca prover o dimensionamento da necessidade de recursos onerosos para o financiamento
dos estoques e as contas a receber provenientes das vendas das empresas.
2) Os indicadores de liquidez são considerados os mais tradicionais e conhecidos no
estudo da situação financeira de curto prazo das empresas. No que se refere ao índice
de liquidez seca (LS), podemos afirmar que ele:
A alternativa "B " está correta.
O índice de liquidez seca consiste na razão entre o ativo circulante deduzido dos estoques e do
passivo circulante. Ele pode ser interpretado como a capacidade de os ativos de curto prazo da
empresa cobrirem as obrigações contidas no passivo circulante, não considerando a venda de
estoques.
MÓDULO 2
 Listar os indicadores utilizados para a análise tanto dos prazos médios dos
principais componentes do ativo e do passivo circulante quanto dos ciclos operacional e
financeiro das empresas
O SIGNIFICADO DO CICLO FINANCEIRO
Neste vídeo, conceituaremos o ciclo financeiro e seus componentes, bem como sua ligação
com a necessidade de capital de giro da empresa.
ANÁLISE DE PRAZOS MÉDIOS E CICLOS
Neste módulo, analisaremos os prazos médios e os ciclos dos componentes do ativo e passivo
circulantes. A ideia é ampliar nosso conjunto de ferramentas para o entendimento da situação
financeira de curto prazo das empresas.
PRAZOS MÉDIOS DE ESTOQUES,
RECEBIMENTOS E PAGAMENTO DE
COMPRAS
Conforme discutimos no módulo 1, apesar de sua grande popularidade, a análise dos índices
de liquidez pode, em muitos casos, não ser conclusiva.
A principal crítica a esses indicadores está na inabilidade deles em informar se o prazo de
conversão das contas do ativo circulante é inferior ou superior ao vencimento das obrigações
de curto prazo da empresa. Para corrigir essa deficiência, é fundamental analisar os prazos
médios de estoques, recebimentos e pagamentos de compras.
Essas informações podem ser obtidas de duas formas distintas: a partir de relatórios gerenciais
(internos) ou pela estimativa de dados extraídos dos demonstrativos financeiros das empresas
(também acessíveis para agentes externos).
Fonte: THINK A/Shutterstock
Considerando os objetivos deste tema, vamos nos dedicar ao entendimento do método
empregado para a estimativa dos prazos médios, utilizando, nesse processo, as informações
financeiras contidas no balanço patrimonial (BP) e na demonstração do resultado do exercício
(DRE).
A estimativa do prazo médio de estoques (PME) pode ser efetuada pela verificação de quantas
vezes, no decorrer do período analisado, os estoques da empresa giraram. Observemos as
fórmulas a seguir:
FÓRMULA 4
Prazo médio de estoques = 360/Giro de estoques
FÓRMULA 5
Giro de estoques = Custo das vendas (ano)/estoques
Substituindo os componentes do giro de estoques da fórmula 5 na 4, podemos obter, conforme
está demonstrado a seguir, uma expressão do PME em função de informações retiradas do BP
e da DRE:
FÓRMULA 6
Prazo médio de estoques = 
Estoques
Custo das vendas ( ano ) x 360
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Observamos na fórmula acima que o PME pode ser estimado mediante o uso da informação
dos estoques (contida no ativo circulante do BP) e dos custos de vendas anuais (encontrada na
DRE da empresa).
No caso do numerador da fórmula (estoques), deve-se analisar a pertinência do emprego da
última informação disponível ou – na hipótese de que ocorra uma variabilidade significativa do
volume de estoques – das médias do período analisado.
 COMENTÁRIO
Caso a empresa atue no setor comercial, o custo das vendas será denominado custo das
mercadorias vendidas (CMV); já para as empresas industriais, a denominação adequada seria
custo dos produtos vendidos (CPV).
Supondo que os dados da DRE sejam referentes a períodos inferiores a um ano, será
necessária a alteração do número de dias considerado na equação. Para os resultados
trimestrais, deve-se multiplicar a razão entre estoques e custos de vendas por 90; para os
mensais, por 30.
Fonte: Jirapong Manustrong/Shutterstock
A estimativa do prazo médio de recebimentos (PMR) pode ser efetuada pela verificação de
quantas vezes, no decorrer do período analisado, os recebíveis relativos às vendas da
empresa (conta Clientes do ativo circulante) giraram. Você deve ter percebido que isso ocorre
de forma análoga ao que foi demonstrado no cálculo do PME.
Observe as fórmulas abaixo:
FÓRMULA 7
Prazo médio de recebimentos = 360/Giro de clientes
FÓRMULA 8
Giro de clientes = Receita bruta (ano)/Clientes
Substituindo os componentes do giro de clientes da fórmula 8 na 7, podemos obter uma
expressão do PMR em função das informações retiradas do BP e da DRE. Isso está
demonstrado na fórmula a seguir:
FÓRMULA 9
Prazo médio de recebimentos = 
Clientes
Receita bruta ( ano ) x 360
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Nesta fórmula, o PMR pode ser estimado utilizando a informação da conta Clientes (contida no
ativo circulante do BP) e da receita bruta de vendas anual (encontrada na DRE da empresa).
De forma similar à que foi relatada no caso do PME, deve-se analisar a pertinência do uso da
última informação disponível do saldo da conta Clientes ou de médias do período analisado.
Além disso, o mesmo ajuste no número de dias considerado na equação precisa ser efetuado
caso os dados da DRE sejam referentes a períodos inferiores a um ano.
O mesmo raciocínio empregado para o cálculo do PME e do PMR pode ser utilizado para a
obtenção da expressão referente ao prazo médio de pagamento a compras (PMC):
FÓRMULA 10
Prazo médio de pagamento de compras = 360/Giro de fornecedores
FÓRMULA 11
Giro de fornecedores = Compras (ano)/Fornecedores
FÓRMULA 12
Prazo médio de pagamento de compras = 
Fornecedores
Compras ( ano ) x 360
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Observamos na fórmula 12 que o PMC pode ser estimado utilizando a informação tanto da
conta Fornecedores (contida no passivo circulante do BP) quanto das compras anuais.
Essas compras, aliás, podem ser estimadas em função do custo das vendas anuais (CMV ou
CPV) e da variação dos estoques:
FÓRMULA 13
Compras (ano i) = Variação de estoques(ano i) + CMV (ano i)
Em que:
Variação de estoques (ano i) = Estoques (ano i) – Estoques (ano i-1)
Na ausência de dados que possibilitem o cálculo da variação de estoques (informação dos
estoques no ano i-1), a sugestão é utilizar simplesmente o custo das vendas do ano corrente
no denominador da equação como uma aproximação das compras do período:
FÓRMULA 14
Prazo médio de pagamento de compras = 
Fornecedores
Custo das Vendas ( ano ) x 360 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
As mesmas considerações efetuadas nos casos do PME e PMR são válidas para o PMC. Mas
tenha cuidado: essa similitude se refere à utilização de informações do saldo de fornecedores
do fim do período ou das médias e do ajuste no número de dias considerados na equação (no
caso de dados da DRE relativos a períodos inferiores a um ano).
Para exemplificar o processo de estimação dos prazos médios (PME, PMR e PMC),
aplicaremos a seguir as fórmulas 6, 9 e 14 nos dados referentes ao BP e à DRE da Fábrica de
Embalagens dos anos 20X1 e 20X2. Essas informações, conforme demonstra o quadro 6,
foram extraídas respectivamente dos quadros 2, 3 e 5.
 20X2 20X1
Receita bruta das vendas 1.845.338 1.684.410
(-) Impostos sobre vendas e devoluções -414.615 -377.358
(=) Receita líquida de vendas 1.430.723 1.307.053
(-) Custo dos produtos vendidos -1.283.728 -1.109.545
(=) Lucro bruto 146.995 197.508
(-) Despesas com vendas e administrativas -74.163 -58.465
(+) Outras receitas operacionais 27.975 1.473
(=) Lucro antes dos juros e impostos (LAJI) 100.808 140.515
(-) Despesas financeiras líquidas -65.145 -51.398
(=) Lucro antes dos impostos (LAI) 35.663 89.118
(-) IR & CS -10.698 -30.600
(=) Lucro líquido do exercício 24.965 58.518
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro 5: DRE da Fábrica de Embalagens.
Fonte: (YDUQS, 2020)
PME = Estoques/CPV (ano) x 360
 
