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Administrativo Informativos

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Direito Administrativo – InformAtivo 
 
E aí, galera, beleza? Esse é o caderno de informativo de Direito 
Administrativo, que usamos para estudo pessoal com base nos informativos 
disponibilizados pelo Dizer o Direito. 
Nós pegamos o informativo disponibilizado pelo Dizer o Direito e 
acrescentamos perguntas referentes ao julgado (tese + fundamentos) a fim de 
estimular um estudo ativo, o qual é o mais eficaz em termos de aprendizagem. 
Estudo Ativo, em suma, é um estudo em que nós procuramos gerar 
as informações; fazer a nossa própria codificação, e não apenas ler e reler. 
Não estamos criticando quem revisa grifos (até porque nós também 
eventualmente fazemos isso), mas os pesquisadores apontam que o mais 
eficaz é tentar se recordar da informação por si próprio, pois desse modo as 
informações conectam-se, associam-se e consolidam-se. 
E como fazemos um estudo ativo? Fazendo perguntas a si mesmo; 
tentando explicar para si ou para outra pessoa o conteúdo; realizando 
questões, etc. 
Diante disso, surgiu a ideia de fazermos esse material de Informativo 
com Perguntas para forçar o leitor a fazer um estudo ativo antes de 
propriamente ler o julgado. Espera-se, assim, que a aprendizagem seja mais 
duradoura, evitando as chamadas Ilusões de Competência, as quais são 
criadas quando criamos familiaridade com o material e achamos que 
possuímos pleno domínio da matéria, apenas por conseguir ler rápido ou a 
leitura fluir. 
Ocorre que, às vezes, isso é apenas uma Ilusão de Competência, de 
modo que quando algum amigo pergunta sobre o informativo, não sabemos 
responder ou erramos na prova. 
Esperamos que gostem do material e que ele ajude vocês a conquistar os seus 
sonhos. Tmj! 
 
