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EoliPass
 2 
MÓDULO 1 - FUNDAMENTOS DO SETOR EÓLICO ................................04
MÓDULO 2 - TURBINAS EÓLICAS ...........................................................39
MÓDULO 3 - DO ZERO A CONTRATAÇÃO NO SETOR EÓLICO .........128
 4 
 MÓDULO 1 - FUNDAMENTOS DO SETOR EÓLICO 
faelr
Sublinhado
 5 
 1. Geração da Energia Eólica
 1.1. Contexto Geral e Histórico
 Energia Eólica é o nome que se dá à energia elétrica gerada através da força dos 
 ventos. Uma vez que a sua produção utiliza um recurso natural inesgotável, a eólica 
 é considerada um tipo de energia renovável. 
 O conceito para o uso da energia eólica se refere a conversão da energia cinética 
 contida no vento em outra forma de energia, seja mecânica e/ou elétrica. 
 A energia eólica é gerada por meio de turbinas eólicas ou aerogeradores, que 
 convertem a energia cinética do vento em energia elétrica. Ou seja, esse 
 deslocamento de massa contém uma energia e a ideia da energia eólica é converter 
 e aproveitar essa energia que está contida nesse fluxo e transformar em energia 
 elétrica. 
 1.1.1. Primeiros Registros 
 Os primeiros registros da utilização de energia eólica são de 5.000 a.C., 
 aproximadamente. As primeiras formas de aproveitamento da energia dos ventos 
 foram por veleiros e em moinhos de vento. 
 6 
 1.1.2. Marcos da Energia eólica no mundo 
 ● ANTIGUIDADE: Surgimento das 1ªs turbinas eólicas. 
 ● SÉCULO 19: Evolução das tecnologias eólicas. 
 ● ANOS 70: Crise do Petróleo. 
 ● ANOS 80 e 90: Crescimento e expansão na Europa e nos EUA. 
 ● ANOS 2000: Crescimento em outras áreas do mundo, como Ásia, América 
 Latina e África, e início da expansão dos parques offshore. 
 1.1.3. Marcos da Energia Eólica no Brasil 
 ● ANOS 90: Início das pesquisas e estudos relacionados à energia renovável. 
 ● ANOS 2000: Instalação dos primeiros parques eólicos comerciais, 
 incentivados pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia 
 Elétrica (PROINFA). 
 7 
 ● ANOS 2010: Consolidação do Brasil como um dos principais mercados de 
 energia eólica do mundo. 
 ● ATUALIDADE: Conquista da 6ª posição entre os países que mais produzem 
 energia eólica no mundo. 
 1.1.4. Tamanho das turbinas 
 1.2. Geração Eólica na Prática 
 Para entender a energia eólica, é necessário conhecer os conceitos básicos: 
 Energia Cinética: É um tipo de energia que está relacionada com o movimento dos 
 corpos. O resultado da energia cinética está intrinsecamente ligado ao valor da 
 massa do objeto e a sua velocidade de movimento. 
 Energia mecânica : É a energia produzida pelo trabalho de um corpo que pode ser 
 transferida entre os corpos. 
 Então, o vento que chega até as pás em forma de energia cinética, é transformada 
 em energia mecânica e daí através do campo gerado pela sua rotação é gerada a 
 energia elétrica. 
 1.2.1. Princípio de funcionamento 
 8 
 1.3. Eólica no mundo 
 Matriz Energética: Muitas pessoas confundem a matriz energética com a matriz 
 elétrica, mas elas são diferentes. Pois, a matriz energética representa o conjunto de 
 fontes de energia utilizadas para movimentar os carros, e gerar eletricidade. 
 9 
 CAPACIDADE INSTALADA ATUAL: A energia eólica no mundo, tanto em terra 
 como no mar, superou em junho de 2023 a marca de 01 Terawatt-hora (TWh) em 
 capacidade instalada, disse, o Conselho Mundial de Energia Eólica (GWEC), uma 
 organização profissional do setor. A capacidade instalada é o potencial ou o volume 
 máximo de produção. 
 Levou 40 anos para se atingir essa marca, e a expectativa é que a marca de 2T seja 
 alcançada em 2030, e 8T até 2050. 
 10 
 1.3.1. Eólica Onshore e Offshore no Mundo 
 11 
 1.4. Eólica no Brasil 
 MATRIZ ELÉTRICA BRASILEIRA em GW 
 12 
 Evolução da capacidade instalada: Tendência de crescimento. 
 Ranking nacional de capacidade instalada: 
 13 
 Perspectivas do setor para os próximos anos: 
 ● Parques offshore (mar); 
 ● Produção de hidrogênio verde (produção de hidrogênio a partir de energia 
 renovável); 
 14 
 ● Desenvolvimento da indústria naval; 
 ● Geração de 120 mil empregos diretos. 
 1.5. Desafios e Oportunidades 
 1.5.1. Desafios: 
 ● Desafios de Conexão elétrica 
 Um dos principais desafios enfrentados pelo setor eólico é a conexão das usinas 
 eólicas à rede elétrica. A expansão desses projetos geralmente ocorre em áreas 
 remotas ou de difícil acesso ou offshore, o que pode exigir investimentos 
 significativos em infraestrutura de transmissão e distribuição para garantir o 
 escoamento eficiente da energia produzida. A integração das usinas eólicas à rede 
 existente envolve questões técnicas, regulatórias e econômicas, tornando essencial 
 uma cooperação sólida entre o setor privado e o setor público. 
 ● Desafio de licenciamento ambiental 
 O licenciamento ambiental é um desafio crítico para o desenvolvimento de projetos 
 eólicos. A instalação de parques eólicos muitas vezes requer estudos detalhados de 
 impacto ambiental para garantir a preservação dos ecossistemas locais, a proteção 
 da fauna e flora e a minimização dos efeitos sobre as comunidades vizinhas. A 
 burocracia associada a esse processo pode prolongar o tempo de desenvolvimento 
 dos projetos e acarretar custos adicionais para as empresas do setor. 
 ● Desafio de Financiamento 
 Os projetos eólicos exigem altos investimentos iniciais, desde aquisição de terrenos 
 e equipamentos até a instalação das turbinas eólicas. Os desafios de financiamento 
 incluem a atração de investidores e a obtenção de recursos a taxas viáveis. 
 ● Desafio da Indústria Nacional 
 Em muitos países, a dependência de tecnologia e equipamentos importados é um 
 obstáculo para o crescimento do setor eólico. A criação e o desenvolvimento de 
 uma indústria nacional de fabricação de componentes eólicos podem gerar 
 empregos locais, reduzir custos de importação e fortalecer a independência 
 tecnológica. No entanto, no Brasil, essa realidade ainda é muito baixa. 
 ● Desafio de mão de obra 
 A falta de mão de obra qualificada é um desafio crescente para o setor eólico. O 
 desenvolvimento, construção e operação de parques eólicos requerem profissionais 
 com conhecimento técnico específico. A capacitação de trabalhadores para atender 
 15 
 à demanda do setor eólico e a atração de talentos qualificados são fundamentais 
 para garantir a eficiência e a sustentabilidade dos projetos no longo prazo. 
 1.5.2. Oportunidades 
 ● Para PROFISSIONAIS: 
 ● Técnicos de campo; 
 ● Gestores; 
 ● Téc. logística; 
 ● Engenheiros; 
 ● Projetistas; 
 ● Administrativos. 
 ● Para EMPRESAS 
 ● Terceirizadas; 
 ● Pousadas; 
 ● Restaurantes / bares; 
 ● Posto de combustível; 
 ● Supermercados; 
 ● Locação de imóveis. 
 2. Contexto do setor eólico 
 2.1. Cadeia Produtiva 
 Medição do vento: Tem por objetivo realizar medições de velocidade dos ventos de 
 um determinado local por um determinado período de tempo. 
 16 
 Projeto eólico: Trata-se do conjunto de ações para tornar viável a construção de 
 um parque eólico, desde sua concepção até a geração de energia. 
 Leilão de energia: É a forma que o governo federal compra energia das empresas 
 que são proprietárias dos parques eólicos. 
 Parques Eólicos: É o conjunto de turbinas eólicas responsáveis pela geração de 
 energia que será distribuída entre residências e empresas de todo país. 
 Geração de energia: Através das massas de ar que chegam na pás em forma de 
 vento, a energia cinética é transformada em energia mecânica. 
 17 
 Distribuição de Energia: A energia gerada pelo aerogeradores vão para uma 
 central de onde fazem o caminho parachegar aos destinos finais. 
 2.2. Medição dos ventos 
 A campanha de medição dos ventos tem como propósito final conhecer os 
 processos relacionados na medição e análise posterior de dados de vento em um 
 local pré-determinado. 
 Aplicações: 
 ● Indústria Aeronáutica; 
 ● Aerodinâmica; 
 ● Meteorologia. 
 2.2.1. Meteorologia relativa ao vento 
 18 
 O vento é gerado a partir de uma massa de ar que se encontra em alta pressão e se 
 desloca para um local de baixa pressão. 
 2.2.2. Perfil do vento 
 2.2.3. Efeito Esteira 
 Trata-se da alteração produzida no vento ao passar pelo rotor do aerogerador, 
 depois do rotor, a velocidade do vento (v) diminui e forma uma esteira de vento 
 turbulento. 
 19 
 Para evitar esse tipo de situação nos projetos, é proposto pela engenharia um layout 
 obedecendo as distâncias vistas na ilustração abaixo. 
 2.2.4. Princípios de Anemometria 
 A IEC 61400-12-1: Especifica os procedimentos para medir as características de 
 desempenho de potência dos aerogeradores. 
 A Medição do Desempenho da Potência dos Aerogeradores é feita com base no 
 quanto ele gera em função da velocidade do vento. A velocidade do vento é medida 
 por meio de uma torre de medição com características específicas. 
