Buscar

RV141_bx

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Atenuador ZM
Zero Manutenção
Lançamento
no Brasil
Com velocidade de impacto de até 110 km/h
Fácil Manutenção
Zero custo de manutenção
Peças reutilizáveis
A melhor relação custo-benefício do mercado
Atende a ABNT NBR 15.486
Testado e aprovado na Norma Europeia 
EN 1317
Assista ao Crash Test
Terminais absorvedores 
de energia
O portfólio mais completo do 
mercado, com produtos de alta 
performance. Dispositivos certificados, 
eficientes e com desempenho superior 
às exigências normativas. 
Produto 
100% nacional
marvitecmarvitec.infraestrutura marvitec.com.br
TK 100
SGET
DEFENSA NEO
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
anuncio_2pgs_sangria.pdf 1 26/11/2022 13:33
Atenuador ZM
Zero Manutenção
Lançamento
no Brasil
Com velocidade de impacto de até 110 km/h
Fácil Manutenção
Zero custo de manutenção
Peças reutilizáveis
A melhor relação custo-benefício do mercado
Atende a ABNT NBR 15.486
Testado e aprovado na Norma Europeia 
EN 1317
Assista ao Crash Test
Terminais absorvedores 
de energia
O portfólio mais completo do 
mercado, com produtos de alta 
performance. Dispositivos certificados, 
eficientes e com desempenho superior 
às exigências normativas. 
Produto 
100% nacional
marvitecmarvitec.infraestrutura marvitec.com.br
TK 100
SGET
DEFENSA NEO
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
anuncio_2pgs_sangria.pdf 1 26/11/2022 13:33
RODOVIAS&VIAS4 RODOVIAS&VIAS 5RODOVIAS&VIAS4 RODOVIAS&VIAS 5
NA MEDIDA 6
CAPA - ENGENHARIA COM SOTAQUE CATARINENSE 20
74PLANO AGRO 2024
Agroestratégia de Trasnportes
78WORKSHOP SEGURANÇA VIÁRIA
Sinalização é Segurança
90WORKSHOP CONCRETO
GOINFRA - Pavimento Rígido
EXCLUSIVA: ALYSSON DE ANDRADE
Superintendente do DNIT/SC
 9
EU SOU DO SUL
FRENLOGI
 50
ENSAIO ACELERADO
Método MeDiNa
 70
ESTRADA DA GRACIOSA
Histórica, Turística e Emblemática
 62
CONCESSÕES - PARANÁ
Novas Operações
100
RODOVIDA - SENATRAN
Trânsito Mais Seguro no Brasil
102
MOBILIDADE SOBRE TRILHOS
Leilão do Trem Intercidades Eixo Norte
104
editorial
Ano 23 - Edição 141 - Janeiro e Fevereiro/2024
Distribuição dirigida e gratuita
BRASIL. A GENTE ACREDITA
DESAFIOS E METAS
SIGA-NOS NO INSTAGRAM
E FIQUE POR DENTRO DA SUA 
REVISTA E DO QUE ACONTECE.
4.722. O ano de Loong (Dragão de madeira). Haste positiva. Metal: ouro. O Folclore chinês indica um ano 
(para nós, 2024), que privilegiará com grandes recompensas, os que forem destemidos e ambiciosos. Ainda, 
de acordo com a vidência da grande nação asiática, a ousadia trará o auspicioso, reunindo sob a efígie de um 
animal mítico, força, coragem e boa sorte.
Sem intenção de se tornar um veículo do esoterismo, contudo, Rodovias&Vias em seu costumeiro 
monitoramento midiático – que inclui sites estrangeiros e agência de notícias como a Xinhua, não passou 
incólume às festividades típicas do país, evidentemente topando com as informações reproduzidas logo 
acima e que, sem querer, se tornaram motivo de algumas digressões em sua central de Jornalismo.
E naturalmente, os adjetivos “força e coragem”, foram logo apontados como conceitos defi nidores do perfi l 
do material colhido em visitas técnicas extensas por toda Santa Catarina, por ocasião da capa que, ilustra 
esta edição, que retrata o tremendo esforço empreendido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de 
Transportes – via sua Superintendência e Unidades Locais, para manter o estado funcionando. 
ARTIGOS
Valter Luiz Vendramin - Certifi cação de Produtos
Mariana Pirih Peres - Sinalização Viária 112
Rodovias&Vias
Instagram @rodoviasevias - rodoviasevias.com
WhatsApp - +55 61 98357-0110 
Publicação Terceira Via LTDA
CNPJ: 37.856.781/0001-20
Juliano Grosco
Diretor Comercial
Leandro Dvorak
Diretor Institucional
Fábio Abreu
Diretor de Jornalismo
João Marassi
Jornalista Responsável
RP: DTR-PR 7731
Paulo Roberto Negreiros
Diretor de Fotografi a
Dagoberto Filho
Fotografi a / Design
Jaqueline Rupp Karatchuk
Diretora Financeira
Mari Iaciuk
Relações Públicas
Ah! Comunicação
Finalização Grafi ca
Tiragem. 20mil
Artigos assinados não refl etem necessariamente a opinião da
Um esforço que teve de superar a agonia de eventos 
climáticos sem precedentes, uma natureza em fúria, além das 
incertezas inerentes à arte precisa da engenharia no seu mais 
notável âmbito: o de grandes obras públicas. E neste sentido, 
ainda aludindo ao mitológico Loong, alguém lembrou que 
também a sabedoria – e portanto – a paciência e a resiliência, 
ambos, subprodutos da primeira, ajudam a caracterizar as 
coisas por lá.
Outro atributo também encontrado pelas equipes, foi 
a inteligência, evidente na reportagem exclusiva sobre o 
1º Workshop com foco em Segurança e Sinalização Viária, 
promovido por grandes empresas e expoentes tecnológicos no 
setor, e cujos debates, de alto nível técnico, registrado durante 
dois dias cheios, já frutifi caram em uma segunda edição, 
demonstrando a atualidade e a premência por esta iniciativa. 
E tempo houve, para atender a mais eventos, em um 
setor bastante agitado, como o “Encontro Regional Sul 
do Brasil”, realizado pela Frente Parlamentar Mista de 
Logística e Infraestrutura, FRENLOGI, (que Rodovias&Vias
orgulhosamente apoiou), e, claro, o 1º Workshop de Pavimento 
de Concreto, da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes 
(GOINFRA) feito com a ABCP, Associação Brasileira de Cimento 
Portland. 
Ao que parece neste 4.722, Loong, além de tudo, também 
estará muito atarefado. 
Boa leitura!
96 1 BILHÃO NA MALHA SERGIPE
DER/SE - Infraestrutura
EM TEMPO
iRap - Parcerias de Sucesso
Contorno Mestre Álvaro - DNIT
DNIT/MG
106
108
110
RODOVIAS&VIAS6 RODOVIAS&VIAS6
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Anúncios - Rodovias e Vias - Indutil e Band.pdf 2 05/03/2024 09:02:23
ABDIB VÊ INVESTIMENTO RECORDE
Neste ano, os investimentos em infraestrutura exceto óleo e gás deverão atingir a marca de 
R$ 235 bilhões, nas estimativas da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de 
Base (Abdib). Será um recorde histórico. O dado reforça a expectativa do governo de que os 
investimentos vão se recuperar e compensar, em parte, a menor contribuição que o consumo e o 
setor externo deverão dar à atividade em 2024. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, 
disse que já há no mercado projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na faixa de 
2,5% este ano, acima dos 2,2% projetados pela Secretaria de Política Econômica (SPE). Destacou a 
quantidade de novas concessões que estão a caminho.
Fo
to
: R
od
ov
ia
s&
Vi
as
Foto e Fonte: Divulgação ASCOM/DNIT
O Ministro dos Transportes, Renan Filho, abriu o evento com participação online, ressaltando 
a relevância desses pontos para o ano em curso. "O fortalecimento de recursos, entregas e a 
transparência são pontos muito importantes para 2024", ressaltou. "A entrega das obras na velocidade 
natural das coisas exige uma dedicação muito grande, e a determinação é fundamental", enfatizou o 
Ministro durante sua fala, mostrando as prioridades estratégicas para o setor de infraestrutura.
Em seguida, o diretor-geral do DNIT, Fabricio Galvão, compartilhou os resultados positivos 
alcançados em 2023. "Não é fácil sair de uma execução tão baixa para dobrar os números em apenas 
um ano e aproveito a oportunidade para agradecer toda a equipe do DNIT pelo empenho", expressou 
Galvão, reconhecendo os esforços de todos.
Para o ano de 2024, o diretor-geral destacou a importância de abordar os pontos críticos, incluindo 
obras essenciais que precisam sair do papel, e a necessidade de um pensamento coletivo. "Precisamos 
ser realistas com o nosso orçamento. Não podemos guardar dinheiro, temos que executar e entregar", 
ressaltou, enfatizando a necessidade de efetividade na gestão de recursos.
O encontro estabeleceu um cenário otimista para o desenvolvimento viário, com metas 
ambiciosas e a determinação de superar os desafi os, visando uma infraestrutura de transporte mais 
efi ciente e segura para todos os brasileiros.
DNIT DISCUTE DESAFIOS E TRANSPARÊNCIA PARA 2024 EM FÓRUM 
DE DIRETRIZESREALIZADO NA SEDE DA AUTARQUIA, EM BRASÍLIA
NA MEDIDA
RODOVIAS&VIAS 9
exclusiva
Padrão DNIT
Conciliando vasta experiência em construções e dinâmicas rodoviárias, o 
atual superintendente do DNIT, graduado, mestre e condecorado engenheiro 
Alysson de Andrade, é antes de tudo, um especialista em seu estado. Falando 
com desenvoltura e apontando novos rumos com extrema facilidade no grande 
e singular mapa, (antigo, porém atualizado com recentes marcações em fi tas 
adesivas coloridas), ele recebeu uma das equipes de Rodovias&Vias para explicar 
como e por onde Santa Catarina deve expandir sua infl uência logística em um novo 
contexto nacional, mais competitivo e que exige mais segurança e mais agilidade.
Superintendente do DNIT-SC
ALYSSON DE ANDRADE
Fo
to
: R
en
at
o 
Al
ve
s/
G
D
F.
RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS10 11
exclusiva exclusiva
Rodovias&Vias: O superintendente possui 
um tempo de casa bastante ponderável, que 
sem dúvida deve ter contribuído para um bom 
conhecimento acerca das demandas de Santa 
Catarina. Como o senhor descreve esta nova 
etapa no Departamento?
Alysson de Andrade: Eu tive a oportunidade 
de atravessar algumas gestões, seja como 
Fiscal de Obras, Coordenador de Engenharia 
ou Superintendente. Vejo que agora temos as 
condições de fazermos um serviço mais efetivo 
“na ponta”, justamente por temos hoje, uma 
maior disponibilidade orçamentária. Para termos 
uma ordem de grandeza, Santa Catarina fechou 
um montante de R$ 1,38 bilhão em 2023, frente 
a uma execução que havia chegado à um pico 
histórico de R$ 800 milhões executados, quando 
do advento das obras na Ponte Anita Garibaldi 
em Laguna. Colocando em perspectiva, dos 
R$ 1,38 bi, já foram empregados R$ 1,1 bilhão 
até Dezembro, com algumas medições a serem 
ainda efetuadas, em uma estimativa que pode 
vir a ser superada. Mas, é um número histórico.
