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ADMINISTRATIVO - 2 bimestre

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2º Bimestre - Direito Administrativo – Curta a página “Materiais de Sala” no Facebook. 
 
 
1 
>CRIAÇÃO DAS ENTIDADES 
ADMINISTRATIVAS 
 
1)- Art. 37, XIX CF (original): criação por lei. 
 
2)- EC 19/98: já citado acima. 
I. Criação direta por lei: apenas a autarquia e a 
fundação autárquica. 
II. Criação autorizada por lei: empresa pública, 
sociedade de economia mista e fundação privada. 
 
3)- Iniciativa: é o Executivo que pode propor a 
criação de um ente administrativo (Art. 61, § 1º, II, “e” 
CF). Só os chefes dos entes políticos (princípio da 
simetria) e nunca os agentes do legislativo. “São de 
iniciativa privativa do Presidente da República as leis 
que: disponham sobre - criação e extinção de 
Ministérios e órgãos da administração pública, 
observado o disposto no art. 84, VI”. 
 
I. Uso incorreto do termo “órgão”: se o chefe do 
executivo é o único que pode criar a entidade 
administrativa, só ele também poderá criar os órgãos 
desta entidade, e não ela própria. 
 
II. Princípio da Simetria ao Centro: sendo aplicados 
as mesmas regras para os chefes do executivo dos 
Estados, DF e Municípios (STF). 
 
4)- Extinção: Princípios da Simetria das Formas (lei 
só é revogada por lei, decreto por decreto e etc). Para 
que a entidade possa ser extinta, tal extinção deverá ser 
feita pelo mesmo instrumento legislativo que a 
instituiu. 
 
5)- As Fundações (caso especial): desde que elas 
foram criados, imaginava-se que elas seriam uma 
fundação de direito privado. Porém não precisam fazer 
concurso, prestar contas e cuidar dos bens, sendo 
assim foram feitas algumas mudanças que visavam 
evitar calotes públicos. 
 
I. EC 19/98: trata de “fundação” sem adjetivar pública 
ou privada. A primeira definição de Pública da 
fundação só significa que ela é pública para as pessoas, 
já a segunda pública define que ela pertencente ao 
Estado. “Fundação pública de direito público, ou 
fundação pública de direito privado.” 
 
II. A intenção parece ter sido que fossem todas 
privadas (ver DL 200/67, Art. 5º, IV): “Para os fins 
desta lei, considera-se: Fundação Pública - a 
entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de 
autorização legislativa, para o desenvolvimento de 
atividades que não exijam execução por órgãos ou 
entidades de direito público, com autonomia 
administrativa, patrimônio próprio gerido pelos 
respectivos órgãos de direção, e funcionamento 
custeado por recursos da União e de outras fontes.” 
 
III. O STF afastou a interpretação de que só 
poderiam ser privadas: o supremo não admitiu que 
elas são só privadas, e se a lei quiser criar uma 
fundação ela pode, porém com o nome de fundação 
autárquica, sendo ela de direito público (autarquia de 
natureza fundacional). 
 
IV. Criada diretamente por lei: fundação autárquica. 
A- Personalidade: pessoa jurídica de direito público, 
(como toda autarquia). 
 
V. A “lei complementar” – ainda não criada; valerá 
para as públicas e as privadas: enquanto ela não for 
criada, todos os entes políticos podem criar fundações 
independentemente de assunto. Eles fizeram isso, 
porque destinar um alto valor do patrimônio público 
para uma fundação, deverá ter alguma finalidade. 
 
> AS SUBSIDIÁRIAS (Art. 37, XX CF) 
 
1)- Subsidiárias: os 4 entes administrativos podem 
criar as suas subsidiárias. “Compete à União: instituir 
diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive 
habitação, saneamento básico e transportes 
urbanos.” 
 
I. Equivalente a “controladas”: também chamada de 
empresa controlada, quando a União cria uma 
subsidiária, é ela que será a dona da maior parte, sendo 
assim ela será controlada pela união (chamada também 
de controladora). 
 
II. É sempre uma pessoa jurídica distinta. 
 
2)- “Entidades mencionadas no inciso anterior”: 
não tem como as autarquias e as fundações públicas de 
direito público criarem subsidiárias, pois elas visam a 
prestação de serviço público, já as subsidiárias tem 
natureza empresarial e assim só as empresas públicas e 
sociedades de economia mista podem cria-las, pois 
visam a exploração da economia. 
I. Exclui-se: as autarquias e fundações de direito 
público, porém Marcelo Alexandrino discorda, e 
segundo tal autor elas também poderiam criar 
subsidiárias. 
II. Motivo: incompatibilidade com uma estrutura 
empresarial. 
 
 
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2 
3)- STF 
I. Subsidiárias são sempre pessoas jurídicas de 
direito privado (ADI 1649/DF): e nunca de direito 
público, porém a constituição e algumas leis 
administrativas estendem a elas regras de direito 
público, exp.: art. 37, VXII; art. 37, § 9°; art. 165, § 5°, 
II; art. 52, VII; art. 70, ú e art. 71, todos da CF, e ainda 
licitação. 
 
II. Sofrem restrições da própria CF: há um 
entendimento minoritário de alguns autores que 
afirmam que as subsidiárias não fazem parte da 
administração indireta, pois não estão no rol taxativo 
do dec. 200/67. 
 
A- Controle pelo TCU (Art. 70, § único CF): devem 
prestar contas. “Parágrafo único. Prestará contas 
qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou 
administre dinheiros, bens e valores públicos ou 
pelos quais a União responda, ou que, em nome 
desta, assuma obrigações de natureza pecuniária” 
B- Licitação (Art. 37, XXI CF): devem 
obrigatoriamente licitar, mesmo que isto não esteja 
expresso na CF. “ressalvados os casos especificados 
na legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo de 
licitação pública que assegure igualdade de 
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que 
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as 
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o 
qual somente permitirá as exigências de qualificação 
técnica e econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações.” 
 
C- Improbidade (Art. 37, § 4º CF): mesmo assim 
será condenado por improbidade, pois ele continua 
sendo agente, mesmo que trabalhe nas subsidiárias. 
“Os atos de improbidade administrativa importarão a 
suspensão dos direitos políticos, a perda da função 
pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação 
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.” 
D- Concurso público (Art. 37, II CF): também é 
obrigatório para as subsidiárias. 
 
E- Proibição de acúmulo (Art. 37, XVI CF): mesmo 
que haja compatibilidade de horário, salvo os casos 
expressos. 
 
4)- “Lei específica em cada caso”.: é necessário 
autorização legislativa para a criação de uma 
subsidiária, exp.: Transpetro, empresa de transporte da 
Petrobras, sendo esta autorização legislativa um 
sinônimo de autorização em lei (lei ordinária). 
I. Autorização pode ser “geral” (STF: ADI 
1649/DF): Ministro Eros Grau. Segundo ele, se a lei 
que criou a autarquia não especificar, o ente 
administrativo poderá criar quantas subsidiárias ele 
quiser, sendo assim, não precisa de autorização em 
cada caso, só precisando de uma autorização geral para 
se criar diversas subsidiárias. 
 
II. Autorização na própria lei que autorizou a 
criação da controladora. 
 
> AUTARQUIAS 
 
1)- Definição: DL 200/67 Art. 5º, I. “Para os fins 
desta lei, considera-se: I - Autarquia - o serviço 
autônomo, criado por lei, com personalidade 
jurídica, patrimônioe receita próprios, para executar 
atividades típicas da Administração Pública, que 
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão 
administrativa e financeira descentralizada.”; É uma 
entidade administrativa autônoma, decorrente de 
descentralização, criação de uma nova pessoa jurídica. 
Art. 5°, I, do Decreto 200/67. Faltou o artigo definir se 
ela é de direito público ou de direito privada, Maria 
Silvia Zanella di Pietro afirma que a CF de 67 
estipulava que a autarquia poderia ser uma pessoa 
jurídica de direito privado, visto que o decreto 200 é 
deste ano, o decreto não quis contrariar a constituição 
e ser declarado inconstitucional, por esta razão ele 
apenas definiu como um ente com personalidade 
jurídica, porém sem especificar claramente se era de 
direito público ou direito privado. Lembrando que o 
Decreto Lei 200/67 só se aplica as autarquias federais. 
São exemplos de autarquias federais: INSS, INCRA, 
IBAMA, Banco Central, Comissão de Valores 
mobiliários. 
 
I. “Atividades Típicas” - serviços públicos: o que 
caracteriza a natureza típica da administração pública é 
a prestação de serviço, sendo esta a sua principal 
função, quando o ente político cria uma autarquia ele 
cria um ente administrativo que também preste serviço 
público, sendo assim, não poderá se criar uma 
autarquia para exploração da economia. As autarquias 
são constituídas com regime de direito público, seus 
bens são impenhoráveis, elas pagam por precatórios, 
sendo assim elas não podem ser colocadas como 
exploradoras da economia, visto que elas tem muitas 
prerrogativas que a beneficiariam demasiadamente e 
com isto as empresas privadas não teriam condições de 
competir com elas. O Estado não vai participar de 
mercado econômico, salvo interesse relevante ou salvo 
os casos de criação de sociedades de economia mista e 
empresas públicas, a qual não terão as prerrogativas de 
uma pessoa pública e assim podem concorrer de igual 
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3 
para igual com as outras empresas de direito privado. 
Pelo fato das autarquias desempenharem atividades 
típicas da administração pública e, sobretudo; em 
decorrência da sua personalidade jurídica de direito 
público, os poderes, privilégios e restrições outorgados 
aos entes políticos, também são outorgados pelo 
ordenamento jurídico as autarquias, exp.: imunidade 
tributária, privilégios processuais da fazenda pública. 
 