PME da Fábrica de Embalagens em 20X1 = 245.325/1.109.545 x 360 = 80 dias
 
PME da Fábrica de Embalagens em 20X2 = 418.843/1.283.728 x 360 = 117 dias
PMR = Clientes/Receita bruta(ano) x 360
 
PMR da Fábrica de Embalagens em 20X1 = 137.898/1.684.410 x 360 = 29 dias
 
PMR da Fábrica de Embalagens em 20X2 = 325.355/1.845.338 x 360 = 63 dias
PMC = Fornecedores/CPV (ano) x 360
 
PMC da Fábrica de Embalagens em 20X1 = 144.415/1.109.545 x 360 = 47 dias
 
PMC da Fábrica de Embalagens em 20X2 = 284.048/1.283.728 x 360 = 80 dias
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro 6: Cálculo dos prazos médios (PME, PMR e PMC) da Fábrica de Embalagens em
20X1 e 20X2.
Fonte: (YDUQS, 2020)
Pela comparação dos resultados apresentados no quadro 6, verificamos que os três
indicadores calculados apresentaram uma variação positiva entre os anos de 20X1 e 20X2. O
PME teve uma elevação de 37 dias, indicando que a Fábrica de Embalagens sofreu, em 20X2,
uma piora considerável na eficiência da gestão de seus estoques.
De maneira similar à observada no PME, o PMR apresentou um aumento de 34 dias, o que
nos permite inferir que a empresa deseja ampliar as condições de crédito para seus clientes,
além de indicar um possível acirramento concorrencial no segmento de embalagens.
Por fim, o aumento de 33 dias no PMC sugere que a Fábrica de Embalagens conseguiu uma
ampliação dos prazos de pagamento com seus fornecedores, atenuando, em parte, o impacto
do aumento do PME e PMR.
Uma análise conjunta do impacto da variação dos três indicadores pode ser efetuada, como
veremos a seguir, a partir do cálculo dos ciclos operacional e financeiro.
CICLOS OPERACIONAL E FINANCEIRO
Para o entendimento da combinação de efeitos verificados nos prazos médios de estoques,
recebimentos e pagamento de compras, é necessário conhecer o cálculo dos ciclos
operacional e financeiro das empresas.
Fonte: sabthai/Shutterstock
O ciclo operacional (CO) consiste no período que tem início no momento da chegada de
mercadorias (no caso de empresas comerciais), matérias-primas ou outros insumos de
produção (no caso de indústrias) e termina com o recebimento das vendas efetuadas aos
clientes.
Podemos dizer que, matematicamente, o CO constitui a soma dos prazos médios de estoques
e de recebimentos:
FÓRMULA 15
Ciclo operacional = Prazo médio de estoques + Prazo médio de recebimentos
CO = PME + PMR
Associando a informação do PMC ao ciclo operacional, é possível conhecer o ciclo financeiro
(CF) da empresa. O CF consiste no período que vai do momento em que ela paga seus
fornecedores até o recebimento das vendas efetuadas aos clientes.
Matematicamente, o CF pode ser encontrado pela diferença entre o CO e o PMC:
FÓRMULA 16
Ciclo financeiro = Ciclo operacional – Prazo médio de pagamento de compras
CF = CO – PMC
FÓRMULA 17
CF = PME + PMR – PMC
Quando o CF de uma empresa é positivo, isso é um indício de que os fornecedores são pagos
antes do recebimento das vendas efetuadas aos clientes, o que gera um impacto negativo na
geração de um fluxo de caixa no decorrer do ciclo.
 COMENTÁRIO
Essa situação obriga a empresa a utilizar recursos onerosos (empréstimos, financiamentos ou
recursos de sócios) para seu financiamento. Tal procedimento é denominado necessidade de
capital de giro (NCG).
Um CF negativo significa que uma empresa recebe os recursos provenientes das vendas de
seus clientes anteriormente ao pagamento de seus fornecedores, não necessitando de capital
de giro. Pertencentes (em parte) aos fornecedores, esses recursos livres podem ser utilizados
em aplicações de curto prazo e gerar ganhos adicionais à empresa.
Veremos no módulo 3 que a NCG é diretamente proporcional ao CF e ao volume de vendas
das companhias. Empresas com CF grandes são mais suscetíveis (vulneráveis) à ocorrência
de descompassos em seus fluxos de caixa, particularmente se houver variações positivas e
abruptas de suas vendas. Já aquelas com CF pequeno (ou negativo) são menos propensas a
desenvolver problemas financeiros de curto prazo.
Para ilustrarmos a análise dos ciclos operacional e financeiro, aplicaremos agora as fórmulas
15 e 16 nos resultados apresentados no quadro 6. Eles se referem ao PME, ao PMR e ao PMC
da Fábrica de Embalagens nos anos de 20X1 e 20X2:
Indicador 20X1 20X2 Variação
PME 80 dias 117 dias + 37 dias
PMR 29 dias 63 dias + 34 dias
PMC 47 dias 80 dias + 33 dias
CO 109 dias 180 dias + 71 dias
CF 62 dias 100 dias + 38 dias
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro 7: Prazos médios e ciclos da Fábrica de Embalagens em 20X1 e 20X2.
Fonte: (YDUQS, 2020)
Como é possível observar pela análise do quadro 7, o efeito combinado dos prazos médios
(PME, PMR e PMC) implicou o aumento do descasamento de prazos do pagamento de
fornecedores e do recebimento das vendas entre os exercícios de 20X1 e 20X2.
Enquanto o CO apresentou um incremento de 71 dias, o efeito verificado no CF foi um
acréscimo de 38 dias em virtude do aumento de 37 dias do PMC. A elevação do CF, por sua
vez, obrigou a Fábrica de Embalagens a utilizar mais recursos onerosos para o financiamento
de suas atividades operacionais (aumento da NCG).
As figuras 3 e 4 apresentam respectivamente o CF (e seus componentes) dos anos de 20X1 e
20X2 da Fábrica de Embalagens:
Fonte: YDUQS, 2020
 Figura 3: Componentes do CF da Fábrica de Embalagens em 20X1.
Fonte: YDUQS, 2020
 Figura 4: Componentes do CF da Fábrica de Embalagens em 20X2.
Conforme destacamos no final do módulo 1 e no início deste módulo, a análise dos prazos
médios e dos ciclos é complementar à avaliação dos índices de liquidez. No caso da Fábrica
de Embalagens, ela contradiz as inferências realizadas a partir dos resultados apresentados no
primeiro módulo deste tema.
Os prazos médios e os ciclos têm como fraqueza a incapacidade de avaliar a composição das
fontes de financiamento utilizadas pela empresa para o financiamento da NCG, mesmo eles
sendo mais contundentese conclusivos que a análise dos índices de liquidez. Destacaremos
no próximo módulo que essa análise pode ser efetuada pelo estudo dos indicadores de capital
de giro.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) A ANÁLISE DOS PRAZOS MÉDIOS DOS COMPONENTES DO ATIVO E PASSIVO
