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TEMA3_Introdução ao raciocínio crítico e analítico

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21/03/2024, 11:57 Introdução ao raciocínio crítico e analítico
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07793/index.html# 1/44
Introdução
ao raciocínio
crítico e
analítico
Prof. Marcelo Roseira
Descrição
Você vai aprender a pensar de forma crítica e analítica, além de
identificar e evitar falácias comuns, fortalecendo suas habilidades de
argumentação e avaliação de ideias. Também vai desenvolver a
capacidade de ler, compreender e analisar textos criticamente.
Propósito
Aprender a pensar criticamente é fundamental para o desenvolvimento
pessoal e profissional. Ao dominar o pensamento crítico, é possível
avaliar argumentos, identificar manipulações retóricas e desenvolver
capacidade de análise e síntese.
Objetivos
Módulo 1
Argumentação e sua estrutura
Reconhecer a importância das premissas, dos pressupostos e das
conclusões na construção de argumentos.
Módulo 2
Expansão de argumentos
21/03/2024, 11:57 Introdução ao raciocínio crítico e analítico
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Identificar habilidades para fortalecer e enfraquecer ideias por meio
de estratégias de argumentação.
Módulo 3
Indução e dedução
Distinguir entre indução e dedução, aplicando corretamente esses
processos para a geração de hipóteses e conclusões.
Módulo 4
(In)coerências e falácias
Identificar falácias comuns e lacunas na lógica, aprimorando a
habilidade de reconhecer contradições e inconsistências.
Introdução
O pensamento crítico é uma habilidade essencial em nossa
sociedade cada vez mais complexa e repleta de informações. Por
isso, mergulharemos em um mundo de análise, argumentação e
raciocínio lógico. Você desenvolverá as ferramentas necessárias
para aprimorar suas habilidades de análise, interpretação e
avaliação.
Inicialmente, exploraremos a estrutura e a lógica dos argumentos
e investigaremos as premissas, os pressupostos e as conclusões
que fundamentam um argumento sólido. Além disso,
compreenderemos como as teses se relacionam e como as
estruturas retóricas e técnicas de persuasão utilizadas podem ser
identificadas.
Depois, aprenderemos a fortalecer e enfraquecer ideias,
examinando as diferentes estratégias de argumentação. Seremos
capazes de reconhecer e avaliar a admissibilidade de ideias,
enriquecendo nossas próprias posições e habilidades de
persuasão.
Também vamos analisar a aplicação prática dos processos de
indução e dedução, utilizando exemplos que desenvolverão
nossa capacidade de inferência e geração de hipóteses. Seremos

21/03/2024, 11:57 Introdução ao raciocínio crítico e analítico
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07793/index.html# 3/44
capazes de reconhecer quando é apropriado utilizar a indução e a
dedução em diferentes contextos.
Por fim, aprenderemos a identificar e analisar falácias comuns,
como o apelo à ignorância, à falsa analogia e à exclusão do meio-
termo. Também exploraremos a importância da consistência
lógica e aprenderemos a evitar lacunas e contradições em
nossos próprios argumentos.
Você descobrirá como o pensamento crítico pode ser aplicado
em diferentes áreas de estudo e na sua vida cotidiana.
Desenvolveremos a capacidade de analisar textos, identificar
manipulações retóricas e tomar decisões fundamentadas.
Prepare-se para desafiar suas ideias preconcebidas, expandir sua
capacidade de análise e se tornar um pensador crítico mais
confiante e perspicaz.
Material para download
Clique no botão abaixo para fazer o download do
conteúdo completo em formato PDF.
Download material
1 - Argumentação e sua estrutura
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância das
premissas, dos pressupostos e das conclusões na construção de
argumentos.
javascript:CriaPDF()
21/03/2024, 11:57 Introdução ao raciocínio crítico e analítico
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07793/index.html# 4/44
Premissas, pressupostos e
conclusões
Entenda neste vídeo o que são premissas, pressupostos e conclusões,
além de exemplos de cada um desses elementos que estruturam um
argumento.
Compreender e analisar os elementos essenciais que compõem a
estrutura de um argumento é fundamental para o desenvolvimento de
habilidades críticas, além de possibilitar a avaliação da eficácia e da
solidez desse argumento. Estes são os elementos que compõem a
estrutura de um argumento. Observe!
 Premissas
As bases do raciocínio
São declarações ou proposições apresentadas
como fundamentos ou evidências para sustentar
uma conclusão. Por exemplo, em um argumento
sobre a importância da atividade física para a
saúde, uma premissa poderia ser: "A prática regular
de exercícios melhora a capacidade
cardiovascular". Identificar as premissas em um
argumento facilita a compreensão da estrutura
lógica e da linha de raciocínio do autor.
 Pressupostos
Crenças subjacentes
São as crenças ou suposições subjacentes a um
argumento. Eles podem não ser explicitamente
mencionados, mas são fundamentais para a
construção do raciocínio. Por exemplo, em um
debate sobre a legalização da maconha, um
pressuposto subjacente pode ser: "A liberdade
individual é um princípio fundamental da
sociedade". Identificar e examinar os pressupostos
é importante para compreender as motivações e as
perspectivas do autor, bem como para avaliar a
solidez do argumento.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07793/index.html# 5/44
Relação entre os elementos
As premissas fornecem o suporte lógico para a conclusão, enquanto os
pressupostos estabelecem as bases subjacentes ao raciocínio. Para
exemplificar, considere um argumento sobre a importância da
educação. Veja!
Premissas
Podem incluir a
correlação entre níveis
mais altos de educação
e maiores
oportunidades de
emprego.
Pressupostos
Podem incluir a crença
de que a igualdade de
oportunidades é um
valor importante na
sociedade.
Os dois elementos estão interconectados e desempenham papéis
essenciais na estruturação e na força de um argumento.
Analisando a validade e a solidez dos
argumentos
Ao compreender as premissas, os pressupostos e as conclusões de um
argumento estamos capacitados a avaliar os seguintes aspectos:

Validade
Está relacionada à estrutura lógica e à coerência entre as premissas e a
conclusão.
 Conclusões
Inferências lógicas
É a afirmação final ou o resultado que é inferido a
partir das premissas apresentadas. Ela representa o
objetivo principal do argumento, e é a parte que o
autor busca comprovar ou defender. Por exemplo, a
conclusão de um argumento sobre o impacto das
redes sociais na sociedade pode ser: "As redes
sociais têm influência significativa no
comportamento dos indivíduos". A conclusão deve
ser logicamente conectada às premissas, de modo
que sua validade possa ser avaliada com base na
coerência e na consistência do raciocínio.

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
Solidez
Está relacionada à veracidade das premissas e à força dos
pressupostos subjacentes.
Podemos determinar a força de um argumento e avaliar sua
credibilidade executando as seguintes práticas:
1. Questionar as premissas.
2. Examinar os pressupostos.
3. Analisar a inferência lógica.
Vejamos a seguir alguns exemplos que ilustram a aplicação desses
conceitos.
Nesse exemplo, as premissas fornecem a base lógica para a conclusão,
estabelecendo a relação entre a classificação dos cães como
mamíferos e a característica de serem animais de sangue quente.
Acompanhe outro exemplo!