Lista de Perguntas – Estudo Ativo 
2022 ................................................................................................................. 15 
É admissível, aos servidores públicos, a conversão do tempo de 
serviço especial em comum para fins de contagem recíproca? Houve 
alguma EC dispondo sobre o assunto recentemente? ........................ 15 
2021 ................................................................................................................. 17 
É possível cobrar um valor da concessionária de serviço público pelo 
fato de ela estar utilizando faixas de domínio de uma rodovia? ........ 17 
Há direito adquirido a incidência de correção monetária nas contas 
vinculadas ao FGTS pelo IPC de fevereiro/1991 (relativo ao Plano 
Collor II)? ................................................................................................. 19 
Caso o indivíduo tenha sido condenado administrativamente pela 
CVM pela prática de insider trading e, após recurso, a decisão tenha 
sido mantida pelo CRSFN, eventual Ação Anulatória será proposta 
contra quem? Por quê? .......................................................................... 21 
Servidor público reintegrado faz jus ao recebimento das parcelas 
remuneratórias referentes ao auxílio-transporte e ao adicional de 
insalubridade pelo período em que esteve indevidamente afastado do 
cargo público? Por quê? ........................................................................ 22 
É constitucional a vinculação de reajuste de vencimentos de 
servidores públicos estaduais ou municipais ao INPC? Por quê?..... 23 
É possível que os Estados, DF e Municípios instituam subtetos 
diferentes da União? ............................................................................... 24 
É possível que norma de edital impeça a participação de candidato 
em processo seletivo simplificativo caso esse candidato 
anteriormente tenha tido seu contrato com a Administração 
rescindido por conveniência administrativa? Por quê? ...................... 25 
Indivíduo titular de serventia não estatizada, mas que recebe 
remuneração dos cofres públicos, está sujeito à aposentadoria 
compulsória ou não? Por quê? ............................................................. 26 
É possível que lei estipule prazo para que o chefe do Poder Executivo 
faça a sua regulamentação? Por quê? .................................................. 27 
É possível o "Exercício Provisório" de que trata o §2º do art. 84 da Lei 
nº 8.112/90 nas unidades administrativas do Ministério das Relações 
Exteriores (ME) no exterior? .................................................................. 29 
É possível valorar negativamente os antecedentes em sanção 
disciplinar na hipótese de o servidor ser veterano e com larga 
experiência? Por quê? ............................................................................ 30 
Autoridade administrativa pode decretar perda da função pública a 
servidor público em razão de ato de improbidade administrativa? 
Exige-se prévia condenação por autoridade judicial? ......................... 31 
Caso a empresa proprietária de veículo tenha sido notificada pela 
infração de trânsito e não tenha informado o nome do condutor do 
veículo, exige-se nova notificação da empresa em relação à multa a 
ser aplicada em razão do não fornecimento do nome do condutor? 
Por quê? ................................................................................................... 32 
É viável o prosseguimento de ação de improbidade administrativa 
exclusivamente contra particular quando há pretensão de 
responsabilizar agentes públicos pelos mesmos fatos em outra 
demanda conexa? ................................................................................... 34 
Quais são os requisitos para que o candidato não seja nomeado, 
mesmo passando dentro do número de vagas? É suficiente a 
invocação do estado de pandemia da COVID-19 para recusar à 
nomeação de aprovados dentro do número de vagas em concurso 
público? Por quê? ................................................................................... 36 
O professor do ensino básico técnico e tecnológico aposentado antes 
da Lei 12.772/2012, mas cujo certificado ou título foi obtido antes da 
inativação, tem direito ao Reconhecimento de Saberes e Competência 
(RSC), para fins de cálculo da Retribuição por Titulação – RT? Por 
quê?.......................................................................................................... 38 
Os Policiais Federais fazem jus a pagamentos de diárias dentro da 
circunscrição de seu exercício? ............................................................ 40 
A autoridade administrativa pode aplicar ao servidor pena diversa da 
demissão, ainda que caracterizadas as hipóteses previstas no art. 132 
da Lei nº 8.112/90, aplicando-se o Princípio da Proporcionalidade? 
Por quê? ................................................................................................... 42 
Candidato aprovado em concurso público pode assumir cargo que, 
no edital, exige título de Ensino Médio Profissionalizante ou ensino 
médio completo com curso técnico em área específica, caso o 
candidato não tenha esse título, mas possua curso de ensino 
superior na mesma área profissional?.................................................. 44 
Qual é o prazo prescricional para a propositura de ações de 
improbidade administrativa? Na ação civil pública por ato de 
improbidade administrativa é possível o prosseguimento da demanda 
para pleitear o ressarcimento do dano ao erário, ainda que declaradas 
prescritas as demais sanções previstas no art. 12 da Lei de 
Improbidade? .......................................................................................... 45 
Nas situações em que se verifica que a conduta do investigado se 
amolda às hipóteses de demissão e de cassação de aposentadoria, 
há discricionariedade para a Administração Pública aplicar pena 
menos gravosa? Por quê? ..................................................................... 46 
É constitucional a lei que proíbe pessoas que exerçam cargo em 
organização sindical e de membro de Conselho de Diretoria de 
Associação representativade interesses patronais ou trabalhistas de 
serem indicados para Conselho Diretor ou Diretoria Colegiada de 
Agências Reguladoras? ......................................................................... 47 
É constitucional ato normativo que exclui o direito dos candidatos 
com deficiência à adaptação razoável em provas físicas de concursos 
públicos? Por quê? ................................................................................. 48 
É possível conceder pensão vitalícia aos dependentes de Prefeito, 
Vice-Prefeito e Vereador que morram no exercício do mandato? Por 
quê? Caso não seja legal, os dependentes deverão devolver os 
benefícios recebidos? ............................................................................ 50 
É constitucional a LC 179/2021 que conferiu autonomia ao Banco 
Central? A referida LC violou reserva de iniciativa legislativa do Chefe 
do Poder Executivo para tratar sobre servidores da União e extinção 
de órgãos e Ministérios? Quais argumentos no sentido da 
Constitucionalidade Formal e Material da referida lei? ....................... 51 
A indisponibilidade pode ser decretada em qualquer hipótese de ato 
de improbidade administrativa? A indisponibilidade no âmbito da 
Ação de Improbidade Administrativa abrange também o pagamento 
da multa civil? ......................................................................................... 54 
O teto aplicável aos servidores municipais pode ser o subsídio dos 
Desembargadores do TJ (modelo facultativo)? Há exceção? No que 
diz respeito ao teto remuneratório, qual a diferença do Modelo Geral 
para o Modelo Facultativo? .................................................................... 55 
É constitucional norma estadual que vincule subsídios de agentes 
políticos de distintos entes federativos, de modo que o aumento de 
uma carreira implique aumento na outra carreira? .............................. 57 
A concessão de aposentadoria ao empregado público, com utilização 
do tempo de contribuição, acarreta obrigatoriamente o rompimento 
do vínculo trabalhista? ........................................................................... 58 
O Estado deve ser responsabilizado em caso de jornalistas feridos 
pela polícia durante protestos e/ou manifestações? Pode-se invocar a 
culpa exclusiva da vítima nessas hipóteses? ...................................... 59 
É possível impedir que candidato participe de concurso público da 
Polícia Militar em razão de ter admitido ter feito uso de drogas 
durante a adolescência? Por quê? ........................................................ 61 
É constitucional emenda à Constituição Estadual que estabelece 
como limite remuneratório único dos servidores estaduais o limite do 
teto dos Ministros do STF? Por quê? .................................................... 63 
É constitucional a equiparação de carreira de nível médio a outra de 
nível superior? Por quê? ........................................................................ 64 
É possível o ajuizamento de Ação Civil Pública caso titularidade do 
imóvel já tenha sido discutida em ação de desapropriação? Por quê?
 .................................................................................................................. 66 
É possível no exame judicial da validade dos atos administrativos, 
diante da falta de norma processual administrativa específica, a 
utilização dos dispositivos regentes da Lei de Ação Popular? .......... 68 
Exige-se autorização legislativa para a alienação do controle 
acionário de empresas subsidiárias? Por quê? Exige-se autorização 
legislativa específica para a criação de empresas subsidiárias? É 
cabível ADPF para impugnar Edital de Leilão sob o fundamento de 
que houve violação ao Princípio da Separação de Poderes? ............. 69 
É constitucional lei do DF que estabelece o teto constitucional para 
todas as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista? Por 
quê?.......................................................................................................... 72 
No tocante ao valor da reparação mensal devida aos anistiados 
políticos, pode ser feita a fixação do quantum indenizatório através 
de pesquisa de mercado? ...................................................................... 75 
Caso haja a remoção de um dos companheiros por interesse da 
Administração Pública, o outro possui direito líquido e certo de ser 
removido para o mesmo local? Haverá esse direito caso os 
companheiros já morassem em municípios distintos antes da 
remoção? Há direito à remoção para o mesmo julgar, caso a 
Remoção do 1º cônjuge tenha sido feita a Pedido? E na hipótese de 
alteração da residência em razão de posse em concurso público em 
lugar diverso de onde residia com seu cônjuge? ................................ 76 
A contratação temporária de terceiros para o desempenho de funções 
do cargo de enfermeiro, em decorrência da pandemia causada pelo 
vírus Sars-CoV-2, e determinada por decisão judicial, configura 
preterição ilegal de candidatos aprovados em concurso anterior no 
cadastro de reserva? Por quê? .............................................................. 78 
É constitucional lei estadual que estabeleça prazo decadencial de 10 
anos para anulação de atos administrativos reputados inválidos pela 
administração pública estadual? Por quê? Há violação à Segurança 
Jurídica? Há violação à proporcionalidade e à razoabilidade? .......... 79 
Caso um candidato que tenha sido aprovado dentro do número de 
vagas previsto no edital de concurso desista de sua nomeação, após 
a validade do concurso, haverá direito subjetivo de nomeação do 
próximo candidato? ................................................................................ 81 
Exige-se licitação para que a União contrate a SERPRO para a 
prestação de serviços de tecnologia da informação considerados 
estratégicos? Por quê? .......................................................................... 82 
Há repercussão geral a discussão sobre a convocação dos 
concludentes de Medicina e que haviam sido dispensados do serviço 
militar obrigatório por excesso de contingente? Por quê? ................. 84 
Exige-se que a Área de Reserva Legal seja averbada no Registro 
Imobiliário para fins de não ser considerada como Área Aproveitável 
para fins de aferição da produtividade ou não do imóvel? Por quê? . 85 
Há necessidade de devolução dos valores recebidos por servidor 
público na hipótese de erro operacional da Administração Pública ou 
interpretação errônea da lei? ................................................................. 88 
Prescrevem em quanto tempo as ações de indenização por danos 
morais e materiais decorrentes de perseguição, tortura e prisão, por 
motivos políticos, ocorridas durante o regime militar? Por quê? ...... 89 
O proprietário que adquiriu imóvel com restrição administrativa, pode 
pedir indenização em face do Poder Público em razão da restrição? 
Por quê? Há exceção? ............................................................................ 90 
União pode requisitar seringas e agulhas que já foram contratados 
pelo Estado-membro para o plano estadual de imunização, mas que 
ainda estão na indústria, em que pese já empenhados? Por quê? É 
possível a Requisição Administrativa de bens de um ente 
administrativo por outro? Há exceção? ................................................ 92 
A Petrobras e demais sociedades de economia mista que exploram 
atividade econômica são obrigadas a fazer licitação? ........................ 94 
Qual prazo para o Tribunal de Contas julgar legalidade do ato de 
concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão? Qual 
fundamento do STF para aplicar esse prazo? Qual termo inicial desse 
prazo? ...................................................................................................... 95 
Caso um indivíduo tenha adquirido um carro usado para posteriorrevenda, pode-se dispensar a expedição de novo CRV tendo em vista 
a transitoriedade dessa posse? ............................................................. 97 
É constitucional a norma federal que prevê a forma de atualização do 
piso nacional do magistério da educação básica? .............................. 98 
É constitucional o dispositivo da Lei Geral das Antenas que proíbe 
que os Estados, DF e Municípios cobrem contraprestação das 
concessionárias pelo direito de passagem em vias públicas, faixas de 
domínios e outros bens públicos de uso comum? Por quê? Quais 
fundamentos? ......................................................................................... 99 
Caso o motorista cometa uma infração administrativa grave ou 
gravíssima no período de 01 ano em que recebeu a Permissão para 
Dirigir, será possível expedir a CNH? Por quê? ................................. 100 
O cargo público de agente de trânsito é compatível com o exercício 
da advocacia? Por quê? ....................................................................... 103 
É necessária lei específica para inclusão de sociedade de economia 
mista ou de empresa pública em programa de desestatização? Por 
quê? Há exceção? ................................................................................. 104 
2020 ............................................................................................................... 106 
É constitucional lei que, ao aumentar a exigência de escolaridade de 
determinado cargo de nível médio para superior, assegura também 
isonomia de remuneração em relação aos ocupantes do cargo em 
extinção que haviam feito concurso para cargo de nível médio? Por 
quê?........................................................................................................ 106 
É constitucional o parágrafo único do art. 137 da Lei 8.112/90 que 
proíbe o retorno ao serviço público federal de servidor condenado 
pela prática de determinados fatos graves? Por quê? ...................... 108 
É constitucional a determinação de que a participação de 
trabalhadores nos lucros ou resultados de empresas estatais deve 
observar diretrizes específicas fixadas pelo Poder Executivo? Por 
quê?........................................................................................................ 109 
É constitucional lei estadual que define, como critério de desempate 
em concurso público, a preferência pelo servidor público daquele 
Estado? Por quê? ................................................................................. 111 
É constitucional lei que preveja que o subsídio dos Procuradores 
será equivalente a um percentual do subsídio dos Ministro do STF? 
Por quê? ................................................................................................. 112 
É possível que o candidato a concurso público consiga a alteração 
das datas e horários previstos no edital por motivos religiosos? ... 113 
É possível que o servidor público cumpra seus deveres funcionais 
em dias alternativos por motivos religiosos? .................................... 115 
Pessoa jurídica de direito público tem direito à indenização por danos 
morais relacionados à violação da honra ou a imagem no caso de 
credibilidade institucional fortemente agredida? Por quê? .............. 117 
É constitucional a norma estadual pela qual se impõe demissão por 
