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Unidade II - Propriedades Físicas dos Solos

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Geologia de Engenharia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Francieli Sant’ana Marcatto
Revisão Textual:
Jaquelina Kutsunugi
Propriedades Físicas dos Solos
• Índices físicos dos solos;
• Relações entre o peso e o volume;
• Granulometria de um Solo;
• Ensaio de Peneiramento;
• Ensaio de Sedimentação;
• Curva de distribuição granulométrica.
• Aprender as relações proporcionais existentes entre os constituintes dos solos;
• Conhecer a metodologia de determinação do tamanho das partículas dos solos e 
suas aplicações.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Propriedades Físicas dos Solos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Propriedades Físicas dos Solos
Índices Físicos dos Solos
Como vimos na anterior, os solos são compostos por partículas sólidas e por 
espaços vazios formados pelo arranjo espacial dos elementos da fase sólida. Em 
um solo ideal, estima-se que 50% do seu volume seja ocupado pela parte sólida, 
composta pelas partículas minerais e a matéria orgânica, e 50% pelo ar e a água.
O comportamento dos solos tem relação direta com a quantidade relativa de 
dos seus constituintes (sólidos, água e ar), sendo denominadas de índices físicos 
as relações proporcionais entre esses elementos. Segundo Caputo (1988, p. 39), 
“os índices e as suas relações desempenham um importante papel no estudo das 
propriedades dos solos, uma vez que estas dependem dos seus constituintes e das 
proporções relativas entre eles, assim como a interação de uma fase sobre a outra”.
Os espaços vazios dos solos podem ser afetados por processos naturais ou an-
trópicos, alterando o seu volume e a proporção de ar e água dentro deles. Imagine 
que, após uma chuva, o solo terá os seus espaços vazios ocupados totalmente pela 
água. Nessa situação, o solo ficará proporcionalmente com maior quantidade de 
água nos espaços vazios, comparado ao ar, e só voltará ao equilíbrio quando ocor-
rer a evaporação da água e o ar voltar a penetrar nos poros.
Uma outra situação ocorre quando um solo é submetido a algum tipo de constru-
ção, onde é necessária a sua compactação para a diminuição dos espaços vazios. 
Nesse caso, parte do volume de ar presente naquele solo é eliminado, alterando o 
volume de vazios dos solos.
Para expressar as proporções entre as fases dos solos, são estabelecidas algu-
mas relações, conforme verifica-se no Infográfico 1, onde os volumes de cada fase 
do solo estão representados do lado esquerdo e os pesos à direita.
Infográfi co 1 – Relações proporcionais entre o peso e o volume das fases dos solos
Fonte: Adaptado de Sousa Pinto (2006, p. 35)
8
9
As relações entre os constituintes dos solos podem ser expressas por volume ou 
peso. O volume total de uma amostra pode ser representado por:
V = Vv + Vs = Vs + Va + Var
onde V = volume total do solo;
Vv = volume dos vazios;
Vs = volume de sólidos;
Va = volume de água nos vazios;
Var = volume de ar nos vazios.
O peso total da amostra pode ser dado por (o peso do ar é considerado igual a zero):
P = Ps + Pa
onde P = peso total da amostra;
Ps = peso dos sólidos;
Pa = peso da água.
Importante!
É importante lembrar que o volume de ar está condicionado à quantidade de água pre-
sente nos solos. Assim, a representação do Infográfi co 1 indica um modelo em que há 
um equilíbrio entre a quantidade de ar e água presente nos solos.
Importante!
Relações entre o peso e o volume 
Para identificar o estado do solo, utilizam-se índices que correlacionam o peso 
e o volume dos constituintes dos solos. As relações de volume são expressas pelo 
índice de vazios, o grau de saturação e a porosidade. As relações entre pesos ocor-
rem somente com a determinação da umidade. E as relações entre peso e volume 
são determinadas pela densidade relativa das partículas, peso específico de um solo 
natural, peso específico aparente de um solo seco, peso específico das partículas 
sólidas e peso específico da água.
As relações entre os pesos e os volumes são chamadas de pesos específicos, 
expressos pela unidade kN/m3. As relações entre quantidade de matéria (massa) 
e o volume são chamadas de massas específicas e expressas em ton/m3, kg/dm3 
e g/cm3. O peso específico de um solo é o resultado da sua massa específica pela 
aceleração da gravidade (9,81 m/s) (SOUSA PINTO, 2006).