II. Exclui: atividades econômicas em sentido estrito 
(CF Art. 173, § 1º). O objetivo principal das 
economias em sentido estrito é explorar a economia, já 
as autarquias o objetivo principal é a prestação do 
serviço público, e a sua atividade secundária é a 
atividade econômica. “Ressalvados os casos previstos 
nesta Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando 
necessária aos imperativos da segurança nacional ou 
a relevante interesse coletivo, conforme definidos em 
lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da 
empresa pública, da sociedade de economia mista e 
de suas subsidiárias que explorem atividade 
econômica de produção ou comercialização de bens 
ou de prestação de serviços”. 
 
III. Sujeitas a controle finalístico (tutela ou 
supervisão) (DL 200/67: Art. 26, I): controle 
ministerial é citado de maneira errônea pois ministério 
é um órgão e ele não pode fiscalizar ninguém, mas 
apenas o ente político que o instituiu, devendo ser 
chamado corretamente de controle finalístico, pois o 
controle tem como principal motivo realizar 
fiscalização sobre os objetivos traçados pela autarquia. 
Os atos constitutivos da entidade, são as leis que criam 
a autarquia. Este controle envolve a fiscalização e 
autonomia financeira do ente. “No que se refere à 
Administração Indireta, a supervisão ministerial 
visará a assegurar, essencialmente: I - A realização 
dos objetivos fixados nos atos de constituição da 
entidade.” 
IV. Tipos especiais: se dividindo em dois. 
 
A- Autarquia Fundacional (fundação de direito 
público): a fundação é um ente hibrido. É um grupo 
de bens tirados do ente que o instituiu, aos quais são 
transferidos para um ente administrativo para a 
prestação do serviço público, ela é um tipo de 
autarquia, o seu patrimônio é personalizado para 
atingir determinados fins, a qual se diferencia da 
autarquia normal, pois ela só visa a prestação de um 
serviço público. 
 
B- Autarquia Interfederativa (CCB Art. 41, IV CC 
Lei 11.107/05: Art. 1º, § 1º): é uma autarquia comum 
a mais de um ente político, entre a união e o estado 
não tem, mais entre os estados e os municípios ocorre 
bastante, exp.: CISA (consorcio intermunicipal de 
saúde). É um tipo de autarquia especial, quando vários 
entes federativos criam um ente administrativo 
comum, sendo comumente chamada se associação 
pública. “Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
contratarem consórcios públicos para a realização de 
objetivos de interesse comum e dá outras 
providências. § 1°: O consórcio público constituirá 
associação pública ou pessoa jurídica de direito 
privado.” 
 
2)- Criação e extinção 
I. Criação: Lei especifica (CF Art. 37, XIX): só 
poderá ser criada por lei. Decreto lei 200/67, a 
constituição exige que seja por lei específica (só trata 
deste assunto), já o decreto determina que seja apenas 
uma lei, art. 5°, I. Sendo assim, a autarquia deverá ser 
criada por lei especial e não conforme o decreto, 
evitando-se com isto o abuso na criação de autarquias 
desnecessárias, pois cargos em comissão não exigem 
concurso. “XIX: somente por lei específica poderá ser 
criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e 
de fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação”. 
 
II. Iniciativa: Chefe do Executivo (CF Art. 61, § 1º, 
II, “e”): e pelo princípio da simetria os outros chefes 
dos entes federados. O chefe do executivo não pode 
criar órgãos, mas sim entidades, os órgãos estão dentro 
das entidades. “São de iniciativa privativa do 
Presidente da República as leis que disponham 
sobre: criação e extinção de Ministérios e órgãos da 
administração pública, observado o disposto no art. 
84, VI”. 
 
III. Extinção: princípio da simetria das normas (o que 
é criado por lei é revogado por lei) é diferente do 
princípio da simetria ao centro. Porém ele não é 
absoluto, sendo assim não só porque ele foi criado por 
lei deverá ser extinto por tal instrumento normativo, 
poderá tanto a lei quanto alguma norma superior 
extingui-la, caso contrário a lei instituidora seria mais 
forte que a constituição. 
 
3)- Natureza jurídica 
I. Autarquia é “entidade” (Lei 9.784/99: Art. 1º, § 
1º, II): “Esta Lei estabelece normas básicas sobre o 
processo administrativo no âmbito da Administração 
Federal direta e indireta, visando, em especial, à 
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da Administração. § 1°: Os 
preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos 
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4 
Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando 
no desempenho de função administrativa.”. 
 
II. Consequência: sendo entidade administrativa, ela 
responde pelos seus direitos e deveres de forma 
autônoma, desvinculada do ente instituidor. Exp.: o 
INSS tem deveres e poderes próprios conferidos pela 
lei que instituiu aquele ente. Se o patrimônio se esgotar 
o ente que a instituiuresponde apenas 
subsidiariamente. 
 
4)- Patrimônio 
I. Bens transferidos pela entidade criadora: os 
primeiros bens são transferidos pela autoridade 
criadora. Porém uma lei especifica poderá não 
determinar bens para a autarquia, porém ela não vai 
funcionar, pois não tem como prestar o seu serviço, 
sendo assim uma norma inexistente pois é inexequível. 
Extinguindo-se a autarquia, todo o seu patrimônio é 
reincorporado ao ativo da pessoa política a que ela 
pertencia. 
 
II. Bens públicos: os bens que o ente político passa 
para a autarquia são bens públicos, depois que ela 
recebe estes primeiros bens ela pode comprar outros 
pois tem autonomia financeira própria. Os bens da 
autarquia são... 
A- Impenhoráveis (CCB Art. 100): os bens da 
autarquia são impenhoráveis, ou seja são inalienáveis 
(transferir para outro: emprestando, vendendo, 
doando). Não podendo portanto os bens da autarquia 
serem transferidos a outros. “Os bens públicos de uso 
comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, 
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma 
que a lei determinar.” 
 
B-Não podem ser usucapidos (CF Art. 183, § 3º CF; 
CCB Art. 102): objeto de usucapião. Pois o prazo de 
imprescritibilidade não corre para ela, não importando 
a inércia do poder público, o bem nunca será perdido 
por usucapião, pois os bens não são da administração e 
sim do poder público. “§ 3º - Os imóveis públicos não 
serão adquiridos por usucapião.”; “Art. 102. Os bens 
públicos não estão sujeitos a usucapião.” 
 
C- Regime de precatórios (CF Art. 100): o ato 
processual que implica a constrição dos bens do 
devedor a fim de garantir a execução judicial; porém a 
execução judicial contra uma autarquia está sujeita ao 
regime de precatórios, sendo assim, as dívidas da 
autarquia são pagas apenas com previsão orçamentária 
e após um ano. Esta e as outras proteções são dadas a 
ela, não para protegê-la, mas sim para proteger o que 
ela faz, sendo assim estes benefícios só são dados 
pelos serviços públicos que ela presta. “Os 
pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas 
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em 
virtude de sentença judiciária, far-se-ão 
exclusivamente na ordem cronológica de 
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos 
respectivos, proibida a designação de casos ou de 
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos 
adicionais abertos para este fim.” 
 
5)- Pessoal 
I. Regime Jurídico Único (CF Art. 39): “A União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, no âmbito de sua competência, regime 
jurídico único e planos de carreira para os servidores 
da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações públicas”; o regime jurídico se divide entre 
servidores públicos (estatutário) e os empregados 
públicos (CLT). Quando é regime jurídico único, o 
ente só poderá escolher um dos regimes, podendo ser 
qualquer um deles e não apenas servidores, não 
podendo apenas ser híbridos (empregados e 
servidores). O servidor público normalmente trabalha 
nas empresas jurídicas de direito público e os 
empregados públicos normalmente trabalharão nas 
empresas jurídicos de direito privado. 
 
II. Necessidade de concurso público (CF Art. 37, 
II): “a investidura em cargo ou emprego público 
depende de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, de acordo com a 
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para 
cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração;” 
 
III. Acúmulo remunerado - vedação (CF 37, XVII): 
a possibilidade de acumulação de cargo está no inciso 
XVI. Com isto o inciso XVII foi colocado de forma 
repetitiva, pois o anterior já especificava. “XVII - a 
proibição de acumular estende-se a empregos e 
funções e abrange autarquias, fundações, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, suas 
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público;” 
OBS: ver EC 77/2014 (Médicos Militares) – não foi 
colocado esta ressalva na CF, pois eles não fazem 
parte da administração pública, sendo assim eles não 
são servidores públicos. Os médicos através desta 
emenda também podem agora acumular dois empregos 
de funcionário da saúde, art. 142 e 143 do Código 
Militar. “III - o militar da ativa que, de acordo com a 
lei, tomar posse em cargo, emprego ou função 
pública civil temporária, não eletiva, ainda que da 
administração indireta, ressalvada a hipótese prevista 
no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142§3iii.
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5 
respectivo quadro e somente poderá, enquanto 
permanecer nessa situação, ser promovido por 
antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço 
apenas para aquela promoção e transferência para a 
reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, 
contínuos ou não, transferido para a reserva, nos 
termos da lei;” 
 
6)- Dirigentes: podendo também ser 
presidente/chefe/diretor, não sendo relevante o nome. 
I. Nomeados pelo Chefe do Executivo (CF Art. 84, 
XXV): compete ao presidente da república nomear os 
servidores, incluindo com isto os dirigentes. Prover os 
cargos públicos incluiu os dirigentes, porém será 
necessário também olhar o art. XIV. “ 84. Compete 
privativamente ao Presidente da República: XXV - 
prover e extinguir os cargos públicos federais, na 
forma da lei;” 
 
II. Aprovação prévia pelo Senado Federal: “XIV - 
nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os 
Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos 
Tribunais Superiores, os Governadores de 
Territórios, o Procurador-Geral da República, o 
presidente e os diretores do banco central e outros 
servidores, quando determinado em lei;”. 
A- Decorrente de lei (CF Art. 84, XIV c/c art. 52, 
III, “f”): os diretores e o presidente do BC devem ser 
nomeados com aprovação do senado em consulta 
pública e voto secreto. O banco central é uma 
autarquia. Pode a lei exigir que o dirigente de uma 
autarquia que não é o BC também precise de 
autorização do senado para a sua nomeação. “Compete 
privativamente ao Senado Federal: aprovar 
previamente, por voto secreto, após arguição pública, 
a escolha de - titulares de outros cargos que a lei 
determinar”. 
 
