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UE 2 - ORÇAMENTO PÚBLICO

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CIANB
C-ApA-OrçFin-PR-EAD
NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
1
CIANB
C-ApA-OrçFin-PR-EAD
NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
SUMÁRIO
2 ORÇAMENTO PÚBLICO...........................................................................................................................4
2.1 DIMENSÕES....................................................................................................................................4
2.2 ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL..................................................................................................5
a) Federalismo Fiscal.............................................................................................................................. 5
b) Histórico............................................................................................................................................. 6
1964......................................................................................................................................... 6
1967......................................................................................................................................... 7
1969......................................................................................................................................... 7
1974......................................................................................................................................... 8
1988....................................................................................................................................... 10
1998....................................................................................................................................... 11
1999....................................................................................................................................... 12
2000....................................................................................................................................... 12
2017....................................................................................................................................... 14
2019....................................................................................................................................... 14
c) A rigidez do Orçamento Público brasileiro........................................................................................14
I – Elevado percentual de despesas obrigatórias.............................................................................14
II – Alto índice de receitas vinculadas a despesas............................................................................15
d) Desvinculação das Receitas da União...............................................................................................16
2.3 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS......................................................................................................17
a) Princípio da Unidade ou Totalidade..................................................................................................17
b) Princípio da Universalidade..............................................................................................................17
c) Princípio da Anualidade ou Periodicidade........................................................................................18
d) Princípio da Exclusividade................................................................................................................18
e) Princípio do Orçamento Bruto..........................................................................................................18
f) Princípio da Não Vinculação da Receita de Impostos........................................................................18
2.4 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS...............................................................................................18
a) Classificações Orçamentárias da Receita..........................................................................................19
I – Natureza da Receita....................................................................................................................20
A – Categoria Econômica.............................................................................................................20
B – Origem.................................................................................................................................. 20
C – Espécie.................................................................................................................................. 22
D – Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita........................................23
E – Tipo....................................................................................................................................... 23
II – Identificador de Resultado Primário..........................................................................................26
III – Fonte ou Destinação de Recursos.............................................................................................26
A – Reduzida............................................................................................................................... 27
B – Detalhada..............................................................................................................................27
2
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C-ApA-OrçFin-PR-EAD
NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
IV – Esfera Orçamentária.................................................................................................................30
b) Classificações Orçamentárias da Despesa........................................................................................31
I – Institucional................................................................................................................................ 32
II – Funcional................................................................................................................................... 32
A – Função.................................................................................................................................. 33
B – Subfunção............................................................................................................................. 35
III – Identificador de Resultado Primário.........................................................................................36
IV – Programática.............................................................................................................................38
A – Programa.............................................................................................................................. 38
B – Ação Orçamentária............................................................................................................... 38
C – Subtítulo/Localizador............................................................................................................38
V – Identificador de Doação e de Operação de Crédito...................................................................40
VI – Identificador de Uso.................................................................................................................40
VII – Natureza da Despesa...............................................................................................................41
A – Categoria Econômica.............................................................................................................42
B – Grupo de Natureza de Despesa.............................................................................................42
C – Modalidade de Aplicação......................................................................................................43
D – Elemento de Despesa...........................................................................................................44E – Subelemento da Despesa......................................................................................................45
2.5 RESPONSABILIDADE FISCAL..........................................................................................................46
a) Receita Corrente Líquida..................................................................................................................46
b) Metas Fiscais....................................................................................................................................47
c) Receitas............................................................................................................................................ 47
d) Despesa Obrigatória de Caráter Continuado....................................................................................48
e) Despesas com Pessoal......................................................................................................................48
f) Suspensão dos Limites......................................................................................................................48
g) Transparência................................................................................................................................... 48
I – Relatório de Gestão Fiscal...........................................................................................................49
II – Relatório Resumido da Execução Orçamentária........................................................................49
3
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C-ApA-OrçFin-PR-EAD
NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
2 ORÇAMENTO PÚBLICO
O Orçamento Público é um instrumento econômico-político de planejamento de curto prazo, que 
estima as receitas que o Governo espera arrecadar ao longo do próximo ano e, com base nelas, autoriza 
um limite de gastos a ser realizado com esses recursos, materializando sua ação planejada, quer na 
manutenção de suas atividades, quer na condução de seus projetos.
Expressa o seu programa de atuação, discriminando a origem e o montante de recursos a serem 
obtidos, bem como a estrutura alocativa de dispêndios de interesse da sociedade, indicando suas 
prioridades.
No Brasil, é formalizado em Lei de iniciativa do Poder Executivo1, podendo ser alterado pelo 
Legislativo2.
