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Desenho Técnico

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DESENHO 
TÉCNICO
PROF. FLAVIO AUGUSTO CARRARO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
Prof. Flavio Augusto Carraro
DESENHO 
TÉCNICO
Marília/SP
2022
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
DESENHO TÉCNICO
PROF. FLAVIO AUGUSTO CARRARO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
07
17
32
40
48
57
66
77
91
100
112
121
129
138
156
DESENHO TÉCNICO E UNIVERSAL
NORMAS RELACIONADAS AO DESENHO 
TÉCNICO
FORMATO DE PAPEL E LETRAS E 
ALGARISMOS
TÉCNICA DO USO DE MATERIAL DE DESENHO
SISTEMAS DE PROJEÇÃO
GEOMETRIA DESCRITIVA
DESENHO GEOMÉTRICO
COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO
ESCALAS
PLANTA BAIXA ARQUITETÔNICA
VISTA E ELEVAÇÃO
CORTES E DETALHAMENTOS
DESENHO 2D EM AUTOCAD
ABNT/NBR 9050
PRINCÍPIOS DO DESIGN UNIVERSAL 
COMO FERRAMENTAS PARA A INCLUSÃO; 
ACESSIBILIDADE
DESENHO TÉCNICO
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho proporciona um pouco mais de conhecimento sobre as condições 
normativas e os padrões relativos aos desenhos técnicos e universais, e os requisitos 
obrigatórios desses tipos de desenho.
 A redação é, por natureza, uma linguagem geralmente aceita e deve ser respeitada 
para facilitar a leitura geral. 
É importante entender alguns dos requisitos do projeto, já que as pessoas que o 
executam nem sempre são diretas.
É necessário entender sobre estratégias de design, especificações de papel, tamanhos 
de fonte, critérios de peso, e todas as informações importantes que tornam o design 
legível sob condições técnicas.
Dessa forma, podemos ver como o projeto se relaciona com a geometria e os 
conceitos de desenho geométrico, e como eles possibilitam o seu desenvolvimento, 
conforme expresso em Desenvolvimento Requerido.
Depois de entender o papel da projeção, é necessário saber como participar do 
desenvolvimento por meio dela. Isso atualmente precisa ser resolvido dentro do 
equilíbrio. 
Plantas, cortes e elevações devem ser examinados em detalhes.
É importante ressaltar que todos os padrões foram criados pensando no 
desenvolvimento de projetos desenhados à mão, mas o estado atual do mercado 
de projetos de arquitetura e engenharia inviabiliza o desenvolvimento desse tipo de 
projeto, por isso é importante enfatizar o design auxiliado por computador no processo 
de design. 
Além disso, ao discutirmos os direitos do público em geral, do ponto de vista social e 
filosófico, discutimos não apenas o significado do desenho universal, mas também as 
condições para o desenvolvimento e aplicação dos requisitos de design, considerando 
determinados aspectos. 
Siga a norma ABNT 9050/2020 e os princípios condicionantes do desenho universal 
como ferramenta de inclusão e acessibilidade.
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CAPÍTULO 1
DESENHO TÉCNICO 
E UNIVERSAL
Quando estudamos a história do homem desde a pré-história, vemos que sempre 
houve uma estreita relação entre o processo de desenho e as formas de expressão, 
seja para a representação de uma realidade, para o direcionamento de uma condição 
religiosa, ou até mesmo para uma manifestação cultural. Assim surgiu o objetivo de 
se aplicar pinturas rupestres nas paredes das cavernas.
A pintura rupestre sempre teve estreita relação com a representação de algo do 
dia a dia do homem das cavernas, perdurando durante toda a pré-história.
Outro ponto histórico é que, com a invenção da escrita (que diga-se de passagem, 
era basicamente baseada em desenhos), o homem tentou estabelecer uma organização 
de símbolos para desenvolver um processo comunicacional com seus contemporâneos 
e pares, assim como a escrita cuneiforme e a escrita hieroglífica.
À medida que o homem evolui na história, vemos a organização de outras formas 
de processo comunicacional por meio do desenho, em especial quando ele dominou 
a geometria, e a forma como ela poderia interferir na composição das edificações. O 
desenho era a base do desenvolvimento das grandes obras arquitetônicas que chegam 
até os dias atuais, como por exemplo as obras greco-romanas.
1.1 O uso do desenho ao longo da história.
A história do desenho começa no tempo da pré-história, ao mesmo tempo em que 
o homem passa a fazer registros de sua rotina gravados nas cavernas, exprimindo os 
hábitos e experiências dos primitivos. A pintura rupestre talvez tenha sido a primeira 
forma de expressão, até que se consolidasse a linguagem verbal e eventualmente a 
linguagem escrita.
Ao longo da história, o desenho passou por formas diferentes de representar a 
expressividade, e evoluiu em relação à sua função em diferentes aspectos, inclusive 
sendo precursor da linguagem escrita, e tendo grande influência sobre a fotografia 
e o cinema, além de uma série de outras representações úteis para a vida, como a 
representação ortográfica, a representação por perspectiva, entre outras.
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Se por vez o desenho teve grande representatividade na expressão do que era 
sagrado (primeiro nas pinturas rupestres), algum tempo depois também seria de grande 
utilidade para a representação das leis, que eram uma espécie de desenho. Veremos 
que alguns povos como os egípcios, fizeram uso ostensivo do desenho para doutrinar 
a população através de um conjunto de símbolos nas paredes e pilares de templos e 
tumbas, estruturando as rotinas sociais, ordenadas pelas leis dos governantes. Por 
diversos momentos ele foi a representação do ordenamento coletivo.
 Os desenhos também foram os registros dos possíveis “percursos” que seriam 
utilizados pelos gregos e romanos no uso da cartografia, e depois para a determinação 
das rotas que os navegantes desenvolviam em cartas, apoiadas por instrumentos de 
leitura, em especial durante os séculos XV e XVI e posteriores.
Na arte, o desenho acompanhou todo o processo expressivo e o desenvolvimento 
de grande parte da história, e, ainda hoje, é capaz de surpreender e encantar todos 
os que pretendem contemplá-lo.
Desde a pré-história, o desenho surgiu como forma de as pessoas fazerem registros 
e facilitarem a comunicação, além de que foi importantíssimo para o desenvolvimento 
da linguagem falada e escrita. Já há uma certa noção de que o homem tenha aprendido 
a desenhar antes de falar, por conta das pinturas rupestres. É praticamente impossível 
determinar com certeza, já que a linguagem falada não deixa marcas nas paredes, 
porém é inegável que a expressão por meio de pinturas facilitou a comunicação entre 
os povos.
Figura 01: pintura rupestre.
Fonte:https://www.istockphoto.com/br/foto/pintura-rupesto-em-carricola-gm1384590002-443801353.
https://www.istockphoto.com/br/foto/pintura-rupesto-em-carricola-gm1384590002-443801353
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Na antiguidade clássica, o desenho ganhou o status de sagrado, como podemos 
ver com os egípcios e os povos mesopotâmicos, tanto que nas tumbas era um veículo 
de comunicação. Os chineses e os povos do continente americano desenvolveram 
formaspeculiares de comunicação, também baseadas no desenho, com significados 
próprios e que caracterizavam cada uma dessas civilizações. Na época dos gregos e 
romanos, utilizava-se o desenho para representar as divindades.
Na Mesopotâmia, o desenho foi a base bastante primitiva da representação que 
indicava limites territoriais e rotas. O nascimento da representação cartográfica 
derivou do desenvolvimento de rotas comerciais e de domínios, ganhando fôlego 
com a expansão do Império Romano e a popularização de suas cartas.
Um dos acontecimentos mais importantes para todas as formas de desenho foi 
a invenção do papel com os chineses, há cerca de 3000 anos. Até esse momento, 
diferentes materiais foram utilizados para o desenvolvimento das representações, 
como blocos de barro e argila, couro, tecidos, folhas de palmeiras, pedras, ossos 
de animais, e até mesmo o papiro (uma espécie de papel mais fibroso usado pelos 
egípcios), e por vezes o bambu. Por volta do ano VI a.C. os chineses já faziam uso do 
papel de seda branco, próprio para o desenho e a escrita. 
O papel que utilizamos hoje surgiu em 105 d.C. e sua composição foi mantida em 
segredo por mais de 600 anos. O que conhecemos hoje como papel, embora tenha 
evoluído, ainda é baseado na extração de fibras vegetais, prensagem e secagem.
Podemos citar que o desenvolvimento de apetrechos utilizados para o desenho 
ocorreu de maneiras bastante distintas pelas diferentes civilizações, com a utilização 
de materiais como madeiras e penas, que tinham as pontas colocadas sobre algum 
pigmento, fazendo surgir o desenho da letra, ou do que seria representado. 
Entre os primeiros utensílios utilizados para o ato de desenhar, há os dedos dos 
homens das cavernas, que fizeram as primeiras pinturas rupestres. Os babilônios 
utilizavam pedaços de madeira e ossos em formato de cunha para desenhar em 
tábuas de argila (daí o nome cuneiforme). Com a invenção do papiro pelos egípcios, 
foi necessário desenvolver outros materiais para a escrita e o desenho, passando a 
ser utilizados a madeira e ossos molhados em tinta vegetal, depois as famosas penas, 
e até mesmo o carvão.
A caneta esferográfica seria criada apenas em 1938, logo depois que as penas 
no século XVIII passaram a ser de metal. Em 1884, Lewis E. Waterman patenteou a 
caneta tinteiro, precursora das canetas esferográficas.