B- Exigida pela própria CF (Art. 52, III, “d”): 
presidente e diretor do BC apenas, porém... 
 
III. Estados e Municípios podem fazer a mesma 
exigência (STF: ADI 2.225/SC): com isto, aplicando 
o princípio da simetria ao centro, poderá os estados e 
os municípios antes da nomeação de dirigentes e 
diretores exigirem a aprovação pela câmara legislativa 
respectiva. 
 
IV. Exigência de prévia aprovação para exonerar: 
Inconstitucional (STF ADI 1949/RS): CF exige apenas 
a aprovação para a nomeação, porém para exonerar ela 
não necessita, pois isto cabe ao chefe do executivo, e 
não ao legislativo a qual só tem atribuição para legislar 
e fiscalizar. Pois isto feriria o princípio da separação 
dos poderes. 
7)- Autarquias sob regime especial: são exemplos 
mais comuns – USP, BACEN, Agências Reguladoras 
(ANATEL, ANEEL, ANAC). 
 
I. Possuem maior autonomia: elas tem uma 
autonomia maior que as autarquias comuns, pois elas 
não sofrem interferências políticas por parte do ente 
federado a qual esteja vinculada administrativamente. 
 
II. São assim criadas por lei: é porque a lei que as 
cria determina algumas regalias que as outras não tem, 
iniciou no brasil com a criação das agências 
reguladoras, as quais são responsáveis pela regulação 
de determinado setor econômico, incluídosos serviços 
públicos em sentido estrito. 
 
III. Principais diferenças: (vide arts. 4º e 12 da Lei 
da ANAC): “Art. 4°: A natureza de autarquia 
especial conferida à ANAC é caracterizada por 
independência administrativa, autonomia 
financeira, ausência de subordinação hierárquica e 
mandato fixo de seus dirigentes.”; “Art. 12. Os 
diretores serão brasileiros, de reputação ilibada, 
formação universitária e elevado conceito no campo 
de especialidade dos cargos para os quais serão 
nomeados pelo Presidente da República, após serem 
aprovados pelo Senado Federal, nos termos da alínea 
f do inciso III do art. 52 da Constituição Federal.” 
 
A- Mandato fixo dos dirigentes: diferente das outras 
autarquias onde o dirigente tem livre nomeação e 
exoneração (ad nutum). Pois estas agências 
reguladoras sofrem uma grande pressão econômica 
para aprovar determinados regulamentos. (Quem 
constrói sobre o povo constrói sobre a lama – 
Maquiavel). 
 
B- Aprovação prévia dos dirigentes pelo 
Legislativo: as autarquias sobre regime especial, 
aproveitam a autorização do art. 84, XXIV. “Nomear, 
após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais 
Superiores, os Governadores de Territórios, o 
Procurador-Geral da República, o presidente e os 
diretores do banco central e outros servidores, 
quando determinado em lei;” 
 
C- Última palavra no âmbito administrativo (sem 
recurso impróprio): o recurso de um processo 
administrativo é sempre hierárquico, devendo ser 
dirigido de uma parte inferior a uma superior, porém 
quando a parte inferior recorre de uma decisão fora da 
mesma pessoa jurídica (recurso de uma pessoa jurídica 
para outra), temos o recurso impróprio, assim, as 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art52iiif
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art52iiif
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pessoas jurídicas de regime especial não podem sofrer 
recurso impróprio nas suas ações. 
 
8)- Prescrição: significa que aquele que tiver créditos 
contra a autarquia, deverá promover a cobrança nesse 
prazo, sob pena de extinção do seu direito de ação. 
 
I. Decreto 20.910/32: Art. 1º CC Decreto-lei 4.597/42: 
Art. 2º: ele manda aplicar o de 1932. “Art. 2º: 
O Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932, que 
regula a prescrição quinquenal, abrange as dívidas 
passivas das autarquias, ou entidades e órgãos 
paraestatais, criados por lei e mantidos mediante 
impostos, taxas ou quaisquer contribuições, exigidas 
em virtude de lei federal, estadual ou municipal, bem 
como a todo e qualquer direito e ação contra os 
mesmos.” 
 
II. 5 anos: e não de 3 anos. “Art. 1º As dívidas 
passivas da União, dos Estados e dos Municípios, 
bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a 
Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for 
a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados 
da data do ato ou fato do qual se originarem.” 
 
III. Incide a interrupção única e a contagem 
especial: em regra quando a prescrição é interrompida 
ela volta a correr do início, porem aqui ela volta a 
correr pela metade do prazo. 
A- Decreto 20.910: Art. 8º e 9º - “Art. 8º A prescrição 
somente poderá ser interrompida uma vez. Art. 9º A 
prescrição interrompida recomeça a correr, pela 
metade do prazo, da data do ato que a interrompeu 
ou do último ato ou termo do respectivo processo.”. 
B- Súmula STF 383: “A prescrição em favor da 
Fazenda Pública recomeça a correr, por dois anos e 
meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica 
reduzida aquém de cinco anos, embora o titular do 
direito a interrompa durante a primeira metade do 
prazo.” 
 
> FUNDAÇÕES PÚBLICAS: 
 
É o ente administrativo mais novo que os outros, sendo 
estipulado apenas no decreto 200/67. O decreto 
determina que ela é de direito privado, e o art. § 4° 
determina que elas terão início com o registro dos seus 
atos constitutivos no órgão competente. A CF também 
define que ela é de natureza privada (art. 37, XIX), e 
por fim até mesmo o CC no art. 44 estipula elas como 
pessoa de direito privado: “Art. 44. São pessoas 
jurídicas de direito privado: III - as fundações.” 
Sendo assim, Celso Antônio Bandeira de Mello afirma 
categoricamente que ela sempre será de direito privado 
e é um erro defini-la como publica, sendo feito isto 
apenas no Brasil. Com e emenda 19/98, foi retirado da 
constituição a definição de que ela é apenas privada, 
sendo especificada de maneira genérica, com isto 
quando a CF determinar apenas como fundação, ela 
estará definindo tanto as de direito público quanto as 
de direito privado. São exemplos de fundações 
públicas: FUNAI; IBGE; Fundação Nacional da 
Saúde; etc; diferenciando-se das fundações privadas 
que não possuem ligação com a Administração, exp.: 
Fundação Ayrton Senna; Fundação Roberto Marinho; 
Fundação Bradesco, etc. 
 
1)- Conceito de fundação, art. 5°, IV, do decreto: 
“Para os fins desta lei, considera-se: IV - Fundação 
Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica 
de direito privado, sem fins lucrativos, criada em 
virtude de autorização legislativa, para o 
desenvolvimento de atividades que não exijam 
execução por órgãos ou entidades de direito público, 
com autonomia administrativa, patrimônio próprio 
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e 
funcionamento custeado por recursos da União e de 
outras fontes.” 
 
I. Fundação privada: personificação de patrimônio 
de um instituidor, com finalidade de cunho social, sem 
busca de lucro. A sua finalidade está no art. 62, § 
único do CC, sendo a sua melhor definição, àquela 
trazida pela Doutrina. “Art. 62. Para criar uma 
fundação, o seu instituidor fará, por escritura 
pública ou testamento, dotação especial de bens 
livres, especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá 
constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou 
de assistência.” 
 
II. Elementos. 
A- Instituidor: particular; pessoa física ou jurídica 
que cede os bens. 
B- Objeto: atividades de cunho social 
obrigatoriamente, art. 62 § único. 
 
C- Ausência de fim lucrativo: não sendo isto definido 
pela lei. Se a sua primeira finalidade for o lucro ela 
será uma associação, não significa que ela não poderá 
auferir lucros, mas apenas não poderá tornar isso a sua 
atividade principal, pois a sua finalidade essencial é a 
assistência social voltada para uma melhoria da 
sociedade. Devendo ser analisado a interpretação 
teleológica, verificando o fim a qual a fundação foi 
formada. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D20910.htm
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III. Diferenças com a Fundação Pública. 
A- Instituidor: pessoa política (CF Art. 18): só eles 
poderão instituir fundação público, pois só elas tem 
poder legislativo. 
 
B- Objeto: a ser definido por lei complementar (CF 
Art. 37, XIX); o objeto especifica qual área a fundação 
deverá atuar, a CF não determina qual área será esta. 
Não podendo fugir da finalidade do Estado, a qual é 
prestar um serviço público social, e por esta razão não 
poderá se voltar para o arrecadamento financeiro, art. 
173 CF. “Art. 37: XIX – somente por lei específica 
poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de 
economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de 
sua atuação.” 
 
C- Ausência de fim lucrativo (CF Art.173, § 2º): a 
CF e o CC não definem que a fundação pode ter fim 
lucrativo; não estando também especificado que elas 
não tem isenção fiscal, por esta razão elas não podem 
ter lucro, pois se pudessem ter, aliados a isenção fiscal 
e o pagamento por precatórios, não dariam chance de 
concorrência no mercado para as empresas de direito 
privado. 
 