ineficiência no serviço público, apurada em processo administrativo 
disciplinar, assegurada a ampla defesa? Por quê? ........................... 119 
É possível a vinculação remuneratória de carreiras do serviço 
público? Qual fundamento? ................................................................. 120 
Lei Estadual pode prever paridade e integralidade para os policiais 
civis quando de sua aposentadoria? Lei estadual pode prever que os 
policiais civis, ao serem aposentados, vão receber a aposentadoria 
em classe superior àqueles que estavam na ativa? Por quê? .......... 121 
É possível que Fundação Pública com personalidade jurídica de 
direito privado adote o regime celetista para contratação de seus 
empregados? Por quê? ........................................................................ 122 
É possível que uma lei determine que a garantia constitucional da 
participação nos lucros e resultados seja convencional, ou seja, 
negociada entre empregado e empregador? ...................................... 123 
É possível que lei estadual defina como critério de desempate a 
preferência pelo servidor público do respectivo Estado? ................ 124 
É possível que servidor público em estágio probatório cumpra seus 
deveres funcionais em dias alternativos por questões de motivos 
religiosos? É possível que candidato a concurso público preste a 
prova em datas e horários distintos por questões de escusa 
religiosa? Em caso positivo, quais os requisitos? ............................ 125 
É possível que uma lei vincule o subsídio dos Procuradores da 
Assembleia Legislativa a um percentual do subsídio dos Ministros do 
STF? Por quê? ....................................................................................... 127 
Caso o servidor público seja demitido pela prática de fatos graves 
contra a Administração Pública, é possível que ele não possa nunca 
mais ser readmitido aos quadros da Administração Pública? ......... 128 
É possível vincular a remuneração de diversas carreiras do serviço 
público entre si? Por quê? ................................................................... 129 
Lei estadual pode prever paridade e integralidade para os policiais 
civis? É possível que seja concedido a esses policiais civis o 
adicional de fim de carreira tal qual como ocorre com os policiais 
militares? ............................................................................................... 130 
Poder Judiciário pode obrigar que o Chefe do Executivo encaminhe o 
projeto de lei para a revisão geral anual dos servidores? Por quê? 
Pode reconhecer a mora e pedir que o Executivo se manifeste? Caso 
o Chefe do Executivo não encaminhe o projeto de lei, os servidores 
têm direito à indenização? ................................................................... 132 
É constitucional lei estadual que preveja regime celetista para 
fundação pública constituída com personalidade jurídica de direito 
privado? ................................................................................................. 134 
É possível a delegação do poder de polícia – inclusive da 
possibilidade de aplicação de multas – para pessoas jurídicas de 
direito privado? Qual a posição do STJ? E do STF? ......................... 135 
Há nulidade do PAD por alegada violação do Direito à Não 
Autoincriminação quando a testemunha, até então não envolvida, 
noticia elementos que trazem para si a responsabilidade pelos fatos 
em investigação? Por quê? .................................................................. 137 
Em sede de ADI Estadual questionando a criação de cargos em 
comissão, o TJ é obrigado a se manifestar sobre a (in) 
constitucionalidade de cada cargo em comissão de modo individual? 
Quais requisitos para a criação de um cargo em comissão? ........... 138 
Petrobrás pode criar subsidiárias e, em seguida, alienar o controle 
acionário de tais subsidiárias sem licitação e sem autorização 
legislativa específica? Por quê? .......................................................... 140 
Edital de licitação pode prever uma Taxa de Administração mínima a 
fim de evitar propostas manifestamente inexequíveis? Por quê? ... 143 
Judiciário pode obrigar o Chefe do Poder Executivo a encaminhar o 
projeto de lei para revisão geral anual dos servidores? Por quê? ... 144 
Para que haja a inscrição de ente subnacional em cadastro de 
inadimplentes é necessário o prévio julgamento da Tomada de 
Contas Especial? .................................................................................. 146Judiciário pode conceder aumento a determinada carreira de servidor 
público com fundamento no Princípio da Isonomia? É possível utilizar 
esse fundamento no que diz respeito às verbas de caráter 
indenizatório? ........................................................................................ 147 
Exige-se Litisconsórcio Passivo Necessário entre os candidatos à 
concurso público? Por quê? ................................................................ 149 
Há responsabilidade civil do Estado por atos praticados por presos 
foragidos? Por quê? Há exceção? ...................................................... 150 
É constitucional a contratação de empregados de conselhos 
profissionais na condição de CLT? Por quê? .................................... 151 
Servidor Público que prestava atividades sob condições especiais 
tem direito à conversão desse período em tempo de serviço comum? 
Teve alguma alteração com o advento da EC Nº 103/2019? Em caso 
positivo, qual foi a alteração? .............................................................. 152 
O Poder Executivo Estadual pode ser incluído nos Cadastros de 
Inadimplentes da União em razão de irregularidade fiscal praticada 
pelo Ministério Público Estadual? Por quê? ...................................... 154 
Qual a justiça competente para julgar ação na qual o Estado pede à 
União para ser retirada de Cadastros de Inadimplentes da União? Se 
os débitos forem relacionados à Autarquia Federal, a União poderá 
figurar no polo passivo? É possível a inscrição do Estado no 
cadastro de inadimplentes se o precatório já tiver sido expedido? Por 
quê?........................................................................................................ 155 
É cabível mandado de injunção para que se apliquem, aos militares 
estaduais, as normas que regulamentam o adicional noturno dos 
servidores públicos civis? Por quê? ................................................... 157 
Exige-se perícia comprovando o efetivo prejuízo para fins de 
reconhecimento da responsabilidade civil do Estado em razão de 
fixação de preços no setor sucroalcooleiro? ..................................... 158 
Técnico em contabilidade pode se inscrever no Conselho de 
Contabilidade? Há alguma regra transição no que se refere à essa 
profissão? Há alguma divergência de entendimento no STJ? ......... 159 
É necessária a presença de Enfermeiro nas Ambulâncias de Suporte 
Básico? Por quê? .................................................................................. 161 
É constitucional lei que preveja a integração, no quadro do Tribunal 
de Contas, de servidores que estejam à disposição da Corte? Por 
quê?........................................................................................................ 162 
O Teto Constitucional passou a ser exigido quando em nosso 
ordenamento? Houve aplicação retroativa aos servidores que 
recebiam acima do Teto Constitucional? As vantagens pessoais 
recebidas pelo servidor eram computada para fins de Teto 
Constitucional ou violaria o Princípio da Irredutibilidade de 
Vencimentos? Servidor público que recebe remuneração (ou 
aposentadoria) mais pensão pode ultrapassar o teto conjugando os 
dois valores? Por quê? Caso o servidor público exerça 02 cargos 
públicos, é possível que a soma dos valores ultrapasse o teto? ..... 163 
Qual justiça competente para julgar inscrição de Município em 
cadastro de inadimplência da União? Qual é a competência caso o 
processo tratasse de inscrição de Estado ou DF em cadastro de 
inadimplência da União? Por quê?...................................................... 165 
A Companhia de Metrô do DF submete-se ao regime de Precatórios? 
Por quê? ................................................................................................. 167 
No caso de prova suspensa ou cancelada em razão de fraude, como é 
a responsabilização do Estado e da Banca por eventuais danos 
materiais? Há responsabilidade objetiva ou subsidiária? ................ 168 
A inscrição de Estado-membro em cadastro federal de inadimplência 
antes de instauração e tomada de contas especial é legal? Eventual 
discussão judicial vai ser de competência de quem? Por quê? ....... 169 
É necessário que treinador de tênis seja inscrito no Conselho 
Regional de Educação Física? Por quê? ............................................ 170 
É constitucional o §18 do art. 40 da CF que determina a incidência de 
contribuição sobre os proventos de aposentadoria e pensão que 
superem o limite máximo do RGPS?................................................... 171 
No âmbito de um Concurso Público, exige-se a pormenorização 
exaustiva do edital em relação aos subtemas de determinado tema 
principal? ............................................................................................... 172 
Servidor público municipal, que se aposenta pelo INSS (em razão de 
o Município não possuir RPPS, é afastado do cargo em razão da 
vacância. Após essa aposentadoria, ele poderá pedir reintegração ao 
cargo para ficar recebendo, simultaneamente, aposentadoria e os 
proventos? Por quê? ............................................................................ 173 
É possível que o Estado responda civil e objetivamente em razão de 
conduta omissiva? Por quê? Qual a regra e qual a exceção? .......... 174 
A Constituição conferiu aos Tribunais de Justiça competência para 
decidir sobre questão previdenciária no bojo de processo autônomo 
de perda de posto e patente de militar? Por quê? ............................. 176 
O transcurso do período de 03 anos do estágio probatório gera 
automaticamente o direito à estabilidade? ......................................... 178 
Exige-se prévia aprovação da Assembleia Legislativa Estadual para 
que o Governador nomeie o Procurador-Geral do Estado e o Defensor 
Público Geral? Por quê? E para nomear Dirigentes de Autarquias e 
Empresas Públicas, exige-se essa autorização da Assembleia 
Legislativa? ........................................................................................... 179 
Há parcialidade de membro de Comissão Processante de PAD caso 
essa mesma pessoa seja também membro de outra Comissão 
Processante de PAD que apure outra infração em relação ao mesmo 
servidor investigado? Por quê? .......................................................... 181 
Servidores Temporários têm direito a 13º salário e férias? Por quê? 
Há exceção? .......................................................................................... 182 
Exige-se prévia licitação para concessão ou permissão da exploração 
de serviços de transporte coletivo de passageiros? Por quê? Há 
exceção? ................................................................................................ 185 
Cabe Mandado de Injunção para regulamentar direito à progressão na 
carreira militar? Por quê? ..................................................................... 186 
É constitucional a suspensão do exercício profissional em razão do 
inadimplemento de anuidades devidas à entidade classe? Por quê?
 ................................................................................................................ 187 
Anuidade da OAB possui natureza tributária? Há divergência sobre o 
tema?...................................................................................................... 189 
É prescritível a pretensão de ressarcimento ao erário fundada em 
decisão do Tribunal de Contas? Por quê? Decisão de Tribunal de 
Contas precisa ser inscrita na CDA para ser cobrada? Tribunal de 
Contas pode decidir que houve ato de improbidade administrativa 
praticado mediante dolo? Por quê? .................................................... 190 
Lei Estadual pode exigir que o servidor more no Município onde 
atua? Lei Estadual pode exigir que o servidor peça autorização toda 
vez que pretenda sair da localidade do Município onde atua?......... 193 
A estabilidade prevista no art. 149 da Lei nº 8.112/90 para fins de 
composição da comissão conduta de processo administrativo 
disciplinar tem que ser no cargo ou no serviço público? ................. 194 
Absolvição por ausência de provas no juízo criminal vincula a 
Administração Pública em Processo Administrativo Disciplinar sobre 
o mesmo fato? Por quê? ...................................................................... 195 
As Terras Devolutas, em regra, pertencem a quem? Há exceção? .. 196 
O Município pode ser responsabilizado em razão de acidente em loja 
de fogos de artifício em sua localidade? Por quê? ............................ 198 
Presume-se que a parte tenha ciência de que o processo 
administrativo tramitará sob a forma eletrônica caso essa parte tenha 
realizado o cadastro e peticionado no Sistema Eletrônico de 
Informações – SEI? Por quê? .............................................................. 199 
Para fins de fiscalização pelo BACEN e pelo CMN, qual a distinção 
que se faz entre as operadoras de cartão de crédito? Ambas são 
objeto de fiscalização pelo BACEN e pelo CMN pela mesma norma e 
desde a mesma época? Por quê? ....................................................... 201 
As Fundações Públicas de Direito Pública têm isenção de custas 
processuais? E as Fundações Públicas de Direito Privado? Por quê?
 ................................................................................................................ 202 
Caso uma mulher pensionista de ex-combatente passe a conviver em 
União Estável com outra pessoa, ela perde o direito à pensão? Por 
quê?........................................................................................................ 203 
Qual a Justiça competente para julgar ações contra concurso público 
realizado por órgãos e entidades da Administração Pública para 
contratação de empregados celetistas? Por quê? ............................ 204 
Qual prazo prescricional para se questionar preterição de nomeação 
de candidato em concurso público? Esse prazo começa a contar a 
partir de quando? .................................................................................. 206 
É possível a manutenção de quiosques e trailers instalados sobre 
calçadas caso não haja regular aprovação estatal? Por quê? As 
calçadas são bens públicos de que espécie? .................................... 207 
As normas previstas na Lei de Relicitação para a prorrogação 
antecipada dos contratos de concessão são compatíveis com os 
princípios constitucionais? .................................................................. 208 
É possível aplicar a Teoria do Fato Consumado na hipótese de um 
Servidor que entrou no cargo por força de decisão judicial em 1999 e 
teve a decisão modificada em 2020? Por quê? .................................. 209 
É cabível Mandado de Injunção para pleitear regulamentação do 
direito militar de ascensão funcional do quadro especial do Exército 
Brasileiro? Por quê? A competência para essa regulamentação é do 
Comandante do Exército? Por quê? ................................................... 210 
Na portaria de instauração de PAD, exige-se uma exposição 
detalhada dos fatos a serem apurados? Por quê? ............................ 211 
É constitucional lei estadual que obriga participação de representante 
da seccional da OAB em órgão colegiado da Administração Pública 
Estadual? ............................................................................................... 212 
Qual o prazo prescricional da Ação de Desapropriação Indireta? Há 
exceção? ................................................................................................ 213 
O que se entende por “Usucapião de Inconstitucionalidade”? É 
possível que a Administração Público anule Anistia Política quando 
ficar comprovada a ausência de perseguição política, caso já tenha 
ultrapassado o período do prazo decadencial de 05 anos para 
anulação? Por quê? .............................................................................. 215 
2019 ............................................................................................................... 218 
A edição de leis ambientais que restringem o uso de propriedade 
caracteriza-se como Desapropriação Indireta? Por quê? ................. 218 
É constitucional o pagamento de subsídio mensal e vitalício a ex-
Vereadores? É constitucional o pagamento de pensão por morte aos 
dependentes dos ex-ocupantes do cargo de Vereador? Por quê? .. 219 
ANVISA pode exigir que o fabricante de produto alimentício destaque 
no rótulo que há uma variação de 20% dos valores nutricionais? Por 
quê?........................................................................................................ 221 
Na hipótese de inconstitucionalidade de uma Lei que transformava 
servidores de vínculo precário em estatutários, qual a consequência 
jurídica? Esses servidores cujos contratos foram declarados nulos 
vão receber alguma verba? Em caso positivo, quais e por quê? ..... 222 
 
