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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS CRATEÚS CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA CÚPULA DO CLIMA - TÓQUIO, JAPÃO CRATEÚS- CE Fevereiro, 2024 ALICIA CARDOSO DE OLIVEIRA - 476177 MARIA FERNANDA RODRIGUES DA SILVA - 495164 RAFAEL PEREIRA DE SOUSA - 538470 SIMULAÇÃO CÚPULA DO CLIMA - TÓQUIO, JAPÃO Trabalho apresentado na disciplina de Climatologia na Universidade Federal do Ceará - Campus Crateús. Professor(a): Karina Albuquerque da Silva CRATEÚS- CE Fevereiro, 2024 SUMÁRIO 1. SITUAÇÃO DO CLIMA ATUAL 4 2. PROGNÓSTICO CLIMÁTICO. 5 3. DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS 6 4. REFERÊNCIAS. 8 1. SITUAÇÃO DO CLIMA ATUAL Tóquio, capital do Japão, é uma megacidade com uma população de mais de 9 milhões de habitantes. Localizada na costa sudeste da ilha de Honshu, a cidade experimenta um clima temperado úmido, com quatro estações distintas. O objetivo deste texto é citar e analisar, brevemente, as condições climáticas em Tóquio numa série histórica que considera as últimas três décadas (1993 - 2023) como mais relevantes para debater o clima atual, com foco nos aspectos climáticos como as tendências de temperatura, precipitação, nível do mar e, não menos importante, os impactos socioeconômicos. Para leitura e análise da referida série histórica climatológica de Tóquio foi realizada uma pesquisa que englobou dados tanto da Agência Meteorológica do Japão (JMA) e National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) como dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e outras instituições de pesquisa. Desse modo, com base nas fontes de dados mencionadas, foi possível constatar a seguinte situação atual do clima em Tóquio, considerando o período citado: ● Aumento da Temperatura: - A temperatura média anual em Tóquio aumentou cerca de 1°C desde 1993. - O número de dias com temperatura acima de 35°C (considerado onda de calor) triplicou no mesmo período. - As ondas de calor representam um risco à saúde pública, especialmente para idosos e pessoas com doenças crônicas. ● Mudanças na Precipitação: - A precipitação anual em Tóquio aumentou cerca de 5% desde 1993. - A intensidade das chuvas aumentou, com maior frequência de eventos extremos como inundações e deslizamentos de terra. - As chuvas fortes podem causar danos à infraestrutura urbana e interromper serviços essenciais. ● Aumento do Nível do Mar: - O nível do mar em Tóquio subiu cerca de 15 cm desde 1993. - O aumento do nível do mar pode causar inundações costeiras, erosão e salinização da água potável. - Áreas costeiras baixas e densamente povoadas são especialmente vulneráveis. ● Impactos Socioeconômicos: - Aumento dos custos com saúde e adaptação às mudanças climáticas. - Perdas de vidas e danos à propriedade. - Deslocamento de pessoas e comunidades. Com base no exposto, é possível constatar que as mudanças climáticas são uma realidade inegável em Tóquio. As tendências observadas nas últimas três décadas indicam um aumento da temperatura, da precipitação e do nível do mar, com impactos socioeconômicos significativos. 2. PROGNÓSTICO CLIMÁTICO. No palco global da Cúpula do Clima, o Japão emerge como uma força motriz na busca por um futuro mais sustentável e resiliente. O país, comprometido com a mitigação das mudanças climáticas, estabeleceu metas ambiciosas para enfrentar os desafios climáticos globais. Estas metas refletem um compromisso sério com a neutralidade de carbono e o desenvolvimento de uma sociedade mais verde e equitativa. Para enfrentar esse desafio, o primeiro-ministro Yoshihide Suga anunciou em outubro de 2020 que o país pretende alcançar a neutralidade de carbono até 2050, zerando o nível de emissões líquidas dos gases do efeito estufa. Essa meta representa uma mudança em relação à política anterior, que previa uma redução de 80% das emissões até 2050. Na última conferência do clima da ONU, realizada em Dubai em 2023, o país asiático anunciou uma contribuição de US$ 50 milhões para o fundo de perdas e danos, que visa apoiar os países mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. Além disso, o Japão reafirmou a meta de alcançar a neutralidade de carbono até 2050, seguindo o Acordo de Paris. Para isso, o país pretende triplicar a capacidade de energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030, reduzindo o consumo e a produção de combustíveis fósseis, especialmente o carvão. O país também se comprometeu a proteger as florestas e a biodiversidade, reconhecendo o papel da natureza na mitigação e adaptação climática, além de ter sido elogiado por sua ambição e liderança na COP 28, mas também enfrentou críticas por não eliminar totalmente os combustíveis fósseis e por não aumentar sua contribuição financeira para os países em desenvolvimento. Para cumprir suas metas climáticas, o Japão intensificará seus esforços na adoção de energias renováveis. O país está investindo em tecnologias solares, eólicas e hidrelétricas, buscando diversificar sua matriz energética. A transição energética é crucial, com ênfase em abandonar gradualmente a dependência de combustíveis fósseis e promover uma sociedade alimentada por fontes mais sustentáveis, tendo em vista que