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7 Operações com Mercadorias 7.1 Importância Ponto fundamental numa empresa comercial, as operações com mercadorias representam, obviamen- te, o núcleo da atividade comercial. De um bom sistema de apuração de resultados em operações com mercadorias, bem como dos controles físicos paralelos, depende, em grande parte, o sucesso da empresa. O Resultado com Mercadorias (Resultado Bruto) é responsável por cerca de 80% do Resultado Líquido Lucro Líquido) de boa parte das empresas comerciais, descontando-se, é claro, as demais despesas, cuja influência média de outros itens não operacionais de receita é de apenas 20%. 7.2 Resultado com Mercadorias (RCM) É obtido da diferença entre o valor das Vendas eretuadas num determinado período e o valor do Custo das Mercadorias Vendidas incorrido nesse mesmo período. Assim: RCM =V-CMV ou: RESULTADO COM MERCADORIAS = VENDAS- CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS racional Bruto ito. Quando positivo, é denominado Lucro Uperacional 5ruto (ou LuCro Sinn onando-se ao RCM Bruto) e, T12 Contabilidade Comercalludic1bus e Mano s (RCM) é também denominado Resultado Operaci O Resultado com Mercadoria OResultado Liquido de um periodo (lucro liquido/prejuízo líquido) é obtido adicionar plesmente, Resultado Bruto. Quando quando negativo, Prejuízo Operacio Bruto (ou Prejuizo Bruto). ds outras receitas e deduzindo-se as oulras despesas 7.3 Vendas ma primeira acepção, "Vendas"representa o total faturado contra o cliente, quer a ViSta, quer a pra. 4 10davia, a esse valor podem ocorrer"deducões", algumas das quais já examinadas, que Sao os impostos e taxas sobre vendas" (ICMS, PIS s/ Faturamento, Cofins s/ Faturamento). Aem dessas "deduções", duas outras bem típicas ocorrem nas empresas, quais sejam: as"devoluções de vendas'e os"descontos (abatimentos) incondicionaissobre vendas ASSIm, quando se afirma que o RCM = Vendas -CMV, a palavra Vendas tem sempre o significado de Venda-deduções de vendas". ror isso, muitas vezes fala-se em Vendas Brutas (ou Receita Operacional Bruta) e Vendas Liquidas (ou Receita Operacional Líquida). 7.4 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) Representa o valor atribuido às mercadorias negociadas pelo comerciante com seus cientes. O CMV, como o nome indica, é um valor de custo para o comerciante, valor que será confrontado como valor de venda (receita) para a obtenção do Resultado com Mercadorias - RCM. Monetariamente, o valor do CMVé obtido pela equação: Custo das Mercadorias Vendidas = Estoque nicial + Compras - Estoque Final CMV EI + C EF Corma foi visto no Capítulo 6, 0 adquirente de mercadorias nem sempre consider como integrante de seus estoques. burgem, entao, as figuras das Copras R todoo valor cobrado Nota Fiscal/Fatura de aquisição)e das Conipras Liquidas (valor efetivament Valor total constante da adquirente). Para as finalidades deste capitulo, supõe-se Compras Brutas = Compras Líquidas. Para a obtenção do valor do CMV e necessario o conhecimento de três valores, a saber: o do Estoque Inicial Ggual ao do Estoque Final do período anterior e, portanto, ;o das Compras (conhecido a partir dos registros efetuados quando elas ocorrem); e o do Estoque Final Se uma empresa nunca vendesse suas mercadorias, o Estoque Final seria, a qualquer momento, igua sucessão interminável de compras e vendas intercaladas. A obten do valor do Estoque Final é feita por à soma do Estoque Inicial com as Compras até então efetuadas. Na prática, tal fato não ocorre, mas uma Operações com Mercadorias 113 uma das Jormas de controle dos estoaues, conhecidas nor"inventário periódico" e "inventário permanente(denominados"regimes de inventários"). 7.4.1 Inventário periódico versus inventário permanente A caracteristica básica do inventário veriódico é que a empresa toma conhecimento do volume de seus estoques (para fins contábeis) de tempos em tempos, ou seja, no final de cada período (mês, semestre, ano). Com isso, O valor do CMV também só é conhecido periodicamente. Por isso, não há registro do CMV a medida que as vendas vão ocorrendo. No final do período é feito um inventário fisico das mercadorias existentes, o qual, depois de valorado, passa a se constituir no valor do Estoque Final. Como era conhecido o valor do Estoque Inicial e como as Compras toram registradas, o fato de estar sendo conhecido o valor do Estoque Final (via inventário fisico) permite obter o CMV do período, através da fórmula: CMV = EI +C- EF. vO entaro permanente, a cada venda efetuada a empresa controla cada item de estoque negociado. Isso permite que se conheça, depois de cada operação (quer de compra, quer de venda), o nível de seus estoques. Se acoplada ao controle físico da movimentação dos estoques uma forma de controle financeiro, serão conhecidos depois de cada movimentação tanto o valor do CMV (da operação ou o acumulado até a operação) como o valor do estoque