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1 SUMÁRIO I. LEGISLAÇÃO II. ANÁLISE DE RISCO III. RISCOS ADICIONAIS III.1. TRABALHO EM ALTURA III.2. ESPAÇO CONFINADO III.3. ÁREAS CLASSIFICADAS IV.3. PLANO DE EMERGÊNCIA V. BIBLIOGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- I. LEGISLAÇÃO I.1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 6: SÃO DIREITOS SOCIAIS A EDUCAÇÃO, A SAÚDE, O TRABALHO, O LAZER, A SEGURANÇA, A PREVIDÊNCIA SOCIAL, A PROTEÇÃO À MATERNIDADE E À INFÂNCIA, A ASSISTÊNCIA AOS DESAMPARADOS, NA FORMA DESTA ..... ART. 7: SÃO DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS, ALÉM DE OUTROS QUE VISEM A MELHORIA DE SUA CONDIÇÃO SOCIAL: XXII - REDUÇÃO DOS RISCOS INERENTES AO TRABALHO, POR MEIO DE NORMAS DE SAÚDE, HIGIENE E SEGURANÇA XXVIII - SEGURO CONTRA ACIDENTE DE TRABALHO, A CARGO DO EMPREGADOR, SEM EXCLUIR A INDENIZAÇÃO A QUE ESTE ESTÁ OBRIGADO, QUANDO INCORRER EM DOLO OU CULPA. I.2. LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA Decreto N.º 3.048, de 06/05/99 (Regulamentou a Lei Nº 8.213/91) Regulamento dos Benefícios da Previdência Social 2 O Regulamento dos Benefícios da Previdência Social é bastante extenso, já foi alterado duas vezes, a primeira em 2001, quando foi publicado o Decreto 4.032 e a segunda em 2003, com o Decreto 4.882. O que apresentaremos neste texto são os artigos que estão relacionados com a segurança e saúde no trabalho. Desde 1991, pela Lei 8.213, que a nossa Legislação classifica o acidente do trabalho (referendado pelo Decreto 3.048/99) como: Acidente do Trabalho Típico Trajeto Doença do Doença Trabalho Profissional 3.2.1. Lei n.º 8.213, de 1991 – Artigos que foram referendados pelo Decreto 3.048/99. O artigo 19: Define Acidente do Trabalho: "Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do Art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. § 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador. § 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. § 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular. § 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento." 3 Art. 20: Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo 131, as seguintes entidades mórbidas: I. Doença Profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social; II. Doença do Trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. 1º Não serão consideradas como doenças do trabalho: a) A doença degenerativa; b) A inerente a grupo etário; c) A que não produz incapacidade laborativa; d) A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 2º Em caso excepcional, constando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II, deste artigo resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve equipará- la a acidente do trabalho. Art. 21: Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeito desta Lei: I. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para a perda ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação. II. o acidente sofrido pelo empregado no local e horário de trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho; c) o ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro, ou de companheiro de trabalho; 4 d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior. III. A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade. IV. O acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho: a) Na execução de ordem ou na realização de serviços sob a autoridade da empresa; b) Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado, desde que não haja alteração ou interrupções por motivo alheio ao trabalho. 1º Nos períodos destinado à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior. Art. 23: Considerar-se-à como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data de início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para esse efeito o que ocorrer em primeiro lugar. 3.2.2. Artigos do Decreto 3.048/99. Art. 25: O Regime Geral da Previdência Social compreende as seguintes prestações, expressas em benefícios e serviços: 5 I. Quanto ao segurado: a) Aposentadoria por invalidez (100% do salário de benefício); b) Aposentadoria por idade; c) Aposentadoria por tempo de contribuição; d) Aposentadoria especial (100% do salário de benefício); e) Auxílio Doença (91% do salário de benefício. É devido a partir do décimo sexto dia do afastamento da atividade); f) Salário família; g) Salário maternidade; h) Auxílio – acidente (50% do salário de benefício. Será concedido a contar do dia seguinte ao da cessação do auxílio – acidente do segurado, corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio – acidente e será devido até a véspera de início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado);. II. Quanto ao dependente: a) Pensão por morte; e b) Auxílio reclusão (devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa, ..); e III. Quanto ao segurado e dependente: Reabilitação profissional. Art. 104: O auxílio – acidente será concedido, comoindenização, ao segurado Empregado, exceto o doméstico, ao trabalhador avulso, ao segurado especial e ao Médico residente quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidentes de qualquer natureza, resultar sequela definitiva que implique: I. Redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e se enquadre nas situações determinadas no Anexo III; II. Redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exijam maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época do acidente; III. Impossibilidade de desempenho de atividade que exerciam à época do Acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de Reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do INSS. Art. 336: Para fins estatísticos, a empresa deverá comunicar à Previdência Social o 6 acidente que tratam os artigos 19, 20, 21 e 23 da Lei n.º 8.213, de 1991, ocorrido com o segurado empregado, exceto o doméstico, o trabalhador avulso, o segurado especial e o médico residente, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena da multa aplicada e cobrada na forma do artigo 286. § 1.o Da comunicação a que se refere esse artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria. § 2.o Na falta do cumprimento do disposto no caput, caberá ao setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social comunicar a ocorrência ao setor de fiscalização, para a aplicação e cobrança da multa devida. § 3.o Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo. § 4.o A comunicação a que se refere o § 3.o não exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento do disposto, neste artigo. § 5.o A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social poderá autuar a empresa que descumprir o disposto no caput, aplicando a multa cabível, sempre que tomar conhecimento da ocorrência antes da autuação pelo setor de fiscalização. § 6.o Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas neste artigo”. Art. 337: O Acidente que trata o artigo anterior será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social, que fará o reconhecimento técnico do nexo causal entre: a) O acidente e a lesão; b) A doença e o trabalho; c) A causa mortis e o acidente. § 1.o O setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social reconhecerá o 7 direito do segurado à habilitação do benefício acidentário. § 2.o Será considerado agravamento do acidente aquele sofrido pelo acidentado quando estiver sob a responsabilidade da reabilitação profissional. "Art. 338. A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção à segurança e saúde do trabalhador sujeito aos riscos ocupacionais por ela gerados. § 1º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular. § 2º Os médicos peritos da previdência social terão acesso aos ambientes de trabalho e a outros locais onde se encontrem os documentos referentes ao controle médico de saúde ocupacional, e aqueles que digam respeito ao programa de prevenção de riscos ocupacionais, para verificar a eficácia das medidas adotadas pela empresa para a prevenção e controle das doenças ocupacionais. § 3o O INSS auditará a regularidade e a conformidade das demonstrações ambientais, incluindo-se as de monitoramento biológico, e dos controles internos da empresa relativos ao gerenciamento dos riscos ocupacionais, de modo a assegurar