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MACABEUS HANUKAH

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1 
 
MACABEUS E A HISTÓRIA DE HANUKAH 
 
PRIMEIRO MACABEUS 
 
I. Preâmbulo 
 
1 Alexandre e os Diádocos — 
1
Depois que Alexandre, filho de Filipe, macedônio saído 
da terra de Cetim, venceu Dario, rei dos persas e dos medos, tornou-se rei em seu lugar, 
começando pela Hélade.
2
Empreendeu, então, numerosas guerras, apoderou-se de 
fortalezas e eliminou os reis da terra. 
3
Avançou até às extremidades do mundo e tomou 
os despojos de uma multidão de povos, e a terra silenciou diante dele. Assim exaltado, 
seu coração se elevou. 
4
E recrutou um exército sobremaneira poderoso, submetendo 
províncias, nações e soberanos, que se tornaram seus tributários. 
5
Depois disso tudo, caiu 
doente e percebeu que ia morrer. 
6
Convocou então seus oficiais, os nobres que tinham 
com ele convivido desde a mocidade e, estando ainda em vida, repartiu entre eles o reino. 
7
Alexandre havia reinado por doze anos quando morreu. 
8
Seus oficiais tomaram o poder, 
cada qual no lugar que lhe coube. 
9
Todos cingiram o diadema após sua morte e, depois 
deles, seus filhos, durante muitos anos. E multiplicaram os males sobre a terra. 
 
Antíoco Epífanes e a penetração do helenismo em Israel — 
10
Deles saiu aquele rebento 
ímpio, Antíoco Epifanes, filho do rei Antíoco. Ele tinha estado em Roma como refém e se 
tornara rei no ano cento e trinta e sete da dominação dos gregos. 
11
Por esses dias apareceu 
em Israel uma geração de perversos, que seduziram a muitos com estas palavras: "Vamos, 
façamos aliança com as nações circunvizinhas, pois muitos males caíram sobre nós desde que 
delas nos separamos." 
12
Agradou-lhes tal modo de falar. 
13
E alguns dentre o povo 
apressaram-se em ir ter com o rei, o qual lhes deu autorização para observarem os preceitos 
dos gentios. 
14
Construíram, então, em Jerusalém, uma praça de esportes, segundo os 
costumes das nações, 
15
restabeleceram seus prepúcios e renegaram a aliança sagrada. Assim 
associaram-se aos gentios e se venderam para fazer o mal. 
 
Primeira campanha no Egito e saque do Templo — 
16
Ora, quando Antíoco se viu 
consolidado no seu trono, pretendeu apoderar-se também do Egito, a fim de reinar sobre 
os dois reinos. 
17
Invadiu, pois, o Egito à frente de um exército poderoso, com carros, 
elefantes (e cavaleiros) e uma grande esquadra, 
18
entrou em combate com o rei do Egito, 
Ptolomeu, o qual recuou diante dele e fugiu, muitos tombando feridos. 
19
As cidades 
fortificadas do Egito foram tomadas e Antíoco apoderou-se dos despojos do país. 
20
Tendo assim vencido o Egito no ano cento e quarenta e três e empreendendo o caminho 
da volta, subiu contra Israel e contra Jerusalém com um exército numeroso. 
21
Entrando 
com arrogância no Santuário, apoderou-se do altar de ouro, do candelabro com todos os 
seus acessórios, 
22
da mesa da proposição, das vasilhas para as libações, das taças, dos 
incensórios de ouro, do véu, das coroas, da decoração de ouro sobre a fachada do Templo: 
tudo ele despojou. 
23
Tomou, além disso, a prata, o ouro, os utensílios preciosos e os 
tesouros secretos que conseguiu descobrir. 
24
Carregando tudo isso, partiu para o seu país, 
depois de ter derramado muito sangue e proferido palavras de extrema arrogância. 
25
Por 
isso levantou-se grande lamentação sobre Israel em todas as localidades do país: 
26
Chefes 
e anciãos gemeram, moças e moços perderam seu vigor, murchou a beleza das mulheres. 
27
Todo recém-casado entoou uma elegia, ficou de luto a esposa em sua câmara nupcial. 
28
A terra estremeceu por causa de seus habitantes, e toda a casa de Jacó se cobriu de 
vergonha. 
 
 
 
 
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2 
 
A Bíblia de Jerusalém 
 
 
Intervenção do Misarca e construção da Cidadela — 
29
Dois anos depois, o rei enviou 
para as cidades de Judá o Misarca, que veio a Jerusalém com um grande exército. 
30
Dirigindo-se aos habitantes com palavras enganosas de paz, ganhou-lhes a confiança e, 
de repente, caiu sobre a cidade, golpeou-a duramente e chacinou a muitos de Israel. 
31
Saqueada a cidade, entregou-a às chamas e destruiu-lhe as casas e as muralhas. 
32
Levaram prisioneiras as mulheres e as crianças e apoderaram-se do gado. 
33
Então 
reconstruíram a Cidade de Davi, dotando-a de grande e sólida muralha e de torres 
fortificadas, e dela fizeram a sua Cidadela. 
34
Povoaram-na de gente ímpia, homens 
perversos, e nela se fortificaram. 
35
Abasteceram-na de armas e víveres e nela depositaram 
os despojos tomados em Jerusalém, tornando-se assim uma armadilha enorme para nós. 
36
Aquilo era uma emboscada para o lugar santo, um adversário maléfico para Israel 
constantemente. 
37
Derramaram sangue inocente em redor do Santuário, e ao Santuário 
profanaram. 
38
Por sua causa fugiram os habitantes de Jerusalém e ela transformou-se em 
habitação de estrangeiros. Jerusalém tornou-se estranha à sua progênie e seus próprios 
filhos a abandonaram. 
39
Seu Santuário ficou desolado como um deserto, suas festas 
converteram-se em luto, seus sábados em injúria, sua honra em vilipêndio. À sua glória 
igualou-se a ignomínia e sua exaltação mudou-se em pranto. 
 
