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- Militares e política – elementos teóricos em Platão, Aristóteles, Maquiavel
 
 Maquiavel
Detalhando não muito profundamente, porém indo dentro da medida do possível, ao ‘’desapaixonado’’ (Editora Garnier; 1ª edição (15 agosto 2023) filósofo, entre outras atribuições, Niccolò di Bernardo dei Machiavelli, ou como conhecemos, Nicolau Maquiavel. Destacando as discussões do filósofo em relação a sua autoria em O Príncipe, Notamos a clara e imensa importância que Maquiavel dá ao destacar a questão militar compactuada diretamente com o fato político, no sentido não só de conquista, como para manter estabelecido tal ou tais principados do passado histórico de algumas figuras, como para aqueles que desejam o estabelecimento e/ou conquista no futuro.
Maquiavel discute de forma direta e sem muito ou qualquer receio e ainda de forma extensa, a importância do militarismo nos ditos principados ou digamos, em qualquer forma de governo no sentido político. Nisso, no que diz respeito ao que Maquiavel tem como estratégia para tais visões: 
Militarismo como uma força: Maquiavel acreditava que quem quisesse na altura de um príncipe, manter seu principado, tal deve ser capaz de defender a si mesmo e proteger seu momento como um todo, utilizando da força cujo este acredita ser a necessária e única nesse sentido, a militar. Maquiavel sustentava que qualquer um sem estes aspectos militares, estaria total sujeito aos ataques externos, nisto, tento dito como algo que deva ser levado em conta como parte de um mesmo assunto, quando dito:
‘’...Isso tudo ocorreu porque os Romanos nesses casos fez aquilo que todo príncipe inteligente deve fazer: não somente vigiar e ter cuidado com as desordens presentes, como com as futuras, evitando-as com toda a cautela porque, previstas a tempo, se lhes pode opor corretivo; mas, esperando que se aproximem, o remédio não chega a tempo e o mal já então se tornou incurável. ‘’ (Maquiavel / O príncipe 1532/2023 - P.16)
Com uma total não separação dos pontos: Militarismo e política, no sentido em que ambas devem sempre andar em conjunto total, Nicolau dá ênfase ao fato de ser necessário conhecer com antecedência qualquer causa de que possa ser motivo de ameaça. De não exausto continua:
...’’Assim ocorre nos assuntos do Estado porque, conhecendo com antecedência os males que o atingem (o que não é dado senão a um homem prudente) a cura é rápida; mas quando, por não os ter conhecido logo, vêm eles a crescer de modo a se tornarem do conhecimento de todos, não existe mais remédio.’’ (O príncipe 1532/2023 - P.16)
Tenho reforçado esse trecho, na medida em que entendo o total envolvimento dessas questões em relação ao militarismo como uma força na política, no tocante ao fato de que sem tal, mantem-se em abertas as possibilidades de um lugar fraco e/ou melhor dizendo; aberto e indefeso, ainda que não, em presente momento, possa estar sendo avistado por outrem, mas como diz Nicolau, a guerra apenas é tardia, mas uma hora sempre vem. 
Como cita em relação aos Romanos:
‘’Os Romanos, prevendo as perturbações, sempre tolheram a guerra, jamais para fugir, mas permitiram que as mesmas seguissem seu curso, pois sabiam que a guerra não se evita, mas apenas se adia em benefício dos outros.’’ (O príncipe 1532/2023 - P.16)
Maquiavel invoca por diversos momentos a importância da virtù, ou virtuosidade, da qual fica exemplificado como uma questão de que o príncipe tenha flexibilidade às circunstâncias, que no contexto geral, quer dizer que é necessário saber se adequar em qualquer ocasião, que aquele que agir da mesma maneira, sempre com os mesmos princípios, encontrará a derrota como resultado. Que podemos traduzir, de certa forma como coragem, força, habilidade, cada uma cuja necessidade de se adequarem, ainda sim para cada situação, dentro de uma circunstância militar. Considerava tal questão, inadmissível de se faltar.
O príncipe que participa da guerra: Maquiavel orientava que um príncipe deve ser capaz de liderar suas tropas e participar de forma ativa nas operações de seu exército. Enfatizava que isso aumentaria o respeito, confiança, lealdade de seus soldados. Além do fato, de que para um local, cujo esteja sendo invadido por tal exército, defende, Nicolau, que os ali então habitantes, hora ou outra, de forma mais facilitadora, se renderiam ao novo príncipe em vários aspectos.
Ainda falando de virtude, em um trecho, Maquiavel deixa marcada, de uma forma um tanto sublime, ainda que não deixe de ligar ao fator militar e sua importância, tais palavras, em seu trecho sobre; (Exhortatio ad capessendam italiam in libertatemque a barbaris vindicandam) - Exortação para procurar tomar a Itália e libertá-la das mãos dos bárbaros:
‘’Nem se vê no presente em quem possa ela confiar a não ser na vossa ilustre casa, a qual, com a sua fortuna e virtude, favorecida por Deus e pela Igreja, da qual é agora príncipe, poderá tornar-se chefe desta redenção. Isso não será muito difícil, se procurardes seguir as ações e a vida dos acima indicados. E, se bem aqueles homens sejam raros e maravilhosos, sem dúvida foram homens, todos eles tiveram menor ocasião que a presente: porque os empreendimentos dos mesmos não foram mais justos nem mais fáceis do que este, nem foi Deus mais amigo deles do que de vós. É de grande justiça o que digo: iustum enim est bellum quibus necessarium, et pia arma ubi nulla nisi in armis spes est. Aqui há uma grande disposição, e onde esta existe não pode haver grande dificuldade, desde que se imite o modo de agir daqueles que apontei como exemplo. Além disso, aqui se vêem acontecimentos extraordinários emanados de Deus: o mar se abriu, uma nuvem revelou o caminho, a pedra verteu água, aqui choveu o maná; todas as coisas concorreram para a vossa grandeza. O restante deve ser feito por vós. Deus não quer fazer tudo, para não nos tolher o livre arbítrio e parte daquela glória que compete a nós. E não é de admirar se algum dos já citados italianos não tenha podido fazer aquilo que se pode esperar faça a vossa ilustre casa, e se, em tantas revoluções da Itália e em tantas manobras de guerra, parecer sempre que nesta a virtude militar esteja extinta. Isso resulta de que as suas antigas instituições não eram boas e não houve quem soubesse encontrar outras;...’’ (Maquiavel / O príncipe 1532/2023 - P.87)
Também levando em conta que Maquiavel deixa claro a importância do uso ponderado, prudente da força, ainda que enfatizando o uso desta; um príncipe, segundo Maquiavel, capaz de equilibrar o uso de tal força militar, tornará duradouro seus exércitos dentro de um principado. Vale os trechos:
 