ATENÇÃO: a gestão do Orçamento Público envolve atividades planejadas. Entretanto, não se 
deve confundir o planejamento das ações de governo para o alcance dos seus objetivos com o 
planejamento das suas atividades orçamentárias.
2.1 DIMENSÕES
O estudo sobre Orçamento Público deve considerar suas três dimensões3:
 DIMENSÃO JURÍDICA – o Orçamento Público tem caráter e força de lei, definindo limites para os 
governantes e agentes públicos, no tocante à realização de despesas e à arrecadação de receitas.
1 CF/88 Art. 165
2 CF/88 Art. 166 § 2º
3 Giacomoni 2018 p. 54
4
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
 DIMENSÃO POLÍTICA – o processo de elaboração, aprovação e gestão do Orçamento Público embute, 
necessariamente, perspectivas e interesses conflitantes, que se resolvem no âmbito dos agentes 
públicos e dos inúmeros segmentos sociais. Sob esta ótica, o Orçamento é o resultado do processo 
de avaliação de demandas e de escolha entre alternativas.
 DIMENSÃO ECONÔMICA – o Orçamento Público é basicamente o processo redistributivo por meio do 
qual o Governo extrai recursos da sociedade e os injeta em áreas selecionadas, envolvendo questões 
fiscais (receitas, despesas, déficits e dívidas).
2.2 ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL
Clique na imagem abaixo para assistir a um vídeo com uma breve história do Orçamento Público no 
Brasil4: 
Youtube
a) Federalismo Fiscal
No Brasil, a CF/88 adotou o Federalismo Fiscal, sistema político e econômico que atribui para cada ente 
da federação a competência para arrecadar um determinado tipo de tributo, a repartição de receitas 
tributárias entre esses entes, assim como a responsabilidade de cada ente na alocação dos recursos 
públicos e prestação de bens e serviços públicos para a sociedade.
A União, os Estados e o Distrito Federal legislam concorrentemente sobre direito tributário, financeiro, 
penitenciário, econômico e urbanístico, bem como sobre orçamento5.
A Constituição Federal também estabelece regras para a repartição de receitas tributárias entre os 
diferentes níveis de governo. A União é responsável por repassar aos Estados e Municípios uma parte dos 
impostos federais arrecadados. Essa repartição é feita de acordo com critérios como o número de 
habitantes, a extensão territorial e a receita arrecadada pelos Estados e Municípios.
4 https://www.youtube.com/watch?v=2jxW4UFD5vk
5 CF/88 Art. 24
5
https://www.youtube.com/watch?v=2jxW4UFD5vk
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O Federalismo Fiscal tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico e social do país, ao 
permitir que os diferentes níveis de governo atendam às necessidades específicas de suas populações, 
proporcionando maior autonomia na arrecadação e no gasto de recursos aos estados e municípios.
b) Histórico
1964
A Lei nº 4.320/64, além da instituição de normas gerais de direito financeiro, introduziu um modelo de 
orçamentação voltado, basicamente, para a padronização e o controle das despesas públicas, adotando um 
plano de contas único para os três níveis de governo6.
Aquela Lei apresentou, também, o conceito de Programa de Trabalho7, preconizando que o orçamento 
não consignaria mais dotações globais destinadas a atender genericamente a categorias de gastos, tais 
como pessoal, material e serviços de terceiros8.
Entretanto, o Programa de Trabalho daquela Lei possuía apenas três classificações orçamentárias: 
Unidade Orçamentária, Categoria Econômica e Função Governamental9. As Funções foram listadas no 
Anexo 5 da referida Lei.
Entendendo que a Função prevista na Lei nº 4.320/64 não era um Programa, o Orçamento Público 
brasileiro continuava a apresentar características do Orçamento Clássico.
Vide abaixo o modelo de Demonstração das Despesas pelas Categorias Econômicas segundo as Funções 
no orçamento, instituído por aquela Lei:
6 Giacomoni 2018 p. 48
7 Lei nº 4.320/64 Art. 2°
8 Lei nº 4.320/64 Art. 5°
9 Lei nº 4.320/64 Art. 2° § 1° Inciso I
6
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Lei nº 4.320/64 Anexo 7
As Receitas e Despesas de Capital passaram a ser objeto de planejamento em um Quadro de Recursos e 
de Aplicação de Capital, aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo um triênio10.
1967
O Decreto-Lei nº 200/67 estabeleceu a obrigatoriedade na elaboração sistemática de planos de 
governo, definindo o planejamento como princípio fundamental a ser obedecido na consecução de todas 
as atividades11. A ação governamental passou a obedecer a planejamento, que visasse promover o 
desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, compreendendo a elaboração e 
atualização de12:
 Um plano geral de governo; 
 Programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual; 
 Orçamento-programa anual13; e 
 Programação financeira de desembolso.
