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Livro-Texto Unidade II

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37
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Unidade II
5 OPERAÇÕES FINANCEIRAS
Durante sua existência, as empresas fazem operações que envolvem a aplicação de seus recursos 
financeiros. Caso esses recursos sejam excedentes e a entidade não tenha interesse em investir 
em sua atividade principal para protegê-los, ela pode investi-los no mercado financeiro (bancos, 
financeiras etc.). Essas operações são conhecidas como aplicações financeiras, que podem ser feitas 
na rede bancária em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), fundos de renda fixa, fundos de 
renda variável etc.
O inverso também nos remete ao mercado financeiro. Caso os negócios estejam ruins e a empresa 
necessite recorrer a empréstimos para a manutenção de sua atividade, tenha de financiar algum 
projeto de longo prazo ou ainda aumentar seus bens de capital, ela obterá o que precisa mediante 
a captação de recursos no mercado financeiro (bancos, financeiras, capitalistas particulares etc.). 
Essas operações são conhecidas como captação de recursos ou empréstimos.
Vejamos como se deu o surgimento dessas operações.
Compra
Venda
Figura 1 – Atividade comercial
A atividade comercial liga a produção ao consumo. Ela é o meio pelo qual se viabiliza todo o 
fluxo de mercadorias entre produtores e consumidores. Entre as atividades comerciais, podemos citar: 
supermercados, farmácias, revendedoras de veículos, lojas de materiais de construção, de equipamentos 
de informática etc.
5.1 Duplicatas
A duplicata é um título de crédito formal nominativo, emitido pela empresa com a mesma data, 
valor global e vencimento da fatura. É representativo e comprobatório de crédito preexistente (venda de 
mercadoria a prazo) e destinado a aceite e pagamento por parte do comprador.
38
Unidade II
 Observação
Aceite: ato de aceitar uma duplicata, declarando-se o devedor responsável 
pelo pagamento do débito na data marcada.
Segundo Ribeiro (1999), as empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviços frequentemente 
vendem a prazo, respectivamente, produtos, mercadorias, serviços. Quando as vendas são efetuadas 
mediante a emissão e o aceite de duplicatas, estas poderão ser negociadas pelas empresas. Com esses 
títulos, as organizações efetuam transações nos bancos. As mais comuns são a cobrança simples de 
duplicatas e os descontos de duplicatas.
5.1.1 Cobrança simples
As empresas, ao venderem seus produtos a prazo, assumem o direito de receber os valores 
referentes à compra no vencimento previamente estipulado pelas partes – vendedor/comprador –, 
fixando também a decisão sobre como receberão esses valores, se diretamente na entidade ou se 
por meio de terceiros. 
Quando a decisão da empresa recai na primeira opção, ou seja, receber os valores das vendas a 
prazo diretamente na organização, essa operação é chamada de cobrança em carteira. Se escolher 
a segunda opção, aquela que utiliza terceiros (instituições financeiras, entidades de cobrança ou até 
mesmo cobradores particulares), a operação é denominada cobrança simples.
Para a cobrança em carteira, basta a empresa vendedora manter em seu departamento financeiro as 
duplicatas a serem recebidas com a data do vencimento estipulado. Recebendo os valores, a entidade 
tanto poderá mantê-los em seu caixa quanto depositá-los em sua conta-corrente bancária.
Vale ressaltar que numerários em caixa podem contribuir em situações de fraudes e, ao mesmo 
tempo, com pagamentos de gastos efetuados pela empresa. Trata-se de uma decisão que deve ser 
analisada sob diversos aspectos, levando-se sempre em consideração a segurança de todos que, direta 
ou indiretamente, fazem parte do dia a dia da instituição.
Para Ribeiro (1999, p. 197-199), a cobrança simples consiste na remessa de títulos aos cobradores 
que prestam serviços à empresa, incluídas aí as instituições financeiras, que, por sua vez, cobrarão 
os respectivos devedores. Para efetuar as cobranças de suas duplicatas, as empresas poderão utilizar os 
serviços de organizações especializadas ou até mesmo de cobradores particulares. Nesse tipo de 
operação, ela transfere a posse dos títulos ao banco, mas a propriedade continua sendo sua. Para remeter 
os títulos ao banco, a empresa os relaciona, de forma minuciosa, em um borderô, anexando-os.
39
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Vejamos a definição de alguns termos:
• Posse: situação em que temos um bem ou usufruímos dele, porém não temos o domínio, ou seja, 
não podemos vendê-lo.
• Propriedade: situação em que temos o domínio, ou seja, o direito pleno de usufruir e de dispor 
do bem.
• Borderô: relação das duplicatas que o cliente leva ao banco para realizar operações de desconto, 
cobrança etc.
A operação de cobrança se resume a duas fases:
• Pela remessa dos títulos ao banco:
— registro da operação, por meio das contas de compensação;
— registro das despesas cobradas pelo banco com a cobrança dos títulos.
 Observação
Compensação: grupo de contas nas quais são registradas operações que, 
no momento em que é feito esse procedimento, não alteram o patrimônio 
da empresa, mas que indicam riscos ou responsabilidades futuras. 
• Pelo recebimento das importâncias referentes aos títulos:
— o banco comunica que os títulos foram quitados;
— baixa da responsabilidade por meio do lançamento de compensação;
— baixa dos direitos por meio do débito da conta bancos conta movimento, pelo recebimento das 
importâncias referentes aos títulos e créditos da conta de duplicatas a receber para baixa dos 
respectivos direitos sobre o cliente.
5.1.2 Exemplo de cálculo
Remessa de duplicatas ao Banco Maracatu S/A, para cobrança simples, conforme borderô no valor 
de R$ 5.000,00. O banco cobrou R$ 80,00 de comissões e taxas.
Contabilização
Pela remessa dos títulos ao banco, têm-se dois lançamentos contábeis, um para registrar a remessa 
e outro para as despesas cobradas pelo banco.
40
Unidade II
1) Lançamento de compensação
D – títulos em cobrança = 5.000
C – endossos para cobrança = 5.000
1a) Registro da despesa
D – despesas de cobrança = 80
C – bancos conta movimento = 80
Após os vencimentos dos títulos, quando o banco comunicar que eles foram quitados:
2) Baixa das contas de compensação
D – endossos para cobrança = 5.000
C – títulos em cobrança = 5.000
2a) Pelo recebimento das duplicatas
D – bancos conta movimento = 5.000
C – duplicatas a receber = 5.000
Os razonetes a seguir ilustram o que destacamos.
Títulos em cobrança Endossos para cobrança
1 5.000,00 5.000,00 1
 5.000,00 2 2 5.000,00
Despesas de cobrança Bancos conta movimento
1a 80, 00 80,00 1a
 3 5.000,00 
Duplicatas a receber
Saldo XXXX 
5.000,00 3
41
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
 No caso de o pagamento não ser efetuado pelo cliente, o banco procederá normalmente a baixa 
da compensação, mas comunicará a empresa detentora das duplicatas (ou seja, a empresa que tem o 
direito a receber) a fim de retirar a duplicata vencida para as devidas providências de cobrança, inclusive 
o protesto delas. Vale lembrar que o banco poderá executar o protesto de uma duplicata vencida, desde 
que receba essa ordem do detentor dela, cobrando uma taxa por esse serviço.
 Supondo que o cliente não tenha quitado a duplicata no vencimento e que a empresa vendedora 
informe ao banco que a duplicata deverá ser protestada, sabendo-se que o banco cobrará R$ 45,00 pela 
operação, teríamos os seguintes lançamentos contábeis: 
3) Baixa das contas de compensação
D – endossos para cobrança = 5.000
C – títulos em cobrança = 5.000
3a) Registro da despesa
D – despesas de protestos = 45
C – bancos conta movimento = 45
 Observação
Mesmo que o cliente não quite a duplicata, o lançamento contábil 
sobre a baixa da compensação ocorrerá, uma vez que a duplicata, por estar 
vencida, deixa de pertencer a esse tipo de cobrança.
Títulos em cobrança Endossos para cobrança
Saldo 5.000,00 5.000,00 Saldo
 5.000,00 3 3 5.000,00
Despesas de protestos Bancos conta movimento
3a 45, 00 45,00 3a
 
