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DISSERTAÇÃO CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Leia o texto abaixo: O Príncipe D. João VI, ao chegar à Bahia, em 24 de janeiro de 1808, abre os portos do Brasil às nações amigas, liberando a atividade comercial do país com outros países (o que até então não era permitido). A partir desse momento, permitiu-se o ingresso no Brasil de todos os produtos estrangeiros cuja importação, até então, era proibida. A mudança da família real para o Brasil trouxe grandes despesas para os cofres públicos. Assim, a instituição de novos serviços no país exigia o aumento dos tributos já existentes ou a criação de novos. A tributação foi aumentando, e cada serviço que se instituísse no país impunha a criação de um novo tributo, na modalidade que hoje denominamos taxa. Foi somente após a decretação do Ato Adicional de 12 de agosto de 1834 que foram traçados os limites e os fundamentos do Direito Tributário Nacional. A partir de então, sucederam-se as disposições que criaram, alteraram e suprimiram tributos, modificando as competências tributárias. Com a evolução das concepções de Estado e a criação de novas cartas constitucionais, os tributos passaram a ser definidos tendo em vista o bem-estar social. Cada vez mais, foram sendo criadas leis para definir a aplicação social dos recursos arrecadados com os tributos. Hoje, os tributos representam a principal fonte de arrecadação de receitas públicas de um Estado. O Conceito de tributo encontra-se expressamente previsto no Art. 3º do Código Tributário Nacional. Desta forma, podemos afirmar que os tributos são prestações lícitas do Estado que, ao verificar a incidência do fato gerador, retira uma pequena parcela da riqueza alheia para garantir o bem- estar social: prestação de serviços públicos. Apesar do Art. 5 do CTN prever o imposto, a taxa e a contribuição de melhoria como as espécies tributárias, adotando, portanto, a teoria tripartite, o STF já proferiu entendimento no sentido de que tributo é um gênero dividido em cinco diferentes espécies, quais sejam: imposto, taxa, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. Fonte: https://rfersantos.jusbrasil.com.br/artigos/222353175/tributos-origem-e- evolucao De acordo com as ideias apresentadas no texto, explique quais são as cinco espécies de tributos: imposto, taxa, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais, de uma forma clara e simples, contribuindo para a sua melhor compreensão. Atenção: Sua resposta deve ser original, elaborada a partir de suas reflexões e leituras. As respostas que contiverem textos copiados de outras fontes sem os devidos créditos não serão aceitas. Caso você decida enriquecer seu texto com uma citação, forneça os créditos do autor da produção original seguindo as normas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Lembre-se de que a citação pode complementar sua resposta, mas sua atividade será avaliada com base na sua reflexão e adequação em relação ao enunciado da questão”. R: O sistema tributário vigente possui suas bases junto a atual constituição federal – Artigos 145 a 162, onde dispõe: a) princípios gerais; b) limitações do poder de tributar; c) competência – (união, estados, municípios e distrito federal); d) repartição das receitas. Não obstante as normas balilares constitucionais supram comentadas, os tributos, de uma forma geral, são regulamentados por meio da Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966, denominado Código Tributário Nacional – CTN. Desta forma, o CTN assim define as cinco espécies de tributos: Imposto: “Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao contribuinte”. Em outras palavras, o conceito de imposto independe da contrapartida do estado, apenas do seu fato gerador, ou seja, de uma lei anterior que o crie, que seja aprovada pelo congresso nacional e sancionada pelo presidente da república e posteriormente publicada no diário oficial. Exemplo: imposto de renda. Taxa: Diferentemente de imposto, o CTN não traz um “conceito” de taxa, apenas a competência de sua cobrança, poderes inerentes e serviços que são possíveis de serem cobrados – (artigo 77 ao 80). Porém, a doutrina converge com o conceito do professor Eduardo Sabbag que assim define: “taxa é um tributo com incidência vinculada a uma atividade administrativa pública que se refere direta ou indiretamente ao contribuinte, destinatário da ação do estado, atrelando-se à atividade pública e não à ação do particular”. Diante do conceito do professor Sabbag, podemos citar como exemplo de taxa anual de licenciamento de veículos. Contribuição de Melhoria: Embora tenha previsão no CTN em seus artigos 81 e 82, sua definição também é doutrinaria, conforme definição de Paulo Lobo Torres “A contribuição de melhoria é tributo afinado com a ideia de justiça fiscal, subordinando-se ao princípio do custo/benefício, embora não lhe seja estranho o princípio a capacidade contributiva (...) cuida-se de custo (para a administração) e de benefício (para o contribuinte), integrados na mesma equação, em contato permanente e interação dialético. O princípio do custo/benefício aparece em simetria com a problemática mais- valia/despesa pública, ligada ao fundamento do tributo”. A título de exemplo podemos citar a asfalto/pavimentação. Empréstimo compulsório: Sua fundamentação não está no CTN, mas sim no artigo 148 da Constituição Federal que assim preceitua: Art. 148. A união, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios. A primeira lição que podemos tirar do pergaminho constitucional acima, que somente a união poderá instituir “empréstimo compulsório”; segundo, que deverá ser criado por meio de lei complementar – (cujo quórum de aprovação depende de maioria absoluta), ou seja, é mais difícil de ser aprovada do que uma lei ordinária que depende de aprovação por maioria simples. Em linhas gerais, no empréstimo compulsório o contribuinte é obrigado a emprestar valores ao governo, com garantia do próprio governo. Essa modalidade é uma forma atípica de arrecadação por isso depende de situações extremas determinadas pela Constituição Federal como: a) calamidade pública; b) guerra externa ou sua ameaça; c) investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Contribuições especiais: Tem previsão expressa no artigo 149 da CF que assim aduz: Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesses das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. Pela simples leitura do dispositivo acima, podemos dizer que contribuições especiais tem por finalidade custear os direitos de “Segunda Geração”, ou seja, são responsáveis por financiar educação, saúde, moradia, lazer, podendo ser gerais e de seguridade, como é o caso do Benefício de Prestação Continuada – BCP, previsto na Lei Orgânica Assistencial – LOAS.
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