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DESENHO 
TÉCNICO
PROF. FLAVIO AUGUSTO CARRARO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
Prof. Flavio Augusto Carraro
DESENHO 
TÉCNICO
Marília/SP
2022
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
DESENHO TÉCNICO
PROF. FLAVIO AUGUSTO CARRARO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
07
17
32
40
48
57
66
77
91
100
112
121
129
138
156
DESENHO TÉCNICO E UNIVERSAL
NORMAS RELACIONADAS AO DESENHO 
TÉCNICO
FORMATO DE PAPEL E LETRAS E 
ALGARISMOS
TÉCNICA DO USO DE MATERIAL DE DESENHO
SISTEMAS DE PROJEÇÃO
GEOMETRIA DESCRITIVA
DESENHO GEOMÉTRICO
COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO
ESCALAS
PLANTA BAIXA ARQUITETÔNICA
VISTA E ELEVAÇÃO
CORTES E DETALHAMENTOS
DESENHO 2D EM AUTOCAD
ABNT/NBR 9050
PRINCÍPIOS DO DESIGN UNIVERSAL 
COMO FERRAMENTAS PARA A INCLUSÃO; 
ACESSIBILIDADE
DESENHO TÉCNICO
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho proporciona um pouco mais de conhecimento sobre as condições 
normativas e os padrões relativos aos desenhos técnicos e universais, e os requisitos 
obrigatórios desses tipos de desenho.
 A redação é, por natureza, uma linguagem geralmente aceita e deve ser respeitada 
para facilitar a leitura geral. 
É importante entender alguns dos requisitos do projeto, já que as pessoas que o 
executam nem sempre são diretas.
É necessário entender sobre estratégias de design, especificações de papel, tamanhos 
de fonte, critérios de peso, e todas as informações importantes que tornam o design 
legível sob condições técnicas.
Dessa forma, podemos ver como o projeto se relaciona com a geometria e os 
conceitos de desenho geométrico, e como eles possibilitam o seu desenvolvimento, 
conforme expresso em Desenvolvimento Requerido.
Depois de entender o papel da projeção, é necessário saber como participar do 
desenvolvimento por meio dela. Isso atualmente precisa ser resolvido dentro do 
equilíbrio. 
Plantas, cortes e elevações devem ser examinados em detalhes.
É importante ressaltar que todos os padrões foram criados pensando no 
desenvolvimento de projetos desenhados à mão, mas o estado atual do mercado 
de projetos de arquitetura e engenharia inviabiliza o desenvolvimento desse tipo de 
projeto, por isso é importante enfatizar o design auxiliado por computador no processo 
de design. 
Além disso, ao discutirmos os direitos do público em geral, do ponto de vista social e 
filosófico, discutimos não apenas o significado do desenho universal, mas também as 
condições para o desenvolvimento e aplicação dos requisitos de design, considerando 
determinados aspectos. 
Siga a norma ABNT 9050/2020 e os princípios condicionantes do desenho universal 
como ferramenta de inclusão e acessibilidade.
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CAPÍTULO 1
DESENHO TÉCNICO 
E UNIVERSAL
Quando estudamos a história do homem desde a pré-história, vemos que sempre 
houve uma estreita relação entre o processo de desenho e as formas de expressão, 
seja para a representação de uma realidade, para o direcionamento de uma condição 
religiosa, ou até mesmo para uma manifestação cultural. Assim surgiu o objetivo de 
se aplicar pinturas rupestres nas paredes das cavernas.
A pintura rupestre sempre teve estreita relação com a representação de algo do 
dia a dia do homem das cavernas, perdurando durante toda a pré-história.
Outro ponto histórico é que, com a invenção da escrita (que diga-se de passagem, 
era basicamente baseada em desenhos), o homem tentou estabelecer uma organização 
de símbolos para desenvolver um processo comunicacional com seus contemporâneos 
e pares, assim como a escrita cuneiforme e a escrita hieroglífica.
À medida que o homem evolui na história, vemos a organização de outras formas 
de processo comunicacional por meio do desenho, em especial quando ele dominou 
a geometria, e a forma como ela poderia interferir na composição das edificações. O 
desenho era a base do desenvolvimento das grandes obras arquitetônicas que chegam 
até os dias atuais, como por exemplo as obras greco-romanas.
1.1 O uso do desenho ao longo da história.
A história do desenho começa no tempo da pré-história, ao mesmo tempo em que 
o homem passa a fazer registros de sua rotina gravados nas cavernas, exprimindo os 
hábitos e experiências dos primitivos. A pintura rupestre talvez tenha sido a primeira 
forma de expressão, até que se consolidasse a linguagem verbal e eventualmente a 
linguagem escrita.
Ao longo da história, o desenho passou por formas diferentes de representar a 
expressividade, e evoluiu em relação à sua função em diferentes aspectos, inclusive 
sendo precursor da linguagem escrita, e tendo grande influência sobre a fotografia 
e o cinema, além de uma série de outras representações úteis para a vida, como a 
representação ortográfica, a representação por perspectiva, entre outras.
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Se por vez o desenho teve grande representatividade na expressão do que era 
sagrado (primeiro nas pinturas rupestres), algum tempo depois também seria de grande 
utilidade para a representação das leis, que eram uma espécie de desenho. Veremos 
que alguns povos como os egípcios, fizeram uso ostensivo do desenho para doutrinar 
a população através de um conjunto de símbolos nas paredes e pilares de templos e 
tumbas, estruturando as rotinas sociais, ordenadas pelas leis dos governantes. Por 
diversos momentos ele foi a representação do ordenamento coletivo.
 Os desenhos também foram os registros dos possíveis “percursos” que seriam 
utilizados pelos gregos e romanos no uso da cartografia, e depois para a determinação 
das rotas que os navegantes desenvolviam em cartas, apoiadas por instrumentos de 
leitura, em especial durante os séculos XV e XVI e posteriores.
Na arte, o desenho acompanhou todo o processo expressivo e o desenvolvimento 
de grande parte da história, e, ainda hoje, é capaz de surpreender e encantar todos 
os que pretendem contemplá-lo.
Desde a pré-história, o desenho surgiu como forma de as pessoas fazerem registros 
e facilitarem a comunicação, além de que foi importantíssimo para o desenvolvimento 
da linguagem falada e escrita. Já há uma certa noção de que o homem tenha aprendido 
a desenhar antes de falar, por conta das pinturas rupestres. É praticamente impossível 
determinar com certeza, já que a linguagem falada não deixa marcas nas paredes, 
porém é inegável que a expressão por meio de pinturas facilitou a comunicação entre 
os povos.
Figura 01: pintura rupestre.
Fonte:https://www.istockphoto.com/br/foto/pintura-rupesto-em-carricola-gm1384590002-443801353.
https://www.istockphoto.com/br/foto/pintura-rupesto-em-carricola-gm1384590002-443801353
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Na antiguidade clássica, o desenho ganhou o status de sagrado, como podemos 
ver com os egípcios e os povos mesopotâmicos, tanto que nas tumbas era um veículo 
de comunicação. Os chineses e os povos do continente americano desenvolveram 
formaspeculiares de comunicação, também baseadas no desenho, com significados 
próprios e que caracterizavam cada uma dessas civilizações. Na época dos gregos e 
romanos, utilizava-se o desenho para representar as divindades.
Na Mesopotâmia, o desenho foi a base bastante primitiva da representação que 
indicava limites territoriais e rotas. O nascimento da representação cartográfica 
derivou do desenvolvimento de rotas comerciais e de domínios, ganhando fôlego 
com a expansão do Império Romano e a popularização de suas cartas.
Um dos acontecimentos mais importantes para todas as formas de desenho foi 
a invenção do papel com os chineses, há cerca de 3000 anos. Até esse momento, 
diferentes materiais foram utilizados para o desenvolvimento das representações, 
como blocos de barro e argila, couro, tecidos, folhas de palmeiras, pedras, ossos 
de animais, e até mesmo o papiro (uma espécie de papel mais fibroso usado pelos 
egípcios), e por vezes o bambu. Por volta do ano VI a.C. os chineses já faziam uso do 
papel de seda branco, próprio para o desenho e a escrita. 
O papel que utilizamos hoje surgiu em 105 d.C. e sua composição foi mantida em 
segredo por mais de 600 anos. O que conhecemos hoje como papel, embora tenha 
evoluído, ainda é baseado na extração de fibras vegetais, prensagem e secagem.
Podemos citar que o desenvolvimento de apetrechos utilizados para o desenho 
ocorreu de maneiras bastante distintas pelas diferentes civilizações, com a utilização 
de materiais como madeiras e penas, que tinham as pontas colocadas sobre algum 
pigmento, fazendo surgir o desenho da letra, ou do que seria representado. 
Entre os primeiros utensílios utilizados para o ato de desenhar, há os dedos dos 
homens das cavernas, que fizeram as primeiras pinturas rupestres. Os babilônios 
utilizavam pedaços de madeira e ossos em formato de cunha para desenhar em 
tábuas de argila (daí o nome cuneiforme). Com a invenção do papiro pelos egípcios, 
foi necessário desenvolver outros materiais para a escrita e o desenho, passando a 
ser utilizados a madeira e ossos molhados em tinta vegetal, depois as famosas penas, 
e até mesmo o carvão.
A caneta esferográfica seria criada apenas em 1938, logo depois que as penas 
no século XVIII passaram a ser de metal. Em 1884, Lewis E. Waterman patenteou a 
caneta tinteiro, precursora das canetas esferográficas.
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Da mesma maneira que os instrumentos de desenho e as formas de utilização dos 
mesmos evoluíam, o próprio desenho evoluía. No Japão, por exemplo, na época mais 
próspera dos samurais (1192 a 1600) o desenho apresentava grande crescimento, 
e, além de guerreiros, os samurais se dedicavam à arte para o desenvolvimento da 
concentração. Além disso, foi no Japão que foi divulgada a tinta nanquim, criada pelos 
chineses, ao contrário do que se costuma pensar. 
Uma tinta preta bastante utilizada para o desenho era feita com um pigmento 
negro extraído de compostos de carbono queimados (como o carvão). Assim como 
praticamente todas as formas tradicionais de arte, o desenho era bastante difundido 
por religiosos, seja no oriente ou no ocidente, e até hoje mantém-se ligado ao que 
é religioso para diversos povos. No Japão em específico sempre foi utilizado com a 
necessidade de representar a natureza, ena antiguidade já se faziam desenhos sobre 
a vida das pessoas.
No Renascimento, o desenho ganha maior importância na arte, em especial pelas 
representações de perspectivas, e passa a desenvolver o retrato fiel da realidade; ao 
contrário do que acontecia em séculos anteriores (como na época da Idade Média), 
quando a falta de perspectiva criava cenários completamente incompatíveis com 
a realidade. Assim, além da evolução do desenho baseada na matemática e nos 
fundamentos da geometria, com a representação de perspectivas, o Renascimento 
ficou reconhecido por começar a era da Revolução Científica, tendo aprofundamento 
em estudos de diversas áreas do conhecimento. 
O desenho seria capaz de registrar todas essas evoluções, tais como os estudos 
de anatomia e as representações de edificações, com “ares de realidade”. 
Os mestres de pinturas desta época seriam exímios cientistas e desenhistas, que 
usavam seus conhecimentos para desenvolverem representações com ares de realidade 
em esculturas e pinturas, através do uso de sombras, proporções, luzes e cores.
1.1.1 A mudança do desenho como forma de representação.
Com o passar dos séculos, a partir do Renascimento, vemos que o desenho era 
fonte de representação da sociedade em diversos aspectos, para discussões de cunho 
político, religioso, social, entre outros. Mas é com o advento da Revolução Industrial 
que o desenho teria o direcionamento para a comunicação. A comunicação do desenho 
técnico é para criar o objeto, o transformar em informação, e o direcionar para o 
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processo produtivo, para que os outros consigam, por meio das simbologias típicas, 
desenvolver o produto tal qual foi idealizado. 
Devido à Revolução Industrial, surgiu uma nova modalidade de desenho que se 
voltava para a projeção de objetos, máquinas e tudo que envolvia a representação 
destes, por meio do que algumas áreas preferem chamar de “desenho industrial” e 
outras de “representação ortográfica”.
É importante entendermos que o processo de evolução da produção artesanal, 
fundia o processo criativo e o processo produtivo em uma única coisa, e com isso, o 
desenho era parte do processo de elaboração ou materialização da ideia do criador.
Com o advento da separação internacional do trabalho, o desenho seria uma 
forma de comunicar a ideia do criador a um produtor. Para isso, seria necessário a 
sistematização de uma série de representações, para que houvesse uma linguagem 
entre o processo criativo e o processo produtivo. Logo, criou-se a oportunidade de 
desenvolvimento do desenho técnico, consolidado em função da condição de ter que 
especificar-se as medidas, os desenhos, as formas, e até mesmo os materiais.
A Revolução Industrial (1760-1850) foi um período em que muitos avanços 
tecnológicos se desenvolveram, como a construção de máquinas e equipamentos, 
impulsionando a criação de desenhos técnicos. O desenho técnico é um tipo de 
representação gráfica que deve transmitir com exatidão todas as características do 
objeto representado; características como: dimensões, tipo de material, detalhes da 
superfície, detalhes da fabricação e construção.
1.1.2 Quem foi Gaspard Monge? 
O desenho industrial, ou como é chamado hoje: desenho técnico, foi desenvolvido 
por Gaspard Monge (1746-1818), que também é conhecido como o pai da geometria 
descritiva.
ANOTE ISSO
A geometria descritiva é uma subárea da matemática aplicada cujo objetivo é 
representar a forma do espaço em um plano. Ou seja, resolver um problema 3D 
em 2D. Para atingir este objetivo, é utilizado um método composicional no qual 
um diagrama espacial é representado em um plano para que todas as questões 
relacionadas a esse diagrama sejam interpretadas. Definida como a parte da 
matemática que estuda a planificação de elementos geométricos.
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Gaspard Monge foi um sábio desenhista e político francês do final do século XVIII 
e início do século XIX, um dos fundadores do Instituto Politécnico Francês, autor da 
geometria descritiva, grande teórico da geometria analítica, especialista em curvas, 
e que pode ser considerado o pai da geometria diferencial (superfície do espaço). 
Pretendia representar as figuras do espaço em um plano usando a geometria plana, 
para resolver problemas em que apareciam 3 dimensões.
A geometria descritiva deu grande impulso à indústria, e foi exatamente por esse 
motivo que Gaspard Monge se dedicou a esse estudo.
“A França, que nos anos de fartura praticamente transbordava com os 
mais finos alimentos, sofreuum período de fome nacional em dezesseis 
dos cem anos do século 18, que terminou em revolução.” (BLAINEY, 2008, 
p. 224).
A criação da École Normale provia subsídio para a formação de professores de 
escolas básicas. O seu papel era o de formar professores que pudessem capacitar 
os cidadãos nas escolas laicas a exercer uma mão de obra mais qualificada. A 
École Polytechnique e as Écoles d’Application foram exemplos de onde escoaram 
estudantes qualificados. Foram escolas voltadas para a formação imediata e 
emergencial de engenheiros. Houve duas direções de formação de engenheiros: 
uma civil, relacionada à infraestrutura do país, e outra militar, voltada para a defesa 
e a expansão da nação e dos ideais franceses.
A escola foi fundada no período mais difícil da Revolução Francesa, quando a 
desintegração de todos os institutos de educação e a perda contínua de jovens 
vigorosos treinados para fins militares, criaram uma necessidade urgente 
de extensão nessa direção (...). A escola existia para treinar oficiais para a 
Revolução, e mais tarde para o exército de Napoleão. (KLEIN, 1979, p.60)
Gaspar Monge aprimorou as técnicas de representação gráfica já iniciadas pelos 
egípcios: planta, elevação, perfil. O interesse pelo estudo dessa tecnologia surgiu 
de um impulso patriótico que visava libertar a França da dependência da indústria 
estrangeira.
1.1.3 Mas o que viria a ser a geometria descritiva? 
A geometria descritiva é conhecida como o método que permite representar com 
precisão os objetos em 3 dimensões (comprimento, largura e altura), que são projetados 
sobre superfícies planas, por meio do uso de escalas. Na folha de papel, transfere-se 
o desenho para um sistema de representação bidimensional e facilita a identificação 
da verdadeira grandeza.
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
É por meio dos princípios da geometria descritiva que se constitui a base para o 
desenho técnico e como ele é entendido atualmente.
Figura 02: geometria descritiva e projeções ortogonais.
Fonte: https://professornovais.com/a-historia-e-evolucao-do-desenho-tecnico-mecanico/.
Desenvolvemos a geometria descritiva sobre uma peça, e percebemos como 
o desenho é uma forma eficiente e segura de transmitir ideias e soluções para 
projetos, sejam eles de engenharia ou arquitetura.
1.1.4 Conceituando o desenho técnico.
Essencialmente, o desenho é uma figura, imagem, ou delineamento, feito à mão 
ou com o uso de ferramentas em diferentes materiais. O conceito de técnico se dá 
ao que é ligado à ciência, destinado a obter um determinado resultado.
Entende-se por desenho técnico o sistema pelo qual fazemos a representação técnica 
de diferentes tipos de objetos, e seu objetivo é fornecer a informação necessária para 
a análise desse objeto com vista a facilitar a sua concepção e manutenção, e depois 
projetá-lo.
O desenho técnico pode ser desenvolvido com recursos técnicos de desenho 
(lapiseira, régua, esquadro, compasso), porém hoje contamos com softwares que 
ajudam a realizar de maneira mais ágil as projeções e cálculos.
Deste modo, a engenharia e arquitetura fazem uso dessa ciência, e o edifício pode 
ser representado em um plano horizontal utilizando escalas, seja por planta, corte, ou 
elevação. Até mesmo sua implantação, configuração de telhado, entre outros aspectos, 
contribuem para a execução da obra, e propõem detalhes sobre as dimensões nos 
projetos. Neste caso, damos o nome de desenho arquitetônico.
https://professornovais.com/a-historia-e-evolucao-do-desenho-tecnico-mecanico/
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O desenho técnico consegue fazer a representação de formas, e indicar posições e 
dimensões, segundo o contexto da aplicação e considerando as variáveis que devem 
ser observadas para a produção.
Também pode ser entendido como meio de expressão gráfica e ajuda a passar a 
ideia que foi proposta pelo projetista, que é o responsável pela execução.
Podemos ver que um projetista elabora o desenho gráfico como as palavras de 
um texto, de forma a expressar a volumetria, a intenção geométrica, e os detalhes de 
acabamentos e superfícies.
Pode-se relacionar o desenho à escrita, pois é necessário seguir um conjunto de 
regras para que haja comunicação entre o processo criativo (criador) e o processo 
produtivo (projetista), e a clareza deve ser tal que consiga transmitir a mensagem, e 
quem executar o projeto consiga interpretar a ideia e realizá-la.
Embora o método de Monge seja amplamente utilizado por todos os países, cada país 
tem a necessidade de desenvolver normativas específicas para que em seu território 
seja possível entender o que se cria. No caso do Brasil, fazemos uso da norma ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), pela qual determina-se as tipologias, entre 
outros artifícios que possam ser necessários para a correta representação do desenho.
O desenho técnico não é apenas aplicado na área da construção civil, mas existem 
outros tipos de desenho técnicos, que podem ser aplicados conforme outras utilidades, 
como por exemplo: o desenho mecânico (representa as partes e peças de máquinas), 
desenho eletrônico (representa circuitos), desenho elétrico (representa instalações 
elétricas), desenho urbanístico (representa organização e desenvolvimento de centros 
urbanos).
O desenho técnico pode ter o acompanhamento de esboços, diagramas, gráficos, 
planos, entre outros, e é frequentemente usado com desenhos geométricos e noções 
de matemática para se trabalhar de forma bem-sucedida com escalas e perspectivas.
O que diferencia o desenho técnico do desenho artístico é que o segundo tem relação 
com aspectos subjetivos de quem olha e desenha, levando a distintas interpretações, e 
o primeiro é a representação literal do que se pretende mostrar, para fins de conseguir 
atender o objetivo da produção.
Assim, o desenho técnico é direto, com significado único, e é representado por meio 
de símbolos e figuras, que ajudarão o responsável pela execução a atender tudo que 
ali está especificado. Em outras palavras, o desenho técnico precisa descrever de 
forma exata as características da obra.
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1.1.5 Conceito de desenho arquitetônico.
O desenho arquitetônico é delineamento relacionado a tudo que é ligado à arquitetura, 
como a espacialidade orientada para o design e construção de edifícios. Um desenho 
arquitetônico é o elemento gráfico que visa obter a representação de uma obra 
arquitetônica, e o desenho técnico é feito por um especialista que fornece os dados 
necessários para analisar, projetar, construir ou manter o objeto em questão.
Há algumas tipologias de desenhos arquitetônicos, exemplo: os planos arquitetônicos, 
que são diagramas desenvolvidos de um ponto de vista onde passa um plano de corte 
sobre ou entre o que se pretende representar, e mostra as diversas relações entre as 
distribuições dos espaços e os elementos necessários para a construção do edifício. 
Tais desenhos arquitetônicos podem ser equiparados a um mapa, por dar norteamento 
a quem for construir.
Quando o plano mostra as vias de acesso, os limites de construção, e os componentes 
estruturais da edificação, falamos de representação em plano. Se o plano estiver em 
uma área específica de construção, o desenho é chamado de plano de detalhes.
Podemos dispor o plano de representação à frente de uma fachada, e assim verificar 
a elevação da edificação, e como fica a sua aparência externa.
Outra forma de representar a edificação é por meio de representações tridimensionais, 
que podem derivar dos planos de projeções ortogonais, que podem ser desenvolvidos 
com a geometria do plano do horizonte, plano do piso e pontos de fuga, e tem por 
objetivo obter uma representação realista.
1.1.6 Conceito de desenho topográfico.
Pode ser entendido como o traçado feito para a representação de uma superfíciede 
um terreno, e é usado como base para o desenvolvimento de projetos arquitetônicos. 
O desenho topográfico é o que faz relação direta à topografia, que é uma disciplina 
dedicada à descrição e delineamento de um terreno, assim a topografia também é o 
conjunto de características superficiais de uma região.
O desenho topográfico é um gráfico cujo objetivo é representar as propriedades 
da superfície de um terreno tal como o desenho técnico de uma edificação, mas que 
fornece os dados úteis para análise, construção e manutenção de algum tipo de obra, 
instalação ou infraestrutura. É através do desenho topográfico que se possibilita o 
entendimento da representação da altura e relevo, e também a representação do corte 
e aterro de uma área. Faz uso de símbolos gráficos, aceitos por convenções e normas, 
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para o entendimento das informações entre os envolvidos com o desenvolvimento 
do projeto.
O desenvolvimento de um desenho topográfico requer equipamentos específicos 
e cálculos direcionados, além da representação gráfica, e deve refletir com precisão 
as medidas de distância para sua projeção no papel. Deve-se representar fielmente 
a superfície real, porém, como se trata de grandes dimensões, normalmente faz-se o 
uso de escalas, tornando necessário o entendimento desses artifícios para a correta 
representação do que está sendo mostrado, e para obter influência sobre o projeto.
No mais, é necessário considerar que os desenhos topográficos formam 
representações no plano, e refletem a presença de curvas, depressões entre outros 
aspectos relevantes do projeto, além de ser possível obter uma representação precisa 
das formas de um terreno.
ISTO ESTÁ NA REDE
O vídeo mostra as diferenças básicas entre o desenho artístico e o desenho técnico.
“História do desenho - diferença entre desenho artístico e técnico”.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=_T9AEVPSjSM.
https://www.youtube.com/watch?v=_T9AEVPSjSM
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CAPÍTULO 2
NORMAS RELACIONADAS 
AO DESENHO TÉCNICO
Neste capítulo entenderemos um pouco mais sobre quais são as normas e seus 
conteúdos, assim como o entendimento das aplicações no desenvolvimento do desenho 
técnico.
Como vimos, cada país possui suas próprias regras para esse tipo de desenho, 
sendo que no Brasil há a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). É a ABNT/
NBR 10647 que define, por exemplo, os tipos de desenhos usados, nomenclaturas, 
se o desenho será feito à mão livre ou digital (no computador), o material utilizado, 
entre outros assuntos.
Mas há outras normas que temos que referenciar para o desenvolvimento dos 
projetos e dos desenhos técnicos. Tais como:
• NBR – 6492:1994 – Representação de projetos de arquitetura;
• NBR – 8196:1994 – Emprego de escalas em desenho técnico;
• NBR – 8403:1984 – Aplicação de linhas em desenhos;
• NBR – 10067:1987 – Princípios gerais da representação em desenho técnico;
• NBR – 10068:1987 – Folha de desenho: leiaute e dimensões;
• NBR – 10126:1987 – Cotagem em desenho técnico;
• NBR – 10582:1988 – Apresentação da folha para desenho técnico;
• NBR – 10647:1989 – Desenho técnico;
• NBR – 13142:1994 – Dobramento de cópia de desenho técnico;
Vamos ao estudo de cada uma delas e entender quais são seus componentes 
básicos e estruturação:
2.1 - ABNT/NBR 10647 - Desenho técnico.
Esta norma define os termos empregados no desenho técnico. E faz uso de 
definições, como por exemplo:
Quanto ao aspecto geométrico:
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Figura 01: aspecto geométrico.
Fonte: NBR 10647.
Quanto aos artifícios gráficos que podem ser aderentes ao desenho projetivo, mas 
são considerados desenhos não projetivos:
Figura 02: desenho não projetivo.
Fonte: NBR 10647.
a) diagramas;
b) esquemas;
c) ábacos ou nomogramas;
d) fluxogramas;
e) organogramas;
f) gráficos.
A norma coloca também algumas definições quanto ao grau de elaboração:
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Figura 03: Grau de Elaboração.
Fonte: NBR 10647.
Também há a definição quanto ao grau de pormenorização:
Figura 04: desenho de componente e de conjunto.
Fonte: NBR 10647.
Embora nos dias atuais seja bem comum o uso do desenho auxiliado por computador, 
a norma ainda tem parte de seu conteúdo dedicado ao material empregado, e o 
desenho pode ser executado com lápis, tinta, giz, carvão ou outro material adequado.
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Dedica também parte de seu conteúdo em relação à técnica de execução: desenho 
executado manualmente (à mão livre ou com instrumento), ou à máquina; além do 
modo de obtenção, seja por produção original ou por reprodução.
2.2 - ABNT/NBR – 6492 – Representação de projetos de arquitetura.
Já de início a norma fixa as condições exigíveis para a representação gráfica 
de projetos de arquitetura. As indicações colocadas dentro da norma visam a boa 
compreensão, porém, logo de início, a norma não abrange critérios de projetos que 
são objetos de outras normas e legislações diretamente ligadas a condições opostas 
nos municípios ou estados onde o projeto se desenvolve. 
A norma cita como documento complementar a norma NBR 10068 - folha de desenho 
- leiaute e dimensões – padronização.
O interessante da norma é que ela dá algumas definições dos seguintes itens:
Figura 05: tipos de desenhos da norma.
Fonte: NBR 6492/1994.
É interessante comentar que a norma já se adianta em algumas definições, como 
escalas, programa de necessidades, memorial justificativo, descriminação técnica. 
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Dedica parte do conteúdo também para o entendimento do que é especificação, lista 
de materiais e orçamento.
Dedica parte de seu escopo a definições como as condições gerais para o 
desenvolvimento do projeto, com observações em relação ao papel (formato, 
carimbo, dobramento de cópias, entre outros aspectos). As condições específicas 
da caracterização das fases do projeto é um ponto importante, considerando suas 
finalidades específicas, conforme os itens 5.1.1 a 5.1.4, tendo as seguintes relações:
Figura 06: fases dos projetos.
Fonte: NBR 6492/1994.
Além disso, elenca quais são as necessidades de representação essenciais para 
cada uma das fases anteriormente citadas, colocadas em termos de requisitos dos 
desenhos, contendo informações cruciais para cada um dos desenhos desenvolvidos.
Mas uma das partes mais importantes desta norma é o “anexo - representação 
gráfica de arquitetura”, e nela estão descritos:
• Linhas de representação;
• Tipos de letras e números;
• Escalas;
• Norte (representações);
• Indicação de chamadas;
• Indicação de sentido ascendente nas escadas e rampas;
• Indicação de inclinação de telhados, caimentos, pisos etc.;
• Cotas;
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• Dimensão dos vãos de portas e janelas;
• Cotas de nível;
• Marcação de coordenadas;
• Marcação de cortes gerais;
• Marcação de detalhes;
• Numeração e títulos de desenhos;
• Indicação de fachadas e elevações;
• Designação de portas e esquadrias;
• Designação de locais para referência na tabela geral de acabamentos;
• Quadro geral de acabamentos (facultativo);
• Quadro geral de áreas (facultativo);
• Representação dos materiais mais usados;
• Quadro geral de esquadrias.
ISTO ESTÁ NA REDE
O anexo da norma caberia em alguns capítulos deste material, para conseguirmos 
entender seu escopo, cabe uma consulta:
Acesse o link: https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-
representacao-de-projetos-de-arquitetura.
2.3 - ABNT/NBR – 8196:1994 – emprego de escalas em desenho técnico.
Esta norma tem por objetivo fixar condições exigíveis para o emprego de escalas 
e suas designações em desenhostécnicos.
A norma relaciona um conjunto de disposições que, ao serem citadas no texto, 
constituem prescrições para a presente norma. Importante ressaltar que se toma 
por referência a norma NBR 10647:89, que trata especificamente do desenho técnico 
e faz definições de escala, porém a norma pode ser revisada a qualquer momento.
Em relação aos requisitos gerais, a designação da presente norma deve consistir 
na palavra ESCALA, seguida da relação:
Escala 1:1 para escala natural;
Escala x:1 para escala de ampliação (x>1);
Escala 1:x para escala de redução (x>1).
O valor de “X” deve ser conforme:
https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-representacao-de-projetos-de-arquitetura
https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-representacao-de-projetos-de-arquitetura
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Redução Natural Ampliação
1:2 1:1 2:1
1:5 5:1
1:10 10:1
Nota – as escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas na razão de 10.
Tabela 01: escalas.
Fonte: NBR – 8196:1994.
Conforme o próprio texto, é necessário que a escala na qual nos baseamos, 
dependa da complexidade do objeto ou elemento a ser representado, e da finalidade 
da representação. Em todos os casos, a escala selecionada deve ser suficiente para 
permitir a interpretação fácil e clara da informação que será representada, e a escala 
e o tamanho do objeto ou elemento em questão serão parâmetros para a escolha do 
formato da folha, deixando a escala de certo modo condicionada a estar devidamente 
representada dentro deste papel.
2.4 - NBR – 8403:1984 – aplicação de linhas em desenhos.
Esta norma tem por parâmetro a condição de fixar os tipos e os escalonamentos 
de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes. 
