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Atenuador ZM Zero Manutenção Lançamento no Brasil Com velocidade de impacto de até 110 km/h Fácil Manutenção Zero custo de manutenção Peças reutilizáveis A melhor relação custo-benefício do mercado Atende a ABNT NBR 15.486 Testado e aprovado na Norma Europeia EN 1317 Assista ao Crash Test Terminais absorvedores de energia O portfólio mais completo do mercado, com produtos de alta performance. Dispositivos certificados, eficientes e com desempenho superior às exigências normativas. Produto 100% nacional marvitecmarvitec.infraestrutura marvitec.com.br TK 100 SGET DEFENSA NEO C M Y CM MY CY CMY K anuncio_2pgs_sangria.pdf 1 26/11/2022 13:33 Atenuador ZM Zero Manutenção Lançamento no Brasil Com velocidade de impacto de até 110 km/h Fácil Manutenção Zero custo de manutenção Peças reutilizáveis A melhor relação custo-benefício do mercado Atende a ABNT NBR 15.486 Testado e aprovado na Norma Europeia EN 1317 Assista ao Crash Test Terminais absorvedores de energia O portfólio mais completo do mercado, com produtos de alta performance. Dispositivos certificados, eficientes e com desempenho superior às exigências normativas. Produto 100% nacional marvitecmarvitec.infraestrutura marvitec.com.br TK 100 SGET DEFENSA NEO C M Y CM MY CY CMY K anuncio_2pgs_sangria.pdf 1 26/11/2022 13:33 RODOVIAS&VIAS4 RODOVIAS&VIAS 5RODOVIAS&VIAS4 RODOVIAS&VIAS 5 NA MEDIDA 6 CAPA - ENGENHARIA COM SOTAQUE CATARINENSE 20 74PLANO AGRO 2024 Agroestratégia de Trasnportes 78WORKSHOP SEGURANÇA VIÁRIA Sinalização é Segurança 90WORKSHOP CONCRETO GOINFRA - Pavimento Rígido EXCLUSIVA: ALYSSON DE ANDRADE Superintendente do DNIT/SC 9 EU SOU DO SUL FRENLOGI 50 ENSAIO ACELERADO Método MeDiNa 70 ESTRADA DA GRACIOSA Histórica, Turística e Emblemática 62 CONCESSÕES - PARANÁ Novas Operações 100 RODOVIDA - SENATRAN Trânsito Mais Seguro no Brasil 102 MOBILIDADE SOBRE TRILHOS Leilão do Trem Intercidades Eixo Norte 104 editorial Ano 23 - Edição 141 - Janeiro e Fevereiro/2024 Distribuição dirigida e gratuita BRASIL. A GENTE ACREDITA DESAFIOS E METAS SIGA-NOS NO INSTAGRAM E FIQUE POR DENTRO DA SUA REVISTA E DO QUE ACONTECE. 4.722. O ano de Loong (Dragão de madeira). Haste positiva. Metal: ouro. O Folclore chinês indica um ano (para nós, 2024), que privilegiará com grandes recompensas, os que forem destemidos e ambiciosos. Ainda, de acordo com a vidência da grande nação asiática, a ousadia trará o auspicioso, reunindo sob a efígie de um animal mítico, força, coragem e boa sorte. Sem intenção de se tornar um veículo do esoterismo, contudo, Rodovias&Vias em seu costumeiro monitoramento midiático – que inclui sites estrangeiros e agência de notícias como a Xinhua, não passou incólume às festividades típicas do país, evidentemente topando com as informações reproduzidas logo acima e que, sem querer, se tornaram motivo de algumas digressões em sua central de Jornalismo. E naturalmente, os adjetivos “força e coragem”, foram logo apontados como conceitos defi nidores do perfi l do material colhido em visitas técnicas extensas por toda Santa Catarina, por ocasião da capa que, ilustra esta edição, que retrata o tremendo esforço empreendido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – via sua Superintendência e Unidades Locais, para manter o estado funcionando. ARTIGOS Valter Luiz Vendramin - Certifi cação de Produtos Mariana Pirih Peres - Sinalização Viária 112 Rodovias&Vias Instagram @rodoviasevias - rodoviasevias.com WhatsApp - +55 61 98357-0110 Publicação Terceira Via LTDA CNPJ: 37.856.781/0001-20 Juliano Grosco Diretor Comercial Leandro Dvorak Diretor Institucional Fábio Abreu Diretor de Jornalismo João Marassi Jornalista Responsável RP: DTR-PR 7731 Paulo Roberto Negreiros Diretor de Fotografi a Dagoberto Filho Fotografi a / Design Jaqueline Rupp Karatchuk Diretora Financeira Mari Iaciuk Relações Públicas Ah! Comunicação Finalização Grafi ca Tiragem. 20mil Artigos assinados não refl etem necessariamente a opinião da Um esforço que teve de superar a agonia de eventos climáticos sem precedentes, uma natureza em fúria, além das incertezas inerentes à arte precisa da engenharia no seu mais notável âmbito: o de grandes obras públicas. E neste sentido, ainda aludindo ao mitológico Loong, alguém lembrou que também a sabedoria – e portanto – a paciência e a resiliência, ambos, subprodutos da primeira, ajudam a caracterizar as coisas por lá. Outro atributo também encontrado pelas equipes, foi a inteligência, evidente na reportagem exclusiva sobre o 1º Workshop com foco em Segurança e Sinalização Viária, promovido por grandes empresas e expoentes tecnológicos no setor, e cujos debates, de alto nível técnico, registrado durante dois dias cheios, já frutifi caram em uma segunda edição, demonstrando a atualidade e a premência por esta iniciativa. E tempo houve, para atender a mais eventos, em um setor bastante agitado, como o “Encontro Regional Sul do Brasil”, realizado pela Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura, FRENLOGI, (que Rodovias&Vias orgulhosamente apoiou), e, claro, o 1º Workshop de Pavimento de Concreto, da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (GOINFRA) feito com a ABCP, Associação Brasileira de Cimento Portland. Ao que parece neste 4.722, Loong, além de tudo, também estará muito atarefado. Boa leitura! 96 1 BILHÃO NA MALHA SERGIPE DER/SE - Infraestrutura EM TEMPO iRap - Parcerias de Sucesso Contorno Mestre Álvaro - DNIT DNIT/MG 106 108 110 RODOVIAS&VIAS6 RODOVIAS&VIAS6 C M Y CM MY CY CMY K Anúncios - Rodovias e Vias - Indutil e Band.pdf 2 05/03/2024 09:02:23 ABDIB VÊ INVESTIMENTO RECORDE Neste ano, os investimentos em infraestrutura exceto óleo e gás deverão atingir a marca de R$ 235 bilhões, nas estimativas da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Será um recorde histórico. O dado reforça a expectativa do governo de que os investimentos vão se recuperar e compensar, em parte, a menor contribuição que o consumo e o setor externo deverão dar à atividade em 2024. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que já há no mercado projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na faixa de 2,5% este ano, acima dos 2,2% projetados pela Secretaria de Política Econômica (SPE). Destacou a quantidade de novas concessões que estão a caminho. Fo to : R od ov ia s& Vi as Foto e Fonte: Divulgação ASCOM/DNIT O Ministro dos Transportes, Renan Filho, abriu o evento com participação online, ressaltando a relevância desses pontos para o ano em curso. "O fortalecimento de recursos, entregas e a transparência são pontos muito importantes para 2024", ressaltou. "A entrega das obras na velocidade natural das coisas exige uma dedicação muito grande, e a determinação é fundamental", enfatizou o Ministro durante sua fala, mostrando as prioridades estratégicas para o setor de infraestrutura. Em seguida, o diretor-geral do DNIT, Fabricio Galvão, compartilhou os resultados positivos alcançados em 2023. "Não é fácil sair de uma execução tão baixa para dobrar os números em apenas um ano e aproveito a oportunidade para agradecer toda a equipe do DNIT pelo empenho", expressou Galvão, reconhecendo os esforços de todos. Para o ano de 2024, o diretor-geral destacou a importância de abordar os pontos críticos, incluindo obras essenciais que precisam sair do papel, e a necessidade de um pensamento coletivo. "Precisamos ser realistas com o nosso orçamento. Não podemos guardar dinheiro, temos que executar e entregar", ressaltou, enfatizando a necessidade de efetividade na gestão de recursos. O encontro estabeleceu um cenário otimista para o desenvolvimento viário, com metas ambiciosas e a determinação de superar os desafi os, visando uma infraestrutura de transporte mais efi ciente e segura para todos os brasileiros. DNIT DISCUTE DESAFIOS E TRANSPARÊNCIA PARA 2024 EM FÓRUM DE DIRETRIZESREALIZADO NA SEDE DA AUTARQUIA, EM BRASÍLIA NA MEDIDA RODOVIAS&VIAS 9 exclusiva Padrão DNIT Conciliando vasta experiência em construções e dinâmicas rodoviárias, o atual superintendente do DNIT, graduado, mestre e condecorado engenheiro Alysson de Andrade, é antes de tudo, um especialista em seu estado. Falando com desenvoltura e apontando novos rumos com extrema facilidade no grande e singular mapa, (antigo, porém atualizado com recentes marcações em fi tas adesivas coloridas), ele recebeu uma das equipes de Rodovias&Vias para explicar como e por onde Santa Catarina deve expandir sua infl uência logística em um novo contexto nacional, mais competitivo e que exige mais segurança e mais agilidade. Superintendente do DNIT-SC ALYSSON DE ANDRADE Fo to : R en at o Al ve s/ G D F. RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS10 11 exclusiva exclusiva Rodovias&Vias: O superintendente possui um tempo de casa bastante ponderável, que sem dúvida deve ter contribuído para um bom conhecimento acerca das demandas de Santa Catarina. Como o senhor descreve esta nova etapa no Departamento? Alysson de Andrade: Eu tive a oportunidade de atravessar algumas gestões, seja como Fiscal de Obras, Coordenador de Engenharia ou Superintendente. Vejo que agora temos as condições de fazermos um serviço mais efetivo “na ponta”, justamente por temos hoje, uma maior disponibilidade orçamentária. Para termos uma ordem de grandeza, Santa Catarina fechou um montante de R$ 1,38 bilhão em 2023, frente a uma execução que havia chegado à um pico histórico de R$ 800 milhões executados, quando do advento das obras na Ponte Anita Garibaldi em Laguna. Colocando em perspectiva, dos R$ 1,38 bi, já foram empregados R$ 1,1 bilhão até Dezembro, com algumas medições a serem ainda efetuadas, em uma estimativa que pode vir a ser superada. Mas, é um número histórico. “Temos hoje, uma maior disponibilidade orçamentária. Para termos uma ordem de grandeza, Santa Catarina fechou um montante de R$ 1,38 bilhão em 2023, frente a uma execução que havia chegado à um pico histórico de R$ 800 milhões executados, quando do advento das obras na Ponte Anita Garibaldi em Laguna.” “Foram 9 contratos de emergência, com alguns outros sendo firmados e tendo desdobramentos neste ano. Vale lembrar que de novembro de 2022 até Abril de 2023, nós tivemos chuvas históricas, com 400 mm de precipitação acima do maior registro já detectado.” “Houve uma aceitação e um alinhamento muito bom com o Ministério dos Transportes, o ministro Renan Filho, com uma grande afinidade do ponto de vista de propósito, de filosofia de trabalho, pela qual ele estabeleceu diretrizes muito importantes para Santa Catarina.” “Tanto na BR-470 quanto na BR-280, tivemos recordes históricos em termos de investimentos. 