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Profa. Dra. Danielle Nascimento Silva UNINASSAU – CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU MEDICINA VETERINÁRIA ANATOMIA DESCRITIVA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Elementos estruturais Tecido Nervoso Neurônio Receber Excitabilidade Processar Irritabilidade Enviar Condutibilidade Neuróglia Sustentação Revestimento Defesa e Nutrição Elementos estruturais Mudança ambiental Estímulo Identificação pelo órgão receptor Incitar reação Resposta pelo órgão efetor • Qualquer tipo de estímulo: conversão em estímulo elétrico pelo neurônio receptor. • Mensagem codificada; transmissão do impulso nervoso para outro neurônio; • No final da cadeia de transmissão: célula efetora – músculo ou glândula . Neurônio: é a unidade anatomia ou estrutural do sistema nervoso Elementos estruturais Partes do neurônio Corpo celular: Centro metabólico Síntese de proteínas, degradação e renovação de constituintes. Recepção de estímulos. Dendritos: Curtos e ramificados Recebem estímulos. Axônio: Geralmente único Podem medir alguns centímetros a 1 metro Substância branca: mielina Gera e conduz impulso nervoso Terminal pré-sináptico (telodendro) Divisão do Sistema Nervoso Sistema Nervoso Critério Embrionário Critério Funcional Sistema Nervoso Somático Sistema Nervoso VisceralOrganização Segmentar/ Metamérica Critério Anatômico Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico Divisão do SNC Critério anatômico SNC SN Periférico Encéfalo Medula Espinhal Cérebro Cerebelo Tronco encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo Telencéfalo e Diencéfalo Nervos Gânglios Terminações nervosas Espinhais Cranianos Sistema Nervoso Central Dentro do esqueleto axial Cavidade craniana: encéfalo Canal vertebral: medula espinhal Não existe relação constante entre o tamanho do encéfalo com o do animal; Relativamente menor nas grandes espécies; maior nos mamíferos mais evoluídos; Pesos do encéfalos: Homem: 1.200 a 1.500g Cão: 70 a 150g Cavalo: 400 a 700g. Peixe (Carpa) Réptil (Píton) Ave (Pato) Mamífero (Bovino) Mamífero (Homem) Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico Fora do esqueleto Composição: Gânglios, nervos e terminações nervosa SNC Vista Ventral do Encéfalo Tronco Encefálico Sistema Nervoso Central • corpos de neurônios, fibras nervosas amielínicas e neuróglia. Substância Cinzenta • fibras nervosas mielínicas, neuróglia. Substância Branca • acúmulos de corpos de neurônios localizados no sistema nervoso central.Núcleos • reunião de feixes de fibras nervosas de origem, destino e função comuns no sistema nervoso central. Tractos ou Fascículos Anatomia macroscópica do Telencéfalo Controle das ações motoras voluntárias Integração dos estímulos sensoriais Atividades neurológicas superiores: raciocínio, aprendizado, pensamento, fala e memória. Componentes: dois hemisférios cerebrais núcleos da base comissura anterior. Fissura longitudinal do cérebro, corpo caloso, ventrículos laterais direito e esquerdo. Vista dorsal Vista ventral Anatomia macroscópica do Telencéfalo Sulcos, giros ou circunvoluções cerebrais. Animais lissencéfalos (aves e pequenos mamíferos) e girencéfalos. Lobos cerebrais: frontal, temporal , parietal e occipital. • Área olfatória • Área somestésica e motora • Área gustativa • Área auditiva • Área vestibular • Área visual Anatomia macroscópica do Telencéfalo Face medial do hemisfério cerebral Formações telencefálicas inter-hemisféricas: Comissuras: corpo caloso, fórnix ; septo pelúcido (separa os dois ventrículos laterais). Corpo caloso: comissura que une áreas simétricas do córtex cerebral de cada hemisfério. Partes: joelho, tronco e esplênio. Maior comissura inter- hemisférica. Anatomia macroscópica do Telencéfalo Organização interna dos hemisférios cerebrais Córtex cerebral: substância cinzenta. Centro branco medular do cérebro: substância branca. Núcleos da base do cérebro: caudado, lentiforme, claustrum e corpo amigadóide. 