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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAM Ana Beatriz C. Magri; Barbara Machado; Beatriz Gonçalves Maciel; Maria Clara Castello Branco C.; Michele Rodrigues de Miranda T.; Kauane Fideles Botelho. Caso clínico sobre o sistema renina angiotensina (SRAA) São Paulo 2023 SRAA- Sistema renina angiotensina aldosterona - Definição: É uma cadeia de reações que ocorrem com o propósito e aumentar a pressão arterial quando é detectado um quadro de hipotensão. 3 órgãos participam desse processo: • RIM: Os receptores das arteríolas conectadas aos rins detectam a queda da pressão arterial devido a diminuição do Na e dão início à cascata convertendo a pró renina em renina. O junto ao pulmão, é um dos locais de ação da ECA. • FÍGADO: O fígado produz o angiotensinogênio, que será convertido em angiotensina 1 e 2. • PULMÕES: Os pulmões produzem uma enzima chamada ECA (enzima conversora de angiotensina) e ela fica no endotélio vascular de vários órgãos, mas predominantemente nos rins, essa enzima irá converter a angiotensina 1 em 2. • GLÂNDULA ADRENAL: produz a aldosterona. A renina é produzida nos rins e percorre a corrente sanguínea buscando o angiotensinogênio Após o encontro, a renina transforma o angiotensinogênio em angiotensina 1. A ECA (enzima conversora de angiotensina) transforma a angiotensina 1 em angiotensina 2, e paralelamente a ela vem a aldosterona, que vai fazer a reabsorção do H²O + Na. A angiotensina 2 provoca várias ações: → ativa a sintetização e liberação da Aldosterona, hormônio que irá incentivar os rins a realizar a reabsorção do Na. → Age diretamente nos rins estimulando a troca de Na e H, aumentando a concentração de sódio de bic. → Estimula o hipotálamo a fazer com que o animal sinta mais sede para beber água e aumentar o volume sanguíneo. Faz o hipotálamo liberar o ADH (hormônio anti diurético). → Provoca vasoconstrição das arteríolas. Todas essas ações farão com que aumente a concentração de H²O dentro dos vasos e consequentemente aumento da pressão arterial. A ICC afeta os rins pois com a PA baixa o fluxo renal diminui e causa danos aos rins, também causa a ativação do SRAA para aumentar a retenção de NA e água, causando retenção de líquido e aumentando a PA. A IR afeta a ICC pois causa um acúmulo de metabólicos tóxicos por não ser eficiente na eliminação. Insuficiência mitral em um cão - Relato de caso Um Bull Terrier com 10 anos de idade é encaminhado para o hospital veterinário AgroVet, por causa de uma deterioração recente em sua condição. O cão sempre gostava de se exercitar com seu dono, mas nos últimos meses observou-se nele uma crescente dificuldade para praticar exercícios. O cão apresentava também tosse, especialmente quando se levanta após um descanso. Nos últimos dias, ela se recusou a sair de casa e tem comido pouco. Apresenta também dificuldade ao urinar, mesmo sendo pouca quantidade. Relatou-se ao dono uma suspeita de que a cadela apresenta uma cardiopatia, o que está provocando o acúmulo de líquido nos pulmões e também uma possível insuficiência renal. (KLEIN, Bradley G.) - Exame clínico Em exames clínicos anteriores, o cão sempre foi amigável, mas, quando você entra na sala de exames, o cão o cumprimenta apenas com um leve balanço da cauda. Ele permanece com sua cabeça baixa e sua língua para fora. Ele caminha de forma “cansada” e está indisposto. Também apresenta um desconforto na região abdominal. Antigamente, ele era gordo, mas agora está com peso normal e apresentando um aumento de volume na região abdominal; logo, nos últimos meses, ele perdeu peso. No exame físico, as suas mucosas parecem normocoradas, úmidas e com o TPC normal. A temperatura indica hipotermia. Também é possível identificar ulcerações na boca do animal. Ele está ofegante, o que torna a auscultação torácica difícil, mas nas ocasiões em que ele respira sem ofegar, observa-se sons aumentados na traqueia e em todos os campos pulmonares, que parecem líquido borbulhando dentro dos espaços aéreos dos pulmões. A frequência cardíaca está aumentada e um murmúrio grave é audível na área sobre a mitral durante a sístole. Suspeita-se de uma cardiopatia, que está causando acúmulo de líquido nos pulmões. O diagnóstico da insuficiência mitral em cães geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, de imagem e laboratoriais. Tais como: ➢ Auscultação cardíaca: O veterinário irá ouvir o coração do cão com um estetoscópio para detectar possíveis sopros cardíacos, que são um sinal comum de insuficiência mitral. ➢ Radiografia torácica: Isso pode ajudar a avaliar o tamanho e a forma do coração, bem como identificar possíveis acúmulos de líquido nos pulmões. ➢ Ecocardiografia: Este é um exame de imagem que fornece uma visão detalhada do coração, permitindo ao veterinário avaliar o funcionamento das