 20 
 2.2.5. Processo de medição 
 ● Seleção e Configuração da Torre de Medição (Torre Anemométrica); 
 ● Determinação dos sensores e das Variáveis a serem medidas ; 
 ● Quantidade de Torres e Local de instalação; 
 ● Quantidade e altura dos sensores na Torre; 
 ● Duração da Campanha; 
 ● Tempo da Campanha de Medição (Instruções para Solicitação de 
 Cadastramento e Habilitação Técnica com vistas à participação nos 
 Leilões de Energia Elétrica) 
 “As medições anemométricas devem ser feitas em pelo menos duas alturas 
 distintas, sendo a altura mínima de 50 (cinquenta) metros, por período não inferior a 
 24 (vinte e quatro) meses consecutivos , sempre iniciado a partir de dados válidos, 
 devendo ser realizadas a cada segundo (frequência de 1Hz) e integralizadas em 
 intervalos de 10 (dez) minutos e ter uma taxa de perda de dados inferior a 10% (dez 
 por cento), destacando-se que o período contínuo de ausência de medições e/ou 
 medidas inválidas não poderá superar 30 (trinta) dias.” 
 2.2.6. Torres e Equipamentos de Medição 
 ● Torre Metálica (Estrutura Tubular, Treliçada) 
 ● Estaios 
 ● instrumentada com sensores 
 ● Sistema de Energia Isolado 
 ● Sistema de Aquisição de Dados 
 ● Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas 
 ● Sistema de Transmissão de Dados 
 21 
 ● Sensores de medição 
 ● Resultados e Estatísticas dos dados 
 22 
 2.3. Projeto Eólico 
 Um projeto eólico é o documento oficial, no qual consta todo o detalhamento das 
 informações necessárias para a instalação de um empreendimento eólico em uma 
 determinada área, bem como todo o planejamento executivo do projeto, o qual 
 deverá estar de acordo com todas as regras e regulamentações requeridas pelo 
 setor. 
 23 
 2.3.1. Fases do desenvolvimento do projeto 
 ● Chamada pública; 
 ● Estudos de viabilidade; 
 ● Leilão; 
 ● Projeto e licenciamento; 
 ● Engenharia; 
 ● Construção dos parques; 
 ● Comissionamento; 
 ● Operação e manutenção; 
 ● Descomissionamento. 
 Exemplo de chamada pública: 
 24 
 2.4. Leilão de Energia 
 Um leilão de energia é um processo realizado pelo governo ou agência reguladora 
 de energia com o objetivo de contratar projetos de geração de energia elétrica, seja 
 de fontes renováveis ou não renováveis. Nesse processo, os empreendedores 
 apresentam propostas para a venda de energia, especificando a capacidade e o 
 25 
 preço ofertado. Os projetos são selecionados com base em critérios técnicos, 
 econômicos e ambientais, e os contratos são firmados com os vencedores do leilão. 
 O que significa as siglas A-5, A-6, etc? 
 A empresa que ganha um leilão tem a obrigação de começar a fornecer energia em 
 um determinado tempo contado em anos, esse tempo é justamente a numeração 
 após a letra A desta sigla. Por exemplo, uma empresa que ganha um leilão A-5, 
 precisa obrigatoriamente começar a fornecer energia em 5 anos. 
 Em um leilão comum vence quem paga mais. No caso dos leilões de energia, é 
 diferente, vence quem oferece o menor preço. 
 O vencedor de um leilão de energia ganha o direito de assinar um contrato para 
 oferecer energia em longo prazo (média 20 anos), então mesmo estando em um 
 preço baixo, existe a segurança do longo prazo. 
 2.4.1. Etapas de um Leilão de energia 
 ● Funcionamento de um leilão de energia; 
 ● Regras gerais; 
 ● Chamada pública; 
 ● Etapa competitiva; 
 ● Resultado do leilão; 
 ● Contratação e implantação dos projetos. 
 Exemplo de formulário de cadastro: 
 26 
 Exemplo de comprovante de cadastro: 
 27 
 Exemplo de documentação Exigida: 
 ● Registro na ANEEL; 
 ● Memorial Descritivo: 
 ● Identificação do Empreendimento 
 ● Desenhos de Localização 
 ● Diagrama Unifilar 
 ● Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) 
 ● Licença e Estudos de Impacto Ambiental: 
 ● Licença ambiental 
 ● Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental 
 ● Parecer de Acesso, Informação de Acesso e Documento de Acesso para 
 Leilão (DAL) 
 ● Certificação de Medições Anemométricas e Certificação de Produção Anual 
 de Energia 
 ● Direito de Usar ou Dispor do Local da EOL 
 ● Cadastramento e Habilitação Técnica de Empreendimentos Eólicos 
 Exemplo de documento de orientação: 
 28 
 29 
 2.5. Parques Eólicos 
 Um parque eólico é composto por: 
 ● Componentes de um parque eólico; 
 ● Infraestrutura do parque; 
 ● Turbinas eólicas; 
 ● Transformadores; 
 ● Subestações; 
 ● Rede de distribuição; 
 Infraestrutura: 
 30 
 Um parque eólico requer uma infraestrutura adequada para garantir a produção de 
 energia eficiente e segura, como por exemplo as vias de acesso livre. 
 Outra parte importante da infraestrutura é a subestação, que é construída no parque 
 eólico para coletar a energia gerada pelas turbinas eólicas. A subestação converte a 
 energia elétrica de média tensão para alta tensão, permitindo a sua transmissão 
 eficiente na rede elétrica. 
 Turbinas Eólicas: 
 As turbinas eólicas são o coração de um parque eólico. Elas são instaladas em 
 locais estrategicamente escolhidos, onde a velocidade e a direção do vento são 
 favoráveis. As turbinas são responsáveis por captar a energia do vento e convertê-la 
 em energia elétrica. 
 Rede de Distribuição: 
 31 
 As redes de distribuição até um tempo atrás eram responsabilidade do governo, 
 mas atualmente, os empreendedores que instalam os parques que são 
 responsáveis pela linha de transmissão. 
 A rede de distribuição é responsável por transportar a energia gerada pelo parque 
 eólico para a rede elétrica. Essas linhas podem percorrer longas distâncias até 
 chegar a uma subestação de transmissão ou conectar-se diretamente à rede de 
 distribuição local. 
 2.6. Turbinas Eólicas 
 2.6.1. Principais componentes 
 ● Fundação, concretagem; 
 ● Torres; 
 ● Nacelle, hub e gearbox; 
 ● Pás; 
 ● sistema de pitch e yaw; 
 ● Geradores, transformadores e switchgear 
 ● Gabinetes, sensores e conversores de frequência 
 32 
 Princípio de funcionamento 
 2.6.2. Turbinas Offshore 
 É a fonte de energia limpa e renovável que se obtém a partir do aproveitamento da 
 força do vento que sopra em alto-mar, onde este alcança uma velocidade maior e 
 mais constante. Isso acontece devido à inexistência de barreiras. 
 33 
 Para explorar ao máximo esse recurso no setor elétrico, são desenvolvidas 
 megaestruturas assentadas sobre o leito marinho e dotadas das últimas inovações 
 tecnológicas. 
 Tipos de Turbinas offshore: 
 Exemplos: 
 Turbinas Flutuantes: As turbinas flutuantes são ancoradasao fundo do mar por 
 cabos ou estruturas de ancoragem. Essas turbinas são ideais para áreas com 
 profundidades maiores, onde a fixação das turbinas no leito marinho é inviável. Elas 
 permitem a exploração de recursos eólicos offshore em locais mais distantes da 
 costa. 
 Turbinas de Fundação Fixa: As turbinas de fundação fixa são instaladas em 
 estruturas fixas ancoradas no leito marinho. 
 Turbinas Semi-Submersíveis : As turbinas semi-submersíveis são instaladas em 
 plataformas flutuantes ancoradas ao fundo do mar por cabos ou sistemas de 
 ancoragem. Essas turbinas são adequadas para águas mais profundas e 
 apresentam maior capacidade de adaptação a condições marítimas adversas. 
 2.7. Segurança do Trabalho 
 A segurança do trabalho nos parques eólicos é definitivamente a única coisa 
 inegociável, pois os riscos de trabalhos são constantes e para isso são tomadas 
 34 
 medidas muito restritivas para que se possa minimizar os acidentes de trabalho 
 dentro do parque. 
 ● Treinamento constante; 
 ● Exames médicos detalhados; 
 ● Palestras de conscientização 
 2.7.1. Treinamentos 
 ● NR´S (10, 11, 12, 23, 33 e 35) 
 ● GWO BST 
 ● CONHECIMENTO DE TURBINA 
 NR-10: Estabelece as medidas de segurança e saúde no trabalho em instalações 
 elétricas, abordando aspectos relacionados à prevenção de acidentes, riscos 
 elétricos, treinamento dos trabalhadores e procedimentos de trabalho seguros. 
 NR-11: Estabelece os requisitos de segurança para o transporte, movimentação, 
 armazenagem e manuseio de materiais, abrangendo aspectos como equipamentos 
 de içamento, empilhadeiras e outros meios de transporte utilizados no parque 
 eólico. 
 NR-12: Estabelece requisitos para a segurança no trabalho em máquinas e 
 equipamentos, abrangendo aspectos como proteção de partes móveis, sistemas de 
 bloqueio e etiquetagem, além de treinamentos específicos para operação e 
 manutenção segura. 
 35 
 NR-23: Estabelece as medidas de prevenção de incêndios dentro das empresas e 
 ambientes de trabalho. Seu objetivo é garantir a segurança dos trabalhadores, 
 proteger o patrimônio da empresa e minimizar os riscos de acidentes relacionados a 
 incêndios. 
 NR-33: Estabelece os requisitos mínimos para a segurança e saúde nos trabalhos 
 em espaços confinados, considerando os riscos de asfixia, intoxicação, explosão, 
 entre outros, presentes em atividades realizadas em determinados locais no parque 
 eólico. 
 NR-35: Estabelece as medidas de segurança para trabalhos em altura, definindo 
 procedimentos, equipamentos de proteção e treinamentos necessários para a 
 execução segura de atividades em locais elevados. 