a veracidade das informações prestadas pela empresa e constantes do CNIS, bem como o cumprimento das obrigações relativas ao acidente de trabalho." (NR). Nova Redação Decreto 4.882/2003 Art. 339: O Ministério do trabalho e Emprego fiscalizará e os sindicatos e entidades Representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos artigos 338 e 343. Art. 340: Por intermédio dos estabelecimentos de ensino, sindicatos, associações de Classe, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e medicina do Trabalho, órgãos públicos e outros meios, serão promovidas regularmente Instrução e formação com vistas a incrementar costumes e atitudes Prevencionistas em matéria de acidentes, especialmente daquele referido no Artigo 336. Art. 341: Nos casos de negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho 8 indicadas para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis. Art. 342: O pagamento pela previdência social das prestações decorrentes do acidente a que se refere o artigo 336, não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros. I.3. ESTATÍSTICA DE ACIDENTES ANO ÓBITOS DOENÇAS TRAJETO TÍPICO 1998 3.793 30.489 36.114 347.738 1999 3.896 23.903 37.513 326.404 2000 3.094 19.605 39.300 304.963 2001 2.557 17.470 38.982 283.193 2002 2.898 20.886 46.621 320.398 Fonte INSS I.4. RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL 1. Responsabilidade. Obrigação jurídica de responder, alguém, pelos próprios atos de outrem, em virtude de determinação de lei ou obrigação a qual se vinculou voluntariamente, quando estes atos implicam em danos a terceiros ou a uma violação da ordem jurídica. 2. Responsabilidade Solidária. Consiste na delegação de serviços e ou tarefas sem que isso implique a desobrigação de atender às consequências das ações praticadas pelo sub-contratado. 3. Conceito de Culpa No Direito Penal é a omissão voluntária de diligência ou cuidado, falta ou demora no prevenir ou obstar um dano. É a violação de um dever pré-existente em que o agente procede ou com imprudência, ou imperícia ou negligência. ARTIGO 132: CÓDIGO PENAL. 9 EXPOR A VIDA OU À SAÚDE DE OUTREM A PERIGO DIRETO OU IMINENTE. PENA: DETENÇÃO DE 3 MESES A 1ANO. CÓDIGO CIVIL: ARTIGO 927 Aquele que, por ato ilícito, causar prejuízo a outrem, fica obrigado a repará - lo I.3. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA A Legislação Trabalhista está contida no Capítulo V da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas. I.3.1. CLT: ARTIGO 157: CABE AS EMPRESAS Instruir os empregados através de ordens de serviço, quanto as precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças I.3.2. INTERFACES ENTRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS Num primeiro momento precisamos reconhecer que existe uma convergência de ações visando "alvos" definidos, que são a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, como podemos ver no quadro abaixo: OBJETIVOS NR 4: SESMT Promover a Saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho NR 5: CIPA Prevenção de Acidentes e Doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservaçãoda vida e a promoção da saúde do trabalhador NR 7: PCMSO Promoção e preservação da saúde do conjunto de seus trabalhadores NR 9: PPRA Preservação da Saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais 10 I.3.3. NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA MEMBROS: INDICADOS E ELEITOS Principais atividades: Plano de Trabalho; Mapa de Risco; SIPAT; Campanha da AIDS; inspeções de segurança nas áreas; desenvolver e implementar o PPRA, o PCMSO e outros; análise de acidentes; divulgar informações sobre segurança e saúde no trabalho I.3.4. NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI Segundo a NR 6/2001, no seu item 6.5, diz que, " Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade." Assim onde não houver SESMT a CIPA recomenda o EPI e no caso de empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante orientação de profissional técnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do trabalhador (subitem 6.5.1, da NR 6/2001) Nos casos da adoção de medidas de proteção individual, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias (item 6.3, da NR 6/2001): a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho, ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas. Por exemplo, no período de fabricação e montagem de dutos de ventilação; c) para atender a situações de emergência, como, por exemplo, para atender vazamentos de amônia ou cloro. São obrigações do empregador (item 6.6, da NR 6/2001): OBRIGAÇÕES COMENTÁRIO a) adquirir o adequado ao risco Cabe ao SESMT, quando este não houver cabe a CIPA, quando a empresa não tiver CIPA, cabe ao Designado (mediante orientação) recomendar o EPI adequado ao 11 de cada atividade risco. Se na ausência do SESMT a CIPA ou o Designado não tiverem condições de recomendar, deverá ser contratado alguém com conhecimento para o faze-lo. b) exigir seu uso Depois de receber o EPI o trabalhador deve usá-lo, sob pena de receber advertência ou até ser demitido por justa causa. c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de Segurança e saúde no trabalho O EPI, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego - M TE (item 6.2, da NR 6/2001). d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação Antes de receber o equipamento, o trabalhador deve ser conscientizado de que precisa estar protegido. O treinamento servirá para lhe mostrar as características e os limites do equipamento, bem como, é o uso correto, as formas de higienizá-lo, a guarda, conservação e substituição. e) substituir imediatamente, Quando danificado ou extraviado. Providenciar a substituição de filtros saturados e de EPI com desempenho irrregular, ou danificados ou cuja vida útil tenha chegado ao fim. Também deve fornecer caso o empregado tenha "perdido" (não sabe onde deixou) o mesmo. f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica. Fornecer as condições necessárias (uso de sabões neutros, sacos plásticos, ...) para que o usuário possa manter seu EPI higienizado e em condições de uso. g)comunicar ao M TE qualquer irregularidade observada. Caso o empregador desconfie da eficiência de um EPI, ou verifique um desempenho irregular, deve denunciar, por escrito, ao Ministério do Trabalho e Emprego comunicando o fato. São obrigações dos empregados (item 6.7, da NR 6/2001): OBRIGAÇÕES COMENTÁRIO (não tem as linhas do meio o texto é único para as letras de "a" a "d") a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina. Em geral, os trabalhadores não se preocupam muito em limpar (higienizar) os EPI, guardar e b) responsabilizar-se pela guarda e conservação. conservar direito os mesmos. A CIPA deve se empenhar em conscientizá-los de que a falta c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso. Destes cuidados pode lhes trazer doenças ou acidentes. Outra atitude muito importante é 12 d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. Comunicar ao empregador a ocorrência de trincas, ferrugem, equipamentos danificados, filtros saturados, ...nos EPI. I.3.5. NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS * Antecipação e Reconhecimento dos Riscos: Físicos, Químicos e Biológicos; * Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação; * Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; * Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; * Monitoramento da exposição aos Riscos; * Registros e divulgação dos dados. I.3.6. PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA - PCA Aos usuários de Protetores Auditivos os fatores que devem ser levados em consideração são os seguintes: a) Colocação inadequada; b) Não usar 100% da jornada; c) Escolha não adequada para o espectro do ruído; d) Protetores desconfortáveis; e) Instrução deficiente; f) Concha mais fácil que o de Inserção; g) Tamanho do meato auditivo; h) Tamanho do protetor; i) Os de Inserção devem ser colocados com as Mãos limpas; j) Aqueles que tem Capacete com Concha acoplado, as duas referências devem estar no mesmo Certificado de Aprovação. . I.3.7. PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA - PPR I.3.7.1. ENSAIO DE VEDAÇÃO 13 I.3.7.1.1. ENSAIOS QUALITATIVOS OPÇÕES: 1. BITREX 2. FUMAÇA IRRITANTE (USAR