CIRCULANTES É UMA IMPORTANTE FERRAMENTA PARA O ENTENDIMENTO DA
SITUAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO DE EMPRESAS. ESSES INDICADORES
PODEM SER CALCULADOS A PARTIR DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS ENCONTRADAS
NO BALANÇO PATRIMONIAL E NA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO. CONSIDERE QUE
A ORGANIZAÇÃO ABC APRESENTOU, NO ÚLTIMO EXERCÍCIO DELA, OS SEGUINTES
SALDOS EM SUAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS:
RECEITA BRUTA DE VENDAS ANUAL = R$600
ESTOQUES = R$200
FORNECEDORES = R$300
CMV ANUAL = R$250
CLIENTES = R$150
COM BASE NESSAS INFORMAÇÕES, PODEMOS AFIRMAR QUE O PRAZO MÉDIO DE
RECEBIMENTOS DA ABC É DE:
A) 90 dias
B) 70 dias
C) 110 dias
D) 30 dias
E) 50 dias
2) PARA QUE SE POSSA MENSURAR O EFEITO COMBINADO DOS PRAZOS MÉDIOS DE
ESTOQUE, RECEBIMENTO E COMPRAS, É NECESSÁRIO CALCULAR OS CICLOS
OPERACIONAL E FINANCEIRO. EM RELAÇÃO A ESSES INDICADORES, É POSSÍVEL
AFIRMAR QUE:
A) Quando o ciclo operacional é grande e as vendas aumentam, a empresa necessita de
capital de giro.
B) Quando o ciclo financeiro é negativo e as vendas aumentam, ela precisa de mais capital de
giro.
C) Quando o ciclo financeiro é positivo e as vendas aumentam, a empresa necessita de mais
capital de giro.
D) Quando o ciclo operacional é negativo e as vendas aumentam, a empresa precisa de menos
capital de giro.
E) Quando o ciclo financeiro é positivo e as vendas aumentam, a empresa necessita de menos
capital de giro.
GABARITO
1) A análise dos prazos médios dos componentes do ativo e passivo circulantes é uma
importante ferramenta para o entendimento da situação financeira de curto prazo de
empresas. Esses indicadores podem ser calculados a partir de informações contábeis
encontradas no balanço patrimonial e na demonstração de resultado. Considere que a
organização ABC apresentou, no último exercício dela, os seguintes saldos em suas
demonstrações financeiras:
Receita bruta de vendas anual = R$600
Estoques = R$200
Fornecedores = R$300
CMV anual = R$250
Clientes = R$150
Com base nessas informações, podemos afirmar que o prazo médio de recebimentos da
ABC é de:
A alternativa "A " está correta.
PMR = Clientes/Receita bruta (ano) x 360;
PMR = 150/600 x 360;
PMR = 90 dias.
2) Para que se possa mensurar o efeito combinado dos prazos médios de estoque,
recebimento e compras, é necessário calcular os ciclos operacional e financeiro. Em
relação a esses indicadores, é possível afirmar que:
A alternativa "C " está correta.
A necessidade de capital de giro de uma empresa é proporcional ao volume de vendas e ao
tamanho do seu ciclo financeiro. Quando esse ciclo é positivo e as vendas aumentam, a
necessidade de capital de giro também se eleva. Caso ele seja negativo, a empresa não
necessitará desse capital, já que receberá de seus clientes antes de o pagamento ser efetuado
aos seus fornecedores.
MÓDULO 3
 Nomear os indicadores utilizados na análise do capital de giro das empresas, bem
como sua aplicação e interpretação
INDICADORES DE CAPITAL DE GIRO
Apresentaremos neste vídeo os indicadores de capital de giro, explicando como eles podem
ser utilizados para analisar a composição do financiamento das atividades operacionais de
curto prazo da empresa.
ANÁLISE DOS INDICADORES DE CAPITAL
DE GIRO
Neste módulo, discutiremos o cálculo e o emprego dos indicadores de análise do capital de
giro. Eles auxiliam no dimensionamento do montante necessário para o financiamento oneroso
do ciclo financeiro e na análise de sua composição.
Faremos ainda uma abordagem alternativa para o cálculo dos prazos médios e dos ciclos.
Além de mais completa e precisa, ela permitirá a visualização funcional da relação entre a
NCG, as receitas e os componentes do CF.
A NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO
(NCG)
Conforme apontamos no módulo 2, a existência de um ciclo financeiro positivo exige o
emprego de recursos oriundos de passivos onerosos para o financiamento dos componentes
operacionais do ativo circulante. Na literatura especializada, tais recursos são chamados de
necessidade de capital de giro (NCG).
Formalmente, a NCG pode ser definida como a quantidade que uma empresa precisa captar
de dívidas (empréstimos e financiamentos) e recursos provenientes de sócios (patrimônio
líquido e dividendos) para financiar especificamente estoques, clientes e outros ativos
circulantes, excluindo os itens do disponível.
Matematicamente, a necessidade de capital de giro pode ser calculada pela diferença entre os
ativos operacionais de curto prazo (AOCP) e os passivos operacionais de curto prazo (POCP):
FÓRMULA 18
NCG = AOCP – POCP
FÓRMULA 19
AOCP = Ativo circulante – Disponível
FÓRMULA 20
POCP = Passivo circulante – Empréstimos, financiamentos e dividendos
Na fórmula 19, são abatidas do ativo circulante as seguintes disponibilidades: caixa, bancos e
aplicações financeiras de curto prazo. Portanto, restam somente os investimentos em ativos
gerados pela dinâmica operacional da empresa: estoques, clientes e outros direitos, como, por
exemplo, adiantamento a fornecedores e impostos a recuperar.
 ATENÇÃO
Os componentes do AOCP são investimentos que as corporações devem efetuar para
conseguir exercer suas atividades. Empresas comerciais geralmente precisam manter
estoques (mercadorias disponíveis para o consumo) a fim de atender à sua clientela.
Da mesma forma, as indústrias — mesmo quando otimizam sua produção — necessitam
carregar estoques de produtos em processo. O montante “investido” em recebíveis (contas a
receber) é fruto do crédito (prazo concedido) a clientes, item considerado fundamental para a
alavancagem de vendas.
Dessa forma, é possível afirmar que poucos tipos de negócios conseguem operar sem
investimentos em estoques e clientes (além de outros tipos de AOCP), os quais, por sua vez,
exigem uma contrapartida de financiamentos (registrada no passivo da corporação).
Para facilitar nosso entendimento, recorreremos aos dados contidos nos demonstrativos
financeiros da Fábrica de Embalagens. Faremos isso reestruturando os itens do ativo circulante
para o reconhecimento do AOCP:
ATIVO 20X2 20X1
Disponível 583.465 341.975
 