9
Unidade Propriedades Físicas dos Solos
Porosidade
A porosidade (n) é determinada a partir do volume de espaços vazios dos solos 
e o volume total da amostra, com o resultado expresso em %.
Índice de vazios
Trata-se da proporção entre o volume de vazios e o volume das partículas sólidas 
e é expresso pela letra e.
O índice costuma situar-se entre 0,5 e 1,5, mas em solos orgânicos podem 
ocorrer índices superiores a 3 (SOUSA PINTO, 2006).
Grau de saturação
O grau de saturação (S) representa a quantidade de água contida nos vazios dos 
solos, com resultado expresso em %.
Os intervalos de variação deste índice estão entre 0% e 100%, onde S=0% indi-
ca um solo seco e S=100% indica um solo saturado.
Umidade
A umidade (h) é determinada a partir da relação entre o peso da água contida 
em um certo volume de solo e o peso dos sólidos deste volume, com resultado 
expresso em %.
O método mais utilizado para a sua determinação é realizado em laboratório, a 
partir do peso da amostra em seu estado natural e o peso após secagem na estufa 
a 105°C, obtendo-se por diferença o peso da água na amostra.
Peso específico de um solo natural
O peso específico de um solo natural (γ) é a relação entre o peso total do solo e 
o seu volume total.
10
11
A unidade padrão utilizada para este parâmetro é o quilonewtons por metro 
cúbico (kN/m3). O peso específico natural não varia muito entre os tipos de solos, 
ficando em torno de 19 a 20 kN/m3 (SOUSA PINTO, 2006).
Este índice é determinado em laboratório, onde a amostra é coletada em um 
cilindro de volume conhecido e é feita a pesagem do material contido no interior 
do cilindro, determinando o seu peso específico natural.
Importante!
O peso específi co tem como unidade o kN/m3. Por ser uma unidade derivada, é con-
veniente trabalhar com massa específi ca de solo, que é expressa em kg/m3. Para a sua 
transformação (DAS, 2007), utiliza-se:
Onde, γ= peso específi co de um solo natural;
g = aceleração da gravidade (9,81 m/s2);
ρ = massa específi ca do solo (kg/m3).
Importante!
Peso específico aparente do solo seco
É a relação entre o peso dos sólidos dos solos e o volume total. Corresponde 
ao peso que o solo teria se ficasse seco, sem que ocorresse a variação de volume 
(SOUSA PINTO, 2006). Neste caso a umidade (h) deve ser igual a 0.
A sua determinação é feita a partir do peso específico natural e da umidade.
Peso específico das partículas sólidas
É a relação entre o peso das partículas sólidas e o seu volume. Variam conforme 
o tipo de solo e tem como unidade de medida o kN/m3.
A sua determinação é feita em laboratório com a utilização do picnômetro, confor-
me representado na Figura 1. Ao acrescentar uma amostra de solo de peso conheci-
do em um picnômetro com água, pode-se calcular a quantidade de água deslocada.
11
UNIDADE Propriedades Físicas dos Solos
Figura 1 - Representação esquemática da determinação do peso específi co das partículas sólidas
Fonte: Sousa Pinto (2006)
A norma que descreve a determinação do peso específico das partículas sólidas 
é a NBR 6458:2016, versão corrigida 2:2017 da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT).
Peso específico da água
É a relação entre o peso específico da água e o seu volume.
Embora exista uma pequena variação com a temperatura, adota-se o valor de 
10 kN/m3 (SOUSA PINTO, 2006).
Densidade relativa das partículas
Estabelece a relação entre o peso específico das partículas sólidas e o peso es-
pecífico da água.
12
13
Relações entre os índices
Entre os índices estudados, somente a umidade (h), o peso específico natural 
(γ) e o peso específico das partículas sólidas (γg) são determinados em laboratório. 
Todos os outros índices são determinados a partir destes.
Algumas relações podem ser estabelecidas entre os índices, considerando o vo-
lume total igual a 1, tem-se:
Exercícios resolvidos
1. Um corpo de prova cilíndrico de um solo argiloso possui altura de 5 cm e 
diâmetro de 6 cm. A massa úmida determinada em laboratório é igual a 
178,4 g e a massa seca 157,1g. A massa específi ca dos grãos é de 2,83 
g/cm³. Determine a umidade, porosidade, índice de vazios, massa especí-
fi ca de um solo natural e a massa específi ca aparente seca.
