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Cap_7_Operaes_com_Mercadorias

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7 
Operações com Mercadorias 
7.1 Importância 
Ponto fundamental numa empresa comercial, as operações com mercadorias representam, obviamen-
te, o núcleo da atividade comercial. De um bom sistema de apuração de resultados em operações com 
mercadorias, bem como dos controles físicos paralelos, depende, em grande parte, o sucesso da empresa. 
O Resultado com Mercadorias (Resultado Bruto) é responsável por cerca de 80% do Resultado Líquido 
Lucro Líquido) de boa parte das empresas comerciais, descontando-se, é claro, as demais despesas, cuja 
influência média de outros itens não operacionais de receita é de apenas 20%. 
7.2 Resultado com Mercadorias (RCM) 
É obtido da diferença entre o valor das Vendas eretuadas num determinado período e o valor do Custo 
das Mercadorias Vendidas incorrido nesse mesmo período. 
Assim: 
RCM =V-CMV 
ou: 
RESULTADO COM MERCADORIAS = VENDAS-
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 
racional Bruto 
ito. Quando 
positivo, é 
denominado 
Lucro 
Uperacional 
5ruto (ou LuCro 
Sinn 
onando-se ao RCM 
Bruto) e, T12 Contabilidade 
Comercalludic1bus e Mano 
s 
(RCM) é 
também 
denominado 
Resultado 
Operaci 
O Resultado com 
Mercadoria 
OResultado Liquido de um 
periodo 
(lucro 
liquido/prejuízo 
líquido) 
é obtido 
adicionar 
plesmente, Resultado 
Bruto. Quando 
quando negativo, Prejuízo Operacio 
Bruto (ou 
Prejuizo 
Bruto). 
ds outras receitas e 
deduzindo-se as 
oulras despesas 
7.3 Vendas 
ma primeira acepção, 
"Vendas"representa o total 
faturado contra 
o cliente, quer 
a ViSta, quer a pra. 
4 10davia, 
a esse valor podem ocorrer"deducões", 
algumas das quais já 
examinadas, que Sao os impostos 
e taxas sobre vendas" (ICMS, PIS s/ Faturamento, 
Cofins s/ Faturamento).
Aem dessas "deduções",
duas outras bem típicas 
ocorrem nas empresas, 
quais sejam: as"devoluções
de vendas'e os"descontos (abatimentos) incondicionaissobre vendas 
ASSIm, quando se afirma que 
o RCM = Vendas -CMV, a palavra 
Vendas tem sempre o significado de 
Venda-deduções de vendas". 
ror isso, muitas vezes fala-se em Vendas 
Brutas (ou Receita Operacional Bruta) 
e Vendas Liquidas (ou 
Receita Operacional Líquida).
7.4 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 
Representa o valor atribuido às mercadorias negociadas pelo comerciante com seus cientes. O CMV, 
como o nome indica, é um valor de custo para o comerciante, valor que será confrontado como valor de 
venda (receita) para a obtenção do Resultado com Mercadorias - RCM. 
Monetariamente, o valor do CMVé obtido pela equação: 
Custo das Mercadorias Vendidas = Estoque nicial + Compras - Estoque Final CMV EI + C EF 
Corma foi visto no Capítulo 6, 0 adquirente de mercadorias nem sempre consider como integrante de seus estoques. burgem, entao, as figuras das Copras R todoo valor cobrado 
Nota Fiscal/Fatura de aquisição)e das Conipras Liquidas (valor efetivament Valor total constante da 
adquirente). Para as finalidades deste capitulo, supõe-se Compras Brutas = Compras Líquidas. Para a obtenção do valor do CMV e necessario o conhecimento de três valores, a saber: o do Estoque 
Inicial Ggual ao do Estoque Final do período anterior e, portanto, 
;o das Compras (conhecido a 
partir dos registros efetuados quando elas ocorrem); e o do Estoque Final 
Se uma empresa nunca vendesse suas mercadorias, o Estoque Final seria, a qualquer momento, igua sucessão interminável de compras e vendas intercaladas. A obten do valor do Estoque Final é feita por 
à soma do Estoque Inicial com as Compras até então efetuadas. Na prática, tal fato não ocorre, mas uma 
Operações com Mercadorias 113 
uma das Jormas de controle dos estoaues, conhecidas nor"inventário periódico" e "inventário permanente(denominados"regimes de inventários").
7.4.1 Inventário periódico versus inventário permanente 
A caracteristica básica do inventário veriódico é que a empresa toma conhecimento do volume de seus estoques (para fins contábeis) de tempos em tempos, ou seja, no final de cada período (mês, semestre, ano). Com isso, O valor do CMV também só é conhecido periodicamente. Por isso, não há registro do CMV a medida que as vendas vão ocorrendo. 
No final do período é feito um inventário fisico das mercadorias existentes, o qual, depois de valorado, passa a se constituir no valor do Estoque Final. Como era conhecido o valor do Estoque Inicial e como as 
Compras toram registradas, o fato de estar sendo conhecido o valor do Estoque Final (via inventário fisico) 
permite obter o CMV do período, através da fórmula: CMV = EI +C- EF. 
vO entaro permanente, a cada venda efetuada a empresa controla cada item de estoque negociado. 
Isso permite que se conheça, depois de cada operação (quer de compra, quer de venda), o nível de seus 
estoques. Se acoplada ao controle físico da movimentação dos estoques uma forma de controle financeiro, 
serão conhecidos depois de cada movimentação tanto o valor do CMV (da operação ou o acumulado até a 
operação) como o valor do estoque remanescente (Estoque Final). 
A adoção do inventário permanente implica o uso de controles adicionais (fichas de controle de estoque 
manualmente preenchidas ou um sistema operado por processamento eletrônico de dados) que permitam 
acompanhar as flutuações de cada tipo de mercadoria negociada. 