A seguir, vamos acentuar dois exercícios com suarespectivas resoluções.
42
Unidade II
5.1.3 Exercício 1 
Para melhor entendimento, abordaremos no primeiro exercício as seguintes situações:
• vendas de mercadorias a prazo somente para um cliente;
• operação de cobrança simples;
• quitação pelo cliente na data do vencimento da duplicata;
• baixa da operação de cobrança simples. 
A Cia. Vera Cruz, fabricante de tecidos para cortinas, durante o mês de abril de 20X7, efetuou as 
seguintes transações:
1) Vendeu mercadorias a Cia. Santista por R$ 20.000,00 no prazo de 90 dias, apurando o custo de 
mercadorias vendidas no valor de R$ 9.600,00.
D – duplicatas a receber = 20.000
C – vendas de mercadorias = 20.000
1a) D – custo das mercadorias vendidas = 9.600
C – estoque de mercadorias = 9.600
2) Enviou, para cobrança simples junto ao Banco Forte S/A, o valor de R$ 20.000.
D – títulos em cobrança = 20.000
C – endossos para cobrança = 20.000
3) O Banco Forte cobrou R$ 1.200,00 a título de taxa de cobrança.
D – despesas de cobrança = 1.200
C – bancos conta movimento = 1.200
4) A Cia. Santista S/A efetuou o pagamento na data do vencimento.
D – bancos conta movimento = 20.000
C – duplicatas a receber = 20.000
43
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
5) O banco efetuou a baixa da duplicata e enviou o aviso para a Cia. Vera Cruz.
D – endossos para cobrança = 20.000
C – títulos em cobrança = 20.000
Duplicatas a receber Vendas de mercadorias
1 20.000,00 20.000,00 1
 20.000,00 4
Custos das mercadorias 
vendidas Estoques
Saldo XXXX
1 9.600,00 9.600,00 1
Títulos em cobrança Endossos para cobrança
2 20.000,00 20.000,00 2
 20.000,00 5 5 20.000,00
Despesas de protestos Bancos conta movimento
3 Saldo XXXX
 1.200, 00 1.200,00 3
4 20.000,00
5.1.4 Exercício 2 
Agora vamos destacar as seguintes situações:
• vendas de mercadorias a prazo para dois clientes;
• operação de cobrança simples para ambos os clientes;
• quitação somente por um cliente na data do vencimento da duplicata (o outro cliente ficou devendo);
• baixa da operação de cobrança simples para ambos os clientes;
• solicitação ao banco para enviar a duplicata vencida para protesto.
44
Unidade II
A Cia. Vera Cruz, fabricante de tecidos para cortinas, durante o mês de maio de 20X7, efetuou as 
seguintes transações:
1) Vendeu mercadorias a Cia. Joel por R$ 18.000,00 no prazo de 90 dias, apurando o custo de 
mercadorias vendidas no valor de R$ 8.400,00. Vendeu também mercadorias a prazo (90 dias) 
para a Cia. Kelps, no valor de R$ 16.500,00, apurando um custo para operação de R$ 6.350,00.
D – duplicatas a receber = 34.500
C – vendas de mercadorias = 34.500
D – custo das mercadorias vendidas = 14.750
C – estoque de mercadorias = 14.750
2) Enviou, para cobrança simples junto ao Banco Forte S/A, o valor de R$ 34.500,00.
D – títulos em cobrança = 34.500
C – endossos para cobrança = 34.500
3) O Banco Forte cobrou R$ 2.000,00 a título de taxa de cobrança.
D – despesas de cobrança = 2.000
C – bancos conta movimento = 2.000
4) Somente a Cia. Joel efetuou o pagamento na data do vencimento, portanto, a Cia. Kelps não 
quitou sua dívida.
D – bancos conta movimento = 18.000
C – duplicatas a receber = 18.000
5) O banco efetuou a baixa de ambas as duplicatas, Cia. Joel e Cia. Kelps, e depois comunicou a 
Cia. Vera Cruz.
D – endossos para cobrança = 34.500
C – títulos em cobrança = 34.500
45
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
6) A Cia. Vera Cruz solicitou ao banco que enviasse para protesto a duplicata referente à Cia. Kelps. 
O banco cobrou por esse serviço uma taxa de R$ 110,00.
D – despesas de protestos = 110
C – bancos conta movimento = 110
 Observação 
O razonete da conta duplicatas a receber ficará com o saldo de 
R$ 16.500,00. Trata-se da duplicata não recebida pela Cia. Kelps. A vendedora, 
Cia. Vera Cruz, fará de tudo para receber tal valor. Sua primeira medida, 
conforme indica o item 6 desse exercício, foi solicitar ao banco o protesto 
da duplicata vencida.
Exemplo de aplicação
Desenvolva os razonetes e confirme sua resposta consultando o apêndice deste livro-texto.
 Saiba mais
No artigo Fidelidade da Informação Contábil, o eminente contador 
Antônio Lopes de Sá tece alguns comentários muito interessantes sobre a 
necessidade de preparar a empresa ao risco da inadimplência: 
SÁ, A. L. de. Fidelidade da informação contábil. Portal da Classe Contábil, 
2006. Disponível em: https://bit.ly/3iStVdL. Acesso em: 22 mar. 2018.
5.2 Desconto de duplicatas
Segundo Ribeiro (1999, p. 200-204), 
O desconto de duplicatas consiste na transferência dos títulos ao banco, 
mediante endosso ao portador, que é uma declaração escrita ou assinatura 
no verso de um título de crédito com a qual se transfere o crédito a outra 
pessoa. De posse das duplicatas com vencimentos futuros, a empresa poderá 
descontá-las em um banco. No desconto, a empresa transfere ao banco o 
direito de recebimento dos títulos. O valor do desconto é determinado em 
função do número de dias que faltam para o vencimento dos títulos. Nesse 
tipo de transação, a empresa endossante é responsável, coobrigada pela 
liquidação de tais títulos descontados. A responsabilidade só desaparece 
após o pagamento ser efetuado pelo devedor.
46
Unidade II
A operação é “semelhante à cobrança simples, no que diz respeito à remessa dos títulos ao banco”. 
A empresa endossante desconta os títulos e recebe do banco o valor nominal (constante dos títulos), 
“suportando os juros correspondentes ao prazo que falta decorrer para o vencimento dos títulos 
negociados”. Então, a empresa transfere a posse e a propriedade dos títulos ao banco. Portanto, deve-se 
entender que o desconto de duplicatas é uma operação financeira na qual as empresas podem recorrer 
sempre que precisarem de dinheiro, desde que tenham duplicatas de sua emissão a receber (Ribeiro, 
2003, p. 342-344). 
Assim, na operação de desconto de duplicata (conforme estudamos), a empresa elabora um borderô, 
com duplicatas de sua emissão, e o encaminha ao banco, que, por sua vez, “compra” essas duplicatas, 
pagando por elas um valor menor do que o constante em cada título. Em troca, o banco libera, mediante 
crédito na conta-corrente da empresa vendedora dos títulos, o valor líquido da operação, ou seja, o valor 
pago pelas duplicatas.
A taxa cobrada pela operação de desconto corresponde à diferença entre o valor dos títulos (valor 
nominal) e o valor que o banco libera para a empresa (valor atual). Todavia, o valor da taxa que será 
cobrada na operação é determinada pelo estabelecimento bancário, variando conforme o montante, 
a quantidade e a data de vencimento de cada título, como defende Ribeiro (2003, p. 344). Vale 
reiterar que a empresa que está negociando com o banco a antecipação dos valores das vendas de 
mercadorias, produtos ou serviços realizados, com esse ato, está transferindo tanto a posse quanto a 
propriedade das duplicatas.
A operação de descontos de duplicatas assemelha-se à operação de desconto simples em relação 
à remessa das duplicatas aos bancos. Contudo, a quitação efetuada pelo comprador das mercadorias, 
produtos ou serviços é totalmente diferente de uma operação simples. Vamos explicar melhor adiante. 
5.3 Tratamento contábil 
Os valores de face das duplicatas descontadas são registrados numa conta de passivo pelo fato de a 
essência da transação de desconto ser uma forma de obter financiamento com a duplicata dada como 
garantia. Essa conta recebe o nome de duplicatas descontadas, tendo saldo credor.
A conta duplicatas descontadas apresenta a seguinte função na operação de desconto:
É creditada, pelo valor de face dos títulos, no momento em que é efetuada 
a operação de desconto e a instituição financeira faz o crédito na 
conta-corrente da empresa.
É debitada no momento da liquidação do título pelo devedor ou quando a 
instituição financeira leva a débito em conta-corrente da empresa por falta 
de pagamento por parte do devedor.
Os encargos financeiros debitados pela instituição financeira devem ser 
contabilizadoscomo encargos financeiros a transcorrer, já que se tratam de 
47
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
despesas antecipadas, sendo debitadas por ocasião do desconto e creditadas 
no momento em que a despesa é incorrida, observando-se o regime de 
competência (Desconto... [s.d.]). 
 Observação
Regime de competência: princípio contábil que exige que os fatos 
contábeis sejam registrados no momento de sua ocorrência.
5.3.1 Exemplo de cálculo
Uma empresa desconta, no Banco Maracatu S/A, 15 duplicatas de sua emissão, conforme relação 
(borderô), no valor de R$ 15.000,00. O banco cobra juros no valor de R$ 1.500,00, comissões e taxas no 
valor de R$ 90,00.
• Outras informações:
— data da venda: 10/3/20X4;
— valor total das vendas a prazo = R$ 28.700,00;
— custos das mercadorias vendidas = R$ 10.320,00;
— estoque inicial de mercadorias = R$ 45.890,00;
— data do vencimento da operação: 30/60 dias, ou seja, 10/4/20X4 e 10/5/20X5;
— data do desconto = 10/3/20X4;
— valor da operação de desconto = R$ 15.000,00.
 Nesse caso, temos:
Tabela 15 
Valor nominal dos títulos (duplicatas que serão descontadas) 15.000
(-) Valor suportado pela empresa para descontos (juros, taxas, comissões) 1.590
(=) Líquido a receber 13.410
Valor total das vendas 28.700
(-) Duplicatas que serão descontadas 15.000
(=) Duplicatas que ficarão em “carteira” para recebimento ou serão colocadas em 
cobrança simples 13.700
48
Unidade II
Acentuamos a seguir a contabilização das operações.
1) Vendas de mercadorias a prazo:
D – duplicatas a receber = 28.700
C – vendas a prazo = 28.700 
D – custo das mercadorias vendidas = 10.320
C – estoque de mercadorias = 10.320 
2) Pela remessa dos títulos e respectiva operação de desconto de duplicatas:
D – bancos conta movimento (AC) = 13.410
D – despesas de juros a vencer (redutora do PC) = 1.500
D – despesas bancárias (DRE) = 90 
C – duplicatas descontadas (PC) = 15.000 
Duplicatas a receber Vendas a prazo
1 28.700,00 28.700,00 1
 