Instalação dos cultos pagãos — 
41
O rei prescreveu, em seguida, a todo o seu reino, que todos 
formassem um só povo, 
42
renunciando cada qual a seus costumes particulares. E todos os 
gentios conformaram-se ao decreto do rei. 
43
Também muitos de Israel comprazeram-se no 
culto dele, sacrificando aos ídolos e profanando o sábado. 
44
Além disso, o rei enviou, por 
emissários, a Jerusalém e às cidades de Judá, ordens escritas para que todos adotassem os 
costumes estranhos a seu país 
45
e impedissem os holocaustos, o sacrifício e as libações no 
Santuário, profanassem sábados e festas, 
46
contaminassem o Santuário e tudo o que é santo, 
47
construíssem altares, recintos e oratórios para os ídolos e imolassem porcos e animais 
impuros. 
48
Que deixassem, também, incircuncisos seus filhos e se tornassem abomináveis 
por toda sorte de impurezas e profanações, 
49
de tal modo que se olvidassem assim da Lei e 
subvertessem todas as observâncias. 
50
Quanto a quem não agisse conforme a ordem do rei, 
esse incorreria em pena de morte. 
51
Nesses termos ele escreveu a todo o seu reino, nomeou 
inspetores para todo o povo e ordenou às cidades de Judá que oferecessem sacrifícios cada 
uma por sua vez. 
52
Muitos dentre o povo aderiram a eles, todos os que eram desertores da 
Lei. E praticaram o mal no pais, 
53
reduzindo Israel a ter de se ocultar onde quer que 
encontrasse refúgio. 
54
No décimo quinto dia do mês de Casleu do ano cento e quarenta e 
cinco, o rei fez construir, sobre o altar dos holocaustos, a Abominação da desolação. Também 
nas outras cidades de Judá erigiram-se altares 
55
e às portas das casas e nas praças queimava-
se incenso. 
56
Quanto aos livros da Lei, os que lhes caíam nas mãos eram rasgados e lançados 
ao fogo. 
57
Onde quer que se encontrasse, em casa de alguém, um livro da Aliança ou se 
alguém se conformasse à Lei, o decreto real o condenava à morte. 
58
Na sua prepotência assim 
procediam, contra Israel, com todos aqueles que fossem descobertos, mês por mês, nas 
cidades. 
59
No dia vinte e cinco de cada mês, ofereciam-se sacrifícios no altar levantado sobre 
o altar dos holocaustos. Quanto às mulheres que haviam feito circuncidar seus filhos, eles, 
cumprindo o decreto, as executavam 
61
com os mesmos filhinhos pendurados a seus pescoços, 
e ainda com os seus familiares e com aqueles que haviam operado a circuncisão. 
62
Apesar de 
tudo, muitos em Israel ficaram firmes e se mostraram irredutíveis em não comerem nada de 
impuro.
63
Aceitaram antes morrer que contaminar-se com os alimentos e profanar a 
 
 
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3 
 
A Bíblia de Jerusalém 
 
 
Aliança sagrada, como de fato morreram. 
64
Foi sobremaneira grande a ira que se abateu 
sobre Israel. 
 
II. Matatias desencadeia a guerra santa 
 
2 Matatias e seus filhos — 
1
Naqueles dias, Matatias,filho de João, filho de Simeão, 
sacerdote da linhagem de Joiarib, deixou Jerusalém para estabelecer-se em Modin. 
2
Tinha 
cinco filhos: João, com o cognome de Gadi, 
3
Simão, chamado Tasi, 
4
Judas, chamado 
Macabeu, 
5
Eleazar, chamado Auarã, e Jônatas, chamado Afus. 
6
Ao ver as impiedades 
que se cometiam em Judá e em Jerusalém, 
7
exclamou: "Ai de mim! Por que nasci para 
contemplar a ruína do meu povo e o pisoteamento da cidade santa, deixando-me estar aqui 
sentado enquanto ela é entregue à mercê dos inimigos e o Santuário ao arbítrio dos 
estrangeiros? 
8
Seu Templo tornou-se como um homem aviltado,
9
os ornatos que faziam a 
sua glória foram levados como presa; seus filhinhos, trucidados nas praças e seus jovens, 
pela espada do inimigo. 
10
Qual é a nação que não herdou dos seus tesouros reais ou não 
se apoderou dos seus despojos? 
11
Todos os seus enfeites lhe foram arrebatados e, de livre 
que era, tornou-se escrava. 
12
Eis devastado o nosso lugar santo, a nossa beleza, a nossa 
glória, tudo os gentios o profanaram! 
13
A que serve ainda viver?" 
14
E Matatias rasgou 
suas vestes, o mesmo fazendo seus filhos. Revestiram-se de pano grosseiro e 
prorromperam em grande pranto. 
 
A prova do sacrifício em Modin — 
15
Os emissários do rei, encarregados de forçar à 
apostasia, vieram à cidade de Modin para procederem aos sacrifícios. 
16
Muitos israelitas 
aderiram a eles, mas Matatias e seus filhos conservaram-se reunidos à parte. 
17
Tomando 
então a palavra, os emissários do rei disseram a Matatias: "Tu és um chefe ilustre e de 
prestígio nesta cidade, apoiado por filhos e parentes. 
18
Aproxima-te, pois, por primeiro, 
para cumprir a ordem do rei, como o fizeram todas as nações bem como os homens de 
Judá e os que foram deixados em Jerusalém. Assim, tu e teus filhos sereis contados entre 
os amigos do rei e sereis honrados, tu e teus filhos, com prata e ouro e copiosos presentes." 
19
A essas palavras retrucou Matatias em alta voz: "Ainda que todas as nações que se 
encontram na esfera do domínio do rei lhe obedeçam, abandonando cada uma o culto dos 
seus antepassados e conformando-se às ordens reais, 
20
eu, meus filhos e meus irmãos 
continuaremos a seguir a Aliança dos nossos pais. 
21
Elohim nos livre de abandonar a Lei 
e as tradições. 
22
Não daremos ouvido às palavras do rei, desviando-nos de nosso culto 
para a direita ou para a esquerda." 
23
Mal terminou ele de proferir essas palavras, um judeu 
apresentou-se, à vista de todos, para sacrificar sobre o altar de Modin, segundo o decreto 
do rei. 
24
Ao ver isso, Matatias inflamou-se de zelo e seus rins estremeceram. Tomado de 
justa ira, ele arremessou-se contra o apóstata e o trucidou sobre o altar. 
25
No mesmo 
instante matou o emissário do rei, que forçava a sacrificar, e derribou o altar. 
26
Ele agia 
por zelo pela Lei, do mesmo modo como havia procedido Finéias para com Zambri, filho 
de Saiu. 
27
A seguir clamou Matatias em alta voz através da cidade: "Todo o que tiver o 
zelo da Lei e quiser manter firme a Aliança, saia após mim!" 
28
Então fugiu, ele e seus 
filhos, para as montanhas, deixando tudo o que possuíam na cidade. 
 