1969
As Despesas de Capital passaram a integrar orçamentos plurianuais, surgindo o Orçamento Plurianual 
de Investimento (OPI) de duração trienal, aprovado pelo Legislativo, em substituição ao Quadro de 
10 Lei nº 4.320/64 Art. 23
11 Giacomoni 2018 p. 249 e 269
12 Decreto-Lei nº 200/67 Art. 7º
13 Decreto-Lei nº 200/67 Art. 16
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Recursos e de Aplicação de Capital14. O OPI não tinha caráter autorizativo plurianual para a realização de 
despesas e nunca chegoua ser um instrumento efetivo de programação orçamentária de médio prazo15.
1974
Um ato administrativo, a Portaria nº 9/74, do então Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, 
substituiu o Anexo 5 da Lei nº 4.320/64, que listava as Funções, acrescentando novas classificações 
orçamentárias no Programa de Trabalho: Programa, Subprograma, Projeto ou Atividade.
Os Programas e Subprogramas eram rigidamente vinculados às Funções em uma tabela Função-
Programa16, que passou a ser conhecida como Funcional-Programática, nome até hoje utilizado.
Vide exemplos constantes dessa tabela:
MTO 1995 p. 23
14 Emenda Constitucional nº 1/69
15 Giacomoni 2018 p. 234
16 Giacomoni 2018 p. 48
8
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
MTO 1995 p. 49
Após o código do Subprograma, a Lei Orçamentária deveria listar o código do Projeto ou Atividade, 
utilizando os mesmos códigos que hoje são utilizados para as Ações Orçamentárias (AO).
MTO 1995 p. 32
Vide exemplos dessas classificações orçamentárias em Programas de Trabalho da LOA 1999:
Lei nº 9.789/1999 (LOA 1999) Anexo II p. 833
9
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Nesse exemplo, temos as seguintes classificações:
 Órgão: 31000 – Ministério da Marinha
 Unidade Orçamentária (UO): 31101 – Ministério da Marinha – Secretaria-Geral
 Função: 06 – Defesa Nacional
 Programa: 027 – Defesa Naval
 Subprograma: 0163 – Operações Navais
 Projeto: 1027 – Desenvolvimento de Projetos Especiais
O Orçamento Público brasileiro passou a apresentar características do Orçamento por Desempenho, 
pois ainda faltava a vinculação do Programa do orçamento ao planejamento governamental, uma vez que o 
PPA ainda não existia, para ser considerado Orçamento-Programa.
1988
Ao longo das 7 Constituições do Brasil, a responsabilidade pela elaboração e aprovação do orçamento 
público brasileiro alternou-se entre o Executivo e Legislativo. Na CF/88, esse tema mereceu grande atenção 
dos constituintes, pois era visto como símbolo das prerrogativas parlamentares perdidas durante o governo 
militar.
A atual Carta Magna, em seus artigos da Seção II – Dos Orçamentos, do Capítulo II – Das Finanças 
Públicas, do Título VI – Da Tributação e do Orçamento, criou as bases para a instituição do atual modelo 
orçamentário brasileiro, reforçando o vínculo entre planejamento e orçamento público por meio de um 
sistema baseado em três leis17:
 Plano Plurianual (PPA), substituindo o OPI, para o planejamento de médio prazo (4 anos);
 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para a definição de metas e prioridades a cada ano; e
 Lei Orçamentária Anual (LOA), para a orçamentação e planejamento de curto prazo (1 ano).
Apesar de as Leis Orçamentárias passarem a apresentar Dotações Orçamentárias para Programas a 
partir de 1974, o PPA 1996-1999 ainda não fazia menção clara a eles.
Vide exemplo:
17 Giacomoni 2018 p. 45
10
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Lei nº 9.276/96 (PPA 1996-1999) Anexo p. 49
Ressalta-se que, neste PPA, Defesa Nacional era uma área temática no PPA, enquanto na LOA era uma 
Função.
Entendendo que a “Ação” citada nos PPA tinha o caráter de um “Programa”, o Orçamento Público 
brasileiro passou a apresentar características do Orçamento-Programa a partir da CF/88, com vinculação do 
Programa da LOA à Ação planejada no PPA.
1998
O Decreto nº 2.829/98 iniciou uma reforma gerencial no Planejamento e Orçamento brasileiro, ao 
implantar a Gestão por Resultados no Brasil a partir do PPA 2000-2003 e da LOA 2000.
A classificação funcional-programática foi aperfeiçoada de modo a estimular a adoção, em todas as 
esferas de governo, do uso do gerenciamento por Programas18.