o Japão é o 5° maior emissor de carbono no mundo. Dessa forma, empresas manufatureiras terão que buscar processos de produção mais limpos e eficientes para reduzir as emissões de carbono. A área de transporte também sofreria modificações, tendo estímulo à adoção de veículos elétricos e outras formas de transporte verde, bem como o desenvolvimento de infraestrutura de carregamento. Edificações e infraestruturas adotarão normas rigorosas de construção verde, enquanto a agricultura se voltará para práticas mais sustentáveis. O setor financeiro está integrando critérios ESG, e a inovação tecnológica é uma prioridade para facilitar a transição. Essas mudanças representam uma oportunidade de crescimento sustentável, embora requeiram investimentos significativos e colaboração entre diversos setores para atingir as metas climáticas e criar uma economia mais resiliente e verde. Além disso, é importante a cooperação com outros países, especialmente os Estados Unidos e a China, na busca de soluções conjuntas para o enfrentamento das mudanças climáticas, que afetam a todos nós. O Japão está disposto a contribuir com a sua experiência, inovação e liderança para a construção de um futuro mais sustentável e resiliente para o planeta. 3. DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS Os desafios climáticos e geológicos enfrentados por Tóquio, a capital do Japão, são complexos e variados, refletindo sua localização em uma região propensa a uma série de eventos naturais extremos. A cidade está situada em uma área costeira, tornando-a vulnerável ao aumento do nível do mar, tufões e outros eventos climáticos extremos. Além disso, Tóquio está sujeita a terremotos e tsunamis devido à sua localização próxima à junção de várias placas tectônicas. Esses desafios climáticos e geológicos exigem que a cidade esteja preparada para lidar com uma variedade de situações de emergência e adote medidas proativas para proteger sua população e infraestrutura. Neste contexto, medidas de adaptação e mitigação são essenciais para garantir a resiliência de Tóquio diante dos desafios climáticos e geológicos. 3.1 AUMENTO DO NÍVEL DO MAR Tóquio, como grande parte das cidades costeiras, enfrenta desafios com o aumento do nível do mar. Em 2013, por exemplo, a cidade foi atingida por uma tempestade que resultou em inundações costeiras significativas. Isso causou danos à infraestrutura, incluindo sistemas de transporte e áreas residenciais próximas à costa. Os tufões também são uma preocupação frequente em Tóquio. Durante a temporada de tufões, que vai de julho a outubro, a cidade pode ser atingida por fortes chuvas e ventos. Em setembro de 2019, o tufão Faxai causou estragos em Tóquio, derrubando árvores, postes de eletricidade e deixando milhares de pessoas sem energia elétrica. Dessa forma, Tóquio enfrenta eventos climáticos extremos, como ondasde calor e tempestades de neve intensas. Em 2018, a cidade experimentou uma onda de calor recorde, com temperaturas acima dos 40 graus Celsius. Isso levou a preocupações com a saúde pública e colocou pressão sobre os sistemas de refrigeração da cidade. A geografia e a localização de Tóquio também a tornam vulnerável a terremotos e tsunamis. Em 2011, um terremoto de magnitude 9,0 atingiu a costa nordeste do Japão, desencadeando um tsunami que atingiu Tóquio. Embora a cidade não tenha sido diretamente afetada pelo tsunami, o terremoto causou interrupções generalizadas na cidade, incluindo cortes de energia e transporte. 3.2 TUFÕES Tóquio, por estar situada em uma região propensa a tufões, enfrenta desafios específicos durante a temporada de tufões, que ocorre de julho a outubro. Em setembro de 2019, o tufão Faxai atingiu Tóquio com ventos de até 207 km/h, causando danos significativos. Esses eventos podem resultar em fortes chuvas, ventos violentos e inundações, afetando a vida cotidiana e a infraestrutura da cidade. A infraestrutura de Tóquio tem sido constantemente testada durante esses eventos, destacando a importância da preparação e da adaptação às mudanças climáticas. A cidade está implementando medidas para fortalecer sua infraestrutura e melhorar seus sistemas de alerta precoce, visando proteger sua população e minimizar os danos causados por tufões futuros. Além disso, a cidade está trabalhando para melhorar sua capacidade de resposta a esses eventos, incluindo a implementação de planos de evacuação e o treinamento da população em medidas de segurança durante tufões. Essas medidas são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar dos residentes de Tóquio diante dos desafios apresentados pelos tufões. 3.3 EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS Tóquio enfrenta diversos eventos climáticos extremos, como ondas de calor, tempestades de neve intensas e chuvas torrenciais. Em 2018, a cidade experimentou uma onda de calor recorde, com temperaturas acima dos 40 graus Celsius, causando preocupações com a saúde pública e desafios para os sistemas de refrigeração da cidade. Por outro lado, Tóquio está sujeita a chuvas torrenciais, que podem resultar em inundações e deslizamentos de terra. Em 2020, a cidade enfrentou chuvas intensas que causaram inundações em várias áreas, resultando em evacuações e danos à infraestrutura. 