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Da mesma maneira que os instrumentos de desenho e as formas de utilização dos 
mesmos evoluíam, o próprio desenho evoluía. No Japão, por exemplo, na época mais 
próspera dos samurais (1192 a 1600) o desenho apresentava grande crescimento, 
e, além de guerreiros, os samurais se dedicavam à arte para o desenvolvimento da 
concentração. Além disso, foi no Japão que foi divulgada a tinta nanquim, criada pelos 
chineses, ao contrário do que se costuma pensar. 
Uma tinta preta bastante utilizada para o desenho era feita com um pigmento 
negro extraído de compostos de carbono queimados (como o carvão). Assim como 
praticamente todas as formas tradicionais de arte, o desenho era bastante difundido 
por religiosos, seja no oriente ou no ocidente, e até hoje mantém-se ligado ao que 
é religioso para diversos povos. No Japão em específico sempre foi utilizado com a 
necessidade de representar a natureza, ena antiguidade já se faziam desenhos sobre 
a vida das pessoas.
No Renascimento, o desenho ganha maior importância na arte, em especial pelas 
representações de perspectivas, e passa a desenvolver o retrato fiel da realidade; ao 
contrário do que acontecia em séculos anteriores (como na época da Idade Média), 
quando a falta de perspectiva criava cenários completamente incompatíveis com 
a realidade. Assim, além da evolução do desenho baseada na matemática e nos 
fundamentos da geometria, com a representação de perspectivas, o Renascimento 
ficou reconhecido por começar a era da Revolução Científica, tendo aprofundamento 
em estudos de diversas áreas do conhecimento. 
O desenho seria capaz de registrar todas essas evoluções, tais como os estudos 
de anatomia e as representações de edificações, com “ares de realidade”. 
Os mestres de pinturas desta época seriam exímios cientistas e desenhistas, que 
usavam seus conhecimentos para desenvolverem representações com ares de realidade 
em esculturas e pinturas, através do uso de sombras, proporções, luzes e cores.
1.1.1 A mudança do desenho como forma de representação.
Com o passar dos séculos, a partir do Renascimento, vemos que o desenho era 
fonte de representação da sociedade em diversos aspectos, para discussões de cunho 
político, religioso, social, entre outros. Mas é com o advento da Revolução Industrial 
que o desenho teria o direcionamento para a comunicação. A comunicação do desenho 
técnico é para criar o objeto, o transformar em informação, e o direcionar para o 
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processo produtivo, para que os outros consigam, por meio das simbologias típicas, 
desenvolver o produto tal qual foi idealizado. 
Devido à Revolução Industrial, surgiu uma nova modalidade de desenho que se 
voltava para a projeção de objetos, máquinas e tudo que envolvia a representação 
destes, por meio do que algumas áreas preferem chamar de “desenho industrial” e 
outras de “representação ortográfica”.
É importante entendermos que o processo de evolução da produção artesanal, 
fundia o processo criativo e o processo produtivo em uma única coisa, e com isso, o 
desenho era parte do processo de elaboração ou materialização da ideia do criador.
Com o advento da separação internacional do trabalho, o desenho seria uma 
forma de comunicar a ideia do criador a um produtor. Para isso, seria necessário a 
sistematização de uma série de representações, para que houvesse uma linguagem 
entre o processo criativo e o processo produtivo. Logo, criou-se a oportunidade de 
desenvolvimento do desenho técnico, consolidado em função da condição de ter que 
especificar-se as medidas, os desenhos, as formas, e até mesmo os materiais.
A Revolução Industrial (1760-1850) foi um período em que muitos avanços 
tecnológicos se desenvolveram, como a construção de máquinas e equipamentos, 
impulsionando a criação de desenhos técnicos. O desenho técnico é um tipo de 
representação gráfica que deve transmitir com exatidão todas as características do 
objeto representado; características como: dimensões, tipo de material, detalhes da 
superfície, detalhes da fabricação e construção.
1.1.2 Quem foi Gaspard Monge? 
O desenho industrial, ou como é chamado hoje: desenho técnico, foi desenvolvido 
por Gaspard Monge (1746-1818), que também é conhecido como o pai da geometria 
descritiva.
ANOTE ISSO
A geometria descritiva é uma subárea da matemática aplicada cujo objetivo é 
representar a forma do espaço em um plano. Ou seja, resolver um problema 3D 
em 2D. Para atingir este objetivo, é utilizado um método composicional no qual 
um diagrama espacial é representado em um plano para que todas as questões 
relacionadas a esse diagrama sejam interpretadas. Definida como a parte da 
matemática que estuda a planificação de elementos geométricos.
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Gaspard Monge foi um sábio desenhista e político francês do final do século XVIII 
e início do século XIX, um dos fundadores do Instituto Politécnico Francês, autor da 
geometria descritiva, grande teórico da geometria analítica, especialista em curvas, 
e que pode ser considerado o pai da geometria diferencial (superfície do espaço). 
Pretendia representar as figuras do espaço em um plano usando a geometria plana, 
para resolver problemas em que apareciam 3 dimensões.
A geometria descritiva deu grande impulso à indústria, e foi exatamente por esse 
motivo que Gaspard Monge se dedicou a esse estudo.
“A França, que nos anos de fartura praticamente transbordava com os 
mais finos alimentos, sofreuum período de fome nacional em dezesseis 
dos cem anos do século 18, que terminou em revolução.” (BLAINEY, 2008, 
p. 224).
A criação da École Normale provia subsídio para a formação de professores de 
escolas básicas. O seu papel era o de formar professores que pudessem capacitar 
os cidadãos nas escolas laicas a exercer uma mão de obra mais qualificada. A 
École Polytechnique e as Écoles d’Application foram exemplos de onde escoaram 
estudantes qualificados. Foram escolas voltadas para a formação imediata e 
emergencial de engenheiros. Houve duas direções de formação de engenheiros: 
uma civil, relacionada à infraestrutura do país, e outra militar, voltada para a defesa 
e a expansão da nação e dos ideais franceses.
A escola foi fundada no período mais difícil da Revolução Francesa, quando a 
desintegração de todos os institutos de educação e a perda contínua de jovens 
vigorosos treinados para fins militares, criaram uma necessidade urgente 
de extensão nessa direção (...). A escola existia para treinar oficiais para a 
Revolução, e mais tarde para o exército de Napoleão. (KLEIN, 1979, p.60)
Gaspar Monge aprimorou as técnicas de representação gráfica já iniciadas pelos 
egípcios: planta, elevação, perfil. O interesse pelo estudo dessa tecnologia surgiu 
de um impulso patriótico que visava libertar a França da dependência da indústria 
estrangeira.
1.1.3 Mas o que viria a ser a geometria descritiva? 
A geometria descritiva é conhecida como o método que permite representar com 
precisão os objetos em 3 dimensões (comprimento, largura e altura), que são projetados 
sobre superfícies planas, por meio do uso de escalas. Na folha de papel, transfere-se 
o desenho para um sistema de representação bidimensional e facilita a identificação 
da verdadeira grandeza.
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
É por meio dos princípios da geometria descritiva que se constitui a base para o 
desenho técnico e como ele é entendido atualmente.
Figura 02: geometria descritiva e projeções ortogonais.
Fonte: https://professornovais.com/a-historia-e-evolucao-do-desenho-tecnico-mecanico/.
Desenvolvemos a geometria descritiva sobre uma peça, e percebemos como 
o desenho é uma forma eficiente e segura de transmitir ideias e soluções para 
projetos, sejam eles de engenharia ou arquitetura.
1.1.4 Conceituando o desenho técnico.
Essencialmente, o desenho é uma figura, imagem, ou delineamento, feito à mão 
ou com o uso de ferramentas em diferentes materiais. O conceito de técnico se dá 
ao que é ligado à ciência, destinado a obter um determinado resultado.
Entende-se por desenho técnico o sistema pelo qual fazemos a representação técnica 
de diferentes tipos de objetos, e seu objetivo é fornecer a informação necessária para 
a análise desse objeto com vista a facilitar a sua concepção e manutenção, e depois 
projetá-lo.
O desenho técnico pode ser desenvolvido com recursos técnicos de desenho 
(lapiseira, régua, esquadro, compasso), porém hoje contamos com softwares que 
ajudam a realizar de maneira mais ágil as projeções e cálculos.
Deste modo, a engenharia e arquitetura fazem uso dessa ciência, e o edifício pode 
ser representado em um plano horizontal utilizando escalas, seja por planta, corte, ou 
elevação. Até mesmo sua implantação, configuração de telhado, entre outros aspectos, 
contribuem para a execução da obra, e propõem detalhes sobre as dimensões nos 
projetos. Neste caso, damos o nome de desenho arquitetônico.
https://professornovais.com/a-historia-e-evolucao-do-desenho-tecnico-mecanico/
DESENHO TÉCNICO
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O desenho técnico consegue fazer a representação de formas, e indicar posições e 
dimensões, segundo o contexto da aplicação e considerando as variáveis que devem 
ser observadas para a produção.
Também pode ser entendido como meio de expressão gráfica e ajuda a passar a 
ideia que foi proposta pelo projetista, que é o responsável pela execução.
Podemos ver que um projetista elabora o desenho gráfico como as palavras de 
um texto, de forma a expressar a volumetria, a intenção geométrica, e os detalhes de 
acabamentos e superfícies.
Pode-se relacionar o desenho à escrita, pois é necessário seguir um conjunto de 
regras para que haja comunicação entre o processo criativo (criador) e o processo 
produtivo (projetista), e a clareza deve ser tal que consiga transmitir a mensagem, e 
quem executar o projeto consiga interpretar a ideia e realizá-la.