válvulas cardíacas e a gravidade da insuficiência mitral. ➢ Eletrocardiograma (ECG): Este teste registra a atividade elétrica do coração, o que pode ajudar a identificar anormalidades no ritmo cardíaco. ➢ Exames de sangue: Podem ser realizados para avaliar os níveis de certas substâncias no sangue, como a troponina e o BNP, que podem indicar problemas cardíacos. ➢ Pressão arterial: Medir a pressão arterial pode ajudar a determinar se a insuficiência mitral está afetando a circulação sanguínea. Com base nos resultados desses exames, será capaz de fazer um diagnóstico preciso da insuficiência mitral no cão e determinar o grau de gravidade da condição. (MUZZI, R. A. L.) - Tratamento A escolha do tratamento, neste estudo de caso, busca reduzir os sintomas e evitar a progressão da doença e possíveis complicações. Para a redução do volume vascular a pressão intravascular a indicação terapêutica é administrar um diurético de alça, a furosemida na dosagem de 2-6mg/kg, já que esse medicamento refreia o cotransporte de sódio, potássio e cálcio no ramo da alça de Henle, aumentando assim a excreção urinária (WHALEN, FINKELL e PANAVELIL, 2016). Outra medicação indicada são os vasodilatadores inibidores da enzima de conversão de angiotensina (IECAs) que segundo WHALEN, FINKELL e PANAVELIL (2016) “diminuem a resistência vascular (pós- carga) e o tônus venoso (pré-carga), resultando em aumento do débito cardíaco. Eles também abrandam o aumento de epinefrina e aldosterona mediado pela angiotensina II, observado na IC.”. Neste caso a melhor resultado se dará através do Captopril na dosagem 0,5-2 mg/kg que em conjunto com a Furosemida permitirá a recaída de líquido filtrado para os pulmões e diminuem o esforço cardíaco. Visando a melhora da capacidade de se exercitar o tratamento indicado é um glicosídeo digitálico que segundo BARROS e STASI (2012) são medicações que “aumentam a contratilidade tanto no coração insuficiente como no normal.”. Nesta categoria temos a disponibilidade da digoxina na dosagem 0,005-0,008 mg/kg ou a digitoxina 0,02-0,03 mg/kg, garantindo melhora da função do coração, diminuição da frequência cardíaca e volume diastólico e consecutivamente a redução da pressão da parede. Para a redução do volume vascular a pressão intravascular a indicação terapêutica é administrar um diurético de alça, a furosemida na dosagem de 2-6mg/kg. Outra medicação indicada são os vasodilatadores inibidores da enzima de conversão de angiotensina que diminuem a resistência vascular (pós-carga) e o tônus venoso (pré-carga), resultando em aumento do débito cardíaco, neste caso a melhor resultado se dará através do Captopril na dosagem 0,5-2 mg/kg. Visando a melhora da capacidade de se exercitar o tratamento indicado é um glicosídeo digitálico, são medicações que “aumentam a contratilidade tanto no coração insuficiente, Nesta categoria temos a disponibilidade da digoxina na dosagem 0,005-0,008mg/kg ou a digitoxina 0,02-0,03 mg/kg, garantindomelhora da função do coração, diminuição da frequência cardíaca e volume diastólico e consecutivamente a redução da pressão da parede. - Referências PALUMBO, M. I. P.; MACHADO, L. H. de A.; ROMÃO, F. G. MANEJO DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM CÃES E GATOS. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR, [S. l.], v. 14, n. 1, 2012. Disponível em: https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/veterinaria/article/view/3747. Acesso em: 16 set. 2023. SANTOS, Renato de L.; ALESSI, Antonio C. Patologia Veterinária. [RIO DE JANEIRO - RJ]: Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN 9788527738989. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738989/. Acesso em: 15 set. 2023. Rufato F.H.F., Rezende-Lago N.C.M. & De Marchi P.G.F. 2011. Insuficiência renal em cães e gatos. Revta Eletrôn. Interdisciplinar 2:167-173. MUZZI, R. A. L. et al. Doença crônica da valva mitral em cães: avaliação clínica funcional e mensuração ecocardiográfica da valva mitral. Arquivo. Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 61, p. 337-344, 2009. Acesso em: 26 set 2023 BARROS, Ciro M.; STASI, Luiz Claudio D. Farmacologia Veterinária. [BARUERI,SP]: Editora Manole, 2012. E-book. ISBN 9788520449981. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520449981/. Acesso em: 23 set. 2023. KLEIN, Bradley G. Cunningham Tratado de Fisiologia Veterinária. [SÃO PAULO,SP]: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788595158085. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158085/. Acesso em: 23 set. 2023. WHALEN, Karen; FINKELL, Richard; PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia ilustrada. [PORTO ALEGRE, RS]: Grupo A, 2016. E-book. ISBN 9788582713235. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582713235/. Acesso em: 24 set. 2023.
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