AOCP 
Clientes 325.355 137.898
Estoques 418.843 245.325
Outros 72.238 61.200
 816.436 444.423
 
Ativo não circulante 1.412.780 1.179.718
 2.812.680 1.966.115
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Quadro 8: Ativo da Fábrica de Embalagens reorganizado.
Fonte: (YDUQS, 2020)
O quadro 8 apresenta uma versão reorganizada do ativo dos anos de 20X1 e 20X2, estando
subdivido em três grupos: disponível, AOCP e ativo não circulante (ANC).
Como podemos observar no quadro acima, o volume de recursos investidos no AOCP da
Fábrica de Embalagens foi significativo nos dois períodos analisados:
ATIVO NÃO CIRCULANTE (ANC)
Cabe ressaltar que o ANC corresponde aos investimentos de longo prazo da empresa.
O ANC é composto tanto por ativos que a empresa pretende converter em dinheiro
somente em prazo superior a um ano (realizável em longo prazo) quanto por aqueles que
ela intenciona manter em caráter permanente.
20X1
Aproximadamente R$444 mil (22,6% do ativo total).
20X2
javascript:void(0)
Aproximadamente R$816 mil (29% do ativo total).
Observaremos mais adiante que essa forte elevação (acréscimo de 84%) se deve
prioritariamente ao crescimento do ciclo operacional. Ela também foi acentuada, ainda que de
modo marginal, pelo crescimento das receitas da Fábrica de Embalagens no período
analisado.
Esses investimentos no AOCP implicam uma contrapartida de financiamentos que deve ser
registrada no passivo da empresa, sendo fundamental a análise de sua composição. De forma
similar à efetuada com o ativo, reestruturaremos agora os elementos do passivo da Fábrica de
Embalagens. Issonos permitirá um entendimento mais preciso das fontes utilizadas para o
financiamento do AOCP.
O quadro a seguir apresenta uma versão reorganizada do passivo dos anos 20X1 e 20X2 da
Fábrica de Embalagens:
Passivo 20X2 20X1
Recursos onerosos de CP 932.193 590.178
 
POCP 
Fornecedores 284.048 144.415
Impostos, salários e outros 59.633 60.443
 343.680 204.858
 
Recursos onerosos de LP 1.536.808 1.171.080
 2.812.680 1.966.115
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Quadro 9: Passivo da Fábrica de Embalagens reorganizado.
Fonte: (YDUQS, 2020)
Este quadro demonstra que o passivo reorganizado da Fábrica de Embalagens foi subdividido
em três grupos:
RECURSOS ONEROSOS DE CURTO PRAZO
Os recursos onerosos de curto prazo correspondem aos empréstimos, aos financiamentos e
aos dividendos pertencentes ao passivo circulante. Essas obrigações são consideradas
onerosas em função de cobrarem remuneração: juros (explícitos), no caso dos empréstimos; e
financiamento e custo do capital próprio (implícita), para os dividendos.
RECURSOS ONEROSOS DE LONGO PRAZO
É importante saber que os recursos onerosos de longo prazo correspondem a empréstimos
e financiamentos contidos no passivo não circulante (prazo de vencimento superior a um ano).
Também é necessário compreender que os componentes do patrimônio líquido – da mesma
forma que os recursos onerosos de curto prazo – cobram uma remuneração.
PASSIVO OPERACIONAL DE CURTO PRAZO (POCP)
De forma diversa à registrada nos outros dois grupos, o passivo operacional de curto prazo
é o conjunto de obrigações do passivo circulante consideradas não onerosas. Em outras
palavras, elas não cobram remuneração adicional (se pagas em dia) aos valores já descritos
no passivo.
Observamos no quadro 9 que o POCP da Fábrica de Embalagens sofreu uma variação de
aproximadamente R$205 mil em 20X1 e de R$344 mil em 20X2. Isso equivale a um aumento
de cerca de 68%.
Cabe observar que o montante de financiamento não oneroso (POCP) é função direta dos
prazos para o pagamento dessas obrigações e do volume de operações da empresa.
 RESUMINDO
Podemos dizer que, quanto maior o volume de vendas (e, consequentemente, a maior geração
de gastos) e o prazo de pagamento de fornecedores (entre outras obrigações), o POCP da
empresa também será maior.
Pontuaremos mais adiante que, no caso da Fábrica de Embalagens, a extensão do prazo de
pagamento das obrigações foi o principal fator determinante para o aumento do POCP.
Considerando que o POCP é não oneroso, é fácil defender que esta seria a melhor fonte de
financiamento para os recursos investidos no AOCP. Isso basicamente equivale a dizer, de
forma simplificada, que as empresas idealmente desejariam financiar seus estoques e clientes
com o prazo concedido pelos fornecedores delas.
No mercado, é possível notar que algumas organizações já conseguem fazer isso. Contudo,
para a grande maioria dos negócios, existe a necessidade de financiamento oneroso. É
justamente este tipo de financiamento — parcela do AOCP não coberta pelo financiamento do
POCP — que denominamos necessidade de capital de giro.
Utilizando informações contidas nos quadros 8 e 9, faremos a seguir o cálculo da NCG da
Fábrica de Embalagens referente aos anos 20X1 e 20X2:
NCG = AOCP – POCP
 