 2.7.2. EPC´s ( Equipamento de proteção coletiva) 
 O equipamento de proteção coletiva protege todos ao mesmo tempo, pois todos 
 observam, usam ou são beneficiados. São exemplos de equipamentos de proteção 
 coletiva: 
 ● Avisos, Sinalizações; 
 ● Sensores de máquinas; 
 ● Corrimão; 
 ● Fitas antiderrapantes de degrau de escada; 
 ● Piso antiderrapante. 
 ● Barreiras de proteção contra luminosidade e radiação 
 2.7.3. EPI´s ( Equipamento de proteção individual) 
 É todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado 
 à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho’. 
 São diversos os tipos de EPI’s, mas podemos citar abaixo os mais populares: 
 ● Óculos de proteção; 
 ● Protetores auriculares; 
 ● Talabartes; 
 ● Cintos; 
 ● Capacetes; 
 ● Luvas; 
 36 
 ● Botas. 
 2.8. Impactos Ambientais 
 Assim como outros tipos de energia, a energia eólica possui suas desvantagens, 
 especialmente em questões ambientais. Embora tenha um impacto ambiental menor 
 que outras fontes de energia, as turbinas eólicas apresentam um perigo real para 
 diversos animais. 
 Vejamos agora exemplos dos principais impactos gerados: 
 ● Impactos na fauna: voltado principalmente para aves. 
 ● Impactos na flora: durante a etapa de construção ou por alteração nas 
 condições hidrológicas devido à fundação, valas dos cabos, entre outras. 
 37 
 ● Impactos Visuais: o layout de um parque é realizado se atentando também 
 para impacto visual dentro da região que possa afetar, por exemplo, a 
 economia local, que pode ser baseada no turismo. 
 ● Impactos de ruído 
 38 
 2.8.1. Redução dos impactos 
 ● Avaliação prévia do impacto que será gerado; 
 ● Planejamento da infraestrutura para minimizar os impactos ambientais; 
 ● Monitoramento e mitigação da fauna e flora, em especial, de espécies 
 protegidas; 
 ● Gestão adequada de resíduos gerados durante a construção e operação do 
 parque; 
 ● Educação ambiental das comunidades locais, informando sobre os benefícios e 
 impactos da energia eólica, incentivando a participação ativa na conservação 
 ambiental. 
 39 
 MÓDULO 2 - TURBINAS EÓLICAS 
 40 
 1. Conceitos básicos que definem um aerogerador 
 Turbinas eólicas ou aerogeradores são as formas mais comuns de designar os 
 sistemas de conversão de energia eólica em energia elétrica. O princípio de 
 funcionamento é baseado na conversão da energia cinética associada ao 
 deslocamento de massas de ar (vento) em energia mecânica de rotação, pela 
 incidência do vento nas pás do rotor, seguindo-se a conversão da energia mecânica 
 em energia elétrica pelo gerador elétrico. 
 1.1. Evolução das turbinas eólicas 
 O aumento da potência nominal dos aerogeradores é traduzido num melhor 
 aproveitamento das infraestruturas elétricas e de construção civil com reduções 
 graduais e significativas no custo do kW instalado e consequentemente no custo do 
 kWh gerado. 
 1.2. Classificação dos aerogeradores 
 Se dá por: 
 Local de instalação : Offshore ou Onshore. 
 Potência : Pequena, Média e Grande. 
 Posição do rotor: Horizontal ou Vertical. 
 41 
 Estratégia do controle de potência: Controle por Stall ou Pitch Control 
 ● Local de instalação 
 Instalação Offshore 
 A energia eólica offshore consiste em construir parques eólicos ao longo da costa 
 marítima. Esta tecnologia possibilita aumentar a potência instalada de energia eólica 
 e ainda proporciona algumas vantagens face aos parques eólicos terrestres: 
 ● Há mais vento no mar que em terra, devido a inexistência de obstáculos no 
 mar e a menor rugosidade da superfície marítima quando comparada com a 
 terrestre. 
 ● É mais fácil transportar os elementos constituintes dos aerogeradores por 
 mar do que por terra. Inclusive, ficam abertas as portas à fabricação de 
 aerogeradores de maior porte, que permitirão retirar mais energia do vento. 
 Contudo também existem dificuldades e inconvenientes na implementação desta 
 tecnologia: 
 ● O custo da fabricação das fundações é elevado assim como é necessário 
 fabricar torres mais altas, pois parte da estrutura fica submersa. 
 ● O custo da manutenção é mais elevado, pois o mar é um ambiente mais 
 corrosivo. Por outro lado, o deslocamento de técnicos fica mais caro. 
 ● Esta tecnologia fica limitada a 40 metros de profundidade, para instalar 
 aerogeradores a profundidades maiores, está a ser desenvolvida uma 
 tecnologia flutuante, que está em fase de testes. 
 42 
 Instalação Onshore 
 A energia eólica onshore consiste em construir parques eólicos em terra. 
 ● Apresenta uma maior facilidade de instalação e O&M; 
 ● Equipamentos mais baratos; 
 43 
 Contudo também existem dificuldades e inconvenientes na implementação desta 
 tecnologia: 
 ● Vento de pior qualidade; 
 ● Turbinas menores; 
 ● Logística para instalação (transporte e etc); 
 ● O impacto ambiental nos ecossistemas terrestres e sociais em alguns 
 lugares. 
 44 
 ● Potência 
 Os aerogeradores podem serdivididos em três categorias de potência: pequeno, 
 médio e grande portes. 
 Pequeno porte 
 Os de pequeno porte têm capacidade de gerar até 10 kW e são ideais para 
 abastecer residências e fazendas em localidades remotas, onde o custo de uma 
 rede de transmissão é demasiadamente alto. 
 Médio porte: 
 Os equipamentos de médio porte têm capacidade entre 10 kW e 250 kW e são 
 usados tanto por residências quanto por usinas eólicas mais antigas. 
 ECOTECNIA ECO 28 de 250 KW 
 45 
 Grande porte 
 Ou também multi megawatts, turbinas acima de 250 KW. 
 VESTAS V164 8.0 MW 
 ● Posição do rotor 
 46 
 Rotores Verticais 
 Aerogeradores de eixo vertical tendem a ser mais seguros, mais fáceis de construir, 
 podem ser montados mais perto do solo e lidam muito melhor com condições de 
 turbulência. 
 Possuem torres baixas, entre 0,1 e 0,5 vezes a altura do próprio rotor. 
 Além disso, neste tipo de aerogerador não é necessário o dispositivo de orientação 
 da turbina face ao vento. 
 Possuem também uma velocidade de arranque mais baixa do que a dos 
 aerogeradores de eixo horizontal, o que lhes dá vantagem em condições de vento 
 reduzido. 
 Baixa eficiência porque o vento junto ao solo é de mais fraca intensidade, o que 
 implica um menor rendimento deste tipo de aerogeradores e a torre fica sujeita a 
 elevados esforços mecânicos. 
 Este tipo de aerogeradores é especialmente indicado para meios urbanos: 
 silencioso, aproveita o vento mesmo que a direção deste não seja constante e haja 
 47 
 a formação de turbilhões, o que acontece frequentemente em áreas com edifícios, 
 árvores e outros obstáculos. 
 Rotor de Savonius. 
 Baseia-se no princípio do acionamento diferencial. 
 O Rotor do tipo Savonius é um dos mais simples, é movido principalmente pela 
 força de arrasto do ar. Sua maior eficiência se dá em ventos fracos, e pode chegar a 
 20% 
 48 
 Rotor de Darrieus: 
 Baseia-se no princípio da variação cíclica de incidência. 
 49 
 O rotor do tipo darrieus é constituído por 2 ou 3 pás, funciona através de força de 
 sustentação tendo assim uma eficiência melhor que a do rotor savonius, podendo 
 chegar a 40% em ventos fortes. 
 Desvantagens dos aerogeradores verticais : 
 ● Incapacidade de partida sem equipamento auxiliar; 
 ● Incapacidade de controle da potência de saída pela ausência de um controle 
 de passo; 
 ● Manutenção de alto custo das pás de alumínio. 
 Rotor de Darrieus-Savonius 
 Turbina eólica híbrida com os sistemas Darrieus e Savonius acoplados ao mesmo 
 eixo. 
 50 
 Rotores Horizontais 
 Os aerogeradores de eixo horizontal baseiam-se no princípio de funcionamento dos 
 moinhos de vento. São constituídos por turbinas de uma a três pás ou multipás 
 (acima de três pás), com um perfil aerodinâmico. 
 Rotores de 3 pás são os mais comuns, pois constituem um bom compromisso entre 
 coeficiente de potência, custo e velocidade de rotação, bem como uma melhor 
 estética comparada às turbinas de 2 pás. 
 Apesar dos rotores com 2 pás serem mais eficientes, são mais instáveis e 
 propensos a turbulências, trazendo risco a sua estrutura, o que não acontece nos 
 rotores de 3 pás que são muito mais estáveis, barateando seu custo e possibilitando 
 a construção de aerogeradores de mais de 100 metros de altura e com capacidade 
 de geração de energia que pode chegar a 5 MW (megawatts). Seu pico de geração 
 de energia é atingido com ventos fortes e sua eficiência pode passar dos 45%. 
 Aerogeradores de eixo horizontal são os mais utilizados: 
 Vantagens: 
 ● Acesso a ventos melhores; 
 ● Melhor controle de produção (pitch); 
 51 
 ● Alta eficiência 
 Desvantagens: 
 ● Custo de instalação; 
 ● Logística; 
 ● Tempo de busca por vento; 
 ● Complexidade da torre. 
 52 
 Classificação de rotores horizontais: 
 Downwind 
 Upwind 
 53 
 Rotores Horizontais por Quantidade de Pás 
 ● 1 Pá 
 Riva Calzoni M33 
 Single Bladed Wind 
 Turbine – 350KW 
 54 
 ● 2 pás 
 WES 
 250KW 
 55 
 ● 3 pás 
 ● Multipás 
 56 
 Comparativo de eficiência entre rotores 
 Albert Betz foi um físico alemão que em 1919 concluiu que nenhuma turbina eólica 
 pode converter mais do que 16/27 (59.3%) da energia cinética do vento em energia 
 mecânica no rotor. Até aos dias de hoje isto é conhecido pelo limite de Betz ou a lei 
 de Betz. Este limite nada tem a ver com ineficiências no gerador mas sim na própria 
 natureza das turbinas eólicas. 