FILTRO P3) 3. ÓLEO DE BANANA 4. SACARINA NOTA: VER ANEXO 4 DO PPR I.3.8. ERGONOMIA A Ergonomia visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, seguranaça e desempenho eficiente. II. ANÁLISE DE RISCO OUTROS TESTES Toda vez antes de entrar nos ambientes, ao colocar o respirador, realizar o teste de pressão negativa (figura 1) e o teste de pressão positiva (figura 2) FIGURA 1 FIGURA 2 14 Antes de executar serviços em instalações elétricas deve-se fazer uma Análise de Risco A Análise de Riscos é o estudo detalhado de um objeto com a finalidade de identificar perigos e avaliar os riscos associados a eles. O objeto pode ser um sistema. processo ou atividade. Basicamente a Análise de Riscos consiste em responder as seguintes perguntas: � O que pode acontecer de errado? � Quais são as causas básicas dos eventos indesejáveis? � Com que frequência isto pode acontecer? � Quais são as consequências? � Quais são os riscos aceitáveis? É importante que a organização estabeleça e mantenha procedimentos para identificação contínua de perigos, avaliação de riscos e implementação de medidas de controle. Tais procedimentos devem incluir: # atividades de rotina e não rotinas # atividades de todo o pessoal com acesso ao trabalho (inclui visitantes e contratados) # instalaçõespróprias e de terceiros II.1. SELEÇÃO PASSO A PASSO Os Métodos utilizados para a Análise de Riscos, atendendo os resultados que podem ser obtidos, são classificados em duas categorias: � Métodos Qualitativos; � Métodos Quantitativos. As variáveis para a realização de Análises de Risco, são: Técnica de Análise de Riscos Empresa 1. Domínio da Técnica 2. Memória da Informação 3. Consultores Especializados 4. Benchmarking de aplicações 1. Experiência Operacional 2. Memória Técnica do Equipamento 3. Capacitação da Equipe de funcionários GESTÃO DO RISCO 15 Fig.1: O processo interativo para a gestão do risco. Identificação Do Perigo Análise do Risco Estimativa do Risco Avaliação do Risco Valorar o Risco Gestão do Risco Risco sim Risco Tolerável Controlado não Controle do Risco II.1.1. PASSO A PASSO Antes de escolher a Técnica, é necessário desenvolver os seguintes passos: 1) Definir o sistema que se quer estudar; 2) Definir os objetivos e a fronteira do sistema; 3) Verificar quem conhece o sistema. 4) Escolher a Técnica para aplicar no sistema. 16 Nota: Em geral passa-se direto para o quarto passo sem respeitar os passos anteriores, isto acaba levando à uma avaliação que nem sempre condiz com a realidade. Assim não esqueça de fazer o Passo a Passo. Importante: No caso dos eletricistas e instrumentistas eles podem até não conhecer a técnica mas conhecem o sistema a ser estudado. II.1.2. MÉTODOS QUALITATIVOS A aplicação dos Métodos dependem da situação do perigo existente. Não há verdades absolutas, uns são melhores em algumas situações e em outras não apresentam bons resultados. Os métodos qualitativos mais reconhecidos e aplicados são: � Análise Preliminar de Perigos - APP; � What If? � Check List; � Análise de Segurança de Tarefas - AST; � Análise de Perigos e Operabilidade (Hazop); � Análises de Modos de falha, efeito e criticidade (FMECA); � Índice de fogo, explosão de DOW; � Índice de fogo, explosão e toxicidade de MOND. Nesta apostila iremos tratar da Análise Preliminar de Perigos - APP. II.1.3. ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS - APP A Análise Preliminar de Perigos - APP é uma técnica de identificação de perigos derivada do Programa Militar de defesa americana – MIL-STD-882D. A APP enfoca materiais perigosos e situações perigosas em processos. É geralmente aplicada no estágio inicial de desenvolvimento de um projeto, onde há poucas informações disponíveis. A APP também é conhecida como Análise Preliminar de Risco - APR. Este método se aplica geralmente nas fases iniciais de um novo projeto, com os seguintes objetivos: � Detecção dos perigos inerentes aos produtos, processos e serviços utilizados; 17 � Tomada de decisão sobre a conveniência ou necessidade de realizar uma análise de riscos mais detalhada; � Adoção de medidas para a eliminação ou redução dos riscos derivados. Este método como seu nome indica é preliminar, mas sua aplicação pode ter uma grande importância, reduzir custos e evitar acidentes graves ou ao menos mitigar suas conseqüências. Por outra parte a informação existente indica que no acidente de Bhopal uma quantidade menor de metilisocianato armazenado, reduziria enormemente a gravidade do acidente. II.1.3.1. ELABORAÇÃO DA APP Para iniciar a Análise da APP, precisamos elaborar uma planilha contendo os seguintes dados: � Sistemas/Subsistemas (divisão sistemática da instalação); � Perigos (Cenários definidos); � Possíveis causas detectadas; � Modos de detecção existentes; � Avaliação dos efeitos (Consequência); � Categoria dos riscos; � Recomendações Modelo: Planilha de APP LOGO DA EMPRESA UNIDADE/SUBSISTEMA Referências: Número: Data da última: Data: Data da próxima: Funcionários envolvidos: Sistema estudado: Elaborado por: Aprovado por: Perigo Causas Efeitos Categoria Categoria Categoria Recomendações 18 Frequência Severidade Risco Tabela: Exemplos de Categoria de Frequência Categoria Denominação Descrição A Extremamente remota Conceitualmente possível, mas extremamente improvável de ocorrer B Remota Ocorreu raras vezes em outras instalações similares C Pouco provável Ocorreu algumas vezes em outras instalações similares D Provável Ocorreu poucas vezes no site e em outras instalações similares E Frequente Ocorreu várias vezes no site Tabela: Exemplos de Categoria de Severidade Categoria Denominação Descrição I Incidente Conceitualmente possível, mas extremamente improvável de ocorrer durante a vida útil da instalação II Lesões pequenas Provoca lesões pequenas em funcionários próprios e/ou terceiros (Ex: queimaduras de 1º Grau) III Lesões Médias Provoca lesões moderadas em funcionários próprios e/ou terceiros (Ex: queimaduras de 2º Grau) IV Lesões Graves Provoca lesões graves em funcionários próprios e/ou terceiros (Ex: queimaduras de 3º Grau) V Fatalidade Provoca a morte em funcionários próprios e/ou terceiros Tabela: Matriz de Classificação de Riscos FREQUENCIA Categoria A B C D E SE V Moderado Sério Crítico Crítico Crítico VE IV Menor Moderado Sério Crítico Crítico RI III Desprezível Menor Moderado Sério Crítico DA II Desprezível Desprezível Menor Moderado Sério 19 DE I Desprezível Desprezível Desprezível Menor Moderado Ações a serem tomadas: Denominação Descrição Desprezível Não requer ação específica. Menor Não é necessário melhorar a ação preventiva, sem demora deve-se considerar soluções mais rentáveis ou melhoras que não tenham uma carga econômica importante. São requeridas comprovações periódicas para assegurar que se mantém a eficácia das medidas de controle. Moderado Devem ser feitos esforços para reduzir o risco, determinando os investimentos necessários. As medidas para reduzir o risco devem ser implantadas num período determinado. Quando o risco moderado está associado com conseqüências extremamente danosas, será preciso uma ação posterior para estabelecer, com mais precisão a probabilidade do dano, como base para determinar a necessidade de melhoria das medidas de controle. Sério Não deve ser começado o trabalho até que se tenha reduzido o risco. Pode ser que sejam necessários recursos consideráveis para controlar o risco. Quando o risco corresponde a um trabalho que está sendo realizado, deve remediar-se o problema num tempo inferior aos riscos moderados. Crítico Não deve ser começado, nem continuado o trabalho até que se reduza o risco. Se não é possível reduzir o risco, devido a recursos limitados, deve ser proibido o trabalho. EXEMPLO DE APP DPST ENGENHARIA Atividade: Referências: POP 34/2000 Número: 013 Data da última: 12/03/2003 Data: 12/03/2004 Data da próxima: 12/03/2005 Funcionários envolvidos: Um eletricista Sistema estudado: Troca de Dijuntor Elaborado por: Armando Aprovado por: AguinaldoRisco Causas Efeitos Categoria Frequência Categoria Severidade Categoria Risco Recomendações Contato direto Painel energizado Fibrilação e parada cardíaca e respiratória C IV Sério Treinamento pelo POP Funcionáio BA 5 Ferramentas isoladas 20 Trabalho realizado em duas pessoas Legenda POP: Procedimento Operacional Padronizado III. RISCOS ADICIONAIS III.1. TRABALHO EM ALTURA III.1.1. NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO O trabalho em altura deve ser realizado a partir de uma Permissão de Trabalho, que contenha no mínimo um "check list" para a realização de um trabalho seguro. Na Legislação Trabalhista ele está inserido na NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, que diz: "18.13. Medidas de proteção contra quedas de altura 18.13.1. É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção de materiais. (118.235-8 / I4) 18.13.2. As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente. (118.236-6 / I4) 18.13.2.1. As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de materiais e equipamentos, devem ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de entrada e saída de material, e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar. (118.237-4 / I4) 18.13.3. Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura, constituído de material resistente e seguramente fixado à estrutura, até a colocação definitiva das portas. (118.238-2 / I4) 21 18.13.4. É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje. (118.239-0 /I4) 18.13.5. A proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos: a) ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário; (118.240-4 / I4) b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros); (118.241-2 / I4) c) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da abertura. (118.242-0 / I4) 18.13.6. Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno. (118.243-9 / I4) 18.13.6.1. Essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e 1 (um) complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade. (118.244-7 / I4) 18.13.6.2. A plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada, somente, quando o revestimento externo do prédio acima dessa plataforma estiver concluído. (118.245-5 / I4) 18.13.7. Acima e a partir da plataforma principal de proteção, devem ser instaladas, também, plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes. (118.246-3 / I4) 18.13.7.1. Essas plataformas devem ter, no mínimo, 1,40m (um metro e quarenta centímetros) de balanço e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade. (118.247-1 / I4) 18.13.7.2. Cada plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada, somente, quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver concluída. (118.248- 0 / I4) 18.13.8. Na construção de edifícios com pavimentos no subsolo, devem ser instaladas, ainda, plataformas terciárias de proteção, de 2 (duas) em 2 (duas) lajes, contadas em direção ao subsolo e a partir da laje referente à instalação da plataforma principal de proteção. (118.249-8 / I4) 22 18.13.8.1. Essas plataformas devem ter, no mínimo, 2,20m (dois metros e vinte centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade, devendo atender, igualmente, ao disposto no subitem 18.13.7.2. (118.250-1 / I4) 18.13.9. O perímetro da construção de edifícios, além do disposto nos subitens 18.13.6 e 18.13.7, deve ser fechado com tela a partir da plataforma principal de proteção. (118.251-0 / I3) 18.13.9.1. A tela deve constituir-se de uma barreira protetora contra projeção de materiais e ferramentas. (118.252-8 / I3) 18.13.9.2. A tela deve ser instalada entre as extremidades de 2 (duas) plataformas de proteção consecutivas, só podendo ser retirada quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver concluída. (118.253-6 / I3) 18.13.10. Em construções em que os pavimentos mais altos forem recuados, deve ser considerada a primeira laje do corpo recuado para a instalação de plataforma principal de proteção e aplicar o disposto nos subitens 18.13.7 e 18.13.9. (118.254-4 / I4) 18.13.11. As plataformas de proteção devem ser construídas de maneira resistente e mantidas sem sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua estrutura. (118.255-2 / I4)". III.1.2. NORMAS DA ABNT Desde 1990 que a ABNT editou a Norma Brasileira NBR 11.370 para especificação de Cinturão, talabarte e corda de segurança e a Norma NBR 11.371 para Ensaios. No ano de 2001 as duas normas foram revisadas e fundidas e passou a existir só a NBR 11.370, para Especificação e Métodos de Ensaio. Os cinturões abdominal e paraquedista tem conceitos diferentes, que estão refletidos nos testes de ensaio dos mesmos. O primeiro é usado para "posicionamento" ou para "limitar a área de atuação", enquanto o segundo é o apropriado para quedas de níveis diferentes, por distribuir a força em cinco pontos. Os ensaios falam por si, senão vejamos: 1. TRABALHO EM ALTURA AS NOVAS NORMAS DA ABNT 1.1. NBR 11370/2001: Equipamento de Proteção Individual – Cinturão e talabarte de segurança – 23 Especificação e métodos de ensaio. 1.2. NBR 14.626/2000: Trava-queda guiado em linha flexível - especificação e método de ensaio, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1.3. NBR 14.627/2000: Trava-queda guiado em linha rígida - especificação e método de ensaio, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1.4. NBR 14.628/2000: Trava queda retrátil - especificação e métodos de ensaio, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1.5. NBR 14.629/2000: Absorvedor de energia - especificação e método de ensaio, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1.6. NBR 14.751/2001: Equipamento de Proteção Individual – Cadeira suspensa – Especificação e métodos, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1.1. CINTURÃO DE SEGURANÇA Desde 1990 que a ABNT editou a Norma Brasileira NBR 11.370 para especificação de Cinturão, talabarte e corda de segurança e a Norma NBR 11.371 para Ensaios. No ano de 2001 as duas normas foram revisadas e fundidas e passou a existir só a NBR 11.370, para Especificação e Métodos de Ensaio. Novos conceitos e definições, são: a) Argolas: detalhe importantíssimo. “As argolas colocadas na linha da cintura, no cinturão de segurança, devem ter o seu uso restrito ao posicionamento de trabalhoe para limitação de distância”. b) Tipos de cinturão: agora só existem dois, abdominal e paraquedista (definição no item 4). c) Talabarte: componente de conexão de um sistema de segurança contra queda, destinado a sustentar, posicionar e limitar a movimentação do trabalhador. Comprimento máximo de 180cm para couro e tecido vulcanizado e 200 cm para cordas e fitas sintéticas, correntes e cabos de aço. d) Cabo de Segurança: Componente de um sistema de segurança contra queda, para reter ou limitar a queda, comprimento ilimitado, podendo ser de cordas e fitas sintéticas, corrente ou cabo de aço. e) Absorvedor de energia: dispositivo utilizado em conjunto com o sistema de segurança contra queda, destinado a limitar o valor da força de frenagem, no caso de uma queda. 24 f) Cinturão abdominal e talabarte: Acima o esquema para o ensaio de resistência estática. + Ensaio de resistência estática: deve resistir a 7 kN, sem ruptura ou rasgos + Ensaio de ruptura: Valor mínimo da carga de Ruptura de 3,5 kN 25 g) Cinturão tipo para - quedista e talabarte: + Ensaio de resistência dinâmica: resistir, sem deformação estrutural, a 3 quedas sucessivas com utilização do boneco padrão (massa = 100 kg) de uma altura de 600 mm. Ao lado montagem para o ensaio de resistência dinâmica do cinturão tipo abdominal e talabarte. 