NCG da Fábrica de Embalagens em 20X1 = 444.423 – 204.858 = R$239.565
 
NCG da Fábrica de Embalagens em 20X2 = 816.436 – 343.680 = R$472.576
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Quadro 10: Cálculo da necessidade de capital de giro (NCG) da Fábrica de Embalagens em
20X1 e 20X2.
Fonte: (YDUQS, 2020)
No quadro acima, notamos que a NCG da Fábrica de Embalagens sofreu uma forte elevação,
passando de praticamente R$240 mil em 20X1 para cerca de R$473 mil em 20X2 (crescimento
de 97%). Isso gerou uma necessidade de financiamento oneroso.
No entanto, a NCG não tem a habilidade de identificar qual tipo (de curto ou de longo prazo) é
utilizado para seu financiamento. A análise da composição das fontes de recursos onerosos
utilizados no financiamento da NCG, contudo, pode ser efetuada pelo estudo de outros dois
indicadores: o capital de giro líquido (CGL) e o saldo de tesouraria (ST).
O CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO (CGL) E O
SALDO DE TESOURARIA (ST)
Vimos na seção anterior que uma empresa com necessidade de capital de giro positiva
equivale a dizer que ela depende de recursos onerosos para o financiamento dos componentes
do seu passivo operacional de curto prazo (clientes, estoques, adiantamento a fornecedores
etc.).
Além disso, ela ainda passa a necessitar do financiamento não oneroso proveniente do seu
POCP. Já o financiamento oneroso pode advir de fontes de curto ou de longo prazo.
Diante dessa necessidade, caso os gestores pudessem optar pela escolha do tipo de fonte
onerosa utilizando como critério o prazo e o grau de exigibilidade, os recursos mais adequados
para o financiamento da NCG seriam os de longo prazo.
Conforme dissemos anteriormente, os financiamentos onerosos de longo prazo são formados
pelos recursos dos sócios (registrado no patrimônio líquido) e pelos empréstimos e
financiamentos com prazo de vencimento superior a um ano (registrados no passivo não
circulante).
No entanto, considerando que parte desses recursos se destina prioritariamente ao
financiamento dos componentes do ativo não circulante (ANC), é fundamental verificar quanto
a empresa dispõe para o financiamento da NCG. Esse processo é chamado pela literatura
especializada de capital de giro líquido (CGL).
Fonte: create jobs 51/Shutterstock
Formalmente, o CGL pode ser definido como a parcela dos recursos onerosos de longo prazo
da empresa que ficam disponíveis para o financiamento da necessidade de capital de giro.
Dessa forma, matematicamente, existem duas formas para o cálculo do CGL:
FÓRMULA 21
Capital de giro líquido = Ativo circulante – Passivo circulante
CGL = AC – PC
FÓRMULA 22
Capital de giro líquido = (Patr. Líquido + Passivo não circ.) – Ativo não circulante
CGL = (PL + PNC) – ANC
A despeito da equivalência matemática das duas fórmulas, a 22 é considerada a mais
adequada para o entendimento do CGL.
Basta considerarmos que a soma do PL com o PNC consiste dos recursos onerosos de longo
prazo totais e que o ANC represente os investimentos de longo prazo: a diferença entre eles
aponta quanto a empresa dispõe de recursos onerosos de longo prazo livres para o
financiamento da NCG.
Para um melhor entendimento do cálculo e da interpretação do CGL, aplicaremos as fórmulas
21 e 22 nos dados financeiros da Fábrica de Embalagens dos anos 20X1 e 20X2 que estão
registrados nos quadros 2 e 3. Já o quadro 11 demonstra o cálculo do CGL da Fábrica de
Embalagens:
CGL = AC – PC
 
CGL da Fábrica de Embalagens em 20X1 = 786.398 – 795.036 = –R$8.638
 
CGL da Fábrica de Embalagens em 20X2 = 1.399.900 – 1.275.873 = R$124.028
CGL = (PL + PNC) – ANC
 
CGL da Fáb. Embal. em 20X1 = (652.395+ 518.685) – 1.179.718 = –R$8.638
 
CGL da Fáb. Embal. em 20X2 = (890.433 + 646.375) – 1.412.780 = R$124.028
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Quadro 11: Cálculo do capital de giro líquido (CGL) da Fábrica de Embalagens em 20X1 e
20X2.
Fonte: (YDUQS, 2020)
Verificamos neste quadro que o CGL calculado pelas duas abordagens gera valores
coincidentes. O resultado obtido para o 1o ano de -R$8.638 indica que a empresa não possui
recursos onerosos de longo prazo livres para o financiamento da NCG em 20X1.
Na realidade, um CGL negativo aponta que os investimentos de longo prazo (ANC) são
parcialmente financiados pelas obrigações de curto prazo (PC). A análise do CGL do ano 20X2
(R$124.028) sugere que a empresa conseguiu obter recursos de longo prazo captando-os com
sócios e terceiros.
A despeito da obtenção do financiamento de longo prazo, para um diagnóstico completo das
fontes de recursos, é necessário confrontar a NCG com o CGL, o quenos permitirá conhecer o
saldo de tesouraria (ST).
O cálculo do ST pode ser efetuado pela aplicação da fórmula a seguir:
FÓRMULA 23
Saldo de tesouraria = Capital de giro líquido – Necessidade de capital de giro
ST = CGL – NCG
O ST é um indicador que revela a dependência de recursos onerosos de curto prazo. Quando o
CGL for maior que a NCG, haverá um ST positivo. Isso significa que a empresa não apresenta
dependência de recursos onerosos de curto prazo para o financiamento da NCG. Por outro
lado, um ST negativo — fruto de um NCG maior que o CGL — aponta a dependência de
recursos onerosos de curto prazo.
Analisaremos a seguir o ST da Fábrica de Embalagens dos anos 20X1 e 20X2. Para isso,
utilizaremos a fórmula 23 nos resultados obtidos para a NCG e o CGL que foram registrados
respectivamente nos quadros 10 e 11.
O quadro 12 demonstra o cálculo do ST da Fábrica de Embalagens:
ST = CGL – NCG
 