Premissa 1
Todos os mamíferos são
animais de sangue quente.
Premissa 2
Os cães são mamíferos.
Conclusão
Portanto, os cães são animais de
sangue quente.
Premissa 1
A desigualdade de renda é
prejudicial para a sociedade.
Premissa 2
O i t ô i t l
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Nesse caso, as premissas sustentam a conclusão ao estabelecerem
uma relação causal entre a desigualdade de renda e o sistema
econômico atual.
Por meio da análise e da prática de identificação das premissas, dos
pressupostos e das conclusões em diferentes argumentos,
desenvolvemos a capacidade de pensamento crítico e a habilidade de
avaliar a validade e a solidez dos argumentos que encontramos em
nosso cotidiano.
Portanto, entendemos as premissas, os pressupostos e as conclusões
como elementos cruciais na estrutura de um argumento. Compreender
sua importância e aprender a identificá-los e analisá-los nos capacita a
desenvolver habilidades críticas e a analisar a validade dos argumentos
que encontramos em diferentes contextos. Ao dominar esses conceitos,
estaremos preparados para avançar na construção de argumentos
sólidos e fundamentados, fortalecendo nossa capacidade de pensar de
forma crítica e racional.
Conceitos básicos: teses e
relações lógicas
Assista ao vídeo e entenda o que são as teses e as relações lógicas,
elementos fundamentais para a construção de argumentos coesos e
para a avaliação crítica de diferentes perspectivas.
As teses são as afirmações ou proposições que expressam uma
posição ou opinião sobre determinado tema, enquanto as relações
lógicas estabelecem as conexões entre essas teses. Compreender e
analisar esses elementos é fundamental para a construção de
argumentos coesos e para a avaliação crítica de diferentes
perspectivas.
O sistema econômico atual
aumenta a desigualdade de
renda.
Conclusão
Logo, é necessário reformar o
sistema econômico para reduzir
a desigualdade de renda.
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Teses: posições e opiniões
As teses são as proposições centrais ou as afirmações que expressam
uma posição sobre determinado assunto. Confira o que elas podem
representar.
Opinião
Teoria
Hipótese
Conclusão
Para um argumento sobre a mudança climática, por exemplo, uma tese
poderia ser a seguinte: "A atividade humana é a principal causa do
aquecimento global".
Desenvolver a habilidade de identificar e analisar as teses em um
argumento nos permite compreender o ponto de vista do autor e avaliar
a força e a solidez da afirmação apresentada.
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Relações lógicas: conexões entre teses
As relações lógicas são as conexões e os vínculos estabelecidos entre
as teses de um argumento. Elas determinam a estrutura e a coerência
do raciocínio. Entre as diversas relações lógicas que podem ser
utilizadas para conectar as teses, destacamos as seguintes:
Essas são apenas algumas das relações lógicas comumente utilizadas,
e diferentes argumentos podem envolver outras relações de conexão
 Relação de causa e efeito
Estabelece uma conexão causal entre duas teses,
indicando que uma tese é a causa ou o efeito da
outra.
Exemplo: "A falta de exercícios físicos regulares
leva a problemas de saúde".
 Relação de comparação ou
contraste
Compara ou contrasta duas teses, destacando
semelhanças ou diferenças entre elas.
Exemplo: "A música clássica e a música popular
têm estilos e estruturas diferentes".
 Relação de condição
Estabelece uma relação de dependência entre as
teses, indicando que uma tese é condição para a
ocorrência ou a validade da outra.
Exemplo: "Se chover, o jogo de futebol será
cancelado".
 Relação de exempli�cação
Apresenta um exemplo ou um caso específico para
ilustrar ou comprovar uma tese.
Exemplo: "Os países nórdicos, como Suécia,
Noruega e Finlândia, são exemplos de nações com
altos índices de desenvolvimento humano".
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entre as teses. Vejamos agora alguns exemplos práticos para ilustrar a
aplicação desses conceitos.
Tese
A proibição do consumo
de tabaco em locais
públicos é necessária
para proteger a saúde
pública.
Relação lógica
(causa e efeito)
O consumo de tabaco
em ambientes fechados
expõe não fumantes ao
fumo passivo,
aumentando o risco de
doenças respiratórias.
Nesse exemplo, a tese defende a necessidade da proibição do consumo
de tabaco em locais públicos, e a relação de causa e efeito estabelece a
conexão lógica entre a exposição ao fumo passivo e o aumento do risco
de doenças respiratórias.
Acompanhe outro exemplo!
Tese
A tecnologia está
prejudicando a
comunicação
interpessoal.
Relação lógica
(contraste)
Embora a tecnologia
tenha facilitado a
comunicação a
distância, a falta de
contato face a face está
afetando negativamente
as relações sociais.
Nesse caso, a tese destaca o impacto negativo da tecnologia na
comunicação interpessoal, e a relação de contraste ressalta a diferença
entre a facilidade de comunicação a distância proporcionada pela
tecnologia e a falta de contato pessoal que afeta as relações sociais.
Ao analisar e compreender as teses e as relações lógicas em um
argumento, somos capazes de avaliar a coerência do raciocínio, a
consistência das afirmações e a força da argumentação apresentada.
Vimos as teses como afirmações centrais que expressam posições ou
opiniões em um argumento, e as relações lógicas como conexões
estabelecidas entre essas teses. Compreender e identificar esses
elementos nos capacita a analisar criticamente a estrutura e a coerência
dos argumentos que encontramos no cotidiano. Ao dominar esses
conceitos, estaremos preparados para construir argumentos sólidos e
fundamentados, bem como para analisar a validade e a solidez das
teses e das relações lógicas em diferentes contextos de argumentação.


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Estruturas retóricas e
técnicas de persuasão
Desubra neste vídeo o que são as estruturas retóricas e as técnicas de
persuasão utilizadas na construção de argumentos.
As estruturas retóricas são formas organizadas de apresentar ideias e
informações, enquanto as técnicas de persuasão são recursos
utilizados para influenciar ou convencer o público-alvo. Compreender e
analisar esses elementos é fundamental para identificar estratégias
persuasivas e examinar a validade e a força dos argumentos
apresentados.
Estruturas retóricas: organização de ideias
As estruturas retóricas são os arranjos organizados de ideias em um
discurso ou texto argumentativo. Elas fornecem uma estrutura lógica e
coerente para a apresentação de informações e argumentos. Conheça
agora algumas das estruturas retóricas mais comuns.
 Estrutura de problema e solução
Apresenta um problema ou uma questão e propõe
uma solução para resolvê-lo.
Exemplo: "A falta de acesso à educação de
qualidade é um problema urgente que pode ser
solucionado por meio do aumento de investimentos
na formação de professores e na infraestrutura
escolar".
 Estrutura de causa e efeito
Destaca a relação de causa e efeito entre diferentes
eventos ou fenômenos.
Exemplo: "A exploração excessiva dos recursos
naturais leva ao desequilíbrio ambiental e às
mudanças climáticas".
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Essas estruturas retóricas ajudam a organizar as informações e a
transmitir as ideias de forma clara e persuasiva.