Embora o método de Monge seja amplamente utilizado por todos os países, cada país 
tem a necessidade de desenvolver normativas específicas para que em seu território 
seja possível entender o que se cria. No caso do Brasil, fazemos uso da norma ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), pela qual determina-se as tipologias, entre 
outros artifícios que possam ser necessários para a correta representação do desenho.
O desenho técnico não é apenas aplicado na área da construção civil, mas existem 
outros tipos de desenho técnicos, que podem ser aplicados conforme outras utilidades, 
como por exemplo: o desenho mecânico (representa as partes e peças de máquinas), 
desenho eletrônico (representa circuitos), desenho elétrico (representa instalações 
elétricas), desenho urbanístico (representa organização e desenvolvimento de centros 
urbanos).
O desenho técnico pode ter o acompanhamento de esboços, diagramas, gráficos, 
planos, entre outros, e é frequentemente usado com desenhos geométricos e noções 
de matemática para se trabalhar de forma bem-sucedida com escalas e perspectivas.
O que diferencia o desenho técnico do desenho artístico é que o segundo tem relação 
com aspectos subjetivos de quem olha e desenha, levando a distintas interpretações, e 
o primeiro é a representação literal do que se pretende mostrar, para fins de conseguir 
atender o objetivo da produção.
Assim, o desenho técnico é direto, com significado único, e é representado por meio 
de símbolos e figuras, que ajudarão o responsável pela execução a atender tudo que 
ali está especificado. Em outras palavras, o desenho técnico precisa descrever de 
forma exata as características da obra.
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1.1.5 Conceito de desenho arquitetônico.
O desenho arquitetônico é delineamento relacionado a tudo que é ligado à arquitetura, 
como a espacialidade orientada para o design e construção de edifícios. Um desenho 
arquitetônico é o elemento gráfico que visa obter a representação de uma obra 
arquitetônica, e o desenho técnico é feito por um especialista que fornece os dados 
necessários para analisar, projetar, construir ou manter o objeto em questão.
Há algumas tipologias de desenhos arquitetônicos, exemplo: os planos arquitetônicos, 
que são diagramas desenvolvidos de um ponto de vista onde passa um plano de corte 
sobre ou entre o que se pretende representar, e mostra as diversas relações entre as 
distribuições dos espaços e os elementos necessários para a construção do edifício. 
Tais desenhos arquitetônicos podem ser equiparados a um mapa, por dar norteamento 
a quem for construir.
Quando o plano mostra as vias de acesso, os limites de construção, e os componentes 
estruturais da edificação, falamos de representação em plano. Se o plano estiver em 
uma área específica de construção, o desenho é chamado de plano de detalhes.
Podemos dispor o plano de representação à frente de uma fachada, e assim verificar 
a elevação da edificação, e como fica a sua aparência externa.
Outra forma de representar a edificação é por meio de representações tridimensionais, 
que podem derivar dos planos de projeções ortogonais, que podem ser desenvolvidos 
com a geometria do plano do horizonte, plano do piso e pontos de fuga, e tem por 
objetivo obter uma representação realista.
1.1.6 Conceito de desenho topográfico.
Pode ser entendido como o traçado feito para a representação de uma superfíciede 
um terreno, e é usado como base para o desenvolvimento de projetos arquitetônicos. 
O desenho topográfico é o que faz relação direta à topografia, que é uma disciplina 
dedicada à descrição e delineamento de um terreno, assim a topografia também é o 
conjunto de características superficiais de uma região.
O desenho topográfico é um gráfico cujo objetivo é representar as propriedades 
da superfície de um terreno tal como o desenho técnico de uma edificação, mas que 
fornece os dados úteis para análise, construção e manutenção de algum tipo de obra, 
instalação ou infraestrutura. É através do desenho topográfico que se possibilita o 
entendimento da representação da altura e relevo, e também a representação do corte 
e aterro de uma área. Faz uso de símbolos gráficos, aceitos por convenções e normas, 
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para o entendimento das informações entre os envolvidos com o desenvolvimento 
do projeto.
O desenvolvimento de um desenho topográfico requer equipamentos específicos 
e cálculos direcionados, além da representação gráfica, e deve refletir com precisão 
as medidas de distância para sua projeção no papel. Deve-se representar fielmente 
a superfície real, porém, como se trata de grandes dimensões, normalmente faz-se o 
uso de escalas, tornando necessário o entendimento desses artifícios para a correta 
representação do que está sendo mostrado, e para obter influência sobre o projeto.
No mais, é necessário considerar que os desenhos topográficos formam 
representações no plano, e refletem a presença de curvas, depressões entre outros 
aspectos relevantes do projeto, além de ser possível obter uma representação precisa 
das formas de um terreno.
ISTO ESTÁ NA REDE
O vídeo mostra as diferenças básicas entre o desenho artístico e o desenho técnico.
“História do desenho - diferença entre desenho artístico e técnico”.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=_T9AEVPSjSM.
https://www.youtube.com/watch?v=_T9AEVPSjSM
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CAPÍTULO 2
NORMAS RELACIONADAS 
AO DESENHO TÉCNICO
Neste capítulo entenderemos um pouco mais sobre quais são as normas e seus 
conteúdos, assim como o entendimento das aplicações no desenvolvimento do desenho 
técnico.
Como vimos, cada país possui suas próprias regras para esse tipo de desenho, 
sendo que no Brasil há a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). É a ABNT/
NBR 10647 que define, por exemplo, os tipos de desenhos usados, nomenclaturas, 
se o desenho será feito à mão livre ou digital (no computador), o material utilizado, 
entre outros assuntos.
Mas há outras normas que temos que referenciar para o desenvolvimento dos 
projetos e dos desenhos técnicos. Tais como:
• NBR – 6492:1994 – Representação de projetos de arquitetura;
• NBR – 8196:1994 – Emprego de escalas em desenho técnico;
• NBR – 8403:1984 – Aplicação de linhas em desenhos;
• NBR – 10067:1987 – Princípios gerais da representação em desenho técnico;
• NBR – 10068:1987 – Folha de desenho: leiaute e dimensões;
• NBR – 10126:1987 – Cotagem em desenho técnico;
• NBR – 10582:1988 – Apresentação da folha para desenho técnico;
• NBR – 10647:1989 – Desenho técnico;
• NBR – 13142:1994 – Dobramento de cópia de desenho técnico;
Vamos ao estudo de cada uma delas e entender quais são seus componentes 
básicos e estruturação:
2.1 - ABNT/NBR 10647 - Desenho técnico.
Esta norma define os termos empregados no desenho técnico. E faz uso de 
definições, como por exemplo:
Quanto ao aspecto geométrico:
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Figura 01: aspecto geométrico.
Fonte: NBR 10647.
Quanto aos artifícios gráficos que podem ser aderentes ao desenho projetivo, mas 
são considerados desenhos não projetivos:
Figura 02: desenho não projetivo.
Fonte: NBR 10647.
a) diagramas;
b) esquemas;
c) ábacos ou nomogramas;
d) fluxogramas;
e) organogramas;
f) gráficos.
A norma coloca também algumas definições quanto ao grau de elaboração:
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Figura 03: Grau de Elaboração.
Fonte: NBR 10647.
Também há a definição quanto ao grau de pormenorização:
Figura 04: desenho de componente e de conjunto.
Fonte: NBR 10647.
Embora nos dias atuais seja bem comum o uso do desenho auxiliado por computador, 
a norma ainda tem parte de seu conteúdo dedicado ao material empregado, e o 
desenho pode ser executado com lápis, tinta, giz, carvão ou outro material adequado.
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Dedica também parte de seu conteúdo em relação à técnica de execução: desenho 
executado manualmente (à mão livre ou com instrumento), ou à máquina; além do 
modo de obtenção, seja por produção original ou por reprodução.
2.2 - ABNT/NBR – 6492 – Representação de projetos de arquitetura.
Já de início a norma fixa as condições exigíveis para a representação gráfica 
de projetos de arquitetura. As indicações colocadas dentro da norma visam a boa 
compreensão, porém, logo de início, a norma não abrange critérios de projetos que 
são objetos de outras normas e legislações diretamente ligadas a condições opostas 
nos municípios ou estados onde o projeto se desenvolve. 
A norma cita como documento complementar a norma NBR 10068 - folha de desenho 
- leiaute e dimensões – padronização.
O interessante da norma é que ela dá algumas definições dos seguintes itens:
Figura 05: tipos de desenhos da norma.
Fonte: NBR 6492/1994.
É interessante comentar que a norma já se adianta em algumas definições, como 
escalas, programa de necessidades, memorial justificativo, descriminação técnica. 
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Dedica parte do conteúdo também para o entendimento do que é especificação, lista 
de materiais e orçamento.
Dedica parte de seu escopo a definições como as condições gerais para o 
desenvolvimento do projeto, com observações em relação ao papel (formato, 
carimbo, dobramento de cópias, entre outros aspectos). As condições específicas 
da caracterização das fases do projeto é um ponto importante, considerando suas 
finalidades específicas, conforme os itens 5.1.1 a 5.1.4, tendo as seguintes relações:
Figura 06: fases dos projetos.
Fonte: NBR 6492/1994.
Além disso, elenca quais são as necessidades de representação essenciais para 
cada uma das fases anteriormente citadas, colocadas em termos de requisitos dos 
desenhos, contendo informações cruciais para cada um dos desenhos desenvolvidos.