Custos das mercadorias 
vendidas Estoques
1a 10.320,00 10.320,00 1a
 
Despesas de juros a vencer Bancos conta movimento
2 1.500,00 2 13.410,00
 
Despesas bancárias Duplicatas descontadas
2 90, 00 15.000,00 2
 
49
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Vejamos a explicação sobre a contabilização da operação de desconto de duplicatas.
• Debitamos a conta bancos conta movimento (ativo) por R$ 13.410,00 para registrar o valor líquido 
da operação.
• Debitamos a conta despesa de juros a vencer ou juros passivos a vencer (ambas redutoras do 
passivo) por R$ 1.500,00 referentes aos juros cobrados antecipadamente.
• Debitamos a conta despesas bancárias (despesas) por R$ 90,00 referentes ao valor das comissões 
e taxas cobradas sobre as duplicatas descontadas.
• Creditamos a conta duplicatas descontadas (conta de obrigação que figurará no balanço 
patrimonial no passivo) pelo valor da obrigação que a empresa terá para com o banco, caso os 
devedores das duplicatas não as quitem junto ao banco (R$ 15.000,00).
Tabela 16 – Representação no balanço patrimonial em 31/3/20X4
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Duplicatas a receber 28.700,00
...
Não circulante
Circulante
Duplicatas descontadas 15.000,00
Despesas de juros a vencer (1.500,00)
Não circulante
Total Total
Para atender ao regime de competência, tomam-se como base as informações sobre a operação 
de desconto, especificamente a conta juros passivos a vencer, resultante do desconto de duplicatas 
ocorrido em 10/3/20X4, composto de duplicatas a vencer em 30/60 dias, ou seja, 10/4/20X4 e 10/5/20X4. 
O total dos juros passivos a vencer cobrado pelo banco foi de R$ 1.500,00. De uma forma 
simplista, pode-se atribuir R$ 750,00 para cada mês de vencimento: 10/4/20X4 e 10/5/20X4 e, 
assim, atenderemos ao regime de competência sobre a realização das despesas de juros, conforme 
lançamento contábil a seguir.
1) Reconhecimento das despesas de juros referentes ao mês de abril de 20X4.
D – despesas de juros (DRE) = 750
C – despesas de juros a vencer (PC) = 750 
50
Unidade II
Despesas de juros Despesas de juros a vencer
1 750, 00 750,00 1
 
Tabela 17 – Representação no balanço patrimonial em 30/4/20X4
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Duplicatas a receber 28.700,00
...
Não circulante
Circulante
Duplicatas descontadas 15.000,00
Despesas de juros a vencer (750,00)
Não circulante
Total Total
Vejamos o caso da quitação das duplicatas.
Suponha-se que, na data do vencimento, o banco receba as importâncias correspondentes a todas 
as duplicatas e comunique o fato à empresa por meio de aviso bancário.
Nesse caso, faremos os seguintes registros contábeis:
1) D – duplicatas descontadas = 15.000
C – duplicatas a receber = 15.000
2) D – despesas de juros = 750
C – despesas de juros a vencer = 750
Duplicatas descontadas Duplicatas a receber
1 15.000,00 15.000,00 1
 
Despesas de juros Despesas de juros a vencer
2 750, 00 750,00 2
 
No lançamento 1, baixamos a obrigação que estava registrada na conta duplicatas descontadas, 
contra a baixa dos direitos que estavam registrados na conta duplicatas a receber. No lançamento 2, 
apropriamos a despesa com os juros cobrados antecipadamente, referente ao mês de maio de 20X4.
51
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Tabela 18 – Representação no balanço patrimonial em 31/5/20X4
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Duplicatas a receber 13.700,00
Não circulante
Circulante
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
 Lembrete
“O desconto de duplicatas consiste na transferência dos títulos ao banco, 
mediante endosso ao portador, que é uma declaração escrita ou assinatura 
no verso de um título de crédito com a qual se transfere o crédito a outra 
pessoa” (Ribeiro, 1999, p. 200-204).
Agora destacamos a não quitação dos títulos pelo devedor.
Na hipótese de o cliente não ter liquidado a duplicata e o banco debitar o respectivo valor na conta 
da empresa, o lançamento será:
1) D – duplicatas descontadas = 15.000
C – bancos conta movimento = 15.000
2) D – despesas de juros = 750
C – despesas de juros a vencer = 750
Duplicatas descontadas Bancos conta movimento
1 15.000,00 15.000,00 1
 
Despesas de juros Despesas de juros a vencer
2 750, 00 750,00 2
 
No lançamento 1, mesmo o cliente não quitando a duplicata, temos que baixar a obrigação 
que estava registrada na conta duplicatas descontadas, porém agora contra a conta bancos conta 
movimento. Na operação de desconto, o banco adiantou o valor da duplicata e, como o cliente não 
pagou a duplicata, o banco retirou o valor da conta-corrente, deixando para a empresa vendedora a 
responsabilidade de cobrar tal cliente. No lançamento 2, apropriamos a despesa com os juros cobrados 
52
Unidade II
antecipadamente, referente ao mês de maio de 20X4, independentemente do pagamento do cliente. 
O que deve prevalecer em termos de apropriação da despesa com juros é o regime de competência, 
ou seja, o mês de ocorrência do fato.
Por determinação da empresa vendedora, o banco poderá efetuar o serviço de protesto, cobrando 
uma taxa sobre a operação.
Tabela 19 – Representação no balanço patrimonial em 31/5/20X4
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Duplicatas a receber 28.700,00
Não circulante
Circulante
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
5.3.2 Exercício resolvido
A Cia. Caravelas efetuou as seguintes transações em 15/6/20X7:
1) Vendeu mercadorias para diversas companhias por R$ 6.000,00, no prazo de 30 dias, apurando o 
custo das mercadorias vendidas em R$ 2.945,00.
D – duplicatas a receber = 6.000
C – venda de mercadorias = 6.000
D – custo de mercadorias vendidas = 2.945
C – estoque de mercadorias = 2.945
2) Descontou R$ 6.000,00 das duplicatas relativas às vendas anteriores no Banco Intercontinental, à 
taxa de juros simples de 4% ao mês e comissão de R$ 200,00.
D – bancos conta movimento = 5.560
D – despesas de juros a vencer = 240
D – despesas bancárias = 200
C –duplicatas descontadas = 6.000
53
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Duplicatas a receber Vendas de mercadorias
1 6.000,00 6.000,00 1
 