 Os aerogeradores extraem energia ao travar o vento. Para um aerogerador ser 
 100% eficiente precisaria provocar uma parada total na massa de ar em 
 deslocamento - mas nesse caso em vez de pás seria necessário uma massa sólida 
 cobrindo 100% da área de passagem e o rotor não rodaria e não converteria a 
 energia cinética em mecânica. 
 No outro extremo se tivéssemos uma turbina com apenas uma pá a maior parte do 
 vento passaria "falhando" essa pá e mantendo toda a energia cinética. 
 57 
 2. Aerodinâmica dos aerogeradores 
 2.1. Força de Arrasto 
 Quando um corpo se movimenta por um fluido, a interação de suas partículas com 
 as do fluido no qual se movimenta gera uma força que vai contra o sentido do 
 movimento desse corpo. 
 Essa força pode ser facilmente observada quando um paraquedista diminui sua 
 velocidade ao abrir o paraquedas. 
 2.2. Força de Sustentação 
 Sustentação é a componente da Resultante Aerodinâmica perpendicular ao vento 
 relativo. 
 É uma força que surge em virtude do diferencial de pressão entre o intradorso e o 
 extradorso do aerofólio e tende a empurrá-lo para cima, auxiliada ainda pela reação 
 do ar (Terceira Lei de Newton) na parte inferior da mesma. 
 58 
 2.3. Controle Estratégico de Potência 
 Controle Stall: 
 ● A potência máxima gerada é limitada pela capacidade aerodinâmica máxima 
 da pá (não consegue captar o vento em determinada velocidades do vento); 
 ● Reduz a eficiência aerodinâmica; 
 ● Sistema mais simples e mais barato. 
 Stall: Um fenômeno natural. Turbulência formada na borda traseira da lâmina acima 
 de uma determinada velocidade do ar. 
 Controle do Pitch: 
 ● As pás giram ao longo do seu eixo longitudinal para manter a potência 
 máxima gerada a nível constante 
 ● Otimiza a eficiência aerodinâmica 
 ● Mais complexo e menos confiável 
 Pitch control: Ao girar a lâmina, o ponto de ataque da borda frontal será alterado. 
 Isso pode ser usado para controle de energia. 
 2.4. Tendências 
 A tecnologia eólica busca sempre novas formas de aproveitar o máximo de energia 
 do vento, então novos conceitos como o multi rotor da Vestas surge como uma 
 alternativa: 
 59 
 Outras formas de aproveitamento do ventos como este aerogerador sem pás que se 
 utiliza do efeito vortex para geração. 
 O Aerogerador BAT possui corpo inflável com gás hélio e pode elevar sua turbina a 
 grandes altitudes (superior as maiores turbinas eólicas existentes) onde os ventos 
 60 
 são consideravelmente mais fortes e constantes, gerando até 8x mais energia em 
 comparação com os convencionais aerogeradores de torre. 
 3. Estrutura geral 
 3.1. Fundação 
 61 
 A Fundação é a base da torre. Consiste em uma estrutura de concreto armado 
 enterrada. Foi concebida por engenheiros estruturais para suportar o peso de todo o 
 WTG bem comoabsorver as forças criadas no WTG em funcionamento. 
 Existem diversos modelos de fundação que permitem a fixação da torre, como por 
 anchor bolts, tramos enterrados, com porão para tensionamento de proteção, etc. 
 3.2. Torres 
 ● As torres podem ser metálicas, de concreto ou mistas; 
 ● São compostas por várias seções que são aparafusadas entre si para formar 
 uma estrutura capaz de suportar o peso da nacelle. 
 62 
 Tipos de torres 
 Torres eólicas são geralmente dos seguintes tipos: 
 ● Aço tubular; 
 ● Aço treliçado; 
 ● Concreto e Estaiada. 
 As torres que elevam os rotores a altura desejada, estão sujeitas a inúmeros 
 esforços. 
 Primeiramente forças horizontais devem ser levadas em conta: resistência do rotor 
 ("drag") e da própria torre à força do vento. Em seguida, forças torsionais, impostas 
 pelo mecanismo de controle de rotação da gávea giratória e esforços verticais (peso 
 do próprio equipamento), não devem ser desprezadas. 
 Processo de Fabricação de Torres Metálicas 
 ● Recebimento de Material 
 63 
 ● Controle de Qualidade 
 ● Curvatura 
 64 
 ● Soldas 
 ● Solda dos flanges 
 65 
 ● Abertura de porta 
 ● Solda de seções 
 66 
 ● Pintura 
 67 
 ● Montagem Interna 
 68 
 ● Estocagem 
 ● Pesagem e expedição 
 69 
 Torres treliçadas 
 A torre treliça é composta por elementos pré-moldados e pretende ser uma solução 
 alternativa para torres de mais de 80 m de altura e competitiva em termos 
 econômicos. 
 As pequenas dimensões dos elementos pré-moldados não necessitam de transporte 
 especial, proporcionando a liberdade de escolha da geometria da torre (diferente 
 número de colunas e diferentes espaçamentos entre elas, etc), otimizando a 
 capacidade de carga e o controle da frequência natural de vibração. A solução 
 apresenta também reduções no custo das fundações. 
 70 
 Em contrapartida, para a manutenção é mais difícil, pois para escalar até o topo o 
 técnico fica exposto. No Brasil não é comum esse tipo de torre, é mais encontrada 
 na Europa. 
 Torres de concreto 
 As torres construídas com concreto pré-moldado podem ser constituídas por: 
 i) segmentos pré-moldadas com juntas horizontais e, geralmente, protendido 
 verticalmente; 
 ii) segmentos semicirculares na base da torre e segmentos fechadas no topo, com 
 juntas verticais e horizontais, e geralmente protendido verticalmente; 
 iii) elementos pré-moldados planos (faces laterais) e curvos (cantos), sendo a 
 dimensão vertical dos elementos a mais longa , com protensão no interior; 
 iv) estrutura de treliça com elementos pré-moldados em concreto protendido ligados 
 entre si. 
 As soluções de concreto pré moldado têm vantagens indiscutíveis em comparação 
 com soluções em aço: 
 ● Capacidade para atingir grandes alturas e suportar geradores de energia de 
 grandes dimensões, quer onshore , quer offshore; 
 ● Melhoria do comportamento dinâmico, reduzindo a fadiga, aumentando a vida 
 útil do equipamento e reduzindo a manutenção; 
 ● Ligações estruturais fiáveis , testadas, sem manutenção, proporcionando 
 uma montagem rápida e as vantagens do monolitismo (a peça se configura 
 como uma só); 
 ● Excelente resposta a ações sísmicas; 
 71 
 ● Menor necessidade de manutenção em contraste com torres de aço; 
 ● Maior durabilidade das estruturas de concreto em relação às torres de aço, 
 principalmente em ambientes marinhos; 
 ● Menor ruído gerado pelo efeito de amortecimento do concreto; 
 ● Redução das emissões de CO2 na fabricação das torres (entre 55% e 65% 
 das emissões envolvidas na fabricação de uma torre de aço); 
 ● Os materiais das torres são totalmente recicláveis; 
 ● A durabilidade de torres de concreto é muito maior do que a das turbinas, 
 permitindo a futura substituição das turbinas por outras com maior potência. 
 Torres Estaiada 
 A torre estaiada é a solução mais econômica por atingir grandes alturas e com 
 elevada capacidade de carga, porém exige-se disponibilidade de terreno para sua 
 instalação. Possui seção transversal triangular ou quadrada, estaiada com 
 cordoalhas galvanizadas. 
 72 
 Interior da torre 
 A torre possui outras finalidades fora a elevação da nacelle: 
 – Escada/equipamento de acesso ao topo; 
 – Abrigo de painéis e/ou outros equipamentos; 
 – Descida de cabos de alimentação; 
 – Outros. 
 73 
 3.3. Nacelle e Hub 
 Arquitetura da Turbina 
 74 
 Nacelle 
 A Nacelle abriga todos os principais componentes mecânicos projetados para 
 orientar o rotor em direção do vento além do trem de potência (caixa de velocidades 
 e do rotor),e o sistema hidráulico. Estes serão explicados em maiores detalhes mais 
 adiante. Seu exterior é geralmente feito de fibra de vidro ou alumínio. 
 75 
 Hub (cubo) 
 Com todas as três pás anexadas aos seus lados, permite que canalize a energia de 
 rotação do vento para o sistema de transmissão. 
 Ele é feito de ferro fundido e aço e pode abrigar os componentes de Pitch. Ele inclui 
 as caixas elétricas e os motores encarregados de movimentar as pás. 
 Trem de Potência 
 Também conhecido como o trem de força, é o sistema que aproveita a energia 
 cinética do vento e a converte em energia mecânica de rotação e, em última análise, 
 transformada em energia elétrica. 
 O trem de acionamento é composto por quatro componentes: 
 76 
 ● Acoplamento frontal 
 ● Eixo de baixa velocidade(LSS) 
 ● Gearbox 
 ● Eixo de alta velocidade (HSS). 
 O eixo de baixa velocidade é fixado ao hub. Essa fixação pode ser feita de diversos 
 modos, dependendo do fabricante. 
 A multiplicadora é unida ao eixo de baixa velocidade por meio de uma flange 
 aparafusadas. 
 3.4. Multiplicadora (Gearbox) 
 A Multiplicadora é um tipo de elemento de transmissão composto por um sistema 
 paralelo e outro planetário que está localizado acima do bastidor principal, por meio 
 de almofadas elastoméricas (blocos de borrachas que servem de amortecimento) e 
 a sua saída de alta velocidade está ligado ao eixo de alta velocidade de condução 
 do gerador. 
 77 
 O eixo de alta velocidade tem um acoplamento elástico ligado em ambas as 
 extremidades (gerador e multiplicador) por meio de discos. 
 Um dos componentes mais importantes da turbina eólica é a caixa de 
 velocidade (multiplicadora). 