ST da Fábrica de Embalagens em 20X1 = –8.638 – 239.565 = –R$248.203
 
ST da Fábrica de Embalagens em 20X2 = 124.028 – 472.576 = –R$348.728
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro 12: Cálculo do saldo de tesouraria (ST) da Fábrica de Embalagens em 20X1 e 20X2.
Fonte: (YDUQS, 2020)
De posse das informações de NCG, CGL e ST dos anos de 20X1 e 20X2 da Fábrica de
Embalagens dos quadros 10, 11 e 12, já é possível efetuar um diagnóstico da situação
financeira de curto prazo.
Tendo isso em mãos, conseguimos dimensionar o montante necessário para o financiamento
oneroso do ciclo financeiro e a análise de sua composição. O quadro 13 sumariza as
informações dos indicadores de capital de giro da Fábrica de Embalagens:
Indicador 20X1 20X2
NCG R$239.565 R$472.576
CGL –R$8.638 R$124.028
ST –R$248.203 –R$348.728
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Quadro 13: Indicadores de capital de giro da Fábrica de Embalagens em 20X1 e 20X2.
Fonte: (YDUQS, 2020)
Analisando esses indicadores, vemos que a NCG da Fábrica de Embalagens apresentou um
forte acréscimo de 20X1 para 20X2, basicamente dobrando de valor (aumento de 97%).
Em 20X1, o CGL negativo (-R$8.638) indica que a empresa não dispunha de recursos
onerosos de longo prazo para o financiamento da NCG, revelando uma total dependência de
empréstimos e financiamentos do passivo circulante (também apontada pelo ST de -R$248
mil).
A análise do CGL do ano de 20X2 denota a melhora do volume de recursos de longo prazo
destinados ao financiamento de estoques e clientes. No entanto, a despeito do êxito na
captação de recursos de longo prazo, tais recursos não foram suficientes para a cobertura de
todo aumento verificado na NCG.
Resultado: isso implicou o agravamento da dependência das dívidas onerosas de curto prazo,
o que pode ser verificado pelo ST ainda mais deficitário que o de 20X1 (-R$349 mil).
 COMENTÁRIO
Um ST negativo denota uma dependência de recursos onerosos de curto prazo para o
financiamento da NCG. No entanto, é importante explicar que a constatação dessa
dependência, por si só, não significa que uma empresa esteja em má situação financeira.
O uso de linhas de crédito de curto prazo é comum nos mais diversos segmentos e portes de
empresas. Entre os instrumentos mais utilizados, destacam-se as contas garantidas e os
empréstimos para capital de giro e desconto de duplicatas, além da antecipação de cartões de
crédito.
Em geral, o custo desses recursos (taxa de remuneração) costuma ser superior aos
financiamentos mais longos. Dessa maneira, o ideal seria recomendar o uso desses
instrumentos para o financiamento da parcela variável da NCG (fruto das oscilações que
ocorrem no curtíssimo prazo), utilizando, para isso, os recursos de longo prazo (geralmente
mais baratos) para a porção “fixa” da NCG.
Obviamente, a operacionalização dessa recomendação depende de alguns fatores,
principalmente da previsibilidade de entradas e saídas de caixa e do acesso a instrumentos
para a captação de recursos em longo prazo.
Na realidade, o problema da ST negativa se dá quando a dependência (em termos de volume)
de recursos onerosos de curto prazo é substancial, ou seja, se aproxima do limite de crédito
que a empresa desfruta no mercado financeiro.
Além de gerar um custo de captação potencialmente mais caro, a excessiva dependência de
financiamento de curto prazo pode expor a empresa ao risco de insolvência, não conseguindo
honrar com suas obrigações.
Como demonstraremos na próxima seção, empresas com ciclos financeiros grandes e com um
alto crescimento de vendas geralmente são mais suscetíveis a problemas de financiamento do
capital de giro.
A RELAÇÃO ENTRE NCG, VENDAS E CICLO
FINANCEIRO
Destacamos anteriormente que, entre outras formas de conceituá-la, a NCG pode ser definida
como o volume de recursos onerosos necessários para o financiamento do ciclo financeiro.
Essa definição nos permite inferir a existência de uma relação direta entre a NCG e o CF.
Além do CF, outro fator que pode gerar um impacto na NCG é o volume de vendas. Empresas
com ciclos financeiros positivos tendem a apresentar maiores necessidades de capital de giro à
medida que suas receitas aumentam.
Para comprovar essas relações, é possível construir uma abordagem alternativa para o cálculo
dos ciclos (CO e CF) e dos prazos médios a partir de informações oriundas dos componentes
da NCG e das receitas líquidas de venda.
Essa abordagem pode ser considerada mais completa, precisa e útil para as estimativas da
NCG em projeções futuras.
Fonte: Billion Photos/Shutterstock
Nos casos em que as contas de estoque, de clientes e de fornecedores forem representativas
no cálculo da NCG, as duas metodologias (tradicional e alternativa) gerarão valores similares
para o CF.
No entanto, outras situações (adiantamento a fornecedores e impostos a recuperar no AOCP,
assim como os adiantamentos de clientes, impostos e outras obrigações de curto prazo do
POCP) podem ser relevantes ou não. Se elas forem, os resultados das duas abordagens para
o cálculo do CF poderão apresentar forte disparidade.
Para diferenciarmos os indicadores das duas metodologias, identificaremos os índices da
abordagem alternativa, acrescentando um asterisco (*) às suas siglas. As fórmulas 24, 25 e 26
podem ser usadas respectivamente para o cálculo do ciclo operacional* (CO*), do prazo médio
de pagamento* (PMP*) e do ciclo financeiro* (CF*) em dias receita líquida:
FÓRMULA 24
Ciclo operacional * = 
Ativo operacional de curto prazo
Receita líquida de vendas ( ano ) x 360
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CO* = AOCP/Receita líquida (ano) x 360
FÓRMULA 25
Prazo médio de pagamento * = 
Passivo operacional de curto prazo
Receita líquida de vendas ( ano ) x 360
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
PMP* = POCP/Receita líquida (ano) x 360
FÓRMULA 26
Ciclo financeiro* = Ciclo operacional* – Prazo médio de pagamentos
CF* = CO* – PMP*
CF * = 
AOCP
Receita líquida ( ano ) x 360 –
CF * = (AOCP – POCP)Receita líquida (ano) x 360 
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FÓRMULA 27
Prazo médio de pagamento * = Passivo operacional de curto prazoReceita líquida de vendas (ano) x 360
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Se substituirmos, na equação 26, as expressões apresentadas nas fórmulas 24 e 25,
poderemos obter uma expressão relacionando o ciclo financeiro* (CF*) à NCG e à receita
líquida anual apresentada na fórmula 27.
Além da proporcionalidade garantida da NCG com as receitas e o CF*, outra grande vantagem
dessa abordagem é a consideração de todos os elementos do AOCP e do POCP – e não
somente das contas estoques, clientes e fornecedores, como ocorre na abordagem tradicional.
Manipulando os termos da fórmula 27, é possível obter um modelo para o cálculoda NCG que
será apresentado na 28. Efetuando outro pequeno rearranjo na 27, é possível conferir ainda,
na fórmula 29, a proporcionalidade das razões entre a NCG e a receita líquida com o CF*.
FÓRMULA 28
NCG = CF *360 x Receita líquida(ano)
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FÓRMULA 29
NCG/Receita líquida (ano) = CF*/360
Se desejarmos conhecer os prazos médios específicos dos elementos de AOCP e POCP, o
mesmo raciocínio pode ser utilizado. Basta, para isso, dividir as contas patrimoniais pela
receita líquida anual e multiplicar o resultado por 360:
FÓRMULA 30
PM componente AOCP * = Componente AOCP360 x Receita líquida (ano)
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FÓRMULA 31
PM componente POCP * = Componente POCP360 x Receita líquida (ano)
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Para alcançarmos um melhor entendimento da metodologia do CF*, aplicaremos as fórmulas
24 a 30 nos dados financeiros da Fábrica de Embalagens dos anos 20X1 e 20X2. Faremos
isso utilizando as informações contidas nos quadros 5, 8, 9 e 13.
O quadro 14 demonstra a aplicação da metodologia do CF* nos dados da Fábrica de
Embalagens:
CO* = AOCP/Receita líquida (ano) x 360
 