No caso do inventário periódico, o uso dos controles mencionados no parágrafo anterior é dispensável 
em nível de Contabilidade (existem casos em que são adotados processos de controle físico das mercado- 
rias para outras finalidades). Indispensável, porém, no final de cada período, o levantamentofisico dos itens 
em estoque e sua valoração em moeda. 
O fato de o "inventário permanente"se basear em controles que registram todas as operagões ocori- 
das (entradas ou saídas) não significa que a empresa deva dispensar por completo os levantamentos inven- 
tariais físicos (com a frequência que julgar necessária) como forma de testar a veracidade das informacões 
geradas pelos controles. 
A adoção de uma ou de outra forma de controle de estoques (iventário periódico ou inventário per- 
manente) deve levar em conta a profundidade e a periodicidade de informações desejadas do sistema 
contábil da empresa, o porte da empresa, a quantiaade de itens negociados, o volume de negociações, a 
intensidade das operações, o comportamento do preço de aquisição (custo) dos itens etc. 
Uma desvantagem da adoção do"inventário periódico"é a de que, por não registrar saída por saída, 
deixa de detectar saídas não motivadas por venuas (devoluçoes a fornecedores, roubos, perdas por incên- 
dios, por enchentes etc.). Como se está se retenndo ao custo dessas saídas (que deixa de ser registrado), 
o CMV do período obtido poderá estar distorcrao se ocorrerem aquelas saídas não motivadas por vendas. 
Distorcidoo alor do CMV, estará distorcidoo valor ao KMe, consequentemente, qualquer avaliacão da 
empresa feita em cima desse 
valor. 
Para exemplificar o que foi dito, suponha-se que no inicio de um período possua 200 unidades de ur 
mercadoria avaliadas a $ 1,50/u. Logo, 
seu Estoque Inicial vale $ 300. 
uma. Logo, o totaldo 
e registradas 
contabilmente 
no 
período 
foram de 
340 
unidades 
a L,50 cada 
uma. Logo, o total de compras do período foi 
de $ 510. 
114 Contabilidade Comercial ludícibus e Marion 
AS Compras ocorridas e registradas 
contabilmente no pelo 
o total das 
que iam sendo auferidas (preços de venda). Suponha-se 
que 
tenha sido 
de $ 817 no 
período. 
1fa sa 
toi vendendo no 
período, era 
feito 
unicamente 
o registro 
contabil das receitas 
50 cod um 
nventário físico e constatada 
a 
existência de 110 
unidades, 
as quals, avaliadas a 
T,50 cada uma, conduzem ao valor do Estoque Final de $ 
165. 
receitas. 
5 ace enao 
informado, conclui-se que o 
Custo das 
Mercadorias 
Vendidas no periodo 
foi de 
$ 645, assim obtido: 
CMV = EI+C-EF =$ 300 
+$510-$ 165 
= $ 645 
OResultado com Mercadorias do período foi de $ 172, assim 
obtido: 
RCM =V-CMV =$ 817-$ 
645=$ 172 
unidades sairam da empresa por motivo de roubo, por exemplo. 
Sabendo disso, a quarntidade fisica eteti- 
vamente vendida foi de 400 unidades, assim obtidas: 
uponha, todavia, que após tais cálculos venha a 
ser conhecido o seguinte fato: 
durante o periodo 30 
Unidades existentes no início (200) + Unid. compradas (340) 
- Unid. roubadas (30)- Unid. 
existentes no final (110) = Unidades vendidas (400) 
Portanto, o verdadeiro CMV do periodo vale $ 600 (400 x$ 1,50) e o RCM é de $ 217 ($ 817-$ 600). 
Os $ 45 (30 un. x $ 1,50) relativos ao custo das unidades roubadas no período representam uma perda 
para a empresa, mas não devem ser tratados como CMV, pois este diz respeito, apenas, às unidades efeti- 
vamente vendidas. 
Note-se, todavia, que a adoção do"inventário periódico" na sua acepção pura não permitiria obter tais 
informaçöões. Isso não quer dizer que certo tipo de saidas (tal com0 por roubo, descontrole etc.) seja detec- 
tado pelo"inventário permanente". Neste limo, apenas, restringem-se às situações de saídas cujos custos não são contabilizados no momento da ocorrência do evento. 
Numa ou noutra forma de controle, constatados os tatos citados e sendo eles passíveis de mensura- cão. o correto é proceder aos ajustes cabiveis. se adotado o inventário periódico, ajustar o valor do CMV alculado, registrandoa diferença em conta propia (de ganho ou de perda, conforme o caso). Se adotado a inventário permanente, a diferença exisrenre entre o real e o acusado nos controles adicionais (fichas de aue nor exemplo) deve ser neles ajustada para, entao, a apuração do correto valor do CMV. 
7.5 Inventário periódico (resumo de contabilizacãopelo método do inventário periódico) 
Já se sabe que, para a apuraç�o do sultado com Mercadorias (RCM), no caso do inventári Já se sabe, também, como apurar o RCM, depois de estar de posse desse dado, porém apenas por 
há necessidade do levantamento fisico do Estoque,o que, portanto, oferece uma informação extracontaD 
årio periódico, 
aplicação das fórmulas. 
or meio de 
Operações com 
Mercadorias 115 
Enecessario, entretanto, contabilizaressa apuracão de RCM. Dois a conta Mercadorias precia saldo correto, 
com Mercadorias também deve apresentar o Resultado Bruto obtido, para ser transferido para Ke 
o seu 
, com o valor do Estoque no último dia do período, f com Mercadorias também deua mo dia do período, para apresentação 
em balanço. Resultado 
no qual, depois de lançadas as demais Receitas e Despesas, figurará o Resultado Final do IPeriodo. 