Técnicas de persuasão: recursos
argumentativos
As técnicas de persuasão são recursos utilizados para influenciar ou
convencer o público-alvo de um argumento. Elas podem apelar para a
emoção, a lógica ou a credibilidade, entre outros aspectos. Conheça
algumas das técnicas de persuasão mais utilizadas.
Uso de evidências e dados estatísticos
Apresentação de fatos, estatísticas e estudos científicos para
respaldaras afirmações e fortalecer a argumentação.
Exemplo: "De acordo com um estudo recente, 90% dos
participantes relataram melhora na qualidade do sono após a
adoção de uma rotina regular de exercícios físicos".
 Estrutura de comparação
Compara duas ou mais opções, ideias ou situações
para destacar suas semelhanças ou diferenças.
Exemplo: "Ao contrário dos combustíveis fósseis,
as energias renováveis são limpas, sustentáveis e
não contribuem para a poluição do meio ambiente".
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Apelo à emoção
Uso de histórias, metáforas ou imagens que evocam emoções
no público-alvo, buscando despertar empatia ou simpatia.
Exemplo: "Imagine uma criança sorridente, correndo livremente
em um parque seguro e bem cuidado. Vote em nossos
candidatos e faça isso se tornar realidade".
Citação de especialistas ou autoridades
Opiniões ou declarações de especialistas ou figuras de
autoridade para reforçar a credibilidade do argumento.
Exemplo: "De acordo com o renomado cientista Dr. John Smith,
a redução das emissões de carbono é crucial para enfrentar as
mudanças climáticas".
Essas técnicas de persuasão são empregadas para cativar a atenção do
público, estabelecer conexões emocionais e reforçar a credibilidade do
argumento apresentado.
Modelos de estruturas retóricas e técnicas de
persuasão
Para ilustrar os conceitos de estrutura retórica e técnica de persuasão,
confira!
Dessa maneira, é perceptível como as estruturas retóricas e as técnicas
de persuasão são empregadas na formação de argumentos. A análise
crítica dessas estratégias nos capacita a desenvolver habilidades de
pensamento crítico e a tomar decisões informadas em diversos
contextos.
Exemplo 1 
Exemplo 2 
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Identi�cando so�smas e
falácias
Assista ao vídeo e compreenda o que são os sofismas e as falácias,
além de conhecer exemplos de cada um desses conceitos.
Sofismas são argumentos falsos ou enganosos que buscam induzir ao
erro, enquanto falácias são erros de raciocínio que comprometem a
validade de um argumento. A capacidade de reconhecer esse tipo de
estratégia é essencial para aprimorar o pensamento crítico e evitar ser
enganado por argumentações pouco confiáveis.
So�smas: argumentos enganosos
São argumentos que, apesar de parecerem válidos, contêm falhas
lógicas ou manipulações da linguagem. Eles são usados para persuadir
ou convencer, muitas vezes explorando a emoção ou a falta de
conhecimento do público. Confira alguns exemplos comuns de
sofismas.
 Apelo à autoridade
Basear-se na opinião de uma figura de autoridade,
sem apresentar evidências ou argumentos sólidos.
Exemplo: "O renomado cientista Dr. Smith afirmou
que o produto é eficaz. Portanto, é a melhor opção
do mercado".
 Generalização apressada
Tirar uma conclusão ampla com base em uma
evidência ou experiência limitada.
Exemplo: "Experimentei uma vez um prato de
comida estrangeira que não gostei. Portanto, todos
os pratos de comida estrangeira são ruins".
 Falsa dicotomia
A t d õ t
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É importante estarmos atentos a estratégias falaciosas, como os
sofismas, para evitar ser influenciado por argumentos enganosos.
Falácias: erros de raciocínio
São erros de raciocínio que comprometem a validade de um argumento.
Elas podem ocorrer de diversas formas e afetar diferentes partes de um
argumento. Vamos explorar alguns exemplos de falácias.
Argumentum ad hominem
Atacar a pessoa que apresenta o argumento em vez de refutar
suas ideias.
Exemplo: "Não devemos levar em consideração a opinião do
cientista, pois ele é conhecido por ter posições políticas
controversas".
Espantalho
Distorcer ou exagerar o argumento do oponente para torná-lo
mais fácil de refutar.
Exemplo: "Os defensores do meio ambiente são contra todo
desenvolvimento econômico. Eles não se importam com o
progresso".
Apresentar apenas duas opções extremas como as
únicas possíveis, ignorando alternativas.
Exemplo: "Você está comigo ou contra mim. Não há
meio-termo".
21/03/2024, 11:57 Introdução ao raciocínio crítico e analítico
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Petição de princípio
Assumir como verdadeiro o ponto que se pretende provar.
Exemplo: "Deus existe porque a Bíblia diz que Deus existe".
Essas são apenas algumas das falácias mais comuns. A identificação
desses erros de raciocínio nos ajuda a discernir argumentos válidos de
argumentos falaciosos.
Exemplos de so�smas e falácias
Para ilustrar os conceitos de sofismas e falácias, confira!
Acabamos de ver os sofismas, que são argumentos enganosos, e as
falácias, que são erros de raciocínio que comprometem a validade dos
argumentos. Identificar essas estratégias falaciosas é fundamental para
desenvolver o pensamento crítico e tomar decisões informadas. Ao
reconhecê-las e evitá-las, podemos fortalecer nossos próprios
argumentos e avaliar com mais precisão os argumentos apresentados
por outros.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Qual das seguintes opções define corretamente uma premissa em
um argumento?
Exemplo 1 
Exemplo 2 
A
Uma afirmação que fornece suporte lógico para a
conclusão.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EUma%20premissa%20%C3%A9%20uma%20afirma%C3%A7%C3%A3o%20ou%20proposi%C3%A7
Questão 2
Qual das seguintes opções é um exemplo de falácia do espantalho?
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20fal%C3%A1cia%20do%20espantalho%20ocorre%20quando%20algu%C3%A9m%20distorce
la%20mais%20f%C3%A1cil%20de%20refutar.%20No%20exemplo%20dado%2C%20a%20afirma%C3%A7%C3%A
B Uma conclusão tirada com base em evidências.
C
Uma técnica persuasiva usada para convencer o
público.
D Uma falácia lógica que invalida a conclusão.
E
Uma declaração que introduz um novo tópico no
argumento.
A
"Se você não concorda comigo, então você deve estar
do lado dos criminosos!"
B
"Todas as pessoas que defendem a igualdade de
gênero são feministas."
C
"Se você não apoiar essa lei, então você não se
preocupa com a segurança pública."
D
"Acreditar em Deus é o mesmo que acreditar em Papai
Noel."
E
"Os políticos são todos corruptos, não se pode confiar
em nenhum deles."
21/03/2024, 11:57 Introdução ao raciocínio crítico e analítico
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2 - Expansão de argumentos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car habilidades para
fortalecer e enfraquecer ideias por meio de estratégias de
argumentação.
Admissibilidade de ideias
Entenda neste vídeo o que é admissibilidade de ideias e confira
exemplos para facilitar o seu entendimento.
A admissibilidade refere-se à capacidade de fortalecer ou enfraquecer
uma ideia por meio de estratégias de argumentação. Vamos aprofundar
nossos conhecimentos sobre como avaliar a admissibilidade de ideias e
aprimorar a qualidade de nossos argumentos.