Mas uma das partes mais importantes desta norma é o “anexo - representação 
gráfica de arquitetura”, e nela estão descritos:
• Linhas de representação;
• Tipos de letras e números;
• Escalas;
• Norte (representações);
• Indicação de chamadas;
• Indicação de sentido ascendente nas escadas e rampas;
• Indicação de inclinação de telhados, caimentos, pisos etc.;
• Cotas;
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• Dimensão dos vãos de portas e janelas;
• Cotas de nível;
• Marcação de coordenadas;
• Marcação de cortes gerais;
• Marcação de detalhes;
• Numeração e títulos de desenhos;
• Indicação de fachadas e elevações;
• Designação de portas e esquadrias;
• Designação de locais para referência na tabela geral de acabamentos;
• Quadro geral de acabamentos (facultativo);
• Quadro geral de áreas (facultativo);
• Representação dos materiais mais usados;
• Quadro geral de esquadrias.
ISTO ESTÁ NA REDE
O anexo da norma caberia em alguns capítulos deste material, para conseguirmos 
entender seu escopo, cabe uma consulta:
Acesse o link: https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-
representacao-de-projetos-de-arquitetura.
2.3 - ABNT/NBR – 8196:1994 – emprego de escalas em desenho técnico.
Esta norma tem por objetivo fixar condições exigíveis para o emprego de escalas 
e suas designações em desenhostécnicos.
A norma relaciona um conjunto de disposições que, ao serem citadas no texto, 
constituem prescrições para a presente norma. Importante ressaltar que se toma 
por referência a norma NBR 10647:89, que trata especificamente do desenho técnico 
e faz definições de escala, porém a norma pode ser revisada a qualquer momento.
Em relação aos requisitos gerais, a designação da presente norma deve consistir 
na palavra ESCALA, seguida da relação:
Escala 1:1 para escala natural;
Escala x:1 para escala de ampliação (x>1);
Escala 1:x para escala de redução (x>1).
O valor de “X” deve ser conforme:
https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-representacao-de-projetos-de-arquitetura
https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-representacao-de-projetos-de-arquitetura
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Redução Natural Ampliação
1:2 1:1 2:1
1:5 5:1
1:10 10:1
Nota – as escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas na razão de 10.
Tabela 01: escalas.
Fonte: NBR – 8196:1994.
Conforme o próprio texto, é necessário que a escala na qual nos baseamos, 
dependa da complexidade do objeto ou elemento a ser representado, e da finalidade 
da representação. Em todos os casos, a escala selecionada deve ser suficiente para 
permitir a interpretação fácil e clara da informação que será representada, e a escala 
e o tamanho do objeto ou elemento em questão serão parâmetros para a escolha do 
formato da folha, deixando a escala de certo modo condicionada a estar devidamente 
representada dentro deste papel.
2.4 - NBR – 8403:1984 – aplicação de linhas em desenhos.
Esta norma tem por parâmetro a condição de fixar os tipos e os escalonamentos 
de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes. 
Estabelece como condições gerais para as larguras das linhas, um escalonamento 
que pode ter referência nos formatos do papel para os desenhos técnicos, o que permite 
a redução e a ampliação, no processo de reprodução, para o formato do papel, dentro 
do escalonamento desejado, para que se obtenham novamente as larguras de linhas 
originais, desde que executadas com canetas técnicas e instrumentos normativos.
Estabelece condições específicas sobre as espessuras das linhas, que foram 
produzidas quando o desenho técnico era feito em papel e canetas com espessuras; 
hoje deve-se refletir sobre o desenvolvimento dos projetos assistidos por computador. 
As larguras das linhas devem ser escolhidas conforme o tipo, dimensão, escala e 
densidade de linhas no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13(1); 
0,18(1); 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm, e no sentido que em diferentes 
vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, as larguras das linhas mantenham-
se conservadas.
Há um certo cuidado por parte da norma em falar que em representações nas quais 
faz-se uso de linhas paralelas (como é o caso de hachuras), o espaçamento não deve 
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ser menor do que 2 vezes a largura da linha mais larga, sendo recomendado não ser 
menor do que 0,7 mm.
Quando desenvolvido o desenho por meio de cores, existe a necessidade de usar 
canetas técnicas, sendo respeitadas as respectivas dimensões, conforme quadro 
abaixo:
Espessura da linha: Cor da linha:
0,13 mm - lilás
0,18 mm - vermelha
0,25 mm - branca
0,35 mm - amarela
0,50 mm - marrom
0,70 mm - azul
1,00 mm - laranja
1,40 mm - verde
2,00 mm - cinza
Tabela 02: espessura das linhas e cores.
Fonte: NBR – 8403:1984.
A norma também coloca a condição dos tipos de linhas e suas utilidades:
Linha Denominação Aplicação Geral
Contínua larga A1 contornos visíveis
A2 arestas visíveis
Contínua estreita B 1 l i n h a s d e i n t e r s e ç ã o 
imaginárias
B2 linhas de cotas
B3 linhas auxiliares
B4 linhas de chamadas
B5 hachuras
B6 contornos de seções rebatidas 
na própria vista
B7 linhas de centros curtas
Contínua estreita à mão livre (A)
Contínua estreita em zigue-zague 
(A)
C1 limites de vistas ou cortes 
parciais, ou interrompidas se o 
limite não coincidir com linhas 
traço e ponto 
Esta linha destina-se a desenhos 
zigue-zague (A) confeccionados 
por máquinas 
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Tracejada larga (A)
Tracejada estreita (A)
E1 contornos não visíveis
E2 arestas não visíveis
F1 contornos não visíveis
F2 arestas não visíveis
Traço e ponto estreita G1 linhas de centro
G2 linhas de simetrias
G3 trajetórias
Traço e ponto estreita, larga nas 
extremidades e na mudança de 
direção
H1 planos de cortes
Traço e ponto larga J1 Indicação de l inhas ou 
superfícies com indicação 
especial
Traço e dois pontos estreita K1 contornos de peças adjacentes
K2 posição limite de peças 
móveis
K3 linhas de centro de gravidade
K4 cantos antes da conformação 
(ver
figura 1f)
K5 detalhes situados antes do 
plano de corte
 
Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.
Nota: se forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem ser explicados no 
respectivo desenho ou por meio de referência às normas específicas correspondentes.
A norma procede com uma série de exemplificações do uso dos tipos de linhas, tanto 
em desenhos mecânicos como em desenhos arquitetônicos, cabendo uma consulta 
na mesma na hora que for desenvolvido o desenho. A norma também trata de ordem 
de prioridade, linhas coincidentes e terminações de linhas de chamadas, no corpo da 
norma, assim como sua representação em desenhos.
2.5 - NBR – 10067:1987 – princípios gerais de representação em desenho técnico.
Esta norma tem por objetivo fixar a forma de representação aplicada em desenho 
técnico e faz uso de documentos complementares, como por exemplo:
• NBR 8402 - execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos - 
procedimento.
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• NBR 8403 - aplicação de linhas em desenho técnico - procedimento.
• NBR 12298 - representação da área de corte por meio de hachuras em desenho 
técnico – procedimento.
Estabelece condições gerais, do uso do primeiro diedro (figura A) e do terceiro 
diedro (figura B), como métodos de representação ortográfica, conforme colocados 
nas figuras abaixo:
Figura A Figura B
Figura 07: fases dos projetos.
Fonte: NBR – 10067:1987.
Estabelece condições específicas em relação à denominação das vistas; os nomes 
das vistas indicadas na figura 8 são as seguintes:
a) vista frontal (a);
b) vista superior (b);
c) vista lateral esquerda (c);
d) vista lateral direita (d);
e) vista inferior (e);
f) vista posterior (f).
Figura 8: Indicação de vistas.
Fonte: NBR – 10067:1987.
É possível entender a relação se colocarmos o desenho dentro de um cubo 
transparente, e colocarmos o objeto dentro do primeiro diedro, estabelecendo assim 
as vistas cônicas.
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Figura 09: representação no primeiro diedro.
Fonte: NBR – 10067:1987.
Se olharmos pela perspectiva do terceiro diedro, veremos a inversão pela condição 
do próprio posicionamento do objeto dentro do diedro.
Figura 10: representação no terceiro diedro.
Fonte: NBR – 10067:1987.
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Existe, segundo a norma, a necessidade de entender a relação das vistas e como 
escolhemos as mesmas para que recebam a nomenclatura correta, sendo que a 
vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou principal. 
Geralmente, esta vista representa a peça na sua posição de utilização. Quando outras 
vistas forem necessárias, incluindo cortes e/ou seções, elas devem ser selecionadas 
conforme os seguintes critérios:
• usar o menor número de vistas;
• evitar repetição de detalhes;
• evitar linhas tracejadas desnecessárias.
Determinação do número de vistas:
Deve-se executarquantas vistas forem necessárias à caracterização da forma da 
peça a ser representada, e é preferível que estas vistas, cortes ou seções, estejam 
aderentes ao uso na execução do produto, e em relação à grande quantidade de 
linhas tracejadas.
A norma também estabelece a necessidade de entender onde serão passadas as 
vistas especiais que eventualmente são passadas fora de posição, ou que não são 
possíveis ou convenientes de representar na posição determinada pelo método de 
projeção, podendo localizá-las em outras posições, com exceção da vista principal.
Figura 11: escolha das vistas.
Fonte: NBR – 10067:1987.
A norma também dedica parte de seu escopo à delimitação do que é uma vista 
auxiliar, como devemos desenvolver o desenho de elementos repetitivos, critérios 
para a escolha, e detalhes ampliados. É importante consultar a norma para fins de 
entender o posicionamento das linhas de interseção, a relação com a representação 
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convencional de extremidades de eixos com seção quadrada e furos quadrados ou 
retangulares e vistas de peças simétricas, partes adjacentes, contorno desenvolvido, 
vistas de peças encurtadas.