A prova do sábado no deserto — 
29
Muitos que amavam a justiça e a Lei desceram ao 
deserto para ali se estabelecerem, 
30
eles, seus filhos, suas mulheres e seu gado, porque se 
tinham multiplicado os males sobre eles. 
31
Alguém referiu aos oficiais do rei e à 
guarnição que estava em Jerusalém, na cidade de Davi, que alguns dos que haviam 
rejeitado o decreto real tinham descido para os esconderijos no deserto. 
32
Então muitos 
 
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4 
 
A Bíblia de Jerusalém 
 
 
saíram em sua perseguição e os alcançaram. Tendo acampado diante deles, prepararam-
se para atacá-los em dia de sábado. 
33
E disseram-lhes: "Agora basta! Saí, obedecei à 
ordem do rei e tereis salva a vida!" 
34
"Não sairemos, responderam aqueles, e não 
cumpriremos a ordem do rei, profanando o dia de sábado.", 
35
Então os perseguidores os 
atacaram sem demora. 
36
Mas eles não revidaram, nem uma pedra sequer lhes 
arremessaram, nem mesmo cuidaram de obstruir seus esconderijos. 
37
Apenas disseram: 
"Morramos todos em nossa retidão. O céu e a terra são testemunhas de que nos matais 
injustamente." 
38
Assim mesmo levantaram-se contra eles, em guerra, em dia de sábado. 
E pereceram eles, suas mulheres, seus filhos e seu gado, ao todo cerca de mil pessoas. 
 
Atividade de Matatias e seus seguidores — 
39
Quando Matatias e seus companheiros 
souberam disso, choraram-nos amargamente. 
40
Disseram, porém, uns aos outros: "Se 
todos fizermos como esses nossos irmãos, se não lutarmos contra os gentios por nossa 
vida e por nossas tradições, eles em breve nos exterminarão da terra!" 
41
Tomaram, pois, 
naquele mesmo dia, esta decisão: "Todo aquele que vier atacar-nos em dia de sábado, nós 
o afrontaremos abertamente. Assim não morreremos todos, como morreram nossos 
irmãos em seus esconderijos." 
42
Então uniu-se a eles o grupo dos assideus, homens 
valorosos de Israel, cada um deles apegado à Lei. 
43
Da mesma forma, todos os que fugiam 
desses males aderiam a eles e forneciam-lhes apoio. 
44
Assim organizaram um exército e 
bateram os ímpios em sua ira e os homens iníquos em sua ira. Os restantes fugiram, 
buscando a salvação entre os gentios. 
45
Matatias e seus companheiros fizeram incursões 
pelo país, a fim de destruírem os altares 
46
e circuncidarem à força todos os meninos 
incircuncisos que encontrassem pelo território de Israel. 
47
Deram caça aos filhos da 
soberba, e seu empreendimento prosperou em suas mãos. 
48
Conseguiram recuperar a Lei 
das mãos dos gentios e dos reis, e não permitiram que o celerado triunfasse. 
 
Testamento e morte de Matatias — 
49
Aproximando-se os dias de sua morte, disse Matatias 
a seus filhos: "Triunfam agora a insolência e o ultraje e é o tempo da destruição e da cólera 
enfurecida. 
50
Agora, pois, meus filhos, tende o zelo da Lei e dai as vossas vidas pela Aliança 
de nossos pais. 
51
Recordai-vos dos feitos de nossos antepassados em seu tempo e granjeareis 
uma glória esplêndida e nome imorredouro. 
52
Abraão não permaneceu acaso fiel em sua 
prova e não lhe foi isto atribuído como justiça? 
53
José, no tempo da sua angústia, guardou os 
mandamentos e veio a ser o senhor do Egito. 
54
Finéias, nosso pai, por ter demonstrado zelo 
ardente recebeu a aliança de um sacerdócio eterno. 
55
Josué, por ter cumprido sua palavra, 
tornou-se juiz em Israel. 
56
Caleb, pelo testemunho prestado diante da assembléia, recebeu 
uma herança na terra. 
57
Davi, pela sua bondade, herdou o trono de um reino eterno. 
58
Elias, 
por ter ardido de zelo pela Lei, foi arrebatado até o céu. 
59
Ananias, Azarias e Misael, por 
terem tido fé, foram salvos das chamas. 
60
Daniel, por sua retidão foi libertado da boca dos 
leões. 
61
Assim compreendei, de geração em geração, que todos os que nele esperam, não irão 
desfalecer. 
62
Não tenhais medo das ameaças do homem pecador, pois a sua glória acabará no 
esterco e em meio aos vermes. 
63
Hoje ele é exaltado, mas amanhã terá desaparecido, pois 
voltará ao pó de onde veio e seu projeto fracassará. 
64
Meus filhos, sede fortes e apegai-vos 
firmemente à Lei, porque é na Lei que sereis glorificados. 
65
Aí tendes Simeão, vosso irmão, 
que eu sei que é um homem ponderado. Escutai-o todos os dias: ele será o vosso pai. 
66
Quanto 
a Judas Macabeu, valente guerreiro desde a sua juventude, ele será o comandante do vosso 
exército e dirigirá a guerra contra os gentios. 
67
E vós, atraí ao vosso grupo todos os que 
observam a Lei e assegurai a desforra do vosso povo. 
68
Retribuí aos gentios o que eles 
merecem e permanecei atentos ao que 
 
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5 
 
A Bíblia de Jerusalém 
 
 
prescreve a Lei." 
69
A seguir abençoou-os e foi reunido a seus pais. 
70
Ele morreu no ano 
cento e quarenta e seis, e foi sepultadono sepulcro de seus pais em Modin. Israel inteiro 
o pranteou veementemente. 
 
III. Judas Macabeu, chefe dos judeus (166-160 a.C) 
 
3 Elogio de Judas Macabeu — 
1
Judas, cognominado Macabeu, seu filho, levantou-se 
em seu lugar. 
2
E todos os seus irmãos e quantos haviam aderido a seu pai apoiavam-no, 
pelejando com alegria os combates de Israel. 
3
Ele estendeu a glória do seu povo, revestiu 
a couraça como um gigante e cingiu suas armas de guerra; sustentou muitas batalhas, 
protegendo o acampamento com sua espada. 
4
Foi semelhante ao leão nas suas façanhas 
e ao filhote de leão que ruge sobre a presa. 
5
Deu caça aos iníquos, desencovando-os, e às 
chamas entregou os que perturbavam o seu povo. 
6
Esmoreceram os iníquos pelo terror 
que ele inspirava: todos os que praticavam a iniqüidade ficaram confundidos, e a 
libertação foi por ele conduzida a bom termo. 
7
Causou amargos dissabores a muitos reis, 
mas alegrou a Jacó pelos seus feitos, e sua memória será sempre abençoada. 
8
Percorreu 
as cidades de Judá, exterminando do seu meio os ímpios, e afastou de Israel a ira. 
9
Seu 
nome chegou até às extremidades da terra e os que estavam perecendo ele reuniu. 
 