2022 
 
É admissível, aos servidores públicos, a conversão do tempo de serviço 
especial em comum para fins de contagem recíproca? Houve alguma EC 
dispondo sobre o assunto recentemente? 
 
Até a edição da EC 103/2019, é admissível, aos servidores públicos, a 
conversão do tempo de serviço especial em comum objetivando a 
contagem recíproca de tempo de serviço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- Até a edição da EC 103/2019, o direito à conversão, em tempo comum, do 
prestado sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade 
física de servidor público era possível. Isso decorria da previsão contida na 
CF/88 no sentido de que deveriam ser adotados requisitos e critérios 
O STF, ao julgar o Tema 942, assim decidiu: 
Até a edição da Emenda Constitucional nº 103/2019, o direito à conversão, 
em tempo comum, do prestado sob condições especiais que prejudiquem a 
saúde ou a integridade física de servidor público decorre da previsão de 
adoção de requisitos e critérios diferenciados para a jubilação daquele 
enquadrado na hipótese prevista no então vigente inciso III do § 4º do art. 40 
da Constituição da República, devendo ser aplicadas as normas do regime 
geral de previdência social relativas à aposentadoria especial contidas na Lei 
nº 8.213/91 para viabilizar sua concretização enquanto não sobrevier lei 
complementar disciplinadora da matéria 
(STF. Plenário. RE 1014286, Rel. Luiz Fux, Relator p/ Acórdão Edson 
Fachin, julgado em 31/08/2020. Repercussão Geral – Tema 942). 
Antes do julgado do STF acima mencionado, o STJ possuía entendimento 
em sentido diverso (EREsp 524.267/PB, Rel. Min. Jorge Mussi, DJe 
24/3/2014). 
Com a tese fixada no Tema 942, o STJ teve que se alinhar à posição do STF 
e, em juízo de retratação, decidiu que: 
Até a edição da EC 103/2019, é admissível, aos servidores públicos, a 
conversão do tempo de serviço especial em comum objetivando a contagem 
recíproca de tempo de serviço. 
STJ. 2ª Turma. REsp 1592380-SC, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado 
em 08/02/2022 (Info 724). 
diferenciados para a jubilação (aposentadoria) da pessoa enquadrada na 
hipótese prevista no inciso III do § 4º do art. 40 da CF/88. 
- Logo, deveriam ser aplicadas as normas da aposentadoria especial do regime 
geral, previstas na Lei nº 8.213/91 enquanto não houvesse lei complementar 
disciplinando a matéria. 
- Todavia, APÓS a edição da EC 103/2019, passou a ser necessária Lei 
Complementar por parte do ente federado para que ocorra essa contagem 
diferenciada. 
Antes da EC 103/2019 Depois da EC 103/2019 
Art. 40 (...) 
 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos 
e critérios diferenciados para a 
concessão de aposentadoria aos 
abrangidos pelo regime de que trata 
este artigo, ressalvados, nos termos 
definidos em leis complementares, os 
casos de servidores: 
 
I - portadores de deficiência;II - que exerçam atividades de risco; 
 
III - cujas atividades sejam exercidas 
sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade 
física. 
Art. 40 (...) 
 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos 
ou critérios diferenciados para 
concessão de benefícios em regime 
próprio de previdência social, 
ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-
B, 4º-C e 5º. 
Não havia § 4º-C. 
 
Art. 40 (...) 
 
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos 
por lei complementar do respectivo 
ente federativo idade e tempo de 
contribuição diferenciados para 
aposentadoria de servidores cujas 
atividades sejam exercidas com 
efetiva exposição a agentes químicos, 
físicos e biológicos prejudiciais à 
saúde, ou associação desses 
agentes, vedada a caracterização por 
categoria profissional ou ocupação. 
 