2023 foi o ano em que o DNIT mais investiu nelas nos últimos 10 anos.” Podemos presumir que o DNIT vinha em uma fase de “preparação”, já antevendo a possibilidade da chegada de recursos, começando a delinear algumas linhas de ação e mesmo estabelecendo prioridades para quando chegasse? Sim, nós já imaginávamos que seria possível acontecer. De fato, houve uma aceitação e um alinhamento muito bom com o Ministério dos Transportes, o ministro Renan Filho, com uma grande afinidade do ponto de vista de propósito, de filosofia de trabalho, pela qual ele estabeleceu diretrizes muito importantes para Santa Catarina. Uma, que nós atuássemos mais em grandes projetos estruturantes, grandes empreendimentos, ao invés de ações mais pulverizadas. Por outro lado, ele cobrou também, 100% de cobertura da malha com contratos de manutenção e a melhoria do ICM (Índice de Condição de Manutenção), meta esta que evoluímos, mas não conseguimos atender por completo. Ainda que nosso ICM melhorado o índice de rodovias classificadas como boas em 2023. Por que? Mesmo com o aumento de recursos que nós tivemos, Santa Catarina sofreu muito com as chuvas. Em termos de DNIT, levando em consideração o alcance dos estados sob esse prisma, Santa Catarina foi o mais prejudicado. Nesse aspecto, foram 9 contratos de emergência, com alguns outros sendo firmados e tendo desdobramentos neste ano. Vale lembrar que de novembro de 2022 até Abril de 2023, nós tivemos chuvas históricas, com 400 mm de precipitação acima do maior registro já detectado. E, para nossa total surpresa, de Outubro em diante, novamente tivemos grande pluviosidade novamente, o que nos obrigou a estabelecer mais 3 contratos dessa natureza, nas BR’s 470, 282 e 153, esta última, em fase de preparação do orçamento. Então, nós não conseguimos alcançar ainda índices mais favoráveis de conservação rodoviária, justamente pelo atendimento à essas emergências de grande monta. Nós tivemos, por exemplo, que desobstruir alguns pontos da BR-280, por 6, 7 vezes. Exatamente no mesmo segmento. Tamanha a incidência e recorrência de chuvas, atípicas. E quando falamos em emergência, não estamos apenas falando em abertura de pista. Estamos falando em contenção de taludes, dispositivos de drenagem, e uma série de ações que estão sendo feitas até agora. É um trabalho que continua por meses. BR-280 - Na Serra de Corupá, as intervenções acontecem em 6 pontosPonte Anita Garibaldi com 2,8 mil metros de extensão, 52 vãos, 136 estacas escavadas e 716 aduelas pré-moldadas Um montante que foi aportado em diversas obras pelo estado todo. Foram diversas entregas. Tivemos a BR-470, que sozinha, recebeu 5 novos viadutos, cerca de 8 Km de duplicação, na BR-280, os primeiros quilômetros de duplicação entregues no final do ano passado, além de contratos como o da BR-163, que está passando por adequações de capacidade em pavimento rígido, com 47 Km de extensão, sendo que 39 Km já foram entregues. Vale lembrar que tanto na BR-470 quanto na BR-280, tivemos recordes históricos em termos de investimentos. 2023 foi o ano em que o DNIT mais investiu nelas nos últimos 10 anos. Então, este cenário de orçamento muito melhor do que o que havia sido prospectado, e o fato de termos conseguido continuidade na gestão, nos permitiu uma condição mais favorável. Isso também contribuiu para que outras ações importantes para destravar empreendimentos, pudessem ser tomadas, como revisões de projeto em fase de obra, desapropriações, entre outros. Vencemos uma série de procedimentos burocráticos do ponto de vista administrativo, e claro, isso também é um fator importante para podermos fazer esses investimentos históricos. BR-470 • Viaduto de Navegantes - As novas alças vão beneficiar motoristas que seguem no sentido norte da BR 101 e precisam entrar na BR-470 sentido Blumenau e também os condutores que saem de Navegantes RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS12 13 exclusivaexclusiva Esse seria um tipo de contrato é inédito? Acredito que não. Imagino que algo semelhante tenha acontecido no Rio de Janeiro, ou mais ou menos dentro desses moldes, por conta daquelas chuvas pesadas que eles tiveram por lá, e que vêm sendo recorrentes nas regiões serranas. Vejo esses contratos, como uma alternativa que precisa ser explorada. Nós precisamos intervir antes e prevenir, uma vez que os tempos de recorrência mostram essa necessidade. Continuando, nós sabemos que chuvas que não ocorriam há 100 anos caíram em diversos municípios. Simplesmente, muitas localidades sequer tinham preparo ou plano de contingência para isso. Voltando um pouco à parte de conservação e manutenção, nós tivemos que promover uma ampliação desses contratos, para oferecer um nível e uma condição de pavimento melhor, também por conta de já termos em vista, o progresso do BR-Legal 2, programa de sinalização, que deve ter suas contratações abertas já no segundo semestre. Um programa que com certeza terá um impacto positivo e significativo na qualificação de nossa malha. Nas BR’s 470 e 280, iremos manter o nível recorde de investimentos no CREMA, com a inclusão de alguns trevos, como Mafra- Canoinhas,seguindo até Porto União. Na Região Oeste, tanto na BR-158 quanto na 282, onde pretendemos atacar com novos PATO’s (Plano Anual de Trabalho e Orçamento) enquanto não conseguimos elaborar os CREMAS. Então, são dois projetos grandes que devem incrementar a qualidade do pavimento nestas rodovias, a serem licitados já no primeiro trimestre, incluindo alto investimento em drenagem e reciclagem de base. Então, eles constituíram uma opção mais ágil. Atenta a este quadro, a Direção do DNIT estuda um novo programa de manutenção que deve estrear em 2024, que é o REVITALIZA, uma espécie de intermediário entre PATO e CREMA. Por sinal, será um programa que nos atenderá em pelo menos 7 situações diferentes, para as quais pretendemos aprimorar as soluções previstas em nossos PATO's. E quanto à parte construtiva? Santa Catarina foi um destaque em 2023. Em números absolutos, fomos o estado que mais conseguiu performar. Houve muito apoio financeiro do Governo Federal e do Ministério dos Transportes, assim como, medidas administrativas bem sucedidas junto aos contratos de obras. Com desembolsos expressivos em quatro grandes empreendimentos, como a BR-470 um dos nossos maiores investimentos, se não o maior; a 280; a 163 e a 285. É uma carteira de investimentos bastante madura, mas que não performava adequadamente. Mas no ano de 2023, conseguimos conciliar desempenho com desburocratização, por meio de maior assertividade nas desapropriações, melhorias em eficiência na gestão ambiental, pois assinamos novos contratos de gestão neste sentido. Temos uma equipe de desapropriação dedicada e especializada para acelerar esses processos e dirimir os gargalos nas obras. Também nos remanejamentos de interferências como redes elétricas, lógicas e de gás, estamos com uma atuação mais direta junto às concessionárias, o que nos permite abrir frentes para alocar esse orçamento. Então, é necessário frisar que a equipe do DNIT se dedicou muito para conseguir esse bom desempenho em 2023 e pode ter uma performance ainda melhor em 2024, até por que estamos muito perto de fechar mais lotes na BR-285, entre outras, como o lote 2 da BR-470, a BR-163 e a BR-280 que é um desafio, com muitas dificuldades técnicas a serem vencidas. Mas a ideia é sempre ir entregando trechos, ir continuando as entregas ao usuário, à medida em que os recursos vão chegando. Mesmo por que é uma forma de adquirir credibilidade em Brasília, demonstrando a capacidade efetiva de investimento do DNIT/SC. Um outro paralelo importante, que se dá em meio às retomadas de obras e às diretrizes do ministro, que nos instou à avançar na cobertura de manutenção da malha, nós não deixamos de olhar para o futuro. BR 280 - Obras da construção da ponte sobre o Rio Itapocú BR 280 - CREMA • Região de Canoinhas Pesa para isso o fato de algumas delas, como a própria BR-280, terem iniciado como estaduais passando depois a federalizadas, portanto, terem um padrão técnico mais acanhado, digamos? Também. Apesar de elas terem sido federalizadas há algum tempo. Veja só, em Corupá, temos uma situação geológica. Foi feita a opção por cortes e aterros, ao invés de túneis, muito mais caros, porém mais seguros sob o ponto de vista dos deslizamentos. É uma opção válida, se pensarmos no nosso país, como dispondo de recursos limitados. Para abertura da rodovia, foi preciso fazer essa opção. Mas hoje nós estamos sujeitos à essas ocorrências, devido aos eventos climáticos extremos que estamos presenciando e que têm projeção de se manterem. Constituem muito provavelmente, uma nova realidade para a qual precisamos nos adaptar. Muito por conta disto, nós estamos inclusive planejando desenhar contratos de “Prevenção de Emergência”, para situações em locais onde há recorrência de quedas de barreira, como em serras, aclives e regiões mais sinuosas. “Conseguimos conciliar desempenho com desburocratização, por meio de maior assertividade nas desapropriações, melhorias em eficiência na gestão ambiental, pois assinamos novos