Podem-se contabilizar todas as operações mercantis e abrir uma conta para cada ipo de opea 
seja, uma para registrar as Compras, outra para Vendas e uma terceira, normalmente Mercadorias, para o 
registro do valor do Estoque. São estas as très contas básicas, utilizadas no perioud 
Compras e Vendas de Mercadorias. 
Suponha-se, por exemplo, a existência de um estoque inicial, no primeiro dia do periodo, de $ 100.000. 
A conta que o representará é: 
Mercadorias 
100.000 
Quando é efetuada uma compra, lança-se o seu valor a débito da conta Compras. 
D-Compras 
C-Fornecedores (ou Caixa) 
Se houvesse uma compra total, no período, de $ 223.000, essa conta 
seria apresentada com este saldo: 
Compras Mercadorias 
223.000 
100.000 
Quando se realiza a venda, lança-se 
a operação pelo seu valor total de venda, assim: 
D-Clientes (ou Caixa) 
C- Vendas 
Se o total das Vendas do período 
fosse de $ 198.000: 
Vendas Compras 
Mercadorias 
198.000 223.000 
100.000 
Como se depreende, a 
conta Mercadorias 
perimanece 
intacta durante o exercício, eo seu saldo . 
depois da primeira operação 
de compra 
ou venda, ja i 
petd O Valor do estoque. Tal situação perdu- 
d ate o final do período (que pode 
ser o 
exercício social). 
NO FINAL DO 
PERÍODO, para 
a apuraçao 
do kesultado com MMercadorias (RCM 
naoan 
etapas, a saber: 
116 Contabilidade Comercial ludícibuse Marion 
ção sofrida 
IAA-APURAÇ DO CUSTO DAS 
MERCADORIAS 
VENDIDAS 
pelo Patrimônio 
ias ouue 
Líquido em decorrência da redução 
verificada no 
Ativo 
exatamente pelo 
valor de custo das 
O CMV, contabilmente falando, somente pode ter Aivo exatamente pe te pode ter saldo 
devedor, 
representando 
a reduçãc 
mercadorias que foram vendidase que não mais 
são de proprie 
riedade da empresa 
TIdos, a seu débito, os valores do Estogue Iniciale 
das Compras e, a 
seu crédito, 
o valor 
do Estoque Final: 
o para a qual 
são transfe- 
ara a apuração do CMVé utilizada, então, 
uma conta com 
tal denominaçaO olor do Estoat 
EF 
EI C + CMV 
(débito) (crédito) (saldo devedor) (débito) 
egistros a seguir efetuados, são 
abandonadas certas contas 
analíticas mostradas 
no plano de 
contas do Capítulo 4, apenas por simplificação. 
(D-Custo das Mercadorias Vendidas 
a)C-Mercadorias (pelo valor do Estoque Inicial) 
c-Compras (pelo saldo) 
Esse lançamento torna nulo o saldo da conta Mercadorias e da conta Compras. Logo a seguir: 
D-Mercadorias (pelo valor do Estoque Final) 
C-Custo das Mercadorias Vendidas (idem) 
Esse lançamento permite que a conta CMV apresente como saldoo correto valor do"custo das merca- 
dorias vendidas"no período e, ao mesmo tempo, volte a dar saldo à conta Mercadorias: o valor do estoque 
final que constará no balanço. O valor de $ 205.000 registrado como estoque final é obtido depois de a 
empresa ter feito o levantamento físico e a valoração monetäria das existêëncias naquele momento. 
23 ETAPA- APURAÇÃO DO RESULTADO COM MERCADORIAS 
Para isso, transferem-se os saldos das contas vendas e CMV para a conta RCM, da seguinte forma: 
D-Resultado com Mercadorias 
C-Custo das Mercadorias Vendidas (pelo saldo) 
e 
D-Vendas 
lc-Resultado com Mercadorias (pelo saldo da conta Vendas) 
Mercadorias 
Compras 100.000 
223 000 100.000 (a) 
(b) 205 000 223.000 (a) 
Operações com Mercadorias 117
Venda 
CMV 
198.000 
(a) 100.000 
(d) 198.000 (a) 223.000 205.000 (b) 
0 Saldo devedor 
até aqui 
representa o 
CVM=$ 118.000 
---------~ 
118.000 (c) 
Resultado com Mercadorias 
- RCM Apuração do Resultado do 
Exercicio- ARE (c) 118.000 198.000 (d) 
(e) 80.000 80.000 (e) 
Apos os lançamentos mostrados, basta transferir o saldo da conta RCM para a conta Apuraçao do Resultado do Exercício (ARE). No caso do exemplo, foi obtido um Lucro Operacional Bruto de $ 80.000: 
D-Resultado com Mercadorias (RCM) 
C-Apuração do Resultado do xercício (ARE) 
Para a conta ARE convergiriam, naturalmente, os demais saldos de contas de resultado para, então, ser obtido o resultado líquido do período (exercício). 
Observação: Existem diversos modos de proceder ao encerramento das contas de resultado no final de um 
período (exercício). No que diz respeito à obtenção do RCM, o que foi mostrado é um deles. Outro seria a 
não utilização das contas CMVe RCM e transferir diretamente para a conta ARE os valores que compõem o RCM, obtendo-se o mesmo resultado final. O uso de um ou de outro mecanismo depende do grau de infor- mação desejada da Contabilidade: numa empresa em que se negociam vários produtos, pode ser de grande valia paraa administração conhecer o CMVeo RCM de cada um deles (ou por linha de produto). Para isso, 
estruturará o plano de contas de acordo com tal necessidade. 