2021 
É possível cobrar um valor da concessionária de serviço público pelo fato de 
ela estar utilizando faixas de domínio de uma rodovia? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- A concessionária de rodovia pode cobrar de concessionária de energia 
elétrica pelo uso de faixa de domínio de rodovia para a instalação de postes e 
passagem de cabos aéreos efetivada com o intuito de ampliar a rede de 
energia, na hipótese em que o contrato de concessão da rodovia preveja a 
possibilidade de obtenção de receita alternativa decorrente de atividades 
vinculadas à exploração de faixas marginais. 
O art. 11 da Lei nº 8.987/95 (Lei das concessões e permissões) prescreve o 
seguinte: 
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço 
público, poderá o poder concedente prever, em favor da 
concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de 
outras fontes provenientes de receitas alternativas, 
complementares, acessórias ou de projetos associados, 
com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a 
modicidade das tarifas, observado o disposto no art. 17 
desta Lei. 
As concessionárias de serviço público podem efetuar a cobrança pela 
utilização de faixas de domínio de rodovia, mesmo em face de outra 
concessionária, desde que haja previsão editalícia e contratual. 
STJ. 1ª Turma. REsp 1677414-SP, Rel. Min. Regina Helena Costa, 
julgado em 14/12/2021 (Info 722). 
É possível cobrar um valor da concessionária de serviço público pelo fato de 
ela estar utilizando faixas de domínio de uma rodovia? 
• Se essa cobrança é feita diretamente pelo ente público: NÃO. 
STF. Plenário. RE 581947, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 27/05/2010 
(Repercussão Geral – Tema 261). 
• Se essa cobrança é feita por outra concessionária de serviço público: 
SIM, desde que haja previsão no edital e no contrato de concessão. 
STJ. 1ª Seção. EREsp 985695-RJ, Rel. Min. Humberto Martins, julgado 
em 26/11/2014 (Info 554). 
- Assim, o entendimento fixado no Recurso Extraordinário 581.947/RO (Tema 
261/STF), segundo o qual os entes da federação não podem cobrar 
retribuição pecuniária pela utilização de vias públicas, inclusive solo, 
subsolo e espaço aéreo, para a instalação de equipamentos destinados à 
prestação de serviço público, não impede que concessionárias de rodovias 
realizem tal exigência pela utilização das faixas de domínio, nos termos do art. 
11 da Lei nº 8.987/95, desde que tal exação seja autorizada pelo poder 
concedente e esteja expressamente prevista no contrato de concessão, 
porquanto não houve discussão sobre esta hipótese. Trata-se, portanto, de um 
distinguishing. 
 
 
 
Há direito adquirido a incidência de correção monetária nas contas 
vinculadas ao FGTS pelo IPC de fevereiro/1991 (relativo ao Plano Collor 
II)? 
 
Não há direito adquirido a incidência de correção monetária nas contas 
vinculadas ao FGTS pelo IPC de fevereiro/1991 (relativo ao Plano Collor II) 
 
 
 
 
 
Observações: 
- Súmula 514-STJ: A CEF é responsável pelo fornecimento dos extratos das 
contas individualizadas vinculadas ao FGTS dos trabalhadores participantes do 
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, inclusive para fins de exibição em 
juízo, independentemente do período em discussão. 
De quem é a competência para julgar as ações envolvendo FGTS? 
Depende: 
Se a ação for proposta pelo trabalhador contra o empregador envolvendo 
descumprimento na aplicação da Lei n.° 8.036/90, a competência será da 
Justiça do Trabalho; 
É da competência da Justiça Estadual autorizar o levantamento dos valores 
relativos ao PIS/PASEP e FGTS, em decorrência do falecimento do titular da 
conta (Súmula 161-STJ); 
- Se a ação for proposta pelo trabalhador contra a CEF em sua atuação como 
agente operadora dos recursos do FGTS, a competência será da Justiça 
Federal considerando que a CEF é uma empresa pública federal (art. 109, I, da 
CF/88). 
Súmula 82-STJ: Compete à Justiça Federal, excluídas as 
reclamações trabalhistas, processar e julgar os feitos 
relativos à movimentação do FGTS. 
- Súmula 249-STJ: A Caixa Econômica Federal tem legitimidade passiva para 
integrar processo em que se discute correção monetária do FGTS. 
 
Inexiste direito adquirido à diferença de correção monetária dos saldos das 
contas vinculadas ao FGTS referente ao Plano Collor II (fevereiro de 1991), 
conforme entendimento firmado no RE 226.855, o qual não foi superado pelo 
julgamento do RE 611.503 (Tema 360). 
STF. Plenário. ARE 1288550/PR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado 
em 13/12/2021 (Repercussão Geral – Tema 1112) (Info 1041). 
Não há direito adquirido a incidência de correção monetária nas contas 
vinculadas ao FGTS pelo IPC de fevereiro/1991 (relativo ao Plano Collor 
II). 
STF. Plenário. ARE 1288550/PR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado 
em 13/12/2021 (Repercussão Geral – Tema 1112) (Info 1041). 
 O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tem natureza estatutária 
por decorrer da lei e por ela deve ser disciplinado. Assim, não se confunde com 
as cadernetas de poupança, que têm natureza contratual. 
Além disso, a jurisprudência pacífica do STF é no sentido de que não há direito 
adquirido a regime jurídico, razão pela qual a correção das contas do FGTS no 
mês de fevereiro de 1991 deve ser feita com base na MP 294/1991 (convertida 
na Lei 8.177/1991), vigente naquela data e que alterou o critério de atualização 
de BTN para TR. 
 
 
Caso o indivíduo tenha sido condenado administrativamente pela CVM pela 
prática de insider trading e, após recurso, a decisão tenha sido mantida pelo 
CRSFN, eventual Ação Anulatória será proposta contra quem? Por quê? 
 
Indivíduo foi condenado administrativamente pela CVM pela prática de 
insider trading; recorreu e a decisão foi mantida pelo CRSFN; eventual 
ação contra essa punição deve ser proposta conta o CRSFN (e não contra 
a CVM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) constitui 
órgão colegiado que julga em última instância recursos contra decisões da 
CVM. 
Quando a decisão administrativa sancionadora é submetida a recurso 
administrativo e substituída por acórdão do CRSFN, o órgão que aplicou 
originariamente a sanção (ex: CVM, BACEN etc.) não detém legitimidade 
para figurar no polo passivo de ação judicial anulatória. Em outras 
palavras, diante desse efeito substitutivo ocorrido no processo administrativo 
no âmbito da União (órgão da Administração Direta), a CVM (autarquia, órgão 
da Administração Indireta) não possui legitimidade para figurar no polo 
passivo da ação que visa questionar a sanção administrativa. 
A Comissão de Valores Mobiliários não possui legitimidade para figurar 
no polo passivo de ação que visa questionar sanção imposta pelo 
cometimento de crime de uso indevido de informação privilegiada 
(insider trading). 
STJ. 2ª Turma. AREsp 1614577-SP, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado 
em 07/12/2021 (Info 721) 
Servidor público reintegrado faz jus ao recebimento das parcelas 
remuneratórias referentes ao auxílio-transporte e ao adicional de 
insalubridade pelo período em que esteve indevidamenteafastado do 
cargo público? Por quê? 
 
O servidor público reintegrado não faz jus ao recebimento das parcelas 
remuneratórias referentes ao auxílio-transporte e ao adicional de 
insalubridade pelo período em que esteve indevidamente afastado do 
cargo público 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- O direito às férias indenizadas e ao auxílio-alimentação tem como fato 
gerador o exercício efetivo do cargo público pelo servidor. 
- A despeito disso, o STJ entende que, anulada a demissão do servidor, sua 
reintegração ao respectivo cargo público deverá lhe assegurar, em princípio, 
todos os efeitos funcionais e financeiros, como se em efetivo exercício 
estivesse. 
- Para o STJ, determinadas rubricas pecuniárias, mesmo em caso de 
reintegração ao cargo, não poderão ser pagas ao servidor reintegrado 
mesmo que se considere o exercício ficto das funções do cargo público. Isso 
porque determinadas verbas só podem ser pagas se houver o preenchimento 
de requisitos específicos, como ocorre com o auxílio-transporte e o adicional de 
insalubridade. 
 
Servidor público que havia sido demitido e que foi reintegrado, terá direito ao 
recebimento retroativo dos vencimentos, férias indenizadas e auxílio-
alimentação. Por outro lado, não terá direito ao retroativo de auxílio-
transporte e adicional de insalubridade. 
STJ. 1ª Turma. REsp 1941987-PR, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 
07/12/2021 (Info 722). 
É constitucional a vinculação de reajuste de vencimentos de servidores 
públicos estaduais ou municipais ao INPC? Por quê? 
 
É inconstitucional a vinculação de reajuste de vencimentos de servidores 
públicos estaduais ou municipais a índices federais de correção 
monetária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso concreto: a Lei estadual nº 8.278/2004, do Mato Grosso, previu que um 
dos requisitos para que haja a revisão anual dos servidores públicos 
estaduais é a constatação de que houve perdas salariais resultantes de 
desvalorização do poder aquisitivo da moeda, medida pelo Índice Nacional 
de Preços ao Consumidor (INPC), índice de inflação calculado pelo IBGE 
(fundação federal). 
Para o STF, essa previsão é inconstitucional por violar a autonomia dos 
entes federados e o art. 37, XIII, da CF/88. 
Esse tema está pacificado pelo STF na SV 42: É inconstitucional a 
vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou 
municipais a índices federais de correção monetária. 
STF. Plenário. ADI 5584/MT, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 
3/12/2021 (Info 1040). 
É possível que os Estados, DF e Municípios instituam subtetos diferentes da 
União? 
 
A EC 41/2003 alterou o inciso XI do art. 37 e permitiu que os Estados, DF e 
Municípios instituíssem subtetos diferentes da União; essa previsão não 
viola o princípio da isonomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- Vale ressaltar que quem define se o Estado-membro adotará subtetos 
diferentes ou único é a Constituição estadual. 
 