Primeiras vitórias de Judas — 
10
Apolônio tinha recrutado, além dos gentios, um forte 
contingente da Samaria, para empreender a guerra contra Israel. 
11
Ciente disso, Judas 
saiu a seu encontro, derrotou-o e o matou. Muitos tombaram, feridos de morte e os 
restantes fugiram. 
12
Recolhidos seus despojos, ficou Judas com a espada de Apolônio, 
com ela combatendo todos os seus dias. 
13
Entrementes, ouvira Seron, comandante do 
exército da Síria, que Judas havia reunido em torno de si um pugilo de fiéis e de gente 
disposta para a guerra. 
14
E disse consigo mesmo: "Vou conquistar renome e cobrir-me.de 
glória no reino, enfrentando Judas e os que estão com ele, esses desprezadores das ordens 
do rei." 
15
Preparou-se, pois, e juntamente com ele subiu um forte contingente de ímpios, 
que iam ajudá-lo a tomar vingança dos filhos de Israel. 
16
Aproximando-se ele da subida 
de Bet-Horon, saiu Judas a seu encontro com pouca gente. 
17
Ao verem aquele exército 
que marchava contra eles, disseram a Judas os seus homens: "Como poderemos nós, tão 
poucos, enfrentar multidão tão grande e poderosa? Além disso, estamos extenuados, não 
tendo comido nada hoje!" 
18
Mas Judas respondeu: "É bem fácil que muitos venham a 
cair nas mãos de poucos. Pois não há diferença, para o Céu, em salvar com muitos ou 
com poucos. 
19
A vitória na guerra não depende da numerosidade do exército: é do Céu 
que vem a força. 
20
Eles vêm contra nós repletos de insolência e de iniqüidade para nos 
exterminarem, a nós, nossas mulheres e nossos filhos, e para nos despojarem. 
21
Nós, 
porém, combatemos por nossas vidas e por nossas leis. 
22
Por isso, Ele os esmagará à 
nossa frente. Quanto a vós, não os temais!" 
23
Apenas acabou de falar, arremessou-se 
contra eles de improviso. E Seron e seu exército foram esmagados diante dele. 
24
Os 
homens de Judas perseguiram-nos pela descida de Bet-Horon até à planície. Pereceram 
cerca de oitocentos dos inimigos, enquanto os restantes fugiram para a terra dos filisteus. 
25
Assim, Judas e seus irmãos começaram a ser temidos, e o temor se espalhou entre os 
povos circunvizinhos. 
26
Sua fama chegou até ao rei, e das batalhas de Judas falavam os 
povos. 
 
Preparativos de Antíoco contra a Pérsia e a Judéia. Regência de Lísias — 
27
Ao receber 
essas notícias, o rei Antíoco enfureceu-se violentamente e mandou reunir todas as forças 
do seu reino, um exército poderosíssimo. 
28
Abriu seu tesouro e adiantou o 
 
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6 
 
A Bíblia de Jerusalém 
 
 
soldo de um ano às tropas, dando-lhes ordem de prontidão para qualquer eventualidade. 
29
Então percebeu que minguava o dinheiro em seus cofres e que as coletas da província 
haviam diminuído em conseqüência da revolta e da calamidade que ele mesmo havia 
desencadeado no país, ao pretender suprimir as leis que vigoravam desde os tempos mais 
remotos. 
30
Preocupou-se com a eventualidade de não ter, como já lhe ocorrera uma ou 
duas vezes, fundos suficientes para as despesas e os donativos que antes fazia com mão 
pródiga, superando nisso os reis que o haviam precedido. 
31
Tomado de grande ansiedade 
em seu espírito, decidiu partir para a Pérsia a fim de cobrar os tributos das províncias e 
arrecadar muito dinheiro. 
32
Antes, porém, deixou Lísias, homem da nobreza e da família 
real, na direção dos negócios do rei, desde o Eufrates até à fronteira com o Egito. 
33
Incumbiu-o também da tutela de seu filho Antíoco, até sua volta. 
34
Confiou-lhe, assim, 
a metade de suas tropas, com os elefantes, dando-lhe instruções a respeito de tudo o que 
desejava, em especial com relação aos habitantes da Judéia e de Jerusalém: 
35
Lísias 
deveria enviar contra eles um exército para extirpar e fazer desaparecer a força de Israel 
e o que ainda restava de Jerusalém, apagando até mesmo a lembrança deles no lugar. 
36
Além disso, deveria estabelecer filhos de estrangeiros em todas as suas terras e 
distribuir seu país em lotes. 
37
A seguir, o rei tomou consigo a metade restante das tropas 
e partiu de Antioquia, capital do seu reino, no ano cento e quarenta e sete. E, depois de 
atravessar o Eufrates, pôs-se a percorrer as províncias do planalto. 
 
Górgias e Nicanor invadem a Judéia com o exército da Síria — 
38
Lísias escolheu 
Ptolomeu, filho de Dorímenes, Nicanor e Górgias, homens valorosos entre os amigos do 
rei, 
39
e os enviou com quarenta mil homens de infantaria e sete mil cavaleiros para 
invadirem o território de Judá e o devastarem segundo a ordem do rei. 
40
Pondo-se em 
marcha com todo o seu exército, eles vieram acampar perto de Emaús, na planície. 
41
Os 
comerciantes do país, ao tomarem conhecimento da sua vinda trazendo consigo prata e 
ouro em grande quantidade, além de se munirem de grilhões, vieram ao acampamento 
para comprar os filhos de Israel como escravos. Aos sírios pintara-se ainda um 
contingente da Iduméia e da região dos filisteus.
42
Judas e seus irmãos viram que os males 
se multiplicavam e que exércitos inimigos estavam já acampando em seu território. 
Vieram a saber também das ordens do rei com relação ao seu povo, visando à sua ruína e 
extermínio. 
43
Disseram uns aos outros: "Reergamos nosso povo do abatimento e 
combatamos por nosso povo e pelo lugar santo." 
44
Foi convocada então a assembléia para 
estarem todos preparados para a guerra e para fazerem oração, suplicando graça e 
misericórdia. 
45
Ora, Jerusalém estava despovoada como um deserto, nela não entrando e 
dela não saindo nenhum de seus filhos. Conculcado estava o Santuário, e os filhos dos 
estrangeiros ocupavam a Cidadela, transformada em hospedaria para os gentios. 
Arrancada fora a alegria de Jacó e não se ouviam mais a flauta e a cítara. 
 
