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Estudo Dirigido: Dinâmica da Terra O Processo de Formação do Planeta: A Terra se formou a partir da acresção de planetesimais durante a formação do sistema solar, há cerca de 4,6 bilhões de anos. O calor gerado pela acresção, decomposição radioativa e colisões de corpos celestes levou à diferenciação de camadas. Fatores que Contribuíram para o Aquecimento Primordial da Terra: 1. Acresção Planetesimal e Impactos de Meteoros: Durante a formação da Terra, os planetésimos e meteoros colidiram com o planeta em crescimento. Essas colisões não apenas contribuíram para o aumento da massa terrestre, mas também liberaram uma quantidade significativa de energia na forma de calor. O impacto convertia a energia cinética do movimento em energia térmica, parte da qual era irradiada de volta para o espaço e parte armazenada no planeta em formação. 2. Compressão Gravitacional e Isolamento Térmico das Rochas: O aumento da massa da Terra resultou em maior pressão gravitacional, comprimindo o material interno do planeta. Essa compressão transformou energia potencial em calor. Além disso, o fato de que as rochas são maus condutores de calor contribuiu para reter essa energia no interior do planeta, permitindo que o calor se acumulasse ao longo do tempo. 3. Decaimento Radioativo: Elementos como urânio, tório e potássio-40 presentes na Terra primitiva se desintegram ao longo do tempo, liberando calor como parte do processo de decaimento radioativo. O estudo do interior da Terra: É fundamental para entendermos a estrutura e os processos que ocorrem no nosso planeta. Os terremotos e a geofísica desempenham papéis cruciais nesse entendimento, especialmente através da análise das ondas sísmicas S (ondas secundárias) e P (ondas primárias). Ondas Sísmicas (P e S): Ondas P (Primárias): São as ondas mais rápidas e podem atravessar superfícies tanto sólidas quanto em líquidas. Elas são ondas de compressão, movendo-se em linha reta na direção de propagação. (Todas as camadas) Ondas S (Secundárias): São ondas mais lentas e se propagam apenas em materiais sólidos. Elas são ondas de cisalhamento, movendo-se em um movimento de "sacudida" perpendicular à direção de propagação. (Manto e Crosta) Revelações sobre o Interior da Terra: Zonas de Sombra Sísmica: Quando um terremoto acontece, as ondas P e S se propagam pela Terra a partir de um foco c. No entanto, devido às propriedades do núcleo externo da Terra, as ondas S não conseguem atravessá-lo. Isso cria uma "zona de sombra" onde as ondas S não são detectadas em certas distâncias angulares do terremoto. A existência dessas zonas de sombra permitiu deduzir que o núcleo interno é sólido, enquanto o externo é líquido. Diferentes Camadas da Terra: As ondas sísmicas também revelam a existência de Camadas da Terra: Crosta Terrestre: Camada sólida, mais externa e fina, com espessura variando de 5 a 40 km. As temperaturas podem atingir até 1.200 °C. É composta por rochas formadas principalmente por O (oxigênio), Si (silício), Al (alumínio), Ca (cálcio), Na (sódio) e K (potássio). As ondas sísmicas se propagam mais rapidamente nesta camada. Manto: Camada intermediária e sólida, localizada abaixo da crosta, que é mais densa. Estende-se da base da crosta até cerca de 2.900 km de profundidade. As temperaturas podem atingir até 4.000 °C. Núcleo Externo: Camada líquida composta principalmente por ferro (Fe) e níquel (Ni), com pequenas quantidades de enxofre (S), silício (Si) e oxigênio (O). As temperaturas podem variar até 5.250 °C. Esta camada está logo abaixo do manto, onde as ondas sísmicas não se propagam. A descoberta da sua existência veio da ausência das ondas S em certas regiões após terremotos. Núcleo Interno: Região sólida e densa localizada no centro da Terra, começando aproximadamente a 5.100 km de profundidade e estendendo-se até o centro do planeta a 6.370 km. É composto principalmente por ferro (Fe) e níquel (Ni). Esta camada é separada do núcleo externo pela descontinuidade de Lehmann. As ondas P mudam sua velocidade e direção ao atravessar esta região. Compreensão dos Processos Geológicos: O estudo das ondas sísmicas não apenas nos dá informações sobre a estrutura da Terra, mas também nos ajuda a compreender os processos geológicos em curso. Por exemplo: · A distribuição dos terremotos ao redor do mundo nos dá pistas sobre os limites das placas tectônicas. · As variações na velocidade das ondas sísmicas revelam as propriedades físicas e químicas dos materiais que compõem as diferentes camadas da Terra. Em resumo, o estudo das ondas sísmicas, através de terremotos e da geofísica, é uma ferramenta poderosa para desvendar os segredos do interior da Terra. Essas investigações nos proporcionam uma compreensão mais profunda da estrutura da Terra e dos processos dinâmicos que moldam nosso planeta. Hipótese da Deriva Continental e Teoria da Tectônica de Placas: 1. Deriva Continental: Proposta por Alfred Wegener em 1910, sugere que os continentes já estiveram unidos em um supercontinente chamado Pangeia e se movimentaram ao longo do tempo. Evidências da Deriva Continental: Semelhança dos Contornos dos Continentes: Uma das evidências para a deriva continental é a semelhança dos contornos dos continentes, como é notável na correspondência entre a costa leste da América do Sul e a costa oeste da África. Esses contornos parecem se encaixar como peças de um quebra-cabeça, sugerindo que os continentes