26 h) Mosquetões e argolas: Devem ter carga de ruptura de, no mínimo, 20 k N. i) Fivelas: Devem ter carga de ruptura de, no mínimo, 18 k N 1.2. TRAVA - QUEDAS Desde 1978, os trava – quedas, no Brasil, forma testados pela Norma francesa NFS 71.020/78 que determina: “Teste de queda com massa rígida de 100 kg, solta em queda livre de uma altura de 60 cm; a força máxima transmitida ao ponto de ancoragem não deve exceder 6 k N e o escorregamento do dispositivo sobre o cabo não deve ser superior a 60 cm”. Exige-se que a carga de ruptura seja de, no mínimo, 11,5 k N para cabo de aço e 20 k N para corda ou fita sintética. Para trava – quedas retráteis exige-se que o cabo esteja totalmente enrolado e que o deslocamento da massa de 100 kg não ultrapasse 60 cm. A partir do ano de 2001, o Comitê Brasileiro 32, apresenta quatro normas, que comentaremos a seguir: + Ensaio de resistência dinâmica: Resistir sem deformação estrutural, a uma queda do boneco - padrão (massa = 100 kg), preso pelo olhal de fixação superior, de uma de 4 metros. O ângulo entre o eixo longitudinal do boneco e o eixo vertical não deve exceder a 50º. + Após 15 minutos, repetir o procedimento, erguendo o boneco pelo olhal de fixação inferior: deve resistir, sem apresentar qualquer deformação estrutural. Ao lado montagem para o ensaio de resistência dinâmica dos cinturões tipo pára – quedista e talabarte 27 1.2.1. NBR 14.626 TRAVA – QUEDAS EM LINHA FLEXÍVEL Definições: a) Equipamento automático de travamento que se desloca numa linha de ancoragem flexível, destinado a travar a movimentação do cinturão de segurança quando ocorrer uma queda. b) Linha flexível: cabo de aço ou corda sintética, preso num ponto de ancoragem superior. Carga de ruptura: corda sintética = 20 k N Cabo de aço = 15 k N c) Ponto de ancoragem: deve ter resistência mecânica superior a 15 k N. d) talabarte do trava – queda: comprimento máximo de 1 metro. e) Desempenho dinâmico do trava – quedas: 1.2.2. NBR 14.627 TRAVA – QUEDAS EM LINHA RÍGIDA Definições: Soltando-se uma massa de 100 kg, seu deslocamento vertical não deve exceder 3 metros e a força de frenagem não deve exceder a 6 k N. Ao lado montagem do sistema. 28 a) Equipamento automático de travamento que se desloca numa linha de ancoragem fixa e rígida, destinado a travar a movimentação do cinturão de segurança quando ocorrer uma queda. b) Linha rígida: perfil rígido ou cabo de aço esticado e preso nas duas extremidades. Carga de ruptura: 15 k N c) Ponto de ancoragem: deve ter resistência mecânica superior a 15 k N. d) Talabarte do trava – queda: comprimento máximo de 0,5 metro. e) Desempenho dinâmico do trava – quedas: 1.2.3. NBR 14.628 TRAVA – QUEDAS RETRÁTIL Definições: a) Equipamento automático de travamento que permite movimentação retrátil de um cabo ou fita, destinado a travar a movimentação do cinturão de segurança quando ocorrer uma queda. b) Cabo retrátil: elemento retrátil do trava – quedas que liga-se ao cinturão de segurança. Soltando-se uma massa de 100 kg, seu deslocamento vertical não deve exceder 1 metro e a força de frenagem não deve exceder a 6 k N. Ao lado montagem do sistema 29 Carga de ruptura: 15 k N. c) Ponto de ancoragem: Deve ter resistência mecânica superior a 15 k N. d) Resistência estática: Deve resistir a 15 k N, sem deformação estrutural. 1.3. NBR 14.629 ABSORVEDOR DE ENERGIA Definições: a) Dispositivo destinado a limitar o valor da força de frenagem no caso de uma queda. b) O absorvedor de energia pode ser usado com talabarte ou corda sintética e o comprimento do conjunto não deve exceder 2 metros. Pode ser usado com qualquer trava - quedas e) Desempenho dinâmico do trava – quedas: Soltando-se uma massa de 100 kg, seu Deslocamento vertical não deve Exceder 2 metros e a força de frenagem não deve exceder a 6 k N. Ao lado montagem do sistema. c) Pré carga estática: deve resistir a 2 k N, sem se distender. d) Resistência estática: deve resistir a 15 k N, já totalmente distendido, sem deformação estrutural. e) Desempenho dinâmico: 30 1.2.5. NBR 14.751/2001 - CADEIRA SUSPENSA Até o ano de 2001, no Brasil, todas as cadeiras suspensas foram testadas pela Norma Inglesa BS 2830, que permite o uso de corda sintática e cabo de aço em funcionamento manual e só cabo de aço na opção elétrica. f) Instrução de uso: Indicação da altura livre necessária, Abaixo do usuário, para uso do absorvedor de energia. Ao lado como fica após o uso do absorvedor de energia. 31 Em 04/07/1995, o Ministério do Trabalho proibiu o uso de cadeira suspensa por corda, porém, considerando ser inviável usar cabo de aço em espaços confinados com atmosfera potencialmente explosiva e em torres de transmissão com alta voltagem, decidiu-se voltar a autorizar o uso da corda sintética para sustentação da cadeira suspensa. Para efetivação deste fato, falta somente ocorrer a publicação da Portaria no Diário Oficial da União. A Portaria 13, de 9 de julho de 2002, no seu item 18.15.50 diz "a sustentação da cadeira suspensa deve ser feita por meio de cabo de aço ou cabo de fibra sintética". Está portanto permitida o uso de corda em Espaços Confinados. Definição: Equipamento de movimentação vertical com ou sem acionamento, manual ou motorizado, cuja estrutura e dimensões permitem a utilização por apenas uma pessoa e o material necessário para realizar o serviço. Requisitos: - Deve possuir no mínimo, duas travas de segurança. - Assento com, no mínimo, 500 x 250 mm. - Conexão com o cabo, no mínimo, a 500 mm acima do plano do assento. - Cabo de sustentação deve ter carga de ruptura de, no mínimo, 15 k N para aço e 20 k N para fibra sintética e, no caso de cadeira motorizada, deve ser de aço com diâmetro de, no mínimo, 8 mm. - Deve utilizar cinturão tipo para - quedista e trava – queda ligados em cabos independentes. - Carga de utilização máxima de 100 kg (pessoa + material de trabalho). - Importante:a cadeira deve ser revisada anualmente pelo fabricante ou credenciado. Resistência estática da estrutura da Cadeira Suspensa. 32 O texto acima (Trabalho em altura), desta apostila foi elaborado em conjunto com o Engenheiro Gulin Jr., Coordenador da Comissão "Proteção Contra Quedas", do CB 32, da ABNT. III.2. ESPAÇO CONFINADO III.2.1. INTRODUÇÃO A cadeira suspensa deve resistir a uma força De 7 k N, aplicada entre sua conexão com o Cabo e o centro do plano do assento, sem Deformar ou romper soldas. Ao lado esquema para o ensaio de resistência estática da estrutura da cadeira suspensa Desempenho dinâmico das travas de segurança: + cada trava – queda deve ser ensaiado isoladamente. + Aplicar, por meio de um dispositivo de soltura rápida, uma massa de 100 kg no centro do plano do assento e constatar que o deslocamento vertical não deve exceder 1,0 metro. 33 Um recinto confinado é qualquer espaço com abertura limitada de entrada e saída e ventilação natural desfavorável, em que podem acumular-se contaminantes tóxicos ou inflamáveis, ou ter uma atmosfera deficiente em oxigênio, e que não está concebido para uma ocupação continuada por parte do trabalhador. A NIOSH define um ambiente confinado como: “uma área que, pela concepção, tem aberturas para entrada e saída limitadas, ventilação natural desfavorável que pode conter ou produzir contaminantes perigosos e que não é concebida para ocupação contínua”. Os riscos nestes espaços são multíplos, e além do acúmulo de substâncias tóxicas ou inflamáveis e deficiência de oxigênio, podemos incluir os ocasionadas por bocas estreitas, posturas incômodas de trabalho, limitada iluminação, etc.. Outro aspecto a se destacar é a implicação de algum risco como no caso de ruído muito superior ao gerado por equipamento em espaço aberto pela transmissão de vibração. Como em geral as atividades nestes locais é necessária, precisamos nos assegurar que os riscos estarão sob controle, enquanto elas estiverem sendo executadas. Uma característica dos acidentes nestes espaços é a gravidade de suas consequências tanto para a pessoa que realiza o trabalho, como para quem o auxilia de forma imediata sem adotar as necessárias medidas de segurança, gerando a cada ano vítimas fatais. A origem destes acidentes é o desconhecimento dos riscos, na maioria dos casos por falta de capacitação e treinamento e a uma deficiente comunicação sobre o estado das instalações e as condições seguras sobre a operação a ser realizada. Este material se dedica especialmente ao controle preventivo dos riscos específicos por atmosferas perigosas. III.2.2. A RESPIRAÇÃO DO HOMEM. 