A Portaria MPOG nº 117/98 revogou a Portaria nº 9/74, do então Ministério do Planejamento e 
Coordenação Geral e alterou o Anexo 5 da Lei nº 4.320/64:
 Reformulou as Funções;
 Criou a Subfunção, retirando os Programas.
 Conceituou Programas, Projetos, Atividades e Operações Especiais, que não fariam mais parte do 
referido Anexo.
Vide exemplos constantes dessa tabela:
18 Decreto nº 2.829/98 Art. 3º
11
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Portaria MPOG nº 117/98
1999
A Portaria SOF nº 42/1999 revogou a Portaria MPOG nº 117/98 e substituiu a rígida classificação 
Funcional-Programática pela flexível classificação Funcional e por Programas19. Os Programas e as 
Subfunções20 se tornaram autônomos em relação à classificação orçamentária Função, podendo se 
relacionarem a qualquer uma delas21. 
2000
Constante da Lei Orçamentária desde 1974, o Programa só foi efetivamente instituído no PPA 2000-
2003, juntamente com o Subtítulo, tornando clara a vinculação do Programa da LOA ao Programa do PPA22.
Vide um exemplo dessa vinculação no PPA:
19 Giacomoni 2018 p. 53
20 Portaria SOF nº 42/1999 Art 1º § 4º
21 Bijos 2020 p. 89
22 Lei nº 9.989/2000 (PPA 2000-2003) Art. 1º Parágrafo único
12
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Lei nº 9.989/2000 (PPA 2000-2003) Anexo III p. 111
Neste exemplo, temos:
 Programa: 0515 – Proágua Infraestrutura
 Ação: 1845 – Construção de obras de contenção de enchentes
 Subtítulo: 0578 – Canal do Pacoval – Macapá-AP
Vide exemplo desse planejamento do PPA, recebendo Dotação Orçamentária na LOA 2000:
Lei nº 9.969/2000 (LOA 2000) Volume IV p. 1663
13
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
A Lei Complementar nº 101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), designou novas 
atribuições para a LDO, que passou a ter competência para dispor sobre normas relativas ao controle de 
custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos23.
2017
O TCU passou a encaminhar, anualmente ao Congresso Nacional, por meio dos Relatórios de Políticas e 
Programas de Governo (RePP), quadros com o resumo das auditorias de desempenho, também chamadas 
de auditorias operacionais, em acréscimo às auditorias de regularidade24.
2019
Foi revogado o Decreto 2.829/98, que estabeleceu normas para a elaboração e execução a partir do PPA 
2000-2003 e da LOA 2000, deixando uma lacuna jurídica na orientação a um Orçamento por Resultados no 
país25.
Como pode ser observado por esse breve histórico, a gestão do Orçamento Público e sua vinculação ao 
Planejamento Governamental está em franco desenvolvimento nos últimos sessenta anos no Brasil. 
Percebe-se uma clara tendência na busca por mecanismos que amarrem, cada vez mais, a utilização dos 
recursos públicos em ações governamentais que atinjam os Objetivos planejados.
c) A rigidez do Orçamento Público brasileiro
No Brasil, a capacidade discricionária dos decisores para reformulação das Ações Orçamentárias (AO) e 
a vinculação de dispêndios a resultados pretendidos são prejudicadas pela rigidez do Orçamento Público 
brasileiro, que apresenta as seguintes causas26:
I – Elevado percentual de despesas obrigatórias
Despesas obrigatórias são despesas constantes da LOA que não podem ser contingenciadas pelo 
governo em caso de frustração de receitas.
Na LOA, podemos conhecer essas despesas por meio da Classificação Orçamentária Identificador de 
Resultado Primário (RP). Os RP 0 e 1 correspondem às Despesas Obrigatórias, enquanto os demais, às 
Despesas Discricionárias.
Vide abaixo a Dotação Atualizada da MB por RP nos dois últimos anos:
23 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 4º
24 Bijos 2020 p. 181
25 Decreto nº 10.179/2019 Art. 1º Inciso LXV
26 Oliveira Júnior 2018 p. 35
14
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Tesouro Gerencial em JAN2024
Pode-se observar claramente o problema da rigidez do Orçamento Públicobrasileiro, onde grande parte 
das Dotações Orçamentárias vem sendo destinada ao custeio de Despesas Obrigatórias nas LOA . 
II – Alto índice de receitas vinculadas a despesas.
A vinculação de receitas a despesas no Orçamento Público consiste na prática de designar, por força de 
Lei, uma receita de tributos para uma atividade governamental específica normalmente com a criação de 
um Fundo.