7.6 Contabilização de algunmas operações que afetam 
vendas e compras 
.6.1 Devoluções e abatimentos (descontos incondicionais) 
Quando um comerciante se vê prejudicado ao receber certa mercadoria cujo tipo, qualidade, preço ou 
outra característica esteja em desacordo com seu pedido, ou com a nota fiscal, ou mesmo com as condições 
fisic que deveriam cercar o produto, pode ele adotar uma das seguintes medidas: 
a) devolver a mercadoria, total ou parcialmente; 
ou 
bsolicitar um abatimento (desconto) ao vendedor 
das "devolucäa 
Clentes 
da empresa podem 
defrontar-se 
com 
situações 
similiares. Logo 
ds mercadorias que revende ea empresa 
como vendedora 
destas 
últimas. 
estão 
mo compradora 
118 Contabilidade Comercial ludícibuse Marion 
uções"e dos"abatimentos" ode 
ser 
analisada sob 
dois ângulos: 
a empresa 
come 
Para a visualização completa das situações 
apontadas, são 
elas 
exemplificadas 
com lançamentos feit ançamentos feitos 
parur de contas que ja possuem os 
seguintes saldos 
(mostrados 
com d 
asterisco0S 
nos razonetes): 
Mercadorias: $ 30.000 (valor do Estoque Inicial) 
Compras: S182.000 (total de Compras até o 
momento) 
$ 224.000 (total de Vendas até o momento) Vendas: 
Caixa/Clientes: $ 322.000 (saldo hipotético) 
Fornecedores: $ 107.000 (saldo hipotético) 
panhe as seguintes operações nos razonetes, supondo 
que a empresa 
adota o "inventario pe- 
riódico": 
empresa havia vendido por $ 6.000 (receita de vendas já registrada) 
e o cliente devolve as 
mercadorias pelo fato de serem completamente diversas das que foram encomendadas: 
D-Devoluções de Vendas ($ 6.000) 
C-Caixa/Clientes ($ 6.000) 
Observe-se que, apesar de as mercadorias devolvidas retornarem à empresa, nenhum re- 
gistro contábil é realizado em relação ao custo dessa devolução, pois está sendo adotado o"in- 
ventário periódico". 
b) A empresa havia feito uma venda a um cliente (portanto, já registrara a receita com vendas) e o cliente alega que a mercadoria apresenta alguns pequenos defeitos, mostrando desejo de devolve-la. A empresa propõe a concessão de um abatimento de $ 4.000 para que o cliente não o faça e ele concorda: 
D-Abatimento s/Vendas ($ 4.000) 
C-Caixa/Clientes ($ 4.000) 
Ohserve-se que nesse caso a mercadorla nao retornou para a empresa que vendeu; ocorreu somente redução de parte da divida ae cente para com a empresa ou, caso ele iá tivesse pago, 
devolução de parte de seu pagamento. 
Pa 
c)A empresa, ao receber certas mercadorias o um de seus fornecedores, constata que 
estava totalmente danificada e resolve devolvê-las ao fornecedor. O valor Constata da parte 
que 
devolvida 
parte delas 
e conta Compras; para o fornecedor, cuja contabilidade não está sendo retratada
já 
neste 
registrado na 
de $ 9.000 (tal valor havia apresentado um custo de aquisicão nar devolvida é 
fora receita de vendas): 
D-Fornecedores (ou Caixa) ($ 9.000) exemplo, 
C-Devoluções de Compras ($ 9.000) 
d A empresa alega a um de seus fornecedores que as mercadorias recebidas apresentam deteito 
e se propõe a devolvê-las. O forne 
de $ 5.000ea empresa aceita: 
para que tal nao ocorra, contrapropõe um abatimento 
entam defeitos 
D-Fornecedores (ou Caixa) ($ 5.000) 
C-Abatimentos sobre Compras ($ 5.000) 
Operações com 
Mercadorias 119 
Antes dos lançamerntos para obter o CMVeo RCM existem. nesse caso, dois outros (ee) e) As contas Devoluções de Vendas e Abatimentos s/ Vendas terão seus salao conta Vendas. 
e vendas e Abatimentos s/ Vendas terão seus saldos transferidos para a 
D-Vendas ($ 10.000) 
C-Devoluções de Vendas ($ 6.000) C-Abatimentos s/Vendas ($ 4.000) 
AgOra, o saldo da conta Vendas passou a ser de $ 214.000, valor que representa as endas 
Líquidas (Receita Operacional Líquida). 
As contas Devoluções de Compras e Abatimentos s/ Compras terão seus saldos taii para a conta Compras. 
D-Devoluções de Compras ($ 9.000) 
D-Abatimentos s/ Compras ($ 5.000) 
C-Compras ($ 14.000) 
Com iss0, O saldo da conta Compras passou a ser de $ 168.000, valor que representa as Compras Líquidas. 
Continuando, ocorrerá a sequência já exposta no item 7.5, com os lançamentos g, hei. 
8) Inventariado o estoque final e a ele atribuído valor, suponhamos de $ 28.000, é possível obter o 
CMV através dos seguintes lançamentos: 
D-Custo das Mercadorias Vendidas ($ 30.000 +$ 168.000) 
C-Mercadorias ($ 30.000) 
C-Compras ($ 168.000) 
e 
D-Mercadorias ($ 28.000) 
C-Custo das Mercadorias Vendidas ($ 28.000) 
h) Esse lançamento permite obter o RCM que, no presente exemplo, será um Lucro Operacional 
Bruto (Lucro Bruto) de $ 44.000: 
D-Vendas 
C- Resultado com Mercadorias ($ 214.000) 
e 
D- Resultado com Mercadorias 
i) Apurado o Resultado Operacional Bruto 
(que, no exemplo, por ser positivo, pode ser 
chamode 
de Lucro Operacional 
Bruto ou Lucro Bruto), resta 
a transterência deste paraac 
do Resultado do Exercício 
(ARE), para a qual 
são transferidos os saldos da Onta 
Apuração 
resultado do período (demais 
contas de receitas e 
de despesas):
D-Resultadocom 
Mercadorias (RCM) 
C-Apuração do 
Resultado do 
Exercício (ARE) ($ 44.000) 
C-Custo das Mercadorias Vendidas ($ 
170.000) 
de 
120 Contabilidade Comercialludícibus e Marion 
Operacional 
ér lembrar que, se tivesse ocorrido um Resultado Operacional Bruto negativo (um Prejuíz 
Onal Bruto), a conta RCM apresentaria um saldo devedor antes de ser encerrada. 