Identi�cação da ideia principal
Antes de avaliar a admissibilidade de uma ideia, é fundamental
identificar claramente a ideia principal ou tese em discussão. A ideia
principal é o ponto central do argumento e todas as evidências e
raciocínios devem estar relacionados a ela. Veja!
Tese
O governo deve investir
mais em educação
pública.
Argumento
Investimentos
adequados em
educação pública
promovem o
desenvolvimento sociale econômico de um
país, resultando em

21/03/2024, 11:57 Introdução ao raciocínio crítico e analítico
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uma sociedade mais
justa e igualitária.
Nesse exemplo, os argumentos apresentados apoiam a ideia, defendida
na tese, de que o governo deve investir mais em educação pública.
Estratégias de fortalecimento
Existem várias estratégias que podemos usar para fortalecer uma ideia
e tornar nossos argumentos mais convincentes. Conheça algumas!
Essas estratégias fortalecem uma ideia ao fornecer evidências,
credibilidade e um raciocínio lógico consistente.
 Apresentar evidências empíricas
Utilizar dados, estatísticas, pesquisas ou exemplos
concretos para sustentar a tese.
Exemplo: "Estudos demonstram que países com
altos investimentos em educação pública têm
maiores índices de desenvolvimento humano e
menor desigualdade social".
 Citar especialistas ou autoridades
no assunto
Apoiar a ideia principal com a opinião de
especialistas ou autoridades reconhecidas na área
em questão.
Exemplo: "Diversos educadores renomados
defendem a importância do investimento em
educação pública como um meio eficaz de
melhorar a qualidade de vida da população".
 Utilizar raciocínio lógico
Apresentar argumentos lógicos que conduzam à
conclusão desejada.
Exemplo: "Investir em educação pública é investir
no futuro da nação, pois proporciona oportunidades
iguais de desenvolvimento para todos os cidadãos,
independentemente de sua origem social ou
econômica".
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Estratégias de enfraquecimento
Assim como fortalecer ideias, também é importante avaliar criticamente
as ideias em discussão e identificar possíveis pontos fracos. Conheça
algumas estratégias para enfraquecer uma ideia. Vamos lá!
Identi�car contradições
Mostrar contradições ou inconsistências lógicas dentro da
ideia principal.
Exemplo: "A tese de investir mais em educação pública entra
em contradição com as políticas do governo que reduziram os
recursos destinados à educação nos últimos anos".
Questionar a validade das evidências
Analisar as evidências apresentadas para sustentar a ideia
principal e identificar possíveis limitações ou falhas nessas
evidências.
Exemplo: "As pesquisas citadas não levam em consideração
outros fatores socioeconômicos que também influenciam no
desenvolvimento de um país".
Apontar alternativas
Apresentar ideias ou propostas alternativas que possam ser
mais eficazes ou viáveis do que a ideia em discussão.
Exemplo: "Ao invés de investir apenas em educação pública,
uma abordagem mais abrangente poderia envolver parcerias
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público-privadas para maximizar os recursos disponíveis e
obter melhores resultados".
O reconhecimento dessas estratégias de enfraquecimento nos ajudam a
avaliar criticamente as ideias e a considerar diferentes perspectivas.
A admissibilidade de ideias é essencial para o desenvolvimento de
argumentos sólidos e para a tomada de decisões informadas. Ao
identificar claramente a ideia principal, utilizar estratégias de
fortalecimento e avaliar criticamente os pontos fracos, podemos
aprimorar a qualidade de nossos argumentos e promover um
pensamento crítico mais robusto.
É importante lembrar que a admissibilidade de ideias está relacionada à
qualidade das evidências apresentadas, ao raciocínio lógico e à
consideração de perspectivas alternativas. Ao aplicar essas técnicas,
estaremos mais bem equipados para expandir e aprimorar nossos
argumentos de forma persuasiva e fundamentada.
Enfraquecimento de ideias
Confira no vídeo as estratégias que possibilitam o enfraquecimento de
ideias, como a qualidade da lógica, qualidade das premissas e qualidade
das evidências.
O enfraquecimento de uma ideia envolve a identificação de falhas,
inconsistências, contradições ou limitações nos argumentos
apresentados. Confira algumas dessas estratégias!
 Qualidade da lógica
Questionar a lógica subjacente aos argumentos é
uma estratégia eficaz para enfraquecer uma ideia. A
análise da estrutura lógica permite identificar
falácias ou erros de raciocínio que comprometem a
validade da argumentação. Por exemplo, a
identificação de uma generalização precipitada, em
que se chega a uma conclusão ampla com base em
evidências insuficientes, enfraquece a ideia ao
mostrar que a inferência não é justificada.
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Deve-se levar em conta o contexto no qual a ideia é exposta, assim
como suas limitações. Uma ideia pode ser enfraquecida se não
considerar fatores relevantes ou a complexidade do problema em
questão. É importante avaliar se a ideia aborda todas as nuances e
perspectivas envolvidas no tema e se oferece soluções realistas.
Para ilustrar o enfraquecimento de ideias, vejamos alguns exemplos!
Exemplo 1
Ideia: "Todos os políticos são corruptos."
Enfraquecimento: Essa afirmação generaliza todos os políticos
sem levar em conta as exceções e os políticos honestos que
existem. A generalização precipitada enfraquece a ideia, pois não
é sustentada por evidências abrangentes.
Exemplo 2
Ideia: "A tecnologia sempre traz mais problemas do que
benefícios."
Enfraquecimento: Essa afirmação ignora os inúmeros benefícios
que a tecnologia trouxe para a sociedade, como avanços na
medicina, comunicação e acesso à informação. Ao não
considerar os aspectos positivos, a ideia fica enfraquecida.
 Qualidade das premissas
Avaliar a qualidade das premissas é outra forma de
enfraquecer uma ideia. Premissas fracas ou não
fundamentadas comprometem a solidez do
argumento como um todo. Para isso, é importante
examinar a fonte das informações, verificar se há
viés ou falta de evidências confiáveis, e considerar
se as premissas são relevantes para a conclusão
proposta.
 Qualidade das evidências
Avaliar a qualidade das evidências apresentadas
em apoio à ideia também é importante. Evidências
insuficientes, contraditórias ou desatualizadas
enfraquecem a argumentação. Ao questionar as
evidências, é necessário analisar se foram
conduzidos estudos adequados, se os dados são
representativos e se existem outras interpretações
possíveis.
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Exemplo 3
Ideia: "A criminalidade será completamente erradicada com leis
mais severas."
Enfraquecimento: Essa ideia não leva em conta as causas
complexas da criminalidade e o fato de que a abordagem apenas
punitiva pode não resolver o problema de forma abrangente.
Ignorar as nuances do tema enfraquece a proposta.
Esses exemplos ilustram que o enfraquecimento de ideias envolve o
questionamento da lógica, a avaliação das premissas e evidências, bem
como a consideração do contexto e suas limitações. Ao desenvolver as
habilidades que acabamos de ver, tornamo-nos capazes de identificar as
fragilidades nos argumentos apresentados e contribuir para um debate
mais fundamentado e crítico.