Custo das mercadorias 
vendidas Estoques
1a 2.945, 00 2.945,00 1a
 
Despesas de juros a vencer Bancos conta movimento
2 240,00 2 5.560,00
 
Despesas bancárias Duplicatas descontadas
2 200, 00 6.000,00 2
 
Tabela 20 – Representação no balanço patrimonial em 30/6/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Duplicatas a receber 6.000,00
...
Não circulante
Circulante
Duplicatas descontadas 6.000,00
Despesas de juros a vencer (240,00)
Não circulante
Total Total
Agora vejamos as operações em 15/7/20X7.
1) O Banco Intercontinental debitou na conta da Cia. Caravelas os R$ 2.000,00 porque uma das 
empresas não efetuou o pagamento na data do vencimento.
D – duplicatas descontadas = 2.000
C – bancos conta movimento = 2.000
2) O Banco Intercontinental comunicou que o restante das duplicatas foram recebidas na data 
do vencimento.
D – duplicatas descontadas = 4.000
C – duplicatas a receber = 4.000
54
Unidade II
3) Na Cia. Caravelas, foi efetuada a apropriação dos juros em virtude do regime de competência.
D – despesas de juros = 240
C – despesas de juros a vencer = 240
Duplicatas descontadas Bancos conta movimento
1 2.000,00 2.000,00 1
 2 4.000,00
Duplicatas a receber
4.000,00 2
 