Caixa/Clientes Mercadorias Fornecedores 
322.000 30.000 107.000 
6.000 (a) 
4.000 (b) 
(c)9.000 
(d) 5.000 
30 000 (g) 
(g.1) 28 000 
Vendas Compras CMV 
224 000 *182.000 g) 30.000 
(e) 10.000 14.000 () 
168 000 (g) 
g)168.000 
(h) 214.000 28.000 (g.1) 
170.000 (h.1) 
RCM Devoluções de Vendas Devoluções de Compras Resultado Operacional Bruto 
(a) 6 000 9.000 (c) (h.1) 170.000 214.000 (h) 
6.000 (e) (f) 9.000 
(i) 44.000 
Abatimentos s/ Vendas Abatimentos s/ Compras ARE 
(b) 4.000 5.000 (d) 44.000 (i) 
4.000 (e) (f) 5.000 
A Demonstração do Resultado do Exercício (do período) será: 
121 Operações com Mercadorias 
7.6.2 Descontos comerciais 
Descontos omerciais são os concedidos pelo vendedor a favor do comprador, no ato da funçao ae varnos motivos: seja pela grande quantidade que está sendo vendida, seja porque o compraaore 
um chente especial ou, ainda, porque a empresa imprime catálogos com os preços das mercadoriasPas não altera-los frequentemente, faz a aplicação de porcentagem de desconto sobre eles etc. 
, em 
Tais descontos são diferentes dos abatimentos. Enquanto estes são concedidos apOs a verddy ção de avana ou outro motivo descoberto a posteriori, os Descontos Comerciais já são contratados no ato 
da venda, conhecidos em seu montante. 
n- 
procedimento mais comum é o seu não registro na contabilidade do comprador e do vendedor. 
Caso, porem, haja necessidade ou interesse das empresas em deixar registrados tais Descontos o- 
merciais, proceder-se-á com eles da mesma forma que no caso das Devoluções e dos Abatimentos, COm 
a abertura, e claro, de contas específicas de Descontos Comerciais sobre Vendas ou Descontos Comerciais 
Concedidos, para o vendedor, e Descontos Comerciais sobre Compras ou Descontos Comerciais Obtidos, 
para o comprador. 
7.6.3 Despesas de transporte e oufras 
O Custo real de uma mercadoria adquirida não é somente o constante de nota fiscal, mas o que resulta 
da soma deste com todas as despesas necessárias para a colocação do produto em condições de venda. 
Normalmente, são os custos de fretes e seguros os que aparecem com maior frequência. 
O seu registro deve ser feito a débito da conta própria: 
D- Despesas c/ Transporte em Compras 
C-Caixa (ou Contas a Pagar) 
Essa conta, no encerramento, acrescentara o saldo de Compras, e, na Demonstração de Resultados na 
forma dedutiva, aumentará o total das Compras. Exemplo: 
Desp. Transp. s/ Comp. Compras 
7.000 7.000 (b) 270.000 14.000 (c) 
b) 7.000 
277.000 14.000 
263.000 263.000 (d) 
Mercadorias Dev. Abat. s/ Compras 
36.000 36.000 (a c) 14.000 14.000 
(e) 18.000 
122 Contabilidade Comercial ludícibus e Marion 
CMV 
36 000 18000 (e) (EF) 
(d) 263.000 
299 000 18.000 
281 000 
(a) 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (APENAS TRECHO D0 CMV) 
HCMV 
36.000 Estoque Inicial 
270 000 4) Compras 
(+) Transporte 
7.000 
Soma 277.000 
H Devol. e Abatimentos (14.000) 263.0 
299.000 
Merc. Disp Periodo 
Estoque Final 
281.000 CMV (18.000) 
Observação: Caso a empresa assuma esporadicamente despesas com frete para entregar mercadorias que vendeu, tal despesa deve ser registrada como uma das "despesas com vendas". 
7.7 Inventário permanente e avaliação dos estoques 
Como foi visto antes, a adoção do"inventário permanente" exige um controle, pela Contabilidade, de 
qualguer movimentação ocorridanos estoques (quer de entrada, quer de saída), pois são elas contabiliza- 
das à medida que ocorrem. 
gistrar os valores de custo de cada uma das compras (entra tabilidade deve conhecer o custo de cada lote vendido 
Por isso, quando usado o"inventário permanen não basta, a partir do valor do Estoque Inicial, re- itradas). Quando mercadorias do (além da receita de venda, é claro) para regist 
anismos que gerem essa informa 
rias são verndidas, a Con- 
Para que tal ocorra, a empresa deve dispor de mecanis Os mecanismos são os mais variados possíveis de equipamentos, nestes se incluindo o processamento eletrônico de dad 
não devem ser confundidos com aqueles existentes nos almo a movimentação das quantidades físicas. 
istrá-lo. dem ser processados manualmente ou com dos. Os controles mencionadoS 
arifados onde, via de regra, aper penas se anota controles financeiros, mas é a partir destes últimos que s A questão de dispor da informação do valor do custo de cada ma 
Para fins de atender à Contabilidade, pode até ocorrer um tipo de husão entre os controles fíisicos e 0s 
feitos os registros contábeis. cada mercadoria (cada lote) vendida 
timamente ligada com a avaliação das próprias mercadorias. E nem poderia ser diferente, pois, definido o 
O assunto "avaliação de mercadorias" está contido em outro bem mais amplo -"avaliaç�o de todos os 
lote) vendida está inn- 
valor do Estoque Final, fica, em decorrència disso ou por conseguinte 
deinido o valor do CMV, e vice-versa. 
itens patrimoniais" -e que é uma das "dores de cotovelo" da contaLais amni. contabilidade, quiçá a maior, pois, variando
Operaçóes com 
Mercadorias 123 
valor atribuído aos itens ativos e aos itens passivos (obrigacões), variará o valor do Património Liquiao 
(situação líquida), o t�o discutido"valor da empresa". 