2)- Natureza jurídica. 
I. DL 200/67. 
A- Redação original. 
# Equiparava às empresas públicas (Art. 4º, § 2º): 
não estando estipulada no texto original do decreto, a 
qual só determinava as autarquias, empresas públicas e 
sociedades de economia mista. Determinou elas como 
equiparadas as empresas públicas. “§ 2º Equiparam-se 
às Empresas Públicas, para os efeitos desta lei, as 
Fundações instituídas em virtude de lei federal e de 
cujos recursos participe a União, quaisquer que 
sejam suas finalidades.” (REVOGADO). 
 
B- DL 900/69. 
# Revogou o §2º do art. 4º; mas não fez nenhuma 
regulação: não especificando mais nada, nem que ela 
era equiparada as empresas públicas. 
 
C- Decreto-Lei 2.299/86: somente em 1986 o novo § 
2º do art. 4º, considerou as fundações como parte da 
Administração Indireta; apenas para efeito de controle 
e fiscalização ela será parte da administração direta, 
mas não estipulava o restante. Mas isso não resolveu a 
situação. 
D- Lei 7.596/87: acrescentou as fundações no rol do 
art. 4º, II, do DL 200/67; definiu “fundação” (DL 
200/67: art. 5º, IV). Demorou 20 anos para 
especificarem o que era uma fundação, sendo que os 
doutrinadores não souberam especificar as suas 
diferenças até hoje. Exp.: julgado do STJ que definiu 
que as ações da fundações devem ser julgadas pela 
justiça federal, art. 109 CF, ela cita apenas as empresas 
públicas mas como já citado as fundações eram 
comparados a ela. “Os dispositivos adiante indicados 
do Decreto-lei n º 200, de 25 de fevereiro de 1967, 
passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 4º - § 
2º As fundações instituídas em virtude de lei federal 
ou de cujos recursos participe a União integram 
também a Administração Federal indireta”. 
 
II. Problema da definição legal. 
A- Fixou personalidade de direito privado (Art. 5º, 
IV): as de direito privado não se submetem ao direito 
público. 
 
B- Exclui a aplicação do CCB (Art. 5º, § 3º): “§ 3º 
As entidades de que trata o inciso IV deste artigo 
adquirem personalidade jurídica com a inscrição da 
escritura pública de sua constituição no Registro 
Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as 
demais disposições do Código Civil concernentes às 
fundações.” 
 
C- Conclusão: vácuo legislativo. Mesmo sendo de 
direito privado ela precisa de uma lei que a estipule, o 
que a lei quis foi afastar das fundações privadas os art. 
62 a 69 do CC, afastando o controle efetuado pelo 
Ministério Público nelas, mas podendo ainda 
investigar, e processar, devendo apenas o ente que o 
criou controlar e não mais o MP. 
 
III. CF/88 - redação original: misturou todas 
entidades (Art. 37, XIX). O dispositivo criou a 
possibilidade de criação da fundação de direito 
público. 
 
A- STF. 
# Fundação criada diretamente por lei ou por 
autorização: quando criada por lei é de direito 
público, e quando autorizada por lei é de direito 
privado. EC 19/98: separou entidade “criada” e “criada 
por autorização”. 
# Diretamente por lei: fundação autárquica, autarquia 
fundacional (direito público). 
# Autorizada por lei: fundação pública de direito 
privado. 
 
B- A CF/88 não distingue fundação de direito 
público e privado: exemplos: Art. 39, caput; Art. 39, 
§ 7º; Art. 40, caput; Art. 150, § 2º; Art. 163, II: 
trazendo apenas de modo genérico como fundação 
pública, sem especificar se é de direito público ou 
privado. 
http://www.jusbrasil.com/legislacao/104099/decreto-lei-200-67
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IV. Conceitos conclusivos. 
A- Fundação de direito público: patrimônio público 
personificado por lei através da instituição por ente 
político, com finalidade prevista em lei complementar. 
 
B- Fundação de direito privado: patrimônio público 
personificado por autorização legal através da 
instituição por ente político, com finalidade prevista 
em lei complementar. 
 
 
3)- Regime jurídico 
I. Fundações Públicas de direito público: o mesmo 
das autarquias. Se for de direito público segue os 
mesmos princípios das autarquias, regime estatutário 
ou celetista, sendo seus bens imprescritíveis, 
inalienáveis, e pagando por regime de precatórios e 
etc. 
 
II. Fundações Públicas de direito privado: elas têm 
características separadas, são autorizadas por lei 
específica e necessitam de lei complementar para 
estabelecer a sua área de atuação. Sujeitas à licitação, 
extensão da imunidade recíproca e vedação à 
acumulação de cargos públicos. Regime estatutário e 
celetista. Seu patrimônio origina-se do patrimônio 
público. Existem nas esferas federal, estadual e 
municipal. 
 
A- Características distintivas: 
# Nascem com a inscrição de seus atos 
constitutivos: e não com a lei que autoriza a sua 
criação. Tem uma lei autorizando a criação da 
fundação, porém ela deverá ser inscrita no órgão 
público competente, nascendo apenas com o registro, o 
legislativo autoriza, mas é o executivo quem decide se 
cria a fundação ou não, caso contrário ofenderia o 
princípio de separação dos poderes. 
 
# Seus bens não são públicos: pois caso contrário os 
seus bens não poderiam ser empenhorados, salvo 
aqueles destinados a prestação de serviço público, 
sendo assim os bens que estão ligados a prestação do 
serviço público também serão impenhoráveis, mas 
devendo provar que sem aqueles bens ela não 
conseguirá cumpria o seu serviço público (princípio da 
continuidade dos serviços públicos). Se não houvesse 
isso elas não sofreriam a impenhorabilidade para 
quitar as suas dívidas. 
 
# Não se aplica o regime de precatórios (CF Art. 
100; ver § 4º e 5º): as de direito privado não usarão tal 
regime, só sendo usado o regime de precatório apenas 
para as fundações de direito público. “§ 4º Para os 
fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis 
próprias, valores distintos às entidades de direito 
público, segundo as diferentes capacidades 
econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior 
benefício do regime geral de previdência social. § 5º 
É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades 
de direito público, de verba necessária ao pagamento 
de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em 
julgado, constantes de precatórios judiciários 
apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento 
até o final do exercício seguinte, quando terão seus 
valores atualizados monetariamente.” 
 
# Não possuem poder de polícia (imposição 
unilateral de deveres): exp.: quando a União aplica 
uma multa ela cria uma obrigação unilateral. Sendo 
assim, a fundação de direito privado é de regime 
privado, não tendo poder de polícia, pois o direito 
público só poderá ser imposto pelo poder público. 
 
# Não possuem poder normativo: pois assim como 
os particulares não tem este poder, elas também não o 
têm, cabendo este poder apenas ao Estado. E ainda não 
podem ser sujeitos ativos tributários (capacidade de 
exigir tributos), mesmo que se trate de um tributo cuja 
receita será destinada ao custeio da fundação privada, 
exp.: taxa; assim, ele terá que ser exigido por uma 
pessoa jurídica de direito público, que repassará as 
fundações os valores correspondentes. 
 
# Só respondem objetivamente quando prestam 
serviços públicos (CF: Art. 37, § 6º): se não estiver 
prestandoserviço público ela responde de forma 
subjetiva como os particulares. “§ 6º - As pessoas 
jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos 
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa.” 
 
B- Sujeição a fiscalização do MP (CCB Art. 66): 
apenas as privadas, sendo assim, tudo que as 
fundações privadas fazem deverá ser aprovado pelo 
MP, não tendo este poder apenas sobre as fundações 
públicas, porém ele poderá investigá-las, cabendo o 
seu controle apenas ao ente que o instituiu. “Art. 66. 
Velará pelas fundações o Ministério Público do 
Estado onde situadas. § 1° Se funcionarem no 
Distrito Federal, ou em Território, caberá o encargo 
ao Ministério Público Federal. § 2° Se estenderem a 
atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, 
em cada um deles, ao respectivo Ministério Público.” 
 
# Motivo: existência de “controle” próprio (tutela ou 
supervisão), art. 26 do decreto 200/67. 
 
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C- Competência. 
# FP de direito público federal: Justiça Federal (CF 
Art. 109, I; são espécies de autarquias): “Art. 109. Aos 
juízes federais compete processar e julgar: I - as 
causas em que a União, entidade autárquica ou 
empresa pública federal forem interessadas na 
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, 
exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as 
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho” 
 
# FP de direito privado federal: Justiça Federal (STJ, 
CC 16.397: equiparam-se às empresas públicas): ele 
continua fazendo a equiparação do antigo decreto 
200/67. Não se incluindo apenas as sociedades de 
economia mista, pois ela tem patrimônio de particular 
e da união, caso contrário os sócios da empresa pública 
seriam tratados de forma desigual. 
 
D- Exemplo de exclusão das FP de direito privado 
# CPC Art. 475, I: não sendo feito o exame 
necessário (dupla revisão) para as de direito privado. 
Havendo justificativa constitucional poderá se 
estipular nesse sentido. “Art. 475. Está sujeita ao 
duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito 
senão depois de confirmada pelo tribunal, a 
sentença: I - proferida contra a União, o Estado, o 
Distrito Federal, o Município, e as respectivas 
autarquias e fundações de direito público”. 
 
SERVIDORES PÚBLICOS 
 
Acesso (CF 37 I: cargo, emprego e função) 
1- Acesso aos cargos, empregos e funções públicas
 
a) Cargo: estatutário ->“estatutário”; # apenas os 
cargos públicos tem estabilidade (CF, art. 41); 
 
b) Emprego: contratual -> “celetista”, competência 
da União para legislar; # para empregos públicos, não 
é admitido demissão sem justa causa, e sem que dê 
oportunidade de ampla defesa e contraditório; # os 
empregos públicos são regidos pela CLT, não importa 
onde esteja lotado; # não há estabilidade como nos 
cargos públicos; 
 
c) Função: é o que a pessoa exerce, e não o “cargo”.
 
 
c.1) Função de confiança (CF, art. 37, V): só pode 
assumir uma função de confiança quem já é 
“concursado”, melhor dizendo, “Servidor Efetivo”. Ex: 
chefe/escrivão de secretaria. 
 
c.2) Função temporária (CF, art. 37, IX): não exige 
que seja concursado; o objetivo é suprir a necessidade 
da administração pública por um determinado tempo. 
Ex: contratação de médicos em caso de epidemias. 
 