Despesas de juros Despesas de juros a vencer
3 240,00 240,00 3
 
Tabela 21 – Representação no balanço patrimonial em 31/7/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Duplicatas a receber 2.000,00
...
Não circulante
Circulante
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
5.4 CPC 12 – Ajuste a Valor Presente
Segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que faz correlação às Normas Internacionais 
de Contabilidade – The Conceptual Framework for Financial Reporting (Iasb – BV 2011 Blue Book), 
além da atenção com a qualidade quantitativa da contabilidade, espera-se que o contador tenha uma 
preocupação qualitativa. Isso significa que os cálculos e procedimentos adotados podem ser analisados 
e entendidos por outros contadores e profissionais. Não basta o contador realizar estimativas e cálculos 
corretos, é necessário fazer com que as informações sejam compreensíveis em qualquer situação e a 
qualquer momento (CPC, 2013). 
Nesse sentido, o Comitê publicou o CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, que foi regulamentado pelo 
Conselho Federal de Contabilidade como Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 12 – Ajuste a Valor 
Presente, trazendo orientações específicas para ativos. 
55
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
A seguir, destacamos na íntegra dois parágrafos da referida norma, com explicações a respeito do 
Ajuste a Valor Presente:
5. Nesse sentido, na presente Norma determina-se que a mensuração 
contábil a valor presente seja aplicada no reconhecimento inicial de ativos 
e passivos. Apenas em certas situações excepcionais, como a que é adotada 
numa renegociação de dívida em que novos termos são estabelecidos, o 
ajuste a valor presente deve ser aplicado como se fosse nova medição de 
ativos e passivos. É de se ressaltar que essas situações de nova medição 
de ativos e passivos são raras e são matéria para julgamento daqueles que 
preparam e auditam demonstrações contábeis, vis-à-vis normas específicas.
6. É necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor 
presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. 
Por isso, valor presente e valor justo não são sinônimos. Por exemplo, a 
compra financiada de um veículo por um cliente especial que, por causa 
dessa situação, obtenha taxa não de mercado para esse financiamento, 
faz com que a aplicação do conceito de valor presente com a taxa 
característica da transação e do risco desse cliente leve o ativo, no 
comprador, a um valor inferior ao seu valor justo; nesse caso prevalece 
contabilmente o valor calculado a valor presente, inferior ao valor justo, 
por representar melhor o efetivo custo de aquisição para o comprador. 
Em contrapartida, o vendedor reconhece a contrapartida do ajuste a 
valor presente do seu recebível como redução da receita, evidenciando 
que, nesse caso, terá obtido um valor de venda inferior ao praticado no 
mercado (Brasil, 2009).
Assim, os efeitos da mensuração contábil a valor presente e pela filosofia do valor justo (fair value) 
devem ser observados caso a caso. 
 Saiba mais
Leia na íntegra os pronunciamentos contábeis: 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamentos 
Técnicos Contábeis 2012. Brasília: CFC, 2013. 
Disponível em: https://bit.ly/3cPEwlA. Acesso em: 29 mar. 2018.
56
Unidade II
Exemplo de aplicação
1) Ao longo desta unidade, estudamos termos que representam conceitos utilizados no jargão da área 
contábil. Tente explicar com suas próprias palavras o que significa cobrança em carteira. 
2) Vá ao site da Bolsa de Valores e procure as demonstrações contábeis de algumas sociedades 
anônimas. Observe, nas notas explicativas, como profissionais da área contábil expõem os riscos 
de inadimplência. Compare, na medida do possível, como contadores de um mesmo ramo de 
negócios comentam o mesmo assunto. Caso você conheça outras línguas, tente também fazer 
essa mesma tarefa em balanços publicados em outros países. 
 Saiba mais
Para examinar os pormenores da contabilidade, é vital ler teses e 
dissertações que analisem as consequências da adoção das normas 
internacionais de contabilidade. 
Nesse sentido, uma ótima sugestão para aprofundamento é a 
dissertação do professor Eric Barreto de Oliveira (2009). Em seu trabalho, 
ele concluiu que a adoção do valor justo teve pouco impacto na crise 
financeira mundial. Na verdade, ao contrário, observou-se que foi um 
fator positivo. Leia:
OLIVEIRA, E. B. de. A contabilidade a valor justo e a crise financeira 
mundial. 2009. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade). 
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (USP), São Paulo, 
2009. Disponível em: https://bit.ly/2S3KsAv. Acesso em: 29 mar. 2018.
6 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
Agora estudaremos as consequências dos empréstimos e aplicações financeiras na contabilidade, 
operações amplamente utilizadas na maioria das organizações. O assunto não destoa do que destacamos 
na unidade anterior, ao contrário, acompanha o mesmo tipo de apuração (pré e pós-fixados) e os efeitos 
dos juros pré e pós-fixados sobre tais atividades. Esses processos exigem muita atenção dos contadores. 
Muitos autores costumam separar o sucesso (ou insucesso) das empresas em aspectos operacionais 
e financeiros. Não raramente, na ânsia de trazer bons resultados para suas organizações, os executivos 
abusam de facilidades oferecidas pelos agentes financeiros mesmo sem ter essa intenção. Empresas 
com uma operação competente podem vir a enfrentar problemas com sua administração financeira, 
e o contrário também é possível. O contador, nesse ambiente, tem uma função vital: deve orientar os 
executivos a tomarem boas decisões, mostrando os resultados delas. 
57
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Como fazer isso? Convidamos você a estudar com muita atenção as páginas a seguir! 
Empréstimos e financiamentos são dívidas contraídas por pessoa física ou jurídica geralmente junto 
às instituições financeiras, mediante contrato entre as partes. No contrato, precisa estar demonstrado 
o valor do empréstimo, a forma e a data de pagamento, os juros envolvidos na operação e as garantias 
enfim, todas as informações necessárias que possam evidenciar esse tipo de dívida. Nesse tipo de negócio, 
o credor fornece uma quantia em dinheiro ao devedor, que, conforme o contrato firmado, pode ser 
devolvido em parcelas, ou não. Normalmente, a quantia é pega em prestações regulares, considerando 
o valor principal mais os juros.
Quando uma empresa precisa de recursos para sanar problemas emergenciais ou expandir seus 
negócios, pode recorrer aos bancos e obter os valores necessários para suprir suas deficiências.Essas 
operações, sempre formalizadas por meio de um contrato, poderão ser feitas em moeda nacional 
ou estrangeira, tanto em curto como em longo prazo. Até 360 dias, temos o curto prazo, depois, 
caracteriza-se longo prazo. 
 Observação
Os empréstimos de curto prazo devem ser efetuados, exclusivamente, 
para atender às necessidades sazonais dentro de cada ciclo operacional, 
isto é, para pagamento de gastos que, normalmente, são recuperados 
com a venda dos produtos ou serviços. Quando, porém, a empresa planeja 
aumentar seus negócios, o empréstimo deverá ser o de longo prazo e, 
assim, passa a ser denominado financiamento.
Para os empréstimos e financiamentos recebidos, a empresa ou a pessoa física tem de fornecer certa 