Estabelece como condições gerais para as larguras das linhas, um escalonamento 
que pode ter referência nos formatos do papel para os desenhos técnicos, o que permite 
a redução e a ampliação, no processo de reprodução, para o formato do papel, dentro 
do escalonamento desejado, para que se obtenham novamente as larguras de linhas 
originais, desde que executadas com canetas técnicas e instrumentos normativos.
Estabelece condições específicas sobre as espessuras das linhas, que foram 
produzidas quando o desenho técnico era feito em papel e canetas com espessuras; 
hoje deve-se refletir sobre o desenvolvimento dos projetos assistidos por computador. 
As larguras das linhas devem ser escolhidas conforme o tipo, dimensão, escala e 
densidade de linhas no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13(1); 
0,18(1); 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm, e no sentido que em diferentes 
vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, as larguras das linhas mantenham-
se conservadas.
Há um certo cuidado por parte da norma em falar que em representações nas quais 
faz-se uso de linhas paralelas (como é o caso de hachuras), o espaçamento não deve 
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ser menor do que 2 vezes a largura da linha mais larga, sendo recomendado não ser 
menor do que 0,7 mm.
Quando desenvolvido o desenho por meio de cores, existe a necessidade de usar 
canetas técnicas, sendo respeitadas as respectivas dimensões, conforme quadro 
abaixo:
Espessura da linha: Cor da linha:
0,13 mm - lilás
0,18 mm - vermelha
0,25 mm - branca
0,35 mm - amarela
0,50 mm - marrom
0,70 mm - azul
1,00 mm - laranja
1,40 mm - verde
2,00 mm - cinza
Tabela 02: espessura das linhas e cores.
Fonte: NBR – 8403:1984.
A norma também coloca a condição dos tipos de linhas e suas utilidades:
Linha Denominação Aplicação Geral
Contínua larga A1 contornos visíveis
A2 arestas visíveis
Contínua estreita B 1 l i n h a s d e i n t e r s e ç ã o 
imaginárias
B2 linhas de cotas
B3 linhas auxiliares
B4 linhas de chamadas
B5 hachuras
B6 contornos de seções rebatidas 
na própria vista
B7 linhas de centros curtas
Contínua estreita à mão livre (A)
Contínua estreita em zigue-zague 
(A)
C1 limites de vistas ou cortes 
parciais, ou interrompidas se o 
limite não coincidir com linhas 
traço e ponto 
Esta linha destina-se a desenhos 
zigue-zague (A) confeccionados 
por máquinas 
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Tracejada larga (A)
Tracejada estreita (A)
E1 contornos não visíveis
E2 arestas não visíveis
F1 contornos não visíveis
F2 arestas não visíveis
Traço e ponto estreita G1 linhas de centro
G2 linhas de simetrias
G3 trajetórias
Traço e ponto estreita, larga nas 
extremidades e na mudança de 
direção
H1 planos de cortes
Traço e ponto larga J1 Indicação de l inhas ou 
superfícies com indicação 
especial
Traço e dois pontos estreita K1 contornos de peças adjacentes
K2 posição limite de peças 
móveis
K3 linhas de centro de gravidade
K4 cantos antes da conformação 
(ver
figura 1f)
K5 detalhes situados antes do 
plano de corte
 
Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.
Nota: se forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem ser explicados no 
respectivo desenho ou por meio de referência às normas específicas correspondentes.
A norma procede com uma série de exemplificações do uso dos tipos de linhas, tanto 
em desenhos mecânicos como em desenhos arquitetônicos, cabendo uma consulta 
na mesma na hora que for desenvolvido o desenho. A norma também trata de ordem 
de prioridade, linhas coincidentes e terminações de linhas de chamadas, no corpo da 
norma, assim como sua representação em desenhos.
2.5 - NBR – 10067:1987 – princípios gerais de representação em desenho técnico.
Esta norma tem por objetivo fixar a forma de representação aplicada em desenho 
técnico e faz uso de documentos complementares, como por exemplo:
• NBR 8402 - execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos - 
procedimento.
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• NBR 8403 - aplicação de linhas em desenho técnico - procedimento.
• NBR 12298 - representação da área de corte por meio de hachuras em desenho 
técnico – procedimento.
Estabelece condições gerais, do uso do primeiro diedro (figura A) e do terceiro 
diedro (figura B), como métodos de representação ortográfica, conforme colocados 
nas figuras abaixo:
Figura A Figura B
Figura 07: fases dos projetos.
Fonte: NBR – 10067:1987.
Estabelece condições específicas em relação à denominação das vistas; os nomes 
das vistas indicadas na figura 8 são as seguintes:
a) vista frontal (a);
b) vista superior (b);
c) vista lateral esquerda (c);
d) vista lateral direita (d);
e) vista inferior (e);
f) vista posterior (f).
Figura 8: Indicação de vistas.
Fonte: NBR – 10067:1987.
É possível entender a relação se colocarmos o desenho dentro de um cubo 
transparente, e colocarmos o objeto dentro do primeiro diedro, estabelecendo assim 
as vistas cônicas.
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Figura 09: representação no primeiro diedro.
Fonte: NBR – 10067:1987.
Se olharmos pela perspectiva do terceiro diedro, veremos a inversão pela condição 
do próprio posicionamento do objeto dentro do diedro.
Figura 10: representação no terceiro diedro.
Fonte: NBR – 10067:1987.
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Existe, segundo a norma, a necessidade de entender a relação das vistas e como 
escolhemos as mesmas para que recebam a nomenclatura correta, sendo que a 
vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou principal. 
Geralmente, esta vista representa a peça na sua posição de utilização. Quando outras 
vistas forem necessárias, incluindo cortes e/ou seções, elas devem ser selecionadas 
conforme os seguintes critérios:
• usar o menor número de vistas;
• evitar repetição de detalhes;
• evitar linhas tracejadas desnecessárias.
Determinação do número de vistas:
Deve-se executarquantas vistas forem necessárias à caracterização da forma da 
peça a ser representada, e é preferível que estas vistas, cortes ou seções, estejam 
aderentes ao uso na execução do produto, e em relação à grande quantidade de 
linhas tracejadas.
A norma também estabelece a necessidade de entender onde serão passadas as 
vistas especiais que eventualmente são passadas fora de posição, ou que não são 
possíveis ou convenientes de representar na posição determinada pelo método de 
projeção, podendo localizá-las em outras posições, com exceção da vista principal.
Figura 11: escolha das vistas.
Fonte: NBR – 10067:1987.
A norma também dedica parte de seu escopo à delimitação do que é uma vista 
auxiliar, como devemos desenvolver o desenho de elementos repetitivos, critérios 
para a escolha, e detalhes ampliados. É importante consultar a norma para fins de 
entender o posicionamento das linhas de interseção, a relação com a representação 
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convencional de extremidades de eixos com seção quadrada e furos quadrados ou 
retangulares e vistas de peças simétricas, partes adjacentes, contorno desenvolvido, 
vistas de peças encurtadas.
Dedica especial parte do material ao desenvolvimento e entendimento do que são 
cortes e seções, mostrando exemplificações, como representá-los, e como podemos 
fazer uso deles em peças e elementos arquitetônicos, assim como a aplicação de 
meio-corte, corte parcial e corte em desvio, seções rebatidas dentro ou fora da vista, 
proporções e dimensões dos símbolos.
2.6 - NBR – 10068:1987 – folha de desenho – leiaute e dimensões; NBR – 
10582:1988 – apresentação da folha para desenho técnico; NBR – 13142:1994 
– dobramento de cópia de desenho técnico.
Em síntese, estas normas estão relacionadas, sendo que:
Figura 12: escopo da folha da norma 10068/87.
Fonte: NBR – 10068:1987.
É interessante ressaltar que a norma coloca a condição do formato de padrão A 
como referência para o desenvolvimento de projetos e relações métricas, tanto para 
o formato horizontal como para o formato vertical, com as seguintes medidas:
Designação Dimensões
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 295 x 420
A4 210 x 297
Tabela 03: dimensões das folhas.
Fonte: NBR 10068/1987.
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Mostrando as relações métricas entre elas:
Figura 13: proporções da folha do padrão A.
Fonte: 10068/87.
Estabelece condições para o desenvolvimento de margens e quadros que precisam 
ser colocados em função das dimensões.
A norma NBR – 10582:1988 – apresentação da folha para desenho técnico, fixa as 
condições exigíveis para a localização e disposição do espaço para desenho, espaço 
para texto e espaço para legenda, além dos respectivos conteúdos, nas folhas de 
desenhos técnicos.
Figura 14: utilização da folha conforme norma NBR – 10582:1988.
Fonte: norma NBR – 10582:1988.
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ANOTE ISSO
BR 13142 - desenho técnico - dobramento de cópia, trata especificamente da forma 
de dobragem dos diversos tamanhos de folhas que vão do A0 ao A3, dentro de 
suas proporcionalidades de tamanho.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
NBR – 10647:1989 – desenho técnico.
Esta norma define os termos empregados em desenho técnico:
• Quanto ao aspecto geométrico;
• Quanto ao grau de elaboração;
• Quanto ao grau de pormenorização;
• Quanto ao material empregado;
• Quanto à técnica de execução;
• Quanto ao modo de obtenção.
NBR – 10126:1987 – cotagem em desenho técnico:
Esta norma tem por objetivo fixar os princípios gerais de cotagem a serem 
aplicados em todos os desenhos técnicos. 
Entende-se por cotagem, a representação gráfica no desenho da característica do 
elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico, numa unidade de 
medida. Para isto, usa-se o método de execução, e observa-se os elementos de 
cotagem (como linhas auxiliares e cotas), com cuidados em relação à apresentação 
da cotagem, e como acontece a disposição e a apresentação da cotagem, 
considerando:
• Cotagem em cadeia;
• Cotagem por elemento de referência;
• Cotagem por coordenadas;
• Cotagem combinada.
Além de considerar indicações especiais:
• Elementos equidistantes;
• Elementos repetidos;
• Chanfros e escareados;
• Outras indicações.
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CAPÍTULO 3
FORMATO DE PAPEL E 
LETRAS E ALGARISMOS
No presente capítulo faremos a relação entre as condições de desenvolvimento do 
desenho (representando o edifício que será construído na escala real), e que precisa 
ser representado dentro de um papel, o qual servirá de referência em obras. Para isso, 
o profissional deverá ter o domínio das relações de tamanho para definir a condição 
de desenvolvimento do desenho em escala.
3.1 - Dimensões dos tamanhos de papel da série A.
As dimensões dos tamanhos de papel série A, são definidas por meio da ISO 216, que 
determina a condição em milímetros e polegadas, obtidas dividindo o valor em mm por 10. 
Podemos relacionar a tabela de tamanhos do papel série A, considerando a 
representação visual dos tamanhos. Exemplo: a unidade de medida de um A5 é a 
metade do tamanho de um A4, e o A2 é a metade do tamanho de um A1.
 Tamanho Largura x altura (mm) Largura x altura (m) Largura x altura (pol)
4A0 1682 x 2378 mm 1,682 x 2,378 m 66,2 x 93,6 pol
2A0 1189 x 1682 mm 1,189 x 1,682 m 46,8 x 66,2 pol
A0 841 x 1189 mm 0,841 x 1,189 m 33,1 x 46,8 pol
A1 594 x 841 mm 0,594 x 0,841 m 23,4 x 33,1 pol
A2 420 x 594 mm 0,420 x 0,594 m 16,5 x 23,4 pol
A3 297 x 420 mm 0,297 x 0,420 m 11,7 x 16,5 pol
A4 210 x 297 mm 0,210 x 0,297 m 8,3 x 11,7 pol
A5 148 x 210 mm 0,148 x 0,210 m 5,8 x 8,3 pol
A6 105 x 148 mm 0,105 x 0,148 m 4,1 x 5,8 pol
A7 74 x 105 mm 0,074 x 0,105 m 2,9 x 4,1 pol
A8 52 x 74 mm 0,052 x 0,074 m 2,0 x 2,9 pol
A9 37 x 52 mm 0,037 x 0,052 m 1,5 x 2,0 pol
A10 26 x 37 mm 0,026 x 0,037 m 1,0 x 1,5 pol
Tabela 01: tabela de dimensões do papel de série A.
Fonte: ISO 216.
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Para conversão dos tamanhos de papel em centímetros, é possível converter os 
valores em milímetros a centímetros ao dividir por 10, e em pés ao dividir os valores 
de polegada por 12. A figura abaixo mostra a relação das dimensões dos papéis:
Figura 01: dimensões dos papéis.
Fonte: https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm.
Para entender o formato do papel série A temos que entender que a relação de cada 
tamanho do papel é exatamente a metade do tamanho anterior (quando dobrado de 
forma paralela aos comprimentos mais curtos do papel).
Tal sistema permite diversas aplicações, como a produção de folhetos em papéis 
dobrados ao meio, e fica diretamente relacionado à condição de redução e ampliação 
de imagens sem precisar fazer cortes ao objeto, quando aplicado ao desenho técnico.
Tal situação acontece em relação aos comprimentos e larguras das folhas de papel, 
que é igual à raiz quadrada de 2.
A condição que estabelece por base é o papel A0 (1 m²), e a relação é de que o 
comprimento é dividido pela largura em 1,4142 (√2), deixando cada tamanho subsequente 
https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm
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A(n) (em que n é o número do formato) como A(n-1), dobrando o tamanho paralelo 
aos lados curtos.
Quanto maior o número de n, menor será o tamanho do papel, da mesma forma 
que quanto menor o número de n, maior será o seu tamanho (sendo A0 a referência 
de maior tamanho).
3.2 - Existem outras dimensões além do A0?
Sim, existem. São os formatos 4A0 & 2A0 (formatos de tamanho grande da norma 
DIN 476), que são maiores em tamanho que o A0, 4A0 e 2A0, mas não são formalmente 
definidos pela norma ISO 216; no entanto, são mais comumente usados para papéis 
de tamanho grande. A origem desses formatosque discutimos neste capítulo é o 
padrão alemão (Deutsches Institut für Normung - DIN 476), em 1922, a Alemanha 
criou a Norma DIN 476, que serviu de modelo para o padrão internacional ISO 216, 
em vigor desde 1975.
Há hoje dois padrões de tamanhos de papel em vigor: o utilizado nos Estados Unidos 
e Canadá, e o padrão internacional ISO 216, utilizado nos demais países, incluindo o 
Brasil. O tamanho 2A0 às vezes é descrito como A00, no entanto, essa convenção de 
nomenclatura não é usada para o tamanho 4A0.
Para a tolerância de tamanhos de papéis da série A (a ISO 216), é necessário que 
algumas regras sejam seguidas na sua produção:
• ± 1,5 mm (0,06 pol.) para dimensões de até 150 mm (5,9 pol.).
• ± 2 mm (0,08 pol.) para comprimentos na faixa de 150 a 600 mm (5,9 a 23,6 pol.).
• ± 3 mm (0,12 pol.) para dimensões acima de 600 mm (23,6 pol.).
• O comprimento e a largura padrão de cada tamanho é arredondado para o 
milímetro mais próximo.
• Como referência, o último item deve-se ao fato de que a relação de aspecto da 
raiz de 2 nem sempre gera um número inteiro.
Mas existem outros tipos de formato, dependendo da influência do sistema de 
medidas adotado por alguns países, mas os tamanhos de papel da série A são de uso 
comum em todo mundo, ao contrário do que se utiliza somente nos Estados Unidos, 
Canadá e partes do México. Para efeito de curiosidade, o tamanho A4 torna-se assim 
o tamanho de cartão padrão de negócios em países de língua inglesa como Austrália, 
Nova Zelândia, e Reino Unido, que usavam os tamanhos britânicos. Na Europa, os 
https://www.din.de/de/cmd?level=tpl-home&contextid=din&utm_source=post&utm_medium=tutoriais&utm_campaign=formato-DIN
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papéis A foram adotados como padrão formal somente no meio do século XX, e de 
lá se direcionaram para diversas partes do globo.
3.3 - Mas ainda existem outros tipos de tamanhos de papel?
Sim, existem os cortados em RA e SRA que são padrões de papel não cortados para 
a impressão comercial, e esses formatos são projetados para permitir a sangria de 
tinta, a fim de que o papel a ser cortado se encaixe em um dos tamanhos da série A.
Tamanho largura x altura (mm) largura x altura (pol)
RA0 860 x 1220 mm 33,9 x 48,0 pol
RA1 610 x 860 mm 24,0 x 33,9 pol
RA2 430 x 610 mm 16,9 x 24,0 pol
RA3 305 x 430 mm 12,0 x 16,9 pol
RA4 215 x 305 mm 8,5 x 12,0 pol
Tabela 02: tamanho RA.
Fonte: https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm.
Também temos o tamanho A3 + (Super A3) também denominado A3 Plus ou Super 
A3, mas isso não é um tamanho de papel definido na norma ISO 216. As dimensões 
são de 329 mm x 483 mm (13 pol. x 19 pol.), o que muda a relação de 1:1.468, no 
lugar da relação de aspecto 1:raiz de 2 dos tamanhos de papel definidos na norma ISO. 
Seu nome A3+/Super A3 é bastante enganoso, a sua nomenclatura comercial é 
B+ ou Super B (também nos Estados Unidos), e é na verdade o tamanho ANSI B com 
uma margem de 1 pol., para a sangria de tinta.
3.4 - Aplicabilidade dos papéis.
Dependendo do tamanho do papel existem muitas aplicabilidades, mas é necessário 
entender suas dimensões, considerando as condições de uso específico dentro da 
área do desenho técnico.
ISTO ESTÁ NA REDE
Para conseguir desenvolver a conversão e entender as medidas, você pode fazer 
uso da calculadora que se encontra no site abaixo:
Acesse o link: https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm.
https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm
https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm
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3.4.1 - A6.
As dimensões desse tipo de papel é de 148x105mm, tem pouca usabilidade para o 
desenvolvimento de desenhos, dada a sua pequena dimensão. Mas tem relação com 
pequenas impressões e confecciona blocos de notas.
3.4.2 - A5.
A dimensão deste tipo de papel é de 148x210mm e trata-se de uma versão pequena 
em relação às folhas tradicionais, mas pode ser usado para alguns produtos gráficos 
e materiais de divulgação.
3.4.3 - A4.
O tamanho A4 está entre os usados pelo mercado, conhecido e popular por todo 
o mundo, apresentando dimensões clássicas de 210x297mm, e com uso aplicado 
em diversos produtos diferentes. Na área de desenvolvimento de projeto, é utilizado 
especialmente no desenvolvimento do detalhamento mecânico, muito usado nas 
indústrias, por exemplo.
É muito comum ser usado no cotidiano das empresas, por desenvolver relatórios 
e documentos, e por ser aplicado em catálogos, revistas, cartazes, papéis timbrados, 
e vários outros materiais. Muito versátil e com características intermediárias, atende 
à maioria das necessidades.
3.4.4 - A3.
O papel A3 tem ganhado popularidade entre os profissionais de projeto por ser um 
tamanho maior e por ter a possibilidade de desenvolver impressão. As dimensões do A3 
são uma escolha de 297x420mm. Com medidas robustas, é voltado para certos usos 
especiais. Hoje é muito usado para o desenvolvimento de cadernos de especificações 
e de condições de projetos de pequenas dimensões.
Além disso, do ponto de vista gráfico, é uma ótima alternativa de material das 
mais variadas condições, dentro da área de projeto, já que reduz custos de formas 
significativas nas impressões de projeto.
3.4.5 - A2.
Esta dimensão de tamanho é de 420x594mm, e por ser um papel bastante grande, 
tem uso específico para certas necessidades em plantas de maior dimensão, com 
escalas que conseguem se enquadrar dentro desta condição, o que não o torna tão 
comum para alternativas de desenho. Muito utilizado no passado, mas que atualmente 
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tem caído em desuso. Graças ao tamanho, é possível ter um resultado contínuo e de 
alta qualidade.
3.4.6 - A1.
É um papel de dimensão de 594x841mm, que garante atendimento a boa parte 
das necessidades para o desenvolvimento do desenho e impressão de projetos que 
exigem maior superfície, e justamente por essa dimensão conseguimos derivar as 
demais dimensões, por exemplo: uma folha A2, uma A3, uma A4 e duas A5. Assim, 
dá para realizar a impressão múltipla de materiais menores.
3.4.6 – A0.
É considerado a dimensão base com 841x1189mm. Comum para a opção de 
fazer impressões múltiplas, e, com isso, desdobrar as dimensões de papéis, como 
por exemplo duas folhas A1, ou qualquer coisa que esse material é capaz de 
apresentar. 
ANOTE ISSO
No link abaixo é possível ver a condição de criação do papel. Sua origem, 
dimensões, padrões e tamanhos.
Acesse o link: https://papodearquiteto.com.br/papel-sua-origem-dimensoes-padroes-
e-tamanho/. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
É importante entender que além do padrão A, temos a condição de entender as 
demais relações com outros formatos de papel e o desenvolvimento de outros 
tipos de papéis, que são hoje amplamente aplicados ao redor do mundo. Como por 
exemplo: 
O padrão internacional: B;
O padrão internacional: C;
Tamanhos de papel estadunidenses;
O padrão Japão;
Livros com tamanho em polegadas.
Acesse o link: https://www.convertworld.com/pt/tamanho-de-papel/. 
https://papodearquiteto.com.br/papel-sua-origem-dimensoes-padroes-e-tamanho/
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3.4.6 – A notação de letras e algarismos.
A notação de letras e algarismos é uma condição que está diretamente ligada 
à escala de desenvolvimento do projeto. Quando os projetos eram desenvolvidos 
diretamente no papel, os profissionais tinham a necessidade de desenvolver uma 
caligrafia técnica, que é um conjunto de caracteres com a proporcionalidade dos 
desenhos técnicos, e de aplicação nos projetos de arquitetura; por isso, era comum 
desenhar as letras, geralmente de modo que fosse fácil desenhar, e também que fossem 
legíveis, geralmente amparadaspor linhas que apoiavam o desenho e desenhadas 
num ângulo de 75 graus. Mas para isso os profissionais contavam com instrumentos 
auxiliares, como por exemplo o normógrafo (um aparelho de desenho constituído de 
várias réguas) e uma “aranha”, que fazia a transferência entre a régua e o papel, cuja 
ponta seca era colocada sobre a régua (normógrafo), e a caneta ou lapiseira colocada 
sobre a outra ponta, transferindo o formato para o papel.
A título de exemplificação, a letra técnica era desenvolvida da seguinte forma:
Figura 02: estilos de letras desenhadas à mão.
Fonte: NBR 8402.
A norma era colocada de forma que fosse desenvolvido o estilo de letras e números 
adotados em Desenho Técnico é o Gótico Comercial, constituído de traços simples, 
com espessura uniforme. Pode-se utilizar tanto letras verticais como inclinadas. A NBR 
8402, conforme estabelecido pela norma, deveria ser o estilo das letras e números 
adotados em Desenho Técnico é o Gótico Comercial. 
NBR 8402/1994 - Execução de caráter para a escrita em desenho técnico:
Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos 
e documentos semelhantes. Perceba que a norma é relativamente antiga e necessita 
ter adequação para as condições atuais na produção de projeto.
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Características Relação Dimensões (mm)
Altura das letras maiúsculas h (10/10) h 2,5 3,5 5 7 10 14 20
Altura das letras minúsculas c (7/10) h - 2,5 3,5 5 7 10 14
Distância mínima entre caracteres (A) a (2/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4
Distância mínima entre linhas de base b (14/10) h 3,5 5 7 10 14 20 28
Distância mínima entre palavras e (6/10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12
Largura da linha d (1/10) h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2
Tabela 03: Proporções e dimensões de símbolos gráficos.
Fonte: NBR 8402/1984.
Nota estabelecida pela norma: Para melhorar o efeito visual, a distância entre dois 
caracteres pode ser reduzida pela metade, como por exemplo: LA, TV, ou LT; neste 
caso a distância corresponde à largura da linha “d”.
Figura 03: Características da forma de escrita.
Fonte: NBR 8402/1984.
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CAPÍTULO 4
TÉCNICA DO USO DE 
MATERIAL DE DESENHO
Por mais que hoje usemos o desenho assistido por computador, é necessário 
que conheçamos os fundamentos do uso dos materiais técnicos, pois boa parte do 
desenvolvimento do desenho técnico auxiliado por computador, deriva diretamente 
dessas técnicas.
Instrumentos e materiais do desenho técnico incluem lápis, lapiseiras, réguas, 
transferidores, esquadros, entre outros, e podem ser considerados ferramentas usadas 
para o desenvolvimento de desenhos, medições e planos correspondentes às partes do 
desenvolvimento do projeto, e sua concepção auxilia na consistência da representação 
e na velocidade de criação dos elementos do desenho padrão.
As ferramentas utilizadas no desenho técnico manual foram substituídas com o 
tempo e com e a melhoria dos aplicativos, mas seus fundamentos ainda são aplicados 
no desenvolvimento do desenho assistido por computador, e nos projetos de arquitetura 
e engenharia.
4.1 - Instrumentos comumente usados no desenho técnico manual.
Nesta seção veremos as características de cada material, assim como as condições 
de uso aplicadas ao desenho técnico arquitetônico.
4.1.1 - Mesa de desenho.
A respeito do desenvolvimento do projeto em pranchetas, tinha-se a necessidade de 
que as mesmas tivessem atributos e organizações que auxiliavam o desenvolvimento 
do desenho, alinhados às condições ergonômicas do projetista, tal como altura e 
condição de inclinação. Normalmente, seu uso estava associado à régua “T” ou à 
régua paralela, que geralmente já tinha a instalação diretamente colocada na mesa.
A mesa tinha a função de fixar o papel sobre uma superfície lisa, geralmente o papel 
vegetal ou o papel sulfurize, usando por exemplo fita adesiva e fita crepe em suas 
pontas. Os modelos mais sofisticados podiam ter a base de metal e o papel podia ser 
fixado por imãs, mas com o tempo ficou em desuso por conta do custo.
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Podiam ser das mais variadas dimensões, como por exemplo as de um A0 ou A1, 
mas se tornou cada vez mais popular as de dimensões portáteis, pela facilidade de 
deslocamento.
 
Figura 01: prancheta portátil.
Fonte: https://amzn.to/3EDXf0D. 
Figura 02: prancheta inclinação.
Fonte: https://amzn.to/3OC5Sxi. 
4.1.2 – Lápis/lapiseira/caneta nanquim. 
Tradicionalmente, os desenhos eram feitos a lápis ou lapiseiras, e depois 
desenvolvidos em canetas nanquim. Esta primeira parte em grafite era feita em uma 
espessura A, e a dureza geralmente variava de HB a 2H, e somente depois era dada 
a necessidade de desenvolver as espessuras das linhas que podiam variar entre 0,8 
mm, 0,25 mm, 0,5 mm e 0,7 mm. 
Os traços mais suaves geralmente oferecem melhor contraste, mas os mais fortes 
fornecem uma linha mais precisa.
Figura 03: lápis.
Fonte: https://amzn.to/3u73zZz. 
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É a ferramenta mais utilizada pelos profissionais devido à versatilidade de uso e 
também pelo baixo custo de reposição das minas (grafites) que são colocadas dentro 
da mesma, conseguindo mesmo com esboços, desenvolver de forma bem versátil as 
condições para o projeto que exige precisão.
Figura 04: lapiseira.
Fonte: https://amzn.to/3gvN5HD. 
Figura 05: canetas nanquim.
Fonte: https://amzn.to/3XBoYYo. 
O desenho a lápis foi desenvolvido para dar baixo contraste, e era muito usado para 
fotocopiar, fazendo com que os projetos sofressem modificações, que poderiam ser 
depois “passadas a limpo”.
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Na maioria dos casos, os desenhos técnicos finais eram desenhados com tinta, 
sobre o papel vegetal ou sulfurize, sendo em lápis na primeira fase e na segunda em 
caneta nanquim, marcando a amplitude das linhas.
A caneta possuía um recipiente de tinta que continha um tubo que ficava anterior 
à uma agulha, e que permitia que a tinta saísse na espessura correta.
4.1.2 – Esquadro quadrado e chanfro.
O esquadro é de crucial importância para o desenvolvimento do desenho, em especial 
com o uso da régua paralela, sendo o esquadro quadrado com dois ângulos de 45 e 
um de 90 graus, e outro que é um esquadro de ângulo escaleno.
O esquadro quadrado, na forma de um triângulo isósceles, com um ângulo de 90º e 
dois de 45º, é usado junto com o chanfro para fazer linhas paralelas e perpendiculares.
O chanfro tem a forma de um triângulo retângulo escaleno, que na verdade é formado 
por dois ângulos, um de 30 e outro de 60 graus, e que na condição que se coloca a 
régua paralela é possível fazer todos os tipos de traços.
Figura 06: esquadros e réguas.
Fonte: https://amzn.to/3F41V1g. 
4.1.3 - Transportador ou transferidor.
É usado para propor ângulos, e tem a utilidade de marcar o ângulo a partir do ponto 
zero, para depois ser traçado pela ajuda de uma régua ou mesmo um esquadro.
Figura 07: transferidor.
Fonte: https://amzn.to/3XB8LT6.
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4.1.4 – Regras, gabaritos ou modelos de desenho.
Tiveram amplo uso, porém o desenho assistido por computador os substituem, em 
função da necessidade de se desenvolver a condição de circunferências e equipamentos 
hidráulicos. Estas réguas de borda reta podem ser usadas com lápis e marcadores, 
enquanto, usando uma caneta técnica, a régua deve ter uma borda com nervuras 
para evitar derramamento de tinta. São divididas em tipos de acordo com o design 
de suas arestas. 
O modelo vem com furos pré-fabricados de escala adequada paradesenhar símbolos 
e formas corretamente. Os modelos de caracteres são usados para desenhar textos 
com números e letras. Os gráficos geralmente têm fonte e tamanho padrão.
Figura 08: Regras, gabaritos ou modelos de desenho.
Fonte: https://amzn.to/3Xw2hox. 
Para desenhar círculos ou elementos circulares, os modelos de círculo também 
contêm tamanhos diferentes. Estes estão disponíveis para outras formas geométricas 
comumente usadas, como molduras e elipses, bem como para seleções especiais de 
outros fins. Há também templates específicos que podem ser utilizados em diferentes 
áreas da redação. Por exemplo, pode-se usar um modelo arquitetônico para desenhar 
portas de tamanhos diferentes com seus respectivos “arcos”. Esse ramo também 
possui modelos para desenhar prédios, móveis e outros símbolos relacionados.
4.1.5 - Escalímetro e régua.
Uma régua de medição é uma régua de escala de três linhas marcada com seis 
escalas diferentes nas bordas.
Atualmente essas réguas são feitas de plástico. Nos tempos antigos, elas eram 
feitas de madeira. Há também uma edição de bolso. 