Reunião dos judeus em Masfa — 
46
Reuniram-se, pois, e dirigiram-se a Masfa, em frente 
a Jerusalém, porque ali houvera, outrora, um lugar de oração para Israel. 
47
Jejuaram, 
naquele dia, vestiram-se de tecido grosseiro, espargiram cinza sobre a cabeça, rasgaram 
suas vestes. 
48
Depois desenrolaram o livro da Lei, nele procurando o que os pagãos 
perguntavam às representações dos seus ídolos. 
49
Trouxeram também as vestes 
sacerdotais, as primícias e os dízimos, e convocaram os nazireus que já haviam 
completado o período do seu voto.
50
E diziam, elevando a voz para o Céu: "Que faremos 
desta gente e para onde os levaremos? 
51
Teu lugar santo está sendo conculcado e 
profanado, teus sacerdotes jazem no luto e na humilhação. 
52
Vê que os gentios se 
 
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7 
 
A Bíblia de Jerusalém 
 
 
coligaram contra nós a fim de nos aniquilarem: tu sabes o que tramam contra nós! 
53
Como 
poderemos resistir diante deles, se não vieres tu em nossa ajuda?" 
54
 A seguir tocaram as 
trombetas e levantaram grande clamor. 
55Depois disto, Judas nomeou os chefes do povo: 
comandantes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez homens. 
56
E disse aos que estavam 
construindo casa, aos que haviam desposado mulher, aos que tinham plantado uma vinha 
ou que estavam com medo, que voltasse cada um para sua casa, conforme o permitia a 
Lei. 
57
Seu exército então se pôs em marcha, indo acampar ao sul de Emaús. 
58
Judas 
tomou a palavra novamente: "Preparai- vos e sede valentes. Estai prontos para amanhã 
de manhã sairdes ao combate contra esses gentios que se coligaram contra nós para nos 
aniquilarem e destruírem o nosso lugar santo. 
59
Porquanto é melhor para nós morrer em 
batalha do que ter de contemplar as desgraças do nosso povo e do lugar santo. 
60
Aquela, 
porém, que for a vontade no Céu, Ele a realizará." 
 
4 A batalha de Emaús — 
1
Górgias tomou consigo cinco mil homens e mil cavaleiros 
escolhidos. Esse exército partiu de noite, 
2
a fim de irromper de súbito no acampamento dos 
judeus e destroçá-los num instante. Homens da Cidadela faziam-lhes de guias. 
3
Sabedor 
desse plano, Judas por sua vez partiu com os seus guerreiros para atacar as forças do rei que 
tinham permanecido em Emaús, 
4
enquanto os batalhões estavam ainda dispersos, fora do 
acampamento. 
5
Entrementes, Górgias chegou de noite ao acampamento de Judas, aí não 
encontrando ninguém. E começou a procurá-los pelas montanhas, dizendo: "Eles estão 
fugindo de nós!" 
6
Ao amanhecer, Judas apareceu na planície com três mil guerreiros, 
embora sem armas e sem espadas em número desejável. 
7
E viram que o acampamento dos 
gentios era poderoso e fortificado e que a cavalaria fazia ronda em seu redor, todos 
parecendo treinados na guerra. 
8
Por isso disse Judas aos seus: "Não tenhais medo do seu 
número, nem vos desencorajeis ante seu ímpeto. 
9
Lembrai-vos de como vossos pais foram 
salvos no mar Vermelho, quando o Faraó os perseguia com o seu exército. 
10
Clamemos, 
pois, agora, ao Céu, suplicando-lhe que se mostre benigno para conosco: que se recorde da 
Aliança com os nossos pais e esmague, hoje, este exército que está diante de nós. 
11
Então 
saberão todos os povos que existe Alguém que resgata e salva Israel." 
12
Foi quando os 
estrangeiros, levantando os olhos, viram-nos marchando contra eles 
13
e saíram do 
acampamento para enfrentá-los. Os homens de Judas, tocadas as trombetas, 
14
engolfaram-
se na batalha. E os gentios, esmagados, tiveram de fugir para a planície, 
15
mas todos os que 
estavam na retaguarda caíram sob a espada. Perseguiram-nos ainda até Gazara e às planícies 
da Iduméia, de Azoto e de Jâmnia, sucumbindo dentre eles cerca de três mil homens. 
16
Judas, porém, retornando com seu exército da perseguição aos fugitivos, 
17
disse ao povo: 
"Deixai de lado a avidez dos despojos, pois um outro combate nos espera. 
18
Górgias e seu 
exército estão na montanha perto de nós. Enfrentai, pois, agora, os nossos inimigos e dai-
lhes combate. Depois recolhereis os despojos com toda a segurança." 
19
Enquanto Judas 
eslava ainda completando essas instruções, apareceu um destacamento deles, espiando do 
alto da montanha. 
20
E viram que os seus tinham sido postos a fugir e que alguém estava 
incendiando o acampamento: a fumaça que se percebia manifestava o sucedido. 
21
Diante de 
tal espetáculo, foram tomados de grande pânico. Mais ainda, vendo também na planície as 
tropas de Judas prontas para o combate, 
22
fugiram todos para a região dos filisteus. 
23
Então 
Judas voltou para saquearem o acampamento, onde encontraram muito ouro e prata, tecidos 
tingidos de púrpura roxa e de púrpura marinha, enfim, grandes riquezas. 
24
Ao se retirarem, 
cantavam hinos e bendiziam ao Céu, repetindo: "Ele é bom e seu amor é eterno!" 
25
Assim 
uma grande salvação aconteceu para Israel, naquele dia. 
26
Quanto aos estrangeiros que 
tinham conseguido pôr-se a salvo, foram referir a Lísias 
 
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8 
 
A Bíblia de Jerusalém 
 
 
tudo o que tinha acontecido.
27
Ao ouvir isso, ele ficou transtornado e abatido, pois as 
coisas com Israel não tinham ocorrido como ele esperava e o resultado era o inverso do 
que lhe havia ordenado o rei. 
 
Primeira campanha de Lísias — 
28
Por isso, no ano seguinte ele recrutou sessenta mil 
homens escolhidos e cinco mil cavaleiros, com o objetivo de subjugar os judeus. Entraram 
na Iduméia e acamparam em Betsur, mas Judas saiu para enfrentá-los com dez mil 
homens. 
30
Ao ver tão poderoso exército, ele orou dizendo: "Tu és bendito, ó Salvador de 
Israel, tu que esmagaste o ímpeto de um gigante pela mão do teu servo Davi e entregaste 
o acampamento dos filisteus às mãos de Jônatas, filho de Saul, e do seu escudeiro. 
31
Da 
mesma forma entrega este exército nas mãos de Israel, o teu povo; que se cubram de 
ignomínia com a sua força e a sua cavalaria. 
32
Infunde-lhes o medo e quebra-lhes a 
presunção da sua força, para que sejam levados de roldão na sua derrota. 
33
Abate-os sob 
a espada dos que te amam, para que te exaltem com hinos todos os que conhecem o teu 
nome!" 
34
Arremessaram-se então uns contra os outros, caindo cerca de cinco mil homens 
do exército de Lísias, prostrados no corpo a corpo. 
35
Vendo a derrocada de suas tropas e 
a intrepidez que se manifestava nos soldados de Judas, dispostos a viver ou a morrer 
corajosamente, Lísias retomou o caminho de Antioquia, onde se pôs a recrutar 
mercenários estrangeiros, pretendendo voltar à Judéia com forças ainda maiores. 
 