garantia aos bancos. Essa garantia pode ser feita com bens, emissão de nota promissória ou duplicatas 
a receber de seus clientes. Somente assim as instituições financeiras podem gerar esse tipo de operação. 
Contudo, a pela forma qual será efetuada dependerá do acordo entre as partes – devedor e credor.
Essencialmente, temos dois tipos de empréstimos, os prefixados e pós-fixados. Nos primeiros, os 
juros são conhecidos no ato da operação; nos outros, os juros são apurados tomando-se como base a 
variação de um indexador escolhido para a operação. Quando feitos em moeda nacional, têm encargos 
financeiros prefixados e/ou pós-fixados. Em moeda estrangeira, são efetuados somente na modalidade 
pós-fixada, pois é impossível prever a variação da moeda.
6.1 Operação prefixada
Independentemente da moeda, todo empréstimo deve ser convertido para o real. A operação 
financeira pode ter os encargos financeiros (juros, taxas etc.) conhecidos no momento da contratação. 
Nesse caso, temos uma operação prefixada.
58
Unidade II
6.1.1 Exemplo de cálculo
Vamos supor que a empresa Ambiciosa S/A efetue um empréstimo junto ao Banco Norte S/A nas 
seguintes condições:
• Empréstimo no Banco Norte S/A, em 31/10/20X8, no valor de R$ 2.000.000,00 com vencimento 
para 29/1/20X9. Como garantia, foi assinada uma nota promissória.
• Juros simples cobrados pelo Banco Norte, antecipadamente, de 6% ao mês.
• Despesas cobradas pelo banco: comissões de 1% sobre o valor da nota promissória, e como 
despesas de cobrança de R$ 1.400,00.
 Lembrete
Essa operação é conhecida como prefixada, já que estão, desde o início, 
definidos os valores dos encargos financeiros e do montante total a pagar. 
A operação pós-fixada estudaremos na próxima unidade.
A efetivação do empréstimo implicará os seguintes lançamentos feitos pelo banco na conta-corrente 
da empresa, mediante a emissão de um aviso de lançamento com os dados demonstrados a seguir.
A crédito, temos:
R$ 2.000.000,00 – valor nominal da nota promissória
A débito:
• 360.000,00 – valor do juro cobrado antecipadamente, a 6% ao mês, ou seja, R$ 2.000.000,00 x 0,06 
= R$ 120.000 x 3 meses (31/10/20X8 a 29/1/20X9).
• R$ 20.000,00 – valor da comissão de 1% sobre R$ 2.000.000,00.
• R$ 1.400,00 – valor das despesas de cobrança.
De posse do aviso, a empresa procederá em sua contabilidade os seguintes lançamentos, em 
31/10/20X8:
59
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Tabela 22
D – Bancos conta movimento 2.000.000,00
C – Promissórias a pagar 2.000.000,00
D – Despesas bancárias –
Despesa de comissão 1% 20.000,00
Despesa de cobrança 1.400,00
C – Bancos conta movimento 21.400,00
D – Juros a vencer (redutora do passivo) 360.000,00
C – Bancos conta movimento 360.000,00
Os valores de despesa de comissão e de cobrança irão diretamente para a conta de resultado, 
pois eles são irrecuperáveis e não serão reduzidos se houver, por exemplo, quitação antecipada do 
empréstimo. O valor dos juros não pode ser lançado como despesa imediatamente, já que se refere 
ao tempo a decorrer da data do empréstimo até a data do vencimento. Deve-se sempre respeitar o 
regime de competência. Essa conta de juros a vencer fica como redutora de passivo para fazer com 
que esse passivo fique a valor presente (Berbel, 2000). 
Tabela 23 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X8
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 2.000.000,00
(-) Juros a vencer (360.000,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
Façamos a análise tomando como base o regime de competência.
Como os juros se referem a um período de três meses, da data da operação ao seu vencimento, 
ou seja, de 31/10/20X8 a 29/1/20X9, mês a mês serão acrescidas as despesas de juros: de novembro e 
dezembro de 20X8 e janeiro de 20X9, conforme cálculos:
R$ 360.000 / 3 meses = R$ 120.000 ao mês
Lançamento contábil da apropriação dos juros em 30/11/20X8:
60
Unidade II
1) D – despesas de juros = 120.000,00
 C – juros a vencer = 120.000,00
Notas promis. a pagar Juros a vencer
2.000.000,00 120.000,00 1)
 360.000,00 
 240.000,00
Despesas de juros
1) 120.000,00
Tabela 24 – Representação no balanço patrimonial em 30/11/20X8
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 2.000.000,00
(-) Juros a vencer (240.000,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
Vamos considerar as despesas de juros referentes ao mês de dezembro/20X8:
Lançamento contábil da apropriação dos juros em 30/12/20X8:
1) D – despesas de juros = 120.000,00
C – juros a vencer = 120.000,00
Notas promis. a pagar Juros a vencer
2.000.000,00 120.000,00 1)
240.000,00
120.000,00
Despesas de juros
1) 120.000,00
61
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Tabela 25 – Representação no balanço patrimonial em 31/12/20X8
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 2.000.000,00
(-) Juros a vencer (120.000,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
Resta, no balanço patrimonial de 31/12/20X8, apenas uma parcela dos juros a vencer, devendo ser 
apropriado somente em 29/1/20X9, independentemente do pagamento, uma vez que, para apropriação 
das despesas, o que prevalece é o regime de competência.
Agora citamos o pagamento do empréstimo na data do vencimento – 29/1/20X9.
A empresa Ambiciosa S/A quitou seu empréstimo junto ao Banco Norte S/A na data do respectivo 
vencimento, ou seja, 29/1/20X9.
Lançamento contábil da apropriação dos juros em 29/1/20X9:
1) D – despesas de juros = 120.000,00
 C – juros a vencer = 120.000,00
Lançamento contábil referente ao pagamento do empréstimo em 29/1/20X9:
2) D – notas promissórias a pagar = 2.000.000,00
 C – bancos conta movimento = 2.000.000,00
Despesas de juros Juros a vencer
1) 120.000,00 120.000,00 1)
120.000,00
Notas promis. a pagar Bancos conta movimento
2.000.000,00 SL 2.018.440,00 2.000.000,00 2)
2) 2.000.000,00 
18.440,00
62
Unidade II
6.1.2 Exercício resolvido
Em 1º de setembro de 20X7, a Cia. Delta S/A tomou emprestado R$ 50.000,00 do Banco Creditício S/A, 
pelo desconto de uma nota promissória para 90 dias, a taxa de 2% ao mês. As despesas cobradas pelo 
banco foram, além dos juros, R$ 500,00 a título de Taxa de Abertura de Crédito (TAC). A nota 
promissória foi paga em 1º de dezembro de 20X7.
Em 1º de setembro, o Banco Creditício S/A enviou o aviso com as seguintes informações: 
• crédito na conta-corrente da Cia. Delta S/A no valor de R$ 50.000,00;
• débito referente aos juros de R$ 3.000,00;
• débito da despesa com a TAC igual a R$ 500,00.
Lançamentos contábeis em 1º/9/20X7:
1) D – bancos conta movimento = 50.000,00
 C – notas promissórias a pagar = 50.000,00
2) D – juros a vencer = 3.000,00
 C – bancos conta movimento = 3.000,00
3) D – despesas bancárias = 500,00 
 C – bancos conta movimento = 500,00
Tomemos como base o regime de competência.
Os juros referem-se a um período de três meses, da data da operação ao seu vencimento, ou seja, 
de 1º/9/20X7 a 1º/12/20X7. Haverá a apropriação das despesas de juros, mês a mês: setembro, outubro 
e novembro, sendo R$ 1.000,00 por mês, totalizando os juros de R$ 3.000,00.
Para a apropriação dos juros no mês de setembro,consideram-se somente 29 dias, e o valor 
dos juros será de: R$ 1.000 / 30 = R$ 33,33 x 29 dias = R$ 966. Vale ressaltar que, na opção de 
apropriar os juros proporcionais ao número de dias do mês de setembro, deve-se avaliar a relevância 
do valor em questão.