‘’’Retomando outras qualidades já referidas, digo que cada príncipe deve desejar ser tido como piedoso e não como cruel: não obstante isso, deve ter o cuidado de não usar mal essa piedade. César Bórgia era considerado cruel; entretanto, essa sua crueldade tinha recuperado a Romanha, logrando uní-la e pô-la em paz e em lealdade. O que, se bem considerado for, mostrará ter sido ele muito mais piedoso do que o povo florentino, o qual, para fugir à pecha de cruel, deixou que Pistóia fosse destruída. Um príncipe não deve, pois, temer a má fama de cruel, desde que por ela mantenha seus súditos unidos e leais, pois que, com mui poucos exemplos, ele será mais piedoso do que aqueles que, por excessiva piedade, deixam acontecer as desordens das quais resultam assassínios ou rapinagens: porque estes costumam prejudicar a comunidade inteira, enquanto aquelas execuções que emanam do príncipe atingem apenas um indivíduo. E, dentre todos os príncipes, é ao novo que se torna impossível fugir à pecha de cruel, visto serem os Estados novos cheios de perigos. Diz Virgílio, pela boca de Dido: Res dura,et regni novitas me talia cogunt moliri, et late fines custode tueri. O príncipe, contudo, deve ser lento no crer e no agir, não se alarmar por si mesmo e proceder por forma equilibrada, com prudência e humanidade, buscando evitar que a excessiva confiança otorne incauto e a demasiada desconfiança o faça intolerável. Nasce daí uma questão: se é melhor ser amado que temido ou o contrário. A resposta é de que seria O Príncipe necessário ser uma coisa e outra; mas, como é difícil reuni-las, em tendo que faltar uma das duas é muito mais seguro ser temido do que amado.’’ (Maquiavel / O príncipe 1532/2023 - P.58)
Dando destaque, como dito, a uma questão de equilíbrio de força, que claramente também ligada as questões militares. Dando mais ênfase a seguir, com relação a fugir de uma resposta de ódio, daqueles cujo ele juntamente a seu exército, outrora viessem a conquistar:
Deve o príncipe, não obstante, fazer-se temer de forma que, se não conquistar o amor, fuja ao ódio, mesmo porque podem muito bem coexistir o ser temido e o não ser odiado: isso conseguirá sempre que se abstenha de tomar os bens e as mulheres de seus cidadãos e de seus súditos e, em se lhe tornando necessário derramar o sangue de alguém, faça-o quando existir conveniente justificativa e causa manifesta. Deve, sobretudo, abster-se dos bens alheios, posto que os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a perda do patrimônio.’’ (Maquiavel / O príncipe 1532/2023 (P.58)
Entre Mercenários e Exército próprio: Maquiavel trazia a diferença entre confiar em mercenários e ter um exército que seja totalmente confiável ao seu principado. Ele argumentava que um próprio, que neste houvessem cidadãos de seu local e que bem treinados fossem, a confiança era das maiores, não obstante, os mercenários, por sua vez eram traiçoeiros e desunidos. Segundo Nicolau, certamente um principado está fadado ao fracasso, se este, mantém seu exército repleto daqueles cuja infidelidade é rápida e frequente, logo, manter-se afastado dos mercenários e auxiliares, como também inclui estes, é essencial para a segurança militar e de seu governo como um todo.
O poderio militar, sem o tal não há como se manter no poder, os militares para Maquiavel são uma força necessária, tanto para conquistar, como também para manter-se no poder de forma adequada. 
 