contratos de gestão neste sentido. Temos uma equipe de desapropriação dedicada e especializada para acelerar esses processos.” “Estamos inclusive planejando desenhar contratos de “Prevenção de Emergência”, para situações em locais onde há recorrência de quedas de barreira, como em serras, aclives e regiões mais sinuosas.” RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS14 15 exclusivaexclusiva Esta, uma obra emblemática, que se desenvolve no meio de uma serra. Justamente. Além dela, temos ainda outros contratos em lotes isolados, como o contorno de Santo Amaro da Imperatriz, outro ponto importantíssimo na BR-282, que vai trazer fluidez, uma vez que a cidade cresceu em torno da rodovia, e que não oferece outros pontos pra expansão, gerando filas. Nesta obra, estão previstos 1700 m túneis, cujo projeto está sendo contratado. Além desses projetos, nossa parceria com a equipe do Dr. Luiz Guilherme se estende aos EVTEA’s (Estudos de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental) e os EIA-RIMA (Estudo de Impactos Ambientais – Relatório de Impactos ao Meio Ambiente), estudos que antecedem a contratação de novos projetos. É o caso da SC-486, cujos estudos já denotaram que ali há potencial para uma nova rodovia federal, contendo a perspectiva de num projeto futuro, realizar um contorno, com acessos a São Joaquim, Urubici, integrando a serra catarinense à Gramado e Canela, e aí sim efetivando um verdadeiro “Caminho das Neves”, um eixo de turismo que irá interiorizar o desenvolvimento. A rodovia Federal planejada, poderá substituir a estadual existente, muito sinuosa, não apresentando a capacidade de absorver o fluxo de tráfego que nós imaginamos que a região demande. Queremos que as rodovias federais do estado como um todo, se ainda não possuem, que passem a ter o padrão DNIT. Em suma, é uma região que merece atenção. Tem muito apelo turístico, muitas vinícolas. E os estudos de viabilidade apontam pra isso. Ainda falando em projetos, temos no extremo Oeste, a Ponte de Itapiranga, em franco desenvolvimento, para ligar, no Rio Uruguai, conectando ao Rio Grande Sul, uma nova rota para a BR-163, para atender ao transporte pesado de cargas, que vêm também da Argentina. É uma região de agroindústria, especialmente dependente de grãos que chegam do centro oeste e também de equipamentos, como as colheitadeiras, que sobem do Rio Grande do Sul para o restante do país. E aí, nós passamos a falar sobre projetos. Exato. Em 2023, nós colocamos “na praça”, muitos projetos de duplicação. Projetos estruturantes, visando uma substituição de carteira. Se hoje nós temos uma carteira de R$ 4 bilhões de contratos em andamento, com boa parte já executada, amanhã ou depois, as obras serão concluídas e precisamos reposicionar os investimentos públicos. Para tanto, contamos com grande apoio da Diretoria de Planejamento e Pesquisa (DPP) e contratar o projeto de duplicação de toda a BR-282, com o primeiro edital lançado no ano passado, de Lages à São Miguel do Oeste, com cerca de 427 Km, subdividido em 4 lotes. Logo depois, foi lançada a BR-470, com 8 lotes entre Indaial e Campos Novos, bem como o edital de duplicação, também em 8 lotes, da BR-282, de Palhoça a Lages que pretendemos lançar em breve. “Queremos que as rodovias federais do estado como um todo, se ainda não possuem, que passem a ter o padrão DNIT.” Fo to : A SE CO M / M Tr an sp or te s O superintendente falou dos estudos de meio ambiente. É evidente que Santa Catarina tem no seu patrimônio natural uma importante riqueza, que movimenta indústrias possantes. Como tem progredido o relacionamento com os institutos e órgãos preservacionistas? Nós entendemos que a legislação é um elemento de defesa do Meio Ambiente. São diretrizes que precisam ser seguidas integralmente. Na qualidade de braço gestor do governo Federal, temos que nos concentrar em atender essas rigorosas condicionantes durantea execução das obras. Na BR-280, veja só, nós tivemos um programa que, no âmbito do DNIT, figura entre os mais completos do Brasil ambientalmente falando. Ali nós temos a presença de comunidades indígenas, o que nos levou a adquirir terras, uma exigente da componente. Ainda na BR-280, será feita uma adequação de projeto para atender outra exigência que é a ciclovia, além da aquisição de veículos para os indígenas, melhorias nas aldeias, e até mesmo de habitações. Temos assim procurado atender de forma prioritária, para organizar ações que de fato, atendam as premissas socioambientais. Foram ajustes feitos junto à FUNAI (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). Notadamente na BR-280, mas também na BR-470 e todos os nossos empreendimentos. Para assegurar a qualidade do nosso trabalho, contratamos em ambas as rodovias, duas gestoras ambientais, e que visam atender também à premissas do TCU – Tribunal de Contas da União. Voltando um pouco, além da componente indígena, elas têm embutidas ainda, programas de resgate de fauna, flora, manejo ambiental. Lá nós teremos um "overpass" para que a fauna possa passar por sobre a rodovia, algo inédito em nosso estado. Então, tudo isso é reflexo de uma gestão ambiental muito ativa. Na BR-163, também temos essa gestão ambiental individualizada. Enfim, nos 4 grandes empreendimentos do Estado viabilizamos contratações específicas para atender completamente esses programas. Dentro deste esforço, também há uma parte muito importante, voltada à educação, junto às escolas, de promoção de consciência e segurança no trânsito, tudo para que tenhamos uma convivência mais harmônica com a rodovia. “Dentro deste esforço, também há uma parte muito importante, voltada à educação, junto às escolas, de promoção de consciência e segurança no trânsito, tudo para que tenhamos uma convivência mais harmônica com a rodovia.” Visita técnica do Ministro do Transportes Renan Filho, as obras dos túneis da BR-280 BR 285 • Serra da Rocinha - As atividades envolvem 30 mil metros de perfuração, 20 mil metros quadrados de tela metálica de alta resistência, cerca de 700 metros cúbicos de concreto, e tirantes com até 22 metros de comprimento e 400 toneladas de carga. RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS16 17 exclusivaexclusiva Se falamos da fiscalização ambiental, há também, como mencionado, a fiscalização dos órgãos de controle. Como é esta relação, em especial em um momento em que há maior disponibilidade de recursos e, presumivelmente maior escrutínio? Eu vejo o TCU com uma grande capacidade técnica e que é muito pertinente em suas recomendações. São sempre relatórios muito completos. Trabalhos executados com muita seriedade. Tanto que nós vemos a necessidade de ampliar nossa equipe, para melhorar o atendimento aos apontamentos que eles fazem. E isso, em parte reflete um déficit de funcionalismo que o DNIT tem em Santa Catarina. Mas, temos consciência de que o Tribunal, a Controladoria (CGU – Controladoria Geral da União), constituem métricas importantes de transparência e boa governança, quando pautadas pela razoabilidade. Posso dizer que – via de regra – temos um diálogo que resulta em aprendizados para ambos os lados. Nós entendemos que um estado mais eficaz, passa por uma controladoria forte. É uma relação muito profícua. Sobre funcionalismo, voltando um pouco, existe uma necessidade por mais concursos? Existe. Veja que Santa Catarina foi, ao longo dos anos, conseguindo executar orçamentos de R$ 500 milhões, até R$ 800 milhões, chegando no pico dos R$ 1,38 Bi. Em se mantendo e quem sabe até aumentando essa projeção, nós chegaremos a um limite operacional. O ministro Renan já na transição, observando o horizonte de 4 anos, falou em nos preparamos para R$ 80 Bilhões em todo país. E, com o que verificamos até aqui, é algo factível, provavelmente repetindo, ou até mesmo aumentando nosso orçamento por meio das emendas de bancada. Até por que nossos parlamentares são muito atuantes. Por outro lado, nosso quadro é bastante enxuto, mas, ainda assim, conseguimos avançar focando nas desapropriações, por exemplo, com aberturas de novas frentes de obras, mas existe sim uma crescente necessidade de reposição do quadro de servidores. O superintendente falou em entrega. E as entregas de obra previstas? Quais são? Como estamos em relação aos prazos? Na BR-285, estabelecemos uma meta, junto à empresa, para que a entrega se dê ainda no primeiro trimestre deste ano. Temos um restante ali de pista de concreto, mas o desafio mesmo são as contenções. Se a meteorologia colaborar, será possível concluir o trecho de serra. Este ano de 2024, deverá testemunhar a entrega dos lotes 1 e 2 da BR-470. Incluindo um viaduto no Km 7 nos primeiros meses do ano. Já os lotes 3 e 4 devem ser concluídos até o final deste ciclo do governo federal. A adequação de capacidade na BR-163, também deve ser concluída no começo de 2025. Outra obra que deve ser retomada é o Contorno de São Francisco, muito complexo, e um dos principais gargalos logísticos do estado, por que influenciará os modais ferroviário rodoviário e hidroviário. Há ainda o Contorno de Jaraguá na BR-280, que já está com um emboque vazado, uma obra com valores atualizados de R$ 1 bilhão. Mas no geral, como estou relatando a você, nós estamos com boas expectativas. E com uma equipe que tem demonstrado muita garra e vontade de realização. Estamos falando de uma intensidade de tráfego alta e muito distribuída por todo o estado. E naturalmente isso nos faz pensar em concessões. De fato, o investimento público chegou primeiro, em algumas ocasiões. Como ocorreu por exemplo na BR-101, feita pelo DNIT e que depois passou à administração privada. Acredito, assim como Ministro Renan, que é preciso encontrar um equilíbrio, que concilie a entrega de obras necessárias, com a modicidade tarifária e chamar sim o investidor, para que participe das melhorias a serem feitas, complementando os investimentos