1- Claustrum 2-Lentiforme 3- Cabeça do núcleo caudado 1 23 Sistema Límbico Relacionado à expressão de comportamentos acompanhados de manifestações emocionais Composição: Corpo amigdalóide Tálamo Hipotálamo Giro do cíngulo Hipocampo Diencéfalo Localiza-se encoberto pelo telencéfalo – visto na face inferior Forma a parte mais rostral do tronco encefálico Composição Tálamo Hipotálamo Epitálamo Subtálamo III Ventrículo Tálamo Maior componente do diencéfalo Massas globosas de substância cinzenta e agregado nucleares Desenvolve-se nas paredes laterais do III ventrículo Ponte Aderência intertalâmica Tálamo: Considerações Funcionais Corresponde a um dos centros mais importantes de retransmissão e integração do tronco encefálico. Todos os impulsos sensitivos/aferentes param em núcleos talâmicos e são distribuídos às áreas específicas do córtex cerebral (com exceção dos olfatórios). Função na seletividade dos estímulos sensoriais e por consequência na intensidade de ativação de determinada área cortical. Fornece retransmissores para os sistemas de controle de feedback das vias motoras IMPULSOS AFERENTES DO TRONCO ENCEFÁLICO SINAPSES NO TÁLAMO CÓRTEX CEREBRAL Hipotálamo Localiza-se ventralmente ao tálamo Forma as partes inferiores do terceiro ventrículo Controle generalizado do organismo: endócrino, límbico e nervoso autônomo. Componentes Núcleos associados ao controle do sistema nervoso visceral e à regulação hormonal: HOMEOSTASE. Corpo mamilar Túber cinéreo Quiasma óptico Infundíbulo Hipotálamo: Considerações Funcionais Controle do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático) Regulação da temperatura corpórea; Regulação do comportamento emocional (junto com o sistema límbico e a área pré-frontal) Regulação do sono e da vigília Regulação da ingestão de alimentos, água Regulação da diurese Sistema endócrino Geração e regulação dos ritmos circadianos – ritmos biológicos Epitálamo Dorsal ao tálamo Compreende Glândula Pineal ou Épifise produção de melatonina (antigonatrofina pineal) Regulação sazonal da atividade ovariana em respostas as mudanças na duração do dia Regulação dos ritmos circadianos (sono e vigília) Glândula Pineal ou Épifise Estrias habenulares Comissura posterior Comissura das habenulas Subtálamo Núcleo subtalâmico Estação retransmissora na via motora extrapiramidal Núcleo endopeduncular e outros núcleos Elos entre o sistema límbico e os motores somático e visceral Lesões: Hemibalismo Anatomia macroscópica do Cerebelo Aspectos funcionais do cerebelo: Manutenção do equilíbrio e da postura; Controle do tônus muscular; Controle dos movimentos voluntários; aprendizagem motora. Função exclusivamente motora, funciona sempre em nível involuntário e inconsciente. Regulação e integração da atividade motora enviada pelo cérebro. Anatomia macroscópica do Cerebelo Vérmis, hemisférios cerebelares, folhas dos cerebelo, sulcos. Organização interna: Corpo medular do cerebelo, Lâminas brancas do cerebelo, Córtex cerebelar, Núcleos. Tronco encefálico Parte mais antiga do encefálo Interpõe-se entre a medula e o diencéfalo Forma a base para o cerebelo Constituídos por núcleos e fibras nervosas (se agrupam formando feixes) Conexão/ origem para nervos cranianos (10/12 nervos) Mesencéfalo Ponte Bulbo Mesencéfalo Reflexos visuais Coordenação dos reflexos; Reflexos auditivos (Corpos quadrigêmeos) Colículos rostrais = visão Colículos ventrais = audição Ponte Porção ventral do metencéfalo Núcleos- conexos entre cerebelo e o cérebro Bulbo Bulbo- principal constituinte do mielencéfalo Dilataçãoda medula Forma o quarto ventrículo (fossa romboide) Sede das funções vegetativas (respiratórias e cardiovasculares Envoltórios: Meninges Dura-máter craniana: Foice do cérebro Tentório do cerebelo Leptomeniges (aracnoide e pia- máter) Líquor Formado pelos plexos corióides presentes nos ventrículos, pelo epêndima das paredes ventriculares e pelos vasos das leptomeniges (aracnoide e pia- máter) Funções: Proteção