34 O dióxido de carbono e outros produtos secundários que se formam devem ser expelidos continuamente do corpo humano. Este processo que ocorre nas células do corpo é chamado de metabolismo. As funções existentes no aparelho respiratório são as seguintes: O Nariz e a via área superior, tem as seguintes funções: + Aquecer o ar para que chegue com uma adequada temperatura ao pulmão; + Umidificar o ar que vai ao pulmão; + Filtrar as impurezas. Isto se dá pelos pêlos do nariz, dos cílios da mucosa; + A tosse e o espirro são os mecanismos de limpeza utilizando uma corrente de ar com pressão. A tosse limpa os brônquios e a traquéia e o espirro o nariz; + A voz é outra das funções do aparelho respiratório; + O intercâmbio gasoso ou de oxigênio e dióxido de carbono é a última etapa. Esta troca ocorre no alvéoloe passam os gases desde o alvéolo ao sangue e vice versa através de uma fina membrana. O meio de transporte que leva o oxigênio a todas as células do corpo é o sangue. De forma simplificada a Unidade Funcional Respiratória é representada pelo: Bronquíolo terminal, o Alvéolo, o capilar pulmonar e a membrana alvéolo-capilar (onde se processam as trocas gasosas). Numa pessoa existem de 300 a 600 milhões dessas unidades. III.2.2.1. CONSUMO DE OXIGÊNIO. O ser humano não consegue viver sem oxigênio. Para manter as suas funções vitais, o homem precisa continuamente de uma certa quantidade de energia, que garantirá a atividade física e o calor corpório. Essa energia é resultante de complexos processos bioquímicos, nos quais os subprodutos dos alimentos ingeridos pelo homem reagem com o oxigênio do ar respirado. Este processo é chamado de Oxidação. O sistema Respiratório encontra-se formado, de uma maneira simplificada, pelos elementos dispostos na Figura 1 ao lado: 35 O consumo de oxigênio depende da atividade que está sendo executada, na tabela abaixo, temos informações do US Navy Diving Manual e Neuhaus e Renner, Publicação Médica Semanal, revista de fevereiro de 1960, 15º ano, página 22. Atividade Trabalho Consumo de Oxigênio (litros / minuto) Volume Respiratório (litros / minuto) Descansando Deitado Sentado Em pé 0,25 0,30 0,40 6 7 9 Trabalho leve Andar 3,2 km/h Nadar devagar 0,9 km/h 0,70 0,80 16 18 Trabalho médio Andar 6,5 km/h Nadar 1,6 km/h 1,2 1,4 27 30 Trabalho pesado Nadar a 1,85 km/h Andar de bicicleta 21 km/h Correr a 13 km/h 1,80 1,85 2,00 40 45 50 Trabalho pesadíssimo Nadar a 2,2 km/h Correr a 15 km/h Escadas, 100 degraus/min Correr morro acima 2,5 2,6 3,2 4,0 60 65 80 95 III.2.2.2. AR ATMOSFÉRICO. No ar atmosférico encontramos os seguintes elementos: Composição do ar Percentual (em volume) Pressão Parcial (mm Hg)* Oxigênio (O2 ) 20,93% 159,06 Dióxido de Carbono (CO2 ) 0,03% 0,23 Nitrogênio (N2 ) 78,09% 593,48 Argônio (Ar) 0,9325% 7,0 Hidrogênio (H2 ) 0,01% 0,07 Neônio (Ne) 0,0018% 0,013 Helio (He) 0,0005% 0,0038 Kriptônio (Kr) 0,0001% 0,00076 Xenônio (Xe) 0,000009% 0,000068 Total 100% 760 mm Hg * Ao nível do mar a Pressão atmosférica é de 760 mmHg. Para outras altitudes deve-se calcular a pressão parcial para cada elemento, baseada na nova pressão atmosférica. 36 Segundo a Lei de Dalton, a pressão total de uma mistura de gases é igual a soma das pressões parciais desses gases, assim sendo: Patm = PPO2 + PPCO2 + PPN2 + PPAr + PPH2 + PPNe + PPHe + PPKr + PPXe. A Pressão parcial de um gás, é aquela que ele exerceria se ocupasse sozinho o volume total da mistura. I. Pressões parciais do ar inalado PPO2 = 159,06 mm Hg Nariz Veias pulmonares Artérias PPO2 = 40 mm Hg PPO2 = 110 mm Hg Pulmonares PPCO2 = 40 mm Hg PPCO2 = 46 mm Hg III.2.2.3. TIPOS DE ESPAÇOS CONFINADOS E MOTIVOS DE ACESSO A definição dada anteriormente nos determina a amplitude de lugares que podem considerar-se recintos confinados. De forma geral se destinguem dois tipos de espaços confinados: a) Espaços confinados abertos por sua parte superior e de uma profundidade que dificulta sua ventilação natural. Neste tipo se incluem: Diques de Fossos de reparos de veículos; Cubas de desengraxe; Poços; Depósitos abertos; etc. b) Espaços confinados fechados com uma pequena abertura de entrada e saida. Neste item estão incluídos: Reatores; Tanques de armazenamento, sedimentação, etc; Salas subterrâneas de transformadores; Gasômetros; Túneis; Caixas de Esgotos; Galerias de serviços; compartimentos de embarcações; caminhões tanque; Câmaras subterrâneas; etc. alvéolo PPO2 = 110 mm Hg PPCO2 = 40 mm Hg 37Os motivos de acesso a espaços confinados são diversos e se caracterizam pela influência de sua entrada, realizada a intervalos irregulares e para trabalhos não rotineiros e não relacionados com a produção, tais como os seguintes: Construção do local (tanques, silos, etc); Limpeza; Pintura; Reparos; Inspeção. III.2.3. RISCOS. III.2.3.1. RISCOS GERAIS. São aqueles em que a margem do perigo da atmosfera interior, são devidos as condições materiais do espaço como lugar de trabalho. Entre estes riscos se destacam: a) Riscos mecânicos: + equipamentos que podem colocar-se em marcha intempestivamente; + choques e golpes, por chapas defletoras, agitadores, elementos salientes, dimensões reduzidas da boca de entrada, obstáculos no interior, etc; c) riscos de choque elétrico por contato com partes metálicas, que acidentalmente podem estar com tensão; d) quedas a diferentes níveis e ao mesmo nível por escorregões, etc; e) quedas de objetos no interior enquanto se está trabalhando; f) posturas incorretas; g) ambiente físico agressivo. Ambiente quente ou frio; Ruído e vibrações (martelos pneumáticos, esmeril, etc); Iluminação deficiente; h) um ambiente agressivo além do risco de acidentes, acrescenta a fadiga; i) riscos derivados de problemas de comunicação entre interior e exterior III.2.3.2. RISCOS ESPECÍFICOS. São aqueles ocasionados por condições especiais em que se desenvolvem este tipo 38 de trabalho, as quais estão indicadas na definição de ambiente confinado e que estão originados por uma atmosfera perigosa que pode dar lugar aos riscos de asfixia, incêndio ou explosão e intoxicação. III.2.3.2.1. ASFIXIA. O ar contém 21% de oxigênio, se este percentual é reduzido, são produzidos sintomas de asfixia que vão se agravando conforme diminue esta porcentagem (ver tabela abaixo). A asfixia é consequência da falta de oxigênio e esta é ocasionada basicamente ao produzir um consumo de oxigênio ou um deslocamento deste por outros gases. III.2.3.2.2. DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO. Em termos de Oxigênio a Legislação Brasileira, diz no item 3, do Anexo n.º 11 que, “Todos os valores fixados no Quadro n.º 1 como Asfixiantes Simples determinam que nos ambientes de trabalho, em presença destas substâncias a concentração mínima de oxigênio deverá ser dezoito por cento (18%) em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente”. A ACGIH mantém a mesma recomendação da Legislação Brasileira. Oxigênio Morte Inconsciência Morte de 7 a 8 minutos Náusea Redução da força Muscular Respiração Rápida, Dor de Cabeça e Náuseas Zona de Segurança Danos no Cérebro 0% - 6% 8% 12% 16% 19,5% 23,5% 100% Limite Inferior (OSHA/NIOSH) Limite Superior (OSHA/NIOSH) O2 39 III.2.3.2.3. INCÊNDIO OU EXPLOSÃO Em um ambiente confinado pode-se criar com extraordinária facilidade uma atmosfera inflamável. Esta possibilidade de se formar uma atmosfera inflamável deve-se a muitas causas, como evaporação de solventes de pintura, restos de líquidos inflamáveis, reações químicas, movimento de grãos de cereais, etc. Sempre que exista gás, vapor ou pó combustível no ambiente e sua concentração está compreendida entre seus limites de inflamabilidade (LEL e UEL). Pode-se definir o fogo como a consequência de uma reação química denominada combustão, que produz calor ou calor e luz. Para que exista incêndio é necessária a combinação de três fatores: 1 2 3 onde 1: Combustível: É todo material, toda substância que possui a propriedade de queimar, de entrar em combustão. Os combustíveis podem se apresentar nos três estados físicos. Pode ser líquido (exemplos: querosene, éter, álcool, gasolina, tolueno, acetona, etc), gases (exemplos: de nafta, butano, propano, metano, acetileno, etc) e sólido [lenha, carvão, papel, tecidos, pós (exemplos: trigo, carvão vegetal, etc)]. 2: Comburente: É o ar atmosférico com 20,9% de Oxigênio ou atmosferas enriquecidas com oxigênio. Normalmente o oxigênio combina-se com o combustível, dando início à combustão. 