 Localizado entre o eixo principal e o gerador, a sua função é aumentar a velocidade 
 de rotação lenta das pás do rotor para a velocidade de rotação do gerador de 1000 
 ou 1800 rotações por minuto (rpm). 
 No nosso caso a caixa de velocidade tem sempre uma constante e crescente 
 relação de velocidade, de modo que, se uma turbina eólica têm diferentes 
 velocidades operacionais, é porque ela tem dois geradores de diferentes tamanhos, 
 cada um com sua própria velocidade de rotação diferente (ou um gerador com dois 
 enrolamentos do estator diferentes). 
 No nosso caso, a caixa de velocidades tem sempre uma constante e crescente 
 relação. 
 Nas engrenagens epicicloidais, várias engrenagens retas distribuídas 
 uniformemente em volta, entre uma engrenagem com endentado interno e externo, 
 rodam em uma órbita concêntrica. A circulação das engrenagens retas é feita por 
 analogia à órbita dos planetas no sistema solar. Portanto, as engrenagens 
 epicicloidais também são conhecidas como multiplicadores de planetário ou 
 redutoresplanetários. 
 78 
 A transmissão, que envolve a caixa multiplicadora, possui a finalidade de transmitir 
 a energia mecânica entregue pelo rotor até o gerador. É composta por eixos, 
 mancais, engrenagens de transmissão e acoplamentos. 
 O projeto tradicional de uma turbina eólica consiste em colocar a caixa de 
 transmissão mecânica entre o rotor e o gerador de forma a adaptar a baixa 
 velocidade do rotor à velocidade de rotação mais elevada dos geradores 
 convencionais. 
 79 
 ATENÇÃO: 
 Seja cuidadoso ao trabalhar em torno do eixo de alta velocidade. Ele gira a mais de 
 1000 rpm. Como precaução, as proteções do acoplamento HSS devem estar 
 sempre montadas. 
 3.5. Sistema hidráulico 
 A hidráulica é um sistema que fornece energia por meio de fluidos sob pressão. 
 80 
 Um sistema hidráulico é composto basicamente por: 
 ● Reservatório: reservatórios ou tanques têm por finalidade armazenar e 
 facilitar a manutenção do fluido utilizado. O fluido hidráulico é extraído do 
 tanque e retorna para ele após ser transmitido através do circuito. 
 ● Bomba: é utilizada para converter energia mecânica em energia hidráulica, 
 empurrando o fluido hidráulico para todo o sistema. 
 ● Válvula controladora de pressão: dispositivo de segurança que permite que o 
 fluido seja drenado de volta para o reservatório. 
 ● Válvula de controle direcional: dá a direção por onde o fluido hidráulico 
 precisa ir. Permite que o fluido flua por caminhos diferentes, a fim de controlar 
 os elementos dentro do sistema hidráulico. As válvulas de controle direcional 
 possuem variados números de portas, dependendo dos requisitos do 
 sistema. 
 ● Atuador: os atuadores hidráulicos convertem o fluido transmitido em energia 
 mecânica para mover a carga. A forma mais comum de atuador usado em 
 sistemas hidráulicos é um cilindro ou atuador linear e também o motor 
 hidráulico. 
 81 
 Sistema hidráulico que faz o bloqueio da gearbox (o freio da gearbox): 
 Sistema hidráulico de travamento de pá: 
 82 
 Filtros 
 Muito importante para o funcionamento da turbina, o filtro é quem retira as 
 impurezas e sujeira do óleo, dessa forma ele impede que o óleo carregue partículas 
 em alta velocidade e as mesmas danifiquem pedaços de blocos, de mangueiras, 
 etc. Por isso, ele deve ser trocado periodicamente. 
 Esquema de sistema hidráulico: 
 83 
 Sistema hidráulico do Hub: 
 ● Partes hidráulicas no sistema: 
 84 
 3.6. Sistema de orientação (Yaw) 
 O sistema de orientação posiciona o rotor da turbina para o vento. Está localizado 
 entre a nacelle e a torre e é equipado com um dispositivo de produção de torque 
 que é capaz de rodar toda a nacelle contra a torre e estacionar com base nos sinais 
 dos sensores automáticos de direção do vento ou, em caso de acionamento 
 manual. 
 85 
 O sistema de orientação é geralmente composto por: 
 ● Adaptador da coroa do Yaw 
 ● Rolamento de fixação 
 ● Freios ativos e pistas orientadoras passivas 
 ● Quadro Central 
 ● Quatro atuadores motoredutores 
 86 
 ● Freios ativos e pistas passivas 
 ● Motores redutores 
 A quantidade de motores depende diretamente do peso do conjunto, indo de 3 até 
 12 motores. 
 Motores redutores estão engrenados com o adaptador da coroa do yaw permitindo 
 a rotação da nacelle, possuindo um freio elétrico acoplado. 
 87 
 CONCEITO: 
 ● O sistema yaw é formado por pistas de deslizamento fixas no Central Frame, 
 correndo em torno do adaptado coroa do yaw. 
 ● O adaptador coroa do yaw é um cilindro de ferro fundido esférico 
 aparafusado ao topo da torre, em que a coroa está solidamente ligada. 
 ● Os motorredutores planetárias acionados eletricamente formam o sistema de 
 acionamento, que permite a rotação da gôndola (nacelle) em torno do seu 
 eixo vertical. 
 ● Há também de 3 a 6 pastilhas de freio (dependendo da plataforma). 
 Observação: quando o motor está parado, sem energia, os sistemas de freio ficam 
 acionados, e a partir do momento que o motor é ligado, primeiro se libera o freio e 
 só depois o motor vai em busca da direção ideal do vento . 
 ACIONAMENTO DO YAW 
 O motores podem ser acionados de 2 formas: 
 ● Usando variadores individuais (automático); 
 ● E acionamento direto; 
 Uso de variadores para controlar os motores de yaw reduz o stress mecânico e 
 vibrações excessivas durante o movimento. 
 88 
 SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO DO YAW 
 Para que o sistema de orientação funcione corretamente, tem de ser 
 constantemente lubrificado para permitir o bom funcionamento da máquina. 
 FOCO 
 Tenha muito cuidado ao mover-se no convés do Yaw (Yaw Deck), a nacelle girando 
 em torno do adaptador coroa pode causar ferimentos graves (esmagamentos e 
 lesões). 
 89 
 3.7. Pás 
 As pás são os motores da turbina eólica responsáveis pela carga e desempenho de 
 toda a estrutura. 
 Elas são feitas de materiais compostos como fibra de vidro, epóxi, poliéster, etc. 
 Devido ao seu tamanho, a fabricação é um processo delicado. 
 Elas devem estar de acordo com uma curva de potência específica, diferentes 
 configurações de carga e redução de ruído. 
 ● A regra geral é que quanto maior a pá, maior será a área varrida, o que se 
 traduz em mais watts gerado. 
 ● Uma área maior aumenta efetivamente a relação entre a velocidade de ponta 
 de uma turbina a uma dada velocidade de vento, aumentando assim a sua 
 extração de energia. 
 90 
 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
 As pás são montadas no hub da turbina por meio de buchas embutidas na na sua 
 raiz. 
 Buchas são feitas de uma liga de aço cromo que tem uma rosca interna. A alta 
 qualidade da ligação de rosca do parafuso é o resultado de o fio ser posicionado a 
 uma dada distância a partir da face de contato da bucha. 
 91 
 Pás geralmente consistem de duas conchas coladas na ponta e bordo de fuga e ao 
 longo das duas estruturas principais posicionado centralmente. 
 A função principal da estrutura é manter uma distância entre conchas lâmina e 
 transferir forças de corte transversal da carga de vento. 
 As lâminas das turbinas eólicas são feitas de materiais compósitos, essencialmente 
 plásticos reforçados com fibras. Elas são leves e resistentes, mas também são 
 caras. 
 92 
 3.8. Sistema de Pitch 
 Em sistemas eólicos de grande porte (na área de megawatts) a velocidade de 
 rotação é controlada através do sistema de pitch. O sistema de pitch regula o ângulo 
 de ataque das pás do rotor, gerando assim mais ou menos empuxo nas mesmas. O 
 sistema de pitch completo, incluindo o controlador, encontra-se na parte dianteira, 
 no cubo da turbina eólica (hub). 
 SISTEMA PITCH BLOQUEIO 
 Para entrar na máquina e realizar a manutenção, é preciso fazer o bloqueio do pitch 
 e sempre fazer a verificação no hub, se está tudo conforme. 
 93 
 ACIONAMENTO ELÉTRICO DO PITCH 
 Em um sistema de pitch elétrico, o ângulo das pás do rotor é regulado por motores 
 que estão montados em vários estágios de engrenagem. 
 O conector rotativo que está ligado à parte posterior da multiplicadora e é 
 responsável por fornecer os sinais de energia e de controle hidráulico a partir da 
 nacelle ao hub. 
 94 
 Motoredutor: 
 É o motor que engata a coroa da pá, a fim de atingir um determinado ângulo. Tem 
 as seguintes características:● Corrente contínua (escovas) 
 ● Com freio elétrico 
 ● Excitação padrão 
 Encoder 
 Ele fornece ao motor o sinal de posição e deve ser reposto a 86 graus após o 
 arranque. Tem a capacidade de manter a sua posição sem tensão. 
 Limites switch 
 ● Estas switches são ativadas quando a pá atinge o ângulo de 86 graus ou 
 mais. 
 ● 3 sensores por pá (dupla redundância) 
 ACIONAMENTO HIDRÁULICO DO PITCH 
 Em caso de sistema de pitch hidráulico, o ajuste do ângulo das pás do rotor é 
 realizado por meio de cilindros hidráulicos. 
 95 
 O conector rotativo que está ligado à parte posterior da multiplicadora e é 
 responsável por fornecer os sinais de energia e de controle hidráulico a partir da 
 nacelle ao hub. 
 União Rotativa 
 Coletor e Escovas 
 96 
 BATERIAS E CARREGADOR DE BATERIAS 
 (QUANDO O PITCH É ELÉTRICO) 
 • Contém as baterias DC que movem as pás para uma posição segura (86 graus), 
 quando o sistema de pitch perde energia a partir da fonte principal. 