Muitas pessoas acreditam que criar um Fundo, vinculando uma receita a uma despesa, garante um fluxo 
de caixa para o seu pagamento. Entretanto, esse instrumento garante apenas o financeiro, sem assegurar a 
Dotação Orçamentária na LOA, para o empenho e liquidação da despesa.
A existência de uma extensa legislação vigente sobre vinculação de receitas, com aproximadamente 
quatrocentas normas entre dispositivos constitucionais, leis e decretos-lei é um reflexo desse fenômeno, 
restringindo o grau de liberdade do agente público27.
A figura abaixo demonstra os possíveis cenários para uma despesa pública, que pode ser, ao mesmo 
tempo, obrigatória e com receitas vinculadas, engessando a discricionariedade do Governo.
27 Navarro 2017 p.13
15
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Em face desse tipo de norma legal, que determina que o numerário arrecadado somente possa ser 
utilizado em determinada finalidade, o Governo brasileiro, mesmo possuindo recursos financeiros 
imobilizados por falta de Dotação Orçamentária autorizada na LOA, paradoxalmente toma empréstimos 
para financiar seus déficits primários e paga altos juros por isso.
Um outro exemplo de Despesa Obrigatória com receita vinculada é a manutenção e ampliação da rede 
de balizamento marítimo, fluvial e lacustre, financiada com a Taxa de Utilização de Faróis (TUF). 
Contabilizada no Fundo Naval, atualmente, é o inciso LXIII da longa relação de despesas obrigatórias que 
não serão objeto de limitação de empenho, constantes do Anexo III da LDO. 
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Anexo III Inciso LXIII
d) Desvinculação das Receitas da União
Tendo em vista a elevada quantidade de Leis que estipulam vinculações de receitas, restam poucos 
recursos livres disponíveis para o Governo Federal financiar políticas públicas discricionárias. Nesse 
contexto, estabeleceu-se, por meio da Emenda Constitucional nº 27/2000, um instrumento denominado 
Desvinculação das Receitas da União (DRU) para a desvinculação de determinados recursos, que se 
tornaram passíveis de serem aplicados livremente.
Atualmente, a DRU desvincula de órgão, fundo ou despesa, até 31DEZ2024, 30% da arrecadação da 
União relativa às contribuições sociais, contribuições de intervenção no domínio econômico e taxas28.
Esse dispositivo constitucional vem sendo objeto de diversas emendas para aperfeiçoar seu texto, bem 
como para prorrogar sua vigência.
28 CF/88 ADCT Art. 76 e MTO 2024 Subitem 3.2.3.1
16
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
2.3 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Os princípios orçamentários visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência 
e transparência aos processos de elaboração, execução e controle do orçamento público. São válidos para 
todos os Poderes e para todos os entes federativo (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), sendo 
estabelecidos e disciplinados tanto por normas constitucionais e infraconstitucionais quanto pela 
doutrina29.
Os princípios orçamentários, cuja existência e aplicação decorrem de normas jurídicas são:
 Unidade ou Totalidade;
 Universalidade;
 Anualidade ou Periodicidade;
 Exclusividade;
 Orçamento Bruto; e
 Não Vinculação da Receita de Impostos.
a) Princípio da Unidade ou Totalidade
O Princípio da Unidade preconiza que o orçamento deve ser uno, ou seja, cada ente governamental 
deve elaborar um único orçamento. As receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, 
devem integrar um único documento legal dentro de cada nível federativo: a Lei Orçamentária Anual 
(LOA)30.
O modelo estabelecido na CF/88 com três Orçamentos (Fiscal, de Investimento e da Seguridade Social)31 
segue a concepção da totalidade orçamentária, onde múltiplos orçamentos coexistem de forma 
independente, sendo consolidados na LOA para que o governo tenha a visão geral das finanças públicas32.
Não confundir esse princípio com “Unidade de Tesouraria”, onde as todas as receitas devem ser 
recolhidas para a Conta Única33.
b) Princípio da Universalidade
O Princípio da Universalidade preconiza que a LOA de cada ente federado deverá conter todas as 
receitas e todas as despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público34.