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Figura 09: escalímetro.
fonte: https://amzn.to/3EDI47J.
ANOTE ISSO
Os escalímetros são divididos por suas condições de escala:
Nº 1: possui as escalas 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125.
Nº 2: possui as escalas 1:100, 1:200, 1:250, 1:300, 1:400, 1:500.
Nº 3: possui as escalas 1:20, 1:25, 1:33, 1:50, 1:75, 1:100.
Obs.: veremos com mais propriedade o conceito de escala, e a forma de utilização 
do escalímetro.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Para que serve o escalímetro e como utilizá-lo?
Acesse o link: https://www.tudoconstrucao.com/para-que-serve-o-escalimetro-e-
como-utiliza-lo/. 
4.1.6 - Régua T: 
A régua “T” foi um dos artifícios de apoio ao desenho, usada sobre uma superfície 
plana, sempre apoiada na borda da prancheta como suporte, com utilização no 
desenvolvimento de linhas horizontais, e também alinha outras superfícies de desenho.
Pode-se usar réguas de madeira, plástico e metal, e as pontas podem, na forma de 
triângulo, conter um dispositivo que auxilia no desenvolvimento de ângulos, acoplado 
https://amzn.to/3EDI47J
https://www.tudoconstrucao.com/para-que-serve-o-escalimetro-e-como-utiliza-lo/
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à sua cabeceira, conseguindo atingir ângulos de 30º e 60º, entre outros. De certa 
maneira, facilita desenhar rapidamente com ângulos comumente usados.
4.1.7 – Régua paralela.
É a mais comum de ser acoplada em uma prancheta, e sua fixação se dá pela 
condição de desenvolvimento de cordões que são colocados de forma transpassada. 
Na condição de tensionamento permite que a régua fique corretamente alinhada ao 
papel, e na condição de esticamento permite que a régua deslize de modo paralelo 
em relação à base da prancheta.
ISTO ESTÁ NA REDE
A régua paralela tem como função o traçado de linhas horizontais paralelas. Fica 
presa à prancheta através de um sistema de fios e roldanas, que promovem o 
deslizamento paralelo sobre a mesa de desenho.
Acesse o link: https://www.vivendobauru.com.br/para-que-serve-a-regua-paralela/. 
4.1.8 - Compasso.
O compasso é normalmente utilizado para o desenho de círculos ou segmentos de 
arcos de círculos, e é um tipo de instrumento que possui dois braços diretos unidos por 
uma dobradiça, enquanto um dos braços possui uma ponta seca, com giro acentuado, 
o outro possui suporte para grafite, caneta ou lápis técnico. Sua articulação permite 
atingir grandes ângulos, ainda mais quando colocados extensores para melhorar o 
tamanho do raio. 
4.1.10 – Curva francesa.
Embora haja o uso de compassos e outros artifícios de desenho, normalmente pode-
se fazer uso de desenhos que não necessariamente precisam de uma curvatura dentro 
de um raio específico, como é o caso do desenvolvimento de projetos paisagísticos, 
que é um modelo usado para desenhar curvas. 
https://www.vivendobauru.com.br/para-que-serve-a-regua-paralela/
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Figura 10: curva francesa.
Fonte: https://amzn.to/3XBqbPJ. 
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CAPÍTULO 5
SISTEMAS DE PROJEÇÃO
Vimos na unidade anterior um pouco do que foi o método Monge e o que ele 
mostrava ser necessário para evoluir o processo de desenho e atender às necessidades 
das indústrias.
Dois conceitos são necessários para o entendimento do que é o desenho técnico: 
a projeção de um ponto sobre um plano, e o pé da perpendicular ao plano conduzido 
pelo ponto. O plano é chamado plano de projeção, e a reta é projetante do ponto, 
porém, no espaço, um ponto não está bem determinado apenas com uma projeção. 
Assim, precisamos mostrar como se determina um ponto nos métodos de Monge.
O método criado por Monge se dá pela condição de adição de dois planos de 
projeção perpendiculares entre si (formando um plano horizontal e um plano vertical) 
e são diversas as possibilidades do que se fazer com as projeções das figuras em 
duas dimensões.
5.1 - Planos perpendiculares.
O método Monge é feito tomando por base dois planos de projeção perpendiculares 
entre si, que recebem o nome de épura, sendo um vertical e o outro horizontal. A junção 
ou intersecção desses dois planos chama-se linha de terra – LT (ou xy).
Figura 01: Planos perpendiculares ou diedros.
Fonte: https://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.php.
https://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.php
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Dá-se o nome de diedros, cada um dos planos de projeção enumerados pelos 
quadrantes, e Linha de Terra - LT (ou xy) a interseção dos dois planos.
Os ângulos diedros são ângulos formados por duas faces planas, e como eles 
formam dois planos de projeção, formam quatro ângulos diedros retos: I, II, III e IV.
Por convecção temos que:
Figura 02: considerações sobre os diedros.
Fonte: autor.
A todo conjunto damos o nome de épura, que é a representação da figura no espaço 
pelas projeções do plano. É importante sempre observar a figura no plano e imaginar 
como se essa figura estivesse sendo projetada sobre os planos, colocada no espaço 
entre os quadrantes.
Existe uma manobra que se denomina a obtenção da épura, na qual gira-se o plano 
horizontal de projeção (PH) em torna da linha de terra em sentido horário, de forma 
que este coincida com o plano vertical de projeção (PH).
Figura 3: épura.
Fonte: https://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.php. 
https://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.php
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Resultando em uma visualização frontal como a colocada abaixo:
Figura 4: movimentação.
Fonte: Geométrica - GD - aula sobre Método de Monge (uel.br).
5.1 - O que é o desenho técnico. 
O ordenamento da épura é apenas para o desenvolvimento do desenho técnico, 
mas o que seria o desenho técnico?
Pode-se definir desenho técnico como sendo uma forma de expressão gráfica que 
representa formas, dimensões e projeções de um objeto, de acordo com a necessidade 
de cada situação, para que seja como a produção de um texto, que é ordenado por 
regras, seguindo determinados padrões de representação, para que o projetista consiga 
passar a ideia a quem for executar.
É usado em áreas que abrangem a engenharia e a arquitetura, como em edificações, 
indústrias mecânicas, detalhamentos, sistemas de infraestrutura, projetos de móveis, 
entre outras. Podemos traçar o paralelo em relação à linguagem humana, sendo que 
a linguagem gráfica pretende se comunicar por meio de regras de composição que 
facilitam a compreensão de leitura e a execução do que está sendo representado.
No Brasil, o desenho técnicoé abordado pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), e para o ordenamento do desenho técnico, os profissionais podem 
fazer uso da norma ABNT/NBR 10647, que determina as representações utilizadas 
nesse tipo de trabalho, além dos tipos de desenhos, o grau de elaboração, o grau de 
especificação, os materiais a serem utilizados e as técnicas de execução, seja à mão 
livre ou assistidas por computador.
https://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.php
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Além disso, a ABNT apresenta uma série de normas mais específicas para a 
abordagem do desenho técnico de acordo com as representações utilizadas. E pode-
se contar com outras normas:
Figura 5: normas.
Fonte: autor.
Há tipos de desenho técnico? 
Podemos dizer que sim, existem dois tipos de desenho técnico:
Figura 06: tipos de desenho.
Fonte: autor.
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Mas o que diferencia o desenho técnico do desenho artístico?
O segundo geralmente relaciona-se à percepção de quem o cria, e da relação de 
elementos pictóricos que ele tem na sua composição, logo, as regras são subjetivas, 
podendo ocasionar múltiplas interpretações.
Já o desenho técnico precisa ser composto conforme referências normativas que 
determinam os símbolos, os tipos de linhas, as numerações, entre outros elementos, 
para que consiga-se ter uma comunicação clara entre quem o cria e quem o utiliza, 
e haja entendimento do que deve ser feito.
O desenho técnico deve transmitir com exatidão as características da obra a ser 
construída, e por esse motivo a matéria do desenho projetivo ou desenho técnico 
configura-se entre as mais importantes nos cursos de arquitetura e de engenharia.
O desenho técnico faz uso da geometria descritiva, que foi criada por Gaspard 
Monge, a qual consiste em representar em um plano bidimensional qualquer objeto 
que exista no plano tridimensional.
Figura 07: desenho bidimensional e tridimensional.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
Em outras palavras, seria a relação de representação de formas mais simples, e é 
a representação de qualquer objeto em alguma superfície plana (que pode ser uma 
folha de papel ou tela de computador, por exemplo).
A partir da projeção de objetos, é possível determinar as medidas, distâncias, ângulos, 
áreas e volumes em seus tamanhos de verdadeira grandeza.
https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/
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5.2 - O conceito de vista em desenho técnico.
Para entender o conceito de vista em desenho técnico, precisamos falar sobre três 
elementos: o objeto, o observador e o plano de projeção.
O objeto é o que deve ser representado. O observador é a pessoa que vê, analisa, imagina 
e desenha o objeto. O plano de projeção é o plano onde se projeta o objeto; no caso do 
desenho técnico é o papel. Precisamos ter o conceito de épura para poder entender como 
os diversos componentes podem ser representados.
Perceba que existe relação entre o ponto de vista do observador, o objeto colocado no 
espaço e o modo que a intersecção das linhas são projetadas para o plano de projeção.
ANOTE ISSO
Se olharmos de um ponto de vista A, as projeções sobre o plano são determinadas pelo 
posicionamento do observador, e se colocarmos sobre um posicionamento B, temos 
outro tipo de projeção. A distância pode ter influência sobre o que é projetado.
Quando a distância é finita e a direção (projetante) é direcionada pelo olhar do 
observador, elas convergem-se, e aí chamamos de projeção cônica. Se a distância finita 
e a direção dos projetantes forem paralelas, chamamos de projeção cilíndrica. Esta 
projeção do objeto é o que chamamos popularmente de vistas. 
Figura 08: projeção cônica.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/. 
Quando estamos desenvolvendo projeções cilíndricas, é necessário entender que 
as projetantes estão “atingindo” o objeto de modo paralelo, e podemos assim 
estabelecer uma mais fácil compreensão ao conceito de vistas, que basicamente 
podem ser colocadas na parte superior, lateral e frontal, ou podem ser aplicadas de 
forma tridimensional sobre todo o objeto.
https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/
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ISTO ESTÁ NA REDE
Conheça os tipos de perspectivas que vão ajudar a construir o desenho em 3D.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=370VSPaY5xI. 
Para fins didáticos, é como se conseguíssemos colocar o objeto sobre uma caixa 
transparente e colocássemos em cada uma das suas superfícies as condições de 
projeção. Colocaríamos as condições como representado na figura abaixo:
Figura 10: projeção cônica.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
Veja que temos a diferenciação entre a projeção cônica e a projeção cilíndrica, 
tendo a base de ambas os raios projetantes sobre o objeto.
5.3 - Perspectivas em desenho técnico.
Há também alguns tipos de perspectivas que podem ser usadas para ajudar na 
compreensão do objeto, como é o caso das perspectivas cavaleira, axonométrica (esta 
possui subclassificações como isométrica, dimétrica e trimétrica) e cônica.
A palavra perspectiva tem origem do latim e significa ver “através de” e trata-se 
de uma representação bidimensional de algo tridimensional, e quando desenhamos 
estamos fazendo uma projeção de um objeto que existe em 3D, para um superfície 
que permite apenas a representação em 2D.
Figura 11: classificação das perspectivas.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
https://www.youtube.com/watch?v=370VSPaY5xI
https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/
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Em síntese, a perspectiva serve para ajudar quem está vendo o desenho a ter uma 
noção de como aquele objeto está no mundo real, e também passa informações sobre 
altura, profundidade e largura.
Como vimos, existem ao menos três classificações aplicáveis ao desenho técnico, 
que é a perspectiva cavaleira, a cônica e a axonométrica, sendo esta última ainda 
dividida em três: a isométrica, a dimétrica e a trimétrica.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Vamos ver como cada uma delas funciona:
Isométrica
Tem sua base em três semi-
retas, que têm o mesmo ponto 
de origem, e entre elas formam 
ângulos de 120º. Assim podemos 
ter uma visão isométrica de um 
objeto, escolhendo a direção de 
visualização, de modo que os 
ângulos entre as projeções x, y e 
z sejam iguais a 120 graus. Por 
exemplo, podemos ter a visão de 
um cubo da seguinte forma:
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/. 
Dimétrica
Quando apenas dois eixos formam 
ângulos iguais.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
Trimétrica
Quando os três eixos formam 
ângulos diferentes com o plano 
de projeção.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/
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Perspectiva cavaleira (ou oblíqua)
Trata-se de um sistema de 
representações, que usa a projeção 
paralela oblíqua e as dimensões 
no plano de projeção frontal, e os 
elementos em paralelo a ele estão 
em verdadeira grandeza.
Em tal perspectiva, duas dimensões 
do objeto são representadas e 
projetadas em tamanho real (altura 
e largura) e a terceira (profundidade) 
tem um coeficiente de redução. Os 
eixos X e Z formam um ângulo de 
90° e o eixo Y é geralmente 45° (ou 
135°) em relação a ambos.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
Perspectiva cônica (ou do arquiteto)
Muito utilizada por arquitetos, pela 
facilidade de desenvolvimento 
geométrico. Representa com mais 
proximidade o que é visto pelo olho 
humano. Há algumas possíveisvariações como sendo de 1, 2 
ou 3 pontos de fuga, e cada uma 
delas possui regras próprias para 
a sua construção. Nesse sentido, 
a principal diferença se dá por se 
tratar de uma perspectiva cônica 
por ponto de fuga, enquanto 
as demais são paralelas ou 
desenhadas obliquamente. Mas 
cabe ressaltar que as linhas 
referentes à altura e largura 
permanecem sem alteração.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
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CAPÍTULO 6
GEOMETRIA DESCRITIVA
A geometria descritiva é um ramo da geometria, que tem por objetivo entender 
as relações das formas espaciais, se encarregando da representação das figuras 
tridimensionais sobre um plano, bem como da resolução de problemas dessas formas, 
que podem ter ampla aplicação no ramo da arquitetura.
Como visto, o teórico matemático francês Gaspard Monge, criou no século XVII 
os princípios elementares e gerais da teoria das projeções, a partir de operações que 
são denominadas de estereotomia (cortes). 
A geometria descritiva assim originou-se do cérebro deste matemático, que na 
busca de um ímpeto patriótico iria “tirer la nation française de la dépendance où elle a 
été jusqu’a présent de I’industrie étrangére” – “tirar a nação francesa da dependência 
da indústria estrangeira.” (Cadernos MEC, 1972, p.15).
Por ser uma área de fundamental importância para o desenho de máquinas e 
edificações, por um tempo (algo em torno de 15 anos) a geometria descritiva foi 
considerada um segredo militar, a ponto de que o próprio Gaspard Monge prometeu 
não contar sobre sua criação (ULBRICHT, 1994:23).
Um pouco mais tarde a geometria descritiva passa a ser de domínio público, 
passando, portanto, a ser ministrada nas instituições de ensino. 
No Brasil começou a ser ensinada em 1º de abril de 1812, na Real Academia Militar, 
pelo emérito professor 2º tenente José Vitorino de Santos e Souza. Estando em solo 
brasileiro foi também ensinada na academia Real de Belas Artes. (Dagostim, 1994, p.15).
Nos dias atuais a geometria descritiva se faz presente no ensino superior, em 
especial nos cursos de Engenharia, Arquitetura, Design, em alguns cursos de Artes e 
outros, pois possui uma série de características que a tornam importante para esses 
profissionais.
Segundo Marmo (1994, p.11):
“1º) é uma matéria formativa, pois desenvolve o raciocínio, o senso e o rigor 
geométrico e o espírito de iniciativa e o de organização; 
2º) é o melhor processo para resolver graficamente problemas práticos ou teóricos 
referentes às figuras do espaço; quando um profissional precisa resolver graficamente 
um problema sobre objetos no espaço, recorre à Geometria Descritiva; 
3º) é o meio mais satisfatório para estabelecer um diálogo gráfico entre um projetista 
e um executante de obras técnicas, permitindo ao primeiro transmitir e ao segundo 
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captar as ideias de FORMA, TAMANHO e POSIÇÃO das referidas obras. Sem essa 
linguagem gráfica, seria impraticável o exercício da Engenharia e da Arquitetura.” 
Sobre o fundamento da geometria descritiva podemos conceituar que:
“tem por finalidade representar no plano as figuras do espaço, de modo a podermos, 
com o auxílio da geometria plana, estudar suas propriedades e resolver os problemas 
referentes às mesmas.” (MACHADO, 1971).
Resumindo o que já vimos:
Centro projetivo Tipo de projeção Método de projeção
Infinito Cilíndrica
Método de Monge
Perspectivas:
Axonométrica e cavaleira
Finito Cônica
Perspectivas com ponto
de fuga
Tabela 01: quadro comparativo dos sistemas de projeção.
Fonte: autor.
A geometria descritiva faz uso da projeção cilíndrica ortogonal e assim pode-se 
representar todos os pontos de uma figura os quais são projetados por meio de raios 
projetantes paralelos entre si e perpendiculares ao plano de projeção.
Mas ao se projetar uma figura nem sempre um plano de projeção somente é o 
suficiente para que todos os pontos do objeto sejam representados.
8.1 - Metodologia:
Neste sentido, fazemos o uso do método de Monge e as figuras são projetadas 
em um diedro (dois planos que se interceptam perpendicularmente formando quatro 
regiões). Essas regiões são denominadas regiões diédricas ou diedros.
Figura 1: Diedro.
Fonte: https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1162048/mod_resource/content/0/Conteudos%20basicos%20de%20geometria%20descritiva.pdf. 
https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1162048/mod_resource/content/0/Conteudos%20basicos%20de%20geometria%20descritiva.pdf
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Estes dois planos de projeção dividem o espaço em quatro diedros, e a linha de 
terra divide cada plano de projeção em dois semiplanos. E adotamos a seguinte 
nomenclatura:
• π 1: Plano horizontal de projeção;
• π 2: Plano vertical de projeção; 
• PHA: Plano horizontal anterior; 
• PHP: Plano horizontal posterior; 
• PVS: Plano vertical superior; 
• PVI: Plano vertical inferior.
Porém para o desenvolvimento da geometria descritiva, estudamos as figuras 
tridimensionais em um plano (folha de papel) e necessitamos fazer o rebatimento 
desses diedros, que é o giro do plano horizontal de projeção sobre o plano vertical 
de projeção, de tal forma que PHA coincida com o PVI e o PHP coincida com o PVS.
6.1 - Pressupostos metodológicos.
Na geometria descritiva faz-se uso da épura para representar objetos, e a partir 
da referência dos observadores situados em pontos infinitos, determina-se a direção 
das retas projetantes. A épura de Monge, como é conhecida, é a planificação do que 
foi projetado ortogonalmente nos planos de projeção, também ortogonais entre si.
A linha de terra (LT) é a reta da inserção entre planos de projeção que foram propostos 
por Monge e chamados de vertical ou frontal e horizontal, os quais dividem o espaço 
em quatro diedros ou quadrantes. Com a aplicação do método, Gino Loria, outro 
matemático, implementou-se o terceiro plano de projeção (que deu origem à vista 
lateral esquerda, em relação à vista do 1º diedro).
As vistas são alinhadas entre si, através de linhas de chamada, permitindo a 
percepção de sua posição relativa.
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Figura 01: vistas.
Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Geometria_descritiva.
Transferindo para o mundo real, a épura pode ser ilustrada pela prancheta de 
desenho, o que ocorre no desenvolvimento do projeto.
A geometria descritiva serve como base teórica para o desenho técnico e permite 
a construção de vistas auxiliares, cortes, planos, seções, rebatimentos, rotações, 
intersecções de planos e sólidos, e a mudança de planos de projeção, mas na essência 
tem por objetivo mostrar a verdadeira grandeza das distâncias, ângulos e superfícies, 
bem como o cálculo de volumes a partir dos dados extraídos de projeções ortogonais.
Sobre o sistema de representação em GD e sua aplicação em objetos tridimensionais, 
é necessário considerarmos algumas aplicações nas representações de objetos 
tridimensionais, e, para isso, precisamos introduzir o conceito de mudança de sistema 
de referência (MSR) e vistas auxiliares (VA), além da diferenciação de vistas auxiliares 
primárias (VAP) e as mudanças de sistemas de referência primárias (MSRP). E na 
evolução do nosso estudo, é necessário entender que são abordadas vistas auxiliares 
sucessivas (VAS), e através de mudanças de sistema de referências sucessivas (MSRS).
Todos esses conceitos alinham-se à necessidade de resolver problemas típicos de 
projetos que envolvam a posição relativa do objeto e a verdadeira grandeza, ângulos 
e distâncias entre objetos, e a visualização em perspectiva e vistas principais. A 
modelagem de sólidos introduz os conceitos de extrusão, corte e intersecção.
Além disso, precisamos entender como se dá a projeção de faces e arestas, 
assim como as projeções acumuladas, reduzidas e em verdadeira grandeza,o que 
dá pertinência ao envolvimento de retas (arestas), posições entre retas (concorrentes, 
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paralelas e reversas), e representações de planos (faces). Precisamos entender como 
os tipos de projeção de planos estabelecem posições particulares de arestas e faces 
em relação ao sistema de projeção mongeano, e os sete tipos de faces e tipos de 
arestas, assim como a visibilidade de arestas e faces.
Como utiliza-se um sistema de projeção ortogonal, é necessário entender que o 
ponto de relação entre o objeto e o plano de projeção se dá pela condição de as linhas 
projetantes serem incidentes no plano de projeção de forma perpendicular, o que 
pode considerar que um objeto terá todas as suas arestas direcionadas para o plano 
de projeção, considerando a condição de envolvimento de toda a sua área limítrofe.
Figura 02: projeção ortogonal.
Fonte: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/202093/001107383.pdf.
Este conceito é muito importante pois ele ampara a percepção do método de Monge, 
que faz uso de Sistemas de Projeção Cilíndricos Ortogonais e permite a representação 
exata de objetos planos, desde que estejam nos mesmos posicionamentos paralelos 
ao plano de projeção, de modo que sua verdadeira grandeza seja projetada.
Mas quando partimos para objetos tridimensionais, só é possível a representação 
das faces exatas, paralelas ao plano de projeção.
A projeção cilíndrica ortogonal de um objeto sobre um plano é chamada de vista 
ortogonal ou vista ortográfica (VO) do objeto. Além disso, a VO não contém as 
informações sobre a forma de um objeto.
Considerando as propriedades dos Sistemas de Projeção Ortogonal, Gaspar Monge 
propôs um sistema de dupla projeção, constituído por planos ortogonais entre si, 
sendo um plano horizontal e outro frontal.
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Figura 03: Exemplos de sólidos em um sistema de múltiplas projeções.
Fonte: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/202093/001107383.pdf.
A Figura 3 tem a apresentação de quatro exemplos de objetos sólidos e suas 
representações em vistas ortográficas nos dois planos ortogonais de projeção. Neles 
estão representados em azul o que chamamos de Plano Horizontal de Projeção, e em 
verde o que chamamos de Plano Frontal de Projeção. 
Observe que os quatro objetos apresentam projeções idênticas no plano azul 
(horizontal). Isso significa que os objetos são idênticos quando observados de cima, 
o que pode ser uma possível interpretação da projeção no plano horizontal, a qual é 
também chamada de vista superior.
Se considerarmos a vista frontal, no plano verde, eles se apresentam diferentes, 
com exceção do quarto objeto (d), que tem projeção idêntica ao de (a).
ANOTE ISSO
Em tal situação, os objetos se diferenciam apenas numa terceira vista, em um 
dos planos de projeção auxiliar, o que evidencia a necessidade de ter dois ou mais 
planos de projeção, para podermos compreender a forma do objeto. E pelo método 
de Monge permite-se a adição de tantos planos quanto necessários, criando um 
sistema de projeções múltiplas. Além disso, é possível com dois ou mais planos, 
que a representação de eixos correspondam aos eixos das coordenadas cartesianas 
(x, y, z). 
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Podemos contar com um sistema em configuração tridimensional, a qual só pode 
ser compreendida em uma vista em perspectiva.
No entanto é necessário compreender que o objetivo é representar objetos em um 
único plano, havendo a necessidade de planificar todo o sistema, e assim representar 
somente as projeções dos objetos em um único plano.
O processo de planificação é feito através de um rebatimento de planos, considerando 
as interseções entre eles com os eixos de rotação. O que é demonstrado pela figura 04.
Figura 4: planificação do sistema de projeção.
Fonte: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/202093/001107383.pdf.
A figura mostra que o sistema de projeção Mongeano, planificado com as projeções 
representadas e alinhadas do objeto, é uma característica importante para o correto 
entendimento do objeto e das relações entre as dimensões e coordenadas de projeções.
A este sistema damos o nome de Épura, e a representação convencional pode 
variar bastante, a depender da fonte e do autor consultado.
O importante é que a proposta de convenção seja a mais próxima possível do 
sistema de representação usual dos Sistemas de Referência cartesianos, com ênfase 
nos eixos coordenados x, y e z. 
A ideia fundamental é que as vistas ortográficas sejam dispostas de modo a permitir 
a compreensão das formas e dimensões dos objetos representados. E assim, podemos 
visualizar duas ou mais vistas do mesmo objeto, e o leitor pode formar a imagem 
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mental do objeto, sendo capaz de compreender suas formas, dimensões e posições 
com precisão.
É necessário realizar operações sobre as vistas para obter e alterar os dados do 
objeto, e este tipo de representação é a base do desenho técnico e das representações 
de projetos geométricos nas diversas áreas do conhecimento.
Figura 05: projeção em planos e épura.
Fonte: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/202093/001107383.pdf.
São consideradas como partes integrantes desse sistema de projeção:
Fonte: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/202093/001107383.pdf.
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/202093/001107383.pdf
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ISTO ESTÁ NA REDE
Introdução ao que seria a geometria descritiva, e como o objeto deve ter a 
representação no plano.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?time_continue=1088&v=HUfYL4S-
hsQ&feature=emb_logo
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
20 dicas de desenho técnico para a arquitetura:
1. Comece a considerar o desenho técnico tão importante quanto o desenho à 
mão livre.
2. Sempre limpe seus compassos e a prancheta de desenho para manter os 
borrões mínimos.
3. Cubra seus compassos com fita crepe - isso também irá reduzir os borrões.
4. Faça seus desenhos técnicos usando um grafite HB.
5. Veja a virtude com paciência. Não perca a calma quando confrontado com 
desenhos técnicos desafiadores.
6. Comece a ver a beleza na geometria descritiva... e pratique-a todos os dias.
7. Comprometa-se a tornar-se tão excelente em desenhos técnicos que será capaz 
de levar qualquer parte de seus projetos para desenhá-los no quadro.
8. Consiga uma prancheta de desenho A2-A1-A0 adequada. Evite os pequenos 
desenhos A4-A3.
9. Faça um desafio de desenho técnico de 30 dias.
10. Use linhas pontilhadas para mostrar as bordas traseiras de seus desenhos.
11. Compreenda os princípios e o pensamento por trás das seções.
12. Conheça pelo menos três tipos diferentes de axonométricas.
13. Saiba o que é um dodecaedro e como desenhá-lo em projeção tripla e 
axonométrica.
14. Domine as projeções triplas.
15. Aprenda a resolver 100 problemas de geometria descritiva.
16. Aprenda a desenhar elipses personalizadas em todos os tipos de desenhos 
axonométricos.
17. Desenvolva uma paixão por resolver qualquer problema de geometria descritiva.
18. Saiba como desenhar todas as formas primitivas padrão: cubo, pirâmide, 
cilindro, cone, tetraedro etc.
19. Saiba como desenhar todas as formas geométricas padrão: quadrado, círculo, 
pentágono, hexágono etc.
20. Passe caneta em todos os seus melhores desenhos - sejam eles cortes, 
detalhes técnicos, axonométricas artísticas etc.
Acesse o link: https://www.archdaily.com.br/br/889405/20-dicas-de-desenho-
tecnico-para-arquitetura.
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CAPÍTULO 7
DESENHO GEOMÉTRICO
O desenho geométrico, assim como a geometria descritiva, tem por função 
desenvolver a capacidade e promoção dosentendimentos da geometria que envolvem 
os objetos, e de como podemos desenvolver possibilidades construtivas do processo de 
projeto, por meio da adoção de raciocínio lógico, pensamento convergente, organização 
de processo, e do estímulo da criatividade tão essencial para os profissionais da área 
de arquitetura e engenharia.
De acordo com Jorge (2002, p.15):
“A linguagem gráfica é universal, pois independe dos idiomas e proporciona 
compreensão imediata e interpretação exata dos símbolos usados. Por exemplo, um 
técnico brasileiro pode construir fielmente algo projetado por um técnico chinês com 
base apenas em seus desenhos. Da mesma forma, uma pessoa pode ir a qualquer 
lugar, orientando-se somente por mapas e sinais visuais. Adquirir o conhecimento que 
permita compreender a linguagem gráfica e comunicar-se com ela é, hoje, essencial”.
Mas dentro do ponto de vista evolutivo, segundo Gerdes (1992, p.15):
“Qualquer que seja a nossa definição de Homo Sapiens, ele deve ter tido algumas 
ideias geométricas. De fato, a geometria existiria mesmo se não tivesse havido Homines 
Sapientes nenhum”.
Assim, as formas geométricas aparecem até na natureza inanimada, em diversos 
aspectos da condição de vida orgânica, com a proporção áurea que foi motivo de 
desenvolvimento da arquitetura grega, por exemplo.
De acordo com Wagner (1998):
“Estando as construções geométricas cada vez mais ausentes dos 
currículos escolares, deve-se ajudar a resgatar o assunto do esquecimento 
e mostrar a sua importância como instrumento auxiliar no aprendizado 
da geometria, pois as construções com régua e compasso já aparecem 
no século V a.C., época dos Pitagóricos, e tiveram enorme importância 
no desenvolvimento da matemática grega”.
É fácil de ser encontrada na condição natural, na construção orgânica da natureza, 
por exemplo na construção geométrica intencional que os insetos desenvolvem quando 
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propõem a construção de uma cela de colmeia, na confecção de uma teia de aranha, 
etc., demonstrando que é uma atividade geômetra inerente aos animais.
Para Putnoki (2001, p.15):
 “É possível, inclusive, que a partir da evolução das relações entre o homem e a 
fauna, nascera há 60 mil anos, uma arte tão direta, tão inspirada, que conservou sua 
imortal juventude. Através de gravuras traçadas nas paredes das cavernas, o homem 
deixou registrado fatos relacionados ao seu cotidiano”.
Para Petrini, a gravação é provavelmente a mais antiga forma de expressão artística 
do homem. Os habitantes das cavernas já faziam incisões sulcando com utensílios 
pontiagudos de pedra, superfícies rijas e paredes de habitações.