Dedica especial parte do material ao desenvolvimento e entendimento do que são 
cortes e seções, mostrando exemplificações, como representá-los, e como podemos 
fazer uso deles em peças e elementos arquitetônicos, assim como a aplicação de 
meio-corte, corte parcial e corte em desvio, seções rebatidas dentro ou fora da vista, 
proporções e dimensões dos símbolos.
2.6 - NBR – 10068:1987 – folha de desenho – leiaute e dimensões; NBR – 
10582:1988 – apresentação da folha para desenho técnico; NBR – 13142:1994 
– dobramento de cópia de desenho técnico.
Em síntese, estas normas estão relacionadas, sendo que:
Figura 12: escopo da folha da norma 10068/87.
Fonte: NBR – 10068:1987.
É interessante ressaltar que a norma coloca a condição do formato de padrão A 
como referência para o desenvolvimento de projetos e relações métricas, tanto para 
o formato horizontal como para o formato vertical, com as seguintes medidas:
Designação Dimensões
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 295 x 420
A4 210 x 297
Tabela 03: dimensões das folhas.
Fonte: NBR 10068/1987.
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Mostrando as relações métricas entre elas:
Figura 13: proporções da folha do padrão A.
Fonte: 10068/87.
Estabelece condições para o desenvolvimento de margens e quadros que precisam 
ser colocados em função das dimensões.
A norma NBR – 10582:1988 – apresentação da folha para desenho técnico, fixa as 
condições exigíveis para a localização e disposição do espaço para desenho, espaço 
para texto e espaço para legenda, além dos respectivos conteúdos, nas folhas de 
desenhos técnicos.
Figura 14: utilização da folha conforme norma NBR – 10582:1988.
Fonte: norma NBR – 10582:1988.
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ANOTE ISSO
BR 13142 - desenho técnico - dobramento de cópia, trata especificamente da forma 
de dobragem dos diversos tamanhos de folhas que vão do A0 ao A3, dentro de 
suas proporcionalidades de tamanho.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
NBR – 10647:1989 – desenho técnico.
Esta norma define os termos empregados em desenho técnico:
• Quanto ao aspecto geométrico;
• Quanto ao grau de elaboração;
• Quanto ao grau de pormenorização;
• Quanto ao material empregado;
• Quanto à técnica de execução;
• Quanto ao modo de obtenção.
NBR – 10126:1987 – cotagem em desenho técnico:
Esta norma tem por objetivo fixar os princípios gerais de cotagem a serem 
aplicados em todos os desenhos técnicos. 
Entende-se por cotagem, a representação gráfica no desenho da característica do 
elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico, numa unidade de 
medida. Para isto, usa-se o método de execução, e observa-se os elementos de 
cotagem (como linhas auxiliares e cotas), com cuidados em relação à apresentação 
da cotagem, e como acontece a disposição e a apresentação da cotagem, 
considerando:
• Cotagem em cadeia;
• Cotagem por elemento de referência;
• Cotagem por coordenadas;
• Cotagem combinada.
Além de considerar indicações especiais:
• Elementos equidistantes;
• Elementos repetidos;
• Chanfros e escareados;
• Outras indicações.
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CAPÍTULO 3
FORMATO DE PAPEL E 
LETRAS E ALGARISMOS
No presente capítulo faremos a relação entre as condições de desenvolvimento do 
desenho (representando o edifício que será construído na escala real), e que precisa 
ser representado dentro de um papel, o qual servirá de referência em obras. Para isso, 
o profissional deverá ter o domínio das relações de tamanho para definir a condição 
de desenvolvimento do desenho em escala.
3.1 - Dimensões dos tamanhos de papel da série A.
As dimensões dos tamanhos de papel série A, são definidas por meio da ISO 216, que 
determina a condição em milímetros e polegadas, obtidas dividindo o valor em mm por 10. 
Podemos relacionar a tabela de tamanhos do papel série A, considerando a 
representação visual dos tamanhos. Exemplo: a unidade de medida de um A5 é a 
metade do tamanho de um A4, e o A2 é a metade do tamanho de um A1.
 Tamanho Largura x altura (mm) Largura x altura (m) Largura x altura (pol)
4A0 1682 x 2378 mm 1,682 x 2,378 m 66,2 x 93,6 pol
2A0 1189 x 1682 mm 1,189 x 1,682 m 46,8 x 66,2 pol
A0 841 x 1189 mm 0,841 x 1,189 m 33,1 x 46,8 pol
A1 594 x 841 mm 0,594 x 0,841 m 23,4 x 33,1 pol
A2 420 x 594 mm 0,420 x 0,594 m 16,5 x 23,4 pol
A3 297 x 420 mm 0,297 x 0,420 m 11,7 x 16,5 pol
A4 210 x 297 mm 0,210 x 0,297 m 8,3 x 11,7 pol
A5 148 x 210 mm 0,148 x 0,210 m 5,8 x 8,3 pol
A6 105 x 148 mm 0,105 x 0,148 m 4,1 x 5,8 pol
A7 74 x 105 mm 0,074 x 0,105 m 2,9 x 4,1 pol
A8 52 x 74 mm 0,052 x 0,074 m 2,0 x 2,9 pol
A9 37 x 52 mm 0,037 x 0,052 m 1,5 x 2,0 pol
A10 26 x 37 mm 0,026 x 0,037 m 1,0 x 1,5 pol
Tabela 01: tabela de dimensões do papel de série A.
Fonte: ISO 216.
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Para conversão dos tamanhos de papel em centímetros, é possível converter os 
valores em milímetros a centímetros ao dividir por 10, e em pés ao dividir os valores 
de polegada por 12. A figura abaixo mostra a relação das dimensões dos papéis:
Figura 01: dimensões dos papéis.
Fonte: https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm.
Para entender o formato do papel série A temos que entender que a relação de cada 
tamanho do papel é exatamente a metade do tamanho anterior (quando dobrado de 
forma paralela aos comprimentos mais curtos do papel).
Tal sistema permite diversas aplicações, como a produção de folhetos em papéis 
dobrados ao meio, e fica diretamente relacionado à condição de redução e ampliação 
de imagens sem precisar fazer cortes ao objeto, quando aplicado ao desenho técnico.
Tal situação acontece em relação aos comprimentos e larguras das folhas de papel, 
que é igual à raiz quadrada de 2.
A condição que estabelece por base é o papel A0 (1 m²), e a relação é de que o 
comprimento é dividido pela largura em 1,4142 (√2), deixando cada tamanho subsequente 
https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm
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A(n) (em que n é o número do formato) como A(n-1), dobrando o tamanho paralelo 
aos lados curtos.
Quanto maior o número de n, menor será o tamanho do papel, da mesma forma 
que quanto menor o número de n, maior será o seu tamanho (sendo A0 a referência 
de maior tamanho).
3.2 - Existem outras dimensões além do A0?
Sim, existem. São os formatos 4A0 & 2A0 (formatos de tamanho grande da norma 
DIN 476), que são maiores em tamanho que o A0, 4A0 e 2A0, mas não são formalmente 
definidos pela norma ISO 216; no entanto, são mais comumente usados para papéis 
de tamanho grande. A origem desses formatosque discutimos neste capítulo é o 
padrão alemão (Deutsches Institut für Normung - DIN 476), em 1922, a Alemanha 
criou a Norma DIN 476, que serviu de modelo para o padrão internacional ISO 216, 
em vigor desde 1975.
Há hoje dois padrões de tamanhos de papel em vigor: o utilizado nos Estados Unidos 
e Canadá, e o padrão internacional ISO 216, utilizado nos demais países, incluindo o 
Brasil. O tamanho 2A0 às vezes é descrito como A00, no entanto, essa convenção de 
nomenclatura não é usada para o tamanho 4A0.
Para a tolerância de tamanhos de papéis da série A (a ISO 216), é necessário que 
algumas regras sejam seguidas na sua produção:
• ± 1,5 mm (0,06 pol.) para dimensões de até 150 mm (5,9 pol.).
• ± 2 mm (0,08 pol.) para comprimentos na faixa de 150 a 600 mm (5,9 a 23,6 pol.).
• ± 3 mm (0,12 pol.) para dimensões acima de 600 mm (23,6 pol.).
• O comprimento e a largura padrão de cada tamanho é arredondado para o 
milímetro mais próximo.
• Como referência, o último item deve-se ao fato de que a relação de aspecto da 
raiz de 2 nem sempre gera um número inteiro.
Mas existem outros tipos de formato, dependendo da influência do sistema de 
medidas adotado por alguns países, mas os tamanhos de papel da série A são de uso 
comum em todo mundo, ao contrário do que se utiliza somente nos Estados Unidos, 
Canadá e partes do México. Para efeito de curiosidade, o tamanho A4 torna-se assim 
o tamanho de cartão padrão de negócios em países de língua inglesa como Austrália, 
Nova Zelândia, e Reino Unido, que usavam os tamanhos britânicos. Na Europa, os 
https://www.din.de/de/cmd?level=tpl-home&contextid=din&utm_source=post&utm_medium=tutoriais&utm_campaign=formato-DIN
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papéis A foram adotados como padrão formal somente no meio do século XX, e de 
lá se direcionaram para diversas partes do globo.
3.3 - Mas ainda existem outros tipos de tamanhos de papel?