 97 
 3.9. Sistema de interligação 
 Arquitetura dos sistemas 
 Nesta plataforma quase todos os equipamentos estão na nacelle, menos a 
 Switchgear. 
 Foco 
 É absolutamente proibido trabalhar em sistemas vivos de alta tensão. O sistema 
 deve estar desenergizado e conectado à terra antes de qualquer trabalho. 
 Deve-se ter muito cuidado quando se trabalha em circuitos de baixa tensão “vivos”, 
 é uma atividade perigosa e pode causar danos severos. 
 3.10. Transformador e Switchgear 
 Por que precisamos de alta tensão nesses sistemas? 
 98 
 A lei de Ohm afirma: 
 Tensão = Resistência * Corrente 
 Potência = Tensão * Corrente 
 Quando nós aumentamos o comprimento do cabo, aumentamos a resistência do 
 cabo que transfere eletricidade. 
 = perdas Joule (Rl²). 
 Para evitar essas perdas, o nível de tensão tem de ser elevado a um valor mais alto. 
 Transformador 
 O transformador tem como função elevar a tensão enviada pelo gerador a um nível 
 que possa ser entregue a subestação e ainda baixar a tensão de rede a um valor 
 que possa ser utilizado pelos equipamentos auxiliares na nacelle. 
 Apenas eletricistas certificados estão autorizados a trabalhar em sistemas de alta 
 tensão. 
 Transformador a óleo 
 Suas bobinas ficam imersas em um óleo mineral, esse óleo isola, refrigera e 
 mantém os componentes internos sem enferrujar. 
 ● Menor e mais leve 
 ● Maior densidade de potência 
 ● Suportar faixa de temperatura mais ampla 
 ● Fluido biodegradável 
 ● Possível armazenagem ao ar livre 
 Transformador Seco 
 ● Auto-extinguíveis e não liberam gases tóxicos. 
 99 
 ● Não agridem a natureza. 
 ● Segurança em caso de explosão pela não propagação de fogo na ocorrência 
 de incêndio. 
 ● Isentos de manutenção. 
 ● Não são necessárias condições especiais de instalação. 
 ● Redução na matéria-prima utilizada e dimensões finais. 
 ● Isento de descargas parciais. 
 ● Baixo nível de ruído. 
 Relação de transformação 
 Nesta turbina o transformador possui os seguintes níveis de transformação: 
 ● Bobinado primário à Entre 10 KV a 34,5 KV (dependendo da rede do site) 
 ● Bobinado secundário 
 ● Bobinado terciário 
 ● Bobinado quaternário 
 100 
 Switchgear 
 O termo refere-se à combinação de conectores elétricos, fusíveis e disjuntores 
 utilizados para isolar equipamentos elétricos na torre ou da rede de outras turbinas. 
 Ele é usado para desenergizar o equipamento para que você possa trabalhar com 
 ele livre de falhas a jusante. 
 A switchgear isola o transformador principal da turbina a partir da rede, ou, 
 dependendo da configuração do parque eólico, separa a turbina de outras turbinas 
 no mesmo circuito. 
 Componentes 
 101 
 Foco 
 Antes de realizar qualquer trabalho no transformador ou cabos de alta tensão, você 
 tem que desenergizar e isolar o equipamento da manobra. 
 Somente credenciado ou eletricistas treinados estão autorizados a trabalhar 
 equipamentos de alta tensão. 
 3.11. Gabinetes Elétricos 
 Quadros elétricos são usados para abrigar componentes protetores de baixa tensão, 
 disjuntores, dispositivos de comunicação, conectores, e todos os equipamentos 
 elétricos necessários para executar e monitorar a turbina eólica. 
 Eles distribuem o fluxo de potência do gerador para o transformador e do 
 transformador para os diferentes sistemas auxiliares que se encontram em volta da 
 nacelle. 
 Gabinete de Potência 
 Este gabinete dirige e controla o fluxo de potência da turbina: 
 ● Potência do gerador para a rede através do transformador principal. Os 
 cabos de energia correm a partir do estator do gerador para o contator 
 principal e através do barramento para o transformador através do disjuntor 
 principal. 
 ● Energia da rede através do transformador principal para os diferentes 
 circuitos auxiliares que alimentam-se da nacelle. 
 102 
 Gabinete de Controle 
 Este gabinete contém todos os componentes de controle de turbina eólica 
 (dispositivo de rede, CLP principal), e todos os dispositivos de comunicação para 
 incluir o equipamento de comunicação externa. Ela também tem vários disjuntores e 
 fusíveis para fins de proteção. 
 103 
 Gabinetes auxiliares 
 Estes gabinetes contém todos os sistemas auxiliares (motores, sensores, ligações, 
 proteções, disjuntores, etc) que fazem a nacelle funcional. 
 A tensão dentro desses armários varia de 400V AC a 24V DC; 
 Dependendo da versão de turbina / modelo, os seguintes gabinetes são 
 normalmente encontrados na torre. 
 Caixa do elevador 
 Localizado na base da torre, esta caixa contém todo o sistema elétrico elevador 
 (Levante inversor, disjuntores, contatores, circuitos auxiliares, etc) 
 104 
 Caixa da iluminação aérea 
 Localizado geralmente na parte traseira da nacelle, que contém o circuito auxiliar do 
 farol BTI. 
 3.12. Sensores e Linha de Segurança 
 Os sensores são considerados como sendo crucial para a operação da turbina 
 eólica. Sua principal função é fornecer informações para o computador principal do 
 WTG sobre o status atual dos diferentes sistemas que está monitorando. 
 Existem dezenas de sensores instalados em diferentes locais ao redor da turbina, 
 cada um com uma função especial e propósito diferente. Eles são importantes para 
 a segurança da turbina eólica, bem como para os operadores que trabalham no 
 interior da torre. 
 A linha de segurança é uma linha de 24V DC, que liga alguns desses sensores com 
 botoeiras de emergência e é capaz de instantaneamente desligar a turbina. Essa 
 linha percorre toda a turbina passando pelo controle, sistema de pitch e do 
 conversor. 
 Sensores 
 Os sensores desempenham um papel importante recolhendo os valores de 
 parâmetros diferentes (temperatura, pressão, velocidade, posição, vibrações) de 
 campo e enviá-lo para o PLC de processo. 
 105 
 Estes valores são analisados pelo CLP e armazenados no sistema. O CLP 
 determina se a turbina está operando dentro de uma faixa normal ou ele precisa 
 levantar um alarme ou até mesmo parar a máquina se vê uma condição insegura. 
 Cabo torcido 
 Ele controla a posição da nacelle com respeito à torre e determina quantas voltas da 
 nacelle fez. Isto é feito para calcular o quão os cabos da torre estão torcidos e 
 depois comunica o valor para o controle CLP. 
 Quando a nacelle gira mais de 3 voltas na mesma direção, ele tripa a linha de 
 segurança e restabelece-se.O CLP irá executar um total de 3 voltas no sentido contrário para distorcer os cabos 
 da torre. 
 Outros sensores 
 Biruta e anemômetro 
 106 
 Localizado no teto da nacelle, eles se comunicam com CLP indicando a direção e 
 velocidade do vento. 
 A biruta é um instrumento que determina a direção do vento e envia o seu valor para 
 o controle CLP. O PLC, então, calcula o quanto a nacelle precisa girar e ordena o 
 sistema de yaw para mover até que as pás fiquem de frente para o vento em um 
 ângulo ideal. 
 O anemômetro é um dispositivo que mede a velocidade do vento. 
 Ao saber este valor, o controle CLP pode determinar quando iniciar a turbina e 
 maximiza a capacidade de geração de energia em diferentes velocidades de vento. 
 Sensor de velocidade e Vibração 
 É muito importante também medir se o rolamento está bom e se não está com muita 
 folga, provocando assim muita vibração. 
 Outros sensores 
 Sensores hidráulicos 
 Monitorar os diferentes componentes hidráulicos na turbina que são a estação 
 hidráulica e sistema de refrigeração da Gearbox, sistemas de refrigeração de 
 geradores e inversores. 
 107 
 Estes sensores são na sua maioria interruptores de pressão, indicadores de nível, 
 sensores de fluxo, e sensores de óleo saturados. 
 O sistema hidráulico é responsável por movimentos muito sensíveis no sistema da 
 turbina, então é de extrema importância sensores para esse componente. 
 Interruptores térmicos 
 Também conhecido como termo-switches, que consistem basicamente em um 
 circuito que abre ou fecha, com base em valores de temperatura. Alguns deles 
 podem ser ajustados. 
 108 
 Chaves fim de curso 
 Os fins de curso são projetados para ligar / desligar quando envolvidos em ou perto 
 do limite de um percurso de um objeto em movimento. Ele é utilizado para controlar 
 o circuito elétrico do objeto em movimento de manobra. 
 Linha de segurança 
 A linha de segurança é uma linha de 24 V DC conectando os sensores críticos às 
 botoeiras de emergência que param a turbina imediatamente. 
 109 
 Foco 
 A linha de segurança é uma linha capaz de parar imediatamente a turbina em caso 
 de algum sensor identificar algo crítico ou ter sido pressionada alguma botoeira de 
 emergência. 
 Sensores são muito importantes para o funcionamento da turbina. Tenha especial 
 cuidado com eles (manter limpos, cabos em boas condições, etc). 
 Se o sensor não estiver trabalhando corretamente , a turbina também não estará. 
 3.13. Gerador 
 Este dispositivo transforma a energia mecânica fornecida pelo eixo principal da 
 turbina em energia elétrica. 
 A operação dos geradores elétricos é baseado no fenômeno de indução 
 eletromagnética. 
 A tensão induzida (chamada força eletromotriz ou f.e.m) vai criar uma corrente 
 através de um circuito externo (estator) ligado aos terminais da bobina, resultando 
 em energia a ser fornecida para a carga. Assim, a energia cinética (gerada pela 
 turbina de vento) que gira a fonte do campo magnético, é convertida em energia 
 elétrica. 