29 MTO 2024 Subitem 2.2
30 Lei nº 4.320/64 Art. 2° e MTO 2024 Subitem 2.2.1
31 CF/88 Art. 165 § 5º
32 Giacomoni 2018 p. 64
33 Lei nº 4.320/64 Art. 56
34 Lei nº 4.320/64 Art. 3° e 4º e MTO 2024 Subitem 2.2.2 
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c) Princípio da Anualidade ou Periodicidade
O Princípio da Anualidade preconiza que o exercício financeiro é o período de tempo a que se referem a 
previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na LOA35. No Brasil, o exercício financeiro 
coincide com o ano civil36. 
d) Princípio da Exclusividade
O Princípio da Exclusividade preconiza que a lei orçamentária deverá conter apenas matéria financeira, 
excluindo-se dela qualquer dispositivo estranho à estimativa da receita e à fixação da despesa para o 
exercício37.
e) Princípio do Orçamento Bruto
O Princípio do Orçamento Bruto preconiza que as receitas e despesas na Lei Orçamentária Anual (LOA) 
devem ser registradas pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções38.
Essa regra pretende impedir a inclusão no orçamento de importâncias líquidas, isto é, a inclusão apenas 
do saldo positivo ou negativo resultante do confronto entre receitas e as despesas de terminado serviço 
público39.
f) Princípio da Não Vinculação da Receita de Impostos
O Princípio da Não Vinculação da Receita de Impostos também é conhecido como “Princípio da Não 
Afetação das Receitas”.
Esse princípio preconiza que é vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvada a destinação de recursos para40:
 Serviços públicos de saúde;
 Manutenção e desenvolvimento do ensino;
 Realização de atividades da administração tributária; e
 Fundo de Participação dos Municípios, Fundo de Participação dos Estados e Fundos Constitucionais 
de Financiamento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
2.4 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
As receitas e despesas do governo são organizadas no Orçamento Público de forma consciente e 
racional por meio das classificações orçamentárias. É dever de todo Agente Financeiro e Ordenador de 
35 Lei nº 4.320/64 Art. 2° e MTO 2024 Subitem 2.2.3
36 Lei nº 4.320/64 Art. 34
37 CF/88 Art. 165 § 8º e MTO 2024 Subitem 2.2.4
38 Lei nº 4.320/64 Art. 6º e MTO 2024 Subitem 2.2.5
39 Giacomoni 2018 p. 70
40 CF/88 Art. 167 Inciso IV e MTO 2024 Subitem 2.2.6
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Despesas conhecer essas classificações, a fim de evitar eventual desvio da finalidade na gestão dos 
recursos públicos, tanto na sua arrecadação quanto na sua utilização.
a) Classificações Orçamentárias da Receita
As atividades de identificação, ordenamento, agrupamento e estimativa das receitas do Governo são 
fundamentais para a sua eficiente gestão.
Primeiramente, é necessário reconhecer a diferença entre receita orçamentária e ingresso 
extraorçamentário nos cofres públicos.
MTO 2024 Subitem 3.1
 Ingressos Extraorçamentários – Recursos financeiros de caráter temporário que não integram a LOA. 
O Estado é mero depositáriodesses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições 
não se sujeitam à autorização legislativa. Exemplos: Depósitos em Caução, Fianças, Operações de 
Crédito por ARO, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro.
 Receitas Orçamentárias – Essas receitas pertencem ao Estado, integram o patrimônio do Poder 
Público, aumentam-lhe o saldo financeiro. É a fonte de recursos utilizada pelo Estado para o custeio 
de Programas e Ações no atendimento das necessidades públicas e demandas da sociedade.
Conhecendo-se essa diferença, percebe-se que não existe “Receita Extraorçamentária”, termo por vezes 
utilizado no trato desse assunto.
Toda receita orçamentária é contabilizada de acordo com quatro classificações41: 
 Natureza de Receita;
 Identificador de Resultado Primário (RP);
 Fonte ou Destinação de Recursos (FR); e
 Esfera Orçamentária.
41 MTO 2024 Subitem 3.2
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I – Natureza da Receita
Instituída pela Lei nº 4.320/64, a Natureza da Receita é uma classificação orçamentária que identifica a 
origem da receita segundo o fato gerador, ou seja, o acontecimento real que motivou o ingresso das 
receitas nos cofres públicos.
É composta por oito algarismos distribuídos por cinco campos:
 Categoria Econômica;
 Origem;
 Espécie;
 Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita; e
 Tipo.
Portaria Conjunta STN/SOF nº 163/2001 Art. 2º § 4º e MTO 2024 Subitem 3.2.1
A – Categoria Econômica 
Indica se as receitas são42:
 Receitas Correntes – receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de 
serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de 
direito público ou privado.
 Receitas de Capital – receitas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de 
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras 
pessoas de direito público ou privado.
ATENÇÃO: é vedada a aplicação da Receita de Capital, derivada da alienação de bens e direitos 
que integram o patrimônio público, para o financiamento de Despesa Corrente, salvo se 
destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos43.