públicos. Você falou em concessões, a exemplo das que aconteceram no Paraná. O ministro Renan já sinalizou, a possibilidade de um primeiro lote de concessões, já em 2025. Até por que, como você disse nossas rodovias são muito solicitadas, com tendência de aumento de tráfego após as duplicações promovidas pelo DNIT. Paralelamente, há uma tratativa, no sentido de estabelecer parcerias com o governo do Estado para privatização conjunta de possíveis rotas de fuga estaduais. Assim, o DNIT priorizar o investimento nos principais corredores, intervindo posteriormente nas demais rodovias. “Eu vejo o TCU com uma grande capacidade técnica e que é muito pertinente em suas recomendações. São sempre relatórios muito completos. Trabalhos executados com muita seriedade.” “É preciso encontrar um equilíbrio, que concilie a entrega de obras necessárias, com a modicidade tarifária e chamar sim o investidor, para que participe das melhorias a serem feitas, complementando os investimentos públicos.” “Estamos com boas expectativas. E com uma equipe que tem demonstrado muita garra e vontade de realização.” BR 282 • Trevo que está sendo implementado pela Arteris Litoral Sul do Contorno de Florianópolis.BR 470 • Duplicação de Navegantes à Campos Novos BR-280 BR-470 BR-285 BR-163 RODOVIAS&VIAS20 RODOVIAS&VIAS 21RODOVIAS&VIAS20 RODOVIAS&VIAS 21 ENGENHARIA COM SOTAQUE CATARINENSE Wanderlei Salvador definiu, no artigo "Por que somos barriga verde", um perfil inequívoco dos nativos da terra. Um estereótipo que nasce em campo de batalha, mas que com adição da palavra “trabalho”, resume o patrimônio imaterial de um povo em meia dúzia de adjetivos: lealdade, coragem, disciplina, galhardia, honradez e bravura. Barriga Verde, portanto, um dístico que dá completo sentido à uma parte de estrofe presente em seu hino: "É cada homem um bravo.Cada bravo, um cidadão". Contudo, antes de ir à campo (e efetivamente constatar a veracidade destas definições), é preciso compreender, como todo este potencial pode ser explorado na prática, oferecendo como resultados, as grandes obras federais que estão sendo paulatina e inexoravelmente, entregues nos 4 quadrantes do estado pela Superintendência. Uma história que começa em Brasília, na sede do Departamento, e que tem como um dos seus protagonistas, a fi gura do jovem e determinado estrategista atualmente à frente do Ministério dos Transportes. RODOVIAS&VIAS20 Rodovias&Vias, costumeiramente traz em suas páginas os giros de suas equipes pelas Superintendências do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. No heterogêneo, plural e riquíssimo caldo cultural da grande comunidade rodoviarista do país, a agulha da bússola apontou para o Sul, na direção da aprazível (e à época deste registro, bastante molhada) Santa Catarina. Mais precisamente, para que se pudesse conferir os grandes avanços promovidos pela superintendência, no sentido de ampliar as já gigantes capacidades do estado. CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC "Se há porém apelido que tanto honre pelo de glorioso que encerra e com o qual muito se desvanecem os filhos de Santa Catarina, é sem dúvida alguma o de Barriga-Verde. Barriga-verde é um gentílico utilizado para designar os nascidos no estado brasileiro de Santa Catarina, normalmente referidos como catarinenses. Esta alcunha é motivo de orgulho para os habitantes, culminando na nomeação da sede do governo de Palácio Barriga Verde, além do monumento em homenagem aos Voluntários da Pátria, heróis barriga-verde na Guerra do Paraguai.Uniforme de infantaria português de 1762 com a suposta faixa verde sobre a barriga. Aquarela de Ribeiro Artur. RODOVIAS&VIAS22 RODOVIAS&VIAS 23RODOVIAS&VIAS22 RODOVIAS&VIAS 23 Mas esta é uma história, como podemos presumir, que antes de chegar em Santa Catarina, se inicia em Brasília. Oferecendo um panorama ainda mais preciso das evoluções nos últimos anos sob a perspectiva da sede do DNIT, como explica Carlos Antônio Rocha de Barros - diretor da Diretoria-Executiva do DNIT: “O DNIT, em 2023, executou em apenas um ano o equivalente a 2 anos de orçamentos anteriores. Em 2023, nós batemos R$ 14,03 Bilhões, se tratando de investimentos. O que fi zemos ano passado foi elevar o patamar do DNIT, dobrando a execução. 2020 foi ainda mais baixo, e é preciso levar em conta que nós tivemos um impacto da Pandemia do Coronavírus também, mas acredito que nós conseguimos ter uma retomada sim, mais digna, em relação aos desafi os que temos”. Ainda, de acordo com ele, “Essa foi uma retomada somente possível, a partir da determinação de nosso ministro dos Transportes, Renan Filho e do nosso Presidente Lula, que fi zeram com que nós pudéssemos ter uma recomposição, em termos orçamentários, muito além do que a que tivemos nos últimos anos, em uma construção junto ao congresso. Então, houve um processo de transparência, e uma vontade também por parte dos parlamentares, de dialogar de forma proveitosa, no sentido de elaborar a PEC da transição. E isso se mantém em 2024, em termos de orçamento alocado. Neste exercício manteve-se, um orçamento que nos coloca em condições de fazer frente às necessidades. Por isso, creio que 2024 será um bom ano, não apenas para Santa Catarina, mas para o DNIT no país todo”, avaliou, exemplifi cando: “Nós conseguimos Carlos Antônio Rocha de Barros, Diretor da Diretoria-Executiva do DNIT Thiago Borges Pitombeira, Coordenador Geral de Construção Rodoviária DNIT “Temos que louvar a dedicação e o empenho dos nossos servidores. Gente ‘de excelência’ e que está na ponta, nas Unidades Locais e nas Regionais, fazendo um esforço diuturno, à custa de muito esforço profissional e pessoal, pois sabemos que o nível de fiscalização ao qual somos submetidos é bastante elevado.” “A BR-280 é atualmente um dos maiores contratos da nossa coordenação, com quase R$ 1 bilhão em investimentos. Em Santa Catarina há 12 obras nas BR’s 163, 158, 470, 282 e 285, considerando que ainda serão licitados mais lotes, na BR-280, em Jaguará, Porto União e na BR-101, no contorno de Araranguá.” Túnel da BR-280 CONTEXTOS CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC entregar o ‘Contorno do Mestre Álvaro’, que é um empreendimento que perpassou exercícios fi scais, e que, prosperou, graças à fi rme atuação da bancada do Espírito Santo, que fez a alocação desses recursos, e que afi nal com o orçamento recomposto pelo novo governo federal implicou na conclusão desta obra tão importante para a população capixaba. Este é um dos indicativos que temos, de que também foram retomadas as entregas de grandes obras, relevantes, que vão aí representar um incremento da nossa infraestrutura de transportes”. O diretor ainda frisou outros objetivos ousados: “O ministro assumiu o compromisso de melhoria do ICM (Índice de Cobertura de Malha), com a meta de que este chegue à casa de 80% em todo o Brasil. É algo muito significativo, em um momento onde já atingimos melhorias bastante signifi cativa em termos de recuperação. Um bom exemplo, é o que ocorreu em Rondônia, onde saímos de um ICM de cerca de 43% para 83%. São mudanças que são precisamente, resultado da alocação desses recursos, e por termos uma capacidade de performance muito boa nas Superintendências. Temos que louvar a dedicação e o empenho dos nossos servidores. Gente ‘de excelência’ e que está na ponta, nas Unidades Locais e nas Regionais, fazendo um esforço diuturno, à custa de muito esforço profi ssional e pessoal, pois sabemos que o nível de fi scalização ao qual somos submetidos é bastante elevado”, revelou. Já pelo prisma mais associado à atividade fi m do Departamento, Thiago Borges Pitombeira, Coordenador Geral de Construção Rodoviária, explica: “2023 foi muito importante para a CGCON no sentido de ampliarmos nossa carteira. Iniciamos com algo em torno de 130 contratos, fi nalizando com mais de 170. Ou seja, colocamos ‘na praça’ várias obras importantes para estados como RS, SC, e obras emblemáticas como a Ponte de Penedo, a Ponte Internacional de Guajará-Mirim, em Rondônia, entre outras, como a BR-030 na BA e a BR-226 no Maranhão, que têm caminhado muito bem. Vale ressaltar que somente no orçamento de construção, foram executados mais de R$ 2,5 Bilhões”, detalhou o coordenador, que reforça as boas impressões verifi cadas por Rodovias&Vias, pelos corredores do Departamento e em suas representações. “Temos a expectativa que isso se mantenha e até aumente ao longo de 2024”. Falando especifi camente de Santa Catarina, ele afi rma: “A BR-280 é atualmente um dos maiores contratos da nossa coordenação, com quase R$ 1 bilhão em investimentos. Em Santa Catarina há 12 obras nas BR’s 163, 158, 470, 282 e 285, considerando que ainda serão licitados mais lotes, na BR-280, em Jaguará, Porto União e na BR-101,no contorno de Araranguá”, disse. “A carteira, portanto, vai aumentar para este ano”, resumiu o coordenador. RODOVIAS&VIAS24 RODOVIAS&VIAS24 Permitindo uma dimensão mais cronológica do momento atravessado pelo DNIT-SC, o superintendente Substituto e coordenador de Engenharia Terrestre, Izaldo Carlos Kondlatsch, afi rma: “Desde a época do DNER (Departamento Nacional das Estradas de Rodagem), e estou falando de 28 anos da minha experiência na autarquia, nós nunca tivemos um orçamento tão bom como o de 2023. Independente de coloração partidária, sob nosso ponto de vista, este é um governo Federal que optou por investir em infraestrutura, portanto. Tínhamos obras aqui no estado que se arrastavam durante muito tempo, e em rodovias importantes. E isso gera um impacto violento, tanto no trânsito, por conta dos desvios consecutivos, quanto para a população em si, que anseia pelo resultado e não o vê acontecer. Sem contar os prejuízos econômicos e ambientais do tráfego paradoe a perda de tempo. Então pra nós foi uma grande satisfação poder realizar o que não tivemos condições nos últimos 5 anos ou mais, justamente