remanescente (Estoque Final). A adoção do inventário permanente implica o uso de controles adicionais (fichas de controle de estoque manualmente preenchidas ou um sistema operado por processamento eletrônico de dados) que permitam acompanhar as flutuações de cada tipo de mercadoria negociada. No caso do inventário periódico, o uso dos controles mencionados no parágrafo anterior é dispensável em nível de Contabilidade (existem casos em que são adotados processos de controle físico das mercado- rias para outras finalidades). Indispensável, porém, no final de cada período, o levantamentofisico dos itens em estoque e sua valoração em moeda. O fato de o "inventário permanente"se basear em controles que registram todas as operagões ocori- das (entradas ou saídas) não significa que a empresa deva dispensar por completo os levantamentos inven- tariais físicos (com a frequência que julgar necessária) como forma de testar a veracidade das informacões geradas pelos controles. A adoção de uma ou de outra forma de controle de estoques (iventário periódico ou inventário per- manente) deve levar em conta a profundidade e a periodicidade de informações desejadas do sistema contábil da empresa, o porte da empresa, a quantiaade de itens negociados, o volume de negociações, a intensidade das operações, o comportamento do preço de aquisição (custo) dos itens etc. Uma desvantagem da adoção do"inventário periódico"é a de que, por não registrar saída por saída, deixa de detectar saídas não motivadas por venuas (devoluçoes a fornecedores, roubos, perdas por incên- dios, por enchentes etc.). Como se está se retenndo ao custo dessas saídas (que deixa de ser registrado), o CMV do período obtido poderá estar distorcrao se ocorrerem aquelas saídas não motivadas por vendas. Distorcidoo alor do CMV, estará distorcidoo valor ao KMe, consequentemente, qualquer avaliacão da empresa feita em cima desse valor. Para exemplificar o que foi dito, suponha-se que no inicio de um período possua 200 unidades de ur mercadoria avaliadas a $ 1,50/u. Logo, seu Estoque Inicial vale $ 300. uma. Logo, o totaldo e registradas contabilmente no período foram de 340 unidades a L,50 cada uma. Logo, o total de compras do período foi de $ 510. 114 Contabilidade Comercial ludícibus e Marion AS Compras ocorridas e registradas contabilmente no pelo o total das que iam sendo auferidas (preços de venda). Suponha-se que tenha sido de $ 817 no período. 1fa sa toi vendendo no período, era feito unicamente o registro contabil das receitas 50 cod um nventário físico e constatada a existência de 110 unidades, as quals, avaliadas a T,50 cada uma, conduzem ao valor do Estoque Final de $ 165. receitas. 5 ace enao informado, conclui-se que o Custo das Mercadorias Vendidas no periodo foi de $ 645, assim obtido: CMV = EI+C-EF =$ 300 +$510-$ 165 = $ 645 OResultado com Mercadorias do período foi de $ 172, assim obtido: RCM =V-CMV =$ 817-$ 645=$ 172 unidades sairam da empresa por motivo de roubo, por exemplo. Sabendo disso, a quarntidade fisica eteti- vamente vendida foi de 400 unidades, assim obtidas: uponha, todavia, que após tais cálculos venha a ser conhecido o seguinte fato: durante o periodo 30 Unidades existentes no início (200) + Unid. compradas (340) - Unid. roubadas (30)- Unid. existentes no final (110) = Unidades vendidas (400) Portanto, o verdadeiro CMV do periodo vale $ 600 (400 x$ 1,50) e o RCM é de $ 217 ($ 817-$ 600). Os $ 45 (30 un. x $ 1,50) relativos ao custo das unidades roubadas no período representam uma perda para a empresa, mas não devem ser tratados como CMV, pois este diz respeito, apenas, às unidades efeti- vamente vendidas. Note-se, todavia, que a adoção do"inventário periódico" na sua acepção pura não permitiria obter tais informaçöões. Isso não quer dizer que certo tipo de saidas (tal com0 por roubo, descontrole etc.) seja detec- tado pelo"inventário permanente". Neste limo, apenas, restringem-se às situações de saídas cujos custos não são contabilizados no momento da ocorrência do evento. Numa ou noutra forma de controle, constatados os tatos citados e sendo eles passíveis de mensura- cão. o correto é proceder aos ajustes cabiveis. se adotado o inventário periódico, ajustar o valor do CMV alculado, registrandoa diferença em conta propia (de ganho ou de perda, conforme o caso). Se adotado a inventário permanente, a diferença exisrenre entre o real e o acusado nos controles adicionais (fichas de aue nor exemplo) deve ser neles ajustada para, entao, a apuração do correto valor do CMV. 7.5 Inventário periódico (resumo de contabilizacãopelo método do inventário periódico) Já se sabe que, para a apuraç�o do sultado com Mercadorias (RCM), no caso do inventári Já se sabe, também, como apurar o RCM, depois de estar de posse desse dado, porém apenas por há necessidade do levantamento fisico do Estoque,o que, portanto, oferece uma informação extracontaD årio periódico, aplicação das fórmulas. or meio