Purificação e dedicação do Templo — 
36
Então Judas e seus irmãos disseram: "Nossos 
inimigos estão destroçados. Subamos agora para purificarmos o lugar santo e a 
celebrarmos a sua dedicação." 
37
Todo o exército se reuniu e subiram ao monte Sião. 
38
Contemplaram o Santuário desolado, o altar profanado, as portas incendiadas, os 
arbustos crescendo nos átrios como se num bosque ou sobre uma das montanhas, e os 
aposentos destruídos. 
39
E, rasgando as vestes, fizeram grande lamentação. Cobriram-se 
de cinza, 
40
caíram com a face por terra e, tocando as trombetas para dar os sinais, 
elevaram clamores ao céu. 
41
Entrementes, Judas ordenou a alguns homens que ficassem 
atacando os que estavam na Cidadela, até que ele completasse a purificação do santuário. 
42
A seguir escolheu sacerdotes sem mácula, observantes da Lei, 
43
os quais purificaram 
o lugar santo e removeram para lugar impuro as pedras da contaminação. 
44
Deliberaram 
também sobre o que deviam fazer do altar dos holocaustos que havia sido profanado, 
45
e 
ocorreu-lhes a boa inspiração de o demolirem, a fim de que não se tornasse para eles 
motivo de desonra o fato de os gentios o terem contaminado. Demoliram-no, pois, 
46
e 
puseram as pedras no monte da Morada, em lugar conveniente, espera de que viesse algum 
profeta e se pronunciasse a esse respeito. 
47
Tomaram então pedras intactas, segundo a 
prescrição da Lei, e construíram um altar novo sobre o modelo do precedente. 
48
Restauraram 
o lugar santo e o interior da Morada e santificaram os átrios. 
49
Fabricaram novos utensílios 
sagrados e levaram para dentro do Templo o candelabro, o altar dos perfumes e a mesa. 
50
Queimaram incenso sobre o altar e acenderam as lâmpadas do candelabro, as quais 
voltaram a brilhar no interior do templo. 
51
Puseram, ainda, os pães sobre a mesa, 
suspenderam as cortinas e chegaram, assim, ao termo de todos os trabalhos empreendidos. 
52
No dia vinte e cinco do nono mês 
— chamado Casleu — do ano cento e quarenta e oito, eles se levantaram de manhã cedo 
53
e ofereceram um sacrifício, segundo as prescrições da Lei, sobre o novo altar dos 
holocaustos que haviam construído. 
54
Exatamente no mês e no dia em que os gentios o 
tinham profanado, foi o altar novamente consagrado com cânticos e ao som de cítaras, 
harpas e címbalos. 
55
O povo inteiro se prostrou com a face por terra para adorar, elevando 
louvores ao Céu que os tinha tão bem conduzido até ali. 
56
Celebrarama 
 
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9 
 
A Bíblia de Jerusalém 
 
 
dedicação do altar por oito dias, oferecendo holocaustos com alegria e imolando também 
o sacrifício de salvação e de louvor. 
57
Enfeitaram a fachada do Templo com guirlandas 
de ouro e pequenos escudos, e renovaram os portais, bem como os aposentos, nos quais 
colocaram portas. 
58
Reinou, pois, extraordinária alegria entre o povo e assim foi 
cancelado o opróbrio infligido pelos gentios. 
59
E Judas, com seus irmãos e toda a 
assembléia de Israel, estabeleceu que os dias da dedicação do altar seriam celebrados a 
seu tempo, cada ano, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu, 
com júbilo e alegria. 
60
Foi nessa ocasião que construíram, ao redor do monte Sião, uma 
cinta de altos muros, guarnecidos de torres poderosas, para impedir que os gentios 
viessem conculcá-lo como no passado. 
61
 Judas ali deixou uma guarnição para defendê-
lo. Fortificou, outrossim, Betsur, para que o povo tivesse uma defesa contra a Iduméia. 
 
 
SEGUNDO MACABEUS 
 
I. Cartas aos judeus do Egito 
 
PRIMEIRA CARTA 
 
1
1
Aos irmãos, aos judeus que estão no Egito, saudações! Seus irmãos, os judeus que estão 
em Jerusalém e os da região da Judéia, almejam-lhes paz benéfica. 
2
Que Elohim vos 
cumule de benefícios e se recorde da sua aliança com Abraão, Isaac e Jacó, seus servos 
fiéis. 
3
Que vos conceda a todos a disposição para reverenciá-lo e para cumprirdes seus 
mandamentos com um coração grande e ânimo resoluto. 
4
Que ele vos abra o coração à 
sua lei e a seus preceitos e vos conceda a paz. 
5
Ele escute as vossas orações, reconcilie-
se convosco e não vos abandone no tempo adverso. 
6
Quanto a nós, aqui, agora mesmo, 
estamos orando por vós. 
7
Durante o reinado de Demétrio, no ano cento e sessenta e nove, 
nós, os judeus, vos escrevêramos o seguinte: "No auge da aflição que nos sobreveio no 
decorrer destes anos, desde quando Jasão e seus partidários desertaram da terra santa e do 
reino, 
8
incendiaram o portal (do Templo) e derramaram sangue inocente, nós elevamos 
súplicas ao YHWH e fomos atendidos. A seguir oferecemos sacrifícios e flor de farinha, 
acendemos as lâmpadas e apresentamos os pães." 
9
Agora, pois, procurai celebrar os dias 
das Tendas do mês de Casleu. 
10
No ano cento e oitenta e oito. 
 
SEGUNDA CARTA 
 
Destinatários — Os habitantes de Jerusalém e os que estão na Judéia, o conselho dos 
anciãos e Judas, a Aristóbulo, preceptor do rei Ptolomeu e pertencente à linhagem dos 
sacerdotes ungidos, bem como aos judeus que estão no Egito, saudações e votos de saúde! 
 
Ação de graças pela punição de Antíoco — 
11
De graves perigos por Elohim libertados, 
nós lhe rendemos grandes ações de graças como a quem combateu ao nosso lado contra 
o rei, 
12
pois ele mesmo expulsou os que se tinham entrincheirado na cidade santa. 
13
De 
fato, seu chefe, tendo marchado contra a Pérsia, junto com o seu exército aparentemente 
irresistível, foi cortado em pedaços no templo de Nanéia, graças a um estratagema 
empregado pelos sacerdotes da deusa. 
14
Na ocasião em que, sob pretexto de desposá-la, 
Antíoco apresentou-se no lugar sagrado junto com os seus amigos, com o objetivo de 
apoderar-se das muitas riquezas a título de dote, 
15
os sacerdotes do Naneion as 
expuseram. Ele havia penetrado com poucos companheiros no recinto sagrado. Tendo 
 
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10 
 
A Bíblia de Jerusalém 
 
 
então fechado o templo, mal entrara Antíoco, 
16
os sacerdotes abriram a porta secreta do 
forro e fulminaram o príncipe, arremessando-lhe pedras. A seguir, cortaram-no em 
pedaços e, decepando-lhe a cabeça, atiraram-na aos que se encontravam fora. 
17
Em todas 
as coisas seja bendito o nosso Elohim, que assim entrega (à morte) os que cometem 
impiedade! 
 