Sim, existem os cortados em RA e SRA que são padrões de papel não cortados para 
a impressão comercial, e esses formatos são projetados para permitir a sangria de 
tinta, a fim de que o papel a ser cortado se encaixe em um dos tamanhos da série A.
Tamanho largura x altura (mm) largura x altura (pol)
RA0 860 x 1220 mm 33,9 x 48,0 pol
RA1 610 x 860 mm 24,0 x 33,9 pol
RA2 430 x 610 mm 16,9 x 24,0 pol
RA3 305 x 430 mm 12,0 x 16,9 pol
RA4 215 x 305 mm 8,5 x 12,0 pol
Tabela 02: tamanho RA.
Fonte: https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm.
Também temos o tamanho A3 + (Super A3) também denominado A3 Plus ou Super 
A3, mas isso não é um tamanho de papel definido na norma ISO 216. As dimensões 
são de 329 mm x 483 mm (13 pol. x 19 pol.), o que muda a relação de 1:1.468, no 
lugar da relação de aspecto 1:raiz de 2 dos tamanhos de papel definidos na norma ISO. 
Seu nome A3+/Super A3 é bastante enganoso, a sua nomenclatura comercial é 
B+ ou Super B (também nos Estados Unidos), e é na verdade o tamanho ANSI B com 
uma margem de 1 pol., para a sangria de tinta.
3.4 - Aplicabilidade dos papéis.
Dependendo do tamanho do papel existem muitas aplicabilidades, mas é necessário 
entender suas dimensões, considerando as condições de uso específico dentro da 
área do desenho técnico.
ISTO ESTÁ NA REDE
Para conseguir desenvolver a conversão e entender as medidas, você pode fazer 
uso da calculadora que se encontra no site abaixo:
Acesse o link: https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm.
https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm
https://www.tamanhosdepapel.com/a-papel-tamanhos.htm
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3.4.1 - A6.
As dimensões desse tipo de papel é de 148x105mm, tem pouca usabilidade para o 
desenvolvimento de desenhos, dada a sua pequena dimensão. Mas tem relação com 
pequenas impressões e confecciona blocos de notas.
3.4.2 - A5.
A dimensão deste tipo de papel é de 148x210mm e trata-se de uma versão pequena 
em relação às folhas tradicionais, mas pode ser usado para alguns produtos gráficos 
e materiais de divulgação.
3.4.3 - A4.
O tamanho A4 está entre os usados pelo mercado, conhecido e popular por todo 
o mundo, apresentando dimensões clássicas de 210x297mm, e com uso aplicado 
em diversos produtos diferentes. Na área de desenvolvimento de projeto, é utilizado 
especialmente no desenvolvimento do detalhamento mecânico, muito usado nas 
indústrias, por exemplo.
É muito comum ser usado no cotidiano das empresas, por desenvolver relatórios 
e documentos, e por ser aplicado em catálogos, revistas, cartazes, papéis timbrados, 
e vários outros materiais. Muito versátil e com características intermediárias, atende 
à maioria das necessidades.
3.4.4 - A3.
O papel A3 tem ganhado popularidade entre os profissionais de projeto por ser um 
tamanho maior e por ter a possibilidade de desenvolver impressão. As dimensões do A3 
são uma escolha de 297x420mm. Com medidas robustas, é voltado para certos usos 
especiais. Hoje é muito usado para o desenvolvimento de cadernos de especificações 
e de condições de projetos de pequenas dimensões.
Além disso, do ponto de vista gráfico, é uma ótima alternativa de material das 
mais variadas condições, dentro da área de projeto, já que reduz custos de formas 
significativas nas impressões de projeto.
3.4.5 - A2.
Esta dimensão de tamanho é de 420x594mm, e por ser um papel bastante grande, 
tem uso específico para certas necessidades em plantas de maior dimensão, com 
escalas que conseguem se enquadrar dentro desta condição, o que não o torna tão 
comum para alternativas de desenho. Muito utilizado no passado, mas que atualmente 
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tem caído em desuso. Graças ao tamanho, é possível ter um resultado contínuo e de 
alta qualidade.
3.4.6 - A1.
É um papel de dimensão de 594x841mm, que garante atendimento a boa parte 
das necessidades para o desenvolvimento do desenho e impressão de projetos que 
exigem maior superfície, e justamente por essa dimensão conseguimos derivar as 
demais dimensões, por exemplo: uma folha A2, uma A3, uma A4 e duas A5. Assim, 
dá para realizar a impressão múltipla de materiais menores.
3.4.6 – A0.
É considerado a dimensão base com 841x1189mm. Comum para a opção de 
fazer impressões múltiplas, e, com isso, desdobrar as dimensões de papéis, como 
por exemplo duas folhas A1, ou qualquer coisa que esse material é capaz de 
apresentar. 
ANOTE ISSO
No link abaixo é possível ver a condição de criação do papel. Sua origem, 
dimensões, padrões e tamanhos.
Acesse o link: https://papodearquiteto.com.br/papel-sua-origem-dimensoes-padroes-
e-tamanho/. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
É importante entender que além do padrão A, temos a condição de entender as 
demais relações com outros formatos de papel e o desenvolvimento de outros 
tipos de papéis, que são hoje amplamente aplicados ao redor do mundo. Como por 
exemplo: 
O padrão internacional: B;
O padrão internacional: C;
Tamanhos de papel estadunidenses;
O padrão Japão;
Livros com tamanho em polegadas.
Acesse o link: https://www.convertworld.com/pt/tamanho-de-papel/. 
https://papodearquiteto.com.br/papel-sua-origem-dimensoes-padroes-e-tamanho/
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3.4.6 – A notação de letras e algarismos.
A notação de letras e algarismos é uma condição que está diretamente ligada 
à escala de desenvolvimento do projeto. Quando os projetos eram desenvolvidos 
diretamente no papel, os profissionais tinham a necessidade de desenvolver uma 
caligrafia técnica, que é um conjunto de caracteres com a proporcionalidade dos 
desenhos técnicos, e de aplicação nos projetos de arquitetura; por isso, era comum 
desenhar as letras, geralmente de modo que fosse fácil desenhar, e também que fossem 
legíveis, geralmente amparadaspor linhas que apoiavam o desenho e desenhadas 
num ângulo de 75 graus. Mas para isso os profissionais contavam com instrumentos 
auxiliares, como por exemplo o normógrafo (um aparelho de desenho constituído de 
várias réguas) e uma “aranha”, que fazia a transferência entre a régua e o papel, cuja 
ponta seca era colocada sobre a régua (normógrafo), e a caneta ou lapiseira colocada 
sobre a outra ponta, transferindo o formato para o papel.
A título de exemplificação, a letra técnica era desenvolvida da seguinte forma:
Figura 02: estilos de letras desenhadas à mão.
Fonte: NBR 8402.
A norma era colocada de forma que fosse desenvolvido o estilo de letras e números 
adotados em Desenho Técnico é o Gótico Comercial, constituído de traços simples, 
com espessura uniforme. Pode-se utilizar tanto letras verticais como inclinadas. A NBR 
8402, conforme estabelecido pela norma, deveria ser o estilo das letras e números 
adotados em Desenho Técnico é o Gótico Comercial. 
NBR 8402/1994 - Execução de caráter para a escrita em desenho técnico:
Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos 
e documentos semelhantes. Perceba que a norma é relativamente antiga e necessita 
ter adequação para as condições atuais na produção de projeto.
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Características Relação Dimensões (mm)
Altura das letras maiúsculas h (10/10) h 2,5 3,5 5 7 10 14 20
Altura das letras minúsculas c (7/10) h - 2,5 3,5 5 7 10 14
Distância mínima entre caracteres (A) a (2/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4
Distância mínima entre linhas de base b (14/10) h 3,5 5 7 10 14 20 28
Distância mínima entre palavras e (6/10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12
Largura da linha d (1/10) h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2
Tabela 03: Proporções e dimensões de símbolos gráficos.
Fonte: NBR 8402/1984.
Nota estabelecida pela norma: Para melhorar o efeito visual, a distância entre dois 
caracteres pode ser reduzida pela metade, como por exemplo: LA, TV, ou LT; neste 
caso a distância corresponde à largura da linha “d”.
Figura 03: Características da forma de escrita.
Fonte: NBR 8402/1984.
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CAPÍTULO 4
TÉCNICA DO USO DE 
MATERIAL DE DESENHO
Por mais que hoje usemos o desenho assistido por computador, é necessário 
que conheçamos os fundamentos do uso dos materiais técnicos, pois boa parte do 
desenvolvimento do desenho técnico auxiliado por computador, deriva diretamente 
dessas técnicas.
Instrumentos e materiais do desenho técnico incluem lápis, lapiseiras, réguas, 
transferidores, esquadros, entre outros, e podem ser considerados ferramentas usadas 
para o desenvolvimento de desenhos, medições e planos correspondentes às partes do 
desenvolvimento do projeto, e sua concepção auxilia na consistência da representação 
e na velocidade de criação dos elementos do desenho padrão.
As ferramentas utilizadas no desenho técnico manual foram substituídas com o 
tempo e com e a melhoria dos aplicativos, mas seus fundamentos ainda são aplicados 
no desenvolvimento do desenho assistido por computador, e nos projetos de arquitetura 
e engenharia.
4.1 - Instrumentos comumente usados no desenho técnico manual.
Nesta seção veremos as características de cada material, assim como as condições 
de uso aplicadas ao desenho técnico arquitetônico.
4.1.1 - Mesa de desenho.