A Contabilidade, tal como é feita na maior parte dos países do mundo, se fundamentais da contabilidade" (alguns autores ainda os denominam "princípios contabeis 
aceitos") sendo um deles o do"custo original (histórico) como base de valor". 
Adotado o Principio do custo original (histórico)", as mercadorias são registradas pelo valor pactuado 
entre o comerciante e seu fornecedor, na data da transacão, Esse valor (o valor original, histórico)eo que 
ficará sendo o valor das mercadorias, enquanto forem de propriedade da empresa (Estoques, no Ativo), ate 
que, quando vendidas, tal valor passa a ser o CMV. 
Apesar de esse ser o princípio orientador para a avaliacão das mercadorias, enquanto no Ativo (e ao 
CMV, quando vendidas) existem outras formas de encarar o assunto"avaliação das mercadorias". Muitas 
delas surgiram para atender a situações específicas enfrentadas para poder gerir a empresa. 
Mesmo n�o sendo objeto deste capítulo abordar a questão de forma mais profunda, é interessante 
que se conheça, pelo menos, o seu desdobramento existente na literatura. 
Existem vários critérios para avaliar as mercadorias (e, teoricamente, outros AtivOs), quais se)arn 
a) levando em conta o"custo de aquisição" (histórico); 
b) levando em conta o"custo de reposição", ou"custo corrente"; 
c)levando em conta o preço de venda, ou preço de mercado. 
Os critérios becabandonam o tradicional"principio do custo original histórico)" 
Cada um dos critérios arrolados pode ser subdividido em métodos distintos de abordar o assunto. Ape- 
nas a título de curiosidade, citamos a seguir alguns dos métodos possíveis dentro do"critério do custo de 
aquisição". 
método do custo específico; 
método do custo mais recente; 
método PEPS (ou FIFO), conhecido por"Primeiro a Entrar é o Primeiro a Sair", do inglês "First 
In, First Out"; 
método UEPS (ou LIFO), conhecido por "Ultimo a Entrar 
é o Primeiro a Sair", do inglês"Last In, 
First Out" 
método do"custo médio ponderado"; 
método do"custo médio ponderado 
variável". 
A seguir, adotando como posição 
o exame da avalaçao das mercadorias pelo critério do custo de 
aquisição, serão abordados quatro 
dos metodos arrolados, 
tendo em vista sua aplicação no"inventário
permanente".
No Capítulo 25 é feita uma 
incursão, mesmo que 
introdutoria, em formas diversas de avaliar mercador 
do custo de aquisiç�o. 
Até certo ponto se afastam, 
também, de outros prnneiplos
cortabels pel0 menos da forma pela qual são eles 
aplicados atualmente. 
ecmo que introdutória, em formas diversas de avaliar mercadorias sem ser pelo critério 
L44 Contabilidade Comercial ludícibus e Marion 
,gundo esse método, o custo de uma mercadoria
vendida é exatamenre 
o Custo de adquiri-ja 
Podto, uma relação íntima e indissociável entre as unidades 
físicas e seus custos ae aquisição, enata 
verem no Ativo, tanto para fins de balanco como para fins de determinaçao do CMV. 
7.7.1 Método do custo especifico 
. H 
anto 
em 
nul identificar cada saída com a nota fiscal/fatura original da compra, para, ent�o, atribuir valot an 
custo da(s) mercadoria(s) vendida(s). 
atividades comerciais altamente epetitivas, com itens altamente homogëneos, em que seria mu ODServar, 
portanto, que esse método é aplicável em circunstäncias especia1s, 
mas raramenta. 
nuito custoso 
Odena ser usado, por exemplo, no comércio de glebas de terra, de aparelhos de precisão para labora 
torios, de joias de alto valor, de produtos feitos em pequernas quantidades sob encomenda e de telas raras. 
dstrar numericamente, suponha-se que uma empresa, no inicio do mes de março, possua um estoque (inicial) de 20 unidades de certa mercadoria avaliada a $ 20 cada uma, ou seja, um total de $ 400 de Estoque Inicial. A movimentação dessa mesma mercadoria em março e a seguinte: 
Data 
Operação 
5/mar Compra de 30 unidades a$ 30 cada 11/mar. venda de 10 unidades 17/mar venda de 20 unidades 23/mar 
compra de 30 unidades a$ 35 cada 29/mar. venda de 10 unidades 
Para calcular o CMV de março e O valor do Estoque Final de março pelo"método do custo específico", 
há que se informar, relativamente às vendas, que un seguintes informações: unidades estão sendo vendidas. Suponha-se, agora, as 10 unidades vendidas dia 11/mar. 
as 20 unidades vendidas dia 17/mar, saíram do estoque inicial: as 10 unidades vendidas dia 29/mar. saíram do lote comprado dia 23/ma 
aíram do lote comprado dia 5/mar. ar., 
nar. 
Com isso, o custo das mercadorias vendidas será de $ 1.050,00 (10 x $ 30 +20 x $ 20+ 10 x $ 35) e o 
Estoque Final será de $ 1.300,00. 
7.7.2 Método Primeiro a Entrar, Primeiroa Sair (PEPS 
Ométodo em epígrafe adota, para considerar o valor do CMV. ro as unidades que foram adquiridas primeiro. 