Fortalecimento de ideias
Confira as estratégias que contribuem para o fortalecimento das ideias,
como fornecer evidências sólidas, apresentar um raciocínio lógico e
coerente, usar exemplos concretos, dentre outros.
Fortalecer uma ideia significa apresentar argumentos sólidos e
convincentes que sustentem sua validade e relevância. Ao reforçar uma
ideia, buscamos aumentar sua plausibilidade e credibilidade, tornando-a
mais convincente para o público-alvo. Descubra agora algumas
estratégias para fortalecer uma ideia.
Essas estratégias tornam a argumentação mais persuasiva e eficaz,
possibilitando uma conexão emocional com o públicoe reforçando a
relevância da ideia apresentada.
Fornecer evidências sólidas, como pesquisas e
estatísticas confiáveis 
Apresentar um raciocínio lógico e coerente 
Considerar diferentes perspectivas e antecipação de
objeções 
Usar exemplos concretos e histórias envolventes 
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A habilidade de fortalecer ideias é essencial para o desenvolvimento de
argumentos sólidos e convincentes em diversas áreas do conhecimento,
além de ser fundamental para alcançar um pensamento crítico mais
aprimorado.
Inferência e geração de
hipóteses
Assista ao vídeo e veja como empregar estratégias que ajudam a fazer
inferências e gerar hipóteses.
Inferir e gerar hipóteses são habilidades essenciais para a construção
de um argumento consistente e coerente, pois nos permitem tirar
conclusões lógicas a partir das informações disponíveis e formular
suposições plausíveis com base nessas conclusões.
A inferência é o processo de deduzir novas informações ou conclusões
a partir de informações existentes. Ela nos permite ampliar nosso
conhecimento, estabelecer conexões entre diferentes ideias e chegar a
conclusões lógicas com base em evidências.
Vamos analisar agora dois tipos de inferência. Confira!
Dedução
É aquela que parte de premissas gerais para chegar a uma
conclusão específica, seguindo regras lógicas bem estabelecidas,
como a lógica formal. Ao aplicar a dedução, partimos de
proposições universais ou gerais e chegamos a conclusões que
são necessariamente verdadeiras.
Por exemplo, se temos as premissas "Todos os mamíferos têm
glândulas mamárias" e "Os cães são mamíferos", podemos
deduzir, logicamente, que "Os cães têm glândulas mamárias".
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Nesse caso, a conclusão é uma inferência direta e necessária das
premissas.
Indução
É aquela que parte de exemplos específicos para chegar a uma
conclusão geral. Ela envolve a observação de padrões e a
generalização com base nesses padrões. Ao aplicar a indução,
partimos de observações particulares e inferimos uma conclusão
geral.
Por exemplo, se observamos que todos os corvos que
encontramos são pretos, podemos inferir, indutivamente, que
todos os corvos são pretos. No entanto, é importante destacar
que a indução não garante uma conclusão absolutamente
verdadeira, pois sempre há a possibilidade de exceções.
A geração de hipóteses está intimamente relacionada à inferência, pois
envolve a criação de suposições plausíveis com base em informações
disponíveis. As hipóteses são proposições que buscam explicar um
fenômeno ou dar uma resposta provisória a uma pergunta. Elas são
fundamentais para a investigação científica e podem ser aplicadas em
diversas áreas do conhecimento.
Ao gerar hipóteses, é essencial considerar evidências disponíveis, fazer
conexões lógicas e considerar diferentes possibilidades. Além disso,
elas devem ser formuladas de maneira clara e testável, para que
possam ser investigadas e verificadas.
Exemplo
Se estamos investigando a causa de um surto de uma doença, podemos
gerar hipóteses como a contaminação da água potável, a propagação
por meio de contato humano ou a presença de um vetor específico.
Cada hipótese deve ser fundamentada em informações existentes e
deve ser passível de teste e avaliação.
No processo de expansão de argumentos, a inferência e a geração de
hipóteses desempenham um papel crucial. Elas nos permitem ampliar
nosso entendimento, estabelecer relações lógicas e criar suposições
plausíveis. Ao aplicar essas estratégias, é importante considerar a
consistência lógica das inferências e a fundamentação das hipóteses
em evidências disponíveis.
Lembre-se de que a inferência não é um processo infalível e que as
hipóteses não são conclusões definitivas. Sempre deve haver espaço
para refinamento e revisão com base em novas informações. A prática
contínua dessas habilidades fortalece a capacidade de criar argumentos
sólidos e fundamentados, contribuindo para uma argumentação mais
persuasiva e convincente.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
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Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Qual das seguintes opções melhor define o conceito de
admissibilidade de ideias em um argumento?
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20admissibilidade%20de%20ideias%20refere-
se%20%C3%A0%20capacidade%20de%20considerar%2C%20de%20forma%20justa%20e%20imparcial%2C%20
Questão 2
Qual das seguintes opções descreve corretamente a inferência no
processo de expansão de argumentos?
A
A capacidade de gerar hipóteses plausíveis com base
em informações disponíveis.
B
A habilidade de fortalecer um argumento por meio da
apresentação de evidências convincentes.
C
A consideração justa e imparcial de diferentes pontos
de vista em um debate.
D
A identificação e refutação de falácias lógicas em um
argumento.
E
A construção de um argumento sólido com premissas
e conclusões logicamente válidas.
A
A habilidade de estabelecer conexões lógicas entre
diferentes ideias.
B
A criação de suposições baseadas em informações
disponíveis.
C
A dedução de conclusões específicas a partir de
premissas gerais.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20infer%C3%AAncia%20no%20processo%20de%20expans%C3%A3o%20de%20argumentos%
3 - Indução e dedução
Ao �nal deste módulo, você será capaz de distinguir entre indução e
dedução, aplicando corretamente esses processos para a geração de
hipóteses e conclusões.
Indução e exemplos
Assista ao vídeo e entenda, por meio de explicação teórica e exemplos,
o conceito de indução.
No processo de construção de argumentos sólidos, é fundamental
compreender e utilizar adequadamente os princípios de indução e
dedução. Agora, vejamos o conceito de indução e sua aplicação na
formação de argumentos.
D
A observação de padrões para chegar a uma
conclusão geral.
E
A validação de hipóteses por meio de evidências
verificáveis.
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A indução é um processo de raciocínio que ocorre quando, a partir de
exemplos específicos ou observações particulares, generalizamos para
chegar a uma conclusão mais ampla. É um método de inferência que
nos permite extrapolar informações de casos específicos para chegar a
uma regra geral ou conclusão provável.
O raciocínio indutivo baseado em observações é um exemplo comum de
indução. Considere as seguintes situações:
Situação 1
Suponha que todas as maçãs que já comemos fossem doces.
Podemos induzir que todas as maçãs são doces. No entanto, é
importante destacar que a indução não nos fornece uma certeza
absoluta, mas sim uma probabilidade ou grau de confiança na
conclusão.
Situação 2
Suponha que todas as vezes que uma pessoa beba água
contaminada fique doente. A partir dessa observação, podemos
induzir que beber água contaminada causa doença. No entanto,
essa indução está sujeita a exceções, pois nem todas as pessoas
que bebem água contaminada necessariamente ficam doentes.
Portanto, é necessário considerar a possibilidade de variáveis
adicionais ou circunstâncias que possam influenciar o resultado.