Considerando a necessidade de suprir o desejo de se apropriar, revelar e 
documentar o Universo no qual estavam inseridos, essa foi uma maneira simples de 
se expressar. Mostraram-se também capazes de demonstrar que a geometria estava 
inerente ao processo. Assim, o gesto de gravar a linguagem com características 
diferentes de outras técnicas de expressão artística, como o desenho por exemplo, 
incorpora a necessidade de organização de informações pela geometria, e assim a 
multiplicação de imagens geométricas que depois manifestaram a escrita através 
da geometria.
Logo, o desenho é algo inerente ao homem, e, dotado de raciocínio abstrato, 
conseguiu representar algo que ainda não existia, e a arquitetura talvez tenha sido o 
primeiro ato de formalizar a geometria que estava inerente a este processo.
Assim, a linguagem se desenvolve pela geometria. Como linguagem de comunicação 
e expressão, a arte do desenho antecede muito a escrita, que na verdade conforma-se 
como uma combinação de pequenos símbolos desenhados.
 Da geometria das gravuras traçadas nas paredes das cavernas, o homem pré-
histórico registrou fatos relacionados ao seu cotidiano. Enfim, a arte do desenho é 
algo inerente ao homem.
À medida que a arquitetura evolui, vemos que temos a condição do uso da ferramenta. 
Enquanto os povos vão se aprimorando na geometria, surge um desenvolvimento de 
civilizações, como a dos babilônios e a dos egípcios, as quais realizaram verdadeiras 
façanhas arquitetônicas, derivadas da condição de dominar a geometria.
7.1 - Importância do desenho geométrico para a geometria.
O estudo de Desenho Geométrico é fundamental para o desenho da geometria, 
pois conforme afirma Kopke (2004, 53):
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“Quando observou as dificuldades encontradas pelos alunos de 
Engenharia Civil e Elétrica, Matemática, Arquitetura e Artes, se propôs 
a lecionar a disciplina de Desenho Geométrico. Ele lembra que a 
maioria dos alunos não foi estimulada suficientemente para trabalhar 
com a visão espacial, por isso existe uma dificuldade em aprender 
a disciplina”.
Lima (1991, p.150) considera que o desenho das figuras geométricas é importantíssimo 
para a compreensão, a fixação e a imaginação criativa. Ele acha fundamental que “o 
estudante por si só desenhe a figura, procurando caminhos, imaginando construções, 
pesquisando interconexões, forçando o raciocínio, e exercitando a mente.”
7.2 - Visualização Geométrica.
Para Kaleff (2004, p12), é uma importante forma de conseguir estimular a habilidade de 
visualização geométrica e é tão ou mais importante do que a de calcular numericamente 
ou a de simbolizar algebricamente. 
Olhando especificamente para o contexto geométrico, a habilidade de visualização 
assume importância fundamental de visualizar os objetos geométricos, e o indivíduo 
passa a ter controle sobre o conjunto de operações mentais mais básicas exigidas 
no trato da geometria.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
A interpretação de informações visuais está presente tanto em problemas do dia-a-
dia das profissões como nos mais inerentes problemas de engenharia, arquitetura, 
entre outras áreas. Portanto, o que está em jogo é a interpretação de informações 
visuais quando se trata desde os mais simples esboços das figuras geométricas 
(como triângulo, círculo e quadrado) até as relações geométricas que se 
estabelecem em um mapa, quando estamos tentando interconectar dois pontos de 
um mapa em relação a duas localidades, por exemplo; e quanto mais sofisticadas 
se tornam as representações gráficas do registro, mais podemos entender que 
existem valores e indicadores numéricos que se associam com essa geometria, 
além de considerar as plantas dos objetos, as imagens impressas ou mesmo a 
relação da criação de um projeto em relação à necessidade de transportar estas 
informações para edificação.
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Há uma condição no desenvolvimento da habilidade de visualização das formas em 
geral, e em particular das formas geométricas, para a elaboração e interpretação de 
suas representações gráficas no plano, o que deveria ocupar a posição de destaque 
na formação dos profissionais que necessitam desses tipos de informações para 
viabilizar suas profissões.
7.3 - Conceitos do Desenho Geométrico.
O desenho é uma forma de interpretação da realidade geométrica, visual, emocional 
ou intelectual, feito por meio da representação gráfica. Mas é inerente e acessível a 
todos. Quando aplicado no âmbito das profissões, apresenta natureza específica e 
particular em sua forma de comunicar uma ideia, uma imagem, um signo.
No âmbito da arquitetura e da engenharia, fazemos uso do desenho geométrico 
considerando as ferramentas de desenvolvimento da geometria (compasso, réguas, 
esquadros, etc.), e a necessidade de desenvolvimento de uma formalização do desenho 
como outras linguagens, como um código de comunicação cujos signos são linhas, 
retas, e curvas. 
7.4 - Elementos fundamentais do desenho geométrico.
Quando olhamos ao nosso redor e percebemos o mundo, podemos enxergar à 
nossa volta várias formas diferentes de desenho geométrico, e podemos vê-los nos 
elementos da natureza, assim como nos objetos construídospelos humanos. Além 
disso, as formas geométricas possuem características diferentes em relação às suas 
dimensões, e o tratamento de suas superfícies. 
7.4.1 - Dimensão.
Os objetos no mundo real existem em ao menos três dimensões: largura (ou 
espessura), profundidade e altura, e elas podem ser classificadas da seguinte forma:
7.4.1.1 Formas adimensionais: 
são os elementos que não possuem dimensão, e por conta disso não podem ser 
medidos, tais como o ponto geométrico que é um exemplo de forma adimensional.
Figura 01: ponto.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf
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7.4.1.2 - Formas unidimensionais: 
São elementos que preponderam apenas uma dimensão e são chamados de 
unidimensionais; nesses elementos, podem-se medir apenas o comprimento. É o caso 
da linha gráfica.
Figura 02: Forma unidimensionais.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
7.4.1.3 - Formas bidimensionais:
Possuem na essência duas dimensões, como o comprimento (ou profundidade) e 
a largura. Um exemplo seria a folha de papel.
Figura 03: Formas Bidimensionais.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
7.4.1.4 - Formas Tridimensionais:
Caracterizam-se por possuírem três dimensões que podem ser medidas, como a 
largura, a profundidade e a altura.
Figura 04: formas tridimensionais.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf
https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf
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7.4.2 – Superfícies:
Como o mundo real apresenta diversos elementos geométricos, é possível perceber 
que são formados por superfícies que podem ser classificadas como planos e curvas:
Figura 05: superfícies planas ou curvas.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
 
7.4.3 – Sólidos Geométricos:
São elementos geométricos aqueles que possuem três dimensões, e os sólidos 
geométricos se enquadram dentro desta condição.
Figura 06: elementos geométricos com três dimensões.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
Podem ser considerados como sólidos geométricos aqueles que possuem os 
mesmos dois grupos:
• os poliedros (poli=várias + edro= face) – ou seja possuem superfícies planas.
Figura 07: poliedros.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf
https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf
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Elementos do poliedro:
As superfícies do poliedro são chamadas de faces. 
Quando duas faces do sólido se encontram chamamos de arestas. 
E quando três faces se encontram chamamos de vértices.
 
Figura 08: elementos do poliedro.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
As superfícies do poliedro são chamadas de faces. Quando duas faces do sólido 
se encontram, temos a aresta. E quando três ou mais faces se encontram temos o 
vértice.
Poliedros possuem somente superfícies planas. 
• Sólidos de revolução (obtidos pelo giro de uma superfície em torno de um eixo).
Exemplos:
Figura 08: sólidos de revolução.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
7.4.4. - Entes Fundamentais.
Entende-se por Entes Fundamentais da Geometria, o ponto, a linha e o plano/
superfície, e estão presentes nos elementos geométricos.
7.4.4.1 - O ponto.
O ponto geométrico que vimos é adimensional, e é representado através da intersecção 
(cruzamento) entre duas linhas, entre a linha e o plano, e através do encontro de três 
superfícies (vértice de poliedros).
https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf
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Figura 09: pontos.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
Ponto de atenção: quando nos referimos ao ponto, devemos fazer a representação 
por letras maiúsculas do nosso alfabeto.
7.4.4.2 - A linha.
Pode ser entendida como sendo o conjunto de infinitos pontos cujas trajetórias podem 
ou não mudar de direção e de sentido, e podem ter a características de se prolongarem 
ao infinito, justamente por possuírem apenas uma dimensão: o comprimento. Podemos 
também obter uma linha através do deslocamento de um ponto em uma determinada 
direção, e essa direção pode ser constante ou não, ao mesmo tempo que podemos 
gerar uma linha através da intersecção (encontro) de duas superfícies.
Figura 10: linhas e planos.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
Ponto de atenção: geralmente as linhas são identificadas convencionalmente por 
letras minúsculas do nosso alfabeto.
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7.4.4.3 - Plano ou superfície:
Pode ser entendido como um conjunto infinito de linhas que se prolongam até 
o infinito. O plano ou superfície tem por característica básica a formação em duas 
dimensões, o comprimento e a largura, e por isso é definido como bidimensional.
Quando deslocamos uma linha no espaço, descrevemos uma superfície que 
pode ser curva ou plana. Em superfície curva, a linha muda constantemente 
de direção de deslocamento, e na superfície plana a direção permanece a mesma.
Figura 11: planos.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
Quando dois ou mais pontos têm o pertencimento nas mesmas linhas, são 
denominados colineares.
Figura 12: colinearidade.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
Da mesma forma, quando dois ou mais pontos pertencem ao mesmo plano, ou 
duas ou mais linhas estão contidas no mesmo plano: são denominadas COPLANARES.
Figura 12: coplanares.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
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As linhas por serem um conjunto infinito de pontos, cuja trajetória pode ou não 
mudar de direção e sentido, podem ou não voltar ao ponto de origem. E por isso, 
podem ser classificadas como abertas ou fechadas, sendo que a linha aberta começa 
num ponto e termina em outro, e a linha fechada começa e termina no mesmo ponto.
Figura 13: linhas abertas e fechadas.
Fonte: https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf.
Pode-se haver também uma classificação quanto à forma:
Reta - possui uma direção:
Curva - apresenta mudança de direção:
Poligonal ou quebrada - muda de direção e sentido, e forma-se por partes de uma 
reta (segmentos):
Sinuosa ou ondulada - muda de direção e sentido, formada por pedaços de curvas:
Mista - formada pela união de mais de um tipo de linha:
https://www.cp2.g12.br/blog/re2desenho/files/2019/10/2-Capitulo_II_-6o-Ano-gabarito2.pdf
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Mas as que interessam para o desenvolvimento do desenho técnico são:
ISTO ESTÁ NA REDE
O linkmostra alguns fundamentos do desenho geométrico e construções 
geométricas.
Acesso o link: fundamentos do desenho geométrico / desenho e construção 
geométricos.
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CAPÍTULO 8
COTAGEM EM 
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O processo de desenvolvimento do desenho técnico se dá pelo desenvolvimento 
do desenho de plantas, cortes e elevações (que são a representação em verdadeira 
grandeza), e é necessário considerar que o mesmo será replicado em obras. Para 
isso, fazemos uso do modo auxiliar de cotas para o perfeito entendimento em obra.
A norma que nos orienta neste processo é a norma ABNT/NBR-10126: cotagem 
em desenho técnico.
Esta norma é desenvolvida fixando os princípios gerais de cotagem a serem aplicados 
em todos os desenhos técnicos. E outras normas que podem ser consultadas se 
aplicam quando necessário. As figuras colocadas no texto da norma, servem apenas 
como exemplificação, devido às suas simplicidades. 
A própria norma coloca a necessidade de outras consultas, e precisamos fazer 
a colocação dos caracteres por meio da ABNT/NBR 8402, e a aplicação das linhas 
em desenhos (como por exemplo os tipos de linhas e larguras das linhas) conforme 
procedimentos especificados na ABNT/NBR 8403. Além disso, podemos fazer uso 
das normas de representação para o desenho técnico – vista e cortes, assim como 
seus procedimentos.
8.1 - Definições previstas na ABNT/NBR 10126: 
A norma define como:
Cotagem: representação gráfica no desenho da característica do elemento, através 
de linhas, símbolos, notas e valor numérico em uma unidade de medida.
Funcional: quando se aplica de forma a atender um objetivo ou local.
Não funcional: não essencial para o funcionamento do objeto.
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Auxiliar: dada somente para a informação, a cotagem auxiliar não influi nas operações 
de produção e ou inspeção, é normalmente derivada de outros valores apresentados 
no desenho ou em documentos, e nela não se aplica tolerância.
Elemento: Uma das partes características do objeto tal qual uma superfície plana, 
uma superfície cilíndrica, um ressalto, um filete de rosca, uma ranhura, um contorno etc.
Figura 01:
Fonte: ABNT/ NBR 10126.
Produto acabado: se dá após o desenvolvimento de cotas ser considerado 
completamente pronto para montagem ou serviço, sendo uma configuração executada 
conforme o desenho, e o produto acabado pode também ser uma etapa pronta para 
posterior processamento (muito comum em produtos fundidos ou forjados).
8.1 - Aplicação:
O campo da aplicação deve ser usado quando necessário para descrever uma parte 
ou o todo de um elemento, que pode ser uma peça mecânica, ou até mesmo uma 
parte de edificação. Deve ser representada diretamente sobre o desenho, de modo 
claro e completo.
A cotagem deve ser localizada na planta, vista ou corte que representa mais 
claramente o elemento.
O desenho dos detalhes deve usar a mesma unidade do desenho completo (por 
exemplo, milímetros), de forma que todas as cotas se combinem com ela, em maneira 
e símbolo. 
Para se evitar o mau entendimento, o símbolo da unidade predominante deve ser 
incluído na legenda.
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Algumas cotas indicam especificação de como os componentes funcionam, como 
é o caso de tubulações de N.m ou kPA (pressão), e o símbolo deve ser propriamente 
colocado, indicando o valor.
ANOTE ISSO
Além disso, é necessário somente cotar para a descrição do objeto ou produto 
acabado, e nenhum elemento do objeto ou produto acabado deve ser definido por 
mais de uma cota, com exceção de:
• Nos locais onde for necessário a cotagem em um estágio intermediário de 
produção (muito relacionado ao tamanho do elemento).
• Quando a adição de uma cota auxiliar for vantajosa.
Não é usual usar cotas para especificar processos de fabricação ou métodos 
de inspeção, exceto quando forem indispensáveis para assegurar o bom 
funcionamento ou intercambialidade.
A cotagem funcional deve ser escrita diretamente no desenho, e ocasionalmente 
vem escrita de forma indireta, sendo aceitável se mantiver os requisitos dimensionais 
estabelecidos. A cotagem não funcional deve ser localizada de forma mais conveniente 
para a produção e inspeção.
8.3 - Método de execução.
Iremos neste tópico abordar os elementos de cotagem, as linhas auxiliares de 
cotas, e o uso destes.
Os elementos de cotagem incluem a linha auxiliar, a linha de cota conforme descrita 
em ABNT/NBR 8403, e os limites da linha de cota, além dos vários elementos da 
cotagem que são mostrados nas figuras abaixo.
Figura 02: método de execução.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
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As linhas auxiliares e cotas são desenhadas como linhas estreitas e contínuas 
conforme ABNT/NBR 8403, e conforme indicado na figura anterior. As linhas auxiliares 
devem ser prolongadas ligeiramente além da respectiva cota, e um pequeno espaço 
deve ser deixado entre a linha de contorno e a linha auxiliar. As linhas auxiliares devem 
ser perpendiculares ao elemento dimensionado, entretanto, se necessário, podem ser 
desenhadas obliquamente a estes (aproximadamente 60°), e paralelas entre si.
A construção da intersecção das linhas auxiliares deve ser feita com o prolongamento 
desta até um ponto de intersecção, e sempre que possível as linhas auxiliares e de 
cota não devem cruzar as outras linhas, conforme mostra figura a seguir.
Figura 03: método de execução 02.
Fonte: ABNT/ NBR 10126.
Alguns cuidados são necessários, em especial quando as peças apresentam 
dimensões relativamente grandes que não permitem a representação no papel, no 
entanto é necessário observar que a linha de cota não deve ser interrompida, mesmo 
que o elemento seja.
Figura 04: Método de execução 03.
Fonte: ABNT/ NBR 10126.
O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados, caso contrário, as 
linhas não devem ser interrompidas no ponto do cruzamento. Outro cuidado necessário 
é que a linha de centro e a linha de contorno não devem ser usadas como linha de 
cota, no entanto podem ser usadas como linha auxiliar. A linha de centro, quando 
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usada como linha auxiliar, deve continuar como linha de centro até a linha de contorno 
do objeto.
Figura 04: Método de execução 04.
Fonte: ABNT/ NBR 10126.
A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços oblíquos. 
Estas indicações são especificadas como segue:
A seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A seta pode ser 
aberta, ou fechada preenchida.
Figura 05: desenho de setas.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
b) O traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45°.
Figura 06: desenho de linha curta e inclinada.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
As indicações dos limites da linha de cota devem ter o mesmo tamanho num 
mesmo desenho e somente uma forma de indicação dos limites da linha de cota deve 
ser usada num mesmo desenho. Quando o espaço for muito pequeno, outras formas 
de indicação podem ser utilizadas.
Figura 07: Indicação da linha de cota.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota devem 
ser apresentadas entre os limites da linha de cota, e quando o espaço for limitado 
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as setas de limitação da linha de cota podem ser apresentadas externamente, no 
prolongamento da linha de cota, desenhado para esta finalidade.
Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem do raio, 
e pode ser por dentro ou por fora do contorno (ou linha auxiliar), o que depende do 
elemento apresentado.
8.4 – Apresentação da linha de cotagem.
As cotas devem ser apresentadas em caracteres de tamanho suficiente para garantir 
a legibilidade,tanto no original quanto em reproduções (ABNT/NBR 8402), e as cotas 
devem ser localizadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou separadas por 
qualquer outra linha. Há dois métodos de cotagem, mas somente um deles deve ser 
utilizado num mesmo desenho.
• O primeiro é o qual as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente 
às linhas de cotas, e preferivelmente no centro. Há, no entanto, exceções que 
podem ser feitas quando a contagem sobreposta é utilizada, e assim as cotas 
devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base e/ou do lado direito 
do desenho. Cotas em linhas de cotas inclinadas podem ser seguidas conforme 
mostra a figura abaixo:
Figura 08: cotas inclinadas.
Fonte: ABNT/ NBR 10126.
• Temos também a situação das cotas angulares que podem ser seguidas como 
nas imagens abaixo:
Figura 09: cotas angulares.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
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As dimensões mostradas no desenho recebem o nome de cotas, que têm grande 
importância, pois são elas que permitem a construção exata e objetiva.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=p9eqELi4cpk.
O segundo método é caracterizado pelas cotas serem lidas da base da folha de 
papel. As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferencialmente ao meio, para 
a inscrição da cota.
Figura 10: cotas interrompidas.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
O mesmo raciocínio segue para as cotas angulares.
Figura 11: cotas angulares interrompidas.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
É necessário observar que as cotas frequentemente necessitam de adaptação para 
várias situações, e no caso do exemplo as cotas podem estar no centro, submetido à 
linha de cota. A peça é desenhada em meia peça ou sobre o prolongamento da linha 
de cota, quando o espaço for limitado. 
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Figura 12: adaptação das cotas.
Fonte: ABNT/ NBR 10126.
É muito comum usar esse tipo de cota sobre o prolongamento horizontal da linha 
de cota, quando o espaço não permite a localização com a interrupção da linha de 
cota não horizontal. As cotas fora de escala devem ser sublinhadas com linha reta de 
mesma largura da linha do algarismo, exceto quando a linha de interrupção for utilizada.
Figura 13: prolongamento da linha.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
9.1.3 - Disposição e apresentação da cotagem.
A disposição da cota no desenho deve indicar de forma clara a finalidade do uso 
e geralmente o resultado é combinado com várias finalidades.
Fazemos uso da cotagem em cadeia quando admitimos que as tolerâncias não 
irão comprometer a finalidade do uso e entendimento funcional das partes.
Figura 14: disposição da cota.
Fonte: ABNT/ NBR 10126.
Os símbolos seguintes são usados com cotas para mostrar a identificação das 
formas e melhorar a interpretação de desenho. Os símbolos de diâmetro e de quadrado 
podem ser omitidos quando a forma for claramente indicada. Os símbolos devem 
preceder à cota:
φ: Diâmetro.
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φ ESF: Diâmetro esférico.
R: Raio.
R ESF: Raio esférico.
¨ Quadrado.
Figura 15: uso de simbologias.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
A cotagem por elemento de referência é um método usado quando o número de 
cotas da mesma direção se relacionam a um elemento de referência. A cotagem por 
elemento de referência por ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem 
aditiva.
A cotagem em paralelo é a localização de várias cotas simples paralelas umas às 
outras e espaçadas suficientemente para escrever a cota. 
A cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada 
quando há limitação de espaço e quando não há problema de interpretação.
A origem é localizada num elemento de referência, e as cotas são localizadas na 
extremidade da linha auxiliar. É muito comum que a cotagem aditiva em duas direções 
seja utilizada quando for vantajoso.
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Figura 16: cotagem.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
Quando estes elementos estiverem próximos, é normal quebrar as linhas auxiliares 
para permitir a inscrição da cota no lugar apropriado, como mostra a seguir: 
Figura 17: linhas auxiliares.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
Temos também a possibilidade de desenvolver a cotagem por coordenadas, o 
que pode se tornar mais prático já que estas coordenadas mostram os pontos de 
intersecção em malhas nos desenhos de localização indicada. 
As coordenadas para os pontos arbitrários sem malha, devem aparecer adjacentes 
aos pontos ou na forma de tabela.
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Figura 18: cotas por coordenada.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
A cotagem combinada, a cotagem simples ou aditiva ou cotagem por elemento 
comum podem ser combinadas no desenho:
Figura 19: cotas combinadas.
Fonte: ABNT/ NBR 10126.
Quando desenvolvemos o desenho precisamos fazer uso de algumas indicações 
especiais, como cordas, ângulo e raios. A cotagem de cordas, aros e ângulos estão 
exemplificados na figura:
Figura 20: cordas, aros e ângulos.
Fonte: ABNT/ NBR 10126.
Quando o centro do arco sair dos limites do espaço disponível, a linha de cota do 
raio deve ser quebrada ou interrompida, conforme a necessidade de localizar ou não 
o centro do aro. Quando o tamanho do raio for definido por outras cotas, ele deve ser 
indicado pela linha de cota do raio com o símbolo R sem cota.
Figura 21: uso do R.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
Para elementos equidistantes que são uniformemente distribuídos e que são parte da 
especificação do desenho, a cotagem pode ser simplificada. O espaçamento linear pode 
ser assim, e se houver alguma eventual confusão entre o comprimento do espaço e o 
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número de espaçamentos, um estado deve ser cotado. Os espaçamentos angulares de 
furos e outros elementos podem ser cotados, e os espaçamentos dos ângulos podem 
ser omitidos se não causarem dúvidas ou confusão. Os espaçamentos irregulares 
podem ser cotados indiretamente dando o número de elementos.
Figura 22: uso de elementos de espaçamento.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
A abordagem de elementos repetidos pode ser definida pela quantidade de elementos 
de mesmo tamanho, evitando repetir a mesma cota, e eles podem ser cotados como 
mostram as figuras abaixo:
Figura 23: quantidade de elementos.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
Em chanfros de 45 graus, a cotagem pode ser simplificada, como mostra a figura:
Figura 24: indicação de cotagem de chanfro.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
Os escareados são cotados conforme mostrados a seguir:
Figura 25: cotas em ângulo.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
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Algumas outras indicações podem se utilizadas neste caso para evitar a repetição 
da cota ou evitar linhas de chamadas longas, como por exemplo letras de referência, 
em conjunto com uma legenda ou nota, como na figura a seguir:
Figura 26: notas.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
Para a cotagem de objetos simétricos representados em meio a um corte ou meia 
vista, a linha de cota deve cruzar e se estender ligeiramente para além do eixo de 
simetria (ver NBR 10067).
Figura 27: eixo de simetria.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
Normalmente não se cota em conjunto, porém, se for o caso, os grupos de cotas 
específicas para cada objeto devem permanecer separados, quando possível. Algumas 
vezes é necessário cotar uma área ou comprimento limitados de uma superfície e 
fazer a indicação dessa situação especial. Em tais casos as áreas ou comprimentos, 
assim como a localização, deverão ser indicados por meio de uma linha, traço, ou 
ponto largo, desenhados adjacentes à paralela face correspondentes.
Figura 28: cotas desenhadas de modo adjacente.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
Quando essa exigência especial se referir a um elemento de revolução, a indicação 
deve ser mostradasomente de um lado.
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Figura 29: elementos de revolução.
Fonte: ABNT/NBR 10126.
Quando a localização ou extensão da exigência especial necessitar de identificação, 
devemos cotar aproximadamente, porém quando o desenho mostrar claramente a 
sua extensão, a cotagem não é necessária. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O link abaixo é uma importante fonte de consulta para entender a representação 
gráfica da cotagem num desenho:
Acesse o link: https://www.versus.pt/forma-espaco-ordem/desenhotecnico-4-5-
cotagem.htm#:~:text=De%20um%20modo%20global%20e,linhas%20de%20cota%20
n%C3%A3o%20rectil%C3%ADneas.
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CAPÍTULO 9
ESCALAS
Nesta unidade estudaremos o entendimento do escalímetro, que é o instrumento 
responsável pelo uso da escala.
O escalímetro é um instrumento em formato de régua triangular de três faces e 
seis escalas diferentes, utilizado para medir e fazer representações gráficas ampliadas 
ou reduzidas, mantendo a proporcionalidade. Tem amplo uso no desenho técnico, 
auxiliando na elaboração de projetos, geralmente para a interpretação de medidas de 
projetos em desenvolvimento ou projetos já prontos.
Mas enquanto desenvolvemos o estudo sobre o uso do instrumento é necessário 
entender o conceito de escala.
Figura 01: Escalímetro de 15 e de 30 centímetros.
Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/escalimetro/.
9.1 - O que é escala.
Para se utilizar o escalímetro é necessário entender o conceito de escala, porque é 
necessário conhecer a escala que se deseja desenhar ou a escala que o desenho está 
sendo concebido. A escala é uma relação entre a dimensão gráfica de um elemento e 
https://www.escolaengenharia.com.br/escalimetro/
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a dimensão real, e podemos fazer uso dela para desenhos de edifícios, terrenos, entre 
outras representações pertinentes dentro da área da arquitetura e da engenharia.
A relação é direta entre as seguintes proporções:
E = d/D
Onde:
• E = escala.
• d = dimensão gráfica.
• D = dimensão real.
O escalímetro tem a representação no papel de uma parte real de um determinado 
terreno ou objeto, mantendo-se as proporções de acordo com os respectivos tamanhos.
Ao ser utilizada a escala 1:100 significa o mesmo que a cada 1 unidade de medida 
no desenho é representado 100 unidades de medida no tamanho real.
Supondo que se queira representar um elemento de comprimento equivalente a 10 
metros, utiliza-se a escala de 1:50, basta utilizar a fórmula da escala para determinar 
o comprimento do objeto no desenho.
Exemplo:
E = d/D
Logo: 1/50 = d/10 tal que d = 0,20 m ou 20 cm.
Portanto, para se representar um objeto de 10 metros de comprimento em uma 
escala de 1:50, devemos desenhar uma linha de 20 centímetros no papel ou no projeto.
Por outro lado, para se conhecer o tamanho real de uma representação gráfica de 
um projeto que faz por exemplo uso da escala 1:25, devemos medir o comprimento 
do mesmo, utilizar a mesma equação, e substituir os respectivos valores:
E = d/D
1/25 = 0,20/D, tal que, 
D = 5 metros
9.2 - Escalas do escalímetro.
Hoje estão disponíveis no mercado os escalímetros encontrados em 3 diferentes 
formatos, e cada um deles possui escalas diferentes, que são utilizadas para diferentes 
aplicações:
• Nº 1: possui as escalas 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125.
• Nº 2: possui as escalas 1:100, 1:200, 1:250, 1:300, 1:400, 1:500.
• Nº 3: possui as escalas 1:20, 1:25, 1:33, 1:50, 1:75, 1:100.
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Vamos conhecer cada um dos escalímetros, e para qual finalidade são usados. O 
nº 1 é o mais utilizado.
9.2.1 - Escala 1:125.
A escala 1:125 é comumente usada para representar plantas baixas, seções e 
fachadas de casas e edifícios. Essa escala enfatiza tanto o encolhimento que não 
acomoda níveis muito altos de detalhes.
9.2.2 - Escala 1:100.
Para projetos com dimensões reduzidas, como residências unifamiliares, a escala 
1:100 é frequentemente usada. Nesse caso, cada metro na dimensão real é representado 
por 1 centímetro no desenho.
9.2.3 - Escala 1:75.
Essa escala também é comumente usada para plantas baixas, cortes e fachadas, 
proporcionando um nível de detalhamento maior do que as escalas anteriores.
9.2.4 - Escala 1:50.
A escala 1:50 é muito utilizada porque permite a visualização detalhada do projeto. 
Frequentemente usada para planejamento e corte em projetos.
9.2.5 - Escala 1:25.
A escala 1:25 permite uma representação mais detalhada de seus elementos, mas 
o tamanho da representação no papel é grande e difícil de usar.
9.2.6 - Escala 1:20.
Contém ainda mais detalhes e tamanho maior.
9.2 - A utilização do escalímetro.
Confira abaixo um vídeo explicativo de como utilizar o escalímetro para desenhar 
o mesmo objeto em diferentes escalas e tamanhos.
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
PEREIRA, Caio. O que é Escalímetro e como utilizá-lo. Escola Engenharia, 2018. 
Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/escalimetro/. Acesso em: 24 
de novembro de 2022.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=JBH74C0jU2g&t=41s.
9.3 - As aplicações da escala.
Faz-se o uso da escala quando é preciso trabalhar a proporção de objetos na 
dimensão real, de modo a conseguir o enquadramento dentro do processo do papel, 
mas para isso é necessário fazer a redução ou ampliação do objeto, de modo que ele 
consiga ser representado no papel.
Quando representamos objetos de grandes dimensões, precisamos desenvolver o 
desenho em escalas menores, ao contrário de peças e objetos de dimensões pequenas, 
que desenvolvemos em escalas maiores.
Essa modificação do tamanho dos objetos nos desenhos permite a correta 
representação desde mapas, aeronaves e até mesmo peças como um relógio, para 
que ela aconteça de forma compreensível e para que eles consigam ser construídos.
9.4 - Definição de Escala.
Escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas 
lineares do objeto, e pode ser entendida como o processo de mudança das dimensões 
reais para outras medidas no desenho.
9.5 - Representação de Escala.
