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TGE II - GLOBALIZACAO

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
TEORIA GERAL DO ESTADO II
Docente Responsável:
Profª. Drª. Eunice Aparecida de Jesus Prudente
Primeiros entendimentos sobre globalização
As dispersões do homo sapiens = revoluções que tiveram como substrato a difusão de ideias e tecnologias : Império Romano; Cristianismo; Islamismo; GRANDES NAVEGAÇÕES = COLONIALISMO; Revolução Francesa, Estado Liberal, Revoluções Industriais = INDUSTRIALISMO = NEOCOLONIALISMO =
IMPORTANTE ANTECEDENTE DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
 
Colonialismo
Primeira fase mercantilista = europeização do mundo com o COLONIALISMO submetendo civilização ameríndias, africanas, asiáticas =
Revoluções Liberais firmam o Estado Liberal e o poder político da burguesia, mas é o seu ABSTENCIONISMO que garantirá à mesma o poder econômico.
NEOCOLONIALISMO = forma de imperialismo que contribuiu para a consolidação das primeiras economias industrializadas e com consequências para a globalização dos nossos dias
 Já o NEOCOLINIALISMO é empreendido a partir do Congresso de Berlim ( 1884 - 1885 ) = 
Potências europeias dividem regiões produtoras de matéria – prima para suas industrias.
* Bom notar que Alemanha e Itália “tardiamente unificadas” ingressarão com atraso nesta disputa
PRÁTICAS IMPERIALISTAS = dominação econômica
Estados Unidos = América Latina
Japão (potência industrial e militar/ governantes da dinastia Meiji) = Império da China
“ A necessidade de garantir o acesso às matérias-primas exigidas pela crescente produção industrial e de assegurar o escoamento das manufaturas fabricadas em grande escala levou a Inglaterra e outros países industrializados a conquistar novos mercados, expandindo sua fronteiras comerciais por meio da persuasão ou da força”
( LEWANDOWASKI, p. 19 )
Nesses tempos uma voz socialista - a
a pensadora política ROSA LUXEMBUGO 
Introdução à Economia Política, p. 345/347;
“..formação do mercado mundial e da economia mundial em que todos os países habitados da terra são uns para os outros produtores e compradores de produtos que trabalham conjuntamente, companheiros de uma só e mesma economia que engloba toda a terra com a ressalva de que, nesse processo, milhões de homens foram consagrados à proletarização, à escravatura, a uma existência incerta, em suma à pauperização”
Primeira Guerra Mundial ( 1914-1918 )
Do acirramento das contradições entre estados industrializados deu origem ao primeiro conflito mundial: alemães e austríacos x ingleses, franceses e russos, posteriormente os Estados Unidos, Itália e Japão
Perecimento = 15 milhões de pessoas entre civis e militares
Alemanha, como perdedora desta guerra terá de submeter-se às disposições do TRATADO DE VERSAILLES, de cujas reuniões foi proibida de
 participar além de arcar com pesados tributos. 
Isolacionismo – o ovo da serpente
O isolacionismo imposto à Alemanha colaborou para o fortalecimento de lideranças despóticas, às quais se apresentavam ao povo como suas únicas salvadoras, pois o “mundo encontrava-se contra os alemães”
* Nas relações internacionais práticas isolacionistas são sempre perigosas. O governo “difícil” o “contraditório” deve permanecer sempre no centro das discussões e sob vistas de todos.
A contribuição cinematográfica de INGMAR BERGMAN “OVO DA SERPENTE” descreve o nascimento do nazismo, inspirado também no regime fascista italiano.
Década de Trinta do Século XX
Influências nazistas/fascistas:
Espanha – General Francisco Franco (1939-1975)
Portugal – Professor Antonio Oliveira Salazar 
 ( 1933 – 1968 )
Argentina - Coronel Juan Domingos Peron
Brasil – Ação Integralista Brasileira e ditadura Vargas
 ( 1937 – 1945 )
* Entrega da socialista Olga Benário ao governo nazista, bem como a edição de atos normativos racistas:
Decreto-Lei Nº 406, de 04 de maio de 1938
O art. 1º traz exaustiva lista onde proibe a entrada no Brasil:
“vagabundos, ciganos e congêneres” ( Item II )
Art. 2º: “ .. O governo federal reserva-se o direito de limitar ou suspender, por motivos econômicos e sociais, a entrada de indivíduos de determinadas raças ou regimes, ouvido o Conselho de Imigração e Colonização”.
Decreto-Lei Nº 7967, de 18 de setembro de 1945
Art. 1º - todo o estrangeiro poderá entrar no Brasil, desde que satisfaça as condições estabelecidas por esta lei.