já estiveram unidos. Correspondência entre Rochas nas Margens dos Continentes:Outra evidência é a correspondência entre as rochas encontradas nas margens de continentes que hoje estão separados. A presença de formações rochosas semelhantes em locais distantes, como a geologia compartilhada entre a África e a América do Sul, indica uma conexão passada entre esses continentes. Continuidade Aparente de Cordilheiras em Continentes Separados: A continuidade aparente de cordilheiras em continentes separados também é uma evidência. Por exemplo, a Cordilheira dos Apalaches nos EUA tem uma continuação na Irlanda e na Grã-Bretanha. Essa continuidade sugere que esses continentes já estiveram conectados em um passado remoto. Presença de Fósseis em Áreas Restritas, Envolvendo Diferentes Continentes: Fósseis de animais e plantas encontrados em diferentes continentes são evidências significativas. Por exemplo, o Mesossauro, um réptil pré-histórico, foi encontrado tanto no Brasil quanto na África do Sul, sugerindo que esses continentes já estiveram unidos em um supercontinente. 2. Tectônica de Placas: Propõe que a litosfera da Terra é dividida em placas que se movem sobre o manto, causando terremotos, vulcões e formação de montanhas. Tipos de Movimentos das Placas: 1. Deslizamento Lateral: Placas movendo-se em direções opostas horizontalmente, como a Falha de Santo André na Califórnia. 2. Convergente (Colisão): Placas se movendo uma em direção à outra, resultando em subducção (uma placa afunda sob a outra) ou em colisão e formação de montanhas, como a Cordilheira dos Andes. 3. Divergente (Rift): Placas se afastando uma da outra, criando novas crostas oceânicas no fundo dos oceanos, como a Dorsal Mesoatlântica. O que é um Mineral e suas Características: Um mineral é uma substância formada naturalmente, sólida, resultante de processos inorgânicos. Ele possui uma estrutura cristalina, ou seja, seus átomos estão dispostos de forma ordenada e repetitiva ao longo do tempo. Além disso, um mineral apresenta uma composição química definida e constante. Diferenciando Minerais: 1. Propriedades Físicas: Dureza, densidade, clivagem/fratura, traço, brilho e cor. 2. Composição Química: Análise química para identificar elementos presentes. O que é rocha: É o agregado de minerais formado naturalmente. Três Tipos de Rochas e suas Características: 1. Rochas Ígneas: Formadas pelo resfriamento e consolidação do magma ou lava.Durante o resfriamento os minerais começam a se cristalizar, dando origem às rochas. Exemplo: Granito, Basalto · Rochas Ígneas Vulcânicas (Extrusivas): O resfriamento rápidodo magma na superfície da Terra forma cristais invisíveis a olho nu. Exemplo: Basalto. · Rochas Ígneas Plutônicas (Intrusivas): O resfriamento lento do magma permite que se formem cristais maiores. Exemplo: Granito. 2. Rochas Sedimentares: Formadas pela deposição e compactação de sedimentos. Exemplo: Arenito, Calcário. Processo de Formação: Erosão: Desgaste de rochas pré-existentes por agentes naturais. Transporte: Movimento dos sedimentos por vento, água, gelo, etc. Deposição: Acúmulo dos sedimentos em camadas em áreas de repouso. Compactação e Cimentação: Pressão das camadas superiores comprime os sedimentos, enquanto minerais dissolvidos na água preenchem os espaços entre os grãos, formando uma rocha coesa. Diagênese: Processos físicos e químicos que transformam os sedimentos em rochas sedimentares. Compactação: Pressão das camadas superiores comprime os sedimentos, expulsando a água. Cimentação: Minerais dissolvidos na água se depositam entre os grãos, cimentando-os. Recristalização: Minerais se reorganizam sob pressão e temperatura, formando novos minerais estáveis. 3. Rochas Metamórficas: Formadas pela transformação de rochas pré-existentes devido a altas pressões e temperaturas. Exemplo: Mármore, Gnaisse. Definição de Erosão e Intemperismo: Erosão: Processo de desgaste e transporte de sedimentos pelo vento, água ou gelo. Intemperismo: Degradação das rochas pela ação de agentes naturais. Processos de Intemperismo: 1. Físico: Quebra mecânica das rochas por variações de temperatura, pressão, congelamento/descongelamento. 2. Químico: Alteração química das rochas pela água, oxigênio, ácidos naturais. 3. Biológico: Ação de organismos vivos na degradação das rochas, como raízes de plantas. Após o Intemperismo é formado o solo. Fósseis: São restos ou vestígios de organismos antigos preservados em rochas sedimentares ou materiais geológicos. Eles fornecem informações valiosas sobre a história da vida na Terra. Processo de Fossilização: Mineralização: Restos orgânicos são gradualmente substituídos por minerais, como calcita ou sílica, formando fósseis de pedra. Moldagem e Fundição: Restos orgânicos podem se decompor, deixando um molde vazio preenchido com sedimentos ou minerais. Impressão: Organismos deixam marcas ou impressões em materiais, que podem ser preenchidas com sedimentos ou minerais. Condições Favoráveis à Fossilização: Sepultamento Rápido: Restos precisam ser rapidamente cobertos por sedimentos para evitar decomposição e proteger contra predadores. Ambientes de Sedimentação: Locais com sedimentação constante, como rios, lagos, mares, são propícios à preservação. Presença de Minerais: Água rica em minerais ajuda na mineralização dos restos orgânicos. Baixa Atividade Biológica: Menos atividade biológica reduz a decomposição rápida do organismo.
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