A indução também pode envolver o uso de amostragens e estatísticas
para fazer generalizações. Se quisermos saber a preferência de uma
população por determinado produto, podemosrealizar uma pesquisa
com uma amostra representativa e, com base nos resultados obtidos,
induzir que a população em geral tem a mesma preferência. No entanto,
é importante ter cuidado ao generalizar os resultados da amostra para a
população total, pois a precisão da indução depende da
representatividade e do tamanho da amostra.
Embora a indução seja um método útil para formar
conclusões e estabelecer generalizações, ela não
oferece certeza absoluta. Sempre existe a
possibilidade de que novas observações ou evidências
contraditórias possam refutar a conclusão induzida.
Portanto, a indução deve ser utilizada com cautela,
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considerando a possibilidade de exceções e a
necessidade de atualizar nossas conclusões com base
em novas informações.
Em resumo, a indução é um processo de raciocínio que nos permite
generalizar a partir de exemplos específicos para chegar a uma
conclusão mais ampla. Ela é bastante utilizada para formar argumentos
indutivos, embasados em observações, amostragens e estatísticas. No
entanto, é importante reconhecer suas limitações e estar aberto a
revisar nossas conclusões com base em novas evidências. A indução é
uma ferramenta valiosa para a construção de argumentos persuasivos,
desde que seja utilizada de forma criteriosa e consciente dos seus
possíveis desafios e exceções.
Dedução e exemplos
Descubra o conceito de dedução por meio de explicação teórica e
exemplificação.
No processo de construção de argumentos sólidos, além da indução, a
dedução desempenha um papel fundamental. Veremos o conceito de
dedução e sua aplicação na formação de argumentos válidos,
fornecendo exemplos para uma compreensão mais clara.
A dedução é um tipo de raciocínio que ocorre quando chegamos a uma
conclusão específica com base em premissas gerais ou universais.
É um método de inferência que nos permite tirar conclusões
necessariamente verdadeiras a partir de premissas estabelecidas.
Um exemplo comum de dedução é o silogismo, um argumento que
consiste em duas premissas e uma conclusão. Veja!
Premissa 1
T d h ã
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A conclusão é deduzida das duas premissas estabelecidas. A partir da
premissa geral de que todos os seres humanos são mortais e da
premissa específica de que Sócrates é um ser humano, podemos
deduzir necessariamente a conclusão de que Sócrates é mortal.
Observe mais um exemplo!
Nesse caso, a conclusão é deduzida a partir das premissas
estabelecidas. Com base na premissa geral de que todos os pássaros
têm asas e na premissa específica de que o pinguim é um pássaro,
podemos deduzir necessariamente a conclusão de que o pinguim tem
asas.
A dedução também pode envolver o uso de algumas regras lógicas.
Tome nota!
Todos os seres humanos são
mortais.
Premissa 2
Sócrates é um ser humano.
Conclusão
Portanto, Sócrates é mortal.
Premissa 1
Todos os pássaros têm asas.
Premissa 2
O pinguim é um pássaro.
Conclusão
Portanto, o pinguim tem asas.
Modus ponens 
Modus tollens 
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Em resumo, a dedução é um processo de raciocínio que nos permite
tirar conclusões necessariamente verdadeiras a partir de premissas
estabelecidas. Ela é utilizada para formar argumentos dedutivos válidos,
baseados em regras lógicas e conexões necessárias entre premissas e
conclusão. A dedução é uma ferramenta poderosa na construção de
argumentos sólidos e persuasivos, desde que seja aplicada
corretamente e em conformidade com as regras lógicas estabelecidas.
Aplicações práticas
Confira no vídeo aplicações práticas da indução e dedução no processo
de argumentação.
Além de compreender como aplicar a indução e dedução, o que é
essencial para construir argumentos sólidos e convincentes, também
conheceremos agora algumas situações comuns em que a indução e a
dedução são utilizadas de forma prática. Vamos lá!
Exemplo 1
A indução é o processo de inferir uma conclusão geral a partir de
exemplos ou observações específicas. É uma estratégia frequentemente
empregada na coleta de evidências e na formulação de hipóteses.
Vamos analisar!
Suponha que um pesquisador deseje estudar os hábitos alimentares de
determinada população. Ele realiza uma pesquisa com uma amostra de
500 pessoas e descobre que a maioria das pessoas pesquisadas
consome frutas diariamente. Com base nesses resultados, ele faz a
indução de que a população em geral tem o hábito de consumir frutas
regularmente.
Nesse caso, o pesquisador utiliza a indução ao generalizar os resultados
obtidos na amostra para a população em geral.
Atenção!
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A conclusão da indução não é, necessariamente, verdadeira, pois
existem diversas variáveis a serem consideradas, como localização
geográfica, faixa etária, entre outras.
Embora a indução seja uma estratégia útil para formular hipóteses, é
essencial interpretar os resultados com cautela e considerar outras
informações relevantes.
Exemplo 2
A dedução, por outro lado, é o processo de tirar conclusões
necessariamente verdadeiras com base em premissas estabelecidas.
Ela é amplamente utilizada em áreas como a lógica formal e o raciocínio
jurídico.
Agora, imagine um tribunal em que um promotor apresente a seguinte
argumentação:
Nesse exemplo, o promotor utiliza a dedução para chegar à conclusão
de que o réu cometeu um crime grave com base nas premissas
estabelecidas. A dedução é uma estratégia poderosa nesse contexto,
pois permite que as conclusões sejam derivadas logicamente a partir
das premissas.
Além disso, a indução e a dedução são frequentemente combinadas
para construir argumentos sólidos. Veremos isso em outro exemplo.
Exemplo 3
Um economista está analisando a situação econômica de um país e
chega a algumas conclusões. Acompanhe!
Indução
Com base nos dados
históricos e nas
Dedução
Se o país está
experimentando um
Premissa 1
Todos os assassinatos são
crimes graves.
Premissa 2
O réu é acusado de assassinato.
Conclusão
Portanto, o réu cometeu um
crime grave.
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tendências atuais, o
país está
experimentando um
crescimento econômico
sustentado.
crescimento econômico
sustentado, é provável
que haja aumento do
emprego e melhoria dos
indicadores sociais.
Nesse caso, o economista utiliza a indução para chegar à conclusão de
que o país está em um período de crescimento econômico sustentado, e
então aplica a dedução para inferir as possíveis consequências desse
crescimento. Essa combinação de indução e dedução fortalece o
argumento, pois se baseia em evidências observadas e segue uma linha
lógica de raciocínio.
Em resumo, a aplicação prática da indução e dedução é fundamental no
processo de argumentação. A indução permite a formulação de
hipóteses e generalizações a partir de exemplos específicos, enquanto a
dedução é utilizada para tirar conclusões necessariamente verdadeiras
com base em premissas estabelecidas. Ao combinar essas estratégias,
podemos construir argumentos sólidos e persuasivos, apoiados por
evidências e seguindo uma lógica consistente. É importante, no entanto,
ter em mente as limitações e considerar outros fatores relevantes ao
aplicar esses princípios.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Qual das seguintes opções descreve corretamente a indução no
processo de raciocínio?

A
A dedução de conclusões específicas a partir de
premissas gerais.