“Temos hoje, uma maior 
disponibilidade orçamentária. 
Para termos uma ordem de 
grandeza, Santa Catarina fechou 
um montante de R$ 1,38 bilhão 
em 2023, frente a uma execução 
que havia chegado à um pico 
histórico de R$ 800 milhões 
executados, quando do 
advento das obras na 
Ponte Anita Garibaldi em Laguna.”
“Foram 9 contratos de emergência, 
com alguns outros sendo firmados 
e tendo desdobramentos 
neste ano. Vale lembrar que 
de novembro de 2022 até Abril 
de 2023, nós tivemos chuvas 
históricas, com 400 mm de 
precipitação acima do maior 
registro já detectado.”
“Houve uma aceitação e um 
alinhamento muito bom com o 
Ministério dos Transportes, 
o ministro Renan Filho, 
com uma grande afinidade do 
ponto de vista de propósito, de 
filosofia de trabalho, pela qual 
ele estabeleceu diretrizes muito 
importantes para Santa Catarina.”
“Tanto na BR-470 quanto na 
BR-280, tivemos recordes 
históricos em termos de 
investimentos. 2023 foi o ano 
em que o DNIT mais investiu 
nelas nos últimos 10 anos.”
Podemos presumir que o DNIT vinha em uma 
fase de “preparação”, já antevendo a possibilidade 
da chegada de recursos, começando a delinear 
algumas linhas de ação e mesmo estabelecendo 
prioridades para quando chegasse? 
Sim, nós já imaginávamos que seria possível 
acontecer. De fato, houve uma aceitação e um 
alinhamento muito bom com o Ministério dos 
Transportes, o ministro Renan Filho, com uma 
grande afinidade do ponto de vista de propósito, 
de filosofia de trabalho, pela qual ele estabeleceu 
diretrizes muito importantes para Santa Catarina. 
Uma, que nós atuássemos mais em grandes 
projetos estruturantes, grandes empreendimentos, 
ao invés de ações mais pulverizadas. Por outro lado, 
ele cobrou também, 100% de cobertura da malha 
com contratos de manutenção e a melhoria do ICM 
(Índice de Condição de Manutenção), meta esta 
que evoluímos, mas não conseguimos atender por 
completo. Ainda que nosso ICM melhorado o índice 
de rodovias classificadas como boas em 2023.
Por que?
Mesmo com o aumento de recursos que 
nós tivemos, Santa Catarina sofreu muito com 
as chuvas. Em termos de DNIT, levando em 
consideração o alcance dos estados sob esse 
prisma, Santa Catarina foi o mais prejudicado. 
Nesse aspecto, foram 9 contratos de emergência, 
com alguns outros sendo firmados e tendo 
desdobramentos neste ano. Vale lembrar que de 
novembro de 2022 até Abril de 2023, nós tivemos 
chuvas históricas, com 400 mm de precipitação 
acima do maior registro já detectado. E, para 
nossa total surpresa, de Outubro em diante, 
novamente tivemos grande pluviosidade 
novamente, o que nos obrigou a estabelecer 
mais 3 contratos dessa natureza, nas BR’s 470, 
282 e 153, esta última, em fase de preparação do 
orçamento. Então, nós não conseguimos alcançar 
ainda índices mais favoráveis de conservação 
rodoviária, justamente pelo atendimento à essas 
emergências de grande monta. Nós tivemos, 
por exemplo, que desobstruir alguns pontos da 
BR-280, por 6, 7 vezes. Exatamente no mesmo 
segmento. Tamanha a incidência e recorrência 
de chuvas, atípicas. E quando falamos em 
emergência, não estamos apenas falando em 
abertura de pista. Estamos falando em contenção 
de taludes, dispositivos de drenagem, e uma série 
de ações que estão sendo feitas até agora. É um 
trabalho que continua por meses.
BR-280 - Na Serra de Corupá, as intervenções acontecem em 6 pontosPonte Anita Garibaldi com 2,8 mil metros de extensão, 52 vãos, 136 estacas escavadas e 716 aduelas pré-moldadas
Um montante que foi aportado em diversas 
obras pelo estado todo.
Foram diversas entregas. Tivemos a BR-470, 
que sozinha, recebeu 5 novos viadutos, cerca de 
8 Km de duplicação, na BR-280, os primeiros 
quilômetros de duplicação entregues no final 
do ano passado, além de contratos como o da 
BR-163, que está passando por adequações de 
capacidade em pavimento rígido, com 47 Km de 
extensão, sendo que 39 Km já foram entregues. 
Vale lembrar que tanto na BR-470 quanto na 
BR-280, tivemos recordes históricos em termos 
de investimentos. 2023 foi o ano em que o DNIT 
mais investiu nelas nos últimos 10 anos. Então, 
este cenário de orçamento muito melhor do que 
o que havia sido prospectado, e o fato de termos 
conseguido continuidade na gestão, nos permitiu 
uma condição mais favorável. Isso também 
contribuiu para que outras ações importantes 
para destravar empreendimentos, pudessem ser 
tomadas, como revisões de projeto em fase de 
obra, desapropriações, entre outros. Vencemos 
uma série de procedimentos burocráticos 
do ponto de vista administrativo, e claro, isso 
também é um fator importante para podermos 
fazer esses investimentos históricos.
BR-470 • Viaduto de Navegantes - As novas alças vão beneficiar motoristas 
que seguem no sentido norte da BR 101 e precisam entrar na BR-470 sentido 
Blumenau e também os condutores que saem de Navegantes
RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS12 13
exclusivaexclusiva
Esse seria um tipo de contrato é inédito?
Acredito que não. Imagino que algo semelhante 
tenha acontecido no Rio de Janeiro, ou mais ou menos 
dentro desses moldes, por conta daquelas chuvas 
pesadas que eles tiveram por lá, e que vêm sendo 
recorrentes nas regiões serranas. Vejo esses contratos, 
como uma alternativa que precisa ser explorada. Nós 
precisamos intervir antes e prevenir, uma vez que os 
tempos de recorrência mostram essa necessidade. 
Continuando, nós sabemos que chuvas que não 
ocorriam há 100 anos caíram em diversos municípios. 
Simplesmente, muitas localidades sequer tinham 
preparo ou plano de contingência para isso. Voltando 
um pouco à parte de conservação e manutenção, 
nós tivemos que promover uma ampliação desses 
contratos, para oferecer um nível e uma condição de 
pavimento melhor, também por conta de já termos 
em vista, o progresso do BR-Legal 2, programa de 
sinalização, que deve ter suas contratações abertas 
já no segundo semestre. Um programa que com 
certeza terá um impacto positivo e significativo na 
qualificação de nossa malha. Nas BR’s 470 e 280, 
iremos manter o nível recorde de investimentos no 
CREMA, com a inclusão de alguns trevos, como Mafra-
Canoinhas,seguindo até Porto União. Na Região Oeste, 
tanto na BR-158 quanto na 282, onde pretendemos 
atacar com novos PATO’s (Plano Anual de Trabalho 
e Orçamento) enquanto não conseguimos elaborar 
os CREMAS. Então, são dois projetos grandes que 
devem incrementar a qualidade do pavimento 
nestas rodovias, a serem licitados já no primeiro 
trimestre, incluindo alto investimento em drenagem 
e reciclagem de base. Então, eles constituíram uma 
opção mais ágil. Atenta a este quadro, a Direção do 
DNIT estuda um novo programa de manutenção que 
deve estrear em 2024, que é o REVITALIZA, uma espécie 
de intermediário entre PATO e CREMA. Por sinal, será 
um programa que nos atenderá em pelo menos 
7 situações diferentes, para as quais pretendemos 
aprimorar as soluções previstas em nossos PATO's.
E quanto à parte construtiva? 
Santa Catarina foi um destaque em 
2023. Em números absolutos, fomos o 
estado que mais conseguiu performar. 
Houve muito apoio financeiro do Governo 
Federal e do Ministério dos Transportes, 
assim como, medidas administrativas 
bem sucedidas junto aos contratos de 
obras. Com desembolsos expressivos 
em quatro grandes empreendimentos, 
como a BR-470 um dos nossos maiores 
investimentos, se não o maior; a 
280; a 163 e a 285. É uma carteira de 
investimentos bastante madura, mas que 
não performava adequadamente. Mas 
no ano de 2023, conseguimos conciliar 
desempenho com desburocratização, 
por meio de maior assertividade nas 
desapropriações, melhorias em eficiência 
na gestão ambiental, pois assinamos 
novos contratos de gestão neste sentido. 
Temos uma equipe de desapropriação 
dedicada e especializada para acelerar 
esses processos e dirimir os gargalos nas 
obras. Também nos remanejamentos de 
interferências como redes elétricas, lógicas 
e de gás, estamos com uma atuação mais 
direta junto às concessionárias, o que 
nos permite abrir frentes para alocar esse 
orçamento. Então, é necessário frisar que 
a equipe do DNIT se dedicou muito para 
conseguir esse bom desempenho em 
2023 e pode ter uma performance ainda 
melhor em 2024, até por que estamos 
muito perto de fechar mais lotes na 
BR-285, entre outras, como o lote 2 da 
BR-470, a BR-163 e a BR-280 que é um 
desafio, com muitas dificuldades técnicas 
a serem vencidas. Mas a ideia é sempre 
ir entregando trechos, ir continuando as 
entregas ao usuário, à medida em que os 
recursos vão chegando. Mesmo por que 
é uma forma de adquirir credibilidade 
em Brasília, demonstrando a capacidade 
efetiva de investimento do DNIT/SC. Um 
outro paralelo importante, que se dá em 
meio às retomadas de obras e às diretrizes 
do ministro, que nos instou à avançar na 
cobertura de manutenção da malha, nós 
não deixamos de olhar para o futuro.
BR 280 - Obras da construção da ponte sobre o Rio Itapocú
BR 280 - CREMA • Região de Canoinhas
Pesa para isso o fato de algumas delas, 
como a própria BR-280, terem iniciado como 
estaduais passando depois a federalizadas, 
portanto, terem um padrão técnico mais 
acanhado, digamos?
Também. Apesar de elas terem sido 
federalizadas há algum tempo. Veja só, em 
Corupá, temos uma situação geológica. Foi 
feita a opção por cortes e aterros, ao invés de 
túneis, muito mais caros, porém mais seguros 
sob o ponto de vista dos deslizamentos. É 
uma opção válida, se pensarmos no nosso 
país, como dispondo de recursos limitados. 
Para abertura da rodovia, foi preciso fazer essa 
opção. Mas hoje nós estamos sujeitos à essas 
ocorrências, devido aos eventos climáticos 
extremos que estamos presenciando 
e que têm projeção de se manterem. 
Constituem muito provavelmente, uma 
nova realidade para a qual precisamos nos 
adaptar. Muito por conta disto, nós estamos 
inclusive planejando desenhar contratos de 
“Prevenção de Emergência”, para situações 
em locais onde há recorrência de quedas de 
barreira, como em serras, aclives e regiões 
mais sinuosas.