A respeito do desenvolvimento do projeto em pranchetas, tinha-se a necessidade de 
que as mesmas tivessem atributos e organizações que auxiliavam o desenvolvimento 
do desenho, alinhados às condições ergonômicas do projetista, tal como altura e 
condição de inclinação. Normalmente, seu uso estava associado à régua “T” ou à 
régua paralela, que geralmente já tinha a instalação diretamente colocada na mesa.
A mesa tinha a função de fixar o papel sobre uma superfície lisa, geralmente o papel 
vegetal ou o papel sulfurize, usando por exemplo fita adesiva e fita crepe em suas 
pontas. Os modelos mais sofisticados podiam ter a base de metal e o papel podia ser 
fixado por imãs, mas com o tempo ficou em desuso por conta do custo.
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Podiam ser das mais variadas dimensões, como por exemplo as de um A0 ou A1, 
mas se tornou cada vez mais popular as de dimensões portáteis, pela facilidade de 
deslocamento.
 
Figura 01: prancheta portátil.
Fonte: https://amzn.to/3EDXf0D. 
Figura 02: prancheta inclinação.
Fonte: https://amzn.to/3OC5Sxi. 
4.1.2 – Lápis/lapiseira/caneta nanquim. 
Tradicionalmente, os desenhos eram feitos a lápis ou lapiseiras, e depois 
desenvolvidos em canetas nanquim. Esta primeira parte em grafite era feita em uma 
espessura A, e a dureza geralmente variava de HB a 2H, e somente depois era dada 
a necessidade de desenvolver as espessuras das linhas que podiam variar entre 0,8 
mm, 0,25 mm, 0,5 mm e 0,7 mm. 
Os traços mais suaves geralmente oferecem melhor contraste, mas os mais fortes 
fornecem uma linha mais precisa.
Figura 03: lápis.
Fonte: https://amzn.to/3u73zZz. 
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É a ferramenta mais utilizada pelos profissionais devido à versatilidade de uso e 
também pelo baixo custo de reposição das minas (grafites) que são colocadas dentro 
da mesma, conseguindo mesmo com esboços, desenvolver de forma bem versátil as 
condições para o projeto que exige precisão.
Figura 04: lapiseira.
Fonte: https://amzn.to/3gvN5HD. 
Figura 05: canetas nanquim.
Fonte: https://amzn.to/3XBoYYo. 
O desenho a lápis foi desenvolvido para dar baixo contraste, e era muito usado para 
fotocopiar, fazendo com que os projetos sofressem modificações, que poderiam ser 
depois “passadas a limpo”.
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Na maioria dos casos, os desenhos técnicos finais eram desenhados com tinta, 
sobre o papel vegetal ou sulfurize, sendo em lápis na primeira fase e na segunda em 
caneta nanquim, marcando a amplitude das linhas.
A caneta possuía um recipiente de tinta que continha um tubo que ficava anterior 
à uma agulha, e que permitia que a tinta saísse na espessura correta.
4.1.2 – Esquadro quadrado e chanfro.
O esquadro é de crucial importância para o desenvolvimento do desenho, em especial 
com o uso da régua paralela, sendo o esquadro quadrado com dois ângulos de 45 e 
um de 90 graus, e outro que é um esquadro de ângulo escaleno.
O esquadro quadrado, na forma de um triângulo isósceles, com um ângulo de 90º e 
dois de 45º, é usado junto com o chanfro para fazer linhas paralelas e perpendiculares.
O chanfro tem a forma de um triângulo retângulo escaleno, que na verdade é formado 
por dois ângulos, um de 30 e outro de 60 graus, e que na condição que se coloca a 
régua paralela é possível fazer todos os tipos de traços.
Figura 06: esquadros e réguas.
Fonte: https://amzn.to/3F41V1g. 
4.1.3 - Transportador ou transferidor.
É usado para propor ângulos, e tem a utilidade de marcar o ângulo a partir do ponto 
zero, para depois ser traçado pela ajuda de uma régua ou mesmo um esquadro.
Figura 07: transferidor.
Fonte: https://amzn.to/3XB8LT6.
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4.1.4 – Regras, gabaritos ou modelos de desenho.
Tiveram amplo uso, porém o desenho assistido por computador os substituem, em 
função da necessidade de se desenvolver a condição de circunferências e equipamentos 
hidráulicos. Estas réguas de borda reta podem ser usadas com lápis e marcadores, 
enquanto, usando uma caneta técnica, a régua deve ter uma borda com nervuras 
para evitar derramamento de tinta. São divididas em tipos de acordo com o design 
de suas arestas. 
O modelo vem com furos pré-fabricados de escala adequada paradesenhar símbolos 
e formas corretamente. Os modelos de caracteres são usados para desenhar textos 
com números e letras. Os gráficos geralmente têm fonte e tamanho padrão.
Figura 08: Regras, gabaritos ou modelos de desenho.
Fonte: https://amzn.to/3Xw2hox. 
Para desenhar círculos ou elementos circulares, os modelos de círculo também 
contêm tamanhos diferentes. Estes estão disponíveis para outras formas geométricas 
comumente usadas, como molduras e elipses, bem como para seleções especiais de 
outros fins. Há também templates específicos que podem ser utilizados em diferentes 
áreas da redação. Por exemplo, pode-se usar um modelo arquitetônico para desenhar 
portas de tamanhos diferentes com seus respectivos “arcos”. Esse ramo também 
possui modelos para desenhar prédios, móveis e outros símbolos relacionados.
4.1.5 - Escalímetro e régua.
Uma régua de medição é uma régua de escala de três linhas marcada com seis 
escalas diferentes nas bordas.
Atualmente essas réguas são feitas de plástico. Nos tempos antigos, elas eram 
feitas de madeira. Há também uma edição de bolso. 
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Figura 09: escalímetro.
fonte: https://amzn.to/3EDI47J.
ANOTE ISSO
Os escalímetros são divididos por suas condições de escala:
Nº 1: possui as escalas 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125.
Nº 2: possui as escalas 1:100, 1:200, 1:250, 1:300, 1:400, 1:500.
Nº 3: possui as escalas 1:20, 1:25, 1:33, 1:50, 1:75, 1:100.
Obs.: veremos com mais propriedade o conceito de escala, e a forma de utilização 
do escalímetro.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Para que serve o escalímetro e como utilizá-lo?
Acesse o link: https://www.tudoconstrucao.com/para-que-serve-o-escalimetro-e-
como-utiliza-lo/. 
4.1.6 - Régua T: 
A régua “T” foi um dos artifícios de apoio ao desenho, usada sobre uma superfície 
plana, sempre apoiada na borda da prancheta como suporte, com utilização no 
desenvolvimento de linhas horizontais, e também alinha outras superfícies de desenho.
Pode-se usar réguas de madeira, plástico e metal, e as pontas podem, na forma de 
triângulo, conter um dispositivo que auxilia no desenvolvimento de ângulos, acoplado 
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https://www.tudoconstrucao.com/para-que-serve-o-escalimetro-e-como-utiliza-lo/
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à sua cabeceira, conseguindo atingir ângulos de 30º e 60º, entre outros. De certa 
maneira, facilita desenhar rapidamente com ângulos comumente usados.
4.1.7 – Régua paralela.
É a mais comum de ser acoplada em uma prancheta, e sua fixação se dá pela 
condição de desenvolvimento de cordões que são colocados de forma transpassada. 
Na condição de tensionamento permite que a régua fique corretamente alinhada ao 
papel, e na condição de esticamento permite que a régua deslize de modo paralelo 
em relação à base da prancheta.
ISTO ESTÁ NA REDE
A régua paralela tem como função o traçado de linhas horizontais paralelas. Fica 
presa à prancheta através de um sistema de fios e roldanas, que promovem o 
deslizamento paralelo sobre a mesa de desenho.
Acesse o link: https://www.vivendobauru.com.br/para-que-serve-a-regua-paralela/. 
4.1.8 - Compasso.
O compasso é normalmente utilizado para o desenho de círculos ou segmentos de 
arcos de círculos, e é um tipo de instrumento que possui dois braços diretos unidos por 
uma dobradiça, enquanto um dos braços possui uma ponta seca, com giro acentuado, 
o outro possui suporte para grafite, caneta ou lápis técnico. Sua articulação permite 
atingir grandes ângulos, ainda mais quando colocados extensores para melhorar o 
tamanho do raio. 
4.1.10 – Curva francesa.
Embora haja o uso de compassos e outros artifícios de desenho, normalmente pode-
se fazer uso de desenhos que não necessariamente precisam de uma curvatura dentro 
de um raio específico, como é o caso do desenvolvimento de projetos paisagísticos, 
que é um modelo usado para desenhar curvas. 
https://www.vivendobauru.com.br/para-que-serve-a-regua-paralela/
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Figura 10: curva francesa.
Fonte: https://amzn.to/3XBqbPJ. 
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CAPÍTULO 5
SISTEMAS DE PROJEÇÃO
Vimos na unidade anterior um pouco do que foi o método Monge e o que ele 
mostrava ser necessário para evoluir o processo de desenho e atender às necessidades 
das indústrias.
Dois conceitos são necessários para o entendimento do que é o desenho técnico: 
a projeção de um ponto sobre um plano, e o pé da perpendicular ao plano conduzido 
pelo ponto. O plano é chamado plano de projeção, e a reta é projetante do ponto, 
porém, no espaço, um ponto não está bem determinado apenas com uma projeção. 
Assim, precisamos mostrar como se determina um ponto nos métodos de Monge.
O método criado por Monge se dá pela condição de adição de dois planos de 
projeção perpendiculares entre si (formando um plano horizontal e um plano vertical) 
e são diversas as possibilidades do que se fazer com as projeções das figuras em 
duas dimensões.