por conta das restrições orçamentárias”. Fazendo coro ao superintendente Alysson, sobre este aspecto, ele fi naliza: “E tudo indica que 2024 também será um ano bom”. Ainda, segundo ele “2023 foi um ano de ajustes. Tivemos que fazer algumas reorganizações na gestão, muito por conta, justamente dos atrasos das obras, como já mencionei. Os problemas vão se acumulando. E nós precisamos encarar esses problemas de forma séria. Desde as execuções contratuais com as empresas até pendências trabalhistas dos funcionários que fi caram paralisados”, recorda o substituto. “Mas nós conseguimos, com diálogo e estudo, ir acessando cada um deles. Apesar de ter sido um ano com muitos recursos, houve problemas em alcançarmos um objetivo importante, que era melhorar a condição da malha. Registramos um ICM ruim, com 13% de malha ruim ou péssima, e isso é inaceitável, e isso se deve ao fato de termos sido praticamente obrigados a envidar muito esforço e dinheiro para atender e sanar emergências, como não se costuma ver. Totalmente atípicas. Praticamente de Novembro de 2022 pra cá não parou de chover. Por isso estamos com 7 pacotes de obras emergenciais, e com mais 3 em vista para serem fi rmados”, explica o substituto. Em tempo, os próximos 3 pacotes estão sendo preparados para as BR’s 282, 470 e 153”, detalhou. Izaldo Carlos Kondlatsch, Coordenador de Engenharia Terrestre DNIT/SC “Então pra nós foi uma grande satisfação poder realizar o que não tivemos condições nos últimos 5 anos ou mais, justamente por conta das restrições orçamentárias.” FEDERAIS CATARINENSES CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC RODOVIAS&VIAS26 RODOVIAS&VIAS26 Fo to s B al an ça : A SC O M D N IT /S C OPERAÇÃO DNIT Componente estrutural das ações do DNIT, o serviço de operações é sempre reputado como um dos grandes desafi os em todas as superintendências do Departamento. À frente deste quesito no estado de Santa Catarina, o jovem engenheiro Felipe Joenck, analista de Infraestrutura e chefe de Operações, pondera: “Com grande orçamento, vem uma grande responsabilidade. E com as constantes melhorias na malha, aumenta a necessidade de maior controle. Tudo isso gera maior demanda no setor, com mais fi scalização de acessos, de velocidade, de peso e de ocupação em áreas próximas às rodovias. Uma das nossas principais demandas, inclusive, é constituída justamente pelo acompanhamento criterioso de nossa faixa de domínio, que inclui algumas vias marginais e as pistas de entrada e saída dos pontos comerciais e postos. Controlamos, na verdade, todo o tipo de utilização pública da faixa, para que a utilização se dê de forma ordenada e isso inclui as concessionárias (Água, Luz e Gás) além das empresas que desejam se instalar em áreas lindeiras. Este aspecto da faixa de domínio, está sendo constantemente atualizado, trazido à luz dos manuais de hoje, pois temos rodovias que são bem antigas, algumas do tempo do DNER, e ocupações que foram surgindo ao longo do tempo. Então este é um trabalho constante para cadastramento e inventário”, esclarece, abordando ainda um tema nevrálgico onde o padrão técnico das pistas é mais elevado: “O controle de velocidade também representa um ponto forte de atuação. Especialmente por parte da população, de comerciantes, que nos encaminham pedidos para análise, sobre a instalação de radares. Nós estudamos todas essas requisições CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC Felipe Joenck, analista de Infraestrutura e chefe de Operações “Com grande orçamento, vem uma grande responsabilidade. E com as constantes melhorias na malha, aumenta a necessidade de maior controle. Tudo isso gera maior demanda no setor, com mais fiscalização de acessos, de velocidade, de peso e de ocupação em áreas próximas às rodovias.” e, eventualmente, em detectando a necessidade, nós realizamos a instalação, com sinalização e atendendo a todos os fundamentos exigidos pelo CONTRAN. De mais a mais, apesar de toda a polemização que este tema gera, é inegável que eles contribuem para evitar acidentes. Esta é uma constatação”, argumenta, mostrando um lado importante da atuação do DNIT, que é o atendimento direto às manifestações da população. “Mais do que isso, nós levamos em conta a acidentalidade, a criticidade desses acidentes e claro, análise dos fatores de risco, mesmo que no local apontado pela população, não tenha histórico de acidentes, por exemplo. A intenção é sempre educar e não punir. É por isso que um ponto de honra nosso é a sinalização desses equipamentos, inclusive contendo a velocidade que ele delimita para aquele trecho”, explicou. VIGILANTES DO PESO Sob o mesmo guarda chuvas do Serviço de Operação, está a pesagem dos veículos de carga. “É uma atribuição importante, por que os excessos, como é de conhecimento de todos, causam muitos danos ao pavimento. Tendo em vista a vida útil, nós vemos como a ausência dessa fi scalização implica em gastos diretos com manutenção e intervenções estruturantes, que passam a ser mais frequentes”, disse. Sobre os equipamentos desta natureza, utilizados pelo Departamento, ele esclarece que se tratam de “balanças móveis, posicionadas e reposicionadas, de acordo com a necessidade. A Polícia Rodoviária Federal, inclusive, é um parceiro importante neste sentido do controle de peso dos caminhões. Tanto é que preferencialmente nós posicionamos esses dispositivos no próprio pátio da PRF. E é um trabalho que tem dado bons resultados”, fi nalizou. RODOVIAS&VIAS 27 RODOVIAS&VIAS 29RODOVIAS&VIAS 29 CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC Diego Fernando da Silva, chefe do serviço de Construção do DNIT/SC “Essas adversidades climáticas, que não são apenas exclusividade daqui, mas a nível mundial, são o principal fator que tem nos atrapalhado. Algo que com uma boa gestão, temos tido êxito em superar.” EM OBRAS: O SERVIÇO DE CONSTRUÇÃO Com diversos empreendimentos correntemente em andamento, como as ampliações de capacidade nas BR-s 470, 285, 163 e 280 entre outras, o serviço que representa o núcleo da engenharia pesada no DNIT, tem também sua porção de desafi os assegurada, para além dos oferecidos pela própria natureza da atividade, pelas confusas, atípicas e massivas chuvas na região. “Essas adversidades climáticas, que não são apenas exclusividade daqui, mas a nível mundial, são o principal fator que tem nos atrapalhado. Algo que com uma boa gestão, temos tido êxito em superar. Juntamente à coordenação de engenharia, nós temos conseguido fazer as obras avançar”. Detalha o chefe do serviço de Construção da Superintendência, engenheiro Diego Fernando da Silva que trouxe mais detalhes sobre a tarefa de elevar o nível rodoviário das pistas catarinenses. AVANTE NA BR-280 “Na BR-280, estamos com 3 lotes, um deles passando por adequação de projeto já em vias de ser concluída para a retomada dos trabalhos, que é o de número 1, de São Francisco do Sul ao entroncamento com a BR-101; o lote 2.1, que vai da BR-101 à Guaramirim quase chegando em Jaraguá do Sul, em andamento e, onde foram pacifi cadas as questões ambientais e dos povos indígenas, sendo o segmento onde temos um avanço maior; e o 2.2, que inclui o Contorno de Jaraguá, que também passou por revisões de projeto, já aprovadas, e que também se relacionavam aos túneis, mas que afi nal, já possibilitam a abertura de uma boa frente de trabalho para a empresa avançar. Este é um empreendimento grande em seu conjunto, e que, em se mantendo essas boas perspectivas de recursos, associadas às liberações, têm tudo para que caminhemos para uma conclusão em meados de 2025”, explica o engenheiro Diego. RODOVIAS&VIAS30 RODOVIAS&VIAS 31RODOVIAS&VIAS30 RODOVIAS&VIAS 31 “Com 4 lotes de duplicação, de Navegantes à Indaial, ela apresenta tanto o Lote 1 como o 2 em um percentualde execução bastante elevado, com uma previsão de conclusão parcial para este ano, fi cando alguns remanescentes para 2025. Mas temos a pista praticamente já duplicada até Gaspar. Já nos lotes 3 e 4, verifi camos um avanço significativo, pós desapropriações e remanejamento de interferências, e que devem ser entregues no começo de 2026”, relatou João José. De acordo com o fi scal de Obra do DNIT, para a BR-470 e supervisor da Unidade Local de São José, engenheiro João José Vieira, concorda e acrescenta: “A BR-470 teve um desenvolvimento desafi ador, pois está inserida em uma área densamente ocupada e implicou em cerca de 600 desapropriações. Então ela passou por um tempo, em gestões anteriores, tendo que vencer esses problemas. Claro, essa é apenas uma das questões. Por exemplo, no lote 1, enfrentamos solos moles, que exigem substituição e que têm um avanço muito metódico, para evitar rompimento. Uma dificuldade de grande monta, de ordem geotécnica e que em um contexto de limitações orçamentárias, representa um risco real e grave para qualquer obra. Isto que nem estou mencionando as questões climáticas, pois estamos na 3ª região mais chuvosa do país em volume de precipitação”, explicou o experiente profi ssional, que há 44 anos se dedica à construção rodoviária. “Hoje, na BR-470, nós vivemos um momento em que ela foi ‘destravada’. Os trabalhos estão fl uindo. Houve CAPA • DER-DF – ESTEIO RODOVIÁRIOCAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC João José Vieira, Chefe da Unidade Local de São José “Hoje, na BR-470, nós vivemos um momento em que ela foi destravada. Os trabalhos estão fluindo. Houve a chegada de recursos, mas acima de tudo, houve interesse político em fazê-la fluir.” a chegada de recursos, mas acima de tudo, houve interesse político em fazê-la fl uir”. Avaliou. “Ela possui um histórico de luta, de difi culdades em vários aspectos, com um andamento que levou mais tempo do que esperávamos, por motivos alheios à nossa vontade. Ela nunca parou, na verdade, mas andou com morosidade. Hoje ela é um empreendimento que performa bem”, disse. “Durante