de Operações com Mercadorias 115 Enecessario, entretanto, contabilizaressa apuracão de RCM. Dois a conta Mercadorias precia saldo correto, com Mercadorias também deve apresentar o Resultado Bruto obtido, para ser transferido para Ke o seu , com o valor do Estoque no último dia do período, f com Mercadorias também deua mo dia do período, para apresentação em balanço. Resultado no qual, depois de lançadas as demais Receitas e Despesas, figurará o Resultado Final do IPeriodo. Podem-se contabilizar todas as operações mercantis e abrir uma conta para cada ipo de opea seja, uma para registrar as Compras, outra para Vendas e uma terceira, normalmente Mercadorias, para o registro do valor do Estoque. São estas as très contas básicas, utilizadas no perioud Compras e Vendas de Mercadorias. Suponha-se, por exemplo, a existência de um estoque inicial, no primeiro dia do periodo, de $ 100.000. A conta que o representará é: Mercadorias 100.000 Quando é efetuada uma compra, lança-se o seu valor a débito da conta Compras. D-Compras C-Fornecedores (ou Caixa) Se houvesse uma compra total, no período, de $ 223.000, essa conta seria apresentada com este saldo: Compras Mercadorias 223.000 100.000 Quando se realiza a venda, lança-se a operação pelo seu valor total de venda, assim: D-Clientes (ou Caixa) C- Vendas Se o total das Vendas do período fosse de $ 198.000: Vendas Compras Mercadorias 198.000 223.000 100.000 Como se depreende, a conta Mercadorias perimanece intacta durante o exercício, eo seu saldo . depois da primeira operação de compra ou venda, ja i petd O Valor do estoque. Tal situação perdu- d ate o final do período (que pode ser o exercício social). NO FINAL DO PERÍODO, para a apuraçao do kesultado com MMercadorias (RCM naoan etapas, a saber: 116 Contabilidade Comercial ludícibuse Marion ção sofrida IAA-APURAÇ DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS pelo Patrimônio ias ouue Líquido em decorrência da redução verificada no Ativo exatamente pelo valor de custo das O CMV, contabilmente falando, somente pode ter Aivo exatamente pe te pode ter saldo devedor, representando a reduçãc mercadorias que foram vendidase que não mais são de proprie riedade da empresa TIdos, a seu débito, os valores do Estogue Iniciale das Compras e, a seu crédito, o valor do Estoque Final: o para a qual são transfe- ara a apuração do CMVé utilizada, então, uma conta com tal denominaçaO olor do Estoat EF EI C + CMV (débito) (crédito) (saldo devedor) (débito) egistros a seguir efetuados, são abandonadas certas contas analíticas mostradas no plano de contas do Capítulo 4, apenas por simplificação. (D-Custo das Mercadorias Vendidas a)C-Mercadorias (pelo valor do Estoque Inicial) c-Compras (pelo saldo) Esse lançamento torna nulo o saldo da conta Mercadorias e da conta Compras. Logo a seguir: D-Mercadorias (pelo valor do Estoque Final) C-Custo das Mercadorias Vendidas (idem) Esse lançamento permite que a conta CMV apresente como saldoo correto valor do"custo das merca- dorias vendidas"no período e, ao mesmo tempo, volte a dar saldo à conta Mercadorias: o valor do estoque final que constará no balanço. O valor de $ 205.000 registrado como estoque final é obtido depois de a empresa ter feito o levantamento físico e a valoração monetäria das existêëncias naquele momento. 23 ETAPA- APURAÇÃO DO RESULTADO COM MERCADORIAS Para isso, transferem-se os saldos das contas vendas e CMV para a conta RCM, da seguinte forma: D-Resultado com Mercadorias C-Custo das Mercadorias Vendidas (pelo saldo) e D-Vendas lc-Resultado com Mercadorias (pelo saldo da conta Vendas) Mercadorias Compras 100.000 223 000 100.000 (a) (b) 205 000 223.000 (a) Operações com Mercadorias 117 Venda CMV 198.000 (a) 100.000 (d) 198.000 (a) 223.000 205.000 (b) 0 Saldo devedor até aqui representa o CVM=$ 118.000 ---------~ 118.000 (c) Resultado com Mercadorias - RCM Apuração do Resultado do Exercicio- ARE (c) 118.000 198.000 (d) (e) 80.000 80.000 (e) Apos os lançamentos mostrados, basta transferir o saldo da conta RCM para a conta Apuraçao do Resultado do Exercício (ARE). No caso do exemplo, foi obtido um Lucro Operacional Bruto de $ 80.000: D-Resultado com Mercadorias (RCM) C-Apuração do Resultado do xercício (ARE) Para a conta ARE convergiriam, naturalmente, os demais saldos de contas de resultado para, então, ser obtido o resultado líquido do período (exercício). Observação: Existem diversos modos de proceder ao encerramento das contas de resultado no final de um período (exercício). No que diz respeito à obtenção do RCM, o que foi mostrado é um deles. Outro seria a não utilização das contas CMVe RCM e transferir diretamente para a conta ARE os valores que compõem o RCM, obtendo-se o mesmo resultado final. O uso de um ou de outro mecanismo depende do grau de infor- mação desejada da Contabilidade: numa empresa em que se negociam vários produtos, pode ser de grande valia paraa administração conhecer o CMVeo RCM de cada um deles (ou por linha de produto). Para isso, estruturará o plano de contas de acordo com tal necessidade. 