 Note-se que a corrente que flui através de uma carga exterior, por sua vez cria um 
 campo magnético que se opõe à variação no fluxo da bobina, de modo que a bobina 
 110 
 se opõe ao movimento. Quanto maior for a corrente, maior será a força que deve 
 ser aplicada para o ímã para mantê-lo a partir do abrandar. 
 Compensação de fase 
 Na energia elétrica por hidrelétrica tem sempre uma lâmina de água correndo no 
 sentido certo e a válvula de entrada do aqueduto ajustada, dessa forma a 
 velocidade da água é sempre muito constante. 
 Já na energia gerada pela eólica não tem como garantir a velocidade do vento, ele 
 oscila muito rápido em um curto espaço de tempo, essa variação faz com que a 
 geração da energia seja prejudicada. 
 Para minimizar esse efeito, são usados capacitores, que servem como 
 armazenadores de campo elétrico e na ausência de tensão elétrica ele descarrega 
 seu campo elétrico. 
 111 
 Thyristors 
 Transistores que simulam uma senóide através de modulação por largura de pulso 
 (PWM). Fazendo isso, se consegue uma corrente alternada mais bem feita do que a 
 própria corrente alternada fornece. 
 Para isso, é preciso transformar corrente alternada em corrente contínua e em cima 
 da corrente contínua é feita a corrente alternada ideal. 
 112 
 ILUSTRAÇÕES 
 113 
 Tipos de Gerador 
 Tipos de Gerador 
 ● TIPO 01 
 Consiste em um Gerador de indução de Gaiola de Esquilo (GIGE) ; 
 Opera em velocidade fixa, levemente acima da frequência da rede. Para 
 compatibilizar a baixa frequência de rotação do eixo das pás (20 rpm a 150 rpm) 
 com a rotação exigida para o rotor do gerador (1.200 rpm a 1.800 rpm), utiliza-se 
 uma caixa de engrenagens (CE) multiplicadora. 
 A partida da unidade é realizada por um soft-start, o qual é curto-circuitado por um 
 contator de by-pass durante a operação normal. 
 Para compensar o fraco suporte reativo fornecido à rede por este tipo de 
 aerogerador, na saída do enrolamento do estator encontram-se instalados vários 
 estágios de banco de capacitores para correção do fator de potência, os quais são 
 chaveados on/off de acordo com a potência gerada. 
 ● TIPO 02 
 Um Gerador de Indução de Rotor Bobinado (GIRB) ; 
 114 
 Sendo que neste enrolamento é conectado, por meio de escovas e anéis, um grupo 
 de resistores variáveis. O valor efetivo desses resistores é ajustado pelo controle de 
 carga do aerogerador; 
 Esse tipo de aerogerador opera com velocidade super síncrona; 
 Como ocorre com o tipo I, possui partida por soft-start e capacitores chaveados para 
 controle do fator de potência. 
 ● TIPO 03 
 Denominado Gerador de Indução Duplamente Alimentado (GIDA) , faz uso dos 
 conversores eletrônicos de potência para viabilizar o controle completo das 
 potências ativa e reativa fornecidas à rede. 
 Semelhante ao tipo II, também utiliza um gerador de indução de rotor bobinado, 
 sendo que os enrolamentos do rotor são conectados em paralelo com os 
 enrolamentos do estator por um conversor bidirecional de potência, AC/AC. 
 Esse conversor é projetado para fornecer uma potência de até 30% da potência 
 total do aerogerador e permite uma faixa de velocidade de operação muito mais 
 ampla que os tipos anteriores; 
 Isso torna o aerogerador mais eficiente na extração da potência do vento e na 
 redução do stress; 
 Do lado do rotor, por meio do ajuste da amplitude, fase e frequência da tensão 
 aplicada nesses enrolamentos, o sistema de controle do conversor regula, de forma 
 desacoplada e usando técnicas de controle vetorial, os fluxos de potência ativa e 
 reativa; 
 Devido à diferença de velocidade entre os eixos das pás e do gerador, a caixa de 
 engrenagens multiplicadora ainda é necessária. Durante a ocorrência de 
 curtos-circuitos próximos ao gerador, elevadas correntes podem ser induzidas nos 
 enrolamentos do rotor; 
 Isso leva à necessidade da utilização de um sistema de proteção do conversor lado 
 rotor, conhecido como crowbar. Quando atuado, o crowbar desabilita o conversor e 
 curto-circuita os enrolamentos do rotor por meio de um resistor adequado, levando 
 ao amortecimento das correntes induzidas neste enrolamento. Asdiferentes formas 
 de controle do conversor e do crowbar influenciam fortemente o comportamento 
 dinâmico das correntes fornecidas pelo gerador durante a falta. 
 115 
 ● TIPO 04 
 Nesta solução, os enrolamentos do estator são conectados à rede por um conversor 
 AC-AC, bidirecional, projetado, neste caso, para 100% da potência nominal do 
 aerogerador; 
 Diversos tipos de geradores podem ser utilizados com esta solução: gerador 
 síncrono (GS) de rotor bobinado; gerador síncrono de ímã permanente; gerador de 
 indução (GI). O arranjo mecânico também permite variações, como a eliminação da 
 caixa de engrenagens quando utilizado um gerador síncrono multipolo, de imã 
 permanente. Devido ao conversor, a velocidade de rotação é completamente 
 desacoplada da frequência da rede, permitindo a operação do aerogerador em uma 
 ampla faixa de velocidades e a minimização das oscilações mecânicas e elétricas 
 no sistema. 
 As mesmas técnicas de controle vetorial, utilizadas no Tipo III, podem ser 
 implementadas, possibilitando o controle desacoplado das potências ativa e reativa 
 injetadas na rede. 
 Foco 
 O Gerador transforma energia mecânica entregue pelo trem de potência em energia 
 elétrica, por isso, se você precisa trabalhar em ambos os sistemas, você tem que 
 isolar os dois sistemas: 
 Mecanicamente: Ao bloquear o trem de força. 
 Elétrica: Isolando as possíveis fontes de energia do para o gerador. 
 3.14. Conversor de Frequência 
 O conversor de Frequência é o sistema que controla e otimiza a energia gerada a 
 partir da turbina e injetada na rede através de uma ampla gama de velocidade do 
 gerador. 
 É o componente chave para a qualidade da energia e cumprimento dos códigos de 
 rede. Sua principal função é regular automaticamente a excitação do rotor do 
 gerador para que a sua tensão de saída, que é entregue a rede, tenha uma 
 frequência constante. 
 116 
 No gerador de dois pólos (um par de pólos), não será exatamente uma onda 
 senoidal a cada volta de modo a relação entre a velocidade do gerador de 
 frequência de onda e é fixa: 
 - 50Hz significa 50 voltas / sec. = 3000 voltas / min 
 - 60Hz significa 60 voltas / sec. = 3600 voltas / min 
 Gerador mais rápido = maior frequência. 
 Se aumentar o número de pólos a 4 (2 pares de pólos), teremos o seguinte: 
 - 50Hz significa 25 voltas / sec. = 1500turns / min. 
 - 60Hz significa 30 voltas / sec. = 1800turns / min 
 O gerador pode girar mais lento para obter a frequência desejada.. 
 CONCEITOS BÁSICOS DE OPERAÇÃO 
 117 
 Conforme mencionado na lição anterior, geradores duplamente alimentados têm 
 enrolamentos em ambas as partes fixas e rotativas, onde ambos os enrolamentos 
 transferem a potência entre o eixo e o sistema elétrico. 
 Estes geradores são utilizados em aplicações que requerem uma velocidade do eixo 
 variável da turbina para um sistema de energia de frequência fixa. 
 Em uma turbina eólica, a unidade primária (pás e trem de potência) estão sempre 
 mudando devido às condições de velocidade do vento, mas a frequência de ligação 
 à rede tem de ser fixa (50/60 Hz). 
 Este problema é resolvido através de um gerador de dupla alimentação e um 
 sistema conversor onde a frequência do estator é a soma da unidade primária 
 (frequência mecânica), além da frequência do campo magnético do rotor induzido: 
 fStator = fmec + fIRotor 
 - f stator = Hertz 
 - f mec = Hertz à (rpm/60)* nº de pares de polos 
 - f I rotor = Hertz 
 118 
 DIAGRAMAS E COMPONENTES 
 O conversor é uma peça muito complexa das máquinas que contém placas 
 eletrônicas e controladores que custam muitos dólares, a fim de garantir o bom 
 funcionamento da turbina e em conformidade com os requisitos da rede. 
 Ele se comunica constantemente com o controlador e recebe dados numerosos em 
 tempo real a partir de sensores de campo (medição atual, rpm turbina, etc), tudo 
 para otimizar o desempenho de WTG e gerar o maior número de Quilowatts na 
 velocidade do vento disponível. 
 Foco 
 O conversor opera sob “alta” tensão e possui capacitores que armazenam energia. 
 Tome muito cuidado ao realizar qualquer trabalho no conversor. 
 Certifique-se de que o seu circuito de potência está desenergizado e bloqueado. 
 O inversor é um sistema muito importante para a turbina. 
 Pontos Chaves 
 Existem muitos modelos de turbinas eólicas. Mesmo se você estiver familiarizado 
 com um armário elétrico, verifique seus desenhos elétricos antes de trabalhar. 
 Tenha sempre em mente a localização das botoeiras de parada de emergência, a 
 fim de acionar em caso de emergência. 
 Os sensores têm uma função importante no desempenho da turbina, por isso tome 
 cuidado especial com eles. 
 O sistema inversor é bem complicado, normalmente ela precisa de uma formação 
 específica para trabalhar com ele, para ter certeza do que você está fazendo, 
 enquanto trabalha. 
 Em caso de dúvida, entre em contato com o suporte técnico. 
 119 
 3.15. Sistema de equipotencialização 
 Um bom sistema de aterramento é muito essencial para a torre para evitar danos 
 quando um raio atinge a turbina. 
 É um sistema de aterramento que conecta todos os componentes da torre de metal 
 para um terreno comum, de modo que no evento infeliz de um raio atingir a torre 
 possa levar a descarga ao solo. 