Outra noção que temos que ter em relação à escala é que ela é uma forma de 
representação que mantém as proporções das medidas lineares do objeto, e nos 
desenhos de escala as medidas lineares do objeto real podem ser mantidas (como 
na escala real), mas na maioria das vezes são aumentadas ou reduzidas, em sua 
proporcionalidade, por termos a necessidade de representar dentro do espaço de 
uma folha de papel.
Figura 02: Proporcionalidade em escala.
Fonte: https://www.eletrica.ufpr.br/sebastiao/wa_files/te309%20aula%2005%20-%20aplicacao%20de%20escalas.pdf.
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É interessante que cada lado de B é uma vez menor que cada lado correspondente 
de A, e cada lado de C é igual duas vezes cada lado correspondente de A, o que nos 
leva a concluir que dentro da proporcionalidade, as figuras B e C estão representadas 
em A.
Um dos possíveis exemplos é que a redução de uma figura como uma torre de 
transmissão dificilmente seria possível no papel, dada a sua dimensão, e por conta 
disso, devemos atuar na escala de modo que seja proporcionalmente representado 
no papel.
Figura 03: exemplo de escala de redução.
Fonte: <http://tecnometal.multiplus.com/.
Como característica da escala, temos a necessidade de manter as medidas lineares 
do objeto que é desenhado em tamanho real. No caso de ampliação ou redução, as 
medidas lineares são aumentadas ou reduzidas proporcionalmente.
Outra característica é que as dimensões lineares não se alteram quando aumentamos 
ou diminuímos a escala, tendo apenas variação escalar das medidas lineares dos 
lados dos ângulos que não influenciamno valor de sua medida em graus. 
Entende-se por escala natural a representação do desenho igual à dimensão real, 
e as medidas são transportadas para o desenho sem alterações, e é utilizada para 
a representação de pequenas peças e objetos. Um exemplo disso é o mouse de 
computador que permite ser colocado sobre um papel, sendo corretamente representado, 
em função de sua dimensão.
Podemos representar como escala de redução, a representação do desenho sendo 
menor que a dimensão real, e sua utilização sendo usada na maior parte dos desenhos, 
em plantas, fotografias e mapas.
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As escalas de ampliação tomam a representação do desenho sendo maior que a 
dimensão real, e tem mais utilidade na representação de detalhes de peças muito pequenas.
9.5 - Tipos de escalas.
Existem alguns tipos de notações que podem ser utilizadas, como por exemplo:
• Escalas numéricas
• Escalas gráficas 
Podemos fazer a notação por meio de escalas numéricas, informadas pela proporção 
entre dimensões reais e dimensões do desenho, através da razão entre as medidas. 
São utilizadas principalmente em desenhos de projetos e figuras. Geralmente se faz 
uso da palavra escala ou sua abreviatura ESC (seguida por um número), e as condições 
exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenho são definidas 
pela norma ABNT/NBR 8196 – desenho técnico – emprego de escala.
Ex: ESCALA 1:1 e ESC. 1:1
A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA”, seguida 
da indicação da relação: 
a) ESCALA 1:1, para escala natural.
b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1).
c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X < 1). 
O valor de “X” deve ser conforme a tabela abaixo.
Redução Natural Ampliação
1:2 1:1 2:1
1:5 5:1
1:10 10:1
Nota: as escalas da tabela podem ser reduzidas ou ampliadas na razão de 10.
Fonte: ABNT/NBR 8196.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Dessa forma, o escalímetro pode ser identificado de forma visual, podendo ser 
reduzido ou ampliado ou representado em escala natural. As indicações de escala 
existentes nos escalímetros normalmente vendidos, como o caso do escalímetro 
N1, são de escala de redução – 1:2; 1:2,5; 1:50; 1:100; 1:75; 1:125 etc., e todos estão 
baseados no sistema ISO, acondicionados no sistema internacional em metros.
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ANOTE ISSO
Leitura com escalas de redução.
Podemos pegar a exemplificação abaixo para entender como se comporta uma 
peça de pequena escala, escrita como escala de redução de 1:20. Uma leitura 
comum de escalímetro de 1:20 deve ser realizada seguindo os passos:
1. Determinação quando vale a menor divisão do escalímetro.
2. Verificar quantas divisões existem de 0 a 1 m, observando a condição de que 
existem escalímetros de 0 a 10 metros, de 0 a 100 metros, e deve proceder da 
seguinte forma: como existem 50 divisões, logo cada divisão vale o equivalente 
a 0,02 metros (no de 0 a 10 metros valeria 0,2 m e no 0 a 10 valeria 2 m).
3. Contamos quantas divisões existem de zero até o final da peça. No exemplo 
abaixo são 65 divisões.
Figura 04: uso de escala de redução.
Fonte: https://www.eletrica.ufpr.br/sebastiao/wa_files/te309%20aula%2005%20-%20aplicacao%20de%20escalas.pdf.
4. A dimensão real da peça é de 1,3 metros, que é o resultado do produto de 65 
(número de divisões no escalímetro do início ao final da peça) vezes 0,02 metros 
(valor da menor divisão deste escalímetro).
Um processo parecido deve ser feito em relação à leitura com escalas de ampliação, 
como foi visto no exemplo anterior de como redigir desenhos diretamente utilizando 
o escalímetro, sem qualquer artifício, porém podemos fazer o uso de coisas como 
desenhos ampliados, que seriam escritos em escala 5:1, já que as escalas de ampliação 
são padronizadas, reescrevendo-a da seguinte forma:
Figura 05: escala de desenhos ampliados.
Fonte: https://www.eletrica.ufpr.br/sebastiao/wa_files/te309%20aula%2005%20-%20aplicacao%20de%20escalas.pdf.
https://www.eletrica.ufpr.br/sebastiao/wa_files/te309%20aula%2005%20-%20aplicacao%20de%20escalas.pdf
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ISTO ESTÁ NA REDE
ESCALA DE REDUÇÃO | Matemática - aula #3.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=cRWenHXeTH8.
Neste caso em específico temos que a figura com uma escala de 5:1 seria 0,013 
metros (13 mm) que é resultado do produto de 65 (número de divisões no escalímetro 
do início ao final da peça) vezes 0,0002 metros.
As escalas gráficas são um tipo de representação feita por meio de uma figura 
a qual mostra a proporção do tamanho de um determinado desenho em relação à 
medida real, com seu uso mais associado a mapas e figuras.
Figura 06: exemplo de notação gráfica de escala.
Fonte: https://www.eletrica.ufpr.br/sebastiao/wa_files/te309%20aula%2005%20-%20aplicacao%20de%20escalas.pdf.
Dentre as principais vantagens desse tipo de escala, há a possibilidade de que 
caso haja dilatação ou retração do papel, onde o desenho e a escala estão expostos, 
o mesmo acompanhará as variações. A vantagem da escala gráfica é que ela fornece 
as dimensões e o valor real das medidas executadas sobre o desenho, sem que seja 
necessário desenvolver cálculos, independentemente da redução ou ampliação que 
ele pode sofrer.
A escala gráfica que podemos exemplificar para isso é a escala 1:3.000, 1 cm = 
3.000 cm, ou seja 1 cm = 30 m.
ou com sua ampliação 
É muito comum a execução do “talão”, que seria uma representação genérica e 
de maior dimensão, que toma a medida base por referência, cujas subdivisões são 
menores que as anteriormente ilustradas, podendo não ser ilustradas, como é o caso 
da escala de 1:30000.
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Dentre as principais aplicações, temos:
Planta de edificações 1:50
Planta de edifícios maiores 1:100 e 1:200
Planta de arruamentos e loteamentos 
urbanos
1:500 e 1:1.000
Planta de propriedades rurais 1:1.000, 1:2.000 e 1:5.000
Planta cadastral 1:5.000, 1:10.000 e 1:20.000
Cartas de municípios 1:50.000 e 1:100.000
Mapas 1:200.000 a 1:10.000.000
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CAPÍTULO 10
PLANTA BAIXA ARQUITETÔNICA
Para entendermos o processo de desenvolvimento da planta baixa arquitetônica 
é necessário voltar a revisar o plano de projeção e sua relação com a perspectiva 
cônica. O fato é que toda estrutura de pensamento sobre desenvolvimento do projeto 
arquitetônico deriva diretamente do entendimento e do posicionamento do plano de 
projeção em relação ao objeto, e no caso da planta baixa, determinada altura do projeto 
e do objeto, conforme norma, passa a 1,5 do piso.
Como a perspectiva cônica, os raios projetantes têm sua fonte tendendo ao infinito. 
As linhas que são representadas estão diretamente ligadas ao plano de projeção que 
passa exatamente onde o plano de projeção se desenvolve, logo há a representação 
das arestas nas quais o plano de projeção passa.
Na projeção cilíndrica, que neste caso é ortogonal, há os raios projetantes em 90 
graus. O desenho técnico faz mais uso das projeções ortogonais que consistem na 
representação plana de um objeto nas três direções ortogonais, sendo que apenas 
duas são para a confecção da planta.
Podemos entender que uma planta nada mais é do que a relação de eixos de 
coordenadas X e Y, sobre a qual faremos as conexões entre os pontos, algo que 
também farão em obra, por meio do gabarito. Pense que cada ponto da planta precisa 
ter ao menos dois pontos de referência para que sejam marcados em obra.
10.2 - Transportando projeções para área do projeto arquitetônico.
As normas que versam são:
• Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT/NBR 6492 – Documentação 
Técnica para Projetos Arquitetônicos e Urbanísticos – Requisitos, Rio de Janeiro. 
27 páginas.
• Associação Brasileira de Normas Técnicas- NBR 16636 – Elaboração e 
Desenvolvimento de Serviços Técnicos Especializados de Projetos Arquitetônicos 
e Urbanísticos. Rio de janeiro. 17 páginas.
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Os desenhos básicos que compõem um projeto de arquitetura a partir de projeções 
ortogonais são:
• As plantas baixas
• Os cortes
• As elevações ou fachadas
• A planta de cobertura 
• A planta de localização 
• A planta de situação
Vamos entender cada uma delas. Primeiramente, a planta:
Podemos recorrer à própria norma para buscar uma definição base segundo o item 
3.3 da ABNT/NBR 6492:
“Planta de edificação. Vista superior do plano secante horizontal, 
localizado a, aproximadamente, 1,50 m do piso em referência. A 
altura desse plano pode ser variável para cada projeto de maneira a 
representar todos os elementos considerados necessários”.
A própria norma ressalta que as plantas de edificação podem ser do térreo, subsolo, 
jirau, sótão, cobertura, entre outros.
A norma também coloca as diferenças em relação às etapas do projeto, aborda 
para cada tipo de etapa num nível de detalhamento do projeto, nas quais constam 
as fases e objetivos a serem atingidos, dando início ao que se chama de “programa 
de necessidades: caracterização do empreendimento cujo(s) edifício(s) será(ão) 
projetado(s) e a relação dos setores que compõem o empreendimento, suas ligações, 
necessidades de área, características especiais, posturas municipais (código de obras), 
códigos e normas pertinentes”.
E a partir disso detalha as demais fases: 
Estudo preliminar:
Tem por finalidade desenvolver o estudo da viabilidade de um programa e do partido 
arquitetônico a ser adotado para a aprovação do cliente. Pode servir à consulta prévia 
para aprovação em órgãos governamentais. Como documentação típica é colocada: 
planta de situação; plantas, cortes e fachadas; memorial justificativo. Nesta fase 
são representados os elementos construtivos, ainda que de forma esquemática, de 
modo a permitir a perfeita compreensão do funcionamento do programa e partidos 
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adotados, incluindo níveis e medidas principais, áreas, acessos, denominação de 
espaços, topografia e orientação.
Anteprojeto:
Nesta fase se define o partido arquitetônico e se desenvolve uma evolução significativa 
dos elementos construtivos, considerando os projetos complementares (estruturas, 
instalações, etc.). Além disso, é nessa etapa que o cliente deve aprovar, e que os órgãos 
oficiais envolvidos devem reter um detalhamento para possibilitar a contratação da 
obra, após a devida aprovação.
Como documentos típicos temos: planta de situação; plantas, cortes e fachadas; 
memorial justificativo, que deve abranger os aspectos construtivos; discriminação 
técnica; e o quadro geral de acabamento (facultativo); nesse nível de aprovação deve-
se constar os documentos para aprovação em órgãos públicos e uma lista preliminar 
de materiais, o que leva a um maior nível de detalhamento do projeto. Os elementos 
construtivos devem estar bem caracterizados, com indicação de medidas, níveis, áreas, 
e denominação de compartimentos, além de constar a topografia e orientação solar, 
e os eixos e coordenadas. Nesse aspecto, a descrição dos materiais adotados deve 
atender às necessidades da etapa.
Projeto executivo: 
É a parte do projeto que apresenta de forma clara e organizada todas as informações 
necessárias à execução da obra assim como todos os serviços inerentes à essa etapa 
e apresenta como documentação típica: planta de locação; plantas, cortes e fachadas; 
detalhamento; discriminação técnica; quadro geral de acabamentos (facultativo); 
especificações dos materiais e suas respectivas listas, assim como um quadro geral 
de áreas (que pode ser entendido como facultativo, porém existe a necessidade de se 
aplicar um quadro de esquadria), entre outras informações necessárias que amparam 
o desenvolvimento da obra. Por conta disso, é o projeto que usamos como referência 
para a explicação da importância da obra.
O nível de detalhamento da informação deve ser corretamente amparado e indicado 
em todos os materiais usados, assim como suas respectivas quantidades, além da 
disposição dos detalhes construtivos essenciais, e recomendações necessárias para 
a correta execução.
Pelo item 5.3.1.2 da norma ABNT/NBR 6492, é necessário que esses projetos 
contenham no mínimo plantas, cortes e fachadas, que devem conter minimamente:
• simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta Norma; 
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• indicação do norte; 
• caracterização dos elementos do projeto: fechamentos externos e internos, 
acessos, circulações verticais e horizontais, áreas de serviço e demais elementos 
significativos;
• indicação dos nomes dos compartimentos; 
• cotas gerais; 
• cotas de níveis principais; 
• escalas; 
• notas gerais, desenhos de referência e carimbo.
O que mostra que independentemente da etapa e nível de detalhamento, é necessário 
que sejam indicadas estas condições. O próprio texto da norma coloca como sendo 
necessário que conste ao menos o sistema estrutural, eixos do projeto, e cotas 
complementares.
Já a norma que trata da elaboração e desenvolvimento de serviços técnicos 
especializados de projetos arquitetônicos e urbanísticos, a ABNT NBR 16636-2, entende 
que é necessário desenvolver a organização das etapas e os níveis de detalhamento, 
e vê o projeto de concepção arquitetônica como um todo, o qual coloca segundo o 
seu item 4.1.1:
“A determinação e a representação dos ambientes e seus 
compartimentos, seus elementos, componentes e materiais de 
edificação, com a sua organização, agenciamento, definição 
estética e ordenamento do espaço construído para uso humano 
ou representativo, de cunho cultural ou monumental”. (ABNT NBR 
16636-2, 2017, p.1).
A norma também coloca como sendo essencial para:
“Edificações novas; construções; edificações existentes; ampliação, 
redução, modificação, remanejamento, reciclagem, reconversão, 
recuperação, reforma, preservação, conservação, reparação, 
restauração, pré-fabricação e pré-moldagem”. (ABNT NBR 16636-2, 
2017, p.2).
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ANOTE ISSO
Considerando a completude de informações necessárias para a colocação do 
projeto, o nível de detalhamento é grande. Os elementos da edificação e seus 
componentes construtivos nos aspectos arquitetônicos são os seguintes:  
• fundações.
•  estruturas.
• coberturas.
• forros.
• vedos verticais, paredes, esquadrias, proteções e complementos.
• revestimentos e acabamentos em ambientes exteriores, interiores e 
intermediários.
• sistemas de instalações prediais.
• instalações elétricas.
• instalações mecânicas.
• instalações hidráulicas e sanitárias.  
• jardins e paisagismo.
A norma dá especial destaque para as condições das fases do projeto e o objetivo 
em relação ao fluxo, e entende que os estágios de execução da atividade técnica do 
projeto arquitetônico para as edificações consideram duas fases principais: fase de 
preparação e fase de elaboração e desenvolvimento. O projeto deve atender ao menos 
as constantes informações técnicas mínimas. Como por exemplo: 
“Registrar a caracterização de cada objeto específico de construção 
(edificação, elementos e componentes construtivos, materiais 
para construção e sistemas prediais de instalações), os atributos 
funcionais, formais e técnicos considerados, contendo os seguintes 
requisitos prescritivos e de desempenho”. (ABNT NBR 16636-2, 2017, 
p.4).
E com isso fazer menção direta à condição da elaboração do projeto 
executivo arquitetônico ser orientado em cada uma das suas etapas, 
por:  
“A) informações de referência e informações técnicas específicas a 
serem utilizadas;  b) informações técnicas a serem produzidas;  c) 
documentos técnicos a produzire a apresentar”. (ver ABNT NBR 6492 
e ABNT NBR 16636-2, 2017, p.5).
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10.3 – Normas e a representação de planta arquitetônica.
A planta baixa pode ser também denominada como planta de pavimento, e é o 
elemento conhecido como projeto arquitetônico. E por meio dele que representa-
se cômodos, portas, janelas, louças, metais, escadas, pisos e demais informações 
restantes para o entendimento do projeto.
Planta baixa, ou simplesmente planta é a representação gráfica do que acontece 
nos planos horizontais de vista ortográfica seccional, que está em uma determinada 
altura da parede, o que significa passar ao meio o plano seccional da casa quando 
passamos a visualização de cima da casa, de altura média de 1,20 a 1,50 m em relação 
ao piso do pavimento em questão.
São elementos gráficos da planta baixa:
Cômodos:
A identificação dos cômodos é feita através de nomes padronizados, geralmente 
fazendo uso de exemplos como escritório, sala de estar, varanda, sacada, cozinha, entre 
outros. Caso haja cômodos com a mesma função, utiliza-se numeração sequencial. 
Além da nomenclatura, outras informações precisam estar presentes, dentre elas:
• área útil.
• acabamento do piso.
• pé direito.
• acabamento das paredes.
• acabamento da laje ou forro.
• equipamentos fixos.
É necessário que seja indicado os equipamentos fixos, como bacias sanitárias, 
pias, tanques e chuveiros, já que são essenciais para a elaboração dos projetos 
complementares, uma vez que estes direcionaram os projetos estrutural, elétrico 
e hidrossanitário. Estas informações são essenciais, pois servem de referência 
para o posicionamento e dimensionamento de tubulações, eletrodutos, pilares e 
demais elementos. É importante salientar que todos os detalhes necessários para o 
desenvolvimento dos demais projetos evitam que informações se percam ao longo 
do processo, mesmo que não sejam exigidos para a aprovação da prefeitura.
Indicação de cortes também é um elemento necessário à planta baixa, porém com 
o intuito de representar uma seção vertical da edificação, e sua indicação na planta 
baixa mostra o sentido de representação do corte.
As janelas em planta baixa precisam ser representadas de modo a avaliar a iluminação 
e a ventilação do ambiente (análise muito comum em prefeituras), e a compatibilização 
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dos demais projetistas, que se relacionam nos projetos complementares (especialmente 
no projeto estrutural, que prevê o alívio de cargas da alvenaria).
O responsável da obra precisa do posicionamento das aberturas da alvenaria na 
hora de soltar as frentes de trabalho, antecipando o gabarito de assentamento da 
alvenaria. A representação gráfica também precisa informar as dimensões, altura do 
peitoril, e tipo de janela a ser utilizada, normalmente seguidos do referenciamento de 
símbolos e tabela de esquadrias.
Geralmente quando fazemos o uso da especificação das janelas, é necessário 
entender que tipo de janela é aplicada em relação à orientação solar e de ventilação, 
o que ajuda a entender, ainda durante o projeto, a relação de insolação e de ventilação 
associada à condição do tipo de ventilação.
A representação da mobília fica em função do que se pretende atingir com a planta. 
Não é um direcionamento muito comum para a obra, mas tem utilidade por exemplo 
em hospitais, hotéis, e outros tipos de funcionalidades institucionais, já que podem ser 
cobradas por órgãos reguladores, ou para uma análise mais específica, considerando 
as normas de um determinado setor.
As mobílias também são importantes no desenvolvimento da planta baixa, que 
embora seja opcional na maioria das vezes, podem ser colocadas na concepção do 
projeto para que consigamos dimensionar a relação dos layouts com a condição de 
circulação, também relevantes em algumas edificações institucionais.
O norte geográfico é essencial para posicionar a edificação no terreno e desenvolver 
possíveis análises da incidência solar e do conforto térmico.
As paredes e divisórias e seus posicionamentos são de indiscutível importância na 
colocação da planta baixa, no entanto é importante que estes estejam representados 
no modo que serão executados, considerando inclusive a espessura do tijolo e a 
espessura do revestimento e de sua composição; nos casos em que utilizamos 
diferentes tecnologias, é necessário fazer uso de legendas e outros artifícios para a 
correta representação. É comum, mesmo antes da elaboração do projeto estrutural, 
considerar o posicionamento das vigas e pilares, a fim de prever espaços para o 
posicionamento destes elementos, considerando escondê-los sempre que possível.
As portas são elementos indispensáveis tais como as esquadrias, e devem estar 
representadas na planta baixa. É importante também indicar suas dimensões e o 
sentido da abertura. O projetista deve pensar no seu posicionamento de modo a não 
atrapalhar o fluxo de pessoas.
Na projeção, há elementos não visíveis, que são elementos representados na planta 
baixa e se encontram abaixo de 1,5 m de altura a partir do plano de piso acabado, 
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porém quando o elemento é relevante para se compreender a edificação e a execução, 
deve ser representado mesmo que esteja escondido.
A representação sempre é feita com linhas tracejadas e pontilhadas para a 
diferenciação dos elementos visíveis e alguns elementos escondidos. Alguns exemplos 
de elementos escondidos são: marquise, sacada, alçapão e alvenaria sob bancada.
A representação de shafts são previstos para a passagem de tubulações hidráulicas, 
eletrodutos, e demais elementos que precisam atravessar os pavimentos, e é importante 
o planejamento para a facilitação da compatibilização entre os projetos, evitando 
futuras alterações no projeto arquitetônico.
Elementos textuais da planta baixa:
Entre eles temos o alinhamento predial em que a linha imaginária separa o terreno 
do passeio público, e é importante sua representação a fim de referenciar a posição 
correta da obra no terreno.
Cotas são as medidas que indicam as dimensões e distâncias dos elementos 
construtivos, e devem ser em quantidade suficiente para que não haja dúvidas nem 
ambiguidades sobre o local onde um elemento deve ser construído, além de dar 
informações essenciais para a dimensão.
Escala é a indicação de um fator de redução ou aumento do desenho em relação às 
dimensões reais, por exemplo: a escala indicada de 1:100 que 1 m na folha representa 
na realidade 1 m da edificação.
É necessário também fazer a indicação de rampas além dos seus níveis e dimensões, 
e indicar a inclinação das rampas, para facilitar a construção e para oferecer informações, 
evitando o surgimento de dúvidas. Da mesma forma devemos proceder com as 
informações da escada, que é um dos elementos mais emblemáticos da edificação, 
portanto, todo cuidado é pouco para especificá-las, e o ideal é que seja fornecido o 
máximo de informações possíveis, como por exemplo a altura dos espelhos, a largura 
do degraus, o número de degraus, níveis de patamares, entre outras informações.
Os níveis são outra importante informação sobre a altura do piso acabado em 
relação à referência escolhida, e usualmente adota-se o nível do terreno como sendo 
o nível 0 (zero).
Os pisos são geralmente representados em forma de textos ou símbolos e é 
necessário que sejam indicados para calcular os quantitativos e orçamentos da obra. 
Além disso, as áreas são utilizadas pela prefeitura para verificação dos critérios exigidos 
para aprovação do projeto e para o cálculo de áreas úteis.
10.4 – Planta e sua visualização a partir da inserção de plano de seção. 
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A planta precisa ser desenvolvida considerando que iremos passar um plano 
seccional à uma altura de 1,20 a 1,50 m, e sempretendo o sentido do plano voltado 
para baixo, de modo que passe em meio aos vãos de janelas e portas, consideramos 
que estamos passando em meio a paredes. A representação da linha da parede é 
a linha que veremos imediatamente no plano, e por conta disso ela acaba sendo 
representada com uma linha mais grossa, ao passo que as linhas dos peitoris são 
representadas, e a linha intermediária e as linhas de piso, por estarem mais distantes 
do plano seccional, devem ser representadas com linhas mais finas.
Percebe-se que pela representação do plano de secção (que nada mais é do que um 
corte), mas no sentido horizontal da construção, existe algumas possíveis interferências 
que são representadas acima, como por exemplo escadas que ficam em parte visíveis 
na parte de baixo e representadas por linhas pontilhadas acima do plano de corte. 
Considerando o sentido de visualização do observador de cima para baixo, acrescida 
de informações técnicas.
Figura 10: planta.
Fonte: http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/sites/16/2014/10/Representa%C3%A7%C3%A3o-Desenho-Arquitet%C3%B4nico.pdf.
Perceba que no desenho acima a planta contém apenas informações para delimitação 
de espaços, além das condições de posicionamento de aberturas (portas e janelas). 
Existe também a necessidade de posicionarmos as condições das peças sanitárias 
e áreas molhadas, o que dentro do jargão da arquitetura chamamos de “molho”.
Com essa etapa de projeto exige uma evolução de estudos, uma vez que se estabelece 
o layout final, e que partimos para as definições, como por exemplo a inserção das 
indicações como corte, nomenclatura dos ambientes, e suas respectivas áreas, assim 
como a indicação do tipo de acabamento no piso. É comum que nestas fases de 
colocação das cotas, façamos também a indicação das aberturas como portas e 
janelas, seja por medidas diretas locadas subsequentes à condição de desenvolvimento 
http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/sites/16/2014/10/Representa%C3%A7%C3%A3o-Desenho-Arquitet%C3%B4nico.pdf
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do desenho, ou por colocação de uma simbologia que possa ser compreendida em 
associação à uma tabela de esquadrias.
Figura 11: planta com informações dimensionais e indicações de cortes.
Fonte: http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/sites/16/2014/10/Representa%C3%A7%C3%A3o-Desenho-Arquitet%C3%B4nico.pdf.
Planta de locação (ou implantação) e cobertura:
É um tipo de locação de edificação que mostra onde a construção está localizada 
dentro do terreno, e indicada por cotas de amarração, além disso considera as distâncias 
do limite do terreno (muro, cerca viva, outra edificação, etc.) até o ponto inicial da obra. 
Neste tipo de planta podemos definir a locação, vegetação, calçadas, agenciamento 
etc., e buscamos cotar o que chamamos de “amarrando o terreno”. 
Na planta coberta, segue-se os mesmos procedimentos de cobertura, com a 
indicação das águas, a inclinação, e quantidade de águas da cobertura. Além disso, 
pode-se representar a projeção da construção, e indicar o tipo de telha e sua inclinação 
(%). A planta de locação e cobertura, em geral, é desenhada na escala de 1:100 ou 
1:200. Nela também é indicada a orientação (norte).
http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/sites/16/2014/10/Representa%C3%A7%C3%A3o-Desenho-Arquitet%C3%B4nico.pdf
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Figura 16: planta de implantação.
Fonte: http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/sites/16/2014/10/Representa%C3%A7%C3%A3o-Desenho-Arquitet%C3%B4nico.pdf.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
A planta de situação serve para o entendimento da locação de uma obra em relação 
ao local exato que ela ocupará no lote, e para isso normalmente se faz a obtenção 
de dados cadastrais da prefeitura em relação à quadra, de modo a demonstrar os 
recuos frontais, laterais e fundos.
São características deste tipo de planta:
Figura 17: características da planta de situação.
Fonte: autor.
http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/sites/16/2014/10/Representa%C3%A7%C3%A3o-Desenho-Arquitet%C3%B4nico.pdf
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Como exemplo temos:
Figura 18:
Fonte: http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/sites/16/2014/10/Representa%C3%A7%C3%A3o-Desenho-Arquitet%C3%B4nico.pdf.
ISTO ESTÁ NA REDE
O vídeo a seguir é interessante pois mostra a relação direta sobre o projeto em 
relação ao projeto de arquitetura.
NBR 6492 COMENTADA - COMO REPRESENTAR PROJETOS DE ARQUITETURA.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=uhHkaU-3aao.
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CAPÍTULO 11
VISTA E ELEVAÇÃO
Vimos que há uma condição de representação da épura que está diretamente 
associada à condição de entendimento de representação do objeto dentro dos sistemas 
de projeção, que chamamos planos de projeção, e com isso o posicionamento do 
observador é essencial para que se compreenda a noção de vista, e no caso do projeto 
arquitetônico, de elevação.
Para que consigamos entender este conceito é essencial a compreensão do que 
é uma vista, do ponto de vista normativo, e de como a norma entende ser crucial 
essa informação para o desenvolvimento do projeto arquitetônico, o qual contempla 
também a condição da elevação dentro do projeto arquitetônico.
11.1 – Distinção entre um corte e uma elevação.
Um dos primeiros pontos que todo profissional precisa saber é a compreensão 
e distinção do que é corte e elevação, e como é necessário fazer uso do plano de 
secção para confecção destes, e que em ambos utiliza-se o posicionamento em relação 
à vertical. No corte, o plano seccional passa exatamente ao meio do objeto a ser 
representado, e no caso da elevação, o plano é posicionado externo a este objeto. 
A própria Norma NBR 6492/1994 tem em seu item 3.4:
“Corte plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, 
seja no sentido longitudinal, seja no transversal. Nota: o corte, ou cortes, 
deve(m) ser disposto(s) de forma que o desenho mostre o máximo 
possível de detalhes construtivos. Pode haver deslocamentos do plano 
secante onde necessário, devendo ser assinalados, de maneira precisa, o 
seu início e fim. Nos cortes transversais, podem ser marcados os cortes 
longitudinais e vice-versa”. (NBR 6492, 1994, P.1).
Ao passo que o item 3.5 entende que fachada é:
“Representação gráfica de planos externos da edificação. Os cortes 
transversais e longitudinais podem ser marcados nas fachadas”. (ABNT/
NBR 6492, 1994, P.2).
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E no item 3.6 entende-se que as elevações são uma representação gráfica de planos 
internos ou de elementos da edificação, o que pode causar certa confusão por parte 
dos profissionais no uso dos termos. Sendo assim, em uma representação externa à 
composição, como a própria definição de norma, é necessário o uso do termo “fachada”.
Temos que olhar com atenção para o que a norma ABNT/NBR 6492 entende como 
recursos gráficos essenciais, para atender as fases e níveis de detalhamento do projeto, 
pois manifesta que a fachada deve ser usada como meio de documentar o projeto, 
considerando especificamente os requisitos de desenho, como por exemplo em seu 
item 5.3.2.5 - fachadas, que consta a obrigatoriedade de:
• simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta norma.