Com isso, o CMV retrata o valor das mercadorias adquiridas Final, retrata o valor do custo das mercadorias que foram c 
CMV, o raciocínio de que: vendem-se primei-há mais tempo, e o o das mais recentemente Po, e o que resta, o Estoque nente. 
Operações com 
Mercadorias 125 
Utilizando os mesnmos dados fornecidos para exemplificar o método do custo especifico, ODsEerve 
como pode ser representada a movimentação fisica e financeira pelo método PEPS: 
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS 
Datas Valores ($) Valores (S) Valores(S) 
Quant. Quant. Quant 
Unit Total Unit. Total Unit. Total 
El 20 20,00 400,00 
20 20,00 400,00 
900,00 
1.300,00 
5/mar. 30 30,00 900,00 30 30,00 
50 
10 20,00 200,00 
11/mar. 20,00 200,00 30 30,00 
900,00 
10 
40 1.100,00 
600,00 
10 20,00 200,00 
10 30,00 300,00 20 30,00 17/mar 
20 500,00 
20 30,00 600,00 
35,00 1.050,00 30 35,00 1.050,00 23/mar. 30 
50 1.650,00 
10 30,00 300,00 
10 30,00 300,00 30 35,00 1.050,00 29/mar. 40 1.350,00 
Observa-se que o estoque no final de margo sera de 40 unidades avaliadas a $ 1.350,00 pelo PEPS. 
O CMV de março será de $ 1.000,00 ($ 
200,00 +$ 500,00 + $ 300,00). 
7.7.3 Método Ultimo a Entrar, Primeiroa Sair (UEPS) 
O método em exame 
raciocna assim: as unidades que por ultimo foram adquiridas são as primeiras a 
serem vendidas. 
o CMV obtido pelo UEPS retlete o valor das mercadorias compradas mais recentemente e o 
Estoque Final retrata 
o valor das mercadOrias compradas maisantigamente 
ramente se valendo dos dados rorneciaos ao exempliicar 0 método do custo específico, vejamos 
como representar 
amovimentaçao fisicO-financeira pelo UEPS 
SALDOS SAÍDAS ENTRADAs 
Valares S Valores (S) Quant 
Datas 
Valores (S) 
Unit 
Tutal 
Quant 
Quant 
Total Unit Unit. Total 
20 20,C0 
EI 
20 20.00 
30 30 00 
5/mar 30 30,00 900 00 
50 
20 20.00 
20 30 00 
11/mar 
30 00 300.00 10 
40 10 
20 20.00 
17/mar 
30 00 600 00 20 
20 20.00 
30 35 00 1050 
23/mar 
35.00 1 050 00 
50 14 
20 20 00 400L 
29/mar 
35 00 150 00 20 35 00 700 
10 
A0 
Observa-se que o estoque final de março Tá de 40 unidades avaliadas por $ 1 100,00 pelo usa d 
método UEPS. O CMV de março será de $ 1250 00 (S 00 00Sn0 00$ 150,00) 
7.7.4 Método do custo médio ponderado móvel 
Par meio desse método, há uma fusào das quantdades monetarias decorrentes le novas compr.t. cor 
o custo total do que existia em estoque antes da compra. O novo custo unitario passa, entio, a ser obti 
pela divisão desse valor global pelo total de unidades eustente Cada n custo unitário diterente do ate então existente, prOvOcará alteração do nov novo custo unitáno tanto as quantidades (existentes e compradas) com nova compra). 
As vendas não ão provcar alteraçao no custo unitario, pois o Custo é, sempre, o último custo unitáno calculado. 
Com os dados já conhecidos, vejamos como registrar a movimentae: 
nova compra, se for feita por u alteração do novo custo unitário Influem t ompradas) como o custo unitário (existente et da 
pois o custo unitário das unidades s vendidr 
virmentaçao fisico fnanceira pelo s metaf 
em exame, também vulgarmente denominado mente"média ponderada" 
Operações com 
Mercadorias 127 
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS 
Valores (S) Valores (S) Datas Valores (S) 
Quant Quant Quant. Total 
Unit Total Unit. Total Unit. 
20,00 400,00 E 20 
26,00 1.300,00 5/mar 30 30,00 900,00 50 
40,00 26,00 
1.040,00 
11/mar 10 26,00 260,00 
26,00 520,00 
17/mar. 20 26,00 520,00 20 
31,40 1570,00 
23/mar. 30 35,00 1050,00 50 
40 31,40 1.256,00 29/mar. 10 31,40 314,00 
O valor do estoque final (40 unidades) ficou sendo de $ 1.256,00 pelo método 
do"custo médio ponde- 
rado móvel", enquanto o valor do CMV de março foi de $ 1.094,00. 
7.7.5 Comparação entre os nétodos 
Para uma observação dos reflexos dos quatro métodos ilustrados, supornha-se 
que os preços unitários 
das três vendas realizadas tenham sido de $ 40,00, $ 45,00 
e $ 50,00, conforme a ordem cronológica em que 
ocorreram. Logo, a receita total do mês de março 
foi de $ 1.800,00. 
Tabulando os dados de forma resumida, 
teremos: 
Média Ponderada 
PEPS UEPS Custo Específico Móvel 
800 1.800 800 1.800 
Vendas 1.000 1250 1.094 1.050 
-)CMV 550 706 750 800 
Lucro Bruto 
1.300 1.350 1.100 1.256 
Est. Final 
O estoque inicial era o 
mesmo nas quatro situaçoes ($ 400,00) e as compras também foram as mesmas. 
pelos mesmos 
valores, ou seja, de b 1.oU,00. 
Em qualquer das situações havia $ 2.350.00 de me 
disponíveis para 
venda ($ 400,00 +$ 1.950,00). 