“Conseguimos conciliar desempenho 
com desburocratização, por 
meio de maior assertividade nas 
desapropriações, melhorias em 
eficiência na gestão ambiental, pois 
assinamos novos contratos de gestão 
neste sentido. Temos uma equipe de 
desapropriação dedicada e especializada 
para acelerar esses processos.”
“Estamos inclusive planejando 
desenhar contratos de “Prevenção 
de Emergência”, para situações em 
locais onde há recorrência de quedas 
de barreira, como em serras, aclives 
e regiões mais sinuosas.”
RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS14 15
exclusivaexclusiva
Esta, uma obra emblemática, que se 
desenvolve no meio de uma serra. 
Justamente. Além dela, temos ainda outros 
contratos em lotes isolados, como o contorno 
de Santo Amaro da Imperatriz, outro ponto 
importantíssimo na BR-282, que vai trazer fluidez, 
uma vez que a cidade cresceu em torno da rodovia, 
e que não oferece outros pontos pra expansão, 
gerando filas. Nesta obra, estão previstos 1700 m 
túneis, cujo projeto está sendo contratado. Além 
desses projetos, nossa parceria com a equipe do 
Dr. Luiz Guilherme se estende aos EVTEA’s (Estudos 
de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental) 
e os EIA-RIMA (Estudo de Impactos Ambientais – 
Relatório de Impactos ao Meio Ambiente), estudos 
que antecedem a contratação de novos projetos. É 
o caso da SC-486, cujos estudos já denotaram que 
ali há potencial para uma nova rodovia federal, 
contendo a perspectiva de num projeto futuro, 
realizar um contorno, com acessos a São Joaquim, 
Urubici, integrando a serra catarinense à Gramado 
e Canela, e aí sim efetivando um verdadeiro 
“Caminho das Neves”, um eixo de turismo que irá 
interiorizar o desenvolvimento. A rodovia Federal 
planejada, poderá substituir a estadual existente, 
muito sinuosa, não apresentando a capacidade de 
absorver o fluxo de tráfego que nós imaginamos 
que a região demande. Queremos que as rodovias 
federais do estado como um todo, se ainda não 
possuem, que passem a ter o padrão DNIT. Em 
suma, é uma região que merece atenção. Tem 
muito apelo turístico, muitas vinícolas. E os estudos 
de viabilidade apontam pra isso. Ainda falando 
em projetos, temos no extremo Oeste, a Ponte 
de Itapiranga, em franco desenvolvimento, para 
ligar, no Rio Uruguai, conectando ao Rio Grande 
Sul, uma nova rota para a BR-163, para atender ao 
transporte pesado de cargas, que vêm também 
da Argentina. É uma região de agroindústria, 
especialmente dependente de grãos que chegam 
do centro oeste e também de equipamentos, 
como as colheitadeiras, que sobem do Rio Grande 
do Sul para o restante do país. 
E aí, nós passamos a falar sobre projetos. 
Exato. Em 2023, nós colocamos “na 
praça”, muitos projetos de duplicação. 
Projetos estruturantes, visando uma 
substituição de carteira. Se hoje nós temos 
uma carteira de R$ 4 bilhões de contratos 
em andamento, com boa parte já executada, 
amanhã ou depois, as obras serão concluídas 
e precisamos reposicionar os investimentos 
públicos. Para tanto, contamos com grande 
apoio da Diretoria de Planejamento e 
Pesquisa (DPP) e contratar o projeto de 
duplicação de toda a BR-282, com o primeiro 
edital lançado no ano passado, de Lages à 
São Miguel do Oeste, com cerca de 427 Km, 
subdividido em 4 lotes. Logo depois, foi 
lançada a BR-470, com 8 lotes entre Indaial 
e Campos Novos, bem como o edital de 
duplicação, também em 8 lotes, da BR-282, 
de Palhoça a Lages que pretendemos lançar 
em breve. 
“Queremos que as rodovias 
federais do estado como um 
todo, se ainda não possuem,
que passem a ter o padrão DNIT.”
Fo
to
: A
SE
CO
M
 / M
Tr
an
sp
or
te
s
O superintendente falou dos estudos de meio ambiente. É evidente que Santa Catarina tem 
no seu patrimônio natural uma importante riqueza, que movimenta indústrias possantes. Como 
tem progredido o relacionamento com os institutos e órgãos preservacionistas?
Nós entendemos que a legislação é um 
elemento de defesa do Meio Ambiente. 
São diretrizes que precisam ser seguidas 
integralmente. Na qualidade de braço gestor 
do governo Federal, temos que nos concentrar 
em atender essas rigorosas condicionantes 
durantea execução das obras. Na BR-280, veja 
só, nós tivemos um programa que, no âmbito 
do DNIT, figura entre os mais completos do 
Brasil ambientalmente falando. Ali nós temos 
a presença de comunidades indígenas, o que 
nos levou a adquirir terras, uma exigente da 
componente. Ainda na BR-280, será feita uma 
adequação de projeto para atender outra 
exigência que é a ciclovia, além da aquisição 
de veículos para os indígenas, melhorias nas 
aldeias, e até mesmo de habitações. Temos 
assim procurado atender de forma prioritária, 
para organizar ações que de fato, atendam as 
premissas socioambientais. Foram ajustes feitos 
junto à FUNAI (Fundação Nacional dos Povos 
Indígenas) e ao IBAMA (Instituto Brasileiro do 
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). 
Notadamente na BR-280, mas também na BR-470 e 
todos os nossos empreendimentos. Para assegurar 
a qualidade do nosso trabalho, contratamos em 
ambas as rodovias, duas gestoras ambientais, 
e que visam atender também à premissas do 
TCU – Tribunal de Contas da União. Voltando 
um pouco, além da componente indígena, elas 
têm embutidas ainda, programas de resgate de 
fauna, flora, manejo ambiental. Lá nós teremos 
um "overpass" para que a fauna possa passar 
por sobre a rodovia, algo inédito em nosso 
estado. Então, tudo isso é reflexo de uma gestão 
ambiental muito ativa. Na BR-163, também 
temos essa gestão ambiental individualizada. 
Enfim, nos 4 grandes empreendimentos do 
Estado viabilizamos contratações específicas 
para atender completamente esses programas. 
Dentro deste esforço, também há uma parte 
muito importante, voltada à educação, junto 
às escolas, de promoção de consciência e 
segurança no trânsito, tudo para que tenhamos 
uma convivência mais harmônica com a rodovia.
“Dentro deste esforço, 
também há uma parte muito 
importante, voltada à educação, 
junto às escolas, de promoção 
de consciência e segurança 
no trânsito, tudo para que 
tenhamos uma convivência mais 
harmônica com a rodovia.”
Visita técnica do Ministro do Transportes Renan Filho, as obras dos túneis da BR-280
BR 285 • Serra da Rocinha - As atividades envolvem 30 mil metros 
de perfuração, 20 mil metros quadrados de tela metálica de alta 
resistência, cerca de 700 metros cúbicos de concreto, e tirantes com até 
22 metros de comprimento e 400 toneladas de carga.
RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS16 17
exclusivaexclusiva
Se falamos da fiscalização ambiental, há 
também, como mencionado, a fiscalização 
dos órgãos de controle. Como é esta relação, 
em especial em um momento em que 
há maior disponibilidade de recursos e, 
presumivelmente maior escrutínio?
Eu vejo o TCU com uma grande 
capacidade técnica e que é muito pertinente 
em suas recomendações. São sempre 
relatórios muito completos. Trabalhos 
executados com muita seriedade. Tanto que 
nós vemos a necessidade de ampliar nossa 
equipe, para melhorar o atendimento aos 
apontamentos que eles fazem. E isso, em 
parte reflete um déficit de funcionalismo 
que o DNIT tem em Santa Catarina. Mas, 
temos consciência de que o Tribunal, a 
Controladoria (CGU – Controladoria Geral 
da União), constituem métricas importantes 
de transparência e boa governança, quando 
pautadas pela razoabilidade. Posso dizer 
que – via de regra – temos um diálogo que 
resulta em aprendizados para ambos os lados. 
Nós entendemos que um estado mais eficaz, 
passa por uma controladoria forte. É uma 
relação muito profícua. 
Sobre funcionalismo, voltando um pouco, 
existe uma necessidade por mais concursos?
Existe. Veja que Santa Catarina foi, ao longo 
dos anos, conseguindo executar orçamentos de 
R$ 500 milhões, até R$ 800 milhões, chegando 
no pico dos R$ 1,38 Bi. Em se mantendo e 
quem sabe até aumentando essa projeção, 
nós chegaremos a um limite operacional. O 
ministro Renan já na transição, observando o 
horizonte de 4 anos, falou em nos preparamos 
para R$ 80 Bilhões em todo país. E, com o 
que verificamos até aqui, é algo factível, 
provavelmente repetindo, ou até mesmo 
aumentando nosso orçamento por meio das 
emendas de bancada. Até por que nossos 
parlamentares são muito atuantes. Por outro 
lado, nosso quadro é bastante enxuto, mas, 
ainda assim, conseguimos avançar focando nas 
desapropriações, por exemplo, com aberturas 
de novas frentes de obras, mas existe sim uma 
crescente necessidade de reposição do quadro 
de servidores. 
O superintendente falou em entrega. E as 
entregas de obra previstas? Quais são? Como 
estamos em relação aos prazos?
Na BR-285, estabelecemos uma meta, 
junto à empresa, para que a entrega se 
dê ainda no primeiro trimestre deste ano. 
Temos um restante ali de pista de concreto, 
mas o desafio mesmo são as contenções. 
Se a meteorologia colaborar, será possível 
concluir o trecho de serra. Este ano de 2024, 
deverá testemunhar a entrega dos lotes 1 e 2 
da BR-470. Incluindo um viaduto no Km 7 nos 
primeiros meses do ano. Já os lotes 3 e 4 devem 
ser concluídos até o final deste ciclo do governo 
federal. A adequação de capacidade na BR-163, 
também deve ser concluída no começo de 2025. 
Outra obra que deve ser retomada é o Contorno 
de São Francisco, muito complexo, e um dos 
principais gargalos logísticos do estado, por que 
influenciará os modais ferroviário rodoviário 
e hidroviário. Há ainda o Contorno de Jaraguá 
na BR-280, que já está com um emboque 
vazado, uma obra com valores atualizados de 
R$ 1 bilhão. Mas no geral, como estou relatando 
a você, nós estamos com boas expectativas. E 
com uma equipe que tem demonstrado muita 
garra e vontade de realização. 
Estamos falando de uma intensidade de 
tráfego alta e muito distribuída por todo o 
estado. E naturalmente isso nos faz pensar em 
concessões.