 Sistema de Pára-raios 
 A pá é equipada com um sistema de pára-raios e receptores. 
 Os receptores de raios atraem descargas atmosféricas e liberam a corrente do raio 
 através do cabo interno para a flange de raiz. 
 120 
 121 
 Além de proteger a turbina contra raios, um sistema de aterramento revela-se muito 
 eficaz na proteção dos sistemas de controle e comunicação de ruído 
 eletromagnético. 
 Observação: O sistema de aterramento é importante não só para proteger contra a 
 raios, verifique se está bem conectado sempre. É um passo comum no serviço de 
 manutenção. 
 3.16. Infraestrutura de comunicação e controle de turbinas 
 Controle da Turbina Eólica 
 Além do controle manual as turbinas são comandadas pelo controlador lógico 
 programável. Basicamente, é um sistema eletrônico composto principalmente de 
 uma unidade central de processamento, placas transdutoras e placas I / O. 
 O CLP tem a capacidade de controlar todos os aspectos da turbina de geração 
 elétrica e monitoramento de máquinas para a supervisão de operação e gestão de 
 comunicação. 
 Comunicação 
 Esta é a infra-estrutura de monitoramento e controle local/remoto das turbinas 
 eólicas, a sala de controle e o mundo exterior. 
 122 
 Se tornou possível através de cabos (Ethernet, fibra óptica, RS232 ...) e os 
 equipamentos de comunicação (roteadores, switches, modems ...) que estão 
 instalados em todo o parque. 
 A obtenção de dados das diferentes componentes do parque eólico é feito através 
 de: OPC DA 2.0 para dados instantânea. 
 Serviços da Web para recuperar dados e alarmes históricos, bem como informações 
 adicionais vinculados a esses alarmes. 
 A estrutura de dados é baseada nos IEC 61400-25-2-padrão (Comunicações para 
 monitoramento e controle de energia eólica modelo usinas de informações). 
 Infraestrutura de comunicação 
 SERVIDOR (COMPUTADOR CENTRAL também chamado RAC). 
 123 
 Ele consiste em um PC (Server) e sua infra-estrutura associada. O servidor contém 
 todo o hardware necessáriopara a software SCADA. O sistema de computador 
 central é constituído pelos seguintes elementos: 
 - O próprio servidor 
 - Unidade de bateria 
 - Computador auxiliar 
 SCADA 
 O sistema Scada é um software que facilita a transmissão de dados do 
 processamento e representação do sistema. 
 124 
 LAN (Local Area Network) 
 LAN é a rede de comunicação que liga as turbinas de parques eólicos em conjunto, 
 bem como com o sistema central de computação na sala de controle. Em alguns 
 casos, a rede LAN está ligada às estações anemómetro e a outros elementos fixos 
 da subestação. 
 ● Computadores para acesso e monitorar a rede LAN 
 ● Gabinete de Comunicação Central na sala de controle (eth2, eth3, eth4) 
 ● Ligações de fibra óptica entre turbinas eólicas e sala de controle (padrão 
 100BaseFX) de multimodo ou modo único tipo, dependendo da distância 
 ● Switches e Conversores de Mídia, instalados em diferentes áreas do parque 
 eólico. 
 ● Equipamentos de conversão: o modo multimode para sigle mode. 
 ● Equipamentos de comunicação para a turbina: 
 ■ Switch 
 ■ Caixa Conexões 
 ■ Dois pares de fibras ópticas multimodo entre a base e a nacelle 
 ● Torre de Meteorologia (se for solicitado) 
 ● Equipamentos de comunicação da subestação. 
 Foco 
 A maioria dos problemas de WAN tem que ser resolvido através de seu provedor 
 ISP ou quem está se conectando à rede local para o mundo exterior. 
 125 
 SCADA é diferente do servidor. SCADA é o software que permite que você execute 
 o sistema de monitoramento do parque, enquanto que o servidor é o hardware que 
 contém o SCADA 
 Pontos Chaves 
 O sistema de controle gerencia todas as operações na WTG. Ele supervisiona o 
 estado geral da máquina e monitora todos os valores do campo. Você não pode 
 iniciar sua turbina sem a aprovação do CLP. 
 Os dados históricos sobre o sistema é uma ferramenta muito útil que deve ser 
 usada em uma base diária para identificar quaisquer alarmes, erros ou tendências 
 para qualquer WTG. 
 Nunca olhe diretamente para o final de cabos de fibra até que você tenha certeza de 
 que não há nenhuma fonte de luz na outra extremidade. Embora seja de baixa 
 intensidade, o laser vermelho pode causar dano retina. 
 4. Estrutura de Operação e Manutenção 
 4.1. Operação 
 As turbinas são equipamentos autônomos, dotadas de um CLP que monitora e 
 aciona os elementos necessários para o funcionamento ininterrupto da mesma. 
 Assim a operação de uma turbina consiste em pôr ou tirar de operação a mesma 
 quando houver uma necessidade. Outras ações de operação consistem em mudar 
 variáveis como potência e etc. 
 O&M Aerogeradores 
 Equipes pertencentes aos fabricantes das turbinas, ou empresas especializadas que 
 realizam a manutenção dos aerogeradores; 
 Serviço semelhante a autorizada dos automóveis; 
 O principal produto é a disponibilidade. 
 Manutenção 
 “Conjunto de ações que permitam manter ou restabelecer um bem dentro de um 
 estado específico ou na medida para assegurar um serviço determinado” 
 Ter não significa necessariamente possuir. Mas possuir significa necessariamente 
 manter. Adriana Cristina Razia 
 126 
 4.2. A importância das manutenções 
 A manutenção deve ser prática constante nas organizações, pois caso o 
 equipamento quebre ou apresente defeitos em operação, o produto não terá o 
 mesmo padrão de qualidade que poderia oferecer caso o equipamento não tivesse 
 apresentado problemas. 
 Além do mais, a interrupção do processo gera uma série de problemas que 
 poderiam ser evitados caso tivesse sido realizada manutenção, tais como: 
 ● reclamações e perda de confiabilidade dos clientes que não serão atendidos 
 no prazo especificado; 
 ● receitas que deixam de ser obtidas; 
 ● custos de reparos dos equipamentos; 
 ● aumento nos índices de acidentes de trabalho, entre outros. 
 4.3. Tipos de manutenção 
 Manutenção corretiva : tem como objetivo recuperar a capacidade produtiva de um 
 equipamento que tenha perdido ou diminuído sua capacidade de produção. 
 Manutenção preventiva: significa prevenir a ocorrência de um problema no 
 processo através da realização de algumas atividades, como trocar peças e óleo, 
 engraxar, limpar etc. 
 A operação jamais poderá ser interrompida para manutenção sem a mesma ter sido 
 programada. 
 A empresa deve estabelecer um cronograma de manutenções para que não haja 
 interrupção no processo. 
 Manutenção preditiva: é realizada através da análise e acompanhamento de 
 alguns aspectos ou condições de equipamentos e instalações, com o objetivo de 
 prevenir o problema para que não ocorra no futuro. Por exemplo, a análise do óleo 
 de uma máquina ou o monitoramento das vibrações de uma turbina, poderá evitar 
 um problema futuro. 
 Manutenção produtiva total (TPM): este tipo de manutenção vai muito além da 
 forma de se fazer manutenção, ou seja, é uma filosofia gerencial que atua na forma 
 organizacional, no comportamento das pessoas, no modo com que tratam os 
 problemas, não só os de manutenção, mas todos ligados ao processo produtivo. 
 Objetiva atingir “zero falha” ou “zero quebra”, buscando evitar que o equipamento 
 quebre em operação. É um tipo de manutenção que não se preocupa somente com 
 127 
 a melhoria dos equipamentos, mas principalmente com a melhoria das pessoas que 
 são as responsáveis pela qualidade do produto ou serviço. 
 Alguns produtos podem chegar ao mercado apresentando falhas devido à falta de 
 manutenção dos equipamentos, assim como da mesma forma, muitos serviços são 
 deficientes devido à falta de treinamento dos colaboradores. 
 Sabendo que depois das pessoas, os equipamentos são o maior recurso da 
 empresa, precisamos ter equipamentos que favoreçam o desempenho de nossas 
 funções e também estarmos preparados para fabricar um produto ou prestar um 
 serviço com qualidade. 
 128 
 MÓDULO 3 - DO ZERO A CONTRATAÇÃO NO SETOR EÓLICO 
 129
 
 1. Introdução
 1.1. A importância de saber vender seu peixe
 Saber "vender seu peixe" ou apresentar-se de forma convincente e destacar suas 
 habilidades relevantes é muito importante para conseguir uma vaga no setor eólico. 
 O setor é altamente competitivo, com muitos candidatos disputando as mesmas 
 posições, por isso destacar-se da concorrência é essencial para garantir que você 
 seja notado pelos recrutadores e empregadores. 
 Além disso, o setor eólico exige conhecimentos e habilidades técnicas específicas, 
 como engenharia, tecnologia de turbinas eólicas, operações e manutenção, entre 
 outras. Ao "vender seu peixe", você pode demonstrar como suas habilidades se 
 alinham com as necessidades do setor. 
 1.2. Realmente existem oportunidades? 
 O setor eólico está em alto crescimento. 
 Notícias: 
 1.3. Quem consegue entrar no setor? 
 1° caminho: Ter um peixe 
 130 
 2° caminho: Ter experiência 
 3° caminho: Ter qualificação estratégica 
 1.4. Como conseguir uma oportunidade 
 Passo 1: Ter um bom currículo 
 Passo 2: Ter acesso às vagas e oportunidades certas 
 Passo 3: Saber vender seu peixe na hora da entrevista 
 2. Mercado de Trabalho
 O que é o mercado de trabalho? 
 Comparando o Mercado do Trabalho com um supermercado: 
 Assim como nos supermercados, os candidatos precisam se destacar entre outros 
 produtos semelhantes para chamar a atenção dos recrutadores e garantir que sejam 
 "comprados" (contratados) para a vaga disponível. 
 A diversidade e a concorrência

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