Primeiramente um estado cujo não tenha nenhum tipo de força militar, é extremamente indefeso, assim não tendo recursos para defender sua população de possíveis ataques ou por vezes até protege-los deles mesmos, sem uma força para impedir a desordem e crimes, tal estado se ruiria de forma que seria irreparável os danos causados ao seu próprio estado. Nas palavras de Maquiavel: 
“Entre um príncipe armado e um desarmado, não existe proporção alguma, e não é razoável que quem esteja armado obedeça com gosto ao quem seja desprovido de armas, nem que o desarmado se sinta seguro entre servidores armados, eis que, existindo desdém de parte de um e suspeita do lado do outro” (p. 72/ 500 anos de O Príncipe Maquiavel/ editora: Pé da letra) 
“Os homens são sempre inimigos dos empreendimentos onde vejam dificuldades, e não se pode encontrar facilidade para atacar quem tenha sua cidade forte e não seja odiado pelo povo” (p. 54/ 500 anos de O Príncipe Maquiavel/ editora: Pé da letra) 
Com os militares alinhados com a política nas palavras de Maquiavel, torna até mesmo mais difícil de ser atacado ou de ter o estado tomado. 
 
Maquiavel destaca bastante a política como ela é, e não uma forma idealizada da própria, desse jeito ele faz questão de dizer como o militarismo e a política andam lado a lado: 
“Os principais fundamentos que os estados têm, tanto os novos como os velhos ou os mistos, são boas leis e as boas armas” (p. 62/ 500 anos de O Príncipe Maquiavel/ editora: Pé da letra) 
Tornando imprescindível os dois andarem juntamente. 
 
Ele também fala sobre como não se pode ignorar uma eventual adversidade ou guerra propriamente dita: 
“O príncipe não pode desviar um momento o seu pensamento do exercício da guerra” (p. 72/ 500 anos de O Príncipe Maquiavel/ editora: Pé da letra) 
O estado tem que estar preparado para momentos de guerra, infortúnios e revoltas, mantendo sua população segura e controlada, assim não permitindo “sair dos eixos” por algo inesperado, jamais se deve ficar ocioso 
Finalizando, Maquiavel tinha o militarismo como uma essência na política e governo, colocando em ênfase o fato de que um príncipe deve ser prudente e jamais abandonar seu exército, no que diz respeito ao mostrar-se fortemente ativo em conjunto este.
Bibliografia
MAQUIAVEL. Nicolau. O príncipe, 1ª edição, Barueri, Garnier; (15 agosto 2023)
MAQUIAVEL. Nicolau. O príncipe, 1ª edição, Cotia – São Paulo, Pé Da Letra Editora; (2 março 2018)
 
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