De fato, o investimento público chegou 
primeiro, em algumas ocasiões. Como ocorreu 
por exemplo na BR-101, feita pelo DNIT e que 
depois passou à administração privada. Acredito, 
assim como Ministro Renan, que é preciso 
encontrar um equilíbrio, que concilie a entrega 
de obras necessárias, com a modicidade tarifária 
e chamar sim o investidor, para que participe das 
melhorias a serem feitas, complementando os 
investimentos públicos. Você falou em concessões, 
a exemplo das que aconteceram no Paraná. O 
ministro Renan já sinalizou, a possibilidade de 
um primeiro lote de concessões, já em 2025. Até 
por que, como você disse nossas rodovias são 
muito solicitadas, com tendência de aumento 
de tráfego após as duplicações promovidas 
pelo DNIT. Paralelamente, há uma tratativa, no 
sentido de estabelecer parcerias com o governo 
do Estado para privatização conjunta de possíveis 
rotas de fuga estaduais. Assim, o DNIT priorizar o 
investimento nos principais corredores, intervindo 
posteriormente nas demais rodovias. 
“Eu vejo o TCU com uma grande 
capacidade técnica e que é 
muito pertinente em suas 
recomendações. São sempre 
relatórios muito completos. 
Trabalhos executados com 
muita seriedade.”
“É preciso encontrar um equilíbrio, 
que concilie a entrega de obras 
necessárias, com a modicidade 
tarifária e chamar sim o investidor, 
para que participe das melhorias a 
serem feitas, complementando os 
investimentos públicos.”
“Estamos com boas 
expectativas. E com uma equipe 
que tem demonstrado muita 
garra e vontade de realização.”
BR 282 • Trevo que está sendo implementado pela Arteris Litoral Sul 
do Contorno de Florianópolis.BR 470 • Duplicação de Navegantes à Campos Novos
BR-280
BR-470
BR-285
BR-163
RODOVIAS&VIAS20 RODOVIAS&VIAS 21RODOVIAS&VIAS20 RODOVIAS&VIAS 21
ENGENHARIA 
COM SOTAQUE 
CATARINENSE
Wanderlei Salvador definiu, no artigo "Por que somos barriga verde", 
um perfil inequívoco dos nativos da 
terra. Um estereótipo que nasce em campo 
de batalha, mas que com adição da palavra 
“trabalho”, resume o patrimônio imaterial de 
um povo em meia dúzia de adjetivos: lealdade, 
coragem, disciplina, galhardia, honradez e 
bravura. Barriga Verde, portanto, um dístico que 
dá completo sentido à uma parte de estrofe 
presente em seu hino: "É cada homem um bravo.Cada bravo, um cidadão". Contudo, antes de ir à 
campo (e efetivamente constatar a veracidade 
destas definições), é preciso compreender, 
como todo este potencial pode ser explorado na 
prática, oferecendo como resultados, as grandes 
obras federais que estão sendo paulatina e 
inexoravelmente, entregues nos 4 quadrantes do 
estado pela Superintendência. Uma história que 
começa em Brasília, na sede do Departamento, e 
que tem como um dos seus protagonistas, a fi gura 
do jovem e determinado estrategista atualmente à 
frente do Ministério dos Transportes.
RODOVIAS&VIAS20
Rodovias&Vias, costumeiramente traz em suas páginas os giros de suas equipes 
pelas Superintendências do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. 
No heterogêneo, plural e riquíssimo caldo cultural da grande comunidade rodoviarista 
do país, a agulha da bússola apontou para o Sul, na direção da aprazível (e à época deste 
registro, bastante molhada) Santa Catarina. Mais precisamente, para que se 
pudesse conferir os grandes avanços promovidos pela superintendência, 
no sentido de ampliar as já gigantes capacidades do estado. 
CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
"Se há porém apelido que tanto honre 
pelo de glorioso que encerra e com o 
qual muito se desvanecem os filhos
de Santa Catarina, é sem dúvida 
alguma o de Barriga-Verde.
Barriga-verde é um gentílico utilizado 
para designar os nascidos no estado 
brasileiro de Santa Catarina, normalmente 
referidos como catarinenses. Esta alcunha 
é motivo de orgulho para os habitantes, 
culminando na nomeação da sede do 
governo de Palácio Barriga Verde, além 
do monumento em homenagem aos 
Voluntários da Pátria, heróis barriga-verde 
na Guerra do Paraguai.Uniforme de infantaria português de 
1762 com a suposta faixa verde sobre a 
barriga. Aquarela de Ribeiro Artur.
RODOVIAS&VIAS22 RODOVIAS&VIAS 23RODOVIAS&VIAS22 RODOVIAS&VIAS 23
Mas esta é uma história, como podemos 
presumir, que antes de chegar em Santa Catarina, 
se inicia em Brasília. Oferecendo um panorama 
ainda mais preciso das evoluções nos últimos 
anos sob a perspectiva da sede do DNIT, como 
explica Carlos Antônio Rocha de Barros - diretor 
da Diretoria-Executiva do DNIT: “O DNIT, em 
2023, executou em apenas um ano o equivalente 
a 2 anos de orçamentos anteriores. Em 2023, 
nós batemos R$ 14,03 Bilhões, se tratando de 
investimentos. O que fi zemos ano passado foi 
elevar o patamar do DNIT, dobrando a execução. 
2020 foi ainda mais baixo, e é preciso levar em 
conta que nós tivemos um impacto da Pandemia 
do Coronavírus também, mas acredito que nós 
conseguimos ter uma retomada sim, mais digna, 
em relação aos desafi os que temos”. Ainda, 
de acordo com ele, “Essa foi uma retomada 
somente possível, a partir da determinação de 
nosso ministro dos Transportes, Renan Filho 
e do nosso Presidente Lula, que fi zeram com 
que nós pudéssemos ter uma recomposição, 
em termos orçamentários, muito além do 
que a que tivemos nos últimos anos, em uma 
construção junto ao congresso. Então, houve 
um processo de transparência, e uma vontade 
também por parte dos parlamentares, de 
dialogar de forma proveitosa, no sentido de 
elaborar a PEC da transição. E isso se mantém 
em 2024, em termos de orçamento alocado. 
Neste exercício manteve-se, um orçamento 
que nos coloca em condições de fazer frente 
às necessidades. Por isso, creio que 2024 
será um bom ano, não apenas para Santa 
Catarina, mas para o DNIT no país todo”, 
avaliou, exemplifi cando: “Nós conseguimos 
Carlos Antônio Rocha de Barros, Diretor da 
Diretoria-Executiva do DNIT
Thiago Borges Pitombeira, Coordenador 
Geral de Construção Rodoviária DNIT
“Temos que louvar a dedicação e 
o empenho dos nossos servidores. 
Gente ‘de excelência’ e que está 
na ponta, nas Unidades Locais 
e nas Regionais, fazendo um 
esforço diuturno, à custa de muito 
esforço profissional e pessoal, pois 
sabemos que o nível de fiscalização 
ao qual somos submetidos é 
bastante elevado.” 
“A BR-280 é atualmente um 
dos maiores contratos da nossa 
coordenação, com quase 
R$ 1 bilhão em investimentos. 
Em Santa Catarina há 12 obras 
nas BR’s 163, 158, 470, 282 e 285, 
considerando que ainda serão 
licitados mais lotes, na BR-280, em 
Jaguará, Porto União e na BR-101, 
no contorno de Araranguá.” 
Túnel da BR-280 
CONTEXTOS
CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
entregar o ‘Contorno do Mestre Álvaro’, 
que é um empreendimento que perpassou 
exercícios fi scais, e que, prosperou, graças à 
fi rme atuação da bancada do Espírito Santo, 
que fez a alocação desses recursos, e que 
afi nal com o orçamento recomposto pelo 
novo governo federal implicou na conclusão 
desta obra tão importante para a população 
capixaba. Este é um dos indicativos que 
temos, de que também foram retomadas 
as entregas de grandes obras, relevantes, 
que vão aí representar um incremento 
da nossa infraestrutura de transportes”. O 
diretor ainda frisou outros objetivos ousados: 
“O ministro assumiu o compromisso de 
melhoria do ICM (Índice de Cobertura de 
Malha), com a meta de que este chegue à 
casa de 80% em todo o Brasil. É algo muito 
significativo, em um momento onde já 
atingimos melhorias bastante signifi cativa em 
termos de recuperação. Um bom exemplo, 
é o que ocorreu em Rondônia, onde saímos 
de um ICM de cerca de 43% para 83%. São 
mudanças que são precisamente, resultado 
da alocação desses recursos, e por termos 
uma capacidade de performance muito boa 
nas Superintendências. Temos que louvar a 
dedicação e o empenho dos nossos servidores. 
Gente ‘de excelência’ e que está na ponta, nas 
Unidades Locais e nas Regionais, fazendo um 
esforço diuturno, à custa de muito esforço 
profi ssional e pessoal, pois sabemos que o nível 
de fi scalização ao qual somos submetidos é 
bastante elevado”, revelou. Já pelo prisma mais 
associado à atividade fi m do Departamento, 
Thiago Borges Pitombeira, Coordenador 
Geral de Construção Rodoviária, explica: “2023 foi 
muito importante para a CGCON no sentido de 
ampliarmos nossa carteira. Iniciamos com algo 
em torno de 130 contratos, fi nalizando com mais 
de 170. Ou seja, colocamos ‘na praça’ várias obras 
importantes para estados como RS, SC, e obras 
emblemáticas como a Ponte de Penedo, a Ponte 
Internacional de Guajará-Mirim, em Rondônia, 
entre outras, como a BR-030 na BA e a BR-226 no 
Maranhão, que têm caminhado muito bem. Vale 
ressaltar que somente no orçamento de construção, 
foram executados mais de R$ 2,5 Bilhões”, detalhou 
o coordenador, que reforça as boas impressões 
verifi cadas por Rodovias&Vias, pelos corredores do 
Departamento e em suas representações. “Temos 
a expectativa que isso se mantenha e até aumente 
ao longo de 2024”. Falando especifi camente de 
Santa Catarina, ele afi rma: “A BR-280 é atualmente 
um dos maiores contratos da nossa coordenação, 
com quase R$ 1 bilhão em investimentos. Em Santa 
Catarina há 12 obras nas BR’s 163, 158, 470, 282 e 
285, considerando que ainda serão licitados mais 
lotes, na BR-280, em Jaguará, Porto União e na 
BR-101,no contorno de Araranguá”, disse. “A 
carteira, portanto, vai aumentar para este ano”, 
resumiu o coordenador. 
RODOVIAS&VIAS24 RODOVIAS&VIAS24
Permitindo uma dimensão mais cronológica 
do momento atravessado pelo DNIT-SC, o 
superintendente Substituto e coordenador de 
Engenharia Terrestre, Izaldo Carlos Kondlatsch, 
afi rma: “Desde a época do DNER (Departamento 
Nacional das Estradas de Rodagem), e estou 
falando de 28 anos da minha experiência na 
autarquia, nós nunca tivemos um orçamento 
tão bom como o de 2023. Independente de 
coloração partidária, sob nosso ponto de vista, 
este é um governo Federal que optou por investir 
em infraestrutura, portanto. Tínhamos obras 
aqui no estado que se arrastavam durante muito 
tempo, e em rodovias importantes. E isso gera um 
impacto violento, tanto no trânsito, por conta dos 
desvios consecutivos, quanto para a população 
em si, que anseia pelo resultado e não o vê 
acontecer. Sem contar os prejuízos econômicos 
e ambientais do tráfego paradoe a perda de 
tempo. Então pra nós foi uma grande satisfação 
poder realizar o que não tivemos condições 
nos últimos 5 anos ou mais, justamente por 
conta das restrições orçamentárias”. Fazendo 
coro ao superintendente Alysson, sobre este 
aspecto, ele fi naliza: “E tudo indica que 2024 
também será um ano bom”. Ainda, segundo ele 
“2023 foi um ano de ajustes. Tivemos que fazer 
algumas reorganizações na gestão, muito por 
conta, justamente dos atrasos das obras, como 
já mencionei. Os problemas vão se acumulando. 