Solução:
a) Umidade
A umidade é determinada por: h = Pa/Ps x 100
O peso da água (Pa) é obtido por: 178,4 – 157,1 = 21,3
h = (21,3/157,1) x 100
h = 13,5%
13
Unidade Propriedades Físicas dos Solos
b) Porosidade
Para determinar a porosidade:
n = (Vv/V) x 100
Primeiro calcula-se o volume do cilindro:
V = π x r² x (altura)
V = 141,3 cm³
A porosidade é obtida por correlações:
Se yg = Ps/Vs
Vs = Ps/yg
Vs = 157,1/2,83
Vs = 55,5 cm³
Assim, V - Vs = Vv
Vv = 141,3 – 55,5 = 85,8cm³
Dessa forma,
n = (85,8/141,3) x 100
n = 60,7%
 
c) Índice de vazios
e = Vv/Vs
e = 85,8/55,5
e = 1,5
 
d) Massa específica de um solo natural
y = P/V
y = 178,4/141,3
y = 1,26 g/cm³
14
15
e) Massa específica aparente seca
ys = Ps/V
ys = 157,1/141,3
ys = 1,11 g/cm³
2. Para a construção de um aterro, a área de empréstimo possui um volume 
estimado de 3800 m³. O peso específi co natural do solo foi de 19,3 kN/
m³, com umidade de 11,9%. No projeto foi previsto que o solo do aterro 
seja compactado com umidade de 19%, com peso específi co seco de 16,5 
kN/m³. Qual o volume de aterro poderá ser construído com o material 
disponível e qual o volume de água a ser acrescentado?
Solução:
Para determinar o volume que o material irá ocupar quando compactado, primeiro 
determina-se o peso total do material de empréstimo e o peso das partículas sólidas.
Peso total:
Pt = y x V
Pt = 19,3 x 3800
Pt = 73.340 kN
Peso das partículas sólidas total:
yg = Pt / 1 + h
yg = 73.340 / (1+ 0,119)
yg = 65.540 kN
Volume do material quando compactado:
Vc = Yg/ys
Vc = 65.540/16,5
Vc = 3.972 m³
15
Unidade Propriedades Físicas dos Solos
Obtido o volume do material compactado, deve-se calcular o peso da água do 
material de empréstimo, o peso da água que o material deverá estar ao ser com-
pactado e a quantidade de água a ser acrescentada.
Para o peso da água existente no material:
Pae = h x yg
Pae = 0,119 x 65.540
Pae = 7.799,3 kN
Peso da água do material compactado:
Pac = 0,19 x 65.540
Pac = 12.453 kN
A quantidade de água a ser acrescentada será de:
Pa = Pac – Pae
Pa = 12.453 – 7.999,3
Pa = 4.453,7 kN
Granulometria de um Solo
A granulometria de um solo consiste na determinação do tamanho de suas par-
tículas. O procedimento é realizado em duas fases distintas: uma de peneiramento, 
para as partículas de tamanho superior a 0,075 mm, e uma de sedimentação, para 
as partículas de tamanho inferior a 0,075 mm.
Em relação ao tamanho das partículas dos solos, como visto na 1, elas podem 
ser classificadas em pedregulho (diâmetro entre 2,0 mm e 60 mm), areia (diâmetro 
entre 0,06mm e 2,0 mm), silte (diâmetro entre 0,002 mm e 0,06mm) e argila (in-
ferior a 0,002 mm) (ABNT, 1995).
Ensaio de Peneiramento 
Este ensaio consiste no peneiramento de partículas sólidas com diâmetro superior 
a 0,075 mm em um jogo de peneiras com aberturas decrescentes. A sua determina-
ção é realizada conforme os procedimentos descritos na NBR 7181 (ABNT, 2016).
A representação esquemática simplificada do ensaio de peneiramento é reali-
zada na Figura 2. Para a realização do ensaio, é tomado um volume conhecido de 
solo seco ao ar, passado sobre a peneira de 2 mm.
O volume passado pela peneira de 2 mm é colocado na peneira de 0,075 mm 
e lavado com água, para que seja separado o material fino do material grosso e, 
16
17
posteriormente, seja realizado o peneiramento fino. O volume retido na peneira de 
2 mm também deve ser lavado.