7.6 Contabilização de algunmas operações que afetam vendas e compras .6.1 Devoluções e abatimentos (descontos incondicionais) Quando um comerciante se vê prejudicado ao receber certa mercadoria cujo tipo, qualidade, preço ou outra característica esteja em desacordo com seu pedido, ou com a nota fiscal, ou mesmo com as condições fisic que deveriam cercar o produto, pode ele adotar uma das seguintes medidas: a) devolver a mercadoria, total ou parcialmente; ou bsolicitar um abatimento (desconto) ao vendedor das "devolucäa Clentes da empresa podem defrontar-se com situações similiares. Logo ds mercadorias que revende ea empresa como vendedora destas últimas. estão mo compradora 118 Contabilidade Comercial ludícibuse Marion uções"e dos"abatimentos" ode ser analisada sob dois ângulos: a empresa come Para a visualização completa das situações apontadas, são elas exemplificadas com lançamentos feit ançamentos feitos parur de contas que ja possuem os seguintes saldos (mostrados com d asterisco0S nos razonetes): Mercadorias: $ 30.000 (valor do Estoque Inicial) Compras: S182.000 (total de Compras até o momento) $ 224.000 (total de Vendas até o momento) Vendas: Caixa/Clientes: $ 322.000 (saldo hipotético) Fornecedores: $ 107.000 (saldo hipotético) panhe as seguintes operações nos razonetes, supondo que a empresa adota o "inventario pe- riódico": empresa havia vendido por $ 6.000 (receita de vendas já registrada) e o cliente devolve as mercadorias pelo fato de serem completamente diversas das que foram encomendadas: D-Devoluções de Vendas ($ 6.000) C-Caixa/Clientes ($ 6.000) Observe-se que, apesar de as mercadorias devolvidas retornarem à empresa, nenhum re- gistro contábil é realizado em relação ao custo dessa devolução, pois está sendo adotado o"in- ventário periódico". b) A empresa havia feito uma venda a um cliente (portanto, já registrara a receita com vendas) e o cliente alega que a mercadoria apresenta alguns pequenos defeitos, mostrando desejo de devolve-la. A empresa propõe a concessão de um abatimento de $ 4.000 para que o cliente não o faça e ele concorda: D-Abatimento s/Vendas ($ 4.000) C-Caixa/Clientes ($ 4.000) Ohserve-se que nesse caso a mercadorla nao retornou para a empresa que vendeu; ocorreu somente redução de parte da divida ae cente para com a empresa ou, caso ele iá tivesse pago, devolução de parte de seu pagamento. Pa c)A empresa, ao receber certas mercadorias o um de seus fornecedores, constata que estava totalmente danificada e resolve devolvê-las ao fornecedor. O valor Constata da parte que devolvida parte delas e conta Compras; para o fornecedor, cuja contabilidade não está sendo retratada já neste registrado na de $ 9.000 (tal valor havia apresentado um custo de aquisicão nar devolvida é fora receita de vendas): D-Fornecedores (ou Caixa) ($ 9.000) exemplo, C-Devoluções de Compras ($ 9.000) d A empresa alega a um de seus fornecedores que as mercadorias recebidas apresentam deteito e se propõe a devolvê-las. O forne de $ 5.000ea empresa aceita: para que tal nao ocorra, contrapropõe um abatimento entam defeitos D-Fornecedores (ou Caixa) ($ 5.000) C-Abatimentos sobre Compras ($ 5.000) Operações com Mercadorias 119 Antes dos lançamerntos para obter o CMVeo RCM existem. nesse caso, dois outros (ee) e) As contas Devoluções de Vendas e Abatimentos s/ Vendas terão seus salao conta Vendas. e vendas e Abatimentos s/ Vendas terão seus saldos transferidos para a D-Vendas ($ 10.000) C-Devoluções de Vendas ($ 6.000) C-Abatimentos s/Vendas ($ 4.000) AgOra, o saldo da conta Vendas passou a ser de $ 214.000, valor que representa as endas Líquidas (Receita Operacional Líquida). As contas Devoluções de Compras e Abatimentos s/ Compras terão seus saldos taii para a conta Compras. D-Devoluções de Compras ($ 9.000) D-Abatimentos s/ Compras ($ 5.000) C-Compras ($ 14.000) Com iss0, O saldo da conta Compras passou a ser de $ 168.000, valor que representa as Compras Líquidas. Continuando, ocorrerá a sequência já exposta no item 7.5, com os lançamentos g, hei. 8) Inventariado o estoque final e a ele atribuído valor, suponhamos de $ 28.000, é possível obter o CMV através dos seguintes lançamentos: D-Custo das Mercadorias Vendidas ($ 30.000 +$ 168.000) C-Mercadorias ($ 30.000) C-Compras ($ 168.000) e D-Mercadorias ($ 28.000) C-Custo das Mercadorias Vendidas ($ 28.000) h) Esse lançamento permite obter o RCM que, no presente exemplo, será um Lucro Operacional Bruto (Lucro Bruto) de $ 44.000: D-Vendas C- Resultado com Mercadorias ($ 214.000) e D- Resultado com Mercadorias i) Apurado o Resultado Operacional Bruto (que, no exemplo, por ser positivo, pode ser chamode de Lucro Operacional Bruto ou Lucro Bruto), resta a transterência deste paraac do Resultado do Exercício (ARE), para a qual são transferidos os saldos da Onta Apuração resultado do período (demais