D) Existe concurso para função?: não, existe 
concurso apenas cargo e emprego, conforme exposto 
no art. 37, inc. II, CF/88. 
 
2-ESTRANGEIROS: 
 
a) CF original: veto (idem: Lei 8.112/90, arts. 3º, 
p.u. e 5º, I): apenas os brasileiros natos e os 
naturalizados podem assumir cargos e empregos 
públicos (tanto por concurso como por nomeação), 
conforme previsto no inciso I, do art. 37, CF/88. 
 
b) Lei 8.745/93: professor e pesquisador (2º, V); 
b.2) antes de alterada a CF: inconstitucional; 
 
c) EC 11/1996: professores, técnicos e cientistas 
(CF, art. 207, §1º): a lei diz que as universidade 
públicas poderiam contratar estrangeiros para realizar 
essas funções. 
 
d) Genericamente aceitos pela EC 19/1998 (CF, art. 
37, inc. I); 
- Norma constitucional de eficácia limitada (RE 439 
475, 2005): a emenda não se aplica porque é 
necessário uma lei regulamentadora (que ainda não foi 
criada), devido uma punição maior aos estrangeiros 
para proteger a segurança nacional. 
- De cada ente político (STF AI 590.663, 2010): 
competência de cada ente político legislar; >Lei 
federal para cargo, emprego e função da união; > Lei 
estadual para cargo, emprego e função do estado; e Lei 
municipal para cargo, emprego e função municipal; 
 
3- Brasileiros natos e naturalizados: 
a) Natos e naturalizados (CF, art. 12, inc. I e II): 
apenas a Constituição Federal pode diferenciar os 
brasileiros natos e naturalizados, os incisos I e II 
descrevem quem são. 
 
b) Exclusivo para brasileiros natos (CF, art. 12, 
§3º): existem cargos que podem ser ocupados apenas 
por brasileiros natos. Ex: presidente, vice, presidente 
da câmara, presidente do senado e ministro do 
supremo, isso porque todos eles podem chegar à 
presidência, existem outros cargos que naturalizados 
não podem ocupar, como diplomata, chefe das forças 
armadas e ministro da defesa. 
Apenas brasileiro nato pode ser presidente porque ele 
tem o controle das forças armadas, sendo assim 
defende a soberania e a segurança nacional, pois, um 
estrangeiro poderia estar infiltrado e começar uma 
guerra. 
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c) Naturalização: retroage à data do requerimento 
(STF inf. 689/2012): é um ato declaratório; Ex: um 
boliviano que faz um concurso federal como brasileiro, 
mesmo ainda não tendo a naturalização, ele só poderá 
tomar posse do cargo/emprego se na data da posse a 
naturalização já tenha sido concedida. 
 
4- Requisitos legais de acesso: feito pelo legislativo. 
a) devem estar em lei formal 
b) requisito apenas no edital: vedado (RE 182.432, 
2002) 
c) o edital poderá regular: 
*Edital: edital não pode distinguir questão de idade 
para quem vai fazê-lo, a lei pode. Ex: bombeiro, 
polícia, etc. 
- Etapas do concurso (STF: inf. 663/2012): a lei 
prevê até quantas etapas o concurso pode ter, já no 
edital constará quantas fases o concurso terá, não 
ultrapassando o limite previsto em lei; o número de 
fases dependerá do caso concreto, sempre analisando a 
necessidade do ente político, devido ao principio da 
supremacia do interesse público; *não adianta estar 
apenas no edital, tem que constar na lei, caso isso 
ocorra, é ilegal (o edital tem que ser de acordo com a 
lei); 
- “Nota de corte” (STF: inf. 681/2012): ante o 
princípio da eficiência, quem ficou com nota menor 
não é considerado igual quem ficou com nota maior; 
geralmente é feito para eliminar candidatos nas 
primeiras fases; 
 
EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO (CF, 
art. 37, II) 
 
1- Exigível para cargo e emprego (inclusive p. 
j. direito privado): 
2- Regra: provas ou provas e títulos: a CF 
antiga admitia apenas provas de títulos, agora 
somente provas ou provas e títulos; 
3- EXCEÇÕES: (sempre provas e títulos): 
a) Magistratura (CF, art. 93, I): na teoria quem tem 
mais títulos, é mais intelectual; 
b) Ministério Público (CF, art. 129, §3°); 
c) Advocacia Pública (CF, art. 131, §2° e 132); 
d) Defensoria Pública (CF, art. 134, §1°); 
e) Professores (CF, art. 206, V); 
 
4- Veto a candidato: só motivado (STF, Súmula 
684): é necessário ter motivo para vetar; ex.: 
candidato com deficiência visual em concurso para 
professor de criança, não teria como dar aula; 
 
5- Os títulos não podem (STF: ADI 3.522,2005) 
- Ser arbitrários; 
- Terem pontuação excessiva: a pontuação deve 
ser razoável, não pode transformar um concurso de 
prova e título em apenas título, a pontuação dos 
títulos não podem ser muito grandes em relação a 
prova. 
 
*Pontuação também não pode ser exercida entre os 
títulos, colocar um título que vale muito mais que 
outros. 
c) Decorrência da expressão de acordo com a 
natureza e complexidadeprevista no art. 37, inc. 
II: concursos exigem títulos porque possuem 
complexidade da natureza da função. 
d) Não é título: exercício anterior de função 
pública (STF: ADI 3.433, 2005): é inconstitucional 
dar pontuação para quem já exerceu função pública 
apenas pelo fato de já ter trabalhado na administração 
pública. 
e) Títulos não podem ser eliminatórios (STF: MS 
31.176, 2014): devem ser classificatórios. 
 
6- Testes psicotécnicos: 
a) só com previsão em lei (STF:Súmula 
686):deve haver previsão legal estabelecendo o teste 
psicológico, caso contrário não pode ser feito. 
b) em âmbito federal: também no edital 
(Decreto 6.944/09: art. 14): regulamenta os 
concursos da área federal. Diz que além de estar na 
lei deve constar no edital dizendo que tem teste 
psicológico, na área estadual deve ter lei dizendo 
isso, caso contrário não precisa constar no edital. 
 
7) IDADE: 
a) qualquer limitação tem que ser feita em lei 
(STF: RE 593 198, 2013): pode exigir idade mínima 
e máxima, deve ser prevista em lei. 
b) Requisitos para a lei: razoabilidade: relação 
com as funções do cargo. 
c) STF: Súmula 683, CF 7º XXX e 37 §3º: diz que 
deve ter relação com as funções que serão exercidas.
 
d) Exemplos: 
- mínimo, 25 anos; máximo 45 anos: concurso 
para o MP de Mato Grosso (RE 184.635, 2001): 
idade mínima porque se presume que tem 
maturidade, e idade máxima pelo tempo que o 
servidor ficará no cargo. 
- mínimo, 18 anos; máximo, 32 anos; concurso 
para agente da Polícia Civil de MG (RE 678.112, 
2014): mínimo é óbvio, o máximo é pela forma 
física. 
 
e) Idade e militares: não são servidores, são militares. 
- CF, art. 142, §3º, inc. X: só por lei: a lei prevê as 
formas de admissão; 
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11 
- Lei 6.880/80: art. 10- delegou para o regulamento; 
- STF: RE 600.885, 2011: inconstitucional com 
modulação de efeitos até 31/12/2012: STF disse que 
era inconstitucional, mas não teve efeitos, exército 
continua exigindo alistamento no ano que completa 18, 
pessoa tem 17 e se alista. 
 
8- ALTURA: 
 
a) Previsão em lei e só para a área da segurança 
pública (STF: 640.254, 2011): somente na área da 
segurança pública, tendo com fundamento “impor 
respeito”; 
 
b) EXEMPLOS 
- mínimo de 1,60 para agente da Polícia Civil do MS: 
razoável (STF: INF: 98/1998); 
- mínimo de 1,60 para Delegado da Polícia Civil do 
MS: razoável, pois delegado também trabalha em 
campo (STF: INF 191/2000); 
- mínimo de 1,60 para escrivão da Polícia Civil do 
MS: irrazoável, aqui não é necessário exigir (STF: 
INF 241/2001): 
 
9 - RAÇA, SEXO E COR 
 
a) Regra: vetados: em regra a constituição proíbe que 
seja levado em consideração, mas pode haver 
exceções. 
b) excepcionalmente aceitos (Celso Antônio) 
b.1) Médicos de raça resistente a certa doença 
b.2) Mulheres na Polícia feminina: transexual não 
pode fazer parte da polícia feminina porque não é 
mulher. 
b.3) Pessoa de certa “aparência” exigida por 
comunidade isolada: Ex: mandar médico ir a uma 
tribo isolada, os índios podem matar ele; 
 
10 - Testes de aptidão física: apenas com previsão 
legal. 
 
a) Não há direito à nova prova (STF: RE 630.733-
RG, 2013): STF decidiu que não haverá outra prova, 
não importando as condições climáticas ou da pessoa, 
a não ser que conste no edital do concurso que é 
possível nova data; 
a.1) mesmo diante de força maior: mesmo se estiver 
-10°; 
a.2) inobstante circunstancia de caráter fisiológico: 
ex.: acordar doente, cagando nas calças, fará a prova 
do mesmo jeito; 
a.3) salvo: expressa previsão no edital: o edital pode 
prever nova data em caso de péssimas condições 
climáticas ou circunstancias de caráter fisiológico; 
b) STJ: exclui as gestantes (Inf. 502, 2012): desde 
que o médico ateste que a gestante correrá risco 
fazendo o teste; 
 
12 - Matéria cobrada e edital 
a) matéria não prevista em edital não pode ser 
cobrada (RE 434.708, 2005): a matéria a ser cobrada 
é a prevista no edital,e não na lei pela celeridade; 
b) o edital não precisa ser “exaustivo”: matéria que 
“guarda pertinência” pode ser cobrado (STF: MS 
30.860, 2010): o edital é genérico; o que tem relação 
com a matéria, pode cair; 
 
13 - Antecedência e modificações do edital 
a) antecedência mínima: 60 dias (Decreto 6.944/09: 
art. 18, I): prazo mínimo 60 dias antes da prova para 
que seja publicado o edital (na área federal, estados e 
municípios têm sua lei), para não ter privilégios, ante 
princípio da impessoalidade. 
b) alterações: só em caso de mudança legislativa 
(STF: RE 318.106): alterações somente por leis; 
- Só em caso de mudança na legislação: mudança da 
lei, modificando o cargo para qual o concurso foi feito, 
por exemplo, adicionar mais uma fase. 
 