Após a lavagem, ambos os materiais são secos em estufa à temperatura de 
105°C e é procedida a agitação da amostra em um jogo de peneiras com diâme-
tros progressivamente menores.
Para o material com diâmetro inferior a 2 mm (peneiramento fino) são utilizadas 
as peneiras de 1,2 mm, 0,6 mm, 0,42 mm, 0,25 mm, 0,15 mm e 0,075 mm com 
uma cuba embaixo. O material retido na peneira de 2 mm (peneiramento grosso) 
é agitado em um jogo de peneiras com diâmetro de 50 mm, 38 mm, 25 mm, 19 
mm, 9,5 mm e 4,8 mm.
Figura 2 - Representação esquemática simplifi cada do ensaio de peneiramento
Fonte: Elaborada pela autora, 2019
A partir do material retido em cada peneira, determina-se, conforme a NBR 
7181 (ABNT, 2016):
a) A massa total da amostra seca:
em que Ms = massa total da amostra seca;
Mt = massa de amostra seca em temperatura ambiente;
Mg = massa do material seco retido na peneira de 2 mm;
h = umidade do material passado na peneira de 2 mm.
17
Unidade Propriedades Físicas dos Solos
b) A massa de solo que passa nas peneiras de 50 mm, 38 mm, 25 mm, 19 mm, 
9,5 mm, 4,8 mm e 2mm.
em que Mq = porcentagem de material passado em cada peneira;
Mg = massa total da amostra seca;
Mr = massa retida acumulada em cada peneira.
c) A massa de solo que passa em cada peneira com diâmetro acima de 0,075 
mm e abaixo de 1,2 mm.
em que Mf = porcentagem de material passado em cada peneira;
Mu = massa do material úmido submetido à sedimentação ou peneiramento fino;
h = umidade do material passado na peneira de 2 mm;
Mr = massa do material retido acumulado em cada peneira;
N = porcentagem do material que passa na peneira de 2mm (calculado no item b).
Ensaio de sedimentação
O ensaio de sedimentação é aplicado às partículas mais finas, com diâmetro 
inferior a 0,075 mm (argila e silte). Ele baseia-se no princípio da sedimentação das 
partículas do solo em água, com velocidades diferentes, dependendo do tamanho, 
forma e da viscosidade da água.
De forma simplificada, o procedimento para a determinação dos materiais finos 
consiste em tomar um volume conhecido de solo passado pela peneira de 2 mm, 
transferindo-o para um béquer. Acrescentar a este material o dispersante químico 
(hexametafosfato de sódio tamponado com carbonatode sódio), deixando a amos-
tra em repouso.
Posteriormente, o material deve ser levado ao dispersor para agitação e trans-
ferido para uma proveta, onde deve ser mantida uma temperatura constante. Ao 
atingir a temperatura em equilíbrio, o material é agitado e são feitas leituras com 
o densímetro. Após realizadas todas as leituras, o material é transferido para uma 
peneira de 0,075 mm e lavado, seguindo os procedimentos descritos no item 2.1 
para o peneiramento fino (Figura 3).
18
19
Figura 3 - Representação esquemática do ensaio de sedimentação
Fonte: Adaptada de Lepsch (2011)
Para conhecer a distribuição granulométrica da fração fi na dos solos, é necessário o uso de 
um dispersante químico, geralmente o hexametafosfato de sódio ou o hidróxido de sódio. 
Isso ocorre porque as partículas coloidais dos solos, principalmente as argilas, possuem uma 
elevada capacidade de coesão entre elas, sendo necessária a aplicação de um dispersante 
químico para a separação individual das partículas.
Ex
pl
or
 Para saber mais sobre o uso de dispersantes químicos na análise granulométrica dos solos, 
consulte o artigo intitulado “Dispersantes químicos na análise granulométrica de Latosso-
los”, que pode ser visualizado em: https://bit.ly/2SsEHGD. Acesso em: 17 fev. 2019.
Ex
pl
or
O densímetro mede o peso específico na vizinhança do seu bulbo a uma determi-
nada profundidade. O peso específico depende da quantidade de partículas de solo 
presentes por unidade de volume de suspensão naquela profundidade (DAS, 2007).