E nós precisamos encarar esses problemas de 
forma séria. Desde as execuções contratuais com 
as empresas até pendências trabalhistas dos 
funcionários que fi caram paralisados”, recorda 
o substituto. “Mas nós conseguimos, com 
diálogo e estudo, ir acessando cada um deles. 
Apesar de ter sido um ano com muitos recursos, 
houve problemas em alcançarmos um objetivo 
importante, que era melhorar a condição da malha. 
Registramos um ICM ruim, com 13% de malha 
ruim ou péssima, e isso é inaceitável, e isso se deve 
ao fato de termos sido praticamente obrigados 
a envidar muito esforço e dinheiro para atender 
e sanar emergências, como não se costuma ver. 
Totalmente atípicas. Praticamente de Novembro 
de 2022 pra cá não parou de chover. Por isso 
estamos com 7 pacotes de obras emergenciais, e 
com mais 3 em vista para serem fi rmados”, explica 
o substituto. Em tempo, os próximos 3 pacotes 
estão sendo preparados para as BR’s 282, 470 e 
153”, detalhou.
Izaldo Carlos Kondlatsch, Coordenador de 
Engenharia Terrestre DNIT/SC
“Então pra nós foi uma grande 
satisfação poder realizar o que não 
tivemos condições nos últimos 5 anos 
ou mais, justamente por conta das 
restrições orçamentárias.” 
FEDERAIS CATARINENSES
CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
RODOVIAS&VIAS26 RODOVIAS&VIAS26
Fo
to
s B
al
an
ça
: A
SC
O
M
 D
N
IT
/S
C
OPERAÇÃO DNIT
Componente estrutural das ações do 
DNIT, o serviço de operações é sempre 
reputado como um dos grandes desafi os 
em todas as superintendências do 
Departamento. À frente deste quesito no 
estado de Santa Catarina, o jovem engenheiro 
Felipe Joenck, analista de Infraestrutura 
e chefe de Operações, pondera: “Com 
grande orçamento, vem uma grande 
responsabilidade. E com as constantes 
melhorias na malha, aumenta a necessidade 
de maior controle. Tudo isso gera maior 
demanda no setor, com mais fi scalização 
de acessos, de velocidade, de peso e de 
ocupação em áreas próximas às rodovias. 
Uma das nossas principais demandas, 
inclusive, é constituída justamente pelo 
acompanhamento criterioso de nossa 
faixa de domínio, que inclui algumas vias 
marginais e as pistas de entrada e saída dos 
pontos comerciais e postos. Controlamos, 
na verdade, todo o tipo de utilização pública 
da faixa, para que a utilização se dê de forma 
ordenada e isso inclui as concessionárias (Água, 
Luz e Gás) além das empresas que desejam 
se instalar em áreas lindeiras. Este aspecto da 
faixa de domínio, está sendo constantemente 
atualizado, trazido à luz dos manuais de hoje, 
pois temos rodovias que são bem antigas, 
algumas do tempo do DNER, e ocupações que 
foram surgindo ao longo do tempo. Então este 
é um trabalho constante para cadastramento 
e inventário”, esclarece, abordando ainda um 
tema nevrálgico onde o padrão técnico das 
pistas é mais elevado: “O controle de velocidade 
também representa um ponto forte de atuação. 
Especialmente por parte da população, de 
comerciantes, que nos encaminham pedidos 
para análise, sobre a instalação de radares. 
Nós estudamos todas essas requisições 
CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
Felipe Joenck, analista de
Infraestrutura e chefe de Operações
“Com grande orçamento, vem 
uma grande responsabilidade. E 
com as constantes melhorias na 
malha, aumenta a necessidade 
de maior controle. Tudo isso gera 
maior demanda no setor, com 
mais fiscalização de acessos, de 
velocidade, de peso e de ocupação 
em áreas próximas às rodovias.” 
e, eventualmente, em detectando a 
necessidade, nós realizamos a instalação, 
com sinalização e atendendo a todos os 
fundamentos exigidos pelo CONTRAN. De 
mais a mais, apesar de toda a polemização 
que este tema gera, é inegável que eles 
contribuem para evitar acidentes. Esta é uma 
constatação”, argumenta, mostrando um 
lado importante da atuação do DNIT, que é 
o atendimento direto às manifestações da 
população. “Mais do que isso, nós levamos 
em conta a acidentalidade, a criticidade 
desses acidentes e claro, análise dos fatores 
de risco, mesmo que no local apontado pela 
população, não tenha histórico de acidentes, 
por exemplo. A intenção é sempre educar e 
não punir. É por isso que um ponto de honra 
nosso é a sinalização desses equipamentos, 
inclusive contendo a velocidade que ele 
delimita para aquele trecho”, explicou. 
VIGILANTES DO PESO
Sob o mesmo guarda chuvas do Serviço de 
Operação, está a pesagem dos veículos de carga. 
“É uma atribuição importante, por que os excessos, 
como é de conhecimento de todos, causam muitos 
danos ao pavimento. Tendo em vista a vida útil, nós 
vemos como a ausência dessa fi scalização implica 
em gastos diretos com manutenção e intervenções 
estruturantes, que passam a ser mais frequentes”, 
disse. Sobre os equipamentos desta natureza, 
utilizados pelo Departamento, ele esclarece que 
se tratam de “balanças móveis, posicionadas e 
reposicionadas, de acordo com a necessidade. A 
Polícia Rodoviária Federal, inclusive, é um parceiro 
importante neste sentido do controle de peso 
dos caminhões. Tanto é que preferencialmente 
nós posicionamos esses dispositivos no próprio 
pátio da PRF. E é um trabalho que tem dado bons 
resultados”, fi nalizou.
RODOVIAS&VIAS 27
RODOVIAS&VIAS 29RODOVIAS&VIAS 29
CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
Diego Fernando da Silva, chefe do
serviço de Construção do DNIT/SC
“Essas adversidades climáticas, que 
não são apenas exclusividade daqui, 
mas a nível mundial, são o principal 
fator que tem nos atrapalhado. Algo 
que com uma boa gestão, temos tido 
êxito em superar.” 
EM OBRAS: O SERVIÇO DE CONSTRUÇÃO
Com diversos empreendimentos 
correntemente em andamento, como as 
ampliações de capacidade nas BR-s 470, 285, 
163 e 280 entre outras, o serviço que representa 
o núcleo da engenharia pesada no DNIT, tem 
também sua porção de desafi os assegurada, 
para além dos oferecidos pela própria 
natureza da atividade, pelas confusas, 
atípicas e massivas chuvas na região. “Essas 
adversidades climáticas, que não são apenas 
exclusividade daqui, mas a nível mundial, são 
o principal fator que tem nos atrapalhado. 
Algo que com uma boa gestão, temos tido 
êxito em superar. Juntamente à coordenação 
de engenharia, nós temos conseguido fazer as 
obras avançar”. Detalha o chefe do serviço de 
Construção da Superintendência, engenheiro 
Diego Fernando da Silva que trouxe mais 
detalhes sobre a tarefa de elevar o nível 
rodoviário das pistas catarinenses. 
AVANTE NA BR-280
“Na BR-280, estamos com 3 lotes, um 
deles passando por adequação de projeto 
já em vias de ser concluída para a retomada 
dos trabalhos, que é o de número 1, de 
São Francisco do Sul ao entroncamento 
com a BR-101; o lote 2.1, que vai da 
BR-101 à Guaramirim quase chegando em 
Jaraguá do Sul, em andamento e, onde 
foram pacifi cadas as questões ambientais 
e dos povos indígenas, sendo o segmento 
onde temos um avanço maior; e o 2.2, 
que inclui o Contorno de Jaraguá, que 
também passou por revisões de projeto, já 
aprovadas, e que também se relacionavam 
aos túneis, mas que afi nal, já possibilitam 
a abertura de uma boa frente de trabalho 
para a empresa avançar. Este é um 
empreendimento grande em seu conjunto, 
e que, em se mantendo essas boas 
perspectivas de recursos, associadas às 
liberações, têm tudo para que caminhemos 
para uma conclusão em meados de 2025”, 
explica o engenheiro Diego.
RODOVIAS&VIAS30 RODOVIAS&VIAS 31RODOVIAS&VIAS30 RODOVIAS&VIAS 31
“Com 4 lotes de duplicação, de Navegantes à 
Indaial, ela apresenta tanto o Lote 1 como o 2 em 
um percentualde execução bastante elevado, 
com uma previsão de conclusão parcial para este 
ano, fi cando alguns remanescentes para 2025. 
Mas temos a pista praticamente já duplicada 
até Gaspar. Já nos lotes 3 e 4, verifi camos um 
avanço significativo, pós desapropriações 
e remanejamento de interferências, e que 
devem ser entregues no começo de 2026”, 
relatou João José. De acordo com o fi scal de 
Obra do DNIT, para a BR-470 e supervisor da 
Unidade Local de São José, engenheiro João 
José Vieira, concorda e acrescenta: “A BR-470 
teve um desenvolvimento desafi ador, pois está 
inserida em uma área densamente ocupada 
e implicou em cerca de 600 desapropriações. 
Então ela passou por um tempo, em gestões 
anteriores, tendo que vencer esses problemas. 
Claro, essa é apenas uma das questões. Por 
exemplo, no lote 1, enfrentamos solos moles, 
que exigem substituição e que têm um avanço 
muito metódico, para evitar rompimento. 
Uma dificuldade de grande monta, de 
ordem geotécnica e que em um contexto de 
limitações orçamentárias, representa um risco 
real e grave para qualquer obra. Isto que nem 
estou mencionando as questões climáticas, 
pois estamos na 3ª região mais chuvosa do 
país em volume de precipitação”, explicou 
o experiente profi ssional, que há 44 anos se 
dedica à construção rodoviária. “Hoje, na BR-470,
nós vivemos um momento em que ela foi 
‘destravada’. Os trabalhos estão fl uindo. Houve 
CAPA • DER-DF – ESTEIO RODOVIÁRIOCAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
João José Vieira, 
Chefe da Unidade Local de São José
“Hoje, na BR-470, nós vivemos 
um momento em que ela foi 
destravada. Os trabalhos estão 
fluindo. Houve a chegada de 
recursos, mas acima de tudo, houve 
interesse político em fazê-la fluir.” 
a chegada de recursos, mas acima de tudo, 
houve interesse político em fazê-la fl uir”. 