5.1 - Planos perpendiculares.
O método Monge é feito tomando por base dois planos de projeção perpendiculares 
entre si, que recebem o nome de épura, sendo um vertical e o outro horizontal. A junção 
ou intersecção desses dois planos chama-se linha de terra – LT (ou xy).
Figura 01: Planos perpendiculares ou diedros.
Fonte: https://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.php.
https://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.php
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Dá-se o nome de diedros, cada um dos planos de projeção enumerados pelos 
quadrantes, e Linha de Terra - LT (ou xy) a interseção dos dois planos.
Os ângulos diedros são ângulos formados por duas faces planas, e como eles 
formam dois planos de projeção, formam quatro ângulos diedros retos: I, II, III e IV.
Por convecção temos que:
Figura 02: considerações sobre os diedros.
Fonte: autor.
A todo conjunto damos o nome de épura, que é a representação da figura no espaço 
pelas projeções do plano. É importante sempre observar a figura no plano e imaginar 
como se essa figura estivesse sendo projetada sobre os planos, colocada no espaço 
entre os quadrantes.
Existe uma manobra que se denomina a obtenção da épura, na qual gira-se o plano 
horizontal de projeção (PH) em torna da linha de terra em sentido horário, de forma 
que este coincida com o plano vertical de projeção (PH).
Figura 3: épura.
Fonte: https://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.php. 
https://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.php
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Resultando em uma visualização frontal como a colocada abaixo:
Figura 4: movimentação.
Fonte: Geométrica - GD - aula sobre Método de Monge (uel.br).
5.1 - O que é o desenho técnico. 
O ordenamento da épura é apenas para o desenvolvimento do desenho técnico, 
mas o que seria o desenho técnico?
Pode-se definir desenho técnico como sendo uma forma de expressão gráfica que 
representa formas, dimensões e projeções de um objeto, de acordo com a necessidade 
de cada situação, para que seja como a produção de um texto, que é ordenado por 
regras, seguindo determinados padrões de representação, para que o projetista consiga 
passar a ideia a quem for executar.
É usado em áreas que abrangem a engenharia e a arquitetura, como em edificações, 
indústrias mecânicas, detalhamentos, sistemas de infraestrutura, projetos de móveis, 
entre outras. Podemos traçar o paralelo em relação à linguagem humana, sendo que 
a linguagem gráfica pretende se comunicar por meio de regras de composição que 
facilitam a compreensão de leitura e a execução do que está sendo representado.
No Brasil, o desenho técnicoé abordado pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), e para o ordenamento do desenho técnico, os profissionais podem 
fazer uso da norma ABNT/NBR 10647, que determina as representações utilizadas 
nesse tipo de trabalho, além dos tipos de desenhos, o grau de elaboração, o grau de 
especificação, os materiais a serem utilizados e as técnicas de execução, seja à mão 
livre ou assistidas por computador.
https://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_3t.php
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Além disso, a ABNT apresenta uma série de normas mais específicas para a 
abordagem do desenho técnico de acordo com as representações utilizadas. E pode-
se contar com outras normas:
Figura 5: normas.
Fonte: autor.
Há tipos de desenho técnico? 
Podemos dizer que sim, existem dois tipos de desenho técnico:
Figura 06: tipos de desenho.
Fonte: autor.
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Mas o que diferencia o desenho técnico do desenho artístico?
O segundo geralmente relaciona-se à percepção de quem o cria, e da relação de 
elementos pictóricos que ele tem na sua composição, logo, as regras são subjetivas, 
podendo ocasionar múltiplas interpretações.
Já o desenho técnico precisa ser composto conforme referências normativas que 
determinam os símbolos, os tipos de linhas, as numerações, entre outros elementos, 
para que consiga-se ter uma comunicação clara entre quem o cria e quem o utiliza, 
e haja entendimento do que deve ser feito.
O desenho técnico deve transmitir com exatidão as características da obra a ser 
construída, e por esse motivo a matéria do desenho projetivo ou desenho técnico 
configura-se entre as mais importantes nos cursos de arquitetura e de engenharia.
O desenho técnico faz uso da geometria descritiva, que foi criada por Gaspard 
Monge, a qual consiste em representar em um plano bidimensional qualquer objeto 
que exista no plano tridimensional.
Figura 07: desenho bidimensional e tridimensional.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
Em outras palavras, seria a relação de representação de formas mais simples, e é 
a representação de qualquer objeto em alguma superfície plana (que pode ser uma 
folha de papel ou tela de computador, por exemplo).
A partir da projeção de objetos, é possível determinar as medidas, distâncias, ângulos, 
áreas e volumes em seus tamanhos de verdadeira grandeza.
https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/
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5.2 - O conceito de vista em desenho técnico.
Para entender o conceito de vista em desenho técnico, precisamos falar sobre três 
elementos: o objeto, o observador e o plano de projeção.
O objeto é o que deve ser representado. O observador é a pessoa que vê, analisa, imagina 
e desenha o objeto. O plano de projeção é o plano onde se projeta o objeto; no caso do 
desenho técnico é o papel. Precisamos ter o conceito de épura para poder entender como 
os diversos componentes podem ser representados.
Perceba que existe relação entre o ponto de vista do observador, o objeto colocado no 
espaço e o modo que a intersecção das linhas são projetadas para o plano de projeção.
ANOTE ISSO
Se olharmos de um ponto de vista A, as projeções sobre o plano são determinadas pelo 
posicionamento do observador, e se colocarmos sobre um posicionamento B, temos 
outro tipo de projeção. A distância pode ter influência sobre o que é projetado.
Quando a distância é finita e a direção (projetante) é direcionada pelo olhar do 
observador, elas convergem-se, e aí chamamos de projeção cônica. Se a distância finita 
e a direção dos projetantes forem paralelas, chamamos de projeção cilíndrica. Esta 
projeção do objeto é o que chamamos popularmente de vistas. 
Figura 08: projeção cônica.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/. 
Quando estamos desenvolvendo projeções cilíndricas, é necessário entender que 
as projetantes estão “atingindo” o objeto de modo paralelo, e podemos assim 
estabelecer uma mais fácil compreensão ao conceito de vistas, que basicamente 
podem ser colocadas na parte superior, lateral e frontal, ou podem ser aplicadas de 
forma tridimensional sobre todo o objeto.
https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/
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ISTO ESTÁ NA REDE
Conheça os tipos de perspectivas que vão ajudar a construir o desenho em 3D.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=370VSPaY5xI. 
Para fins didáticos, é como se conseguíssemos colocar o objeto sobre uma caixa 
transparente e colocássemos em cada uma das suas superfícies as condições de 
projeção. Colocaríamos as condições como representado na figura abaixo:
Figura 10: projeção cônica.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
Veja que temos a diferenciação entre a projeção cônica e a projeção cilíndrica, 
tendo a base de ambas os raios projetantes sobre o objeto.
5.3 - Perspectivas em desenho técnico.
Há também alguns tipos de perspectivas que podem ser usadas para ajudar na 
compreensão do objeto, como é o caso das perspectivas cavaleira, axonométrica (esta 
possui subclassificações como isométrica, dimétrica e trimétrica) e cônica.
A palavra perspectiva tem origem do latim e significa ver “através de” e trata-se 
de uma representação bidimensional de algo tridimensional, e quando desenhamos 
estamos fazendo uma projeção de um objeto que existe em 3D, para um superfície 
que permite apenas a representação em 2D.
Figura 11: classificação das perspectivas.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
https://www.youtube.com/watch?v=370VSPaY5xI
https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/
https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/
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Em síntese, a perspectiva serve para ajudar quem está vendo o desenho a ter uma 
noção de como aquele objeto está no mundo real, e também passa informações sobre 
altura, profundidade e largura.
Como vimos, existem ao menos três classificações aplicáveis ao desenho técnico, 
que é a perspectiva cavaleira, a cônica e a axonométrica, sendo esta última ainda 
dividida em três: a isométrica, a dimétrica e a trimétrica.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Vamos ver como cada uma delas funciona:
Isométrica
Tem sua base em três semi-
retas, que têm o mesmo ponto 
de origem, e entre elas formam 
ângulos de 120º. Assim podemos 
ter uma visão isométrica de um 
objeto, escolhendo a direção de 
visualização, de modo que os 
ângulos entre as projeções x, y e 
z sejam iguais a 120 graus. Por 
exemplo, podemos ter a visão de 
um cubo da seguinte forma:
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/. 
Dimétrica
Quando apenas dois eixos formam 
ângulos iguais.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
Trimétrica
Quando os três eixos formam 
ângulos diferentes com o plano 
de projeção.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
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DESENHO TÉCNICO
PROF. FLAVIO AUGUSTO CARRARO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 56
Perspectiva cavaleira (ou oblíqua)
Trata-se de um sistema de 
representações, que usa a projeção 
paralela oblíqua e as dimensões 
no plano de projeção frontal, e os 
elementos em paralelo a ele estão 
em verdadeira grandeza.
Em tal perspectiva, duas dimensões 
do objeto são representadas e 
projetadas em tamanho real (altura 
e largura) e a terceira (profundidade) 
tem um coeficiente de redução. Os 
eixos X e Z formam um ângulo de 
90° e o eixo Y é geralmente 45° (ou 
135°) em relação a ambos.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/desenho-tecnico/.
Perspectiva cônica (ou do arquiteto)
Muito utilizada por arquitetos, pela 
facilidade de desenvolvimento 
geométrico. Representa com mais 
proximidade o que é visto pelo olho 
humano. Há algumas possíveis

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