Art. 2º - Atender-se-á, na admissão dos imigrantes, à necessidade de preservar e desenvolver, na composição étnica da população, as características mas convenientes da sua ascendência europeia, assim como a defesa do trabalhador nacional”.
Vínculos infelizes entre a ditadura Vargas e os governos nazistas e fascistas são indiscutíveis.
A segunda Guerra Mundial deixou um saldo de cinquenta milhões de mortos em meio a conflitos bélicos e holocaustos genocidas.
Estados do eixo ( Alemanha, Itália e Japão ) versus
Aliados - 1939 - 1945
Renascimento das Relações Internacionais
1941 - Carta do Atlântico – Winston Churchill e 
 Franklin Delano Roosevelt 
 ( redirecionamento da ordem internacional )
Proibição de alterações territoriais sem o conhecimento das populações interessadas ( * )
Liberdade de navegação ( ** )
Igualdade de acesso às matérias-primas 
 essenciais ( ** )
- Colaboração em matéria econômica ( ** )
 - Segurança Coletiva ( * )
Note-se as referencias a interesses coletivos difusos ( * ) e a interesses das economias industrializadas 
Conferência de Bretton Woods
Julho de 1944 – participação de 44 Estados
Objetivo: estabelecimento de nova ordem monetária internacional ( pleno emprego, estabilidade de preços, equilíbrio nas contas externas, eliminação de restrições ao comércio mundial )
Visões Antagônicas:
JOHN MAYNARD KEYNES (Inglaterra )
Recuperação econômica dos países em guerra,
Práticas intervencionistas, ou seja, o Estado como regulador do sistema econômico, por meio de políticas orientadas no sentido de manter o pleno emprego
HARRY DEXTER WHITE ( Estados Unidos )
Repúdio ao intervencionismo por meio da liberação do comércio
Em atenção à ponderações de KEYNES instituiu-se o FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL – FMI = assistência técnica a países com problemas de liquidez no balanço de pagamentos e
BANCO INTERNACIONAL DE RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO - BIRD = reconstrução da Europa – financiamento econômico a países pobres, e desde 1980 auxiliar estados em dificuldades econômicas na reestruturação da dívida pública. 
GLOBALIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO
A instituição da Organização das Nações Unidas
( Carta da ONU, de 24 de outubro de 1945 )
Estados = pessoas jurídicas de direito público
 internacional
Objetivos: resolução pacífica de conflitos;
 manutenção da paz;
 defesa direitos humanos fundamentais;
 percepção das diferenças: direitos da
 criança e do adolescente; direitos da 
 mulher; direitos dos refugiados;
Declaração Universal de Direitos Humanos, 1948
Pacto Internacional de Direitos Políticos e Civis, 1966
Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, 1966
Keynesianismo; Globalização; Neoliberalismo; Exclusão Social
Algumas questões políticas do após guerra:
“IRON CURTAIN” ( Winston Churchill, 1946 )
Cortina de ferro = simbolizando obstáculos físicos, barreiras ideológicas entre regiões sob o influência ( práticas imperialistas ) dos Estados Unidos, Inglaterra, Japão, França e União Soviética
“GUERRA FRIA” ( Bernard Baruch, 1947 num debate no Congresso norte-americano )
= inexiquidade de um embate frontal = perigo armas nucleares = embate ideológico = sérios prejuízos ao “terceiro mundo” = ditaduras
Keynesianismo; Globalização; Neoliberalismo; Exclusão Social
Um pensador do Estado do bem Estar:
KEYNES, John Maynard = posturas ativas do Estado = fim do laissez-faire = crescimento econômico com pleno empregonas economias capitalistas/ industrializadas = herdeiras do neocolonialismo
Década de Setenta do Século XX 
* derrota americana no Vietnã
* choque do petróleo
= recessão econômica mundial – altos índices de inflação e de taxas de desemprego = ruína do Welfare State
Quanto à crise do petróleo, note-se que a própria formação da Organização dos Países produtores do Petróleo, a OPEP, bem como o apoio ao Estado de Israel nos conflitos com os estado árabes teve sérias consequencias: “Como represália ao consentimento dado pelos Estados Unidos a seus aliados à ocupação de territórios árabes por Israel, na Guerra do “Yom Kipur” em 1973, os membros da OPEP paralisaram o fornecimento do produto e, logo depois, estabeleceram um sistema de cotas, quadruplicaram seu preço”
( LEWANDOVSKI, p. 61 )
Ascensão Conservadora 
Políticas Neoliberais
Espaço Político para lideranças conservadoras:
THATCHER, M. ( 1979 )
REAGAN, D. ( 1980 )
KOHL, H. ( 1982 )
* Adoção de modelos neoliberais
 = metas: estabilização da moeda; 
 desregulação
 privatização
= afastamento do Estado da questão social 
Pensadores - Neoliberalismo
HAYEK, F.A. ( The Road to Serfdom )
Premio Nobel de Economia em 1974
Advoga pelo Estado Mínimo e pela livre concorrência
“único método pelo qual nossas atividades podem ser ajustadas às dos outros, sem intervenção coercitiva e arbitrária da autoridade”
Conclui pela despolitização da economia; automização dos mercados; retração do Estado = atividades estatais reduzidas.