Avaliou. “Ela possui um histórico de luta, 
de difi culdades em vários aspectos, com 
um andamento que levou mais tempo do 
que esperávamos, por motivos alheios à 
nossa vontade. Ela nunca parou, na verdade, 
mas andou com morosidade. Hoje ela é 
um empreendimento que performa bem”, 
disse. “Durante as fases em que ela evoluía 
mais lentamente, nós fi zemos adequações e 
melhorias em projetos, por que a cronologia 
dela, como se estendeu, acabou mostrando 
essa necessidade. Também nesse aspecto 
do tempo, as legislações ambientais foram 
se aperfeiçoando, e isso também exigiu 
um esforço adicional. A BR-470 teve que ir 
sendo adequada por nós, em várias áreas, 
para que se mantivesse atualizada para seu 
tempo. Algumas dessas adequações geraram 
inclusive, mais economicidade para a obra, 
como nos viadutos da Ari Barroso. Mas estamos 
caminhando bem”, fi nalizou. 
A EMBLEMÁTICA BR-470
RODOVIAS&VIAS32 RODOVIAS&VIAS 33RODOVIAS&VIAS32 RODOVIAS&VIAS 33
CAPA • DER-DF – ESTEIO RODOVIÁRIOCAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
Nevio Antônio Carvalho, 
fi scal de Obra do DNIT/SC da BR-285
“A BR-285 foi um empreendimento, 
do ponta de vista do engenheiro, que 
aprecia a técnica e se sente motivado 
pelos desafios, muito interessante. E 
cabe aqui também à nós agradecer 
à paciência e cooperação da 
população.” 
EXPECTATIVA: BR-285
Apresentando muitos desafi os sob a ótica 
geotécnica, com contenções e inovações como 
a execução em pavimento rígido, “restam pouco 
mais de 1 Km para encerrarmos a pavimentação 
da BR-285, com a possibilidade de a entregarmos 
já agora em março. Claro, ali sofremos com muita 
interferência por conta das condições climáticas, 
e nossa estimativa se baseia em uma perspectiva 
mais otimista, de que estas não persistam 
em grande intensidade. Mas esperamos 
que aconteça”, disse o engenheiro Diego 
Fernando da Silva. Ainda, segundo o fi scal 
de Obra do DNIT para a BR-285, engenheiro 
Nevio Antônio Carvalho, “Esta é uma obra que 
gera bastante expectativa, tanto do ponto 
de vista do transporte de cargas, quanto 
do ponto de vista dos traslados turísticos. 
Certamente, o Porto de Imbituba será um dos 
grandes benefi ciados com essa implantação. 
O setor produtivo regional terá a capacidade 
de colocar suas mercadorias de forma mais 
ágil e segura para seus mercados”, relata 
Carvalho. “Acredito que para todos nós do 
DNIT, é um trabalho muito gratifi cante. Pois 
quase tudo que é possível ter em uma obra, 
nós temos ali. Pavimento rígido, fl exível, 
implantação – como no caso dos contornos 
– atuação em regiões planas e em áreas 
acidentadas, diversos tipos de solo, pontes, 
viadutos, que terão um impacto estético 
na região e que, evitaram a execução de 
aterros e cortes, impactando menos. Uma 
obra que teve sim seus percalços, com as 
restrições orçamentárias, em um segundo 
momento por conta da necessidade de 
executarmos contenções inicialmente não 
previstas, e de fato, ela demorou. Mas nós 
a vemos chegar, com grande satisfação à sua 
reta fi nal. A BR-285 foi um empreendimento, 
do ponta de vista do engenheiro, que aprecia a 
técnica e se sente motivado pelos desafi os, muito 
interessante. E cabe aqui também à nós agradecer 
à paciência e cooperação da população, pois ela 
era o único acesso em praticamente 200 Km.
A comunidade realmente entendeu as 
difi culdades e torceram por nós. Tivemos ali uma 
parceria muito boa com a prefeitura”, contou o 
engenheiro fi scal.
RODOVIAS&VIAS 33
RODOVIAS&VIAS34 RODOVIAS&VIAS 35RODOVIAS&VIAS34 RODOVIAS&VIAS 35
CAPA • DER-DF – ESTEIO RODOVIÁRIOCAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
ROTA PRODUTIVA: 
A BR-163
Presente desde o início dos trabalhos, 
o chefe de Serviço de Construção, Diego 
Fernando da Silva, passou por todas as fases 
deste trabalho que há muito é acalentado 
no Oeste catarinense, por ser uma conexão 
importante para o agro e indústrias. 
“Tive a oportunidade de acompanhar o 
encerramento do contrato antigo, bem como 
a arrancada dela a partir da nova licitação, ali 
na região do Cedro, um segmento concluído 
em outubro de 2021. Trata-se de uma obra 
de adequação de capacidade e restauração, 
prevendo alargamento de plataforma, 
implantação de terceiras faixas e travessias 
urbanas, bem como a restauração da pista em 
whitetopping, para dar melhores condições 
de trafegabilidade, dado o alto nível de 
exigência. Ela deve, portanto, atender bem no 
nosso estado, a região de Guaraciaba até São 
Miguel do Oeste”, explica ele. 
NOVAS 
CONTRATAÇÕES
“Temos diante de nós mais algumas 
perspectivas interessantes, como o recente 
lançamento do edital da BR-470 de Indaial à 
Campos Novos, que corresponderiam aí, mais 
ou menos aos lotes 5, 6 e 7 dessa duplicação, 
bem como o edital de estudos e projetos para 
a contratação de obras para a duplicação 
da BR-282, de Lages à São Miguel do Oeste. 
Então, existe essa possibilidade real de que 
essas obras venham em um futuro próximo 
a integrar nossa carteira de contratos”, 
comemorou o engenheiro, que também foi 
supervisor de Unidade Local.
PLANEJAMENTO E PROJETOS
Guido Paulo S. Junior, chefe de serviço de 
Planejamento e Projetos DNIT/SC
“A atenção à projetos menores 
também precisa ser pormenorizada, 
por que eles compõem, muitas vezes, 
ligações com outras alternativas de 
maior volume, como é o caso de uma 
implantação de uma interconexão 
em Rio do Sul, que se dará por 
modalidade integrada, e já está em 
fase de instrução.” 
Sob o chefe de serviço Guido Paulo S. Junior, 
este setor da superintendência, possui uma 
ampla programação, de projetos de diversas 
dimensões a serem fiscalizados. “Estamos 
atualmente com o segmento Sul da BR-163, 
incluindo o projeto da Ponte na divisa com 
o Rio Grande do Sul, bem como a execução 
de contornos. Também, já contratado e em 
fase de formalização, já temos o projeto de 
duplicação da BR-282 de Lages à São Miguel 
do Oeste, bem como o Contorno de Santo 
Amaro da Imperatriz, em fase de início, pois 
já está contratado. Uma obra complexa, que 
prevê segmentos de túnel”, explicou o chefe 
de serviço. “A atenção à projetos menores 
também precisa ser pormenorizada, por 
que eles compõem, muitas vezes, ligações 
com outras alternativas de maior volume,como é o caso de uma implantação de uma 
interconexão em Rio do Sul, que se dará por 
modalidade integrada, e já está em fase de 
instrução”, disse. “Também damos apoio à 
área de construção, no ponto de vista das 
adequações e revisões de projeto. Afi nal, são 
muitas questões, além da própria defasagem 
temporal que normalmente eles podem 
apresentar”, explicou. Ainda, na mira do 
serviço, estão os avanços na duplicação da 
BR-470, com a adição de mais 8 lotes. “Além 
disso estamos trabalhando no projeto de 
melhoramento da rótula na BR-101 até o 
Contorno de Florianópolis, com ruas laterais 
no segmento, aumentando a fl uidez e que 
também se dará por contratação integrada. 
Será uma forma de disciplinar o tráfego em 
um local que possui um histórico grande de 
retenções”, fi nalizou.
RODOVIAS&VIAS36 RODOVIAS&VIAS 37RODOVIAS&VIAS36 RODOVIAS&VIAS 37
CAPA • DER-DF – ESTEIO RODOVIÁRIOCAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
Elen Cristin Trentini,
chefe do SDRMA
“Nosso setor, mesmo muito associado 
à engenharia, é um setor que trabalha 
com pessoas. Exige sensibilidade e 
a consciência de que de fato, se está 
intervindo em propriedades,
 vidas e suas particularidades, 
para um bem comum. Para isso,
 temos uma equipe muito coesa e 
experiente nesse assunto.” 
SDRMA: SERVIÇO DE DESAPROPRIAÇÃO, 
REASSENTAMENTO E MEIO AMBIENTE
Com a singela e direta pergunta, “O que 
trava uma obra”, a chefe do SDRMA, Elen Cristin 
Trentini, expôs uma resposta crucial, que envolve 
responsabilidade com o patrimônio natural e 
social de um dos mais bonitos estados do país. 
Claro, uma resposta que explicita a inteligente 
estratégia adotada pela Superintendência, para 
alcançar patamares de performance condizentes 
com a disponibilidade de recursos. “Nosso setor, 
mesmo muito associado à engenharia, é um setor 
que trabalha com pessoas. Exige sensibilidade e 
a consciência de que de fato, se está intervindo 
em propriedades, vidas e suas particularidades, 
para um bem comum. Para isso, temos uma 
equipe muito coesa e experiente nesse assunto. 
É um olhar diferenciado, que extrapola a mera 
questão de valores. É uma habilidade”, conceitua 
a chefe. “E este ano, tivemos um trabalho muito 
importante, que se deu na BR-470. Um case de 
sucesso, que envolveu uma interlocução nossa 
com todos os setores da Superintendência. 
Ali, além da evidente e devida compensação 
ambiental, em função da duplicação, havia o 
PBA (Plano Básico Ambiental) Indígena, que 
previa o atendimento à alguns itens. Estamos 
falando aí da aquisição de terras, uma delas de 
mais de mil hectares, e isso envolve tratativas 
para a efetivação da compra. Além disso, houve 
a aquisição de veículos que atendessem às 
necessidades deles. Atendemos neste sentido, 
todas as normas, com o oferecimento das 
CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
Rua Maranhão 1694 - Funcionários,
Belo Horizonte / MG
31 3194 2700
Rua Maranhão 1694 - Funcionários,
Belo Horizonte / MG
31 3194 2700
www.torc.com.br
RODOVIAS&VIAS 39RODOVIAS&VIAS 39
4 refeições quando foram convocadas as 
reuniões com as lideranças e mesmo o 
fornecimento de cestas básicas. Uma atuação 
à várias mãos”. Com relação aos veículos, 
para que a população das comunidades 
pudesse recebê-los, além da apresentação 
de condutores responsáveis habilitados, 
foram realizadas ofi cinas de cooperativismo, 
para que fossem criados os CNPJ para a 
transferência dos documentos. “Tudo isso 
exigiu um planejamento e a observação de 
experiência em outros casos. No mais, para 
todas as nossas obras, temos contratos de 
Izaldo Kondlatsch,
superintendente substituto
“E 2023 foi um ano muito produtivo 
para o SDRMA, com mais de 
200 processos devidamente 
encaminhados, todos dentro do 
cronograma. Um investimento da 
ordem de R$ 106 milhões.” 
gestão ambiental, que validam e comprovam 
o cumprimento das exigências dos órgãos de 
fi scalização ambientais. Lembrando que tudo 
isso tem que ser feito antes da obra começar. É 
uma preparação determinante para que se defi na 
de que maneira a obra vai avançar. E 2023 foi um 
ano muito produtivo para o SDRMA, com mais 
de 200 processos devidamente encaminhados, 
todos dentro do cronograma. Um investimento 
da ordem de R$ 106 milhões” detalhou a chefe. 