I a aue não sobrou 
em estoque final em termos de valor é porque foi vendido. Observa-se que isto 
verdade, pois, somando-se, 
em cada caso, O valor do CMV com o valor do Estoque Final, resulta semnre 
cadorias 
$ 2.350,00! 
Dar olutro lado, as receitas roram lguals nos quatro casos. Os lucros brutos foram diferentes em funçãob 
de CMVs diferentes! 
uLalauer das situações, as quantidades fisicas iniciais, compradase vendidas foram absolutamente 
sais Os diferentes valores de LM e de Estoque Final se devem, então, unicamente ao método aue foi 
da E todos os métodos se 
basearam nos CUSTOS DE AQUISICÃO. 
128 Contabilidade Comercial ludícibus e Marion 
E claro que se o Estoque. Final for diferente em cada situação, o será o estoque inicial do perít ríodo seguinte. 
ocorreu, o mé- 
Só haveria igualdade entre os qua ooBPs (que tem o menor �MVe o maior estoque final) colaborará no periodo segunte com um CMy urPor enquanto"estocado") do que os métodos UEPS e"média ponderada". alquer que seja o método utilizado, se baseado única e exclusivamente nos custos de aquisicão no os que observamos, não considera se o preco de venda está sendo capaz de repor as unidades ven 
aidas. Fode ocorrer que o custo das unidades vendidas não seja igual ao montante necessario para adquirir 
a mesma quantidade física que saiu da empresa. 
quatro métodos se nada restasse em estoque. Como isso não oc 
1omemos um deles como exemplo. Pelo PEPS o CMV foi de $ 1.000,00 corresponderndo a 40 uni- 
dades vendidas e a um lucro (bruto) de $ 800,00. Se a empresa, no final de março, desejasse repor as 40 
unidades vendidas e constatasse serem necessários, para tal, $ 1.680,00 (cada unidade custasse $ 42,00 
no final de março!)? 
Fara continuar afirmando que o lucro foi de $ 800,00 ela não poderia repor as 40 unidades com os 
1.000,00 que restaram das vendas (reporia aproximadamente 24 unidades). Mas se ela julgar que é mais importante repor as 40 unidades, antes de qualquer consideração, saberá 
que ser�o necessários $ 1.680,00 dos $ 1.800,00 e que a"sobra"é de apenas $ 120,00 (e n�o $ 800,00). 
Esse é um problema gerencial com o qual os administradores se defrontam no dia a dia. A Contabilida- 
de escriturada nos moldes tradicionais (respeitando os princípios contábeis tais como são hoje enunciados) 
não leva em conta tais situações. Para que os custos de reposição sejam considerados (e, com isso, a conti- 
nuidade do empreendimento), a Contabilidade deve ser feita, também, em nível gerencial, abrindo campo 
para o que se denomina Contabilidade Gerencial. 
7.8 Avaliação do estoque no caso de inventário periódico 
Embora se tenha tratado do inventârio periodico no inicio deste capítulo, retorna-se a ele agora porque 
naquela oportunidade não foram abordados oS metodos de valorização dos estoques, que são os mesmos 
do inventário permanente, porém com algumas restrições. 
7.8.1 Método do preço específico 
nmétodo exige identificaçao do custo de cada unidade e de qual unidade foi vendida. 
Como tais identificações são excessivament. onerosas, desaconselha-se o uso desse método para inven- 
tário periódico. 
7.8.2 PEPS (FIFO) 
Como já foi visto, esse método pressupoe que as mercadorias que foram compradas primeiro: o serão as 
primeiras a serem entregues. Conhecido como PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai), esse métoc odo 
Operações com Mercadorias 129 
de avallaçao tem a vantagem de tendera fornecer, em períodos de alta de preços, um valor para o es 
inal proXImo do valor das últimas compras; portanto, próximo do custo de reposição. 
Em compensaao, a 
saidas sa0 normalmente avaliadas por precos mais antigos e dão origem 
a um CMV relativamente baixo, 
a um kCM relativamente alto e, portanto, a um lucro liauido comparativamente alto 
tambem, onginando 
maior carga fiscal. 
mais importante é que esse método é o mais indicado para o 
inventário periódico, pois as unidades 
em estoque serao consideradas as de aquisicão mais 
recente, tornando-se fácil a identificação 
e a avaliaçao 
(últimos preços e últimas mercadorias adquiridas). 
7.8.3 UEPS (LIFO) 
Como ja foi visto, esse método pressupõe que 
as mercadorias que foram compradas 
por ultimo serao 
as primeiras a serem entregues. 
Conhecido como UEPS (Último que Entra, 
Primeiro que Sai), esse método 
apresenta características opostas 
ao método anterior (em períodos de 
alta de preços, conduz a 
um estoque 
inal com preços mais próximos 
das aquisições mais antigas e um 
CMV refletindo as compras 
mais recen- 
tes). Tal método não é, 
usualmente, permitido pela legislação 
brasileira. 
A sua aplicação no inventário periódico 
é extremamente difícil, pois há 
necessidade de fazer levanta- 
mentos das mercadorias 
mais antigas que n�ão foram 
vendidas ainda. Observe-se que as aquisições 
recen- 
tes é que são 
consideradas como entregues. 
7.8.4 Média ponderada 
móvel 
Pressupõe-se que as mercadorias 
entregues sao conpostas porlotes recentes e antigos; uma espécie 
de média, portanto; 
daí serem 
avaliadas por um preço 
médio. 
Fsse método é quase 
impraticavel no 
inventario periodico, pois há um esforço 
tão grande em levan- 
tamentos de compra, 
e baixa para eTcontrar 
o preço medio ponderado, que 
é melhor trabalhar com o in- 
ventário permanente. 
Pode-se tradalnar 
con a nedid simples (nao ponderada) 
das últimas compras (que ue 
muitas vezes 
não reflete a 
realidade).

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