contas de receitas e de despesas): D-Resultadocom Mercadorias (RCM) C-Apuração do Resultado do Exercício (ARE) ($ 44.000) C-Custo das Mercadorias Vendidas ($ 170.000) de 120 Contabilidade Comercialludícibus e Marion Operacional ér lembrar que, se tivesse ocorrido um Resultado Operacional Bruto negativo (um Prejuíz Onal Bruto), a conta RCM apresentaria um saldo devedor antes de ser encerrada. Caixa/Clientes Mercadorias Fornecedores 322.000 30.000 107.000 6.000 (a) 4.000 (b) (c)9.000 (d) 5.000 30 000 (g) (g.1) 28 000 Vendas Compras CMV 224 000 *182.000 g) 30.000 (e) 10.000 14.000 () 168 000 (g) g)168.000 (h) 214.000 28.000 (g.1) 170.000 (h.1) RCM Devoluções de Vendas Devoluções de Compras Resultado Operacional Bruto (a) 6 000 9.000 (c) (h.1) 170.000 214.000 (h) 6.000 (e) (f) 9.000 (i) 44.000 Abatimentos s/ Vendas Abatimentos s/ Compras ARE (b) 4.000 5.000 (d) 44.000 (i) 4.000 (e) (f) 5.000 A Demonstração do Resultado do Exercício (do período) será: 121 Operações com Mercadorias 7.6.2 Descontos comerciais Descontos omerciais são os concedidos pelo vendedor a favor do comprador, no ato da funçao ae varnos motivos: seja pela grande quantidade que está sendo vendida, seja porque o compraaore um chente especial ou, ainda, porque a empresa imprime catálogos com os preços das mercadoriasPas não altera-los frequentemente, faz a aplicação de porcentagem de desconto sobre eles etc. , em Tais descontos são diferentes dos abatimentos. Enquanto estes são concedidos apOs a verddy ção de avana ou outro motivo descoberto a posteriori, os Descontos Comerciais já são contratados no ato da venda, conhecidos em seu montante. n- procedimento mais comum é o seu não registro na contabilidade do comprador e do vendedor. Caso, porem, haja necessidade ou interesse das empresas em deixar registrados tais Descontos o- merciais, proceder-se-á com eles da mesma forma que no caso das Devoluções e dos Abatimentos, COm a abertura, e claro, de contas específicas de Descontos Comerciais sobre Vendas ou Descontos Comerciais Concedidos, para o vendedor, e Descontos Comerciais sobre Compras ou Descontos Comerciais Obtidos, para o comprador. 7.6.3 Despesas de transporte e oufras O Custo real de uma mercadoria adquirida não é somente o constante de nota fiscal, mas o que resulta da soma deste com todas as despesas necessárias para a colocação do produto em condições de venda. Normalmente, são os custos de fretes e seguros os que aparecem com maior frequência. O seu registro deve ser feito a débito da conta própria: D- Despesas c/ Transporte em Compras C-Caixa (ou Contas a Pagar) Essa conta, no encerramento, acrescentara o saldo de Compras, e, na Demonstração de Resultados na forma dedutiva, aumentará o total das Compras. Exemplo: Desp. Transp. s/ Comp. Compras 7.000 7.000 (b) 270.000 14.000 (c) b) 7.000 277.000 14.000 263.000 263.000 (d) Mercadorias Dev. Abat. s/ Compras 36.000 36.000 (a c) 14.000 14.000 (e) 18.000 122 Contabilidade Comercial ludícibus e Marion CMV 36 000 18000 (e) (EF) (d) 263.000 299 000 18.000 281 000 (a) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (APENAS TRECHO D0 CMV) HCMV 36.000 Estoque Inicial 270 000 4) Compras (+) Transporte 7.000 Soma 277.000 H Devol. e Abatimentos (14.000) 263.0 299.000 Merc. Disp Periodo Estoque Final 281.000 CMV (18.000) Observação: Caso a empresa assuma esporadicamente despesas com frete para entregar mercadorias que vendeu, tal despesa deve ser registrada como uma das "despesas com vendas". 7.7 Inventário permanente e avaliação dos estoques Como foi visto antes, a adoção do"inventário permanente" exige um controle, pela Contabilidade, de qualguer movimentação ocorridanos estoques (quer de entrada, quer de saída), pois são elas contabiliza- das à medida que ocorrem. gistrar os valores de custo de cada uma das compras (entra tabilidade deve conhecer o custo de cada lote vendido Por isso, quando usado o"inventário permanen não basta, a partir do valor do Estoque Inicial, re- itradas). Quando mercadorias do (além da receita de venda, é claro) para regist anismos que gerem essa informa rias são verndidas, a Con- Para que tal ocorra, a empresa deve dispor de mecanis Os mecanismos são os mais variados possíveis de equipamentos, nestes se incluindo o processamento eletrônico de dad não devem ser confundidos com aqueles existentes nos almo a movimentação das quantidades físicas. istrá-lo. dem ser processados manualmente ou com dos. Os controles mencionadoS arifados onde, via de regra, aper penas se anota controles financeiros, mas é a partir destes últimos que s A questão de dispor da informação do valor do custo de cada ma Para fins de atender à Contabilidade, pode até ocorrer um tipo de husão entre os controles fíisicos e 0s feitos os registros contábeis. cada mercadoria (cada lote) vendida timamente ligada com a avaliação das próprias mercadorias. E nem poderia ser diferente, pois, definido o O assunto "avaliação de mercadorias" está