Assim, o ensaio de sedimentação mede a densidade de uma suspensão de solo 
em água, no decorrer de um certo tempo. Para o cálculo do diâmetro é utilizada 
a lei de Stokes, que determina a velocidade de sedimentação de uma partícula, 
conforme a fórmula: 
19
Unidade Propriedades Físicas dos Solos
Onde v = velocidade;
ps = massa específica das partículas do solo;
pa = massa específica da água;
n = viscosidade da água;
D = diâmetro das partículas.
O diâmetro equivalente da partícula em suspensão é calculado com uma equa-
ção que resulta da lei de Stokes, sendo definida como:
Onde D = diâmetro das partículas do solo;
n = viscosidade da água (varia com a temperatura);
L = altura de queda da partícula;
t = tempo;
δ = densidade relativa;
pa = massa específica da água.
Além de determinar o diâmetro do solo em suspensão, determina-se a por-
centagem do material em suspensão, em relação ao total de amostra, utilizando a 
seguinte equação:
em que V = volume da proveta (1000 cm³);
Qs = porcentagem de solo em suspensão no momento da leitura do densímetro;
N = porcentagem do material que passa pela peneira de 2 mm;
ps = massa específica dos grãos dos solos (g.cm³);
pa = massa específica da água em função da temperatura;
pac = massa específica da água na temperatura de calibração do densímetro 
(considerar 1,000 g/cm³);
L = leitura do densímetro na suspensão;
Ld = leitura do densímetro no meio dispersor, na mesma temperatura da sus-
pensão;
20
21
Mh = massa do material úmido submetido à sedimentação (g);
h = umidade higroscópica do material passado pela peneira de 2 mm.
Curva de distribuição granulométrica
A curva de distribuição granulométrica é a representação gráfica do resultado 
do ensaio de granulometria e pode ser utilizada para a determinação de alguns 
parâmetros do solo, que são observados pela forma da curvatura granulométrica.
No gráfico, o eixo das abscissas representa o diâmetro e no eixo das ordenadas 
estão as porcentagens de sólidos que têm dimensão média menor que a dimensão 
considerada, representando, assim, a porcentagem de material que passa por uma 
peneira ou a porcentagem de material que ficou retida (Figura 4). Por exemplo, 
quando se afirma que 90% do material passou pela peneira de 1,2 mm significa 
que 10% ficou retida na peneira.
Figura 4 - Curva de distribuição granulométrica
Fonte: Adaptada de Sousa Pinto (2006, p. 21)
Além de representar o tamanho das partículas de um solo, a curva de distribui-
ção granulométrica nos mostra o tipo de distribuição dos tamanhos. Um solo com 
a maior parte dos grãos do mesmo tamanho é chamado de uniforme. Se a distri-
buição dos tamanhos representar uma ampla faixa, é chamado de bem graduado. 
Quando o mesmo solo possui duas ou mais frações com distribuição uniforme, 
denomina-se de descontínuo (DAS, 2007). Outros parâmetros também são deter-
minados, como:
a) Diâmetro efetivo (D10): é o diâmetro que corresponde a 10% das partí-
culas menores em relação ao peso total.
b) Coefi ciente de uniformidade (Cu): é defi nido como a razão entre os diâme-
tros de 60% e 10% mais fi no da curva granulométrica, representado por:
21
Unidade Propriedades Físicas dos Solos
Conforme o valor obtido com o coeficiente de uniformidade, segundo Caputo 
(1988), a curva de distribuição granulométrica pode ser classificada em:
Muito uniforme – Cu < 5
Uniformidade média – 5 < Cu < 15
Não uniforme – Cu > 15
c) Coeficiente de curvatura (Cc) é determinado por:
Nos solos bem graduados o coeficiente de curvatura está compreendido entre 
1 e 3.
Importante!