FRIEDMAN, M. ( Capitalismo e Liberdade )
Defende a idéia de que a solução para a maioria dos problemas sociais consiste em assegurar-se a competitividade e a liberdade de iniciativa com o mínimo possível de interferência governamental
“Enquanto a liberdade efetiva de troca for mantida, a característica central da organização de mercado da atividade econômica é a de impedir que uma pessoa interfira com a outra no que diz respeito à maior parte de suas atividades”
Conclusões: Na verdade a instituição e regulação da moeda sempre foi atribuição do Estado, uma das funções exercidas pelo Executivo e na atualidade pelos bancos centrais responsáveis pelo política monetária/cambial, com a globalização de nossos tempos, essas tarefas tornaram-se bem mais complexas.
Vide LEWANDOWSKI, p. 70 e segs:
“Isso porque, na economia global, não só os bens e serviços transitam com crescente desembaraço por entre fronteiras nacionais, como também os capitais circulam livremente, fluindo para onde são melhor remunerados. E não é só isso: os mercados financeiros estão hoje de tal maneira interligados que influenciam reciprocamente as taxas de juros, os valores do câmbio e o preço das ações”
GLOBALIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO
O ESTADO NO SÉCULO XXI	
 A desvinculação da economia da política e a crise política desencadeada propiciou diversas teses: o retorno à lição dos clássicos da Política: um estado mundial federalizado? (E. KANT “A Paz Perpétua”) ou as propostas atuais, fim da anarquia internacional ( ausência de poder centralizado), uma federação internacional, e principalmente um “ estado mínimo” etc.
Vide Lewandowski, op.cit., p. 251 e segs,
GLOBALIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO
SOBERANIA NEGATIVA E SOBERANIA POSITIVA
(JACKSON, R.)
A idéia de soberania negativa diz respeito ao direito a não intervenção ou não ingerências internas ( conceito jurídico do reconhecimento de soberania).
Note-se que este entendimento observa a soberania numa perspectiva estática estatica
GLOBALIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO
Quanto à soberania positiva consiste na “capacidade que tem o Estado de mobilizar os recursos necessários para promover o bem-estar de seus cidadãos”, uma importante questão política, justamente diante das dificuldades de tantos governos, submetidos à atuação dos mercados globalizados, para cumprir compromissos sociais.
Note-se que esta noção de soberania é dinâmica e prevê plena evolução do Estado no atendimento das necessidades dos cidadãos.
Soberania Positiva ; funcional e operacional
Vide LEWANDOWSKI, op.cit., p. 259
“A percepção do Estado para controlar a repercussão interna das decisão econômicas tomadas pelos agentes do mercado de um lado e a constatação da existência de entes políticos apenas formalmente soberanos, de outro, levaram alguns estudiosos a conjugar o conceito de soberania com a noção de funcionalidade. 
A ideia consiste em superar uma visão dicotômica da soberania, compreendida simplesmente em termos afirmativos ou negativos, emprestando-lhe um sentido operacional”.
GLOBALIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO
Dois autores são citados (SMITH, G. e NAIM, M. Altered states: globalization, sovereigny and governance, p. 12-13)
Os cidadãos em geral ainda pensam o Estado como unidade natural e ainda apegados a conceitos de soberania e fronteiras impenetráveis. E, diante da incapacidade do Estado de regular a economia, proteger direitos humanos, etc.
Propõem uma substituição do poder estatal por uma “governança global” 
GLOBALIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO
Quanto à soberania positiva, alguns autores são consultados (Ursula Tafe, Intergovernamental Organizations e Robert Jackson, Quase-states) , pois nos lembram realidades vivenciadas por cidadãos de estados economicamente dependentes: “Estados Falhos” (failed states) que sendo formalmente dotados de soberania ( no sentido negativo = não intervenção)
GLOBALIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO
Trata-se de estados incapazes de sobreviver sem ajuda externa, da comunidade internacional, por exemplos, estado africanos em guerras constantes, Ruanda, Somália.
São estados fracos aqueles que não conseguem suprir necessidades básicas de seus cidadãos, também as antigas republicas que integraram a União Soviética
GLOBALIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO
Há também estados juridicamente soberanos, com reconhecimento internacional, mas sem os atributos mínimos de soberania, seus governantes não tem legitimidade.

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