contido em outro bem mais amplo -"avaliaç�o de todos os lote) vendida está inn- valor do Estoque Final, fica, em decorrència disso ou por conseguinte deinido o valor do CMV, e vice-versa. itens patrimoniais" -e que é uma das "dores de cotovelo" da contaLais amni. contabilidade, quiçá a maior, pois, variando Operaçóes com Mercadorias 123 valor atribuído aos itens ativos e aos itens passivos (obrigacões), variará o valor do Património Liquiao (situação líquida), o t�o discutido"valor da empresa". A Contabilidade, tal como é feita na maior parte dos países do mundo, se fundamentais da contabilidade" (alguns autores ainda os denominam "princípios contabeis aceitos") sendo um deles o do"custo original (histórico) como base de valor". Adotado o Principio do custo original (histórico)", as mercadorias são registradas pelo valor pactuado entre o comerciante e seu fornecedor, na data da transacão, Esse valor (o valor original, histórico)eo que ficará sendo o valor das mercadorias, enquanto forem de propriedade da empresa (Estoques, no Ativo), ate que, quando vendidas, tal valor passa a ser o CMV. Apesar de esse ser o princípio orientador para a avaliacão das mercadorias, enquanto no Ativo (e ao CMV, quando vendidas) existem outras formas de encarar o assunto"avaliação das mercadorias". Muitas delas surgiram para atender a situações específicas enfrentadas para poder gerir a empresa. Mesmo n�o sendo objeto deste capítulo abordar a questão de forma mais profunda, é interessante que se conheça, pelo menos, o seu desdobramento existente na literatura. Existem vários critérios para avaliar as mercadorias (e, teoricamente, outros AtivOs), quais se)arn a) levando em conta o"custo de aquisição" (histórico); b) levando em conta o"custo de reposição", ou"custo corrente"; c)levando em conta o preço de venda, ou preço de mercado. Os critérios becabandonam o tradicional"principio do custo original histórico)" Cada um dos critérios arrolados pode ser subdividido em métodos distintos de abordar o assunto. Ape- nas a título de curiosidade, citamos a seguir alguns dos métodos possíveis dentro do"critério do custo de aquisição". método do custo específico; método do custo mais recente; método PEPS (ou FIFO), conhecido por"Primeiro a Entrar é o Primeiro a Sair", do inglês "First In, First Out"; método UEPS (ou LIFO), conhecido por "Ultimo a Entrar é o Primeiro a Sair", do inglês"Last In, First Out" método do"custo médio ponderado"; método do"custo médio ponderado variável". A seguir, adotando como posição o exame da avalaçao das mercadorias pelo critério do custo de aquisição, serão abordados quatro dos metodos arrolados, tendo em vista sua aplicação no"inventário permanente". No Capítulo 25 é feita uma incursão, mesmo que introdutoria, em formas diversas de avaliar mercador do custo de aquisiç�o. Até certo ponto se afastam, também, de outros prnneiplos cortabels pel0 menos da forma pela qual são eles aplicados atualmente. ecmo que introdutória, em formas diversas de avaliar mercadorias sem ser pelo critério L44 Contabilidade Comercial ludícibus e Marion ,gundo esse método, o custo de uma mercadoria vendida é exatamenre o Custo de adquiri-ja Podto, uma relação íntima e indissociável entre as unidades físicas e seus custos ae aquisição, enata verem no Ativo, tanto para fins de balanco como para fins de determinaçao do CMV. 7.7.1 Método do custo especifico . H anto em nul identificar cada saída com a nota fiscal/fatura original da compra, para, ent�o, atribuir valot an custo da(s) mercadoria(s) vendida(s). atividades comerciais altamente epetitivas, com itens altamente homogëneos, em que seria mu ODServar, portanto, que esse método é aplicável em circunstäncias especia1s, mas raramenta. nuito custoso Odena ser usado, por exemplo, no comércio de glebas de terra, de aparelhos de precisão para labora torios, de joias de alto valor, de produtos feitos em pequernas quantidades sob encomenda e de telas raras. dstrar numericamente, suponha-se que uma empresa, no inicio do mes de março, possua um estoque (inicial) de 20 unidades de certa mercadoria avaliada a $ 20 cada uma, ou seja, um total de $ 400 de Estoque Inicial. A movimentação dessa mesma mercadoria em março e a seguinte: Data Operação 5/mar Compra de 30 unidades a$ 30 cada 11/mar. venda de 10 unidades 17/mar venda de 20 unidades 23/mar compra de 30 unidades a$ 35 cada 29/mar. venda de 10 unidades Para calcular o CMV de março e O valor do Estoque Final de março pelo"método do custo específico", há que se informar, relativamente às vendas, que un seguintes informações: unidades estão sendo vendidas. Suponha-se, agora, as 10 unidades vendidas dia 11/mar. as 20 unidades vendidas dia 17/mar, saíram do estoque inicial: as 10 unidades vendidas dia 29/mar. saíram do lote comprado dia 23/ma aíram do lote comprado dia 5/mar. ar., nar. Com isso, o custo das mercadorias vendidas será de $ 1.050,00 (10 x $ 30 +20 x $ 20+ 10 x $ 35) e o Estoque Final será de $ 1.300,00. 