Nesta unidade, conhecemos os diferentes índices físicos dos solos, que estabelecem as 
relações proporcionais entre os sólidos, a água e o ar do solo. Conhecemos também o 
procedimento para a determinação do tamanho das partículas dos solos, denominado 
de granulometria. Entre os conceitos estudados, é importante destacar:
1. As relações proporcionais entre a quantidade de sólidos, água e ar determinam 
diversos índices físicos dos solos;
2. As relações entre os constituintes dos solos podem ser expressas por volume ou peso;
3. As relações de volume entre as fases do solo são o índice de vazios, o grau de 
saturação e a porosidade;
4. As relações entre os pesos dos constituintes determinam a umidade do solo;
5. As relações entre peso e volume podem ser verificadas pela densidade relativa das 
partículas, peso específico de um solo natural, peso específico aparente de um solo 
seco, peso específico das partículas sólidas e peso específico da água;
6. Somente a umidade, o peso específico natural e o peso das partículas sólidas são 
determinados em laboratório;
7. A determinação do tamanho das partículas dos solos é realizada a partir do ensaio 
de granulometria;
8. O ensaio de granulometria é realizado em duas fases, uma chamada de penei-
ramento e a outra de sedimentação. No primeiro, separa-se as partículas de maior 
tamanho e, no segundo, as de menor tamanho;
9. Os resultados do ensaio granulométrico são representados em um gráfico deno-
minado de curva de distribuição granulométrica;
10. A curva de distribuição granulométrica representa, além do tamanho das partícu-
las, o seu diâmetro efetivo, o coeficiente de uniformidade e o coeficiente de curvatura.
Em Síntese
22
23
Conhecer as propriedades físicas dos solos, como o volume proporcional de só-
lidos e espaços vazios e o tamanho das suas partículas é de grande relevância para 
compreender o seu comportamento, como vimos ao longo desta unidade. Entre-
tanto, outros fatores ainda devem ser estudados, para que se possa entender com 
maior profundidade como o solo irá se comportar diante de um uso específico.
23
Unidade Propriedades Físicas dos Solos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Curso Básico de Mecânica de Solos
O livro “Curso básico de mecânica de solos”, além de trazer a parte conceitual, possui 
exercícios aplicados com a resolução comentada, que auxiliam no entendimento e na 
aplicação de alguns conceitos. 
SOUSA PINTO, C. Curso Básico de Mecânica dos Solos. São Paulo: Oficina de textos, 
2006.
Fundamentos de Mecânica dos Solos e das Rochas
O livro “Fundamentos de mecânica dos solos e das rochas” também pode ser 
consultado para o aprofundamento dos conceitos estudados nesta unidade. Além da 
teoria, são apresentados exemplos de aplicações na área de Engenharia, que facilita a 
aprendizagem dos conceitos. 
FIORI, A. P. Fundamentosde mecânica dos solos e das rochas: aplicações na 
estabilidade de taludes. São Paulo: Oficina de Textos, 2015.
 Leitura
Características Físicas e Mecânicas de Misturas de Solo, Cimento e Casca de Arroz
O artigo científico “Características físicas e mecânicas de misturas de solo, cimento 
e casca de arroz” demonstra a possibilidade de utilizar materiais alternativos em 
elementos construtivos, comprovando o seus resultados a partir da determinação de 
alguns índices físicos dos solos.
MILANI, A. P. S.; FREIRE, W. J. Características físicas e mecânicas de misturas de 
solo, cimento e casca de arroz. Revista Eng. Agric., v. 26, n. 1, 2006.
https://bit.ly/2H2GUXm
Estudos das Propriedades Geotécnicas de Solos Residuais não saturados de Ubatuba
Na tese de doutoramento intitulada “Estudos das propriedades geotécnicas de 
solos residuais não saturados de Ubatuba”, é possível observar como os conceitos 
aprendidos podem ser aplicados em estudos de casos, entendendo a sua importância 
e aplicabilidade.
MENDES, R. M. Estudos das propriedades geotécnicas de solos residuais não saturados 
de Ubatuba. Tese (Doutorado em Engenharia) - Escola Politécnica da Universidade de 
São Paulo, São Paulo, 236 p., 2008..
https://bit.ly/2Xnx344
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6458: Grãos de 
pedregulho retidos na peneira de abertura 4,8 mm - Determinação da massa espe-
cífica, da massa específica aparente e da absorção de água. Rio de Janeiro, 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6502: Rochas e 
solos. Rio de Janeiro, 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181: Solo - Aná-
lise granulométrica. Rio de Janeiro, 2016.
CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Livros Técnicos e Científicos, 1988.
DAS, B. M. Fundamentos de engenharia geotécnica. 7. ed. São Paulo: Cen-
gage Learning, 2007.
LEPSCH, I. F. 19 Lições de Pedologia. São Paulo: Oficina de textos, 2011.
SOUSA PINTO, C. Curso Básico de Mecânica dos Solos. São Paulo: Oficina 
de textos, 2006.
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Outros materiais