O fogo sagrado milagrosamente preservado — 
18
Estando nós para celebrar a purificação 
do Templo, no dia vinte e cinco do mês de Casleu, ocorreu-nos ser nosso dever informar-
vos disso, a fim de que vós também a celebreis a modo da festa das Tendas e em memória 
do fogo (que se manifestou) quando Neemias, tendo reedificado o Templo e o altar, 
ofereceu sacrifícios. 
19
De fato, enquanto nossos pais eram conduzidos para a Pérsia, os 
piedosos sacerdotes de então tomaram do fogo do altar secretamente e o ocultaram na 
cavidade de um poço esgotado. Ali o deixaram em segurança, de tal modo que o lugar 
ficou ignorado de todos. 
20
Tendo, porém, decorrido muitos anos, quando a Elohim 
aprouve, Neemias, enviado do rei da Pérsia, mandou que procurassem o fogo os 
descendentes dos sacerdotes que o tinham escondido. 
21
Como estes referissem que não 
se encontrava mais o fogo, mas só uma água espessa, ele mandou-os tirar um pouco dessa 
água para que lha trouxessem. Tendo-se, então, trazido o que era necessário para os 
sacrifícios, ordenou Neemias aos sacerdotes que aspergissem com aquela água a lenha e 
quanto se encontrava sobre ela. 
22
Apenas feito isso e chegado o momento em que o sol, 
antes encoberto por nuvens, reapareceu a brilhar, uma grande fogueira acendeu-se, a 
ponto de todos ficarem admirados. 
23
Enquanto se consumia o sacrifício, os sacerdotes 
recitaram uma oração, a saber, os sacerdotes e todos os presentes: Jônatas entoava, e os 
outros, inclusive Neemias, respondiam. 
24
A oração era a seguinte: "YHWH, YHWH 
Elohim, Criador de todas as coisas, temível e forte, justo e misericordioso, o único rei e 
o único bom, 
25
o único generoso e o único justo, todo-poderoso e eterno, que salvas Israel 
de todo mal, que fizeste de nossos pais teus escolhidos e os santificaste, 
26
recebe este 
sacrifício por todo o teu povo de Israel e guarda e santifica a tua parte de herança. 
27
Reúne 
os nossos dispersos, liberta os que são escravos entre as nações, olha para os que são 
desprezados e abominados; e reconheçam as nações que tu és o nosso Elohim. 
28
Castiga 
os que nos tiranizam e com soberba nos ultrajam. 
29
Planta o teu povo no teu lugar santo 
como o disse Moisés." 
30
Entretanto, os sacerdotes cantavam os hinos ao som da harpa. 
31
Depois, assim que se consumou o sacrifício, Neemias ordenou que se derramasse o 
resto da água sobre grandes pedras. 
32
Apenas feito isto, acendeu-se uma chama, a qual, 
porém, logo se apagou enquanto a luz que se erguia do altar continuava a brilhar. 
33
Quando se divulgou o acontecido, também ao rei dos persas se referiu que, no lugar 
onde os sacerdotes deportados haviam escondido o fogo, ali aparecera a água com a qual 
os companheiros de Neemias purificaram as oferendas do sacrifício. 
34
Então o rei, 
cercando o local, declarou-o sagrado, depois de haver comprovado o fato. 
35
E com eles, 
aos quais assim favorecia, partilhava dos muitos lucros que dali auferia. 
36
Os 
companheiros de Neemias deram a esse líquido o nome de neftar, que quer dizer 
"purificação", mas por muitos é chamado de nafta. 
 
2 Jeremias esconde o material do culto — 
1
Encontra-se, nos documentos, que o profeta 
Jeremias deu aos deportados a ordem de tomarem do fogo, como já foi indicado. 
2
Além 
disso, confiando-lhes a Lei, o profeta recomendou aos deportados que não se esquecessem 
dos mandamentos do YHWH. E que, à vista das estátuas de ouro e prata e dos ornamentos 
de que estavam revestidas, não se deixassem desviar em seus pensamentos. 
3
E dizendo 
outras coisas semelhantes, exortava-os a que não deixassem a 
 
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11 
 
A Bíblia de Jerusalém 
 
 
Lei afastar-se do seu coração. 
4
No documento estava também que o profeta, 
advertido por um oráculo, ordenou que o acompanhassem com a tenda e a arca, ao 
sair ele para a montanha onde Moisés, tendo subido, contemplou a herança de 
Elohim. 
5
Ali chegando, Jeremias encontrou uma habitação em forma de gruta, onde 
introduziu a tenda, a arca e o altar dos perfumes, obstruindo, depois, a entrada. 
6
Aproximando-se, então, alguns dos que o tinham acompanhado, ao pretenderem 
assinalar o caminho,não puderam mais identificá-lo. 
7
Ao saber disso, Jeremias 
censurou-os, dizendo: "O lugar permanecerá incógnito até que Elohim realize a 
reunião do seu povo, mostrando-se misericordioso. 
8
Então o YHWH mostrará de 
novo estas coisas, e aparecerá a glória do YHWH assim como a Nuvem, como se 
manifestava no tempo de Moisés e quando Salomão rezou para que o Lugar fosse 
grandiosamente consagrado." 
9
Narrava-se também como este, dotado de sabedoria, 
ofereceu sacrifícios pela dedicação e pelo acabamento do Templo. 
10
E à semelhança 
de Moisés, que havia orado ao YHWH, do céu descendo o fogo que consumiu as 
oferendas do sacrifício, assim também Salomão orou. E o fogo, descendo do alto, 
devorou os holocaustos. 
11
Moisés havia dito: "Por não se ter dele comido, o 
sacrifício pelo pecado foi destruído." 
12
Da mesma forma, também Salomão celebrou 
os oito dias. 
 
A biblioteca de Neemias — 
13
Também nos documentos e nas Memórias de 
Neemias eram narradas essas coisas. E, além disso, como ele, fundando uma 
biblioteca, reuniu os livros referentes aos reis e aos profetas, os escritos de Davi e 
as cartas dos reis sobre as oferendas. 
14
Da mesma forma, também Judas recolheu 
todos os livros que tinham sido dispersos por causa da guerra que nos foi feita, e 
eles estão em nossas mãos. 
15
Se, pois, deles precisardes, quaisquer que sejam, 
enviai-nos pessoas que vo-los possam levar. 
 