7.7.2 Método Primeiro a Entrar, Primeiroa Sair (PEPS Ométodo em epígrafe adota, para considerar o valor do CMV. ro as unidades que foram adquiridas primeiro. Com isso, o CMV retrata o valor das mercadorias adquiridas Final, retrata o valor do custo das mercadorias que foram c CMV, o raciocínio de que: vendem-se primei-há mais tempo, e o o das mais recentemente Po, e o que resta, o Estoque nente. Operações com Mercadorias 125 Utilizando os mesnmos dados fornecidos para exemplificar o método do custo especifico, ODsEerve como pode ser representada a movimentação fisica e financeira pelo método PEPS: ENTRADAS SAÍDAS SALDOS Datas Valores ($) Valores (S) Valores(S) Quant. Quant. Quant Unit Total Unit. Total Unit. Total El 20 20,00 400,00 20 20,00 400,00 900,00 1.300,00 5/mar. 30 30,00 900,00 30 30,00 50 10 20,00 200,00 11/mar. 20,00 200,00 30 30,00 900,00 10 40 1.100,00 600,00 10 20,00 200,00 10 30,00 300,00 20 30,00 17/mar 20 500,00 20 30,00 600,00 35,00 1.050,00 30 35,00 1.050,00 23/mar. 30 50 1.650,00 10 30,00 300,00 10 30,00 300,00 30 35,00 1.050,00 29/mar. 40 1.350,00 Observa-se que o estoque no final de margo sera de 40 unidades avaliadas a $ 1.350,00 pelo PEPS. O CMV de março será de $ 1.000,00 ($ 200,00 +$ 500,00 + $ 300,00). 7.7.3 Método Ultimo a Entrar, Primeiroa Sair (UEPS) O método em exame raciocna assim: as unidades que por ultimo foram adquiridas são as primeiras a serem vendidas. o CMV obtido pelo UEPS retlete o valor das mercadorias compradas mais recentemente e o Estoque Final retrata o valor das mercadOrias compradas maisantigamente ramente se valendo dos dados rorneciaos ao exempliicar 0 método do custo específico, vejamos como representar amovimentaçao fisicO-financeira pelo UEPS SALDOS SAÍDAS ENTRADAs Valares S Valores (S) Quant Datas Valores (S) Unit Tutal Quant Quant Total Unit Unit. Total 20 20,C0 EI 20 20.00 30 30 00 5/mar 30 30,00 900 00 50 20 20.00 20 30 00 11/mar 30 00 300.00 10 40 10 20 20.00 17/mar 30 00 600 00 20 20 20.00 30 35 00 1050 23/mar 35.00 1 050 00 50 14 20 20 00 400L 29/mar 35 00 150 00 20 35 00 700 10 A0 Observa-se que o estoque final de março Tá de 40 unidades avaliadas por $ 1 100,00 pelo usa d método UEPS. O CMV de março será de $ 1250 00 (S 00 00Sn0 00$ 150,00) 7.7.4 Método do custo médio ponderado móvel Par meio desse método, há uma fusào das quantdades monetarias decorrentes le novas compr.t. cor o custo total do que existia em estoque antes da compra. O novo custo unitario passa, entio, a ser obti pela divisão desse valor global pelo total de unidades eustente Cada n custo unitário diterente do ate então existente, prOvOcará alteração do nov novo custo unitáno tanto as quantidades (existentes e compradas) com nova compra). As vendas não ão provcar alteraçao no custo unitario, pois o Custo é, sempre, o último custo unitáno calculado. Com os dados já conhecidos, vejamos como registrar a movimentae: nova compra, se for feita por u alteração do novo custo unitário Influem t ompradas) como o custo unitário (existente et da pois o custo unitário das unidades s vendidr virmentaçao fisico fnanceira pelo s metaf em exame, também vulgarmente denominado mente"média ponderada" Operações com Mercadorias 127 ENTRADAS SAÍDAS SALDOS Valores (S) Valores (S) Datas Valores (S) Quant Quant Quant. Total Unit Total Unit. Total Unit. 20,00 400,00 E 20 26,00 1.300,00 5/mar 30 30,00 900,00 50 40,00 26,00 1.040,00 11/mar 10 26,00 260,00 26,00 520,00 17/mar. 20 26,00 520,00 20 31,40 1570,00 23/mar. 30 35,00 1050,00 50 40 31,40 1.256,00 29/mar. 10 31,40 314,00 O valor do estoque final (40 unidades) ficou sendo de $ 1.256,00 pelo método do"custo médio ponde- rado móvel", enquanto o valor do CMV de março foi de $ 1.094,00. 7.7.5 Comparação entre os nétodos Para uma observação dos reflexos dos quatro métodos ilustrados, supornha-se que os preços unitários das três vendas realizadas tenham sido de $ 40,00, $ 45,00 e $ 50,00, conforme a ordem cronológica em que ocorreram. Logo, a receita total do mês de março foi de $ 1.800,00. Tabulando os dados de forma resumida, teremos: Média Ponderada PEPS UEPS Custo Específico Móvel 800 1.800 800 1.800 Vendas 1.000 1250 1.094 1.050 -)CMV 550 706 750 800 Lucro Bruto 1.300 1.350 1.100 1.256 Est. Final O estoque inicial era o mesmo nas quatro situaçoes ($ 400,00) e as compras também foram as mesmas. pelos mesmos valores, ou seja, de b 1.oU,00. Em qualquer das situações havia $ 2.350.00 de me disponíveis para venda ($ 400,00 +$ 1.950,00). I a aue não sobrou em estoque final em termos de valor é porque foi vendido. Observa-se que isto verdade, pois, somando-se, em cada caso, O valor do CMV com o valor do Estoque Final, resulta semnre cadorias $ 2.350,00! Dar olutro lado, as receitas roram lguals nos quatro casos. Os lucros brutos foram diferentes em funçãob de CMVs diferentes! uLalauer das situações, as quantidades fisicas iniciais, compradase vendidas foram absolutamente sais Os diferentes valores de LM e de Estoque Final se devem, então, unicamente ao método aue foi da E todos os métodos se basearam nos CUSTOS DE AQUISICÃO. 