• eixos do projeto.
• indicação de cotas de nível acabado.
• escalas.
• notas gerais, desenhos de referência e carimbos.
• marcação dos cortes longitudinais ou transversais.
Vemos que a fachada é também parte integrante das diversas peças gráficas de 
composição do projeto e necessária para a compreensão do mesmo.
11.2 – Qual a função da fachada?
A fachadaé um elemento gráfico que deriva diretamente do desenvolvimento dos 
cortes, mais especificamente de quando fazemos a correlação entre as respectivas 
alturas dos elementos estruturais, e das indicações das aberturas. 
Os cortes além de fazerem a indicação dos elementos estruturais, permitem a 
conformação de como a cobertura ficará em sua estrutura. Assim, podemos referenciar 
os desenhos das inclinações dos telhados, e a conformação em relação à estrutura. 
A fachada também tem a função de fazer as indicações, especialmente para o 
referenciamento do tipo de acabamento e demais itens de composição da fachada, 
logo, tem grande importância para a determinação da composição.
Se a planta e os cortes lançam os aspectos dimensionais, e as indicações de 
simbologias, temos que entender que a fachada, em relação às demais peças gráficas 
que compõem o projeto, é de suma importância como instrumento de formalização 
da composição final da volumetria do projeto.
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11.3 – A indicação de fachadas.
Como peça gráfica, a fachada é na essência o plano vertical subjacente ao plano 
de representação da fachada. É necessário que seja feito o correto referenciamento 
do que será representado em planta, logo, devemos fazer uso de simbologias que 
permitem a correta indicação. Dentre as simbologias mais usuais, e que são indicadas 
pela norma NBR 6492 (1994, P.22), temos:
Figura 01: indicação de fachadas.
Fonte: NBR 6492 (1994, P.22).
Temos também a possibilidade de desenvolver a representação da seguinte forma:
Figura 02: indicação de fachadas.
Fonte: NBR 6492 (1994, P.22).
Embora haja esta recomendação por parte da norma, é muito comum que profissionais 
façam uso da condição de criar sua própria representação, de modo a personalizar 
as simbologias, de acordo com o padrão de seu escritório. 
11.4 – O entendimento na prática do projeto e uso de fachadas.
Um projeto de arquitetura é representado tomando por referência a pessoa que o vê, 
portanto deriva diretamente da capacidade de analisar, imaginar e desenhar o objeto, e, 
segundo o seu ponto de vista, especificar as melhores condições no dimensionamento 
das aberturas, das relações entre as paredes, das inclinações da cobertura, etc. Porém 
todos estes referenciados no plano de projeção horizontal, que passa imediatamente à 
frente do objeto, representam a edificação. A formalização da fachada está diretamente 
relacionada à condição de como entendemos o plano coincidente com o papel e a 
tela do computador.
O ponto de atenção é que a fachada trabalha em conjunto com as medidas colocadas 
na planta e com as condições colocadas em termos de altura no corte, o que demonstra 
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a necessidade de o profissional correlacionar, mesmo que de forma empírica, o plano 
de corte horizontal que passa pela planta, e o plano de corte vertical que passa pelo 
corte. Por isso, o profissional precisa dominar a tridimensionalização do objeto, ao 
mesmo tempo que domina a escala.
Em relação às linhas da fachada, é interessante que trabalhemos da mesma forma 
com a qual nosso olho está acostumado a ver na realidade: linhas mais próximas mais 
evidentes, e linhas mais afastadas menos evidentes; só que neste caso, devemos ter 
um plano de representação imediatamente relacionado à fachada, tornando-as mais 
“grossas” se comparadas às que estão mais afastadas.
Neste sentido, é necessário que se observe as espessuras que devemos manter 
nas linhas de contorno. No primeiro plano de representação da parede, a silhueta da 
figura é mantida em uma representação mais grossa do que a que está mais distante, 
em relação a um segundo plano, havendo assim uma gradação de mais grossa para 
mais fina, à medida que há afastamento deste plano. E pelas esquadrias estarem 
ligeiramente afastadas do primeiro plano, vemos que as representações das linhas 
das janelas e esquadrias também seguem esse modelo.
As representações das linhas que estiverem atrás da parede devem ter o 
posicionamento de uma “caixa d’água”, e as linhas de telhado devem ser representadas 
de forma tracejada.
11.4.1 - As fachadas no desenho arquitetônico.
A fachada é um dos componentes do projeto arquitetônico que tem a função 
primordial de visualizar as partes externas da edificação, e seus elementos componentes 
precisam ser planificados (sem deixar de lado a hierarquia dos volumes dos corpos 
da edificação).
Por não ter a função de conter as medidas, a fachada normalmente tem por função 
indicar os componentes como janelas, portas, sacadas, telhados e demais elementos 
externos que se fazem presentes, além disso é necessário que façamos uso da fachada 
para indicar tipos de materiais, acabamentos (sempre fazendo o uso de linha de 
chamadas). 
Buscamos correlacionar a especificação dos materiais, com o uso das indicações 
das linhas, por meio de espessuras, e também fazendo uso de certa condição cênica, 
usando os raios projetantes sobre a volumetria do projeto, criando assim um certo 
realismo, especialmente quando a fachada tem a função de apresentar o projeto. 
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Esta estratégia ajuda a salientar e dar profundidade à fachada, sempre seguido da 
orientação solar para dar realismo e expressar corretamente o volume.
figura 03 : fachada 
Fonte: https://blog.portaleducacao.com.br/as-fachadas-no-desenho-arquitetonico/.
Outro ponto a se observar é que sempre buscamos fazer uso de quantos planos 
de projeção forem necessários, para fazer a representação da fachada, em todas as 
orientações do projeto, e todas as faces.
ANOTE ISSO
Figura 04: requisitos da fachada.
Fonte: autor
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Se fizéssemos um paralelo com a caixa de vidro, teríamos:
Figura 05: a relação de plantas, cortes e elevações considerando uma casa.
Fonte: http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/sites/16/2014/10/Representa%C3%A7%C3%A3o-Desenho-Arquitet%C3%B4nico.pdf.
Planta de cobertura é uma forma de olhar a vista superior da obra, tornando 
necessário a representação de todos os detalhes relativos à cobertura, como:
a - Tipo de telha; 
b - Inclinação correspondente ao tipo de telha;
c - Indicar beiral, platibanda, rufos, marquises, caso seja necessário;
d - Determinar as cotas parciais e totais da edificação.
ANOTE ISSO
A nomeação das fachadas é outro importante ponto a ser observado. Ela 
preferencialmente segue a orientação geográfica da edificação no lote de inserção. É 
muito comum as denominações como sendo fachada norte, leste, oeste e sul, mas 
existe também a vontade do projetista em denominar por exemplo por números, 
sendo esta opção menos comum. Temos também a possibilidade de desenvolver 
esta nomeação considerando a definição de acessos, como a fachada frontal, fachada 
lateral direita e fachada lateral esquerda, ou mesmo a fachada posterior.
11.4.2 - Mas o que uma fachada deve conter?
O que devemos considerar na representação de elementos em fachadas:
11.4.2.1 - Janelas.
Deve-se estar sempre atento à representação correta e ao formato. São traçadas 
todas as linhas que identificam esquadrias, persianas, soleiras e suas divisões.
11.4.2.2 - Portas.
Deve-se atentar-se para os detalhes do tipo de porta, como: trabalho em folhas 
de porta, almofadas (desenho das portas), etc. Outro detalhe importante é a posição 
correta das molduras, soleiras e fechaduras a 1,00 m.
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É interessante que sejam representadas considerando os níveis a partir do solo, e 
eventuais soleiras, escadas ou outros elementos que façam conjunto com as portas.
11.4.2.3 - Revestimentos.
É um tipo de detalhe que pode ser específico para cada tipo de projeto. Podem ser 
representados por meio de hachuras, as quais expressamo tipo de material utilizado 
para enfeitar ou compor a fachada.
11.4.2.4 - Especificações.
É comum que as fachadas sejam representadas sem medidas, no entanto podemos 
complementar a informação sempre que necessário com especificações referentes aos 
tipos de acabamentos, revestimentos, e outras informações textuais que enriquecem 
o entendimento desses acabamentos.
11.4.2.5 - Detalhes compositivos.
Muitos profissionais buscam aumentar a expressividade da fachada adicionando 
desenhos de plantas e figuras humanas, mas suas condições de escala e dimensão 
vêm auxiliar a observação do desenho como um todo, assim como a presença de 
figuras humanas apoiam a interpretação do tamanho dos elementos da fachada e 
contribuem ainda mais para a humanização do desenho.
11.4.2.6 - Passo a passo para desenhar fachadas.
Podemos proceder com a construção dos desenhos da seguinte forma:
Fonte: autor.
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Este método é rápido, e seu referenciamento ajuda a não cometer erros nas medidas. 
Devido ao fato de o desenvolvimento de plantas e cortes ser normalmente representado 
na escala 1/50, é comum que a fachada siga esta orientação de escala.
Na essência, o método tem a condição de apoiar o design da fachada já que faz parte 
do planejamento da obra, e do detalhamento das fachadas principais da edificação.
Por meio da representação dos elementos arquitetônicos e estruturais, como 
esquadrias, platibandas, lajes em balanços, muros, entre outros elementos, que se 
consegue desenvolver o design da fachada. 
ANOTE ISSO
Em termos de representação, a fachada faz parte dos serviços que devem ser 
apresentados junto com o projeto arquitetônico, sendo aplicada até para novas 
edificações como reformas (inclusive nesse caso é ainda mais importante já que 
faz parte da reformulação da edificação). Para fins documentais é importantíssimo 
que seja apresentada junto com os projetos de aprovação, na prefeitura.
Um dos primeiros pontos de importância da fachada é a representação estática, 
já que ela é a um cartão de visita do imóvel, e isso pode ser uma característica 
determinante para que o contratante consiga entender as soluções adotadas, 
e consiga comprar a ideia compositiva, podendo assim atrair clientes para o 
desenvolvimento do comércio da edificação. Mesmo em moradias, a fachada 
exerce grande impacto sobre a satisfação do usuário, e consequentemente na sua 
qualidade de vida.
Independentemente da simplicidade da edificação, a fachada deve receber um 
cuidado especial por parte do profissional, e a aparência e os acessórios utilizados 
podem ser a expressividade da personalidade estética, e podem deixar transparecer 
a essência da edificação e de seus futuros moradores.
Outra importante função da fachada além da estética, é que ela pode ser usada 
como elemento de conforto por usuários da edificação. Considerando a orientação 
solar, o posicionamento desta pode ser determinante para o tipo de acabamento, 
tipo de esquadria, e quantidade de aberturas e o tipo de abertura correta, para fins de 
ventilação e insolação nas épocas que estas sejam determinantes.
É relevante também na questão do conforto, quando o posicionamento das 
aberturas levam em consideração a poluição sonora do entorno imediato, propondo 
assim, barreiras (vegetação) para filtrar o alto ruído derivado de vias de alto fluxo, e 
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a determinação de janelas com tratamento antirruído ou com isolamento acústico 
condizente.
ISTO ESTÁ NA REDE
Como representar os planos externos do seu projeto?
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=kZDkzDDkdT0.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O vídeo mostra como fazer uma representação de uma FACHADA FRONTAL.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=_JXlUdTCIMQ.
https://www.youtube.com/watch?v=kZDkzDDkdT0
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CAPÍTULO 12
CORTES E DETALHAMENTOS
Quando estamos desenvolvendo um projeto arquitetônico, grande parte das 
informações construtivas são passadas pelos cortes, informações cruciais estas 
referentes aos elementos estruturais, espessuras de materiais, e a relação dos “encaixes” 
entre esses materiais. Por esse motivo, é muito importante que façamos a verificação 
dos pontos específicos sobre o detalhamento.
12.1 - O que os cortes devem demonstrar? 
Para a confecção dos cortes, normalmente fazemos uso das plantas para indicar 
os lugares nos quais precisamos passar informações acerca de alturas, espessuras, 
e as relações entre elas.
É comum desenvolvermos os cortes quando temos por exemplo aberturas, peitoris, 
escadas, rampas, entre outros elementos que precisam das informações sobre alturas, 
ângulos, e outras medidas que consigam demonstrar essas alturas.
12.2 - O plano vertical de secção.
Se a planta fornece as condições de desenvolvimento para os dimensionais 
horizontais, os cortes demonstram as alturas, o que, de certo modo, são tridimensionais 
à espacialidade do ambiente.
Existe alguma regra para a inserção dos planos verticais no corte?
Em termos de percepção do plano de corte, temos:
Figura 01: representação do plano de corte.
Fonte: http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/sites/16/2014/10/Representa%C3%A7%C3%A3o-Desenho-Arquitet%C3%B4nico.pdf.
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É importante que sejam indicados quantos sucessivos cortes forem necessários, 
para a compreensão dos aspectos dimensionais verticais, visto que tudo que passa 
pelo plano está representado em verdadeira grandeza.
Figura 02: plano vertical de secção.
Fonte: https://docente.ifrn.edu.br/joaocarmo/disciplinas/aulas/desenho-arquitetonico/representacao-de-projetos.
Perceba que pela figura 01 os cortes trazem uma série de informações cruciais, 
como por exemplo a inclinação do telhado, os elementos estruturais e de vedação, a 
relação do espaço no qual o plano seccional está direcionado, etc.
Figura 03: Posicionamento do corte e a condição de visualização do corte.
Fonte: https://docente.ifrn.edu.br/joaocarmo/disciplinas/aulas/desenho-arquitetonico/representacao-de-projetos.
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Para se entender um corte, a figura 02 mostra o posicionamento de um observador e 
as condições pelas quais o corte passou, como por exemplo o plano seccional passando 
pela porta e janela, e todas as paredes que estão relacionadas a estes elementos. Por 
uma questão didática, as paredes estão representadas em preto, pois estão diretamente 
ligadas ao plano seccional, e quando planificadas precisam estar representadas em linhas 
mais grossas, e as esquadrias (portas e janelas) estão representadas por linhas mais finas. 
As seções e cortes podem ser obtidos por planos de secção vertical, que interceptam as 
paredes, janelas, portas e lajes, com a finalidade de permitir esclarecimentos que facilitem 
a execução da obra, em especial considerando as alturas.
Mas é normal que o profissional estabeleça mais de um plano seccional, considerando 
todos os elementos que precisam ser representados nas alturas, logo, é comum colocarmos 
cortes, tanto no sentido longitudinal como no transversal, para fins de conseguir pegar 
o maior número possível de elementos que precisam ter as alturas e as espessuras 
representadas, tais como portas, escadas, etc.
Há especial atenção por parte dos profissionais para indicar estes cortes, passando 
por áreas molhadas, as quais possuem diferenciação de alturas, de níveis dos pisos, 
de elementos hidráulicos, entre outros, que sejam necessários para a compreensão da 
execução da obra.
ANOTE ISSO
Por este motivo, quase sempre um projeto pode apresentar pelo menos dois cortes 
ou seções, que podem ser feitos no sentido longitudinal e transversal. Os cortes são 
bons para a representação, considerandoos seguintes aspectos:
Figura 04: o que deve ser considerado no corte.
Fonte: autor.
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12.3 – A representação técnica de corte.
Conhecendo os fundamentos dos planos seccionais de um corte, é necessário 
voltarmos ao entendimento de quais efetivamente precisam ser representados por 
linhas mais grossas, e quais linhas precisam ser representadas por linhas mais finas, 
e com qual finalidade devemos desenvolver essas coisas, para que o projeto tenha o 
correto entendimento em obra, refletindo sobre a execução.
Uma vez estabelecido o plano seccional a partir da planta, ele fica diretamente 
ligado à necessidade de representar as alturas e espessuras dos materiais. É crucial 
que façamos a distinção das espessuras dos materiais que estão diretamente ligados 
ao plano de seção, para conseguir indicar quais são os elementos estruturais e quais 
não são da vedação, além de elementos como as esquadrias e portas.
É comum que os profissionais coloquem, a partir da planta, a indicação dos elementos 
como vigas (baldrame e de laje), com indicação do material, usando linhas mais grossas, 
e depois indiquem as paredes de vedação, com linhas ligeiramente mais finas, ao 
mesmo tempo que estão indicadas as alturas de esquadrias como portas e janelas. 
É interessante colocar as linhas que estão distantes dos planos seccionais, e que 
são representadas por linhas ligeiramente mais finas. 
Vemos na figura 05 que essa parte da cobertura também tem a representação das 
linhas considerando os planos seccionais, o que está imediatamente relacionado ao 
plano de secção. Elas seriam representadas com linhas mais grossas, e as que estão 
distantes com linhas mais finas.
 
Figura 05: cortes longitudinal e transversal.
Fonte: http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/sites/16/2014/10/Representa%C3%A7%C3%A3o-Desenho-Arquitet%C3%B4nico.pdf.
Devido ao fato de o corte ser necessário para indicar níveis e alturas, é crucial que 
o mesmo tenha o amparo de cotas indicadoras das respectivas alturas, além das 
diferenças de níveis, tanto em termos de desenho, como em termos de representação 
da simbologia, conforme previsto na ABNT. Muitos profissionais também fazem uso 
da indicação de nomenclatura dos ambientes, de modo a facilitar a leitura do desenho 
no momento em que o mesmo encontra-se usado em obra.
Como desenvolver o corte?
O domínio dos planos verticais que podem seccionar o objeto é a parte primordial do 
projeto, usando o desenvolvimento dos planos transversais ou longitudinais do projeto.
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Devemos posicionar a linha de corte na planta baixa, que deve ter obrigatoriamente 
uma orientação de sentido para desenvolver o corte que precisa ser representado.
Figura 06: fazendo o corte no método de sobreposição do papel em relação à indicação do corte.
Fonte: https://docente.ifrn.edu.br/joaocarmo/disciplinas/aulas/desenho-arquitetonico/representacao-de-projetos.
A escolha do posicionamento do corte deve obrigatoriamente apresentar os objetos 
cortados e a espessura representada. Todo corte é desenvolvido considerando a escala 
da planta baixa.
Pressupõe-se que a planta esteja finalizada no momento do desenvolvimento do corte, 
sendo que o corte inicia-se pela indicação da linha de terra sobre a qual a edificação 
será colocada. Através de linhas prolongadas do plano seccional da planta, começamos 
a traçar as diretrizes para a confecção do corte, que neste caso denominamos linhas 
de chamadas, sobre as quais podemos marcar as alturas correspondentes.
No passado, o desenho era efetuado sobre um papel; hoje é necessário desenvolver 
o desenho assistido por computador, considerando a linha de referência do corte e 
do prolongamento, para a estrutura do corte.
Figura 07 : Desenvolvendo o corte.
Fonte: https://docente.ifrn.edu.br/joaocarmo/disciplinas/aulas/desenho-arquitetonico/representacao-de-projetos.
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Quando estamos desenvolvendo um corte, é interessante que façamos a indicação 
de algumas partes da edificação, principalmente ao fazer uso de jargões, como por 
exemplo:
Cumeeira: a parte mais elevada da edificação, relacionada à cobertura ou ao encontro 
de águas do telhado. É comum fazer o desenho dos elementos estruturais da cobertura.
Beiral: a parte em que o telhado se projeta para além da edificação, e tem a função 
primordial de proteger contra a chuva e sol, seguindo a inclinação do telhado.
Embasamento: é a diferença entre o nível do terreno e o piso da edificação, tendo 
uma relação entre os níveis que compõem a edificação e o resto do terreno.
Pé-direito: é considerado a altura entre o piso até a parte mais alta da parede ou 
forro, ou parte mais baixa do telhado.
Peitoril: parte inferior da janela até o piso, sendo medida em relação ao nível do 
piso interno.
Verga: é considerada a parte de cima de uma janela ou porta, normalmente para 
dar suporte ao vão, sendo de opção do profissional o uso de elementos estruturais 
para fazer tal função.
Água: porção do telhado que se inclina, e tem este nome justamente para indicação 
da inclinação.
Figura 08: uso de termos técnicos e a confecção dos cortes.
Fonte: adaptado de Fonte:https://docente.ifrn.edu.br/joaocarmo/disciplinas/aulas/desenho-arquitetonico/representacao-de-projetos.
12.4 – Uso de linha e a representação de cortes: 
Precisamos fazer o referenciamento em relação aos planos de corte. As espessuras 
aqui indicadas consideram a escala de 1:50, que representa a maioria dos projetos.
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ANOTE ISSO
Linhas Sua especificação 
Linhas de contorno 
– Contínuas: usadas 
geralmente para 
representação de paredes, 
habitualmente colocadas 
em espessuras de ± 0,6 
mm.
Linhas internas – 
Contínuas: usadas para a 
representação de móveis, 
esquadrias etc., ± 0,4 mm.
Linhas situadas 
além do plano do 
desenho - utilizadas na 
representação de objetos 
que
estão por trás do plano de 
desenho.
Linhas situadas além 
do plano do desenho 
– Tracejadas com 
mais ou menos ± 0,2 
mm, utilizadas na 
representação de objetos 
que estão por trás do 
plano de desenho.
Linhas de eixos ou 
coordenadas: fazem 
uso de linha e ponto 
e são utilizadas na 
representação dos eixos 
de elementos, como por 
exemplo, a modulação 
estrutural da edificação 
com ± 0,2 mm, cujos eixos 
são desenhados com 
traços longos e espessura 
inferior às linhas internas.
Linhas de cotas – 
Contínuas: Utilizadas na 
construção das linhas de 
base, que sustentam os 
textos das cotas, com ± 
0,2 mm.
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Linhas auxiliares – 
Contínuas: Utilizadas na 
construção de desenhos, 
guias de letras e números, 
com traço o mais leve 
possível, com ± 0,1 mm.
Linha de silhueta – Traço 
e ponto: Utilizada na 
representação de objetos 
que estão situados por 
trás do plano do desenho, 
com ± 0,2 mm.
Linha de interrupção de 
desenho – Linha em 
zigue-zague: Utilizada na 
representação de quebras 
ou rupturas no desenho, 
com ± 0,2 mm.
Fonte: adaptado da norma ABNT/NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenho – tipos de linhas – largura das linhas.
ISTO ESTÁ NA REDE
O link abaixo mostra quais são os requisitos essenciais para o desenvolvimento dos 
cortes, assim como os procedimentos e especificações das linhas.
Acesse o link: https://www.vivadecora.com.br/pro/corte-de-planta-baixa/.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O vídeo mostra de forma simplificada a condição de desenvolvimento de um corte 
fazendo uso tradicional de uma lousa branca, com diferentes cores de canetas para 
facilitar a compreensão do desenvolvimento de cortes.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=1SiKzLRKceI.
https://www.vivadecora.com.br/pro/corte-de-planta-baixa/
https://www.youtube.com/watch?v=1SiKzLRKceIDESENHO TÉCNICO
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CAPÍTULO 13
DESENHO 2D EM AUTOCAD
Se hoje temos disponíveis aplicativos que auxiliam no desenvolvimento do desenho 
por computador, precisamos os encarar como uma ferramenta da mesma forma que 
usamos uma lapiseira ou uma régua ou um esquadro, já que são ferramentas que 
auxiliam no processo de desenvolvimento das peças gráficas do projeto arquitetônico.
Mas porque devo estudar primeiro os fundamentos do desenho técnico ao invés 
de fazer o estudo direto dos aplicativos? 
É importante incorporar primeiro os requisitos normativos de desenho, muitos deles 
criados primeiramente para o desenho à mão, para depois fazer o uso de ferramentas. 
Só depois o computador e os aplicativos são efetivamente encarados como ferramentas.
Seguimos os requisitos normativos para que a nossa representação confira ao 
desenho uma universalidade, e para que seja passível de interpretação aos profissionais 
envolvidos no processo de construção, e compreensível a todos.
O processo de desenvolvimento do projeto vem passando por inúmeras inovações 
desde a chegada do computador nos escritórios de arquitetura e engenharia, o que visa 
o ganho de produtividade, a melhoria dos processos de representação, e a armazenação 
de uma série de informações acerca do projeto e seu histórico. Neste sentido, as 
ferramentas CAD/CAM auxiliam os profissionais de projeto no ganho de produtividade, 
ao mesmo tempo que permitem uma uniformização do desenho dentro da linguagem 
eletrônica e impressa.
13.1 - O que significa CAD/CAE/CAM? 
O que significa CAD/CAM?
É a sigla mais usada na área de engenharia e arquitetura, serve para sistemas 
computacionais que auxiliam os desenhos assistidos por computador (Computer 
Aided Design), e são recursos computacionais para auxiliar a criação, a modificação, 
a análise e a otimização de um projeto.
Na mesma época em que a sigla CAD começou a fazer parte dos processos de 
arquitetura e engenharia, foram lançados aplicativos no mercado que também auxiliavam 
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no processo de design em outras áreas, e eram mais direcionados à engenharia e 
suas especificidades, como é o caso do CAE – Engineering (engenharia) e do CAM – 
Manufacturing (manufatura). Logo, as ferramentas de apoio do processo de desenho 
cumpriram um foco de atuação e se direcionaram para propósitos específicos, tendo 
ferramentas específicas para as respectivas áreas de atuação. Esses softwares foram 
inicialmente criados para o design de máquinas industriais, nos anos 70.
Hoje existe no mercado uma série de aplicativos que possuem o intuito de favorecer 
o processo de projeto, e dentre eles podemos citar um dos mais populares, o AutoCAD. 
A adesão do mercado a tal aplicativo se dá pelas suas constantes atualizações, que 
criam facilidades para agilizar os processos de projeto, como peças de desenho técnico 
em duas dimensões, e modelos tridimensionais. Enquadram-se também dentro da 
sigla CAD, aplicativos como: Inventor CAM, SketchUp, SolidWorks, 3DS Max, Maya, 
Revit, Civil 3D.
Mas a evolução dos processos de projeto, e da dinâmica colaborativa que eles têm 
exigido entre diversos profissionais, têm forçado o mercado a trabalhar cada vez mais 
com informações incorporadas aos processos, criando uma nova metodologia de 
trabalho, a BIM (building information modeling), que é a modelagem CAD associada 
à parametrização dos processos de desenho, o que confere a exatidão típica dos 
sistemas CAD à condição de favorecer o gerenciamento das informações.
13.1 – Qual a vantagem do uso do CAD?
Como vimos, as plataformas CAD são na verdade ferramentas de auxílio ao desenho 
por meio de tecnologia computadorizada, cujo foco é no produto e na documentação 
das fases do projeto. Originalmente, as ferramentas CAD/CAM vieram no sentido de 
automatizar os processos de elaboração do desenho técnico, mais especificamente o 
desenho técnico 2D (desenho plano), buscando a aplicação das diversas informações 
do projeto, dos requisitos normativos, e dos aspectos essenciais do projeto (como 
dimensões, ajustes, tolerâncias, materiais e acabamento).
Mas qual seria o ganho de produtividade em relação ao desenho à mão?
Quando desenvolvemos o projeto à mão, temos o inconveniente de ter a necessidade 
de desenvolvimento de grande parte do desenho ou do desenho como um todo, e, a 
qualquer modificação, confere um grande gasto de energia e dispêndio de horas de 
trabalho. 
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Com o advento das tecnologias CAD/CAM tivemos um ganho expressivo no processo 
de criação e otimização do tempo, o que liberou o profissional para o desenvolvimento 
do projeto na parte da criação, modificação e ajustes e reajustes. Assim, houve uma 
expressiva melhora no processo do projeto, com ganho de produtividade.
Pelo desenho ser na maioria das vezes compartilhado com outros profissionais de 
projeto e de obra, é necessário entender que também houve ganho significativo na 
contribuição dos processos comunicacionais, além de que houve a criação de uma 
base eletrônica e banco de dados para o desenvolvimento de edificações.
13.1.1 - Vantagens do uso da ferramenta 2D.
Vimos que boa parte dos requisitos normativos do desenho é derivada do processo 
de projeto e desenvolvimento do desenho feito à mão. Esse desenho era desenvolvido 
somente numa folha, sendo que um “erro” ou “falha”, dependendo da técnica utilizada 
(nanquim, por exemplo), poderia inviabilizar o término do mesmo.
Os sistemas CAD foram criados para o desenvolvimento do desenho por camadas, 
ou melhor, por conjuntos de informações, que poderiam ser agrupadas de modo a 
conter a mesma especificação de linha, cor, espessura etc., o que demonstra que 
dependendo do tipo de informação a ser trabalhada, pode-se isolar as demais em 
detrimento de apenas uma que precisa ser modificada.
Pela condição de conseguir diferenciar os tipos de layers (camadas), é possível 
dotar as informações em específico para a condição da parte do desenho que se 
deseja modificar.
No desenho 2D podemos condicionar a criação de layers com atributos específicos, 
fazendo “sistemas construtivos” ou sistemas auxiliares, em termos de desenho (parede, 
esquadria, etc.). 
Os sistemas CAD trabalham essencialmente com a condição vetorial para o 
desenvolvimento do 2D. Podemos referenciar o projeto em um sistema de coordenadas 
relativas, e assim entender que qualquer desenho pode em seus pontos ser referenciado 
na relação entre o “X” e “Y” do sistema computacional.
Os sistemas CAD são de amplo uso nos diversos tipos de indústrias, mas tem 
mais uso nas áreas de arquitetura e engenharia, por possuírem diversas rotinas que 
garantem o expressivo incremento da produtividade, além de permitir uma impressão 
de maior qualidade do desenho e processos correlacionados. 
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Este processo de projeto, em auxílio ao CAD, denomina-se PDM (Product Data 
Management), já que é diretamente ligado à condição de gerir melhor as documentações 
de um projeto e permitir maior controle sobre o produto que está sendo desenvolvido.
O CAD é um grande facilitador do processo de projeto, pois permite essas quatro 
principais propriedades:
• Manter o histórico de desenvolvimento do projeto;
• Corrigir a especificação e precisão da informação;
• Ajudar na parametrização dimensional do projeto;
• Auxiliar na aplicação de restrições que garantem que o processo do desenho 
atenda precisamente ao projeto, mitigando erros que possam se direcionar à 
obra. Tais restrições estão associadas à determinação de dimensões da própria 
conformação do projeto, e dos diferentes elementos de modelagem que envolvem 
o projeto.
13.1.2 - Vantagens do uso do sistema CAF como ferramenta 3D.
Os sistemas CAD não foram criados somente para a abordagem de sistemasde 
coordenadas “X” e “Y”, pois possuem, entre suas funcionalidades, a possibilidade 
de desenvolvimento de desenhos de modelagem em 3D. Estes softwares são um 
auxílio para a melhor representação dos trabalhos desenvolvidos, possibilitando uma 
verificação 3D com relação ao mesmo, logo, é a inserção de um terceiro eixo “Z”, que 
permite a condição de entender o processo de projeto.