as fases em que ela evoluía mais lentamente, nós fi zemos adequações e melhorias em projetos, por que a cronologia dela, como se estendeu, acabou mostrando essa necessidade. Também nesse aspecto do tempo, as legislações ambientais foram se aperfeiçoando, e isso também exigiu um esforço adicional. A BR-470 teve que ir sendo adequada por nós, em várias áreas, para que se mantivesse atualizada para seu tempo. Algumas dessas adequações geraram inclusive, mais economicidade para a obra, como nos viadutos da Ari Barroso. Mas estamos caminhando bem”, fi nalizou. A EMBLEMÁTICA BR-470 RODOVIAS&VIAS32 RODOVIAS&VIAS 33RODOVIAS&VIAS32 RODOVIAS&VIAS 33 CAPA • DER-DF – ESTEIO RODOVIÁRIOCAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC Nevio Antônio Carvalho, fi scal de Obra do DNIT/SC da BR-285 “A BR-285 foi um empreendimento, do ponta de vista do engenheiro, que aprecia a técnica e se sente motivado pelos desafios, muito interessante. E cabe aqui também à nós agradecer à paciência e cooperação da população.” EXPECTATIVA: BR-285 Apresentando muitos desafi os sob a ótica geotécnica, com contenções e inovações como a execução em pavimento rígido, “restam pouco mais de 1 Km para encerrarmos a pavimentação da BR-285, com a possibilidade de a entregarmos já agora em março. Claro, ali sofremos com muita interferência por conta das condições climáticas, e nossa estimativa se baseia em uma perspectiva mais otimista, de que estas não persistam em grande intensidade. Mas esperamos que aconteça”, disse o engenheiro Diego Fernando da Silva. Ainda, segundo o fi scal de Obra do DNIT para a BR-285, engenheiro Nevio Antônio Carvalho, “Esta é uma obra que gera bastante expectativa, tanto do ponto de vista do transporte de cargas, quanto do ponto de vista dos traslados turísticos. Certamente, o Porto de Imbituba será um dos grandes benefi ciados com essa implantação. O setor produtivo regional terá a capacidade de colocar suas mercadorias de forma mais ágil e segura para seus mercados”, relata Carvalho. “Acredito que para todos nós do DNIT, é um trabalho muito gratifi cante. Pois quase tudo que é possível ter em uma obra, nós temos ali. Pavimento rígido, fl exível, implantação – como no caso dos contornos – atuação em regiões planas e em áreas acidentadas, diversos tipos de solo, pontes, viadutos, que terão um impacto estético na região e que, evitaram a execução de aterros e cortes, impactando menos. Uma obra que teve sim seus percalços, com as restrições orçamentárias, em um segundo momento por conta da necessidade de executarmos contenções inicialmente não previstas, e de fato, ela demorou. Mas nós a vemos chegar, com grande satisfação à sua reta fi nal. A BR-285 foi um empreendimento, do ponta de vista do engenheiro, que aprecia a técnica e se sente motivado pelos desafi os, muito interessante. E cabe aqui também à nós agradecer à paciência e cooperação da população, pois ela era o único acesso em praticamente 200 Km. A comunidade realmente entendeu as difi culdades e torceram por nós. Tivemos ali uma parceria muito boa com a prefeitura”, contou o engenheiro fi scal. RODOVIAS&VIAS 33 RODOVIAS&VIAS34 RODOVIAS&VIAS 35RODOVIAS&VIAS34 RODOVIAS&VIAS 35 CAPA • DER-DF – ESTEIO RODOVIÁRIOCAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC ROTA PRODUTIVA: A BR-163 Presente desde o início dos trabalhos, o chefe de Serviço de Construção, Diego Fernando da Silva, passou por todas as fases deste trabalho que há muito é acalentado no Oeste catarinense, por ser uma conexão importante para o agro e indústrias. “Tive a oportunidade de acompanhar o encerramento do contrato antigo, bem como a arrancada dela a partir da nova licitação, ali na região do Cedro, um segmento concluído em outubro de 2021. Trata-se de uma obra de adequação de capacidade e restauração, prevendo alargamento de plataforma, implantação de terceiras faixas e travessias urbanas, bem como a restauração da pista em whitetopping, para dar melhores condições de trafegabilidade, dado o alto nível de exigência. Ela deve, portanto, atender bem no nosso estado, a região de Guaraciaba até São Miguel do Oeste”, explica ele. NOVAS CONTRATAÇÕES “Temos diante de nós mais algumas perspectivas interessantes, como o recente lançamento do edital da BR-470 de Indaial à Campos Novos, que corresponderiam aí, mais ou menos aos lotes 5, 6 e 7 dessa duplicação, bem como o edital de estudos e projetos para a contratação de obras para a duplicação da BR-282, de Lages à São Miguel do Oeste. Então, existe essa possibilidade real de que essas obras venham em um futuro próximo a integrar nossa carteira de contratos”, comemorou o engenheiro, que também foi supervisor de Unidade Local. PLANEJAMENTO E PROJETOS Guido Paulo S. Junior, chefe de serviço de Planejamento e Projetos DNIT/SC “A atenção à projetos menores também precisa ser pormenorizada, por que eles compõem, muitas vezes, ligações com outras alternativas de maior volume, como é o caso de uma implantação de uma interconexão em Rio do Sul, que se dará por modalidade integrada, e já está em fase de instrução.” Sob o chefe de serviço Guido Paulo S. Junior, este setor da superintendência, possui uma ampla programação, de projetos de diversas dimensões a serem fiscalizados. “Estamos atualmente com o segmento Sul da BR-163, incluindo o projeto da Ponte na divisa com o Rio Grande do Sul, bem como a execução de contornos. Também, já contratado e em fase de formalização, já temos o projeto de duplicação da BR-282 de Lages à São Miguel do Oeste, bem como o Contorno de Santo Amaro da Imperatriz, em fase de início, pois já está contratado. Uma obra complexa, que prevê segmentos de túnel”, explicou o chefe de serviço. “A atenção à projetos menores também precisa ser pormenorizada, por que eles compõem, muitas vezes, ligações com outras alternativas de maior volume,como é o caso de uma implantação de uma interconexão em Rio do Sul, que se dará por modalidade integrada, e já está em fase de instrução”, disse. “Também damos apoio à área de construção, no ponto de vista das adequações e revisões de projeto. Afi nal, são muitas questões, além da própria defasagem temporal que normalmente eles podem apresentar”, explicou. Ainda, na mira do serviço, estão os avanços na duplicação da BR-470, com a adição de mais 8 lotes. “Além disso estamos trabalhando no projeto de melhoramento da rótula na BR-101 até o Contorno de Florianópolis, com ruas laterais no segmento, aumentando a fl uidez e que também se dará por contratação integrada. Será uma forma de disciplinar o tráfego em um local que possui um histórico grande de retenções”, fi nalizou. RODOVIAS&VIAS36 RODOVIAS&VIAS 37RODOVIAS&VIAS36 RODOVIAS&VIAS 37 CAPA • DER-DF – ESTEIO RODOVIÁRIOCAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC Elen Cristin Trentini, chefe do SDRMA “Nosso setor, mesmo muito associado à engenharia, é um setor que trabalha com pessoas. Exige sensibilidade e a consciência de que de fato, se está intervindo em propriedades, vidas e suas particularidades, para um bem comum. Para isso, temos uma equipe muito coesa e experiente nesse assunto.” SDRMA: SERVIÇO DE DESAPROPRIAÇÃO, REASSENTAMENTO E MEIO AMBIENTE Com a singela e direta pergunta, “O que trava uma obra”, a chefe do SDRMA, Elen Cristin Trentini, expôs uma resposta crucial, que envolve responsabilidade com o patrimônio natural e social de um dos mais bonitos estados do país. Claro, uma resposta que explicita a inteligente estratégia adotada pela Superintendência, para alcançar patamares de performance condizentes com a disponibilidade de recursos. “Nosso setor, mesmo muito associado à engenharia, é um setor que trabalha com pessoas. Exige sensibilidade e a consciência de que de fato, se está intervindo em propriedades, vidas e suas particularidades, para um bem comum. Para isso, temos uma equipe muito coesa e experiente nesse assunto. É um olhar diferenciado, que extrapola a mera questão de valores. É uma habilidade”, conceitua a chefe. “E este ano, tivemos um trabalho muito importante, que se deu na BR-470. Um case de sucesso, que envolveu uma interlocução nossa com todos os setores da Superintendência. Ali, além da evidente e devida compensação ambiental, em função da duplicação, havia o PBA (Plano Básico Ambiental) Indígena, que previa o atendimento à alguns itens. Estamos falando aí da aquisição de terras, uma delas de mais de mil hectares, e isso envolve tratativas para a efetivação da compra. Além disso, houve a aquisição de veículos que atendessem às necessidades deles. Atendemos neste sentido, todas as normas, com o oferecimento das CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC Rua Maranhão 1694 - Funcionários, Belo Horizonte / MG 31 3194 2700 Rua Maranhão 1694 - Funcionários, Belo Horizonte / MG 31 3194 2700 www.torc.com.br RODOVIAS&VIAS 39RODOVIAS&VIAS 39 4 refeições quando foram convocadas as reuniões com as lideranças e mesmo o fornecimento de cestas básicas. Uma atuação à várias mãos”. Com relação aos veículos, para que a população das comunidades pudesse recebê-los, além da apresentação de condutores responsáveis habilitados, foram realizadas ofi cinas de cooperativismo, para que fossem criados os CNPJ para a transferência dos documentos. “Tudo isso exigiu um planejamento e a observação de experiência em outros casos. No mais, para todas as nossas obras, temos contratos de Izaldo Kondlatsch, superintendente substituto “E 2023 foi um ano muito produtivo para o SDRMA, com mais de 200 processos devidamente encaminhados, todos dentro do cronograma. Um investimento da ordem de R$ 106 milhões.” gestão ambiental, que validam e comprovam o cumprimento das exigências dos órgãos de fi scalização ambientais. Lembrando que tudo isso tem que ser feito antes da obra começar. É uma preparação determinante para que se defi na de que maneira a obra vai avançar. E 2023 foi um ano muito produtivo