128 Contabilidade Comercial ludícibus e Marion E claro que se o Estoque. Final for diferente em cada situação, o será o estoque inicial do perít ríodo seguinte. ocorreu, o mé- Só haveria igualdade entre os qua ooBPs (que tem o menor �MVe o maior estoque final) colaborará no periodo segunte com um CMy urPor enquanto"estocado") do que os métodos UEPS e"média ponderada". alquer que seja o método utilizado, se baseado única e exclusivamente nos custos de aquisicão no os que observamos, não considera se o preco de venda está sendo capaz de repor as unidades ven aidas. Fode ocorrer que o custo das unidades vendidas não seja igual ao montante necessario para adquirir a mesma quantidade física que saiu da empresa. quatro métodos se nada restasse em estoque. Como isso não oc 1omemos um deles como exemplo. Pelo PEPS o CMV foi de $ 1.000,00 corresponderndo a 40 uni- dades vendidas e a um lucro (bruto) de $ 800,00. Se a empresa, no final de março, desejasse repor as 40 unidades vendidas e constatasse serem necessários, para tal, $ 1.680,00 (cada unidade custasse $ 42,00 no final de março!)? Fara continuar afirmando que o lucro foi de $ 800,00 ela não poderia repor as 40 unidades com os 1.000,00 que restaram das vendas (reporia aproximadamente 24 unidades). Mas se ela julgar que é mais importante repor as 40 unidades, antes de qualquer consideração, saberá que ser�o necessários $ 1.680,00 dos $ 1.800,00 e que a"sobra"é de apenas $ 120,00 (e n�o $ 800,00). Esse é um problema gerencial com o qual os administradores se defrontam no dia a dia. A Contabilida- de escriturada nos moldes tradicionais (respeitando os princípios contábeis tais como são hoje enunciados) não leva em conta tais situações. Para que os custos de reposição sejam considerados (e, com isso, a conti- nuidade do empreendimento), a Contabilidade deve ser feita, também, em nível gerencial, abrindo campo para o que se denomina Contabilidade Gerencial. 7.8 Avaliação do estoque no caso de inventário periódico Embora se tenha tratado do inventârio periodico no inicio deste capítulo, retorna-se a ele agora porque naquela oportunidade não foram abordados oS metodos de valorização dos estoques, que são os mesmos do inventário permanente, porém com algumas restrições. 7.8.1 Método do preço específico nmétodo exige identificaçao do custo de cada unidade e de qual unidade foi vendida. Como tais identificações são excessivament. onerosas, desaconselha-se o uso desse método para inven- tário periódico. 7.8.2 PEPS (FIFO) Como já foi visto, esse método pressupoe que as mercadorias que foram compradas primeiro: o serão as primeiras a serem entregues. Conhecido como PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai), esse métoc odo Operações com Mercadorias 129 de avallaçao tem a vantagem de tendera fornecer, em períodos de alta de preços, um valor para o es inal proXImo do valor das últimas compras; portanto, próximo do custo de reposição. Em compensaao, a saidas sa0 normalmente avaliadas por precos mais antigos e dão origem a um CMV relativamente baixo, a um kCM relativamente alto e, portanto, a um lucro liauido comparativamente alto tambem, onginando maior carga fiscal. mais importante é que esse método é o mais indicado para o inventário periódico, pois as unidades em estoque serao consideradas as de aquisicão mais recente, tornando-se fácil a identificação e a avaliaçao (últimos preços e últimas mercadorias adquiridas). 7.8.3 UEPS (LIFO) Como ja foi visto, esse método pressupõe que as mercadorias que foram compradas por ultimo serao as primeiras a serem entregues. Conhecido como UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai), esse método apresenta características opostas ao método anterior (em períodos de alta de preços, conduz a um estoque inal com preços mais próximos das aquisições mais antigas e um CMV refletindo as compras mais recen- tes). Tal método não é, usualmente, permitido pela legislação brasileira. A sua aplicação no inventário periódico é extremamente difícil, pois há necessidade de fazer levanta- mentos das mercadorias mais antigas que n�ão foram vendidas ainda. Observe-se que as aquisições recen- tes é que são consideradas como entregues. 7.8.4 Média ponderada móvel Pressupõe-se que as mercadorias entregues sao conpostas porlotes recentes e antigos; uma espécie de média, portanto; daí serem avaliadas por um preço médio. Fsse método é quase impraticavel no inventario periodico, pois há um esforço tão grande em levan- tamentos de compra, e baixa para eTcontrar o preço medio ponderado, que é melhor trabalhar com o in- ventário permanente. Pode-se tradalnar con a nedid simples (nao ponderada) das últimas compras (que ue muitas vezes não reflete a realidade).
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