3.4 RISCO DE TERREMOTOS E TSUNAMIS Tóquio, por estar localizada em uma região propensa a terremotos e tsunamis, enfrenta desafios significativos em relação a esses eventos naturais. A cidade está constantemente se preparando para lidar com esses riscos, mas ainda assim, os terremotos e tsunamis representam uma ameaça real para Tóquio e sua população. Os terremotos são relativamente comuns em Tóquio, devido à localização da cidade próxima à junção de quatro placas tectônicas. Em 1923, um terremoto devastador atingiu Tóquio, conhecido como o Grande Terremoto de Kantō, causando extensos danos e resultando em milhares de mortes. Mais recentemente, em 2011, Tóquio foi atingida por um terremoto de magnitude 9,0 na costa nordeste do Japão, que desencadeou um tsunami devastador. Embora Tóquio não tenha sido diretamente afetada pelo tsunami, o terremoto causou interrupções generalizadas na cidade, incluindo cortes de energia e transporte. Tóquio também está se preparando para lidar com futuros terremotos e tsunamis. A cidade implementou medidas de construção e infraestrutura para tornar os edifícios mais resistentes a terremotos e tsunamis, e está desenvolvendo sistemas de alerta precoce para informar os residentes sobre a chegada iminente de tsunamis. Além disso, Tóquio realiza regularmente exercícios de preparação para desastres para garantir que sua população esteja pronta para responder a esses eventos. Esses eventos destacam a importância de Tóquio estar preparada para lidar com os desafios apresentados pelos terremotos e tsunamis. A cidade está implementando medidas para fortalecer sua infraestrutura e capacidade de resposta a esses eventos, visando proteger sua população e garantir um ambiente seguro e sustentável. 4. MEDIDAS ADAPTATIVAS E DE MITIGAÇÃO Diante dos desafios climáticos e geológicos enfrentados por Tóquio, a capital do Japão, são necessárias medidas preventivas e de mitigação para proteger a cidade e sua população. Essas foram algumas medidas propostas para enfrentar esses desafios: Aumento do nível do mar: ● Construção de diques e barreiras costeiras para proteger áreas vulneráveis a inundações. ● Elevação de estruturas críticas e infraestrutura para reduzir o risco de danos causados por inundações. ● Implementação de políticas de zoneamento e construção que levem em consideração os riscos de aumento do nível do mar. Tufões: ● Reforço de edifícios e infraestrutura para torná-los mais resistentes a ventos fortes. ● Implementação de sistemas de alerta precoce e planos de evacuação para proteger a população durante tufões. ● Melhoria da drenagem urbana para reduzir o risco de inundações causadas por fortes chuvas associadas a tufões. Eventos climáticos extremos: ● Desenvolvimento de planos de contingência para lidar com ondas de calor, tempestades de neve intensas e chuvas torrenciais. ● Melhoria da infraestrutura de resfriamento urbano, como parques e áreas verdes, para mitigar os efeitos das ondas de calor. ● Implementação de medidas de conservação de água e gestão de recursos hídricos para lidar com a escassez de água durante os períodos de seca. Risco de terremotos e tsunamis: ● Reforço de edifícios e infraestrutura para torná-los mais resistentes a terremotos. ● Implementação de sistemas de alerta precoce e planos de evacuação para tsunamis. ● Melhoria da resiliência das redes de infraestrutura, como energia e transporte, para minimizar os impactos de terremotos e tsunamis. Pressão sobre os recursos naturais: ● Promoção da eficiência energética e adoção de energias renováveis para reduzir a dependência de combustíveis fósseis. ● Implementação de políticas de gestão de resíduos para reduzir o desperdício e promover a reciclagem. ● Melhoria da gestão da água, incluindo a redução de perdas na distribuição e o reúso de águas residuais tratadas. 5. CONCLUSÃO Em conclusão, Tóquio enfrenta desafios significativos decorrentes das mudanças climáticas e da geologia da região. O aumento da temperatura, a intensificação de eventos climáticos extremos, como tufões e ondas de calor, e a ameaça de terremotos e tsunamis destacam a necessidade urgente de medidas preventivas e de adaptação. A equipe, comprometida com a mitigação das mudanças climáticas, estabeleceu metas ambiciosas para reduzir suas emissões de carbono e promover uma economia mais verde. A implementação efetiva dessas medidas exigirá uma colaboração estreita entre o governo, a sociedade civil e o setor privado, visando garantir um futuro sustentável e resiliente para Tóquio e suas comunidades. 6. REFERÊNCIAS. PEREIRA et. al, Um balanço da COP28. Milaré Advogados. Disponível em: https://milare.adv.br/um-balanco-da-cop-28/ VIGNA, L. 9 gráficos para entender as emissões per capita de gases de efeito estufa dos países. WRI Brasil. Disponível em: https://www.wribrasil.org.br/noticias/graficos-emissoes-per-capita-gases-de-efeito-es tufa-paises. Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). (n.d.). Disponível em: <https://www.ipcc.ch/>. Acessado em: 19 de fevereiro de 2024. National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). (n.d.). Disponível em: <https://www.noaa.gov/>. Acessado em: 19 de fevereiro de 2024.
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