1) D – despesas de juros = 966,00
 C – juros a vencer = 966,00
63
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Notas promis. a pagar Juros a vencer
50.000,00 966,00 1)
3.000,00
2.034,00
Despesas de juros
2) 966,00
Tabela 26 – Representação no balanço patrimonial em 30/9/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 50.000,00
(-) Juros a vencer (2.034,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
Tomemos como base o regime de competência.
A apropriação de juros referente ao mês de outubro/20X7 é de R$ 1.000,00.
Lançamento contábil da apropriação dos juros em 31/10/20X7:
1) D – despesas de juros = 1.000,00
 C – juros a vencer = 1.000,00
Notas promis. a pagar Juros a vencer
50.000,00 1.000,00 1)
2.034,00
1.034,00
Despesas de juros
1) 1.000,00
64
Unidade II
Tabela 27 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 50.000,00
(-) Juros a vencer (1.034,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
Tomando-se como base o regime de competência, a apropriação de juros referente ao mês de 
novembro/20X7 é de R$ 1.000,00.
Lançamento contábil da apropriação dos juros em 30/11/20X7:
1) D – despesas de juros = 1.000,00
 C – juros a vencer = 1.000,00
Notas promis. a pagar Juros a vencer
50.000,00 1.000,00 1)
1.034,00
 34,00
Despesas de juros
1) 1.000,00
Tabela 28 – Representação no balanço patrimonial em 30/11/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Notas promissórias a pagar 50.000,00
(-) Juros a vencer (34,00)
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
65
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Vejamos o pagamento do empréstimo em 1º/12/20X7.
Em 1º de dezembro de 20X7, o Banco Creditício S/A avisou que havia debitado na conta-corrente da 
Cia. Delta S/A R$ 50.000,00 (referentes à liquidação do empréstimo). 
1) D – notas promissórias a pagar = 50.000,00
 C – bancos conta movimento = 50.000,00
A Cia. Delta S/A faz a apropriação dos juros somente de um dia do mês de dezembro/20X7.
2) D – despesas de juros = 34,00
 C – juros a vencer = 34,00
Notas promis. a pagar Juros a vencer
1) 50.000,00 50.000,00 34,00 34,00 2)
Bancos conta movimento Despesas de juros
Sl 62.300,00 50.000,00 1) 2) 34,00
 12.300,00
66
Unidade II
 Resumo
Inicialmente, ilustramos a duplicata, um título de crédito formal 
nominativo que é emitido pela empresa com a mesma data, valor global e 
vencimento da fatura. 
Na sequência, vimos o desconto de duplicatas. Segundo Ribeiro (1999, 
p. 200-204), o desconto de duplicatas “consiste na transferência dos títulos 
ao banco, mediante endosso ao portador, que é uma declaração escrita 
ou assinatura no verso de um título de crédito com a qual se transfere o 
crédito a outra pessoa”. Na operação de desconto de duplicata, a empresa 
elabora um borderô, com duplicatas de sua emissão, e o encaminha ao 
banco, que, por sua vez, “compra” essas duplicatas, pagando por elas um 
valor menor do que o constante em cada título.
Depois, relatamos como debitar e descontar as duplicatas, com diversas 
tabelas com a representação de balanços patrimoniais. Sem dúvida, os 
razonetes que acentuamos nesta unidade foram vitais para reforçar o 
conteúdo em questão.
Ao abordar o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, examinamos o 
CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, que traz orientações específicas para ativos.
Finalmente, analisamos financiamentos, que são dívidas contraídas 
por pessoa física ou jurídica geralmente junto às instituições financeiras, 
mediante contrato entre as partes. No contrato, vimos que é preciso estar 
demonstrado o valor do empréstimo, a forma e a data de pagamento, os 
juros envolvidos na operação e as garantias.
67
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2009, adaptada) Nos trabalhos realizados por um auditor independente, 
identificaram-se vários procedimentos adotados pela Cia. Calada. No decorrer dos trabalhos, os seguintes 
fatos foram encontrados:
I – A provisão para crédito de liquidação duvidosa foi constituída tendo como base o índice de 
inadimplência apresentado nos últimos cinco anos.
II – A empresa fez uma aplicação em Certificado de Depósito Bancário (CDB) no Banco Intercontinental S/A 
com um prazo de 90 dias e juros pré-fixados. Utilizando o regime de competência, creditou a ativo 
circulante e rendimentos a apropriar o valor correspondente aos juros da operação.
III – As despesas pagas antecipadamente foram registradas como passivo circulante. 
IV – O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre aplicações financeiras foram 
deduzidos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). 
Diante dos fatos encontrados na Cia. Calada, sob o ponto de vista da condução do trabalho de 
auditoria, a conduta correta do auditor independente responsável será:
A) Oferecer serviço de consultoria para corrigir os fatos encontrados.
B) Solicitar da empresa correções para os fatos I e III.
C) Solicitar da empresa correções para os fatos II e IV.
D) Solicitar da empresa correções para o fato III.
E) Finalizar os trabalhos e indicar em seu relatório que todos os fatos contábeis foram corretamente 
considerados.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das afirmativas
I) Afirmativa correta.
Justificativa: conforme apresentado no livro-texto, o montante de provisão de uma empresa é fixado 
pela experiência acumulada, ou seja, pela estimativa de não recebimento de suas vendas a prazo. Tal 
sistemática procura estabelecer uma média estatística da inadimplência dos últimos três ou cinco anos. 
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Unidade II
II) Afirmativa correta.
Justificativa: a conta de rendimentos a apropriar mostra o quanto a empresa ganhará com a operação 
efetuada. Trata-se de uma conta redutora do ativo circulante, em que será demonstrado o quanto a 
empresa terá de rendimento até o fim da aplicação.
III) Afirmativa incorreta.
Justificativa: as despesas pagas antecipadamente devem ser registradas como ativo circulante, em 
que são apresentadas as disponibilidades ou de caixa ou de bancos conta movimento.
IV) Afirmativa correta.
Justificativa: o imposto de renda incidente sobre as aplicações financeiras é considerado como um 
imposto pago e, dessa forma, pode ser recuperado quando do levantamento do balanço patrimonial e 
compensado no IRPJ a pagar, se for o caso. 
A seguir destacam-se considerações adicionais acerca das alternativas.
Após a análise das afirmativas, o único fato com tratamento incorreto foi o descrito em III, portanto, 
a alternativa D está correta.
As alternativas B e C não são verdadeiras por considerarem os fatos I, II e IV como incorretos, sendo 
que estão corretos e justificados. 
A alternativa A está incorreta. Não é papel da auditoria independente oferecer serviço de consultoria para 
corrigir os fatos encontrados, mas somente o de apurar fatos. Caberá à empresa decidir posteriormente.
A alternativa E está incorreta, pois foram encontrados fatos com contabilização incorreta.
Questão 2. Em 16-12-20X5, a Cia. Jacó solicitou ao banco Xandra um empréstimo no valor de 
R$ 40.000, o qual foi liberado da seguinte forma:
Valor bruto do empréstimo: R$ 40.000.
Juros: R$ 5.000.
Despesas bancárias fixas: R$ 200.
O empréstimo, a juros pré-fixados, venceu em 04-02-20X6, quando foi totalmente liquidado 
pela companhia.
Considerando as contabilizações geradas a partir das operações, assinale a alternativa incorreta. 
 