para o SDRMA, com mais de 200 processos devidamente encaminhados, todos dentro do cronograma. Um investimento da ordem de R$ 106 milhões” detalhou a chefe. Ainda em relação ao trato com a população nativa, o superintendente substituto, Izaldo Kondlatsch, acrescentou: “O DNIT incluiu em sua programação, a construção de viveiros para mudas de espécies endêmicas e de hortas, para ensiná-los a fazer um cultivo que seja sustentável, mas mais produtivo, com técnicas modernas. Também serão construídos galinheiros, tanques, bem como a compra de alevinos, com cursos para todos esses manejos. Então, em acordo com todas as exigências, buscamos cumprir a nossa parte”, pontuou. CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC RODOVIAS&VIAS40 RODOVIAS&VIAS 41RODOVIAS&VIAS40 RODOVIAS&VIAS 41 A atuação que garante precisão, capilaridade, qualidade e resultados. CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC UM GIRO PELAS UL’S Como é praxe para Rodovias&Vias, o dia a dia das obras, necessariamente passa pelos engenheiros e engenheiras que as tornam realidade. Literalmente “os braços do Departamento”, as Unidades Locais consistem em representações essenciais para o bom funcionamento e percepção da “marca DNIT”, em especial para as lideranças e as populações que são diretamente abrangidas pelos seus trabalhos. Rodando todo o estado, para melhor tirar os instantâneos do atual avanço, as equipes realizaram visitas técnicas que colhem, diretamente da fonte, os relatos de um avanço rodoviário que se hoje é uma realidade, em alguns dos casos, há muito era aguardado. Cláudia Elisa Hinsching Pirath, Chefe da UL Joinville “Temos pontos sensíveis na questão ambiental, não apenas no que tange às populações indígenas, como também nos cuidados com o Meio Ambiente em geral. O maior programa do DNIT, em termos de recursos investidos para as tratativas ambientais hoje, é a BR-280.” UNIDADE LOCAL DE JOINVILLE Com a malha primariamente em estado considerado bom à razoável (ainda que tenha atacado, a exemplo de outras UL’s, ao menos uma situação de emergência na BR-280), a jurisdição do DNIT em Joinville, possui atualmente 2 lotes em construção, iniciados em 2014, com alguns segmentos a serem concluídos. “Temos pontos sensíveis na questão ambiental, não apenas no que tange às populações indígenas, como também nos cuidados com o Meio Ambiente em geral. O maior programa do DNIT, em termos de recursos investidos para as tratativas ambientais hoje, é a BR-280. Por sinal, os 3 contratos juntos, à preços iniciais, em valores, também fazem da BR-280 a obra mais vultosa em andamento. Com mais recursos disponibilizados, temos a intenção de manter o ritmo forte, cumprindo o cronograma de execução das obras. Temos que acompanhar ainda, algumas desapropriações em áreas mais urbanizadas, como em São Francisco, que vão precisar ser acompanhadas passo à passo para que tenhamos uma cadência sustentável de liberação de frentes para as obras. Onde é possível, buscamos a adoção de um traçado paralelo”, revela a chefe da UL de Joinville Cláudia Elisa Hinsching Pirath. Em um futuro breve, a Unidade Local deve ainda levar em frente mais algumas intervenções importantes para a multimodalidade do estado, com a assinatura dos contratos de duplicação e o futuro Contorno Ferroviário de São Francisco do Sul, já previsto. Uma solução de confl ito entre modais, que será resolvida a partir de novos traçados para ambos, em uma região extremamente adensada e com enorme movimentação de pesados. RODOVIAS&VIAS42 RODOVIAS&VIAS 43RODOVIAS&VIAS42 RODOVIAS&VIAS 43 CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC Enio Jacobos Spieker, Chefe da UL Lages “Estamos em uma área que possui diversas vocações. Todas muito fortes. Indústrias de diversas naturezas, turismo, comércio e, estamos inseridos entre várias outras cidades que se relacionam fortemente. Tanto no inverno quanto no verão. E isto exerce uma pressão sobreos nossos serviços. Uma demanda permanente, que precisamos conhecer e entender para poder atender adequadamente.” Eugenio Paceli Werneck, analista de Infraestrutura na UL São José “Estamos realizando estudos para a elaboração de um protocolo, com vistas a uma atuação mais preventiva em relação às situações que potencialmente podem se desdobrar em emergências, com um gatilho a partir de uma quantidade determinada de precipitação em milímetros.” UNIDADE LOCAL DE LAGES Consolidada e sempre que possível, passando por melhorias como, implantação de acessos, terceiras faixas e vias marginais, a BR-282, principal rodovia sob os cuidados da UL de Lages, tem ainda alguns outros incrementos projetados como a construção de vias inferiores, para eliminar um grande gargalo, representado pela rotatória. “Este é um projeto que está sendo realizado pela prefeitura de Lages, dentro do ‘padrão DNIT’, e que passará por nossa aprovação. Tudo indica que ainda este ano”, explicou o supervisor Enio Jacobos Spieker. “Temos ainda um gargalo importante na chegada à BR-116, que está muito associado às sazonalidades e datas comemorativas, com um acréscimo de tráfego ponderável. Existe um projeto da concessão, ainda não apresentado ao DNIT, para que a concessão execute ali uma interseção em 2 níveis, com vias laterais na BR-282, concomitante à melhorias de acesso na BR-116, pois tanto a travessia, quanto a passagem sofrem neste ponto. Um projeto que aguarda a análise da ANTT”, disse. “Estamos em uma área que possui diversas vocações. Todas muito fortes. Indústrias de diversas naturezas, turismo, comércio e, estamos inseridos entre várias outras cidades que se relacionam fortemente. Tanto no inverno quanto no verão. E isto exerce uma pressão sobre os nossos serviços. Uma demanda permanente, que precisamos conhecer e entender para poder atender adequadamente. É uma região sensível também à questão das chuvas, e por este motivo, tivemos algumas emergências, que tiveram de ser tempo, mas eles estão sendo solucionados”, explica. Ainda sobre a BR-282, mas em sua jurisdição contígua, Eugenio Paceli Werneck, analista de Infraestrutura na UL São José, acrescenta: “Por conta desse ‘novo regime’ de chuvas que estamos enfrentando, e que está demonstrando uma tendência à se manter, estamos realizando estudos para a elaboração de um protocolo, com vistas a uma atuação mais preventiva em relação às situações que potencialmente podem se desdobrar em emergências, com um gatilho a partir de uma quantidade determinada de precipitação em milímetros. De mais a mais, estamos atuando fortemente em manutenção e conservação. No encontro dela, com a BR-101, o município de Palhoça está elaborando um projeto de contorno, que deverá ser executado pelo DNIT para solucionar o conflito naquela área, com vias marginais, uma ampliação de capacidade, e que possivelmente terá edital publicado este ano”, disse. solucionadas por novas contenções, estacas, e outras intervenções desse tipo”. Em termos operacionais, a UL Lages, mantém um monitoramento constante, incluindo a fi scalização e inspeção da faixa de domínio. “Temos aqui dois técnicos que são formados em direito, e na maioria das vezes, questões como acessos que porventura estejam irregulares em propriedades particulares, costumam ser resolvidas amigavelmente, na conversa. Claro, em eventuais processos, nossa equipe consegue bem embasá-los”, relata o supervisor. “Isto não signifi ca que não estejamos acionando judicialmente aqueles que invadem a faixa de domínio. Temos muitos processos desta natureza, a maioria de ocupações mais antigas. Leva RODOVIAS&VIAS44 RODOVIAS&VIAS 45RODOVIAS&VIAS44 RODOVIAS&VIAS 45 CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC Christiano Zulianello dos Santos, Chefe da UL Rio do Sul “Contabilizamos cerca de 40 pontos de atenção. Nossa situação geológica é bastante difícil, com a presença de solos moles e taludes instáveis, pontes antigas, como nos segmentos de Ibirama e em Rio do Sul.” Adilene Adratt,Chefe da UL Mafra “Não temos como blindar a serra. Claro, com muito trabalho em manutenção e muita atenção às drenagens, nós conseguimos bater um recorde de 7 anos sem emergências graves na serra.” UNIDADE LOCAL DE RIO DO SUL UNIDADE LOCAL DE MAFRA Atualmente com duas obras emergenciais, uma reabilitação de ponte e dois viadutos, contratos de manutenção e restauração, a UL Rio do Sul, também sofreu com as adversidades climáticas em sua malha. “Desde outubro de 2023 em diante, tivemos pelo menos duas grandes enchentes, e um volume incrivelmente alto de chuvas. E isto, é claro se traduz em demandas imediatas para obras emergenciais. Desde intervenções simples, como queda de árvores e carreamento de material para a pista, até rupturas de pista, e colapso de elementos de drenagem. Neste sentido nós contabilizamos cerca de 40 pontos de atenção. Nossa situação geológica é bastante difícil, com a presença de solos moles e taludes instáveis, pontes antigas, como nos segmentos de Ibirama e em Rio do Sul. Houve também locais em que historicamente não apresentavam problemas, mas que nos surpreenderam, como o que ocorreu em Curitibanos. Nunca havia se manifestado nenhuma patologia ali. Mas apresentou um rastejo que, de uma hora para outra, colapsou a rodovia. Foi um trabalho investigativo até, para além dos pontos evidentes, para que pudéssemos determinar o que estava ocorrendo e qual solução a ser defi nida. Via de regra, existem essas demandas extraordinárias, que nos colocam em uma situação de alerta constante”, disse o supervisor Christiano Zulianello dos Santos. Outra característica no segmento da BR-470, que responde por boa parte das atenções da UL Rio do Sul, o intenso tráfego de veículos de carga – e consequentemente o controle estrito de peso – é uma atividade que faz parte da rotina da UL e é crítica para a performance da pista. Fora estas atribuições, a UL também contribuiu para melhorias urbanísticas, como