14 - AUSÊNCIA DE CONCURSO 
 
a) são contratos nulos (CF, art. 37, §2º): seja a 
contratação dos empregados públicos ou a nomeação 
dos servidores públicos. 
 
b) não há “fato consumado” (STF: MS 28.279, 
2010); 
 
c) tem direito à nomeação e FGTS (vide Súmula 
363 do TST): Empregados e FGTS: a contratação de 
servidor público, após a CF/1988, sem prévia 
aprovação em concurso público, encontra óbice no 
respectivo art. 37, II e §2°, somente lhe conferindo 
direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em 
relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o 
valor da hora do salário mínimo, e dos valores 
referentes aos depósitos do FGTS. 
 
d) exercício de funções diversas (“desvio de 
função”): princípio do concurso público; trabalha e 
recebe aquilo que está previsto no concurso que foi 
aprovado; 
 
d.1) não há direito de reenquadramento (STF): é o 
voltar a exercer o serviço pelo qual foi aprovado no 
concurso; 
 
d.2) há direito às diferenças remuneratórias (STJ: 
Súmula 378): direito de cobrar as diferenças salariais 
dos últimos 5 anos que exerceu em outro cargo; 
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12 
15 - Controle administrativo e judicial 
 
a) administrativo: dever de anular de ofício (STF: 
Súmulas 346 e 473): a administração deve anular de 
ofício quando praticar ato nulo; a Súmula 346 deveria 
trocar o “pode” pelo “deve”; 
 
b) judicial: mediante provocação: o juiz decide 
mediante provocação (alguém tem que pedir); 
c) anulação atinge tudo ou o ato e as fases seguintes: 
ato nulo não gera efeitos; raramente é anulado o 
concurso todo, normalmente é anulado uma fase, 
apenas. Ex: teste psicotécnico; 
 
d) controle judicial das perguntas e respostas 
 
d.1) regra inviável (STF: MS 27.260): inviável entrar 
na justiça para correção de questão que as bancas dão 
como corretas; 
d.2) exceção: erro “grosseiro” (STF: MS 30.859): 
exceção quando o erro for grosseiro; na dúvida, 
prevalece a correção da banca; considera-se erro 
grosseiro questão com erros na aplicação da lei, 
geralmente ocorre isso com legislação municipal; 
d.3) orientação reiterada no STF, em repercussão 
geral (tema 485): ilegalidade -> contrário a lei; 
inconstitucionalidade -> contrário a constituição; 
 
16 - Prazos para o Mandado de Segurança (STF) 
 
a) contra emissão na nomeação: 120 dias do 
término da validade do concurso (RMS 24.551, 
2003): Mandado de Segurança não gera efeitos 
remuneratórios; *tem que aguardaro término da 
validade do concurso, ex: se for 2 anos, tem que 
aguardar este prazo para entrar com MS; Ex: caso seja 
chamado o 1° e 3° lugares, o 2° colocado só poderá 
entrar com MS após decorrer o prazo de validade do 
concurso; 
 
b) contra ato ocorrido durante o concurso: 120 dias 
do efetivo prejuízo, e não do edital (STF: MS 
29.874): se o edital prevê teste psicotécnico a pessoa 
não precisa entrar com mandado de segurança aquele 
momento, o prazo para entrar com MS conta a partir 
do teste, porque o Estado pode perceber que é errado 
esse teste naquele caso, e não fazer o teste. 
 
PRAZO DE VALIDADE (CF: art. 37, III) 
1- CF: “até dois anos”; “prorrogável por igual 
período”: será prorrogável por igual período, ex: se 
for 1 ano, poderá prorrogar por mais 1 ano; 
2 - termo a quo: homologação do concurso: quem 
homologa está acima de quem fez; a homologação se 
da a partir de quando o concurso está apto p/ gerar 
seus efeitos (nomeação); 
 
3- “Igual período”: 
a)doutrina majoritária: o mesmo período anterior 
b) literalidade do inciso III: até 2 anos 
 
4 – Prorrogar ou não: ato discricionário (RMS 
28.911, 2012) 
 
5 – Limite temporal para prorrogar: enquanto 
válido o concurso (RE 352.258, 2004): só pode 
prorrogar o que ainda vale; 
 
DIREITO À NOMEAÇÃO 
 
1- STF: RE 598.099-RG, 2011. Repercussão geral. 
Na hora de abrir um concurso o administrador deve 
verificar se precisa fazer aquele concurso. Até 2011 o 
candidato não tinha direito a vaga, mesmo que tivesse 
passado e existisse as vagas. A administração pública 
nomearia quando e se fosse preciso. A partir desse RE, 
a decisão é que a administração pública só pode abrir 
concurso se for para contratar. 
a) Direito subjetivo à nomeação. A partir de 
2011 o candidato tem o direito subjetivo. Se for 
aprovado deve ser nomeado, devendo estar dentro do 
número de vagas do edital. 
a.1) Não há direito à nomeação imediata 
(discricionariedade). O fato de ter direito subjetivo 
não há direito à nomeação imediata. Tem direito de 
nomeação no prazo de validade do concurso. 
b) Candidato aprovado dentro do nº de vagas 
do edital. São dois tipos de vagas: o número de vagas 
que são criadas por lei e as vagas constantes no edital. 
 
b.1) Fora do nº de vagas; após desistências (STF: 
AGR 675.202, 2013). Se houver desistência de algum 
candidato aprovado, o próximo candidato, que não 
tinha passado, terá direito. 
 
B.2) Ausência de vagas no edital: direito do 1º 
colocado (STJ: inf. 495). Não é cadastro de reserva. A 
administração pública municipal abre edital para 
médico e esquece de colocar o número de vagas no 
edital. A administração pública diz que segundo o 
princípio da legalidade ela só deve fazer o que a lei 
expressamente diz e se não foi colocado vagas não tem 
vagas. O STJ decidiu que não existe este argumento, 
que se a administração pública alegar que abriu 
concurso sem vagas está afetando os princípios da 
eficiência e moralidade, ou seja, enseja um processo de 
improbidade administrativa. O primeiro colocado tem 
direito subjetivo. Somente o primeiro tem esse direito. 
Presume-se que se a administração abriu um concurso 
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13 
é que pelo menos precisa de uma pessoa para 
trabalhar. 
 
b.3) Vagas criadas além das previstas durante a 
validade do concurso. Princípio da isonomia. Ex.: são 
duas vagas e podem abrir mais vagas (tem que constar 
no edital). 
- O edital tem que prever expressamente. Desde que 
o edital faça menção expressa. Ex.: para 10 vagas ou 
para vagas que vierem a serem criadas. 
- Há direito adquirido (STJ: inf. 511). Também pela 
isonomia e eficiência. 
 
Continua... Item 3  
 
c) Durante a validade do concurso. 
 
A) Exceção (STF, idem). É uma exceção ao julgado 
do STF que dá o direito subjetivo ao candidato, 
devendo existir todos os requisitos abaixo: 
 
- Situação grave e imprevisível. Tem que ser grave e 
imprevisível. 
 
- Superveniente à publicação do edital. Tem que ser 
depois do edital, demonstrando que aquilo não podia 
se prever. 
 
- Necessidade: ausência de solução menos gravosa aos 
aprovados. O Supremo exige isso, que o a 
administração pública tome a solução menos gravosa, 
ou seja, se o concurso tinha 100 vagas e após 
aprovação veio uma doença grave e imprevisível, por 
isso só será nomeado 10 (melhor chamar 10 do que 
chamar ninguém), ou então prorrogar a validade do 
concurso. 
 
- Motivação. Motivar o porquê chamou poucas 
pessoas. 
 
2) Cadastro de reserva: não equivale à vaga. 
a.1) Gera apenas expectativa de direito (STF: MS 
31.790, 2014). Não gera direito subjetivo, somente 
gera expectativa. 
a.2) Âmbito federal: só excepcionalmente (art. 12 
do Decreto 6.944/09). Atualmente todos os concursos 
são para cadastro de reserva, mas afronta a legalidade, 
pois deveria ser apenas em casos excepcionais. 
 
Art. 12. Excepcionalmente o Ministro de Estado do 
Planejamento, Orçamento e Gestão poderá autorizar a 
realização de concurso público para formação de 
cadastro reserva para provimento futuro, de acordo 
com a necessidade, de cargos efetivos destinados a 
atividades de natureza administrativa, ou de apoio 
técnico ou operacional dos planos de cargos e carreiras 
do Poder Executivo federal. 
 