Ainda em relação ao trato com a população 
nativa, o superintendente substituto, Izaldo 
Kondlatsch, acrescentou: “O DNIT incluiu em 
sua programação, a construção de viveiros para 
mudas de espécies endêmicas e de hortas, para 
ensiná-los a fazer um cultivo que seja sustentável, 
mas mais produtivo, com técnicas modernas. 
Também serão construídos galinheiros, tanques, 
bem como a compra de alevinos, com cursos 
para todos esses manejos. Então, em acordo com 
todas as exigências, buscamos cumprir a nossa 
parte”, pontuou.
CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
RODOVIAS&VIAS40 RODOVIAS&VIAS 41RODOVIAS&VIAS40 RODOVIAS&VIAS 41
A atuação que garante precisão, capilaridade, 
qualidade e resultados.
CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
UM GIRO 
PELAS UL’S
Como é praxe para Rodovias&Vias, o dia a dia das obras, necessariamente passa pelos 
engenheiros e engenheiras que as 
tornam realidade. Literalmente “os 
braços do Departamento”, as Unidades 
Locais consistem em representações 
essenciais para o bom funcionamento e 
percepção da “marca DNIT”, em especial 
para as lideranças e as populações que 
são diretamente abrangidas pelos seus 
trabalhos. Rodando todo o estado, para 
melhor tirar os instantâneos do atual 
avanço, as equipes realizaram visitas 
técnicas que colhem, diretamente da fonte, 
os relatos de um avanço rodoviário que se 
hoje é uma realidade, em alguns dos casos, 
há muito era aguardado. 
Cláudia Elisa Hinsching Pirath,
Chefe da UL Joinville
“Temos pontos sensíveis na questão 
ambiental, não apenas no que 
tange às populações indígenas, 
como também nos cuidados com o 
Meio Ambiente em geral. O maior 
programa do DNIT, em termos de 
recursos investidos para as tratativas 
ambientais hoje, é a BR-280.” 
UNIDADE LOCAL DE JOINVILLE
Com a malha primariamente em estado 
considerado bom à razoável (ainda que 
tenha atacado, a exemplo de outras UL’s, 
ao menos uma situação de emergência na 
BR-280), a jurisdição do DNIT em Joinville, 
possui atualmente 2 lotes em construção, 
iniciados em 2014, com alguns segmentos a 
serem concluídos. “Temos pontos sensíveis na 
questão ambiental, não apenas no que tange 
às populações indígenas, como também 
nos cuidados com o Meio Ambiente em 
geral. O maior programa do DNIT, em termos 
de recursos investidos para as tratativas 
ambientais hoje, é a BR-280. Por sinal, os 3 
contratos juntos, à preços iniciais, em valores, 
também fazem da BR-280 a obra mais 
vultosa em andamento. Com mais recursos 
disponibilizados, temos a intenção de manter 
o ritmo forte, cumprindo o cronograma de 
execução das obras. Temos que acompanhar 
ainda, algumas desapropriações em áreas 
mais urbanizadas, como em São Francisco, 
que vão precisar ser acompanhadas passo à passo 
para que tenhamos uma cadência sustentável 
de liberação de frentes para as obras. Onde é 
possível, buscamos a adoção de um traçado 
paralelo”, revela a chefe da UL de Joinville Cláudia 
Elisa Hinsching Pirath. Em um futuro breve, 
a Unidade Local deve ainda levar em frente 
mais algumas intervenções importantes para a 
multimodalidade do estado, com a assinatura 
dos contratos de duplicação e o futuro Contorno 
Ferroviário de São Francisco do Sul, já previsto. 
Uma solução de confl ito entre modais, que será 
resolvida a partir de novos traçados para ambos, 
em uma região extremamente adensada e com 
enorme movimentação de pesados.
RODOVIAS&VIAS42 RODOVIAS&VIAS 43RODOVIAS&VIAS42 RODOVIAS&VIAS 43
CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
Enio Jacobos Spieker,
Chefe da UL Lages
“Estamos em uma área que possui 
diversas vocações. Todas muito fortes. 
Indústrias de diversas naturezas, 
turismo, comércio e, estamos inseridos 
entre várias outras cidades que se 
relacionam fortemente. Tanto no 
inverno quanto no verão. E isto exerce 
uma pressão sobreos nossos serviços. 
Uma demanda permanente, que 
precisamos conhecer e entender para 
poder atender adequadamente.” Eugenio Paceli Werneck, analista de Infraestrutura na UL São José
“Estamos realizando estudos para 
a elaboração de um protocolo, 
com vistas a uma atuação mais 
preventiva em relação às situações 
que potencialmente podem 
se desdobrar em emergências, 
com um gatilho a partir de uma 
quantidade determinada de 
precipitação em milímetros.” 
UNIDADE LOCAL DE LAGES
Consolidada e sempre que possível, 
passando por melhorias como, implantação 
de acessos, terceiras faixas e vias marginais, 
a BR-282, principal rodovia sob os cuidados 
da UL de Lages, tem ainda alguns outros 
incrementos projetados como a construção 
de vias inferiores, para eliminar um grande 
gargalo, representado pela rotatória. “Este 
é um projeto que está sendo realizado pela 
prefeitura de Lages, dentro do ‘padrão 
DNIT’, e que passará por nossa aprovação. 
Tudo indica que ainda este ano”, explicou 
o supervisor Enio Jacobos Spieker. “Temos 
ainda um gargalo importante na chegada 
à BR-116, que está muito associado às 
sazonalidades e datas comemorativas, 
com um acréscimo de tráfego ponderável. 
Existe um projeto da concessão, ainda não 
apresentado ao DNIT, para que a concessão 
execute ali uma interseção em 2 níveis, 
com vias laterais na BR-282, concomitante à 
melhorias de acesso na BR-116, pois tanto a 
travessia, quanto a passagem sofrem neste 
ponto. Um projeto que aguarda a análise 
da ANTT”, disse. “Estamos em uma área 
que possui diversas vocações. Todas muito 
fortes. Indústrias de diversas naturezas, 
turismo, comércio e, estamos inseridos entre 
várias outras cidades que se relacionam 
fortemente. Tanto no inverno quanto no 
verão. E isto exerce uma pressão sobre os 
nossos serviços. Uma demanda permanente, 
que precisamos conhecer e entender 
para poder atender adequadamente. É 
uma região sensível também à questão 
das chuvas, e por este motivo, tivemos 
algumas emergências, que tiveram de ser 
tempo, mas eles estão sendo solucionados”, 
explica. Ainda sobre a BR-282, mas em sua 
jurisdição contígua, Eugenio Paceli Werneck, 
analista de Infraestrutura na UL São José, 
acrescenta: “Por conta desse ‘novo regime’ de 
chuvas que estamos enfrentando, e que está 
demonstrando uma tendência à se manter, 
estamos realizando estudos para a elaboração 
de um protocolo, com vistas a uma atuação 
mais preventiva em relação às situações que 
potencialmente podem se desdobrar em 
emergências, com um gatilho a partir de uma 
quantidade determinada de precipitação em 
milímetros. De mais a mais, estamos atuando 
fortemente em manutenção e conservação. 
No encontro dela, com a BR-101, o município 
de Palhoça está elaborando um projeto de 
contorno, que deverá ser executado pelo 
DNIT para solucionar o conflito naquela 
área, com vias marginais, uma ampliação de 
capacidade, e que possivelmente terá edital 
publicado este ano”, disse.
solucionadas por novas contenções, estacas, 
e outras intervenções desse tipo”. Em 
termos operacionais, a UL Lages, mantém 
um monitoramento constante, incluindo a 
fi scalização e inspeção da faixa de domínio. 
“Temos aqui dois técnicos que são formados 
em direito, e na maioria das vezes, questões 
como acessos que porventura estejam 
irregulares em propriedades particulares, 
costumam ser resolvidas amigavelmente, 
na conversa. Claro, em eventuais processos, 
nossa equipe consegue bem embasá-los”, 
relata o supervisor. “Isto não signifi ca que 
não estejamos acionando judicialmente 
aqueles que invadem a faixa de domínio. 
Temos muitos processos desta natureza, a 
maioria de ocupações mais antigas. Leva 
RODOVIAS&VIAS44 RODOVIAS&VIAS 45RODOVIAS&VIAS44 RODOVIAS&VIAS 45
CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
Christiano Zulianello dos Santos,
Chefe da UL Rio do Sul
“Contabilizamos cerca de 40 pontos 
de atenção. Nossa situação geológica 
é bastante difícil, com a presença 
de solos moles e taludes instáveis, 
pontes antigas, como nos segmentos 
de Ibirama e em Rio do Sul.” Adilene Adratt,Chefe da UL Mafra
“Não temos como blindar a serra. 
Claro, com muito trabalho em 
manutenção e muita atenção 
às drenagens, nós conseguimos 
bater um recorde de 7 anos sem 
emergências graves na serra.” 
UNIDADE LOCAL DE RIO DO SUL
UNIDADE LOCAL DE MAFRA
Atualmente com duas obras emergenciais, uma 
reabilitação de ponte e dois viadutos, contratos 
de manutenção e restauração, a UL Rio do Sul, 
também sofreu com as adversidades climáticas 
em sua malha. “Desde outubro de 2023 em diante, 
tivemos pelo menos duas grandes enchentes, e 
um volume incrivelmente alto de chuvas. E isto, é 
claro se traduz em demandas imediatas para obras 
emergenciais. Desde intervenções simples, como 
queda de árvores e carreamento de material para a 
pista, até rupturas de pista, e colapso de elementos 
de drenagem. Neste sentido nós contabilizamos 
cerca de 40 pontos de atenção. Nossa situação 
geológica é bastante difícil, com a presença de 
solos moles e taludes instáveis, pontes antigas, 
como nos segmentos de Ibirama e em Rio do Sul. 
Houve também locais em que historicamente 
não apresentavam problemas, mas que nos 
surpreenderam, como o que ocorreu em 
Curitibanos. Nunca havia se manifestado 
nenhuma patologia ali. Mas apresentou um 
rastejo que, de uma hora para outra, colapsou 
a rodovia. Foi um trabalho investigativo 
até, para além dos pontos evidentes, para 
que pudéssemos determinar o que estava 
ocorrendo e qual solução a ser defi nida. Via de 
regra, existem essas demandas extraordinárias, 
que nos colocam em uma situação de alerta 
constante”, disse o supervisor Christiano 
Zulianello dos Santos. Outra característica 
no segmento da BR-470, que responde por 
boa parte das atenções da UL Rio do Sul, 
o intenso tráfego de veículos de carga – e 
consequentemente o controle estrito de peso 
– é uma atividade que faz parte da rotina da 
UL e é crítica para a performance da pista. Fora 
estas atribuições, a UL também contribuiu 
para melhorias urbanísticas, como em Pouso 
Redondo: “Foi executada uma passagem 
inferior no centro da cidade, com 550 metros 
de pistas laterais. Ali, também haverá um 
aditivo para adição de mais 500 metros de 
segmento adicional, e que está realmente 
mudando a ‘cara’ da cidade”, explicou.