CO* da Fáb. Embal. em 20X1 = 444.423/1.307.053 x 360 = 122 dias
 
CO* da Fáb. Embal. em 20X2 = 816.436/1.430.723 x 360 = 205 dias
PMP* = POCP/Receita líquida (ano) x 360
 
PMP* da Fáb. Embal. em 20X1 = 204.858/1.307.053 x 360 = 56 dias
 
PMP* da Fáb. Embal. em 20X2 = 343.680/1.430.723 x 360 = 86 dias
CF* = NCG/Receita líquida (ano) x 360
 
CF* da Fáb. Embal. em 20X1 = 239.565/1.307.053 x 360 = 66 dias
 
CF* da Fáb. Embal. em 20X2 = 472.756/1.430.723 x 360 = 119 dias
PME* = Estoques/Receita líquida (ano) x 360
 
PME* da Fáb. Embal. em 20X1 = 245.325/1.307.053 x 360 = 68 dias
 
PME* da Fáb. Embal. em 20X2 = 418.843/1.430.723 x 360 = 105 dias
PMR* = Clientes/Receita líquida (ano) x 360
 
PMR* da Fáb. Embal. em 20X1 = 137.898/1.307.053 x 360 = 38 dias
 
PMR* da Fáb. Embal. em 20X2 = 325.355/1.430.723 x 360 = 82 dias
PM outros AOCP* = outros AOCP/Receita líquida (ano) x 360
 
PM outros AOCP* da Fáb. Embal. em 20X1 = 61.200/1.307.053 x 360 = 17 dias
 
PM outros AOCP* da Fáb. Embal. em 20X2 = 72.238/1.430.723 x 360 = 18 dias
PMC* = Fornecedores/Receita líquida (ano) x 360
 
PMC* da Fáb. Embal. em 20X1 = 144.415/1.307.053 x 360 = 40 dias
 
PMC* da Fáb. Embal. em 20X2 = 284.048/1.430.723 x 360 = 71 dias
PM outros POCP* = outros POCP/Receita líquida (ano) x 360
 
PM outros POCP* da Fáb. Embal. em 20X1 = 60.443/1.307.053 x 360 = 17 dias
 
PM outros POCP* da Fáb. Embal. em 20X2 = 59.633/1.430.723 x 360 = 15 dias
NCG/Receita líquida (ano) = CF*/360
 
NCG/Receita líquida (ano) da Fáb. Embal. em 20X1 = 66/360 = 18%
 
NCG/Receita líquida (ano) da Fáb. Embal. em 20X2 = 119/360 = 33%
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro 14: Aplicação da metodologia do CF* nos dados financeiros da Fábrica de
Embalagens em 20X1 e 20X2.
Fonte: (YDUQS, 2020)
Com o intuito de analisar os prazos médios e os ciclos da Fábrica de Embalagens calculados
pelas duas metodologias (tradicional e alternativa), consolidaremos no quadro a seguir as
informações provenientes dos quadros 7 e 14:
Indicador 20X1 20X2 Variação
PME 80 dias 117 dias + 37 dias
PMR 29 dias 63 dias + 34 dias
PMC 47 dias 80 dias + 33 dias
CO 109 dias 180 dias + 71 dias
CF 62 dias 100 dias + 38 dias
PME* 68 dias 105 dias + 37 dias
PMR* 38 dias 82 dias + 44 dias
PM outros AOCP* 17 dias 18 dias + 1 dias
PMC* 40 dias 71 dias + 31 dias
PM outros POCP* 17 dias 15 dias - 2 dias
PMP* 56 dias 86 dias + 30 dias
CO* 122 dias 205 dias + 83 dias
CF* 66 dias 119 dias + 52 dias
NCG/Receita
líquida (ano)
18% 33%
+ 15%
(var. absoluta)
Receitas líquidas
(ano)
R$1.307 mil R$1.431 mil
+ 9,5%
(var. relativa)
NCG R$240 mil R$473 mil
+ 97%
(var. relativa)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro 15: Prazos médios e ciclos (tradicionais e alternativos) da Fábrica de Embalagens em
20X1 e 20X2.
Fonte: (YDUQS, 2020)
Analisando os resultados do quadro 15, conseguimos efetuar uma comparação entre as
metodologias de cálculo do CF (tradicional) e do CF* (alternativa). Observamos nela que,
apesar de os números serem distintos, as conclusões relativas às informações das duas
abordagens são, em termos qualitativos, similares.
Ou seja, há um forte aumento do ciclo financeiro e, como consequência, um incremento da
NCG. Enquanto o CF de 20X2 apresentou uma subida de 38 dias em relação a 20X1, o CF*
registrou uma elevação de 52 dias, o que, em termos relativos, corresponderia a um aumento
de 80%.
Dessa forma, é possível verificar que a maior porção do aumento da NCG de 20X1 para 20X2
diz respeito ao crescimento do CF*. Por isso, restou ao aumento das receitas um efeito
marginal, o que pode ser analisado pela decomposição do crescimento da NCG demonstrado
no quadro 16:
Crescimento da NCG em 20X2 = (1 + cresc. % do CF*) x (1 + cresc. % da receita
líquida) – 1
 