Convite à festa da dedicação do Templo — 
16
Estando, pois, para celebrar a 
purificação, nós vos escrevemos. Fareis bem, portanto, em celebrar estes dias. 
17
E 
Elohim, que salvou todo o seu povo e a todos restituiu a herança, a realeza, o 
sacerdócio e a santificação, 
18
como o havia prometido pela Lei, em Elohim nós 
esperamos que ele terá logo compaixão de nós. E que, de qualquer região sob o céu, 
nos reunirá no lugar santo. Pois foi ele que nos arrancou de grandes males e 
purificou o Lugar. 
 
IV. Propaganda helenística e perseguição sob Antíoco Epifanes 
 
Jasão, sumo sacerdote, introduz o helenismo 
(nova ordem mundial da época) — 
7
Entrementes, tendo passado Seleuco 
 outra vida e assumindo o rei Antíoco, congnominado Epifanes, Jasão, irmão de Onias, 
começou a manobrar para obter o cargo de sumo sacerdote. 
8
Durante uma audiência, 
prometeu ao rei trezentos e sessenta talentos de prata e ainda, a serem deduzidos de uma 
renda não discriminada, mais oitenta talentos. 
9
Além disso empenhava-se em 
subscrever-lhe outros cento e cinqüenta talentos, se lhe fosse dada a permissão, pela 
autoridade real, de construir uma praça de esportes e uma efebia, bem como de fazer o 
levantamento dos antioquenos de Jerusalém. 
10
Obtido, assim, o consentimento do rei, 
ele, tão logo assumiu o poder, começou a fazer passar os seus irmãos de raça para o 
estilo de vida dos gregos. 
11
Suprimiu os privilégios reais benignamente concedidos aos 
judeus por intermédio de João, pai de Eupólemo, o mesmo que depois chefiou a 
embaixada com o objetivo de estabelecer amizade e aliança com os romanos. E, 
abolindo as instituições legítimas, introduziu costumes contrários à Lei. 
12
Foi, pois, 
12 
 
com satisfação que construiu a praça de esportes justamente abaixo da Acrópole e, 
obrigando aos mais nobres de entre os moços, conduziu-os ao uso do pétaso. 
13
Verificou-se, desse modo, tal ardor de helenismo e tão ampla difusão de costumes 
estrangeiros, por causa da exorbitante perversidade de Jasão, esse ímpio e de modo 
algum sumo sacerdote, 
14
que os próprios sacerdotes já não se mostravam interessados 
nas liturgias do altar! Antes, desprezando o Santuário e descuidando-se dos sacrifícios, 
corriam a tomar parte na iníqua distribuição de óleo no estádio, após o sinal do disco. 
15
Assim, não davam mais valor algum às honras pátrias, enquanto consideravam sumas 
as glórias helênicas. 
16
Bem por isso uma situação penosa os envolveu, quando tiveram 
por inimigos e algozes aqueles mesmos cujos costumes eles tanto haviam promovido e 
a quem tinham querido assemelhar-se em tudo. 
17
De fato, não é coisa de pouca monta 
agir impiamente contra as leis divinas. Mas isso o demonstrará o episódio seguinte. 
18
Celebrando-se em Tiro os jogos qüinqüenais e estando presente o rei, 
19
o abominável 
Jasão enviou alguns mensageiros, como se fossem antioquenos de Jerusalém, os quais 
deviam apresentar trezentas dracmas de prata para o sacrifício a Hércules. Os 
portadores, porém, decidiram não empregá-las para o sacrifício, por não ser 
conveniente, mas destinaram-nas a outra despesa. 
20
Assim, esta soma que, por aquele 
que a enviara, fora destinada ao sacrifício a Hércules, acabou, por iniciativa dos 
portadores, servindo para a construção das trirremes. 
 
Antíoco Epifanes aclamado em Jerusalém — 
21
Tendo sido enviado ao Egito 
Apolônio, filho de Menesteu, por ocasião das bodas do rei Filométor, Antíoco veio 
a saber que este último havia tomado uma atitude hostil aos seus interesses. Por isso, 
preocupando-se com a própria segurança, tendo passado por Jope, dirigiu-se a 
Jerusalém. 
22
Magnificamente acolhido por Jasão e pela cidade, nela foi introduzido 
à luz de tochas e ao som de aclamações. Depois, do mesmo modo, partiu com o seu 
exército para a Fenícia. 
 
6 Instalação dos cultos pagãos — 
1
Depois de não muito tempo, o rei enviou um 
ancião, um ateniense, com a missão de forçar os judeus a abandonarem as leis de 
seus pais e a não se governarem mais segundo as leis de Deus. 
2
Mandou-o, além 
disso, profanar o Santuário de Jerusalém, dedicando-o a Júpiter Olímpico, e o do 
monte Garizim, como o pediam os habitantes do lugar, a Júpiter Hospitaleiro.
3
A 
progressão dessa maldade tornou-se, mesmo para o conjunto da população, dura e 
difícil de suportar. 
4
De fato, o Templo ficou repleto da dissolução e das orgias 
cometidas pelos gentios que aí se divertiam com as meretrizes e que nos átrios 
sagrados se aproximavam das mulheres, introduzindo ainda no seu interior coisas 
que não eram lícitas. 
5
O próprio altar estava repleto de oferendas proibidas, 
reprovadas pelas leis. 
6
E não se podia celebrar o sábado, nem guardar as festas dos 
antepassados, nem simplesmente confessar que se era judeu. 
7
Eram arrastados com 
amarga violência ao banquete sacrificai que se realizava cada mês, no dia do 
aniversário do rei. E, ao chegarem as festas dionisíacas, obrigavam-nos a 
acompanharem, coroados de hera, o cortejo em honra de Dionísio. 
8
Além disso, foi 
emanado um decreto para as cidades helenísticas circunvizinhas, por sugestão dos 
habitantes de Ptolemaida, a fim de que nelas se procedesse da mesma forma contra 
os judeus, obrigando-os a participarem dos banquetes sacrificais. 
9
Quanto aos que 
não se decidissem a passar para os costumes gregos, que os matassem. Era possível, 
então, entrever a calamidade que estava para começar. 
10
Assim, duas mulheres 
foram presas por haverem circuncidado seus filhos. Fizeram-nas circular 
ostensivamente pela cidade, com os filhinhos pendurados aos seios, precipitando-as 
depois muralha abaixo. 
11
Outros, que tinham acorrido juntos às cavernas vizinhas, 
a fim de aí celebrarem ocultamente o sétimo dia, sendo denunciados a Filipe, foram 
juntos entregues às chamas: tiveram escrúpulo em esboçar qualquer defesa, por 
respeito ao veneradíssimo dia. (Bíblia de Jerusalém; LXX tradução)

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