• Os benefícios que o 3D traz ao projeto:
• Melhor visualização do produto e comunicação entre as equipes de design;
• Remoção de atualizações manualmente;
• Redução de erros com verificação de interferência e colisão;
• Facilidade na reutilização de modelos existentes;
• Aceleração de ciclos de desenvolvimento por meio de testes virtuais e otimização;
• Aumentos expressivos da produtividade de projetos para fabricação;
• Auxílio na identificação e criação de listas de materiais, além do gerenciamento 
de dados.
13.2 - Usando o Autocad.
A ferramenta de Autocad é uma das mais populares disponíveis no mercado. É 
interessante que tenhamos um certo entendimento de como fazer sua utilização.
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Hoje é necessário um computador que possua as seguintes configurações mínimas:
• Processador com clock de 2.5 GHz a 2.9 GHz;
• 8GB de memória RAM;
• Placa de vídeo com GPU de 1GB;
• Pelo menos 6GB de HD (para instalar o software).
Tais recomendações são do fabricante do aplicativo. Como tais aplicativos direcionam-
se à exploração da interface gráfica, muitas vezes os computadores apresentam melhor 
desempenho quando auxiliados por uma placa de vídeo em apoio à configuração, em 
especial quando necessitamos fazer uso da interface 3d.
É interessante que consigamos desenvolver um pouco do entendimento da interface 
deste tipo de aplicativo, para que consigamos direcionar melhor as ações de uso 
quando o adotamos como ferramenta auxiliar de apoio ao desenho.
O fabricante do Autocad permite o uso de versões para estudantes quando vinculados 
a instituições de ensino, mas apresenta assinatura anual quando é usado para fins 
profissionais.
Figura 01: o aplicativo AutoCad.
Fonte: https://www.autodesk.com.br/products/autocad/overview?term=1-YEAR&tab=subscription.
Ao abrir o aplicativo na área de trabalho de seu computador, uma das primeiras 
telas que aparecerão será a condição de desenvolvimento da abertura de um arquivo 
que tem especificidade.
Figura 02: o aplicativo AutoCad.
Fonte: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-
cad/4577026.
Na aba “start” temos as funcionalidades da parte inicial do aplicativo, como por 
exemplo:
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“Get start” contém o ícone “start drawing” (comece a desenhar) que direciona ao 
início de um novo desenho.
“Recent documents” (documentos recentes) consta a lista de documentos que 
foram abertos recentemente.
“Notifications” (notificações): mostra as notificações do autocad.
Figura 03: Painéis.
Fonte: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-
cad/4577026.
“Barra de títulos”.
É possível perceber que ao abrir o primeiro arquivo, conforme template do próprio 
Autocad, ele recebe o nome de drawing e a sua extensão é em “.dwg”, o que significa 
a extensão do arquivo que será salvo. No entanto este não é o único padrão gerado 
pelo Autocad, sendo um padrão que dá os atributos de trabalhar os arquivos de forma 
vetorial. Existem outros aplicativos que podem gerar a extensão .dwg, e nem todo 
arquivo .dwg é gerado pelo Autocad.
Drafting & annotation: é nesta seção que iremos escolher o formato da área 
de trabalho (workspace) e como gostaríamos de trabalhar no Autocad. Para isto, 
precisamos fazer a configuração com o botão esquerdo do mouse, para que a seguinte 
janela seja aberta com as opções de drafting & annotation:
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
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Figura 04: drafting & annotation.
Fonte: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-
cad/4577026.
“Janela de comandos” - é a parte em que o Autocad possui os comandos que usamos, 
e que são acessados por meio de ícones, digitados na barra de comando e acessados 
por atalhos que aceleram o processo de projeto, algo que muitos profissionais entendem 
ser a maneira mais rápida de desenvolver o projeto.
“Barra de menu suspenso” - possui todos os comandos do Autocad separados por 
função, e pode ser habilitada apenas colocando na barra de comando “MENUBAR”, 
seguido da opção 01.
“Ribbons” - são considerados atalhos para os comandos que estão disponíveis na 
barra de menu suspenso. Cada ribbon está relacionado à uma função do Autocad, 
e podemos fazer ajustes em “ribbon modify” no menu suspenso, mesmo lugar onde 
podemos ver a disponibilidade do ribbon draw.
“Área de trabalho” - é todo o espaço que podemos ter para o desenvolvimento do 
desenho.
“Barra de status” - nela estão contidos diversos recursos do Autocad, os quais devem 
ser mostrados na forma de ícones, que podem ser exibidos conforme a preferência 
do profissional, acessando a opção “customization”.
Figura 05: customização da área de trabalho.
Fonte: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-
cad/4577026.
Abrindo e salvando arquivos:
Ao abrir os arquivos, é possível notar que o Autocad possui uma série de ícones 
que são acessados na barra de títulos com o nome de drawing1.dwg, e apresenta a 
interface do Autocad. 
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
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Em muitos casos, podemos trabalhar com mais de um arquivo, ou mesmo abrir 
um arquivo já salvo em nosso computador, após abrir o Autocad.
Temos como acessar estas opções por meio do Autocad, e podemos reparar que 
na barra de títulos é possível acessar os ícones apresentados da seguinte forma:
Figura 06: ícones para abertura de arquivos.
Fonte: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-
cad/4577026.
“New”:
Ao clicar em “new”, temos como ação direta a abertura de uma janela, e a opção de 
renomear o novo arquivo; após o “click” podemos acessar outros menus em cascata, como 
por exemplo o “open”. O cuidado aqui é setar para o sistema métrico (sistema internacional).
Figura 07: open.
Fonte: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-
cad/4577026.
“Open”:
Quando acessamos o open temos uma nova janela que se abre, e com ela podemos 
escolher o local onde se encontra o arquivo que desejamos abrir.
Figura 08: Local de salvamento eabertura de arquivo.
Fonte: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-
cad/4577026.
“Save”:
Quando estivermos em meio ao desenvolvimento de um arquivo, é necessário que 
de modo cuidadoso façamos o salvamento do arquivo para fins de evitar problemas 
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
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em relação ao computador, ou mesmo para manter o arquivo atualizado com a última 
versão. Sempre terá a raiz de referência para o salvamento que também pode ser 
configurado como automático.
Figura 09: local de salvamento.
Fonte: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-
cad/4577026.
ANOTE ISSO
Existe uma possibilidade, considerando a necessidade de uma salvamento 
automático, de gerar um arquivo com o mesmo nome do original, mas com a 
extensão “.bak”, que nada mais é do que uma versão backup, no mesmo local onde 
o arquivo original está salvo.
O arquivo poderá ser novamente acessado se renomearmos com a extensão “.dwg”, 
o que facilita a vida dos profissionais envolvidos no projeto, e também gera ganho 
expressivo de tempo. 
ISTO ESTÁ NA REDE
O seguinte site apresenta a interface do Autocad, direto de um fabricante:
https://knowledge.autodesk.com/pt-br/support/autocad-lt/learn/caas/qsarticles/
user-interface.html.
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-grande-do-sul/desenho-tecnico-ii-c/aula-01-01-apresentando-a-interface-do-auto-cad/4577026
https://knowledge.autodesk.com/pt-br/support/autocad-lt/learn/caas/qsarticles/user-interface.html
https://knowledge.autodesk.com/pt-br/support/autocad-lt/learn/caas/qsarticles/user-interface.html
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CAPÍTULO 14
ABNT/NBR 9050
Uma vez que se compreende os aspectos essenciais do desenho universal, podemos 
buscar o aprofundamento da norma de acessibilidade ABNT/NBR 9050, verificando 
que ela objetiva estabelecer os requisitos gerais de acessibilidade pela indicação e 
demonstração de requisitos dimensionais, e de como podemos fazer uso deste tipo 
de informação para aplicação direta no desenho de nossos projetos de arquitetura e 
engenharia.
Foi publicada a última versão da Norma ABNT NBR 9050 em 2020 que trata sobre 
acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos, e estabelece 
critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, 
instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de 
acessibilidade.
14.1 - Escopo da norma ABNT/NBR 9050.
Quando nos referimos a escopo, precisamos entender que ele é o conjunto de 
informações que precisam ser abordadas e direciona a meta final que se pretende 
atingir.
A ABNT/NBR 9050 estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados 
no projeto de construção, e procede à instalação e adequação dos edifícios urbanos 
às condições de acessibilidade. 
Para estabelecer esses critérios e parâmetros técnicos, e os aspectos dimensionais 
essenciais para o projeto, a norma estabelece diferentes condições de mobilidade, 
detalhes construtivos e dimensionais, diretamente aplicados no ambiente, que precisam 
ser considerados para atender uma ampla faixa de biotipos, incluindo ou não dispositivos 
na ação dos usuários, como próteses, suportes, equipamentos, cadeiras de rodas, 
bengalas, sistemas de escuta assistida, ou qualquer outro para complementar as 
necessidades individuais de limitação de locomoção, ou algum tipo de restrição nos 
usos dos sentidos.
Assim sendo, a norma ABNT/NBR 9050 visa proporcionar o uso autônomo, 
independente e seguro dos ambientes, edificações, móveis, equipamentos e elementos 
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urbanos ao maior número de pessoas possível, independentemente de idade, altura 
ou limitação de mobilidade e percepção.
Mas é importante salientar que ela é aplicada somente a ambientes de amplo 
uso, e alguns lugares que têm a obrigatoriedade de atender à acessibilidade nos 
seus espaços comuns, como edifícios, equipamentos e ambientes urbanos, prédios 
residenciais multifamiliares, condomínios e moradias. Enquanto outros lugares ficam 
isentos das obrigações e requisitos da norma, como áreas de serviço técnico, e áreas 
restritas (como casas de máquinas, passagens técnicas, barriletes, etc.).
Todos os espaços de edificações mobiliárias e equipamentos urbanos projetados, 
construídos, montados e implantados, bem como reformas e ampliações de prédios 
e equipamentos urbanos, atendem ao disposto nesta norma.
14.2 - Outras referências normativas.
A norma ABNT NBR 9050/2020 vem sendo atualizada em média a cada 5 anos, 
para incorporar novos requisitos normativos, e para considerar a atualização de outras 
normas que podem direta ou indiretamente interferir nos requisitos estabelecidos, 
pois muitos de seus critérios e parâmetros técnicos quanto ao projeto, construção, 
instalação, adaptação e condições de acessibilidade no meio urbano e rural, também 
se amparam em outras normas.
Não é uma norma que se isola nela mesma, e, sempre que necessário, temos 
que recorrer a outras normas que expõem informações relevantes sobre sistemas 
específicos, como iluminação, rotas de fuga, entre outros. O profissional deve ter 
o discernimento de quando fazer o uso de outras normas e em quais momentos 
considerar especificamente os requisitos contidos na ABNT/NBR 9050.
Podemos citar a título de exemplificação, outras normas que estão citadas dentro 
da norma de acessibilidade:
• ABNT NBR 9077: saídas de emergência em edifícios;
• ABNT NBR 10898: sistemas de iluminação de emergência;
• ABNT NBR 11003: tintas ‒ determinação da aderência;
• ABNT NBR 11785: barra antipânico ‒ requisitos;
• ABNT NBR 13434 (todas as partes): sinalização de segurança contra incêndio 
e pânico;
• ABNT NBR 14718: guarda-corpos para edificação;
• ABNT NBR ISO 9386 (todas as partes): plataformas de elevação motorizadas 
para pessoas com mobilidade reduzida ‒ requisitos para segurança, dimensões 
e operações.
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14.3 - Relação entre “acessibilidade” e “acessível”.
É comum entre os profissionais de arquitetura e engenharia haver uma certa 
dificuldade na compreensão do uso de termos como “acessibilidade” e “acessível”, 
assim dos termos “adaptável” e “adaptado”. Você sabe a diferença entre eles e quando 
fazer o uso deles dentro do contexto da norma?
A própria norma nos dá o indicativo de quando usar. Se tomarmos por referência 
o item 3.1.1 da norma ABNT NBR 9050:2020, podemos amparar o conceito de 
acessibilidade da seguinte forma:
“Acessibilidade: possibilidadee condição de alcance, percepção e entendimento 
para a utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos 
urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas 
e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso 
público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa 
com deficiência ou mobilidade reduzida”. (ABNT NBR 9050:2020, p.2).
E na sequência coloca “acessível” como sendo:
“Espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação 
e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, ou elemento que possa ser 
alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa”. (ABNT NBR 9050:2020, 
p.2).
O termo acessibilidade é mais amplo, e “acessível” acaba se direcionando para o 
atendimento de requisitos mais específicos, em especial nos objetos.
A norma coloca a necessidade de especificar e entender como os termos “adaptável” 
e “adaptado” acontecem, e por meio da própria norma esclarece o primeiro termo como 
sendo a condição de que o espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou 
elemento cujas características possam ser alteradas se torne acessível, e no segundo 
caso seria como se as características originais fossem alteradas posteriormente para 
serem acessíveis.
A ABNT 9050/2020 tem especial atenção em deixar claro a definição do que é 
desenho universal, e coloca o item 3.1.16 para definir o que é desenho universal.
“Desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a 
serem utilizados por todas as pessoas, sem a necessidade de adaptação ou projeto 
específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva [...]. O conceito de desenho 
universal tem como pressupostos: equiparação das possibilidades de uso, flexibilidade 
no uso, uso simples e intuitivo, captação da informação, tolerância ao erro, mínimo 
esforço físico, dimensionamento de espaços para acesso, uso e interação de todos 
os usuários”. (ABNT NBR 9050:2020, p.2).
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ANOTE ISSO
Neste sentido, a própria norma coloca que o conceito de desenho universal tem 
pressupostos que estão disponíveis no anexo A:
“Este conceito propõe uma arquitetura e um design mais centrados no ser humano 
e na sua diversidade. Estabelece critérios para que edificações, ambientes internos, 
urbanos e produtos atendam a um maior número de usuários, independentemente 
de suas características físicas, habilidades e faixa etária, favorecendo a 
biodiversidade humana e proporcionando uma melhor ergonomia para todos. 
Para tanto, foram definidos sete princípios do Desenho Universal, apresentados a 
seguir, que passaram a ser mundialmente adotados em planejamentos e obras de 
acessibilidade”. (ABNT NBR 9050:2020, p.138).
Assim sendo, podemos recorrer ao anexo A da referida norma, para entendimento 
de quais são estes requisitos:
Fonte: ABNT NBR 9050:2020 (p.138 – 139).
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14.4 - Parâmetros antropométricos.
Os parâmetros podem ser entendidos como sendo a condição ou o estabelecimento 
de uma função que reconhece em uma determinada população, valores numéricos 
que podem referenciar esta população, podendo se tratar de um valor representativo 
para modelizar a realidade.
É interessante entender que a referida norma faz menção a dimensões que podem 
ser colocadas como referenciais para a maior parte da população, e esta norma em 
específico considera a possibilidade de atender entre 5% e 95% da população brasileira. 
É uma norma que traz na linguagem visual, a capacidade de transmitir boa parte 
das informações que normalmente precisamos para o projeto, ajudando a referenciar 
os requisitos de acessibilidade em nossos projetos.
Vemos que boa parte do item 4 da Norma ABNT/NBR 9050 é dedicada para dar os 
parâmetros dimensionais, considerando por exemplo as seguintes situações:
• Uma bengala;
• Duas bengalas;
• Andador com rodas;
• Andador rígido – vistas frontal e lateral; muletas tipo canadense; apoio de tripé; 
sem órtese;
• Bengala longa – vistas lateral, frontal e superior; com cão-guia.
Boa parte do item 4.2 é dedicada ao entendimento de aspectos dimensionais de 
cadeira de roda (P.C.R.), inclusive indicando as seguintes situações:
• Vista frontal aberta;
• Vista frontal fechada;
• Vista lateral (1,00 d);
• Vista frontal – (cadeira cambada).
E ainda coloca o entendimento do que seria um módulo de referência:
Figura 01: Módulo de referência (M.R).
Fonte: ABNT 9050/2020.
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Coloca também a condição de área de circulação e manobra das cadeiras, 
considerando a linha de deslocamento de uma pessoa cadeirante em linha reta, 
mostrando a relação dimensional da cadeira com o módulo básico da cadeira.
Figura 02: Uma pessoa na cadeira de rodas (vista frontal e superior).
Fonte: ABNT 9050/2020.
Figura 03: Um pedestre e uma pessoa com cadeira de rodas (vista frontal e superior).
Fonte: ABNT 9050/2020.
Figura 04: Duas pessoas em cadeiras de rodas (vista frontal e superior).
Fonte: ABNT 9050/2020.
Quando vamos nos aprofundando no estudo da norma, podemos observar que 
existem alguns aspectos dimensionais que precisamos considerar para o uso da cadeira 
de rodas, e com o desenho da edificação, precisamos considerar os dimensionais 
da cadeira, as condições de manobras que ela faz, e as interações específicas com 
partes da edificação, pois estas são ações típicas e extensionais do cadeirante às 
ações de locomoção.
Especificamente, o item 4.3.3 que trata de mobiliários na rota acessível dão diversos 
exemplos de como alguns tipos de mobiliários urbanos precisam ser projetados e 
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como eles podem ou não interferir na relação das pessoas, mesmo com limitações 
e com apoio de bengalas, muletas ou cadeira de rodas no deslocamento.
Em termos dimensionais, uma das partes mais relevantes ao projetista, é a parte 
4.3.4 que dá por referência as dimensões mínimas para as áreas de manobra de 
cadeira de rodas e o deslocamento previsto, tais como:
a) para rotação de 90° = 1,20 m × 1,20 m;  
b) para rotação de 180° = 1,50 m × 1,20 m;  
c) para rotação de 360° = círculo com diâmetro de 1,50 m.
Figura 05: modulação e movimentação da cadeira de rodas para rotações.
Fonte: ABNT 9050/2020.
O item 4.3.5, fala da manobra de cadeira de rodas com deslocamento e faz a 
exemplificação das condições para manobras mais específicas, além do ajuste de 
edificações.
Figura 06: manobras e a configuração da edificação.
Fonte: ABNT 9050/2020.
Figura 07: manobras com cadeiras de rodas e configuração da edificação.
Fonte: ABNT 9050/2020.
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Figura 08: deslocamento e área de manobras para cadeiras em deslocamento.
Fonte: ABNT 9050/2020.
Um dos cuidados que a norma tem é de criar os dispositivos de segurança essenciais 
para a proteção contra queda ao longo das rotas acessíveis, principalmente quando 
falamos de passeios, desníveis, rampas ou qualquer outro tipo de caminho que 
cadeirantes, usuários de muletas e bengala podem usar.
Figura 09: dispositivos de segurança.
Fonte: ABNT 9050/2020.
14.5 - Área de transferência, área de aproximação e área de alcance manual.
Estes são três conceitos distintos, mas de igual relevância para a acessibilidade.
Segundo o glossário contido na própria norma, temos: 
Segundo o item 3.1.11, área de transferência: 
“Espaço livre de obstáculos, correspondente ao mínimo de um módulo de referência, 
a ser utilizado para transferência por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, 
observando as áreas de circulação e manobra”. (ABNT NBR 9050:2020 -p.3).
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A áreade transferência deve comportar as dimensões do módulo de referência 
(MR) da referida norma, assim como deve assegurar as condições de deslocamento 
e manobra do posicionamento do MR, junto ao local de transferência. É muito comum 
associar esta condição em relação aos banheiros, e o módulo de referência das 
cadeiras de rodas deve assegurar que os alcances dos membros dos cadeirantes 
não sejam submetidos a condições extremas de tração e compressão dos membros 
dos cadeirantes. Cabe neste aspecto consultar o item 4.2.2 da referida norma.
Área de aproximação, segundo o item 3.1.7:
“Área de aproximação do espaço sem obstáculos, destinado a garantir manobra, 
deslocamento e aproximação de todas as pessoas, para utilização de mobiliário ou 
elemento com autonomia e segurança”. (ABNT NBR 9050:2020. P.3).
A área de aproximação deve ser garantida para o posicionamento frontal e o lateral, 
considerando o módulo de referência (MR) em relação ao objeto que o cadeirante 
fará uso, e deve ser avançado entre 0,25 m e 0,50 m, em função da atividade a ser 
desenvolvida.
Sobre o alcance manual, a norma entende o referenciamento do corpo como 
amplitude de movimento, considerando os diversos tipos de alcance, as dimensões 
máximas, mínimas e confortáveis, tanto para pessoas que não apresentam nenhum 
tipo de restrição, como para as que possuem algum tipo de limitação. Dentro da 
própria norma, há uma série de figuras, que ajudam no entendimento dos alcances 
manuais, frontais e laterais, de pessoas em pé ou sentadas, sejam elas usuárias de 
cadeiras de rodas ou não. Como a atividade laboral é um ponto de atenção, há especial 
preocupação em relação à condição de 4.6.3.
Superfície de trabalho:
Figura 10: superfície de trabalho.
Fonte: ABNT 9050/2020.
E a norma entende como superfície de trabalho acessível, um plano horizontal ou 
inclinado para o desenvolvimento de tarefas manuais ou leitura. A norma também 
considera o seguinte:  
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• A1 × A2 = 1,50 m × 0,50 m = alcance máximo para atividades eventuais;  
• b) B1 × B2 = 1,00 m × 0,40 m = alcance para atividades sem necessidade de 
precisão; 
•  c) C1 × C2 = 0,35 m × 0,25 m = alcance para atividades por tempo prolongado.
Além disso, a norma recomenda que a superfície de trabalho tenha condições para 
o apoio dos cotovelos, e que no plano frontal haja projeções angulares entre 15° e 20° 
de abertura do braço em relação ao tronco, e no plano lateral com 25° em relação 
ao tronco. Em termos de organização do espaço, considerando o posicionamento 
da cadeira em relação à superfície de trabalho, é necessário que consideremos o 
posicionamento da cadeira em relação à esta superfície, na qual as pernas se projetam 
conforme disposto na figura abaixo: 
Figura 11: posicionamento da cadeira.
Fonte: ABNT 9050/2020.
14.6 - Altura de comandos e controles. 
A norma dedica-se ao entendimento do que são as operações típicas de um 
cadeirante e de como podemos planejar os diferentes tipos de dispositivos ao alcance do 
cadeirante e como podemos respeitar as alturas recomendadas para o posicionamento 
de diferentes controles e comandos.
Figura 12: posicionamento de comandos e suas alturas.
Fonte: ABNT 9050/2020.
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Percebe-se que as variações de alturas estão em sua grande maioria posicionadas 
entre alturas de 0,80 m e 1,00 m, facilitando que os profissionais projetistas consigam 
atender à grande maioria dos aspectos dimensionais, considerando este intervalo, ao 
mesmo tempo que conseguem atender tanto cadeirantes quanto pessoas que não 
possuem algum tipo de restrição.
14.7 - Parâmetros visuais.
Outro importante parâmetro da norma é em relação ao alcance visual que precisamos 
observar em relação à condição dos espaços que estamos projetando, considerando 
pessoas sentadas e em pé, para condição dos planos horizontais e verticais. Há assim, 
uma condição de tolerância da norma para que o pescoço se movimente em 8 graus 
em relação aos seus eixos, em especial no plano horizontal.
Figura 13: referências dimensionais para visualização em pé e sentado.
Fonte: ABNT 9050/2020.
Figura 14: referências angulares em relação ao plano horizontal.
Fonte: ABNT 9050/2020.
Perceba que a figura apresenta um plano denominado LH, que o coloca como 
horizonte visual considerando a altura do CV (cone visual), que corresponde à área 
de visão apenas com o movimento inconsciente dos olhos.
14.8 - Parâmetro auditivo.
Se os aspectos visuais são importantes para a programação dos processos de 
projeto, é necessário entender que a acessibilidade é o conjunto das informações 
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obtidas pelos sentidos, e com isso podemos entender que dentro das limitações físicas 
sensoriais o ser humano ainda assimila o conteúdo, e assim temos que considerar 
que o som produzido pelo ambiente é necessário, seja de modo não intencional ou 
intencional para que o ser humano compreenda o espaço circundante e consiga 
observar todos os aspectos essenciais para uso do ambiente.
É necessário que consigamos entender que os avisos sonoros promotores da 
acessibilidade precisam se distinguir do som de fundo, tendo transparência e contraste 
em relação ao que é emitido e configurado como ruído de fundo.
Tanto o som como o ruído tem as mesmas caracterizações: frequência, intensidade 
e duração, e quando adotamos o ambiente com dispositivos de segurança sonoros, é 
necessário entender quais são as faixas audíveis e como potencializá-las em relação ao 
seu uso. O ouvido humano pode perceber melhor os sons na faixa de frequência de 20 
Hz a 20.000 Hz. Ruídos com intensidade de 20 dB a 120 dB e duração mínima superior 
a 120 dB por 1 segundo causam incômodo, e ruídos acima de 140 dB podem causar dor.
Diante de nossa rotina diária, é comum que façamos o nivelamento dos sinais em 
uma faixa que varia de 80 a 90 DB, dentro dos limites de frequência que explicitamos.
14.9 - Informações essenciais.
Sobre acessibilidade, precisamos entender para quais fins se destinam as informações 
que pretendemos passar, o meio pelo qual o transeunte se assimila, como devemos 
dotá-los nos espaços projetados nas edificações, nos mobiliários e nos equipamentos 
urbanos, quais são os melhores meios de aplicação, como proceder em relação à 
instalação e à categoria, e como ter os diversos tipos (o visual, o tátil e o sonoro).
Tabela 01: aplicação e forma de informação e sinalização.
Fonte: ABNT 9050/2020.
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As seguintes exemplificações são os pontos mais comuns de acontecerem 
no desenvolvimento do projeto: a sinalização de degraus, sinalização de portas e 
passagens, planos e mapas acessíveis, sinalização de pavimento, sinalização de 
degraus, sinalização de elevadores e plataformas elevatórias, sinalização tátil e visual 
no piso, sinalização de emergência. 
Devemos olhar com carinho para a norma, considerando os acessos e suas condições 
gerais, assim como as rampas.
Por uma questão didática, devemos entender pelo menos o que seria a aplicação 
da sinalização de degraus e alguns aspectos dos acessos, e trabalhar mais algumas 
informações acerca do que seria a aplicação em rampas.
Especificamente para rampas, temos o cuidado de atender com requisitos de 
segurança, o uso de artifícios visuais com a aplicação aos pisos e espelhos em suas 
bordas laterais e/ou nas projeções dos corrimãos, contrastantes com o piso adjacente, 
preferencialmente fotoluminescente ou retroiluminado.
Figura 15: degraus.
Fonte: ABNT 9050/2020.
Quando se trata de saídas de emergência e/ou rotas de fuga, há algumas condições 
colocadas pela norma, tais como: serem iguais ou maiores que a projeção dos corrimãos 
laterais, terem no mínimo 7 cm de comprimento e 3 cm de largura, fotoluminescentes 
ou retro iluminadas. Recomenda-seestender a sinalização no comprimento total dos 
degraus, com elementos que incorporem características antiderrapantes. 
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É interessante observar que para a sinalização tátil e visual no piso, consulta-se ABNT 
NBR 16537. A norma dedica boa parte de sua estrutura a como se deve providenciar 
a acessibilidade em sanitários, banheiros e vestiários, e como devemos obedecer 
aos parâmetros dela. Banheiros acessíveis sempre deixam profissionais atentos, em 
especial quando estão desenvolvendo projetos que atendem uma gama ampla de 
público. 
A norma estabelece as quantidades mínimas necessárias, e a localização e 
dimensões dos itens hidráulicos, com os posicionamentos e características em relação 
a acessórios de barras de apoio e comandos, além de considerar as características 
de pisos e desníveis.
Os espaços, peças e acessórios devem atender à acessibilidade, com áreas mínimas 
de circulação, de transferência e de aproximação, e é necessário entender como se 
dá o alcance manual, a empunhadura e o ângulo visual.
Devemos olhar principalmente para dois pontos da norma. Um deles é em relação 
à sua exigibilidade e a outra em relação aos seus aspectos dimensionais.
Edificação de uso
Situação da 
edificação
Número mínimo de sanitários acessíveis com entradas 
independentes
Público
A ser construída
5% do total de cada peça sanitária, com no mínimo 
um para cada sexo, em cada pavimento, onde houver 
sanitários
Existente
Um por pavimento, onde houver ou onde a legislação 
obrigar a ter sanitários
Coletivo
A ser construída
5% do total de cada peça sanitária, com no mínimo um 
em cada pavimento, onde houver sanitários
A ser ampliada ou 
reformada
5% do total de cada peça sanitária, com no mínimo um 
em cada pavimento acessível, onde houver sanitários
Existente Uma instalação sanitária, onde houver sanitários
Privado, em áreas 
de uso comum
A ser construída 
5% do total de cada peça sanitária, com no mínimo um, 
onde houver sanitários
A ser ampliada ou 
reformada
5% do total de cada peça sanitária, com no mínimo um 
por bloco
Existente Um no mínimo
As instalações sanitárias acessíveis que excederem a quantidade de unidades mínimas podem ser 
localizadas na área interna dos sanitários.
Tabela 02: exigibilidade.
Fonte: ABNT 9050/2020.
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Em relação aos aspectos dimensionais, temos que observar a relação da dimensão 
com as áreas de transferências, como em manobras de uso da bacia sanitária e 
lavatórios, e até mesmo medidas mínimas que podemos aplicar nesses ambientes. 
A norma dá a condição de colocação das peças auxiliares para o apoio ao cadeirante 
dentro do sanitário, e exemplifica as condições que podemos considerar, em termos 
dimensionais. 
As figuras que serão colocadas aqui, são apenas uma amostra do que está contido 
no item 7 da ABNT/NBR 9050/2020, referente a sanitários, banheiros e vestiários. É 
interessante que tal verificação seja feita diretamente na norma.
ISTO ESTÁ NA REDE
Como a norma é de utilidade pública, é interessante sempre fazer uma consulta, 
para fins de projeto.
Acesse o link: https://www.caurn.gov.br/wp-content/uploads/2020/08/ABNT-NBR-
9050-15-Acessibilidade-emenda-1_-03-08-2020.pdf.
As figuras abaixo mostram como podemos fazer a inserção de um MR dentro do 
projeto, considerando um banheiro de dimensões mínimas, tentando enquadrar a 
condição de uma cadeira de rodas e seu raio de giro em torno de seu eixo.
Figura 16: MR e raio de giro.
Fonte: ABNT 9050/2020.
https://www.caurn.gov.br/wp-content/uploads/2020/08/ABNT-NBR-9050-15-Acessibilidade-emenda-1_-03-08-2020.pdf
https://www.caurn.gov.br/wp-content/uploads/2020/08/ABNT-NBR-9050-15-Acessibilidade-emenda-1_-03-08-2020.pdf
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Da mesma forma, precisamos entender como acontece a utilização da pia e como 
podemos fazer a programação do módulo de referência em relação à uma pia, e de 
como a cadeira pode se encaixar em relação à utilização da mesma.