em Pouso Redondo: “Foi executada uma passagem inferior no centro da cidade, com 550 metros de pistas laterais. Ali, também haverá um aditivo para adição de mais 500 metros de segmento adicional, e que está realmente mudando a ‘cara’ da cidade”, explicou. Zelando por uma rota essencial para o estado, a BR-280, a UL de Mafra, também está em alertas constantes por conta do, digamos, “novo regime de chuvas”. “De fato, historicamente a BR-280 apresenta uma situação muito sensível, especialmente na Serra de Corupá, com muitas obras de contenção realizadas ao longo das últimas décadas. Uma área difícil de trabalhar e com problemas recorrentes, pois o solo não tem coesão, e onde há rochas, elas são fraturadas. A própria carta geológica já registra uma suscetibilidade alta. Então, não temos como ‘blindar’ a serra. Claro, com muito trabalho em manutenção e muita atenção às drenagens, nós conseguimos bater um recorde de 7 anos sem emergências graves na serra. Em um momento em que o DNIT atravessava restrições orçamentárias sérias. Mas as chuvas de novembro de 2022, em diante, foram absolutamente extraordinárias. Uma quantidade de 400 mm a mais do que a média da região. Totalmente atípico. É importante lembrar, que ela foi uma rodovia construída pelo governo do estado há 40 anos, em um padrão de dimensionamento que já não corresponde à realidade. Não é o tipo de pista ‘padrão DNIT’. Por isso, fi zemos algumas implantações, em outras emergências de bueiros metálicos, com uma qualidade muito melhor do que os originais. Neste período, somando todos os pontos mais graves, foram 33 segmentos. Isto sem contar pelo menos uns outros 50 que nós pudemos ir resolvendo com a manutenção”, detalha Adilene Adratt. “Somente em emergências, ao longo de pouco mais de um ano, o DNIT aportou R$ 92 milhões em dois contratos. Mas precisamos lembrar, que estes eventos não pouparam ninguém, independente de pistas concessionadas ou não, duplicadasou simples. Não custa lembrar que houve interdições totais em diversos pontos. Uma situação à beira do colapso em praticamente toda a região Sul”. Em tempo, a UL também é responsável por retifi cações de área em estradas de ferro, especifi camente nas EF-116 e EF-485. Voltando às rodovias, atualmente há melhoramentos em terceiras faixas e obras de restauração, dentro do escopo de integralidade da jurisdição na BR-280 pela UL Mafra, que passou por uma extensa reforma, que incluiu também signifi cativas melhorias na identidade visual da Unidade. RODOVIAS&VIAS46 RODOVIAS&VIAS 47RODOVIAS&VIAS46 RODOVIAS&VIAS 47 CAPA • REPORTAGEM • DNIT-SC André Reitz do Valle, Chefe da UL Chapecó “A BR-163 é uma obra de grande vulto, sendo executada em whitetopping, com a restauração da pista existente a partir de uma camada espessa de concreto, mínima de 23 cm, que oferece uma condição de pavimento muito boa, superior em vários aspectos ao asfalto, notadamente na durabilidade.” Meire Franceschet do ValleChefe da UL Joaçaba “Um edifício antigo, que é da época da construção da rodovia. Trocamos pisos, janelas, até a parte elétrica, de cabeamentos, então, nós passamos a ter um espaço melhor, mais qualificado para podermos trabalhar. Dentro do que se espera do DNIT.” UNIDADE LOCAL DE CHAPECÓ UNIDADE LOCAL DE JOAÇABA Instalada a Oeste do estado, sob a supervisão de André Reitz do Valle, a Unidade Local de Chapecó tem empreendido esforços nas frentes de obra da BR-163. “São obras de adequação de capacidade, para além da recuperação da pista, implantações de terceiras faixas, viadutos, acessos. A BR-163 é uma obra de grande vulto, sendo executada em whitetopping, com a restauração da pista existente a partir de uma camada espessa de concreto, mínima de 23 cm, que oferece uma condição de pavimento muito boa, superior em vários aspectos ao asfalto, notadamente na durabilidade”, disse. “É uma rodovia que já está em um estágio de execução bastante avançado, com mais de 70% e praticamente 40 Km de pista já entregues à sociedade. Estamos destravando algumas questões relativas à travessia em Guaraciaba, com algumas desapropriações, e no momento, vamos avançando em direção ao Porto Seco em Dionísio Cerqueira, sendo tocadas juntamente com algumas interseções remanescentes”, relatou. Ainda, de acordo com a informações, o restante dos segmentos, vem sendo atendido pelos Plano Anual de Trabalho e Orçamento, mantendo a malha jurisdicionada sob boas condições, tendo atendido – de forma bastante atípica para o período – apenas uma emergência de maior monta, tendo conseguido superar as demais exigências, sem a necessidade de contratos específi cos para este fi m. revitalizada, e que é um destaque no contexto das melhorias da gestão, a engenheira detalha: “Nós fi zemos uma reinauguração na UL Joaçaba, pois há tempos o prédio pedia uma reforma. Um edifício antigo, que é da época da construção da rodovia. Trocamos pisos, janelas, até a parte elétrica, de cabeamentos, então, nós passamos a ter um espaço melhor, mais qualifi cado para podermos trabalhar. Dentro do que se espera do DNIT”, sintetizou, no que legitimamente signifi ca, que ao oferecer melhores condições de trabalho, obtém-se rendimento maior. Ainda que a UL Joaçaba seja (até mesmo entre os pares do DNIT), eleita atualmente uma das mais bonitas, vale registrar que todas as ULs, com maior ou menor intensidade, também passaram por melhorias, de acordo com suas necessidades, e segundo Rodovias&Vias pôde averiguar, em ótimas condições de habitabilidade, com pintura nova, muito bem asseadas e, dentro de uma das melhores entre as tradições rodoviárias do Brasil, sempre com um bom café quente. Sob o comando da engenheira Meire Franceschet do Valle, a Unidade Local de Joaçaba tem dois dos grandes eixos catarinenses sob seus cuidados. “As BR-153 e BR-282, estão sob contratos de manutenção, incluindo um segmento da BR-470, do seu entroncamento com a 282 até o Rio Grande do Sul. Temos também um contrato do PROARTE, de manutenção de pontes, que está atualmente englobando as OAE’s de Chapecó, performando todas as ações necessárias, desde a pintura, até a troca de juntas de dilatação”, explicou a supervisora. Atualmente à frente de uma Unidade que foi totalmente RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS50 51 "EU SOU DO SUL" Promovido pela Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (FRENLOGI), Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACAERT), com o patrocínio da Praticagem do Brasil, Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) e Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres (ABRATEC), e os apoios do Instituto Brasil Logística (IBL); Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC); Federação das Empresas de Transporte de Cargas de Santa Catarina (FETRANSESC); Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC); Ferrovia Tereza Cristina (FTC); Fórum Parlamentar Catarinense, Bancada Paranaense, Bancada Gaúcha Instituto Praticagem do Brasil e da Revista Rodovias&Vias, o “Encontro Regional Sul do Brasil – Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina – Infraestrutura e Logística – Caminhos e Oportunidades de Investimentos”, realizado em Florianópolis-SC, mostrou ações e detalhou a situação do fator regional, contemplando desafios e possíveis soluções para melhor explorar as potencialidades estratégicas deste quadrante do Brasil, sem perder de vista elementos integradores entre os 3 estados. Apresentando forte retomada e dispondo de um robusto e consistente portfolio de investimentos federais, Santa Catarina representou, com propriedade, a face da expectativa de um país que produz bem, mas precisa voar, rodar e navegar melhor. “É só olhar pra ver que eu sou do sul A minha terra tem o céu azul É só olhar e ver Nascido entre a poesia e o arado A gente lida com o gado e cuida da plantação A minha gente que veio da guerra Cuida desta terra como quem cuida do coração” Letra: Elton Saldanha REPORTAGEM FRENLOGI Fo to : F ili pe S co tt i RODOVIAS&VIAS RODOVIAS&VIAS52 53 Com a maciça presença de autoridades, e fi guras políticas atuantes, evidenciada pela grande quantidade de botons dourados afi xados às lapelas, além é claro de rostos cuja grande projeção nacional é inequívoca, o evento fomentado pela FRENLOGI, sedimentou, de maneira definitiva sua grande vocação de colegiado pró desenvolvimento no país. Uma grande coalizão de mais de 400 pessoas presentes (170 delas contando entre parlamentares, prefeitos e demais executivos da alta gestão e de autarquias, empresas e agências tanto estaduais quanto federais), a representativamente plural liderança moderadora, está na vanguarda de um debate premente, crítico que deve ser conduzido com seriedade e responsabilidade, pairando acima de quaisquer posições partidárias ou ideológicas. Mais que isso, um debate altamente técnico, que não permite, senão, muito estudo e dedicação para que sua relevância não se diminua em tangentes e escapadas em curvas de aprendizado. Muito longe disso, a FRENLOGI obteve êxito em reunir um conjunto de preletores e participantes que, além da natural sensibilidade necessária para abordar os temas, são notórios conhecedores das limitações de seus estados e, acima de tudo, conhecem os conjuntos de soluções que podem viabilizar as melhores alternativas, de forma consertada. No interlúdio inicial das apresentações, o presidente da FRENLOGI, senador Wellington Fagundes (PL-MT), mandou, diretamente de Miami, em uma visita ao Porto desta famosa “Modernidade, tecnologia, soluções inteligentes, agilidade, efi ciência, sustentabilidade. São focos também da FRENLOGI. ” Edinho Bez (MDB-SC), Diretor de Relações Institucionais da FRENLOGI Senador Wellington Fagundes (PL-MT), Presidente da FRENLOGI “A FRENLOGI é a maior frente parlamentar do congresso, com 320 parlamentares, entre deputados e senadores.
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