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CONTABILIDADE EMPRESARIAL
A) Os empréstimos bancários no valor de R$ 40.000 foram lançados no passivo circulante.
B) Despesasfinanceiras no valor de R$ 1.500, mais as despesas bancárias no ano 20X5, foram 
transferidas diretamente para o resultado do exercício do mesmo período.
C) No razonete banco conta movimento, a débito foram lançados R$ 34.800 e a crédito R$ 40.000.
D) O razonete da conta empréstimos bancários recebeu, tanto a débito quanto a crédito, lançamento 
de mesmo valor.
E) Os encargos financeiros decorrentes de tais operações foram contabilizados pelo regime de caixa.
Resposta correta: alternativa E.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: todo e qualquer empréstimo representa obrigações da empresa, portanto, deve ser 
lançado no passivo. Nesse caso, o lançamento será no passivo circulante por tratar-se de empréstimo 
de curto prazo.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: deve-se fazer o cálculo das despesas financeiras, proporcionais, para o período 20X5: 
como o empréstimo foi tomado no dia 16-12, então as despesas financeiras correspondem ao restante 
dos dias do mês, 15 dias. Os encargos financeiros de R$ 5.000 serão rateados por 50 dias e correspondem 
a R$ 100 por dia. Assim, 15 dias multiplicados por R$ 100 resultam em R$ 1.500. Serão transportados 
diretamente para o resultado do exercício os valores das despesas financeiras e as despesas bancárias, 
pois são consideradas como irrecuperáveis.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o razonete banco conta movimento receberá a crédito o valor do empréstimo total e a 
débito o valor efetivamente disponível para a empresa.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: no razonete da conta empréstimos bancários, os R$ 40.000 a crédito correspondem 
ao valor que foi tomado emprestado; o valor a débito corresponde ao crédito de mesmo valor na conta 
banco conta movimento.
E) Alternativa correta.
Justificativa: os encargos financeiros decorrentes de tais operações devem ser contabilizados pelo 
regime de competência, pois são gerados no ato da tomada do empréstimo.

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