 
A CF/88 prevê, em seu art. 37, XI, o chamado “teto remuneratório”, ou seja, o 
valor máximo que os agentes públicos podem receber no país. 
A EC nº 41/2003 alterou a redação desse inciso XI e permitiu que os Estados, 
DF e Municípios instituíssem subtetos estaduais e municipais, diferentes do 
teto da União. 
A instituição de subtetos remuneratórios com previsão de limites distintos para 
as entidades políticas, bem como para os Poderes, no âmbito dos Estados e 
do Distrito Federal não ofende o princípio da isonomia. 
A isonomia, em seu sentido material, significa tratar igualmente os iguais e 
desigualmente os desiguais. A autorização para a instituição de tetos 
diferenciados para União, Estados, Distrito Federal e Municípios tem por 
objetivo permitir que os entes federativos limitem a remuneração do serviço 
público com base em suas respectivas realidades financeiras. 
Existem singularidades materiais e funcionais nos diversos estratos do poder 
público, de modo que é legítima a instituição de tetos de remuneração 
particularizados a cada situação peculiar. 
Essa permissão, na verdade, prestigia a autonomia dos entes federados e a 
separação de poderes na medida em que poderão solucionar – conforme a 
peculiaridade de cada um – os limites máximos de remuneração do seu 
pessoal. 
STF. Plenário. ADI 3855/DF e ADI 3872/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, 
julgados em 26/11/2021 (Info 1039). 
É possível que norma de edital impeça a participação de candidato em 
processo seletivo simplificativo caso esse candidato anteriormente tenha tido 
seu contrato com a Administração rescindido por conveniência 
administrativa? Por quê? 
 
A norma de edital que impede a participação de candidato em processo 
seletivo simplificado em razão de anterior rescisão de contrato por 
conveniência administrativa fere o princípio da razoabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso concreto: em 2012, após processo seletivo, João foi contratado como 
servidor temporário (art. 37, IX, da CF/88) para prestar serviços como inspetor 
penitenciário. Em 2014, foi exonerado por “conveniência administrativa”, não 
tendo recebido, contudo, qualquer punição durante o tempo em que exerceu 
suas funções. Em 2019, o Estado instaurou processo seletivo simplificado 
para novamente contratar servidores temporários para exercerem as funções 
de inspetor penitenciário. João se inscreveu e foi aprovado. A despeito disso, 
não pode ser contratado por conta da vedação constante no item 11.8 do 
edital, que dizia o seguinte: “11.8. O candidato que houver sido contratado ou 
nomeado anteriormente pela SEJUS e que tiver sido exonerado, ou tiver tido 
o contrato rescindido por conveniência administrativa e/ou ato motivado pela 
Corregedoria e/ou por determinação judicial, será automaticamente eliminado 
do processo seletivo.” 
Impedir que o candidato participe do processo seletivo simplificado porque, há 
alguns anos, seu contrato foi rescindido por conveniência administrativa, 
equivale a impedir, hoje, a sua participação na seleção por mera conveniência 
administrativa, o que viola o princípio da isonomia e da impessoalidade. 
STJ. 2ª Turma. RMS 67040-ES, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 
23/11/2021 (Info 719). 
Indivíduo titular de serventia não estatizada, mas que recebe remuneração 
dos cofres públicos, está sujeito à aposentadoria compulsória ou não? Por 
quê? 
 
Se o indivíduo, apesar de ser titular de serventia não estatizada, receber 
remuneração dos cofres públicos, ele estará sujeito à aposentadoria 
compulsória 
 
 
 
 
 
 
 
 
] 
Fundamentos: 
- A aposentadoria compulsória se aplica aos titulares de serventias 
JUDICIAIS? 
Depende: 
1) Se for titular de uma serventia judicial oficializada: SIM. Isso porque, 
neste caso, ele ocupa cargo ou função pública e é remunerado exclusivamente 
pelos cofres públicos; 
2) Se for titular de uma serventia judicial não estatizada: 
2.1) Se for ocupante de cargo público efetivo e receber remuneração 
proveniente dos cofres públicos: SIM. Aplica-se a aposentadoria 
compulsória porque, mesmo trabalhando em uma serventia não estatizada, ele 
é servidor público. 
2.2) Se não for ocupante de cargo público, não recebendo remuneração 
proveniente dos cofres públicos: NÃO. Não sendo ele servidor público, 
não se aplica o art. 40 da CF/88. 
 
O STF, ao julgar o RE 647827/PR (Tema 571) fixou a seguinte tese: 
Não se aplica a aposentadoria compulsória prevista no art. 40, § 1º, II, 
da CF aos titulares de serventias judiciais não estatizadas, desde que 
não sejam ocupantes de cargo público efetivo e não recebam 
remuneração proveniente dos cofres públicos. 
No caso concreto, o STJ reconheceu que o impetrante estava sujeito à 
aposentadoria compulsória porque ele se enquadrava na parte final da tese 
acima exposta. Apesar de o indivíduo ser titular de serventia não estatizada, 
ele recebia remuneração dos cofres públicos. Desse modo, estava sujeito àaposentadoria compulsória aos 75 anos. 
STJ. 2ª Turma. RMS 57258-GO, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 
16/11/2021 (Info 718). 
 
É possível que lei estipule prazo para que o chefe do Poder Executivo faça a 
sua regulamentação? Por quê? 
 
A Lei não pode estipular um prazo para que o chefe do Poder Executivo 
faça a sua regulamentação 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- Compete, com exclusividade, ao chefe do Poder Executivo examinar a 
conveniência e a oportunidade para desempenho das atividades legislativas e 
regulamentares que lhe são inerentes. 
- Assim, qualquer norma que imponha prazo certo para a prática de tais atos 
configura indevida interferência do Poder Legislativo em atividade própria do 
Poder Executivo e caracteriza intervenção na condução superior da 
Administração Pública. 
- Desse modo, o STF entendeu que houve violação dos arts. 2º e 84, II, da 
CF/88: 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da 
República: 
(...) 
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a 
direção superior da administração federal; 
 
Ofende os arts. 2º e 84, II, da Constituição Federal norma de legislação 
estadual que estabelece prazo para o chefe do Poder Executivo apresentar 
a regulamentação de disposições legais. 
Exemplo: Art. 9º O Chefe do Poder Executivo regulamentará a matéria no 
âmbito da Administração Pública Estadual no prazo de 90 dias. 
Essa previsão é inconstitucional. 
STF. Plenário. ADI 4728/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 
12/11/2021 (Info 1037). 
 
 
É possível o "Exercício Provisório" de que trata o §2º do art. 84 da Lei nº 
8.112/90 nas unidades administrativas do Ministério das Relações 
Exteriores (ME) no exterior? 
 
É inconstitucional a vedação ao exercício provisório, de que trata o § 2º 
do art. 84 da Lei 8.112/90, nas unidades administrativas do Ministério das 
Relações Exteriores (MRE) no exterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O § 2º do art. 84 da Lei nº 8.112/90 afirma que, se o servidor público federal 
for transferido para local diverso de onde ele morava, o seu 
cônjuge/companheiro – que também for servidor público – ficará de licença 
de seu órgão de origem e poderá exercer provisoriamente atividade 
compatível com seu cargo em órgão ou entidade da Administração Federal 
no local para onde se mudou. Trata-se do chamado exercício provisório. 
O art. 69 da Lei nº 11.440/2006 proibiu, nas unidades administrativas do 
Ministério das Relações Exteriores no exterior, o exercício provisório. 
Assim, o servidor público cônjuge de diplomata, oficial ou assistente de 
chancelaria não poderia ter direito à licença remunerada do § 2º do art. 
84 da Lei nº 8.112/90. 
O STF decidiu que essa vedação do art. 69 da Lei nº 11.440/2006 é 
inconstitucional porque: 
• confere tratamento anti-isonômico injustificável; 
• viola a especial proteção constitucional da família; 
• a possibilidade de exercício provisório também gera benefícios para a 
Administração Pública. 
STF. Plenário. ADI 5355/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 10 e 
11/11/2021 (Info 1038). 
É possível valorar negativamente os antecedentes em sanção disciplinar na 
hipótese de o servidor ser veterano e com larga experiência? Por quê? 
 
É necessária condenação anterior na ficha funcional do servidor ou, no 
mínimo, anotação de fato que o desabone, para que seus antecedentes 
sejam valorados como negativos na dosimetria da sanção disciplinar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- Não é suficiente para valorar como antecedente negativo o fato de o 
servidor ser veterano e com larga experiência, sendo necessário constar na 
ficha funcional do impetrante alguma condenação anterior, ou, no mínimo, 
alguma anotação de fato que desabonasse seu histórico funcional, o que não 
era o caso. 
Caso concreto: na decisão do processo administrativo instaurado contra o 
servidor, a administração pública aplicou contra ele a pena de suspensão 
pelo prazo máximo (90 dias) sob o argumento de que os seus 
“antecedentes funcionais” deveriam ser qualificados como negativos já que 
se trata de “servidor veterano, com larga experiência” e, portanto, deveria 
ter conduzido com mais zelo e cuidado a tarefa que estava sob sua 
responsabilidade. 
Invocou o art. 128 da Lei nº 8.112/90: “Na aplicação das penalidades serão 
considerados (...) a os antecedentes funcionais.” 
Ocorre que isso não pode ser considerado como “antecedentes funcionais” 
negativos. 
A Administração só poderia considerar como desfavorável o fato de o 
servidor ter sido tão imprudente, mesmo tendo larga experiência, se a 
legislação autorizasse o exame da culpabilidade do agente, tal como o art. 
59 do CO permite. No entanto, a Lei nº 8.112/90 só admite considerar, na 
“dosimetria” da sanção disciplinar, os antecedentes funcionais, que 
ostentam concepção técnica própria. Nesse passo, para que os 
antecedentes funcionais do servidor fossem considerados negativos, 
deveria constar na ficha funcional do impetrante alguma condenação 
anterior, ou, no mínimo, alguma anotação de fato que desabonasse seu 
histórico funcional, o que não era o caso. 
STJ. 1ª Seção. MS 22606-DF, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 
10/11/2021 (Info 718). 
 