B
A criação de suposiçõesbaseadas em informações
disponíveis.
C
A observação de padrões para chegar a uma
conclusão geral.
D
A validação de hipóteses por meio de evidências
verificáveis.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20indu%C3%A7%C3%A3o%20no%20processo%20de%20racioc%C3%ADnio%20envolve%20a%
Questão 2
Qual das seguintes opções descreve corretamente a dedução no
processo de raciocínio?
Parabéns! A alternativa E está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20dedu%C3%A7%C3%A3o%20no%20processo%20de%20racioc%C3%ADnio%20envolve%20a
E
A capacidade de estabelecer conexões lógicas entre
diferentes ideias.
A
A criação de suposições baseadas em informações
disponíveis.
B
A validação de hipóteses por meio de evidências
verificáveis.
C
A observação de padrões para chegar a uma
conclusão geral.
D
A capacidade de estabelecer conexões lógicas entre
diferentes ideias.
E
A dedução de conclusões específicas a partir de
premissas gerais.
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4 - (In)coerências e falácias
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car falácias comuns e
lacunas na lógica, aprimorando a habilidade de reconhecer
contradições e inconsistências.
Signi�cados de falácias
Descubra no vídeo os diferentes sentidos que o termo falácia pode ter.
Falácias são erros de raciocínio utilizados de forma enganosa ou
incorreta em argumentos. Iremos agora explorar os diferentes
significados de falácias e como identificá-las em um discurso. Ao
compreender esses conceitos, seremos capazes de reconhecer
argumentos inválidos e fortalecer nossa habilidade de análise crítica.
Uma falácia é um raciocínio defeituoso, que parece válido, mas, na
realidade, contém uma falha lógica. Um argumento falacioso pode ser
usado intencionalmente para manipular a opinião do público ou pode
ocorrer inadvertidamente devido a erros de pensamento. Vamos
explorar alguns dos significados das falácias mais comuns a seguir.
Falácias formais
Essas falácias ocorrem quando há uma violação das regras básicas da
lógica formal. Elas são identificadas por meio dos seguintes erros na
estrutura do argumento:
1. Inferências inválidas.
2. Conclusões que não seguem as premissas estabelecidas.
Um exemplo de falácia formal é o silogismo inválido. Veja!
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Nesse exemplo, a conclusão é inválida, pois nem todos os mamíferos
têm pelos. Essa falácia ocorre devido a uma violação das regras da
lógica formal.
Falácias informais
Essas falácias ocorrem quando há erros de raciocínio que não se
enquadram nas regras formais da lógica, mas ainda assim levam a
conclusões inválidas. Elas são mais sutis e podem envolver distorção de
fatos, apelos emocionais, generalizações injustificadas, entre outros.
Confira alguns exemplos!
Ao entender esses diferentes significados de falácias, seremos capazes
de identificá-las em discursos e argumentos, fortalecendo assim nossa
capacidade de análise crítica. É importante lembrar que a identificação
de falácias não invalida automaticamente um argumento, mas nos ajuda
a avaliar sua solidez e consistência lógica.
Identi�cação de
contradições
Premissa 1
Todos os mamíferos têm pelos.
Premissa 2
O golfinho é um mamífero.
Conclusão
Portanto, o golfinho tem pelos.
Apelo à autoridade 
Generalização excessiva 
Falsa causa 
Falácias retóricas 
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Descubra neste vídeo o que são contradições e veja como identificá-las
em um discurso.
O objetivo aqui é desenvolver a habilidade de reconhecer
inconsistências e contradições internas, o que nos permite avaliar a
solidez de um argumento e a validade das afirmações feitas. Isso é
fundamental para a análise crítica, pois uma contradição pode
enfraquecer ou até mesmo invalidar completamente um argumento.
Vamos conferir algumas estratégias e exemplos para identificar
contradições em um discurso. Fique atento!
 Examinar declarações opostas ou
contraditórias
Exemplo: se alguém diz: "Eu sou vegetariano e amo
carne", há uma clara contradição entre ser
vegetariano e amar carne, pois o conceito de
vegetarianismo envolve a exclusão de carne da
dieta.
 Avaliar inconsistências lógicas
Exemplo: se alguém afirma "Todos os pássaros têm
penas. Os pinguins não têm penas. Portanto, os
pinguins não são pássaros." Essa afirmação
contém uma contradição, pois as duas premissas
são inconsistentes entre si, resultando em uma
conclusão inválida.
 Veri�car coerência temporal
Se alguém faz afirmações que são incompatíveis
em relação ao tempo ou sequência de eventos,
pode haver uma contradição.
Exemplo: se alguém diz "Ontem eu estava em casa
o dia todo", mas em outra ocasião afirma: "Ontem à
tarde eu fui ao cinema", essas declarações
contraditórias indicam uma incoerência temporal.
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Ao identificar contradições em um discurso, é essencial avaliar o seu
impacto na solidez e validade do argumento apresentado. Uma
contradição pode enfraquecer a credibilidade do argumento e levantar
dúvidas sobre a consistência lógica das afirmações feitas. Portanto, ao
realizar uma análise crítica, é importante estar atento a essas
contradições e considerá-las na formação de nossa opinião e avaliação
de um argumento.
Em resumo, a identificação de contradições é uma habilidade crucial no
processo de análise crítica. Ao examinar declarações opostas, avaliar
inconsistências lógicas, verificar coerência temporal, analisar
contradições em valores ou crenças, e considerar declarações
contraditórias de fontes confiáveis, podemos tanto identificar se o
orador se contradiz em seu discurso quanto aprimorar nossa
capacidade de avaliar a solidez e a validade dos argumentos
apresentados.
Lacunas e (in)consistências
Descubra neste vídeo o que são lacunas e inconsistências em um
argumento, além de estratégias e exemplos para identificá-las em um
discurso.
 Identi�car contradições em
valores ou crenças
Exemplo: se alguém afirma ser a favor dos direitos
humanos, mas apoia políticas discriminatórias, há
uma contradição entre os valores declarados e as
ações defendidas.
 Analisar declarações
contraditórias de fontes
con�áveis
Exemplo: se diferentes especialistas em
determinado campo expressam opiniões
contraditórias ou fazem afirmações incompatíveis,
é necessário analisar essas contradições e buscar
uma compreensão mais aprofundada do assunto.
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O objetivo aqui é desenvolver a habilidade de identificar falhas na lógica
e nas evidências apresentadas, o que nos permite avaliar a solidez de
um argumento e a consistência das informações fornecidas.
As lacunas e inconsistências podem enfraquecer um argumento, pois
revelam falta de informações ou incompatibilidade entre as afirmações
feitas. Portanto, vamos explorar algumas estratégias e exemplos para
identificar lacunas e inconsistências em um discurso. Vamos lá!
Identi�car falta de evidências ou
informações insu�cientes
Uma lacuna ocorre quando há uma ausência de evidências ou
de informações adequadas para sustentar uma afirmação.
Exemplo: "A maioria das pessoas adora o novo produto", mas
não apresenta dados ou pesquisas que sustentem essa
afirmação, há umalacuna na evidência fornecida.
Analisar inconsistências nas informações
Uma inconsistência pode ocorrer quando há uma contradição
entre as informações fornecidas ou quando elas são
incompatíveis com conhecimentos prévios.