B – Origem 
É o detalhamento das Categorias Econômicas, conforme figura abaixo:
42 Lei nº 4.320/64 Art. 11 e MTO 2024 Subitem 3.2.1.1
43 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 44
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MTO 2024 Subitem 3.2.1.2
A figura abaixo apresenta a receita dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, constante da LOA 
2024, por Categoria Econômica e Origem:
21
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Lei nº 14.822/2024 (LOA 2024) Anexo I
C – Espécie 
É o detalhamento da Origem, conforme figuras abaixo:
22
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MTO 2024 Subitens 3.2.1.3 e 10.1.3
MTO 2024 Subitens 3.2.1.3 e 10.1.3
D – Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita
São quatro dígitos para identificar peculiaridades de cada receita, caso necessário44.
E – Tipo 
Identifica a arrecadação conforme figura abaixo:
44 MTO 2024 Subitem 3.2.1.4
23
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MTO 2024 Subitem 3.2.1.5
A figura a seguir exemplifica uma Natureza da Receita completa:
MTO 2024 Subitem 3.2.1
A relação completa das Naturezas de Receita está disponível para consulta no Manual Técnico do 
Orçamento (MTO)45.
Vide abaixo a Receita Líquida da UO 52931 – Fundo Naval nos dois últimos anos por Natureza de 
Receita:
45 Portaria SOF nº 5.118/2021 Anexo e MTO 2024 Subitem 10.1.2
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Tesouro Gerencial em JAN2024
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II – Identificador de Resultado Primário
Identificador de Resultado Primário (RP) tem como finalidade apurar o Resultado Primário do Governo 
Federal, classificando as Receitas em Financeira ou Primária.
Vide abaixo a Receita Líquida da União nos dois últimos anos por RP:
Tesouro Gerencial em JAN2024
III – Fonte ou Destinação de Recursos
Para entender essa classificação orçamentária da receita e da despesa, é preciso saber que as receitas 
orçamentárias podem ser classificar em:
 Ordinárias – podem ser utilizadas para o custeio de quaisquer despesas; e
 Vinculadas – somente podem ser utilizadas no custeio de determinadas despesas previstas em lei. 
Fonte ou Destinação de Recursos (FR) é um instrumento contábil que agrupa as receitas que possuem 
as mesmas normas de aplicação na despesa. Esse mecanismo foi criado para assegurar que receitas 
vinculadas por lei à finalidade específica sejam exclusivamente aplicadas em programas e ações que visem 
à consecução de despesas ou políticas públicas associadas a esse objetivo legal. Com a FR, demonstram-se 
as parcelas de recursos comprometidos com o atendimento de finalidades/vinculações e aquelas que 
podem ser livremente alocadas a cada elaboração orçamentária46.
Na disponibilidade de caixa do Governo, a FR permite que os recursos vinculados a órgão, fundo ou 
despesa obrigatória sejam identificados e escriturados de forma individualizada47.
ATENÇÃO: Enquanto a Natureza da Receita busca identificar a origem dos recursos, a FR possui 
a finalidade precípua de identificar o destino dos recursos arrecadados, podendo vincular uma 
receita a uma despesa.
46 Giacomoni 2018 p. 146 e 154
47 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 50 Inciso I, Portaria Conjunta STN SOF nº 20/2021 Art. 1º § 1º e MTO 2024 Subitem 
3.2.3
26
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A FR também pode ser: 
A – Reduzida 
É a FR definida na LOA com quatro dígitos a partir de 2023. 
O primeiro indicará o Grupo de Fontes de Recursos e os três demais, a especificação das fontes48.
Os Grupos de FR se classificam em:
Portaria SOF nº 14.956/2021 Anexo I e MTO 2024 Subitens 3.2.3 e 10.1.4.1
Ressalta-se que o Grupo 9 se refere a recursos oriundos de propostas de alterações na legislação da 
receita que estejam em tramitação no Congresso Nacional.
Vide exemplos de especificação das FR:
MTO 2024 Subitem 10.1.4.2
A relação completa das Especificações das Fontes de Recursos está disponível para consulta no Manual 
Técnico do Orçamento (MTO).
B – Detalhada
É a FR registrada na Célula de Crédito/Despesa no SIAFI, detalhada facultativamente do quinto ao 
décimo dígito pela Unidade Orçamentária (UO) de acordo com suas necessidades gerenciais.