Autoridade administrativa pode decretar perda da função pública a 
servidor público em razão de ato de improbidade administrativa? Exige-se 
prévia condenação por autoridade judicial? 
 
Não há óbice para que a autoridade administrativa apure a falta disciplinar 
do servidor público independentemente da apuração do fato no bojo da 
ação por improbidade administrativa (Súmula 651-STJ) 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- A pena de demissão não é exclusividade do Poder Judiciário, sendo 
dever da Administração apurar e, eventualmente, punir os servidores que 
vierem a cometer ilícitos de natureza disciplinar. 
- Além disso, vigora o princípio da independência das instâncias, conforme 
expressamente prevê o caput do art. 12 da Lei nº 8.429/90 (Lei de Improbidade 
Administrativa), com a redação dada pela Lei nº 14.230/21: 
 
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do 
dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais 
comuns e de responsabilidade, civis e administrativas 
previstas na legislação específica, está o responsável 
pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, 
que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de 
acordo com a gravidade do fato: 
 
 
 
 
Súmula 651-STJ: Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor 
público a pena de demissão em razão da prática de improbidade 
administrativa, independentemente de prévia condenação, por 
autoridade judicial, à perda da função pública. 
STJ. 1ª Seção. Aprovada em 21/10/2021. 
Caso a empresa proprietária de veículo tenha sido notificada pela infração 
de trânsito e não tenha informado o nome do condutor do veículo, exige-se 
nova notificação da empresa em relação à multa a ser aplicada em razão do 
não fornecimento do nome do condutor? Por quê? 
 
Depois de notificada sobre a infração de trânsito, a empresa proprietária 
do veículo deverá informar o nome do condutor; se não informar, 
receberá nova multa; a empresa deverá ser novamente notificada sobre 
essa segunda infração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- Verifica-se que as duas violações são autônomas em relação à necessidade 
de notificação da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração, 
devendo ser concedido o devido prazo para defesa em cada caso. 
- Tratando-se de situações distintas, geradoras de infrações distintas, o direito 
de defesa a ser exercido em cada uma será implementado de forma 
igualmente distinta. Ou seja, as teses de defesa não serão as mesmas, daí a 
razão para que se estabeleça uma relação processual diferenciada, para cada 
situação.- Dessa forma, em se tratando de multa aplicada à pessoa jurídica proprietária 
de veículo, fundamentada na ausência de indicação do condutor infrator, é 
obrigatório observar a dupla notificação: 
Em se tratando de multa aplicada às pessoas jurídicas proprietárias de 
veículo, fundamentada na ausência de indicação do condutor infrator, é 
obrigatório observar a dupla notificação: a primeira que se refere à autuação 
da infração e a segunda sobre a aplicação da penalidade, conforme 
estabelecido nos arts. 280, 281 e 282 do Código de Trânsito Brasileiro. 
O CTB exige que o proprietário do veículo informe, no prazo de 30 dias, o 
nome do condutor a fim de que possa ser registrado contra ele a pontuação 
pela infração de trânsito cometida (art. 257, § 7º). 
Se o proprietário do veículo é uma pessoa jurídica e ela não informa ao 
órgão de trânsito o nome do condutor, o CTB prevê a aplicação de nova 
multa (art. 257, § 8º). 
A empresa já foi notificada sobre a primeira infração de trânsito cometida. 
Mesmo assim, ela deverá ser novamente notificada sobre essa nova multa 
prevista no § 8º do art. 257. 
STJ. 1ª Seção. REsp 1925456-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado 
em 21/10/2021 (Recurso Repetitivo – Tema 1097) (Info 715). 
a) a primeira que se refere à autuação da infração; e 
b) a segunda relativa à aplicação da penalidade (arts. 280, 281 e 282, todos do 
CTB). 
 
É viável o prosseguimento de ação de improbidade administrativa 
exclusivamente contra particular quando há pretensão de responsabilizar 
agentes públicos pelos mesmos fatos em outra demanda conexa? 
 
É viável o prosseguimento de ação de improbidade administrativa 
exclusivamente contra particular quando há pretensão de responsabilizar 
agentes públicos pelos mesmos fatos em outra demanda conexa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- (...) 1. Esta Corte Superior tem o firme entendimento segundo o qual se 
mostra inviável o manejo da ação civil de improbidade exclusivamente e 
apenas contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no 
polo passivo da demanda. 
O STJ possui o entendimento pacífico no sentido que é inviável o manejo da 
ação de improbidade exclusivamente contra o particular, sem a 
concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda. 
Essa posição continua a mesma e não mudou. 
Caso adaptado: o DNIT contratou uma empresa para que ela fizesse a 
supervisão da construção de uma rodovia federal. Ocorre que, em tese, 
foram praticados atos de improbidade administrativa na execução desse 
contrato. Diante disso, foram propostas duas ações de improbidade 
administrativa: 1ª) Ação de improbidade proposta pelo DNIT contra João e 
Pedro, os agentes públicos envolvidos no contrato. 2ª) Ação de improbidade 
proposta pelo MPF contra João e Pedro (os agentes públicos) e também 
contra Marcelo (o particular envolvido no ato). 
O juiz, ao analisar a ação proposta pelo MPF, recebeu a demanda apenas 
contra Marcelo (o particular) e rejeitou a ação contra João e Pedro (os 
agentes públicos) sob o argumento de que eles já respondem a demanda 
anteriormente ajuizada pelo DNIT, sendo os processos conexos. 
Diante dessa decisão, Marcelo interpôs agravo de instrumento e o TRF deu 
provimento ao recurso e extinguiu a ação proposta pelo MPF sob o 
argumento de que não cabe ação de improbidade administrativa tramitando 
unicamente contra particular. 
Esse argumento não deve prevalecer. Isso porque os agentes públicos já 
respondem em outra demanda conexa. 
STJ. 1ª Turma. AREsp 1402806-TO, Rel. Min. Manoel Erhardt 
(Desembargador convocado do TRF da 5ª Região), julgado em 
19/10/2021 (Info 714). 
 
2. Na espécie, ficou represado na espécie que há duas ações civis públicas 
nas quais são compartilhados os elementos probatórios. Uma ajuizada contra 
os Policiais Rodoviários Federais e outra contra os Particulares. Embora não se 
trate da melhor técnica processual, referida providência não está a evidenciar 
que se trata de conduta que tenha sido alegadamente praticada sem o 
concurso de Agentes Públicos, tratando-se de opção de organização 
judiciária; repita-se, embora não evidencie a mais rígida providência 
procedimental, a prática de separar as ações não chega a tornar 
impossível a tramitação do feito, pois há Agente Público no polo passivo da 
questão tratada (operação Carro Forte), nem o nulifica, porque as exigências 
de defesa foram observadas. (...) 
 
STJ. 1ª Turma. AgInt nos EDcl no AREsp 817.063/PR, Rel. Min. Napoleão 
Nunes Maia Filho, julgado em 21/09/2020. 
Quais são os requisitos para que o candidato não seja nomeado, mesmo 
passando dentro do número de vagas? É suficiente a invocação do estado 
de pandemia da COVID-19 para recusar à nomeação de aprovados dentro 
do número de vagas em concurso público? Por quê? 
 