3) Nomeação de número maior do que as vagas. 
Vagas do edital. 
a) possível. É possível nomear um maior número de 
aprovados que as vagas do edital. A partir da abertura 
do edital. 
b) desde que existam as vagas e os aprovados. 
c) âmbito federal: limitando a 50% a mais (art. 11 
do Decreto 6.944/09) – crítica: afronta à isonomia. 
De direitos iguais das pessoas saberem que poderão ser 
criadas novas vagas, pois se não iria dar mais 
candidatos. Podem ser criadas apenas 50% a mais das 
vagas que existiam. 
 
Art. 11. Durante o período de validade do concurso 
público, o Ministério do Planejamento, Orçamento e 
Gestão poderá autorizar, mediante motivação expressa, 
a nomeação de candidatos aprovados e não 
convocados, podendo ultrapassar em até cinquenta por 
cento o quantitativo original de vagas. 
 
3) Nomeação por ordem judicial e indenização. Não 
tem direito a indenização. Se o candidato for nomeado 
por ordem judicial ele não tem direito a indenização 
pelo tempo que era para ele ter recebido o salário. 
 
a) STF: RE 724.347-RG, 2015. 
b) não há direito a indenização. O argumento é que o 
candidato não trabalho neste período, mas não 
trabalhou por ilegalidade da administração pública, 
mas mesmo assim o STF decidiu que não há direito à 
indenização. 
 
c) exceção: “arbitrariedade flagrante”. Há direito 
em indenização quando ocorre uma diferente grande 
de nota. Ex.: foi empossada a candidata que ficou em 
6º lugar com 6, enquanto que a primeira tirou 9. 
*para fins de nomeação, o Mandado de Segurança é 
um remédio constitucional com defeitos, visto que não 
gera indenização; o melhor a se fazer, é entrar com 
ação em rito normal, solicitando uma tutela 
antecipada; 
 
PRIORIDADE NA NOMEAÇÃO (37, IV). 
 
1- A CF não proíbe novo concurso: “novos 
concursados”: mesmo o concurso dentro do prazo de 
validade pode ser feito outro concurso, todavia os 
candidatos aprovados no primeiro concurso deverão 
ser chamados antes. 
2- Lei 8.112/90: art. 12, §2º = “proíbe”: colide com a 
autorização prevista na constituição. 
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14 
3- Súmula 15 do STF: ex: se houve dois concursos, e 
TICO passou em 10° no primeiro concurso, e no 
segundo concurso passou em 5°, será chamado 
primeiro que o 1° colocado no primeiro concurso; 
- “Durante o prazo de validade do concurso, o 
candidato aprovado tem o direito à nomeação,quando 
o cargo dor preenchido sem observância da 
classificação”. 
 
4- Quebra da ordem de classificação por decisão 
judicial. Classificação por ordem judicial não é igual à 
classificação administrativa, sendo assim, não cria 
direito subjetivo para os demais candidatos. 
a) não importa em “preterição”: ocorre quando, por 
exemplo, está na vez do 4° colocado ser chamado, e o 
6° entra na justiça e a administração é obrigada a 
empossar o 6° colocado, mesmo na frente do 4° 
colocado. 
b) STF: AgR 698.618, 2013. 
 
5- nomeação a título precário havendo aprovado 
em concurso ainda válido: quando o administrador 
abre um concurso, mas pelo fato de que um de seus 
familiares não passou, ele não chama ninguém. Antes 
da validade do concurso acabar, ele cria cargos de 
comissão para professores, sendo que sua filha é 
professora. Presumisse que ele precisa de professores. 
Se ele criar 6 vagas comissionadas irá ter que chamar 6 
pessoas do concurso. 
a) gera direito subjetivo: gera direito subjetivo 
imediato da pessoa. 
b) independente de vaga em edital: o número de 
vagas vai ser o mesmo que o número de 
comissionados nomeados. 
c ) STF: RE 733.596, 2014. 
 
 
RESERVA PARA DEFICIENTES (37, VIII). 
 
1- União. 
a) teto de 20% (lei 8.112/90, art. 5º, §2º).Cada ente 
tem sua lei, essa é a lei federal. 
b) piso de 5% - “elevado até o número inteiro 
subsequente” (decreto 3.298/99: art. 37). 
- esse Decreto regulamenta a Lei 7.853/83 que NÃO 
trata de concurso público e vaga para deficiente 
(dispõe sobre “apoio às pessoas portadoras de 
deficiências); 
c) STF: aplicação do piso supera o teto; nenhuma 
vaga (RE 735.077, 2014): quando o cálculo do 
mínimo superar o máximo, o número de vagas para 
deficientes será de 0. Ex.: existir 1 vaga, sendo assim 
seria para deficiente, porque os 5% arredondaria para 
01. Entretanto, seria 100%, o que ultrapassaria o teto 
de 20% - logo não existe vaga para deficientes nesse 
concurso. 
2- Visão monocular: Súmula 377 do STJ: visão é 
considerada deficiência, tendo em vista que perde 
totalmente a percepção e profundidade. A visão é 
periférica. O STJ entendeu que se enquadra como 
deficiência. 
3- surdez unilateral: não: deve ser bilateral para ser 
considerada deficiência. 
a) STF MS 29.910, 2011. 
b) decreto 5.296/2004: art. 5º, §1º, I, “b”. 
 
4- Restrição a priori para carreiras policiais (STF: 
RCL 14.145, 2012).A priori significa inscrição. 
a) não pode ocorrer. É absurdo negar inscrição do 
concurso, todavia, não será nomeado ou não poderá ser 
aceito de um devido processo legal. 
b) somente após aprovação, com observância do 
devido processo legal, é possível averiguar a 
compatibilidade com as atribuições do cargo: não pode 
negar a inscrição. 
c) argumento do STF corroborado pela Lei 
13.146/2015 (Estatuto da pessoa com deficiência), 
art. 34, §3º, que proíbe “exigência de aptidão física 
plena”: o julgado do STF foi, de certa forma, 
“complementado”. 
 
5- não é necessário que a deficiência torne mais 
difícil exercício específico do cargo ou emprego 
pretendido (STF: RMS 37.732, 2014).Qualquer 
deficiência terá direito a cota, não apenas se dificultar 
as atividades desenvolvidas naquele cargo. Ex. um 
candidato faz concurso para vaga de escrivão, mas tem 
um braço menor que o outro e vai pelas cotas, logo 
isso não é exigido no concurso. 
 
FUNÇÕES DE CONFIANÇA E CARGOS EM 
COMISSÃO 
 
Cargo de comissão é cargo de confiança – assessores, 
juiz leigo, conciliador. 
Função de confiança não necessita de cargo – tem que 
ser atribuída para quem é concursado, que já passou 
em um concurso (isso é só um requisito). A pessoa 
concursada recebe um cargo de confiança (chefe de 
secretaria, subchefe). A função não existe por causa do 
cargo. Precisa de lei criando o cargo de comissão. 
 
1- CF: art. 37, V. 
2- Todo cargo tem função: todo cargo tem que ter 
função, pois, se não, a pessoa não iria fazer nada. 
3- Nem toda função pertence a um cargo: é possível 
ter uma função que não faça parte de cargo e nem de 
emprego. 
 
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15 
4- FUNÇÕES DE CONFIANÇA. 
 
a) apenas servidores concursados (“ocupante de 
cargo efetivo”): ocupante de cargo efetivo é 
concursado, porque não são precários (são precários 
cargo de confiança), logo necessita de concurso para 
entrar. 
 
b) funções de direção, chefia ou assessoramento: só 
podem ser dadas para quem é concurso que não era 
passa a ser diretora, chefe ou assessora, daí passa a ter 
funções de diretor, chefe ou assessora. Pontes de 
Miranda – direção (fala que tem que construir duas 
paredes), chefe (vai dizer se quer construir uma ou as 
duas paredes) e assessor (só vai assessorar a obra, 
entretanto não pode mudar nada, somente toma 
cuidado para não cair as paredes – aspecto técnico, não 
tem poder de decisão). 
 
5- CARGOS EM COMISSÃO. 
 
a) exoneração “ad nutum” x demissão: são 
exonerados ao arbítrio das que a exonerou. Não é 
demissão, pois não tem caráter punitivo. 
- exoneração motivada e a teoria dos motivos 
determinantes: exonerar não é demitir. É impossível 
demitir. Exoneração: desligamento não punitivo e não 
precisa ser motivada. Se é enunciado a causa do 
motivo é determinando (ex.: roubou a administração), 
se a pessoa provar que não roubou, ela tem que voltar 
para o cargo. Por isso não é necessário a motivação. 
Ou seja, se a decisão for motivada, os motivos 
passaram a ser determinantes para a prática do ato de 
exonerar, nesse caso, se a pessoa exonerada provar que 
o motivo não existiu, poderá ser reintegrada. 
 
- sempre a título precário (não importa o tempo no 
cargo; não há aposentadoria compulsória, por 
exemplo): a nomeação é sempre a título precário, não 
dependendo do tempo no cargo. Não consegue no 
Judiciário, ela será exonerada a qualquer momento. 
Não há aposentadoria provisória para cargos de 
comissão. Mesmo que fique 30 anos no cargo. 
 
b) percentual “mínimo” de concursados 
(“servidores de carreira”): emenda 19. Cargo de 
comissão pode ser dado para qualquer pessoa, todavia 
têm que ter o percentual mínimo de concursados, 
aqueles que estão na administração. Servidor de 
carreira só para concursados. 
 
c) percentual mínimo fixado em lei do ente político: 
a constituição não diz qual é o percentual mínimo, 
logo a lei vai fixar o percentual – a lei é Federal, 
estadual e municipal. A união ainda não elaborou está 
lei. Aplica-se o princípio da razoabilidade. 
 
d) funções de direção, chefia e assessoramento: 
cargos de comissão não podem ser para outras funções 
a não ser direção, chefia e assessoramento. Ex.: cargo 
de chefia não pode ser para qualquer função como 
motorista. 
 
e) lei que substitui a nomeação por eleição: 
inconstitucional (STF: Inf. 555): se a constituição 
fala que é nomeado pelo chefe do executivo, não tem 
como uma lei municipal dizendo que a nomeação por 
eleição. A simpatia é mais favorável do que a técnica, 
por isso não é feito por eleição. 
 
f) controle do porcentual mínimo: possível, usando 
o poder da razoabilidade e o poder do concurso 
público como regra (STF: inf. 468 – Câmara 
municipal que criou 67 cargos, sendo 42 em 
comissão): a lei que criou 42 cargos de comissão entre 
67 não é razoável e imoral, foi considera 
inconstitucional e foi feito um percentual. 
 