Exemplo: Se alguém argumenta que determinada política foi
bem-sucedida em reduzir a criminalidade, mas os dados
estatísticos disponíveis mostram um aumento nos índices de
criminalidade, há uma inconsistência entre a afirmação e as
informações disponíveis.
Veri�car se as informações são
atualizadas e relevantes
É importante considerar se as informações são atualizadas e
relevantes para o argumento em questão.
Exemplo: Se alguém usa estatísticas sobre o comportamento
de consumo de determinada geração há 20 anos para
sustentar um argumento sobre os hábitos atuais de consumo,
há uma lacuna na atualização das informações e sua
relevância para o contexto atual.
Questionar a lógica interna do argumento
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É fundamental analisar se as afirmações são coerentes entre
si.
Exemplo: Se alguém argumenta que todas as aves voam e, em
seguida, afirma que os pinguins são aves, mas não voam, há
uma inconsistência lógica nas afirmações, pois contradiz a
primeira premissa.
Considerar possíveis motivações ocultas
Às vezes, as lacunas e inconsistências podem ser resultado de
motivações ocultas ou vieses pessoais. É importante estar
atento a interesses particulares que possam influenciar a
apresentação de informações ou a omissão deliberada de
dados relevantes.
Ao identificar lacunas e inconsistências em um discurso, podemos
questionar a solidez do argumento e buscar informações adicionais ou
esclarecimentos para preencher essas falhas. Essa análise crítica nos
ajuda a formar uma opinião informada, além de evitar que sejamos
enganados por argumentos falaciosos ou inconsistentes.
Em resumo, a identificação de lacunas e inconsistências em um
argumento é uma habilidade essencial para a análise crítica. Ao
identificar a falta de evidências, analisar inconsistências nas
informações, verificar a atualidade e relevância dos dados, questionar a
lógica interna do argumento e considerar possíveis motivações ocultas,
podemos avaliar a solidez e a consistência de um discurso e tomar
decisões mais informadas.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Qual das seguintes opções descreve corretamente uma falácia?
A Um argumento válido e bem fundamentado.
B Uma técnica retórica persuasiva.
C Uma contradição lógica em um argumento.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
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Questão 2
Qual das seguintes opções descreve corretamente uma contradição
em um argumento?
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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Considerações �nais
Abordamos neste conteúdo uma variedade de tópicos relacionados à
argumentação e à estrutura da argumentação, fornecendo uma
D Um erro de raciocínio que pode parecer válido.
E Uma inferência baseada em premissas gerais.
A
A falta de evidências verificáveis para apoiar uma
hipótese.
B
A presença de informações conflitantes ou opostas
em um mesmo argumento.
C
A utilização de técnicas retóricas persuasivas para
convencer o interlocutor.
D
A dedução lógica de uma conclusão a partir de
premissas bem estabelecidas.
E
A observação de padrões para chegar a uma
conclusão geral.
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compreensão abrangente dos elementos essenciais para construir
argumentos sólidos e convincentes.
Inicialmente, exploramos os conceitos de premissas, pressupostos e
conclusões, entendendo como esses elementos formam a estrutura
básica de um argumento. Também aprendemos a identificar as teses
principais e as relações lógicas presentes nos argumentos, o que nos
permite analisar sua validade e coerência. Além disso, analisamos
estruturas retóricas e técnicas de persuasão, compreendendo como
utilizá-las adequadamente e como reconhecê-las em discursos e textos.
Focamos na expansão dos argumentos, explorando a admissibilidade
de ideias e entendendo a importância de considerar diferentes
perspectivas e argumentos contrários. Além disso, por um lado,
aprendemos estratégias para enfraquecer ideias, questionando
premissas e identificando fragilidades nos argumentos apresentados e,
por outro, discutimos o fortalecimento de ideias, compreendendo como
fundamentar nossos argumentos com evidências sólidas e raciocínio
lógico. Na sequência, também exploramos a inferência e a geração de
hipóteses, habilidades essenciais para ampliar nosso entendimento e
explorar diferentes possibilidades.
Depois foi a vez de abordarmos a indução e a dedução. Primeiramente,
aprendemos como a indução se baseia em exemplos específicos para
chegar a uma conclusão geral, observando padrões e generalizando
informações; em seguida, exploramos a dedução e os silogismos,
compreendendo como deduzir conclusões lógicas a partir de premissas
bem estabelecidas. Também discutimos aplicações práticas dessas
estratégias, destacando sua importância em diversos campos do
conhecimento.
Por fim, concentramos nossa atenção na (in)coerência e nas falácias.
Exploramos os significados das falácias, identificando os erros de
raciocínio que podem comprometer a validade dos argumentos.
Aprendemos a identificar contradições nos argumentos e a lidar com
lacunas e inconsistências em nosso próprio pensamento. Além disso,
aprofundamos nosso conhecimento em diferentes tipos de falácias e
sofismas, aprimorando nossa habilidade de identificá-los e evitá-los.
Explore +
Confira as indicações que separamos especialmente para você!
Acesse o site da Foundation for Critical Thinking, uma organização sem
fins lucrativos dedicada ao avanço do pensamento crítico, e tenha
acesso a uma variedade de recursos, incluindo artigos, vídeos, livros e
atividades práticas para desenvolver habilidades de pensamento crítico.
Pesquise na internet o guia The Miniature Guide to Critical Thinking
Concepts and Tools, publicado por Richard Paul e Linda Elder, ambos da
Foundation for Critical Thinking. O guia apresenta uma série de
estratégias e abordagens para melhorar a análise crítica, a avaliação de
argumentos e a tomada de decisões informadas.
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Pesquise e ouça o podcast Making Sense with Sam Harris, que aborda
uma variedade de tópicos relacionados ao pensamento crítico, incluindo
ciência, filosofia, religião e ética. Nele Sam Harris, um neurocientista e
filósofo, conduz entrevistas e discussões aprofundadas com
especialistas em diversos campos.
Assista ao filme Spotlight e confira a história real de uma equipe de
jornalistas investigativos do jornal The Boston Globe. O filme destaca o
pensamento crítico e a persistência necessários para expor um
escândalo de abuso sexual na Igreja Católica, enfatizando a importância
de questionar e investigar profundamente os fatos.
Leia o livro Pensar, raciocinar, resolver, escrito por Walter Carnielli e
Richard L. Epstein. Essa obra apresenta uma introdução abrangente ao
pensamento crítico, fornecendo ferramentas e estratégias para melhorar
a tomada de decisões e a resolução de problemas, explorando temas
como lógica, argumentação, falácias e métodos de pensamento crítico.Referências
COHEN, M. Habilidades de pensamento crítico para leigos. Rio de
Janeiro: Alta Books, 2017.
HARVARD BUSINESS REVIEW PRESS. HBR Guide to critical thinking.
Boston, MA: Harvard Business School Publishing Corporation, 2023.
LEVITIN, D. J. Weaponized lies: How to think critically in the post-truth
era. New York: Penguin, 2017.
WALTON, D. N. Informal logic: a handbook of critical argumentation.
Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2005.
WARBURTON, N. Pensamento crítico de A a Z: uma introdução
filosófica. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011.
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