Pandemia, crise econômica e limite prudencial atingido para despesas 
com pessoal não são motivos suficientes para se deixar de nomear o 
candidato aprovado dentro do número de vagas do concurso público 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- Para justificar o excepcionalíssimo não cumprimento do dever de nomeação 
por parte da Administração Pública, é necessário que a situação justificadora 
seja dotada das seguintes características: 
a) Superveniência: os eventuais fatos ensejadores de uma situação 
excepcional devem ser necessariamente posteriores à publicação do edital do 
certame público; 
b) Imprevisibilidade: a situação deve ser determinada por circunstâncias 
extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do edital; 
c) Gravidade: os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser 
extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou 
mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; 
d) Necessidade: a solução drástica e excepcional de não cumprimento do 
dever de nomeação deve ser extremamente necessária, de forma que a 
Administração somente pode adotar tal medida quando absolutamente não 
existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação excepcional 
e imprevisível. 
Para a recusa à nomeação de aprovados dentro do número de vagas em 
concurso público devem ficar comprovadas as situações excepcionais 
elencadas pelo Supremo Tribunal Federal no RE 598.099/MS, não sendo 
suficiente a alegação de estado das coisas - pandemia, crise 
econômica, limite prudencial atingido para despesas com pessoal -, 
tampouco o alerta da Corte de Contas acerca do chamado limite 
prudencial. 
A recusa à nomeação dos candidatos aprovados dentro do número de vagas 
deve ser a última das alternativas, somente sendo adotada quando 
realmente já não houver outra saída para a Administração Pública. 
STJ. 1ª Turma. RMS 66316-SP, Rel. Min. Manoel Erhardt 
(Desembargador convocado do TRF da 5ª Região), julgado em 
19/10/2021 (Info 715). 
De toda forma, a recusa de nomear candidato aprovado dentro do número de 
vagas deve ser devidamente motivada e, dessa forma, passível de controle 
pelo Poder Judiciário. 
STF. Plenário. RE 598099, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 
10/08/2011. 
- No caso concreto em que o gestor alegou a pandemia da COVID para recusar 
a nomeação de candidato aprovado dentro do número de vagas, o STF 
entendeu que não ficou verificada a existência dos reais elementos 
orçamentários que venham a embasar o não chamamento dos candidatos 
aprovados dentro do número de vagas, não sendo suficiente a mera 
invocação da Pandemia, crise econômica e limite prudencial. 
- Antes de a Administração Pública deflagrar um concurso público, ela deve 
realizar um estudo do impacto orçamentário decorrente dessas novas 
contratações. Para o STJ, se o administrador oferece vagas de concurso, sem 
que haja segurança orçamentária “se está diante de ato de gestor público que 
pode até mesmo ser elencado como ilícito administrativo”. 
- No caso concreto, os argumentos expostos pelaautoridade impetrada não se 
amoldam às situações excepcionalíssimas anotadas pelo STF, justificadoras do 
afastamento das nomeações. 
 
 
O professor do ensino básico técnico e tecnológico aposentado antes da Lei 
12.772/2012, mas cujo certificado ou título foi obtido antes da inativação, 
tem direito ao Reconhecimento de Saberes e Competência (RSC), para fins 
de cálculo da Retribuição por Titulação – RT? Por quê? 
 
O professor do ensino básico técnico e tecnológico aposentado antes da 
Lei 12.772/2012, mas cujo certificado ou título foi obtido antes da 
inativação, tem direito ao Reconhecimento de Saberes e Competência 
(RSC), para fins de cálculo da Retribuição por Titulação - RT 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- Para ter o direito ao Reconhecimento de Saberes e Competência (RSC), o 
professor deveria apresentar um certificado comprovando a titulação (ex: 
certificado de pós-graduação; mestrado; etc). 
- Os professores que tinham esse certificado que enseja o direito ao RSC 
ganhavam um acréscimo na verba devida a título de Retribuição por Titulação 
– RT. 
- Esse sistema do Reconhecimento de Saberes e Competência (RSC) surgiu 
com a Lei nº 12.772/2021, tendo a parte demandante se aposentado antes da 
entrada em vigor dessa lei. Por tal razão, a universidade onde ela trabalhava 
(UFRPE) não tinha concedido esse acréscimo. 
- Entretanto, o STJ entendeu que o professor do ensino básico técnico e 
tecnológico aposentado anteriormente à vigência da Lei nº 12.772/2012, mas 
cujo certificado ou título foi obtido antes da inativação, tem direito ao 
Reconhecimento de Saberes e Competência (RSC), para fins de cálculo da 
Retribuição por Titulação - RT. 
- Destaca-se que as características da concessão da RSC tornam evidente que 
a vantagem correspondente ao reconhecimento da RSC não é uma 
retribuição por produtividade alcançada durante o exercício da função, ou 
seja, não corresponde a uma gratificação propter laborem. Seu 
nascedouro é, na verdade, uma avaliação da situação acadêmica do servidor. 
O professor do ensino básico técnico e tecnológico aposentado 
anteriormente à vigência da Lei nº 12.772/2012, mas cujo certificado ou título 
foi obtido antes da inativação, tem direito ao Reconhecimento de Saberes e 
Competência (RSC), para fins de cálculo da Retribuição por Titulação - RT. 
STJ. 2ª Turma. REsp 1914546-PE, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 
05/10/2021 (Info 713). 
- O RSC, como parcela que, somada a um título de graduação, pós-graduação 
ou mestrado, adianta o recebimento de uma RT, corresponde a uma verba 
paga de modo linear e genérico aos professores em atividade. Ou seja, não é 
devida em razão do exercício da função em condições especiais, alcançando a 
todos, sem exceção. 
- Assim, vai ser paga também aos inativos em razão da Paridade. 
 
 
Os Policiais Federais fazem jus a pagamentos de diárias dentro da 
circunscrição de seu exercício? 
 
Policiais Federais fazem jus a pagamento de diárias apenas no caso de 
deslocamentos que ultrapassem a circunscrição oficial da sua unidade de 
lotação, a título de indenização por despesas extraordinárias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- A Constituição Federal estabelece, no § 1º do art. 144, as atribuições da 
Polícia Federal: 
 
Art. 144 (...) 
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-
se a: 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em 
detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas 
O Departamento de Polícia Federal editou ato normativo afirmando que os 
policiais federais só teriam direito ao pagamento de “diária” se o 
deslocamento fosse para fora da circunscrição oficial de sua unidade de 
lotação. 
O Sindicato ajuizou ação questionando a legalidade desse ato normativo sob 
o argumento de que essa limitação (só pagar se a viagem for para fora da 
circunscrição do policial) violaria o art. 58 da Lei nº 8.112/90: “O servidor que, 
a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro 
ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias 
destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, 
alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento.” 
O STJ não concordou com a tese afirmando que quase todas as atividades 
dos membros da Polícia Federal envolvem a possibilidade de eles terem que 
se deslocar para além do espaço físico em que está localizada a sede de 
cada Departamento de Polícia. Logo, a situação dos Policiais Federais 
não se enquadraria no caput do art. 58, mas sim na hipótese excepcional 
do § 2º do mesmo artigo: “Nos casos em que o deslocamento da sede 
constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias”. 
STJ. 1ª Turma. REsp 1542852-PE, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 
28/09/2021 (Info 711). 
entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras 
infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou 
internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; 
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de 
outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; 
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de 
fronteiras; 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da 
União. 
- Pela leitura desse dispositivo constitucional, percebe-se que quase todas as 
atividades dos membros da Polícia Federal envolvem a possibilidade de eles 
terem que se deslocar para além do espaço físico em que está localizada a 
sede de cada Departamento de Polícia. 
- Para o STJ, a situação dos Policiais Federais não se enquadra no caput 
do art. 58, mas sim na hipótese excepcional do § 2º do mesmo artigo. Veja o 
que ele diz: 
Art. 58 (...) 
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir 
exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a 
diárias. 
 
 
A autoridade administrativa pode aplicar ao servidor pena diversa da 
demissão, ainda que caracterizadas as hipóteses previstas no art. 132 da Lei 
nº 8.112/90, aplicando-se o Princípio da Proporcionalidade? Por quê? 
 
Súmula 650-STJ 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- No art. 132 da Lei nº 8.112/90, a Lei prevê as infrações disciplinares que 
geram a demissão do servidor público. 
- No caso concreto, um PRF foi pego recebendo propina de R$ 200,00, de 
sorte que praticou Corrupção Passiva, passível de demissão, nos termos do 
art. 132, I e XI da Lei nº 8.112/90. 
- O PRF alegou violação ao princípio da proporcionalidade a pena de demissão 
aplicada, uma vez que a propina foi de apenas R$ 200,00. Entretanto, o STJ 
não aceitou essa tese. 
- Se a conduta praticada pelo servidor se enquadrar em um dos incisos do art. 
132 da Lei nº 8.112/90, a autoridade tem o dever de aplicar a pena de 
demissão, não havendo discricionaridade (“liberdade”) para que se 
comine sanção diversa. É ato plenamente vinculado, sendo o art. 132 da 
Lei 8.112/90 taxativo quanto à incidência da pena de demissão. 
Destaca-se que o mesmo entendimento vale para a pena de cassação de 
aposentadoria 
Se o servidor praticou conduta que se amolda às hipóteses de demissão (art. 
132 da Lei nº 8.112/90) e, no curso do processo administrativo, ele se 
aposenta, o administrador possui o dever de aplicar a pena de cassação de 
aposentadoria, nos termos do art. 127, IV c/c art. 134: 
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
(...) 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade 
Súmula 650-STJ: A autoridade administrativa não dispõe de 
discricionariedade para aplicar ao servidor pena diversa de demissão 
quando caracterizadas as hipóteses previstas no art. 132 da Lei nº 
8.112/90. 
 Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a 
disponibilidade do inativo

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