6- Vedação do nepotismo (súmula vinculante 13): a 
CF não traz que não pode nomear parente, entretanto a 
súmula 13 proíbe, tentando assim, evitar fraudes. 
Nepotismo acontece com parentes de até 3º grau. 
a) incide sobre cargos comissionados e funções de 
confiança (“funções gratificadas”): a vedação incide 
em cargos de comissão, pois ele pode nomear quem 
ele quiser, todavia nomear parente até segundo grau é 
nepotismo. Mesmo que o parente seja concursado.b) não há lei: o STF aplicou indiretamente a CF. 
 
c) cargos políticos: não incide a vedação da SV 13 
(STF: RCL 6.660, 2008): cargos políticos (secretário 
municipal, secretário estadual e ministro de estado – 
assessores diretos do político). Se conseguir provar 
que a nomeação foi de pessoa sem qualificação é 
exonerado. 
Obs. STF  
IMPORTANTE: 
O STF não admite mais isso como regra absoluta, 
ou seja, se for provado que a nomeação foi sem 
justificativa mínima (pessoa sem qualificação alguma) 
ou para burlar a proibição, incide a vedação (RCL – 
MC 14.549, 2012). 
 
d) Decreto 7.203/2010: veda no âmbito federal o 
nepotismo em contratações por prazo limitado (CF: 
37, IX), na contratação de estagiários e na 
contratação indireta através de pessoas jurídicas 
privadas que mantêm contrato com a União: 
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16 
mesmo em casos de calamidade (funções temporárias) 
não pode ser nomeado parentes. Em licitações, o 
administrador faz um contrato de milhões com uma 
empresa privada e entrega uma lista de pessoas que a 
empresa vai ter que contratar, assim como estagiários. 
 
CONTRATAÇÃO POR PRAZO DETERMINADO 
 
1- CF: art. 37, IX: deve ser uma necessidade 
temporária, quando for alfo permanente deve haver 
concurso, e excepcional interesse público, ou seja, em 
casos de catástrofes. 
 
a) exigência de “lei”: tem que ser lei (ato com força 
de lei – desde que o artigo 42 não proíba a medida 
provisória – ela vai ser lei). 
 
b) fala em “contratação” e não “nomeação”: cargo e 
emprego é nomeado. Não é contrato de CLT, é 
totalmente especial. 
 
c) Atendimento de “necessidade” “temporária” de 
“excepcional” interesse público: tem que ser muito 
necessário. Deve ter os três requisitos. 
 
2- Lei de cada ente federado: não é uma lei nacional 
e sim de cada ente federal. Todos são cópias da lei 
8.745/93. 
3- União: Lei 8.745/93. 
 
4- Regime jurídico: “contrato de direito público” (e 
não “contrato de trabalho”). 
a) Nem estatutário, nem contratual. Como não é 
regido pela CLT, é que não é a JT especializada para 
argüir seu direito. A competência é da Justiça comum. 
b) Competência: Justiça Comum (estadual ou 
federal). 
 
5- Contratação por “processo seletivo simplificado” 
(Lei 8.745/93: art. 3º; CF: art. 37, II: “investidura 
em cargo ou emprego público). Não é necessário 
concurso público. No teste seletivo tem que ter 
publicidade, não pode ter nepotismo. 
 
6- Dispensa do processo seletivo (Lei 8.745/93: art. 
3º, §1º). Pode ser nomeado sem o processo seletivo 
simplificado. 
a)A) Calamidade pública; b) emergência na área da 
saúde pública; c) emergência ambiental. 
 
7- Extinção do contrato (art. 12 e §§). Extinção 
natural. 
a) a pedido ou por termo final (do prazo ou do 
projeto): não há indenização: O contrato se extingue 
sozinho. Se não fizer por prazo, será pelo projeto, o 
objetivo. Ex.: os garis contratados pelo comitê das 
olimpíadas ficarão até o final das olimpíadas para 
limpar o lixo (não tem prazo determinado e sim um 
projeto). 
 
b) por ato unilateral da administração: indenização 
correspondente a metade do que ainda teria direto 
(art. 12, §2°): O contrato é de 12 meses e ele trabalha 
6 meses, logo deve ser indenizado 3 meses. Ninguém 
pode argüir direito subjetivo. Apenas quando a 
exoneração não foi o fim do termo (prazo ou projeto). 
 
8- Possuem os direitos trabalhistas previstos na CF 
(art. 7º): STF decidiu que os contratados por prazo 
determinado têm direitos de celetistas. 
 
9-Regime de previdência: RGPS: aposenta pelo 
INSS. Pode contar como trabalho comum em regime 
geral. A contribuição é feita para o regime geral da 
previdência. 
 
10- Possibilidade de contratação por análise de 
currículo (títulos)(Art. 3º, §2º): possível porque não 
se trata de concurso público (CF: art. 37, II), que 
exige sempre prova: é obrigatório prova para cargo e 
emprego. Não estão incluídos no artigo 37, II. CF 
proibiu análise de currículo em casos de concurso, 
porém neste caso não é concurso, portanto pode ser 
feita essa análise. 
 
ASSOCIAÇÃO SINDICAL 
 
1-CF: art. 37, VI. 
2- Norma autoaplicável: não tem lei restringindo e 
nem liberando. A CF foi muito clara. 
3- Negociações coletivas na justiça do trabalho: 
vedadas (STF: súmula 679). Competência privativa 
do chefe do executivo que pode aumentar a 
remuneração. Nem para aumentar e nem para reduzir. 
4- Militares: greve e associação sindical vedadas 
(CF: art. 142, §3º, IV): militar não é servidor público. 
São proibidas a sindicalização e a greve, porque a 
autorização está no artigo 37, VI (servidores públicos) 
e militares não são servidores públicos. Ainda, o artigo 
142 proíbe. 
 
DIREITO DE GREVE 
 
1-CF: art. 37, VII: está escrito somente lei na 
constituição, mas é lei ordinária. Garante o direito de 
greve, até mesmo para os servidores públicos, porém 
deveria ser regulamentado por lei. 
2-Norma de eficácia limitada: CF diz que deveria ser 
criada uma lei regulamentando o direito de greve, 
entretanto essa lei não foi criada. 
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3-Ausência da lei (ordinária; EC 19/98) nacional: 
para os entes federativos. Seria uma lei para todos os 
entes políticos, porém essa lei ainda não foi criada. 
 
4-STF: aplica-se a Lei 7.783/89, até ser editada a lei 
reguladora (MI 708, 2007): mandado de injunção. O 
STF manda aplicar a lei 7.783/89 (âmbito privado), 
por analogia, tendo em vista que o legislativo não 
criou a lei ordinária. Art. 7º - Não existe greve 
remunerada. Art. 10 – podem parar, mas não pode 
parar totalmente, tem que ter um mínimo para 
atendimento emergencial. 
- existe lei que regulamenta a greve para os 
trabalhadores da iniciativa privada, portanto o STF 
aplica essa lei para as greves dos servidores públicos 
desde 2007. 
- esta lei permite que sejam descontados os dias não 
trabalhados, portanto, aplica-se também, à 
administração pública, se o ente quiser pode descontar. 
- pode ter greve em serviços essenciais, entretanto não 
pode parar por complete, deve haver o mínimo de 
atendimento. Ex.: bancos e controladores de tráfego 
aéreo não podem ter greve. 
- essa lei diz que irá ser criada uma lei para 
regulamentar a greve para os servidores públicos, mas 
diz lei complementar. Todavia, houve uma alteração, 
razão pela qual deve ser lei ordinária (da mesma forma 
que essa lei). 
 
5-Punição diferenciada de servidor em estágio 
probatório: inconstitucional (Inf. 573: ADI 3.235, 
2010): a partir de 2010, o STF entendeu que não pode 
ter punição diferenciada, visto que da mesma forma 
que os outros, estão à busca de seus direitos; 
 
6-Desconto dos dias parados: possível (STF: AI 
799.041, 2010; STJ: MS 17.405, 2012); assunto em 
repercussão geral (RE 693.456; parecer da PGR 
pela possibilidade, em 17.7.2012; pedido de vista 
por Luis Roberto Barroso em 02.09.2015): desconto 
dos dias parados não é uma punição, somente é um 
não pagamento por não ter trabalhado. Não tem nada 
que proíba isso. 
 
FIXAÇÃO E REVISÃO GERAL ANUAL DA 
REMUNERAÇÃO 
 
1-CF: art. 37, X: a remuneração dos servidores 
públicos deve ser regulamentada por lei específica. 
 
2-“Remuneração”: vencimento é mesma coisa que 
remuneração. É somente por lei. 
a) vencimento básico: que está no edital. O salário. 
b) vantagens pecuniárias permanentes: são os 
adicionais ganhos todos os meses. Adicional para 
locomoção, se ganha todo mês, é dado. Ex.: Vale 
transporte. 
 
3-“Subsídio”: art. 39, §4°: tentativa de moralizar. 
Parcela única. Não ganha remuneração e depois são as 
vantagens. Não pode ser parcela, e sim, parcela única. 
- existem casos em que

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