Zelando por uma rota essencial para o 
estado, a BR-280, a UL de Mafra, também está em 
alertas constantes por conta do, digamos, “novo 
regime de chuvas”. “De fato, historicamente a 
BR-280 apresenta uma situação muito sensível, 
especialmente na Serra de Corupá, com muitas 
obras de contenção realizadas ao longo das 
últimas décadas. Uma área difícil de trabalhar e 
com problemas recorrentes, pois o solo não tem 
coesão, e onde há rochas, elas são fraturadas. 
A própria carta geológica já registra uma 
suscetibilidade alta. Então, não temos como 
‘blindar’ a serra. Claro, com muito trabalho em 
manutenção e muita atenção às drenagens, 
nós conseguimos bater um recorde de 7 anos 
sem emergências graves na serra. Em um 
momento em que o DNIT atravessava restrições 
orçamentárias sérias. Mas as chuvas de novembro 
de 2022, em diante, foram absolutamente 
extraordinárias. Uma quantidade de 400 mm 
a mais do que a média da região. Totalmente 
atípico. É importante lembrar, que ela foi uma 
rodovia construída pelo governo do estado há 
40 anos, em um padrão de dimensionamento 
que já não corresponde à realidade. Não é o tipo 
de pista ‘padrão DNIT’. Por isso, fi zemos algumas 
implantações, em outras emergências de bueiros 
metálicos, com uma qualidade muito melhor do 
que os originais. Neste período, somando todos 
os pontos mais graves, foram 33 segmentos. Isto sem 
contar pelo menos uns outros 50 que nós pudemos 
ir resolvendo com a manutenção”, detalha Adilene 
Adratt. “Somente em emergências, ao longo de pouco 
mais de um ano, o DNIT aportou R$ 92 milhões em 
dois contratos. Mas precisamos lembrar, que estes 
eventos não pouparam ninguém, independente de 
pistas concessionadas ou não, duplicadasou simples. 
Não custa lembrar que houve interdições totais em 
diversos pontos. Uma situação à beira do colapso 
em praticamente toda a região Sul”. Em tempo, a UL 
também é responsável por retifi cações de área em 
estradas de ferro, especifi camente nas EF-116 e EF-485. 
Voltando às rodovias, atualmente há melhoramentos 
em terceiras faixas e obras de restauração, dentro do 
escopo de integralidade da jurisdição na BR-280 pela 
UL Mafra, que passou por uma extensa reforma, que 
incluiu também signifi cativas melhorias na identidade 
visual da Unidade. 
RODOVIAS&VIAS46 RODOVIAS&VIAS 47RODOVIAS&VIAS46 RODOVIAS&VIAS 47
CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC
André Reitz do Valle,
Chefe da UL Chapecó
“A BR-163 é uma obra de grande 
vulto, sendo executada em 
whitetopping, com a restauração 
da pista existente a partir de uma 
camada espessa de concreto, mínima 
de 23 cm, que oferece uma condição 
de pavimento muito boa, superior 
em vários aspectos ao asfalto, 
notadamente na durabilidade.” Meire Franceschet do ValleChefe da UL Joaçaba
“Um edifício antigo, que é da época 
da construção da rodovia. Trocamos 
pisos, janelas, até a parte elétrica, de 
cabeamentos, então, nós passamos a 
ter um espaço melhor, mais qualificado 
para podermos trabalhar. Dentro do 
que se espera do DNIT.” 
UNIDADE LOCAL DE CHAPECÓ UNIDADE LOCAL DE JOAÇABA
Instalada a Oeste do estado, sob a 
supervisão de André Reitz do Valle, a Unidade 
Local de Chapecó tem empreendido esforços 
nas frentes de obra da BR-163. “São obras 
de adequação de capacidade, para além 
da recuperação da pista, implantações de 
terceiras faixas, viadutos, acessos. A BR-163 é 
uma obra de grande vulto, sendo executada 
em whitetopping, com a restauração da 
pista existente a partir de uma camada 
espessa de concreto, mínima de 23 cm, que 
oferece uma condição de pavimento muito 
boa, superior em vários aspectos ao asfalto, 
notadamente na durabilidade”, disse. “É 
uma rodovia que já está em um estágio de 
execução bastante avançado, com mais 
de 70% e praticamente 40 Km de pista já 
entregues à sociedade. Estamos destravando 
algumas questões relativas à travessia em 
Guaraciaba, com algumas desapropriações, 
e no momento, vamos avançando em 
direção ao Porto Seco em Dionísio Cerqueira, 
sendo tocadas juntamente com algumas 
interseções remanescentes”, relatou. Ainda, 
de acordo com a informações, o restante dos 
segmentos, vem sendo atendido pelos Plano 
Anual de Trabalho e Orçamento, mantendo 
a malha jurisdicionada sob boas condições, 
tendo atendido – de forma bastante atípica 
para o período – apenas uma emergência 
de maior monta, tendo conseguido superar 
as demais exigências, sem a necessidade de 
contratos específi cos para este fi m.
revitalizada, e que é um destaque no contexto 
das melhorias da gestão, a engenheira detalha: 
“Nós fi zemos uma reinauguração na UL Joaçaba, 
pois há tempos o prédio pedia uma reforma. Um 
edifício antigo, que é da época da construção 
da rodovia. Trocamos pisos, janelas, até a parte 
elétrica, de cabeamentos, então, nós passamos 
a ter um espaço melhor, mais qualifi cado para 
podermos trabalhar. Dentro do que se espera 
do DNIT”, sintetizou, no que legitimamente 
signifi ca, que ao oferecer melhores condições de 
trabalho, obtém-se rendimento maior. Ainda que 
a UL Joaçaba seja (até mesmo entre os pares do 
DNIT), eleita atualmente uma das mais bonitas, 
vale registrar que todas as ULs, com maior ou 
menor intensidade, também passaram por 
melhorias, de acordo com suas necessidades, 
e segundo Rodovias&Vias pôde averiguar, em 
ótimas condições de habitabilidade, com pintura 
nova, muito bem asseadas e, dentro de uma das 
melhores entre as tradições rodoviárias do Brasil, 
sempre com um bom café quente.
Sob o comando da engenheira Meire 
Franceschet do Valle, a Unidade Local 
de Joaçaba tem dois dos grandes eixos 
catarinenses sob seus cuidados. “As BR-153 e 
BR-282, estão sob contratos de manutenção, 
incluindo um segmento da BR-470, do seu 
entroncamento com a 282 até o Rio Grande 
do Sul. Temos também um contrato do 
PROARTE, de manutenção de pontes, que está 
atualmente englobando as OAE’s de Chapecó, 
performando todas as ações necessárias, 
desde a pintura, até a troca de juntas de 
dilatação”, explicou a supervisora. Atualmente 
à frente de uma Unidade que foi totalmente 
RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS50 51
"EU SOU 
DO SUL"
Promovido pela Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (FRENLOGI), 
Associação Catarinense de Emissoras 
de Rádio e Televisão (ACAERT), com 
o patrocínio da Praticagem do Brasil, 
Associação Brasileira dos Terminais 
Portuários (ABTP) e Associação Brasileira 
dos Terminais de Contêineres (ABRATEC), 
e os apoios do Instituto Brasil Logística 
(IBL); Federação das Indústrias de 
Santa Catarina (FIESC); Federação das 
Empresas de Transporte de Cargas 
de Santa Catarina (FETRANSESC); 
Assembleia Legislativa do Estado de 
Santa Catarina (ALESC); Ferrovia Tereza 
Cristina (FTC); Fórum Parlamentar 
Catarinense, Bancada Paranaense, 
Bancada Gaúcha Instituto Praticagem 
do Brasil e da Revista Rodovias&Vias, o 
“Encontro Regional Sul do Brasil – Paraná, 
Rio Grande do Sul e Santa Catarina – 
Infraestrutura e Logística – Caminhos 
e Oportunidades de Investimentos”, 
realizado em Florianópolis-SC, mostrou 
ações e detalhou a situação do fator 
regional, contemplando desafios e 
possíveis soluções para melhor explorar 
as potencialidades estratégicas deste 
quadrante do Brasil, sem perder de 
vista elementos integradores entre os 3 
estados. Apresentando forte retomada 
e dispondo de um robusto e consistente 
portfolio de investimentos federais, 
Santa Catarina representou, com 
propriedade, a face da expectativa de um 
país que produz bem, mas precisa voar, 
rodar e navegar melhor.
“É só olhar pra ver que eu sou do sul
A minha terra tem o céu azul
É só olhar e ver
Nascido entre a poesia e o arado
A gente lida com o gado e cuida da plantação
A minha gente que veio da guerra
Cuida desta terra como quem cuida do coração” 
Letra: Elton Saldanha
REPORTAGEM FRENLOGI
Fo
to
: F
ili
pe
 S
co
tt
i
RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS52 53
Com a maciça presença de autoridades, 
e fi guras políticas atuantes, evidenciada 
pela grande quantidade de botons 
dourados afi xados às lapelas, além é claro 
de rostos cuja grande projeção nacional 
é inequívoca, o evento fomentado pela 
FRENLOGI, sedimentou, de maneira 
definitiva sua grande vocação de 
colegiado pró desenvolvimento no país. 
Uma grande coalizão de mais de 400 
pessoas presentes (170 delas contando 
entre parlamentares, prefeitos e demais 
executivos da alta gestão e de autarquias, 
empresas e agências tanto estaduais 
quanto federais), a representativamente 
plural liderança moderadora, está na 
vanguarda de um debate premente, 
crítico que deve ser conduzido com 
seriedade e responsabilidade, pairando 
acima de quaisquer posições partidárias 
ou ideológicas. Mais que isso, um debate 
altamente técnico, que não permite, senão, 
muito estudo e dedicação para que sua 
relevância não se diminua em tangentes 
e escapadas em curvas de aprendizado. 
Muito longe disso, a FRENLOGI obteve 
êxito em reunir um conjunto de preletores 
e participantes que, além da natural 
sensibilidade necessária para abordar os 
temas, são notórios conhecedores das 
limitações de seus estados e, acima de tudo, 
conhecem os conjuntos de soluções que 
podem viabilizar as melhores alternativas, 
de forma consertada. No interlúdio inicial 
das apresentações, o presidente da 
FRENLOGI, senador Wellington Fagundes 
(PL-MT), mandou, diretamente de Miami, 
em uma visita ao Porto desta famosa 
“Modernidade, tecnologia, 
soluções inteligentes, 
agilidade, efi ciência, 
sustentabilidade. São focos 
também da FRENLOGI. ” 
Edinho Bez (MDB-SC),
Diretor de Relações Institucionais da FRENLOGI
Senador Wellington Fagundes (PL-MT),
Presidente da FRENLOGI
“A FRENLOGI é a maior frente 
parlamentar do congresso, com 320 
parlamentares, entre deputados 
e senadores.

Outros materiais