3: Calor: É o elemento que fornece a energia de ativação necessária para iniciar a reação entre o combustível e o comburente, mantendo e propagando a combustão. Este pode ser provocado pela simples elevação de temperatura no local (auto-ignição) ou por : corrente elétrica, eletricidade estática, fagulhas, faíscas, centelhas, chamas abertas, cigarros, fósforos acesos, etc. Para cada combustível haverá a necessidade da presença de uma porcentagem mínima de oxigênio, a partir da qual a mistura poderá entrar em combustão. A concentração 40 de oxigênio abaixo deste limite inviabiliza a combustão, pois a mistura combustível – comburente estará muito “rica”. Para efeito de segurança se considera que um espaço confinado é muito perigoso quando existe concentração de substância inflamável acima de 10% do limite inferior de inflamabilidade (LEL), dado que é facil de ser reproduzido através de variações da concentração ambiental por razões diversas. No que se refere aos combustíveis os parâmetros mais importantes são: Ponto de fulgor, Limite Inferior de Explosividade – LEL e Densidade do Vapor. Para iniciar o incêndio além do ar e do combustível é necessária uma ignição, que pode ser provocada por: Corrente elétrica, Eletricidade Estática, alta temperatura (combustão expontânea), mistura de produtos químicos, fricção (atrito entre duas superfícies) e Calor radiante (proveniente de fornalhas ou superfícies quentes). III.2.3.3.1. GÁS NATURAL – METANO. GÁS NATURAL - METANO 15% UEL 300% INDICAÇÃO VOLUME APARELHO 5% LEL 100% Nota: A OSHA recomenda que o alarme do aparelho esteja em 10% do LEL. III.2.3.3.2. INTOXICAÇÃO. A concentração no ar de produtos tóxicos acima de determinados limites de exposição pode produzir intoxicações agudas ou doenças. As substâncias tóxicas em um ambiente confinado podem ser: gases, vapores ou pó fino em suspensão no ar. CH4 41 O surgimento de uma atmosfera tóxica pode ter origem diversas, seja por existir o contaminante ou por produzir este ao se realizar o trabalho no ambiente confinado. A intoxicação nesta classe de trabalho pode ser aguda se a concentração produzida for alta. Se a concentração produzida for baixa as consequências são difíceis de detectar devido a duração limitada deste tipo de trabalho. Se são repetitivos podem dar lugar a doenças profissionais. Junto ao risco de intoxicações podemos incluir as atmosferas irritantes e corrosivas como no caso do cloro, ácido clorídrico, amônia, etc. Somente para algumas substâncias como o CO2, H2S, SO2, CL2, NH3, conhecemos as concentrações IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida e a Saúde) que produzem efeitos letais e danos funcionais à orgãos dos seres humanos. Também deve ser destacado o efeito narcotizante de alguns contaminantes como o gás sulfidríco (H2S) o qual em pequenas concentrações cheira a ovo podremas em grandes quantidades, ocasiona intoxicação mortal. Em termos de conceitos para substâncias tóxicas, dois precisam ser do conhecimento de quem trabalha em espaço confinado, são eles: Conceito Definição Limite de Tolerância É a concentração máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante sua vida laboral. Concentração IPVS É a concentração que apresenta risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante irreversível à saúde. III.2.3.3.3. GÁS SULFÍDRICO. Em termos de Gás Sulfídrico o comportamento no organismo é o seguinte: Gás Sulfídrico H2S 42 Segurança Irritação Aos Olhos E Sistema Respiratório Forte Irritação Nos Olhos e Sistema Respiratório Inconsciência (30 min.) Morte (1 hora) Morte 0 5 50 - 100 200 - 300 500 - 700 1000 ppm ppm ppm ppm ppm ppm Limite de Tolerância da ACGIH/98. Nota: A concentração IPVS para o Gás Sulfídrico está em torno de 300 ppm. III.2.3.3.4. MONÓXIDO DE CARBONO. Em termos de Monóxido de Carbono temos sua ação no organismo de acordo com a literatura existente é a seguinte. Monóxido de Carbono Segurança Desconforto Dor de Cabeça Confusão e Náusea Inconsciência E Possibilidade De morte Morte 0 25 600 1000 2000 2500 4000 CO 43 ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm Limite de Tolerância da ACGIH/98 (No Brasil é de 39 ppm) . Nota: A concentração IPVS para o Monóxido de Carbono está em torno de 1.500 ppm. III.2.3.3.5. SUBSTÂNCIAS TÓXICAS. Para a maioria de substâncias tóxicas se desconhecem as concentrações limite que geram danos agudos em pessoas. A título de orientação recomendamos consultar os valores CL50 ( concentrações letais), concentrações de contaminantes no ar que gera a morte de 50% de uma amostra de ratos de características determinadas em um tempo de exposição de 4 minutos e os valores TWA-Stel que são as concentrações máximas admisíveis para uma determinada substâncias estabelecidas pela ACGIH (American Conference Governmental Industrial Hygienists) para um tempo de exposição de 15 minutos, a partir dos quais é possível a geração de efeitos agudos. No Brasil a fonte de consulta para as concentrações limites de tolerância é o Anexo 11, da NR 15, da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho. Também deve-se destacar o perigo daqueles contaminantes como o monóxido de carbono (CO) que não é detectável pelo olfato. III.2.4. CAUSAS FREQUENTES DE ACIDENTES. As situações mais comuns em que se produzem acidentes por atmosferas perigosas, são as seguintes: 5.1. Asfixia Consumo de oxigênio por + Fermentação de materias orgânicas diversas no interior de recipientes Trabalho de soldagem, calefação, corte, etc + Absorção, por exemplo nos leitos filtrantes de carvão ativado úmido em reparação de depósitos de filtração de água + Oxidação da superfície metálica no interior de tanques + Desprendimento de gás carbônico (CO2) em fermentação orgânica aeróbica em esgotos, em tanques de armazenamento, poços, túneis, 44 Deslocamento de oxigênio por silos de cereais, etc. + Desprendimento de metano (CH4) produto de fermentações orgânicas anaeróbicas em fossas sépticas, redes de esgoto, digestores de depuração de águas residuais, etc. + Insuflamento de gases inertes em operações de purga ou limpeza de depósitos não ventilados posteriormente 5.2. Intoxicação Reações perigosas com geração de gases tóxicos. Algumas das mais significativas são: + Liberação de gás sulfídrico através da reação do enxofre com ácidos. Por exemplo limpeza de cisternas que contenham restos de enxofre com produtos ácidos + Liberação de gás cloro pela reação de qualquer ácido com hipoclorito de sódio em trabalhos de limpeza. + Liberação de óxidos nitrosos pela reação de substâncias oxidantes como os nitritos em contato com substâncias orgânicas. Presença de monóxido de Carbono Locais em que são produzidos processos de combustão Incompleta. Por exemplo o uso de bombas com motores de combustão interna para extrair líquidos. Substâncias tóxicas geradas Durante o trabalho Trabalhos de soldagem e corte. São conhecidos casos de acidentes por este tipo de trabalho sobre aço inoxidável. Emprego de solventes orgânicos no desengraxe e limpeza Aplicação de camadas protetoras de tinta no interior de depósitos. Existência de substâncias tóxicas no recinto Procedentes do próprio processo produtivo ou de resíduos. 5.3. Incêndio e Explosão Atmosfera inflamável com focos de ignição diversos + Desprendimento de produtos inflamáveis absorvidos na superfície interna dos recipientes + Vapores de solventes em trabalhos de pintura e vapores de substâncias inflamáveis em operação de limpeza de tanques. + Limpeza com gasolina ou outras substâncias inflamáveis em oficinas de veículos. + Reações químicas que originam gases inflamáveis. O ácido sulfúrico diluído reage com o ferro desprendendo Hidrogê- nio. O carbureto de cálcio em contato com a água gera o gás acetileno. + Trabalhos de soldagem e corte em locais que contenham ou tenham contido substâncias inflamáveis. 