Figura 17: MR e uso da pia.
Fonte: ABNT 9050/2020.
As figuras a seguir mostram como podemos portar a cadeira de rodas dentro dos 
sanitários e como pode acontecer as aproximações considerando o MR:
Figura 18: raio de giro da cadeira.
Fonte: ABNT 9050/2020.
Figura 19: Outros tipos de aproximações.
Fonte: ABNT 9050/2020.
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É importante salientar que a norma obriga os profissionais que estão projetando 
banheiros acessíveis, a portabilizarem uma série de dispositivos de segurança, e 
seus posicionamentos em relação ao vaso, para que a manobra do cadeirante seja 
satisfatória. Um exemplo disso é a barra.
Figura 20: dispositivos de segurança.
Fonte: ABNT 9050/2020.
As rampas e os dimensionamentos são pontos de atenção para edificações com 
grande fluxo de público, para que os profissionais consigam, dentro dos requisitos da 
norma, atender às declividades exigidas na norma.
A inclinação das rampas deve ser calculada conforme a seguinte equação:
i é a inclinação, expressa em porcentagem (%);
h é a altura do desnível; 
c é o comprimento da projeção horizontal.
Figura 21: rampa em planta.
Fonte: ABNT 9050/2020.
Figura 22: rampa em vista.
Fonte: ABNT 9050/2020.
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Além disso, é necessário compreender os seguintes dimensionamentos:
Tabela 03: dimensionamentos de rampa.
Fonte: ABNT 9050/2020.
A norma entende que podem ser enquadradas como rampas as superfícies cuja 
diferença de nível tenha declividade igual ou superior a 5%, e devem, conforme exigência 
da norma, atender às condições dos quadros que colocamos. Para que uma rampa 
seja considerada acessível é necessário que sejam definidos os limites máximos 
de inclinação, assim como os desníveis a serem vencidos e o número máximo de 
segmentos.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Como calcular uma rampa com a NBR 9050:2020 I Acessibilidade Aplicada.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=uV_TpMlLD7M&t=176s.
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CAPÍTULO 15
PRINCÍPIOS DO DESIGN 
UNIVERSAL COMO 
FERRAMENTAS PARA A 
INCLUSÃO; ACESSIBILIDADE
Quando propomos a discussão sobre o entendimento dos princípios do design 
universal, especialmente em uma disciplina de desenho, precisamos entender que existe 
a necessidade de se discutir a inclusão social de pessoas que possuem limitações 
(como limitação de mobilidade, restrição visual, etc.), que nem sempre a condição de 
projeto que desenvolvemos consegue atender, e isto é mais comum do que imaginamos 
em nossa sociedade.
Ainda falta por parte dos profissionais e dos órgãos reguladores uma certa consciência 
de fazer valer o direito dessas pessoas, em especial no uso das edificações e espaços 
públicos. Esta temática precisa ainda ser incorporada na base de formação dos 
profissionais, algo que não deve ser encarado como uma temática ou conceito isolados, 
e os profissionais devem se cercar de mecanismos e ferramentas que amparam o 
processo de projeto, para fazer a inclusão de pessoas que têm igual direito de ir e vir, 
e de usar as edificações da mesma forma que uma pessoa que não possui restrição 
de mobilidade, para que não fique à margem do processo de cidadania.
Outra questão a ser abordada, é que os profissionais devem ser os primeiros a 
defender os acessos universais e sem segregações nos projetos, permitindo o amplo 
uso.
O desenho universal é um conceito que tem como objetivo definir projetos de 
produtos e ambientes os quais consigam contemplar toda a diversidade humana, 
incorporando todos os biotipos possíveis (crianças, adultos, idosos, gestantes, obesos, 
pessoas com qualquer tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, etc.). 
Como profissionais, devemos ser os porta-vozes de uma sociedademais humana 
e cidadã, e devemos determinar quais são os caminhos a serem seguidos.
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15.1 - Quando se começa a discutir o Desenho Universal?
De forma bem incipiente, o desenho universal nasce concomitantemente com 
a discussão sobre a massificação dos processos produtivos, e principalmente dos 
produtos que dali seriam massificados, e que deveriam atender a maior quantidade 
possível de pessoas.
Especificamente no que se refere à condição do projeto e da edificação, com as 
consequências da Revolução Industrial, houve a necessidade de tentar entender o 
ambiente construído e a salubridade necessária para atender as reais necessidades 
das pessoas que ali habitavam. Além de entender as reais necessidades dos usuários, 
era necessário criar padrões de atendimento destas necessidades para se fazer um 
modelo de massa que embora não fosse igual para todos, conseguisse atender a 
maior quantidade de pessoas possível, em termos de habitação e ambiente construído.
Entra nesta condição, a discussão acerca da relação dos indivíduos quanto à sua 
altura, dimensão, idade, destreza, força, e outras características. Esta discussão entra 
efetivamente em pauta no século XX, quando em 1961, países como o EUA, Japão e 
nações europeias, discutem na Suécia como reformular o velho conceito que reproduz 
o dito “homem padrão”, originalmente criado na Revolução Industrial, que nem sempre 
é o “homem real”.
Em 1963, em Washington, nasceu a Barrier Free Design, que é uma comissão que 
objetivava discutir desenhos de equipamentos, edifícios e áreas urbanas adequados à 
utilização por pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida, e estas discussões 
levaram à evolução do conceito de desenho universal, que viria a ser um padrão 
construtivo para atender um grande número de pessoas, com soluções de desenho 
de produtos e edificações.
Especificamente no Brasil, o debate aconteceu de forma tardia, e com o viés de 
trabalhar a consciência dos profissionais da área de construção. E isto vem de encontro 
ao que aconteceu em 1981, ano em que foi declarado o ano internacional de atenção 
às pessoas com deficiência, o que alinharia as condições brasileiras à discussão 
mundial que acontecia naquele momento, e implantou de vez tal conceito em diversas 
normativas e legislação, inclusive fazendo uso do termo “desenho universal”.
A partir daquele ano, diversas leis brasileiras promulgaram-se para regulamentar o 
acesso a todos, garantindo que a parcela da população com deficiência ou mobilidade 
reduzida tivesse as mesmas garantias que todos os cidadãos, visto que pagavam os 
mesmos impostos. Em 1985, criou-se a norma técnica brasileira relativa à acessibilidade: 
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“acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos à pessoa 
portadora de deficiência”, passando por diversas revisões até sua última versão, validada 
em 2015.
15.2 - O que é o Desenho Universal?
O desenho universal desenvolve-se primordialmente entre os profissionais da área da 
arquitetura, tendo a Universidade da Carolina do Norte como sendo uma das primeiras 
a estudar o tema, com foco no projeto de produtos e ambientes para serem usados 
por todos, na máxima extensão possível. Para que isso acontecesse, era necessário 
que houvesse projeto especializado ou adaptação para pessoas com deficiência.
Deste modo, o projeto universal é um processo de criar produtos os quais são 
acessíveis para todas as pessoas, independentemente de suas características, da 
idade ou das habilidades individuais e sensoriais.
O desenho universal tem como meta atender qualquer ambiente ou produto que 
pode ser alcançado, manipulado ou usado, sem restrições, pelas pessoas, não fazendo 
distinção de indivíduo, postura ou mobilidade.
Logo, o desenho universal não é uma tecnologia que se direciona apenas aos que 
dele necessitam, mas deve atender um espectro amplo de pessoas. A ideia do desenho 
universal é justamente evitar a necessidade de produtos e ambientes dedicados 
somente a pessoas com deficiência, para que possam ser seguramente usados por 
uma ampla gama de pessoas, com segurança e autonomia, nos diversos espaços 
construtivos de objetos.
Temos que olhar pelo viés pessoal também, pois ao longo de nossas vidas, mudamos 
nossas características e nossas atividades com o envelhecimento. Quando somos crianças 
temos dimensões que nos impedem de alcançar ou manipular uma série de objetos; 
enquanto adultos, encontramos várias situações que podem nos apresentar limitações, 
mesmo que temporariamente, em nosso relacionamento com o ambiente, como por 
exemplo: gestações, fraturas, o carregamento de objetos grandes e pesados, entre outros. 
Às vezes, os profissionais esquecem que também são usuários de objetos e ambientes. 
Com o advento da velhice, a nossa força e resistência decrescem, os sentidos ficam 
menos aguçados, e a memória decai. Ao longo da vida, o ser humano vai se tornando 
cada vez menos diverso em termos de possibilidades de uso do ambiente e dos 
produtos. Assim, o estado de normalidade é que os usuários sejam mais diferentes 
e que deem usos distintos do que é usado no ambiente.
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15.3 - Os sete princípios do Desenho Universal.
Temos os sete princípios:
15.3.1 - Igualitário/uso equiparável. Equiparável = tornar igual, igualar, pôr em 
paralelo.
São exemplos: espaços, objetos e produtos que podem ser utilizados por pessoas 
com diferentes capacidades, tornando os ambientes iguais. Podemos exemplificar 
com portas com sensores que abrem sem que haja a extensão do esforço físico e 
por pessoas de variadas alturas.
15.3.2 - Adaptável/uso flexível. Flexível = que pode dobrar, curvar, alterar; maleável, 
adaptável.
Aplicado a design de produtos ou espaços os quais devem atender pessoas com 
deficiência, sempre sendo adaptáveis a quaisquer tipos de uso. Exemplo: o uso do 
computador com diversos tipos de aplicativos que permitem que pessoas com algum 
tipo de limitação visual e auditiva ou sem façam uso dele. 
15.3.3 - Óbvio/uso simples e intuitivo. Intuitivo = que se conhece facilmente; 
óbvio = incontestável, claro, evidente.
Que tenha fácil compreensão e entendimento para que qualquer tipo de pessoa 
possa compreender independentemente de sua experiência, conhecimento, habilidade 
de linguagem ou nível de concentração. Exemplo: simbologias e sinalizações que 
normalmente vemos em estacionamentos, sanitários, entre outros lugares do nosso 
dia a dia.
15.3.4 - Conhecida/informação de fácil percepção. Percepção = ato ou efeito de 
perceber; combinação dos sentidos no reconhecimento de um objeto.
É usada quando colocamos a informação necessária e transmitimos de forma 
a atender às necessidades de um receptor, fazendo uso de diferentes maneiras de 
comunicação, tais como símbolos e letras em relevo, braille e sinalização auditiva. 
Exemplos: recursos que podemos fazer em mapas com informações em alto relevo 
para que as pessoas com deficiência visual consigam identificar os ambientes as 
quais se encontram; maquetes táteis de obras de arte de grande porte ou mesmo 
obras de arquitetura.
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15.3.5 - Seguro/tolerante ao erro: tolerante = que tolera, perdoa; sensibilizado 
ao erro.
São dispositivos para minimizar riscos e possíveis consequências de ações que 
podem levar a acidentes. Podemos citar como exemplos, os avisos sonoros em 
elevadores ou quaisquer dispositivos que tenham acionamento automático a partir 
de ação humana.
15.3.6 - Sem esforço/baixo esforço físico: economiza energia; de fácil manipulação.
Pode ser usado de modo eficiente em dispositivos tais como torneiras e fechaduras, 
as quais podem ser acionadas por meio de sensores que evitam a fadiga.
15.3.7 - Abrangente/dimensão e espaçopara aproximação e uso. Dimensão = 
sentido em que se mede a extensão para avaliar; medida.
É capaz de estabelecer dimensões e espaços apropriados para o acesso, alcance, 
manipulação ou uso, independentemente do tamanho do corpo (obesos, anões, 
gestantes, idosos, crianças) da postura ou mobilidade do usuário (pessoas com cadeira 
de rodas, carrinhos de bebê, usuários de bengala).
Exemplo: as diversas formas de assentos em cinemas, ou sanitários dotados de 
dispositivos para o atendimento de cadeira de rodas, permitindo também que pessoas 
não cadeirantes façam o uso.
15.4 - Como aplicar o conceito do Desenho Universal.
O primeiro ponto é que, enquanto profissionais, precisamos ter pleno domínio das 
normativas e legislações que abordam o conceito de desenho universal. No caso do 
Brasil é a norma da ABNT/NBR 9050/2015 que aborda acessibilidade a edificações, 
mobiliários, espaços e equipamentos urbanos.
Algumas legislações municipais podem incorporar a obrigatoriedade de atendimento 
desta norma, o que transforma em lei todos os requisitos nela contidos.
É importante salientar que desde a organização do layout até as recomendações 
sobre as larguras das aberturas de portas e corredores, deve haver a largura mínima 
de 0,80 metros, para comportar a passagem de cadeiras de rodas, e atender os demais 
públicos em associação com a cadeira de rodas.
A ideia básica da norma é dispor de acessórios que atendam públicos específicos 
como idosos e crianças, ou pessoas que tenham algum tipo de deficiência física.
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Outro exemplo da aplicação da norma ABNT/NBR 9050 é a proposição de banheiros 
que permitam que cadeiras de rodas consigam fazer o giro, e para isso é necessário 
que o banheiro a ser projetado tenha ao menos a capacidade de um círculo de 1,5 m, 
de forma que o cadeirante consiga fazer uso de maneira independente, sem ajuda de 
terceiros, juntamente com a série de barras previstas na norma.
A locomoção do cadeirante em condição de segurança vem seguido de uma série 
de especificações diretamente ligadas à sua locomoção dentro de edificações, como 
o planejamento de escadas e rampas, evitação de desníveis perigosos, colocação de 
pisos antiderrapantes, instalação de campainhas de segurança em quartos e banheiros.
Para janelas, é necessário entender o posicionamento que dê a visibilidade necessária, 
tendo o peitoril colocado a pelo menos 0,60 m do piso, garantindo a visibilidade para 
o exterior, sem impedimento visual.
Para tomadas, interruptores, comandos de acionamento de luz, maçanetas, balcões, 
mesas de atendimento, é necessário que tenham o encaixe da cadeira, não extrapolem a 
amplitude de um cadeirante, e sejam em altura que permita o acesso sem dificuldades.
Há especificações de mobiliários adequados a este tipo de público, como por 
exemplo, camas que tenham entre 0,46 e 0,60 m, para atender cadeirantes e idosos.
Outro exemplo de desenho universal é o uso de rampas com a correta inclinação, 
menor que 8,33%, cujos corrimões estejam posicionados a pelo menos 0,80 metros 
de altura, permitindo que os mais diversos públicos consigam fazer o uso.
Talvez o ambiente que possa exigir mais dos profissionais em relação aos cuidados 
com especificações seja a cozinha, que possui os mais diversos tipos de riscos, mas que 
ainda pode atender os mais diversos tipos de públicos e propor um ambiente seguro, 
quando é observada corretamente pelos projetistas em relação aos requisitos normativos 
mínimos. É possível por exemplo dotar o ambiente com armários e soleiras (rodapés) 
que permitam o acesso da cadeira de rodas em alturas razoáveis para que possam ser 
manipulados por diversos públicos, sem que se coloque em risco qualquer tipo de pessoa.
Os dispositivos de acionamento de luz, de aquecedores e fogões devem ser planejados 
para que sejam acessíveis e tenham dispositivos de segurança, como avisos sonoros 
e timers de uso.
É possível que façamos uso de instalações de puxadores e maçanetas que possam 
ser acionadas quando os cadeirantes quiserem, usando um ideal tipo de alavanca.
O desenho universal não é somente requerido para condições de ambientes internos, 
mas também para ambientes externos e urbanos. No Brasil, tem se tornado cada vez 
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mais necessário o atendimento de legislações específicas, de modo a oferecer boas 
condições de trafegabilidade, fácil manutenção e qualidade urbana.
São exemplos disto as rampas e pisos táteis, e precisamos colocar, nesse circuito, 
semáforos sonoros nas esquinas de travessia de pedestres para que pessoas com 
deficiência visual também possam atravessar a rua com autonomia e segurança. Até 
mesmo o transporte público e o conjunto de mobiliários urbanos que se destinam a 
este fim precisam estar aderentes aos aspectos normativos de segurança.
O desenho universal não é somente aplicado a edificações, mas também a cidades, 
para que estejam preparadas para receber qualquer tipo de pessoa, independentemente 
da idade ou limitação física, em tudo que compõe o cotidiano das pessoas nas 
atividades triviais.
15.5 - Quais são as legislações e normas que falam do desenho universal?
A criação de leis e normas são essenciais para garantir os direitos das pessoas que não 
possuem seus direitos essenciais atendidos no dia a dia. Foi a partir do Ano Internacional 
de Atenção à Pessoa Portadora de Deficiência (1981), que surgiu a necessidade de criar 
normas específicas para se aplicar o desenho universal, e foi somente em 2004 que 
publicou-se o Decreto Federal 5.296, dando ao Desenho Universal a força de lei. O Decreto 
define, em seu artigo 8º e inciso IX, o “Desenho Universal” como:
“Concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente 
todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais, de 
forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou soluções 
que compõem a acessibilidade”.
Quanto à implementação desta definição, o artigo 10º determina que: “a concepção 
e a implantação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos devem atender aos 
princípios do desenho universal, tendo como referências básicas as normas técnicas 
de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as regras contidas no Decreto”.
Isto obriga profissionais a entenderem que o desenho universal não mais depende 
somente de boa vontade, pois é uma determinação que deve ser cumprida, e coloca 
tanto profissionais quanto clientes e gestores, a verem o desenho universal como 
sendo garantia do direito de ir e vir e da qualidade de vida de todos os cidadãos, 
independentemente de suas limitações e características físicas e sensoriais.
Desta legislação derivam as demais legislações que hoje se aplicam no âmbito 
estadual e municipal, assim como dá força de leis a todas as normas que versam 
sobre o assunto.
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ANOTE ISSO
 Dentre as normas podemos citar:
• NBR 9050 – Acessibilidade a Edificações, Mobiliários, Espaços e Equipamentos 
Urbanos;
• NBR 13994 – Elevadores de Passageiros – Elevadores para Transporte de Pessoas 
Portadoras de Deficiência; 
• NBR 14020 – Acessibilidade à Pessoa Portadora de Deficiência – Trem de Longo 
Percurso; 
• NBR 14021 - Transporte - Acessibilidade no Sistema de Trem Urbano ou 
Metropolitano;
• NBR 14022 – Acessibilidade à Pessoa Portadora de Deficiência em Ônibus e 
Trólebus para Atendimento Urbano e Intermunicipal;
• NBR 14273 – Acessibilidade à Pessoa Portadora de Deficiência no Transporte Aéreo 
Comercial;
• NBR 14970-1 - Acessibilidade em Veículos Automotores - Requisitos de Dirigibilidade; 
• NBR 14970-2 - Acessibilidade em Veículos Automotores - Diretrizes para Avaliação 
Clínica de Condutor;
• NBR 14970-3 - Acessibilidade em Veículos Automotores - Diretrizes para Avaliação 
da Dirigibilidade do Condutor com MobilidadeReduzida em Veículo Automotor 
Apropriado; 
• NBR 15250 - Acessibilidade em Caixa de autoatendimento Bancário. 
• NBR 15290 - Acessibilidade em Comunicação na Televisão;
• NBR 15320:2005 - Acessibilidade à Pessoa com Deficiência no Transporte 
Rodoviário; 
• NBR 14022:2006 - Acessibilidade em Veículos de Características Urbanas para o 
Transporte Coletivo de Passageiros;
• NBR 15450:2006 - Acessibilidade de Passageiros no Sistema de Transporte 
Aquaviário;
ISTO ESTÁ NA REDE
As Normas Técnicas relativas à acessibilidade podem ser baixadas gratuitamente 
no site: www.acessibilidade.org.br.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Podemos acessar as normas e seus requisitos fazendo observação dos diversos 
aspectos envolvidos.
Acesse o link: http://acessibilidade.unb.br/images/PDF/NORMA_NBR-9050.pdf.
http://www.acessibilidade.org.br
http://acessibilidade.unb.br/images/PDF/NORMA_NBR-9050.pdf
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CONCLUSÃO
No presente trabalho, desenvolvemos um pouco mais o conhecimento acerca do 
desenho técnico e universal, olhando em específico para as condições normativas que 
se relacionam com o desenho técnico e os requisitos essenciais deste tipo de desenho.
Como o desenho técnico é um tipo de linguagem que precisa ser universalmente 
aceita, é essencial entender os requisitos de desenho que precisamos atender para 
que seja universalmente lido, já que quem cria o projeto nem sempre está diretamente 
ligado à execução e vice-versa.
Para isto, precisamos entender de estratégias de desenho e de normas de referência, 
que vão desde a especificação do papel, tamanho de letras e espessuras de linhas, 
até de como dispor informações cruciais para que o desenho seja legível dentro da 
condição técnica.
Desta forma, buscamos também entender qual a relação do desenho técnico com 
as condições da geometria descritiva e do desenho geométrico, e como estes podem 
permitir os desdobramentos necessários.
Uma vez entendido o papel das projeções, é necessário que tenhamos também o 
conhecimento da forma com a qual devemos nos envolver no desenvolvimento do 
desenho, em especial pelas projeções, agora elaboradas dentro de escalas, e como 
elas podem refletir sobre as condições de representações de plantas, cortes, elevações 
e detalhamentos.
É importante salientar que todas as normas foram criadas tendo em vista o 
desenvolvimento do desenho feito à mão, porém na atual conjuntura do mercado, 
é importante ressaltar o desenho auxiliado por computador no processo do projeto.
Além disso, quando há uma discussão sobre os direitos das pessoas, é interessante 
discutir sobre o ponto de vista filosófico e social, a respeito da importância do desenho 
universal, e da condição de desenvolvimento e aplicação dos requisitos do desenho, 
considerando aspectos previstos pela norma ABNT 9050/2020, e os princípios do 
design universal como ferramenta para a inclusão e acessibilidade.
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ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
Título: Desenho técnico (Currículo comum)
Autor: [SENAI - SP, Editora (22 janeiro 2018)
Editora: SENAI-SP Editora (22 janeiro 2018)
Sinopse: a arte de representar um objeto ou fazer sua 
leitura por meio de desenho técnico é tão importante 
quanto a execução de uma tarefa, pois é o desenho que 
fornece todas as informações precisas e necessárias 
para a construção de uma peça. O objetivo desta 
publicação é dar os primeiros passos no estudo de 
desenho técnico. Neste sentido, são estudadas as 
formas de representação de um objeto; recursos 
e materiais necessários para sua representação; 
caligrafia técnica; figuras e sólidos geométricos; projeção ortogonal; cotagem e escala.
FILME
Título: A Vida de Leonardo da 
Vinci
Ano: 2019
Sinopse: A Vida de Leonardo 
da Vinci é considerado o 
melhor e mais completo filme 
sobre esse grande mestre. Foi 
em boa época para entender 
o quanto o seu desenho 
fez parte do processo na 
concepção do desenho.
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WEB
A ABNT/NBR 9050/2020: no estabelecimento desses critérios e parâmetros técnicos 
foram consideradas diversas condições de mobilidade e de percepção do ambiente, com 
ou sem a ajuda de aparelhos específicos, como próteses, aparelhos de apoio, cadeiras 
de rodas, bengalas de rastreamento, sistemas assistivos de audição ou qualquer outro 
que venha a complementar as necessidades individuais.
https://www.causc.gov.br/post/normaabnt_acessibilidade/.
https://www.causc.gov.br/post/normaabnt_acessibilidade/
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REFERÊNCIAS
Cap 01
BLAINEY, G. Uma breve história do mundo. São Paulo: Editora Fundamento 
Educacional, 2008.
Amadeo, Marcello. Schubring, Gert. A École Polytechnique de Paris: mitos, fontes e 
fatos. ISSN 1980-4415. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1980-4415v29n52a01 disponível 
em https://www.scielo.br/j/bolema/a/bhSPfdtGbjVcHYJ4JxRZtKt/?lang=pt&format=pdf 
Acesso em 19.11.2022
KLEIN, F. Development of Mathematics in the 19th Century. Trad. M. Ackerman do 
original Vorlesungen uber die Entwicklung der Mathematik im 19 Jahrhundert (1928) 
Massachusetts: Math Sci Press, 1979
Cap 02
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 6492:1994 – Representação 
de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro - 27 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 8196:1994 – Emprego 
de escalas em desenho técnico. Rio de Janeiro. 2 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 8403:1984 – Aplicação 
de linhas em desenhos. Rio de Janeiro 5 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 10067:1987 – Princípios 
gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro 14 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 10068:1987 – Folha de 
desenho – Leiaute e dimensões. Rio de Janeiro 4 páginas
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Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 10126:1987 – Cotagem 
em desenho técnico. Rio de Janeiro 13 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 10582:1988 – Apresentação 
da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro 4 paginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 10647:1989 – Desenho 
técnico. Rio de Janeiro 2 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 13142:1994 – Dobramento 
de cópia de desenho técnico. Rio de Janeiro 3 páginas
Cap 03
BS EN ISO 216:2007 Writing paper and certain classes of printed matter. Trimmed 
sizes. A and B series, and indication of machine direction is classified in these ICS 
categories:85.080.10 Office paper
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT/NBR 8402/1994 - Execução de 
caráter para escrita em desenho técnico. 4 páginas
 
Cap 04
TOLEDO, C. F. M.; FRANÇA, P. M.; MORABITO, R. Proposta de um modelo conjunto 
de programação da produção e dimensionamento de lotes aplicado a uma indústria 
de bebidas. In: Encontro Nacional de Engenharia da Produção, 22, 2002, Curitiba-PR, 
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DREXL, A.; KIMMS, A. Lot sizing and scheduling: survey and extensions. European 
Journal of Operational Research, v. 99, n. 2, p. 221-235, 1997.
JOHNSON, L. A.; MONTGOMERY, D. C. Operations -research in production planning, 
scheduling and inventory control New York: Wiley, 1974.
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Cap 05
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 6492:1994 – Representação 
de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro - 27 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 8196:1994 – Emprego 
de escalas em desenho técnico. Rio de Janeiro. 2 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 8403:1984 – Aplicação 
de linhas em desenhos. Rio de Janeiro 5 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 10067:1987– Princípios 
gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro 14 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 10068:1987 – Folha de 
desenho – Leiaute e dimensões. Rio de Janeiro 4 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 10126:1987 – Cotagem 
em desenho técnico. Rio de Janeiro 13 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 10582:1988 – Apresentação 
da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro 4 paginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 10647:1989 – Desenho 
técnico. Rio de Janeiro 2 páginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT /NBR – 13142:1994 – Dobramento 
de cópia de desenho técnico. Rio de Janeiro 3 páginas
Cap 06
Camarotto, João Alberto. Projeto de Unidades Produtivas. São Carlos – 2006 UFSCar 
- DEP Universidade Federal De São Carlos, Centro De Ciências Exatas E De Tecnologia. 
Departamento De Engenharia De Produção
DEJOURS, C. A loucura do Trabalho. 1a. edição São Paulo. OBORÉ, 1987
DESENHO TÉCNICO
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DOLL, W. J. and VONDEREMBSE, M. A. The Evolution of Manufacturing Systems. 
in: OMEGA, v. 19, n. 5. England. PERGAMON PRESS, 1991. pag. 401 a 411.
Cap 07
GERDES, Paulus; Sobre o Despertar do Pensamento Geométrico. UFPR, 
Curitiba,1992.105p
JORGE, Sonia ; Desenho Geométrico Idéias & Imagens.2ªed.,Saraiva, São 
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KALEFF;Ana Maria M. R.Vendo e entendendo POLIEDROS, 2° ed. EdUFF. Editora da 
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PETRINI, Carla;disponível em http://www.gama7.com.br/dicas.asp.Acersso Acesso 
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 171
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MARQUES, A. J., GALO, M . L. T. Escala Geográfica e Escala Cartográfica: Distinção 
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FRENCH, Thomas Ewing; VIERCK, Charles J. Desenho técnico e tecnologia gráfica. 
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Cap 10
Associação brasileira de normas técnicas ABNT/NBR 6492 – Documentação Técnica 
para Projetos Arquitetônicos e Urbanísticos – Requisitos, Rio de Janeiro 27 páginas
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Associação brasileira de normas técnicas ABNT/NBR 9050 – Acessibilidade a 
Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos. Rio de janeiro 148 páginas
Associação brasileira de normas técnicas - NBR 16636 – Elaboração e 
Desenvolvimento de Serviços Técnicos Especializados de Projetos Arquitetônicos e 
Urbanísticos Rio de janeiro 17 páginas
Cap 11
NBR 6492 – Documentação Técnica para Projetos Arquitetônicos e Urbanísticos 
– Requisitos
NBR ISO 16283 – Acústica – Medição de Campo do Isolamento Acústico nas 
Edificações e nos Elementos de Edificações
Parte 3: Isolamento de Fachada a Ruído Aéreo
NBR 15575 – Edificações Habitacionais – Desempenho
Parte 1: Requisitos Gerais
Parte 4: Requisitos para os Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas 
— SVVIE
NBR 16636 – Elaboração e Desenvolvimento de Serviços Técnicos Especializados 
de Projetos Arquitetônicos e Urbanísticos
Cap 12
Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT/NBR 8403 - Aplicação de linhas 
em desenho – tipos de linhas – largura das linhas; Rio de Janeiro - 5 paginas
Associação Brasileira de Normas Técnicas Norma ABNT/NBR 10647 – Desenho 
técnico – terminologia: Rio de Janeiro - 2 páginas
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Cap 13
Camarotto, João Alberto. Projeto de Unidades Produtivas. São Carlos – 2006 UFSCar 
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Departamento De Engenharia De Produção.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: 
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Cap 14
Associação Brasileira de Normas técnicas - ABNT NBR 9077, Saídas de emergência 
em edifícios, Rio de Janeiro, 148 páginas.
Associação Brasileira de Normas técnicas ABNT NBR 10898, Sistema de iluminação 
de emergência. Rio de Janeiro. 24 páginas
Associação Brasileira de Normas técnicas ABNT NBR 11003, Tintas ‒ Determinação 
da aderência. Rio de Janiero 13 páginas
Associação Brasileira de Normas técnicas ABNT NBR 11785, Barra antipânico ‒ 
Requisitos, Rio de Janeiro 23 páginas
Associação Brasileira de Normas técnicas ABNT NBR 13434 (todas as partes), 
Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Rio de janeiro. 11 páginas
Associação Brasileira de Normas técnicas ABNT NBR 14718, Guarda-corpos para 
edificação. Rio de Janeiro. 27 páginas.
Cap 15
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma NBR 9050, Acessibilidade 
a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos. Rio de Janeiro, 2004.
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CAMBIAGHI, Silvana Serafino. Desenho Universal – métodos e técnicas para arquitetos 
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PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO/SEPED/CPA. Acessibilidade - Mobilidade
Acessível na Cidade de São Paulo, 2005.
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