mecânica; Eliminação de produtos do metabolismo; Estimulação do centro respiratório pela elevação de CO2 contido no LCE que banha o tronco encefálico; Proteção contra infecções; Fornecimento de nutrientes para o tecido nervoso. Irrigação sanguínea Arterial Círculo arterioso do cérebro No cão Substância cinzenta: metabolismo suprimento sanguíneo 15 a 20% do debito cardíaco Barreira hematoencefálica – reduzida permeabilidade entre os capilares sanguíneos e o tecido nervoso Medula espinhal: artéria espinhal ventral e artérias espinhais dorsolaterais Lateralmente: artérias carótidas internas pares (D e E) Caudalmente: artéria basilar Artéria vertebral Drenagem Venosa Encéfalo Sistema complexos de seios venosos Plexo venoso vertebral Seio sagital dorsal Seio reto Seios transversos Sistema basilar Seio cavernoso Seio basilar Medula Espinhal Características gerais: Contínua com o encéfalo; Representa o principal centro reflexo e via de condução de informações entre o corpo e o encéfalo; Vinculada às respostas rápidas e automáticas; Realização da atividade motora reflexa – mais primitiva das atividades motoras. Disposição da substância branca e da cinzenta; Diâmetro comparado ao diâmetro do dedo indicador, porém não é homogêneo em toda sua extensão. Medula Espinhal- Anatomia Macroscópica Origem e término Forma Localização: canal vertebral Variações regionais: intumescências Intumescência cervical: plexo braquial Intumescência lombar: lombossacral Afilamento caudal (cone medular) Filamento terminal Alongada Aproximadamente cilíndrica Achatada dorsoventralmente Medula Espinhal- Anatomia Macroscópica Sulco mediano dorsal Fissura mediana ventral Sulcos laterais dorsal e ventral Ligamento coccígeo. Divisão: cervical, torácica, lombar e sacral Plexo braquial Plexo lombossacral Medula Espinhal Espécie Final da Medula Felinos (A) L6 a S3 Canino (B) L6 ou L7 Suínos (C) L5 ou L6 Ruminantes (D) L6 Equino (E) S2 Medula Espinhal- Anatomia Macroscópica e Envoltórios Meninges Espaço entre as meninges: Epidural Subdural Subaracnóideo Dura-máter: saco dural Aracnoide: 2 folhetos (passa o Líquor) Pia-máter: aderida ao tecido nervoso Medula Espinhal- Anatomia Macroscópica e Envoltórios Características dos espaços meníngeos da medula espinhal Espaço Localização Conteúdo Epidural * Entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral. Contém tecido adiposo e o plexo venoso vertebral interno Subdural Espaço virtual entre a dura-máter e a aracnóide Pequena quantidade de líquido Subaracnóideo Entre a aracnóide e a pia-máter Líquido cérebroespinhal ou líquor. * Não existe no encéfalo Medula Espinhal- Anatomia Macroscópica e Envoltórios Espaço subaracnóideo Maior na porção anterior da medula (região atlanto-occiptal: cisterna cerebelomedular) e na porção posterior ao seu termino (região lombossacral) Maior quantidade de líquor: região de coleta Medula Espinhal- Anatomia Macroscópica e Envoltórios Medula Espinhal- Anatomia Macroscópica e Envoltórios 4- Cone medular 5- Filamento terminal 6- Espaço epdural 7- Dura- máter 8- Espaço subaracnóide Anestesias nos espaços meníngeos : • Anestesia raquidiana: espaço subaracnóideo. • Anestesia epidural (peridural): espaço epidural; anestesia das raízes dos nervos espinhais no nível do forame intervertebral. Nervos Espinhais Conexão entre a medula - inervação do tronco, membros e parte da cabeça. Número de nervos espinhais varia de acordo com a fórmula vertebral. Fórmula vertebral no cão: C7 T13 L7 S3 Cd20-23 8 pares de nervos espinhais cervicais 13 pares de nervos espinhais torácicos 7 pares de nervos espinhais lombares 3 pares de nervos espinhais sacrais 5 pares de nervos espinhais caudais Bovinos = C7, T13, L6, S5, Cd 18-20 Equino = C7, T18, L6, S5, Cd15-21 Nervos Espinhais Formado pela união de 2 raízes: dorsal e ventral Raiz dorsal: fibras aferentes (quase que exclusivamente) Corpos celulares agrupados: Gânglio espinhal Raiz ventral: fibras eferentes (exclusivamente) Corpos de neurônio: medula espinhal Raiz dorsal + raiz ventral = NERVO ESPINHAL (misto) Forame vertebral Região cervical- emerge cranial à vértebra Exceção: 8º par (última cervical e primeira torácica) Outras regiões- emerge caudais as vértebras Nervos Espinhais Nervos espinhais Ramos Ramos dorsais Ramos ventrais Nervo frênico (C5 C6 e C7(ramos cervicais ventrais) – única inervação motora no diafragma. NÃO É AUTÔNOMO) Cauda equina Associação dos últimos nervos espinhais lombares, sacrais e caudais com o cone medular e as meninges. Nervos Espinhais Cauda equina Crescimento desigual da medula espinhal em relação ao canal vertebral antes e depois do nascimento medula espinhal mais curta. Prolongamento dos últimos nervos espinhais para saírem pelos forames intervertebrais respectivos. Nervos Cranianos 1- I Par: Nervo olfatório 2- II Par: Nervo óptico 3- III Par: Oculomotor 4- IV Par: Troclear 5-V Par: Trigêmeo 6-VI Par: Abducente 7-VII Par: Facial 8-VIII Par: Vestíbulococlear 9- IX Par: Glossofaríngeo 10- X Par: Vago 11- XI Par: Acessório 12- XII Par: Hipoglosso ▪ Originam-se do tronco encefálico, exceto o nervo olfatório e óptico ▪ O nervo troclear (IV) é o único que tem sua origem na face dorsal do tronco encefálico ▪ Podem ser sensitivo, motor ou misto Nervos Cranianos Arranjo em 3 grupamentos: Aqueles envolvidos exclusivamente com sentidos especiais ▪ Olfatório, óptico e vestibulococlear Aqueles supridores dos músculos da cabeça de origem somítica ▪ Oculomotor, troclear, abducente e hipoglosso Aqueles primariamente relacionados com estruturas no arco faríngeo ▪ Trigêmeo, facial, glossofaríngeo, vago e acessório Nervos Origem Destino (território de inervação) Tipo e função I-Olfatório Cavidade nasal Bulbo olfatório Sensitivo Olfação II- Óptico Retina Quiasma óptico=> trato óptico=> corpo geniculado lateral Sensitivo Visão III- Oculomotor Mesencéfalo Músculos extrínsecos do bulbo do olho. Motor Move os olhos, contrai as pupilas, acomodação. IV-Troclear Face dorsal do encéfalo Músculos extrínsecos do bulbo do olho. Motor Move os olhos V-Trigêmeo Face lateral da barra transversal da ponte Misto VI- Abducente Emerge caudal e mais medialmente o corpo trapezoide Músculos extrínsecos do bulbo do olho. Motor Move os olhos Nervos cranianos V-Trigêmeo Destino ▪ Parte aferente: pele da face, mucosa da cavidade oral, nariz, seios paranasais, língua, dentes, dura-máter, músculos da mastigação e articulação têmporo-mandibular. ▪ Parte eferente: músculos da mastigação (Mastiga e sente a fronte) Função ▪ Sensorial- pele e tecidos ▪ Motor- para os músculos que se originam o primeiro arco faríngeo Nervos Origem Destino (território de inervação) Tipo e função VII- Facial Lateralmente ao corpo trapezoide Parte aferente: gustação da língua, fossas nasais, palato mole, aurícula e meato acústico externo. Parte eferente: glândulas submandibular, sublingual e lacrimal. Misto Move a face, gustação, salivação e choro. VIII-Vestibulococlear Emergem próximo a extremidade lateral do corpo trapezoide Orelha interna Sensitivo Equilíbrio e audição.IX- Glossofaríngeo Face ventrolateral da medula oblonga (bulbo) Parte aferente: gustação da língua, faringe, tuba auditiva. Parte eferente: glândula parótida, músculo constrictor da faringe. Misto Gustação, saliva e engole. X-Vago Face ventrolateral da medula oblonga (bulbo) Parte aferente: faringe, laringe, traqueia, esôfago, vísceras torácicas e abdominais, aurícula. Parte eferente: vísceras torácicas e abdominais; aurícula. Misto Gustação, deglutição, fala, faz a comunicação com as vísceras abdominais. Nervos Cranianos Nervos Origem Destino (território de inervação) Tipo e função XI- Acessório Face lateral da medula oblonga Alguns músculos estriados esqueléticos (mm. Omotransverso, braquiocefalico, ...). Motor Gira a cabeça, eleva os ombros. XII- Hipoglosso Face ventral da medula (miótomos dos somitos occiptais) Músculos da língua. Motor Move a língua.
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