Crescimento da NCG em 20X2 = (1 + 80%) x (1 + 9,5%) – 1
 
Crescimento da NCG em 20X2 = 1,8 x 1,095 – 1
 
Crescimento da NCG em 20X2 = 97%
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro 16: Decomposição do crescimento da NCG da Fábrica de Embalagens.
Fonte: (YDUQS, 2020)
Podemos dizer que a aplicação da metodologia de cálculo do CF* nos dados financeiros dos
exercícios de 20X1 e 20X2 da Fábrica de Embalagens confirma a grande aplicabilidade dessa
abordagem em função de seu poder analítico e de sua correspondência com a NCG e seus
componentes.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) OS INDICADORES DE CAPITAL DE GIRO PODEM SER UTILIZADOS PARA O
DIMENSIONAMENTO DO MONTANTE NECESSÁRIO PARA O FINANCIAMENTO
ONEROSO DO CICLO FINANCEIRO E A ANÁLISE DE SUA COMPOSIÇÃO. NESSE
SENTIDO, PODEMOS AFIRMAR QUE O CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO INFORMA:
A) Quanto a empresa dispõe de recursos onerosos para o financiamento da necessidade de
capital de giro.
B) Quanto ela dispõe de recursos onerosos de curto prazo para o financiamento da
necessidade de capital de giro.
C) Quanto ela necessita de recursos onerosos para o financiamento de suas atividades
operacionais de curto prazo.
D) Quanto ela dispõe de recursos onerosos de longo prazo para o financiamento da
necessidade de capital de giro.
E) Quanto ela dispõe de recursos onerosos de longo prazo para o financiamento do saldo de
tesouraria.
2) ALÉM DA FORMA TRADICIONALMENTE UTILIZADA PARA O CÁLCULO DO CICLO
FINANCEIRO (CF), É POSSÍVEL APLICAR UMA METODOLOGIA ALTERNATIVA QUE
UTILIZA OS COMPONENTES DA NCG PARA ESTIMAR O CICLO FINANCEIRO EM DIAS
DE RECEITAS LÍQUIDAS (CF*). A COMPARAÇÃO DAS DUAS ABORDAGENS NOS
PERMITE AFIRMAR QUE:
A) O cálculo do CF* é mais complexo que o do CF.
B) A abordagem tradicional é mais completa que a metodologia alternativa.
C) O ciclo operacional da abordagem alternativa (CO*) contempla a soma do prazo médio de
todos os componentes do AOCP.
D) Apesar de mais intuitiva, a abordagem alternativa é imprecisa.
E) As duas abordagens sempre geram conclusões similares.
GABARITO
1) Os indicadores de capital de giro podem ser utilizados para o dimensionamento do
montante necessário para o financiamento oneroso do ciclo financeiro e a análise de sua
composição. Nesse sentido, podemos afirmar que o capital de giro líquido informa:
A alternativa "D " está correta.
O CGL consiste na diferença entre os recursos onerosos de longo prazo (patrimônio líquido e
passivos não circulantes) e os investimentos de longo prazo da empresa (ativo não circulante).
Dessa forma, ele pode ser interpretado como a quantidade que a empresa dispõe de recursos
onerosos de longo prazo livres para o financiamento da NCG.
2) Além da forma tradicionalmente utilizada para o cálculo do ciclofinanceiro (CF), é
possível aplicar uma metodologia alternativa que utiliza os componentes da NCG para
estimar o ciclo financeiro em dias de receitas líquidas (CF*). A comparação das duas
abordagens nos permite afirmar que:
A alternativa "C " está correta.
Uma das vantagens da abordagem alternativa é o fato de ela ser mais completa, considerando
em seu cálculo todos os componentes da NCG no cálculo do CF*. No cálculo do CO*, todos os
componentes são contemplados diretamente pela aplicação da fórmula CO* = AOCP/Receita
líquida (ano) x 360, ou, de maneira alternativa, pela soma dos prazos médios de todos os
componentes.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apresentamos e discutimos neste tema as formulações e o uso dos principais indicadores na
análise da situação financeira de curto prazo de empresas. Inicialmente, abordamos o cálculo
dos índices de liquidez, que são considerados os indicadores mais tradicionais utilizados no
diagnóstico da saúde financeira.
Na sequência, abordamos a utilização dos prazos médios e ciclos. Tendo isso em vista,
demonstramos tanto as formulações dos prazos médios de estoques, recebimentos e
pagamentos de compras quanto a composição dos ciclos operacional e financeiro. Esses
dados foram aplicados a dois anos de uma empresa hipotética denominada Fábrica de
Embalagens.
Em seguida, apontamos os indicadores de capital de giro: a NCG, o CGL e o ST. Para isso,
demonstramos a aplicação deles no dimensionamento do montante de recursos onerosos para
o financiamento das atividades operacionais de curto prazo e a análise da composição das
fontes desses recursos. Fornecemos ainda exemplos da aplicação de fórmulas e da
interpretação dos resultados para todos os tipos de indicadores e metodologias apresentadas.
Por fim, destacamos a relação entre a NCG, o ciclo financeiro e as vendas mediante o
emprego de uma abordagem alternativa para o cálculo do CF.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços — um enfoque econômico-financeiro. 11.
ed. São Paulo: Atlas, 2015.
IUDÍCIBUS, S. de. Análise de balanços. 11. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2017.
RIBEIRO, O. M. Demonstrações financeiras: mudanças na lei das sociedades por ações:
como era e como ficou. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
BAZZI, S. Análise das demonstrações. .2 ed. São Paulo: Pearson, 2019.
PEREZ JR., J. H. Elaboração e análise das demonstrações financeiras. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2015.
RIBEIRO, O. M. Estrutura e análise de balanços fácil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
SILVA, A. A. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações contábeis. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2017.
CHEROBIM, A. P. M. S.; LEMES JR., A. B.; RIGO, C. M. Fundamentos de finanças
empresariais: técnicas e práticas essenciais. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
EXPLORE+
Para se aprofundar um pouco mais em cálculo dos ciclos operacional financeiro, assista a dois
vídeos do professor Quintino no YouTube:
Como calcular o ciclo operacional (Contabilidade);
Prazo médio de pagamento e ciclo financeiro (Contabilidade).
Para enriquecer seus conhecimentos sobre o capital de giro, veja este vídeo no YouTube do
professor Leonardo Hoffmam:
Capital de giro e necessidade de capital de giro: a chave da gestão financeira.
Explore o caso das Lojas Tendetudo, varejista de moda multimarcas que experimentou, no
biênio 20X1 e 20X2, uma forte expansão de receitas e lucros, para fixar os conceitos discutidos
no material e treinar a aplicação da análise da situação financeira de curto prazo.
CONTEUDISTA
Luiz Ozorio
 CURRÍCULO LATTES
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