45 + Descargas eletrostáticas no transvasamento de líquidos inflamáveis. + Operações de carga e descarga e transporte de pós com- bustíveis (cereais, borracha, etc). Substâncias combustíveis ou Atmosfera inflamável com focos de ignição diversos e aumento da concentração de oxigênio + Insuflamento de oxigênio para “melhorar” a qualidade do ar respirável no interior de tanques. + Emprego de oxigênio ou ar comprimido em equipamentos para o transvasamento de líquidos inflamáveis, no interior de recipientes. Liberação de produtos inflamáveis da superfície de depósitos, depois de esvaziados. São conhecidos casos de acidentes em que uma limpeza incompleta não evitou a liberação dos gases absorvidos nas paredes dos recipientes metálicos. III.2.5. MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O CONTROLE DE TRABALHOS EM ATMOSFERAS PERIGOSAS. A adoção de medidas preventivas deve ser efetuada de forma rigorosa a identificação e avaliação de todos e cada um dos riscos existentes. A seguir iremos expor as medidas preventivas frente aos riscos específicos. III.2.5.1. AUTORIZAÇÃO DE ENTRADA NO AMBIENTE CONFINADO. Esta autorização é a base de todo plano de entrada em um ambiente confinado. Com ela pretende-se garantir que os responsáveis pela área solicitante do serviço, os executantes e o pessoal do SESMT estão adotando uma série de medidas fundamentais para que se possa intervir prontamente no ambiente confinado.. É recomendável que o sistema de autorização de entrada estabelecido contemple um check-list, a revisão e o controle de uma série de pontos chaves da instalação (limpeza, purgas, descompressão, etc) e especifique as condições em que o trabalho deve ser realizado e os meios a serem empregados. Exemplos de dados para um Check list: Parâmetro Sim Não Parâmetro Sim Não Isolar entrada e saída de gases Instalar ventilador portátil Isolar entrada de vapor Lavar internamente antes de entrarDetectar teor de Oxigênio % Uso de ar mandado Detectar teor de gases tóxicos Uso de Sistema Autônomo Detectar misturas explosivas Uso de Cinto de Segurança Circular vapor Uso lâmpada a prova de explosão 46 Deve ser escrito um procedimento detalhado com o título “ Permissão de trabalhos em locais confinados”. A autorização de entrada no ambiente Confinado deve ser assinada pelos responsáveis pela área solicitante do serviço, a área executante e o SESMT, que deve ser válida só para uma jornada de trabalho (outra deve ser emitida na mudança de turnos), deve complementar-se com normas sobre procedimentos de trabalho em que se regulamentem atuações concretas a serem seguidas pelo pessoal durante sua atuação no interior do ambiente confinado Algumas das questões que deveriam ser incorporadas a este procedimento são: a) meios de acesso ao ambiente (escadas, plataformas, etc); b) medidas preventiva a adotar durante o trabalho ( ventilação, controle continuado da atmosfera interior, etc); c) equipamentos de proteção individual (respiradores com filtros, cordas de segurança, etc); d) equipamentos de trabalho ( material elétrico, sistema de iluminação adequado e protegido, etc); e) vigilância e controle da operação desde o exterior. Este procedimento de trabalho pode ser incorporado ao próprio documento de autorização de trabalho, referido anteriormente, como instruções complementares; para trabalhos com uma certa periodicidade deve ser elaborada uma norma de trabalho. III.2.5.2. MEDIÇÃO E AVALIAÇÃO DA ATMOSFERA DO AMBIENTE CONFINADO. O controle dos riscos específicos para atmosfera perigosa requer medição ambiental com o uso de instrumentos específicos. As medições devem ser efetuadas antes da realização do trabalho e de forma continuada, mesmo com este procedimento é possível produzir-se variações de atmosfera no interior. 47 Especial precaução temos que ter em locais ou ambientes “mortos”, em que não foi possível produzir a necessária renovação de ar pois pode ter se acumulado substâncias contaminantes. Os equipamentos de medição normalmente empregados são de leitura direta, permitindo conhecer na hora as características do ambiente interior. Para exposições que podem gerar efeitos crônicos e que se requeira uma maior confiabilidade na medição ambiental, devem utilizar-se equipamentos de muestreo para a captação do possível contaminante em suportes de retenção e sua análise posterior em laboratório. O instrumento de leitura direta pode ser portátil ou fixo em lugares que por seu alto risco requer um controle continuado. Para medições a distância grandes temos que ter especial precaução para os possíveis erros de medição, em especial é fácil de se produzir condensação de vapores no interior da condução de captação. III.2.5.2.1. UNIDADES DE MEDIDAS DE GASES. As unidades utilizadas para gases e vapores tóxicos, são as seguintes: a) ppm: que significa partes por milhão, ou partes de poluentes por milhão de partes de ar respirado. 1 ppm de gás no ambiente corresponde a 1 cm3 desse gás por metro cúbico de ar que se respira. b) mg/ m3 : que siginifica mg de gás por m3 de ar que se respira. É uma unidade peso por volume. c) Fórmulas de Conversão: Estas medições prévias devem efetuar-se desde o exterior (amostragem remota) ou desde zonas seguras. No caso de não se poder alcançar desde o exterior a totalidade do espaço, se deverá ir avançando paulatinamente e com as medidas preventivas necessárias desde zonas totalmente controladas (ver figura ao lado). 48 24,45 x mg / m3 ppm = ---------------------------- peso molecular ppm x peso molecular mg/ m3 = ----------------------------------- 24,45 d) mg/l : que significa mg de gás por litro de ar. IMPORTANTE: Para gases combustíveis ou para exprimirmos grandes concentrações de gases usamos o % (percentual) em volume, onde 1% volume corresponde a 10.000 ppm. III.2.5.2. MEDIÇÃO DE OXIGÊNIO. A porcentagem de oxigênio não deve ser inferior a 19,5%. Se não é possível manter estes níveis com aporte de ar fresco, deverá realizar-se o trabalho com equipamento respiratório semi automático ou automático, segundo o caso. Na atualidade os equipamentos de detecção de atmosferas inflamáveis (explosímetros) devem levar incorporado sistema de medição de nível de oxigênio, se não a leitura do aparelho estará incorreta, uma vez que há oxigênio insuficiente para a queima da amostra.. III.2.5.3. MEDIÇÃO DE ATMOSFERAS INFLAMÁVEIS OU EXPLOSIVAS. A medição de substâncias inflamáveis no ar se efetua mediante explosímetros, equipamento calibrado com uma substância inflamável padrão, em geral usa-se o Metano. Estes equipamentos só podem ser ligados e desligados em atmosferas isentas de contaminante, o ar limpo e devem ser calibrados periodicamente. Para a medição de substâncias diferentes ao padrão se dispõe de gráficos fornecidos pelo fabricante, que permite a conversão dos dados de leitura ao valor da concentração da substância objeto da medição. È necessário que estes equipamentos disponham de sensor regulado para sinalizar visualmente e acusticamente quando for atingido 10% do Limite Inferior de Inflamabilidade – LIE (LEL). 49 Quando for superado os 5% do Limite Inferior de Inflamabilidade o controle das medições deverá ser continuado durante todo o serviço. No caso de uso de maçaricos (chama aberta) o serviço só deve ser liberado se o ponteiro permanecer no 0% (ZERO). Enquanto se efetua as medições, o trabalho prévio desde o exterior do espaço com possíveis atmosferas inflamáveis deve ser vigiado rigorosamente a existência de focos de ignição nas proximidades da boca do ambiente. III.2.5.3.1. LIMITES DE EXPLOSIVIDADE. Existem dois limites de explosividade para um gás ou vapor, são eles: SIGLA TERMO COMENTÁRIO LEL Limite Inferior de Explosividade É a mínima concentração em volume na mistura, acima da qual ela pode ser inflamada UEL Limite Superior de Explosividade É a máxima concentração em volume na mistura, abaixo da qual ela pode ser inflamada REGIÃO POBRE (MUITO AR E POUCO COMBUSTÍVEL) NÃO PEGA FOGO FAIXA DE EXPLOSIVIDADE (MISTURA PROPORCIONAL) (PEGA FOGO) REGIÃO RICA (MUITO COMBUSTÍVEL E POUCO AR) NÃO PEGA FOGO LEL UEL OS EXPLOSÍMETROS ALARMAM COM 10% DO LEL. III.2.5.3.2. CARACTERÍSTICAS DAS MISTURAS. Para misturas (ar x gases/vapores) inflamáveis devemos reconhecer algumas propriedades importantes para analisar a situação, que são: 50 a) Ponto de Fulgor; b) Temperatura de auto-ignição; c) Influência da Temperatura; d) Umidade Relativa; e) Densidade. III.2.5.3.2.1. PONTO DE FULGOR. É a mínima temperatura em que um combustível começa a desprender vapores que ao entrarem em contacto com alguma fonte externa de calor, se incendeiam e na retirada desta fonte a chama apaga. Nota: Não temos ponto de fulgor para gases. III.2.5.3.2.2. PONTO DE AUTOIGNIÇÃO. É a mínima temperatura à qual uma mistura, em proporção adequada se inflama espontaneamente. III.2.5.3.2.3. INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA. Um aumento da temperatura “facilita” a reação de combustão e, portanto, alargará a faixa de explosividade (o LEL diminui e o UEL aumenta, ambos linearmente com o aumento da temperatura inicial da mistura. III.2.5.3.2.4. UMIDADE RELATIVA. Tem uma influência perceptível sobre a faixa de explosividade. A faixa mais larga ocorre em misturas extremamente secas. III.2.5.3.2.5.
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