48 Portaria SOF nº 14.956/2021 Art. 1º
27
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
SIAFI em 29ABR2022
Vide abaixo a Dotação Orçamentária da MB por FR49 nos dois últimos anos:
49 Ressalta-se que em 2023 o código das FR passou a ter 4 algarismos.
28
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IV – Esfera Orçamentária
A Esfera Orçamentária é uma classificação orçamentária da receita e da despesa, que identifica a que 
orçamento da LOA a receita pertence50:
 Orçamento Fiscal – referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
 Orçamento da Seguridade Social – abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. A Seguridade Socialcompreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à Saúde, à Previdência e à 
Assistência Social51; e
 Orçamento de Investimento – orçamento das empresas estatais não dependentes, ou seja que não 
receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de 
custeio em geral ou de capital52.
No caso do Orçamento da Seguridade Social, a complementação dos recursos para financiar a totalidade 
das despesas de seguridade provém de transferências do Orçamento Fiscal.
Na LOA, os Orçamentos são identificados pelos seguintes códigos:
MTO 2024 Subitem 4.2
Vide abaixo a Dotação Orçamentária da União por Esfera nos dois últimos anos:
Tesouro Gerencial em JAN2024
50 CF/88 Art. 165 § 5º e MTO 2024 Subitem 3.2.4
51 CF/88 Art. 194
52 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 2º Inciso III
30
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A EMGEPRON, por exemplo, faz parte do Orçamento de Investimento. Veja as informações previstas no 
PLOA 2024:
PLOA 2024 Volume VI p. 203
b) Classificações Orçamentárias da Despesa
Toda despesa orçamentária é contabilizada de acordo com nove classificações:
 Esfera Orçamentária;
 Institucional;
 Funcional;
 Programática;
 Identificador de Doação e de Operação de Crédito (IDOC);
 Identificador de Uso (IDUSO);
 Fonte ou Destinação de Recursos (FR);
 Natureza de Despesa (ND); e
 Identificador de Resultado Primário (RP).
As seguintes classificações são comuns à receita e à despesa:
 Com conceitos são idênticos:
31
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 Esfera Orçamentária; e
 Fonte ou Destinação de Recursos (FR).
 Com conceitos semelhantes:
 Identificador de Resultado Primário (RP).
I – Institucional
A classificação orçamentária da despesa Institucional reflete as estruturas organizacional e 
administrativa responsável pela despesa, compreendendo dois níveis hierárquicos: Órgão Orçamentário e 
Unidade Orçamentária (UO)53.
Um Órgão é um agrupamento de UO, que são dotadas com créditos na LOA54.
O código da classificação Institucional é composto por cinco dígitos, sendo que os dois primeiros 
indicam o Órgão e os três seguintes, a UO.
MTO 2024 Subitem 4.3
Exemplo: Órgão 52000 – Ministério da Defesa; e UO 52131 – Comando da Marinha.
A relação completa de todas UO está disponível para consulta no Manual Técnico do Orçamento 
(MTO)55.
II – Funcional
Instituída pela Lei 4.320/64 e atualizada pela Portaria SOF nº 42/1999, a classificação orçamentária da 
despesa Funcional busca responder à indagação sobre em que área de ação governamental a despesa será 
realizada56.
Divide-se em Função e Subfunção, sendo que a Função se refere à principal área de atuação do Órgão, 
refletindo a sua missão institucional, e que a subfunção é relacionada à área da despesa na qual a ação 
será executada.
53 Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 5º Inciso II
54 Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 5º Inciso III
55 MTO 2024 Subitem 10.2.1
56 Lei nº 4.320/64 § 1° Inciso I e Anexo V
32
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O código da classificação Funcional é composto por cinco dígitos, sendo que os dois primeiros indicam a 
Função e os três seguintes, a Subfunção: 
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 5º § 7º e MTO 2024 Subitem 4.4
A – Função
Maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público57. Trata-se de 
uma classificação para cidadãos, uma vez que proporciona informações gerais sobre as operações do 
governo que podem ser apresentadas em uma espécie de orçamento resumido58.
A Função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem 
ou serviço, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma 
agregação neutra59. 
Vide abaixo a Dotação Orçamentária da União por Função nos dois últimos anos:
57 Portaria SOF nº 42/1999 Art. 1º § 1º e MTO 2024 Subitem 4.4.1
58 Giacomoni 2018 p. 97
59 Portaria SOF nº 42/1999 Art. 1º § 2º
33
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Tesouro Gerencial em JAN2024
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B – Subfunção
Instituída pela Portaria MPOG nº 117/98 e atualizada pela Portaria SOF nº 42/99, representa um nível 
de agregação imediatamente inferior à Função e deve evidenciar a natureza da atuação governamental. 
Trata-se de uma partição daquela classificação, visando agregar determinado subconjunto de despesas do 
setor público. 
As Subfunções poderão ser combinadas com Funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas na 
Portaria SOF nº 42/1999, o que se denomina matricialidade60.
A relação completa de todas Funções e Subfunções está disponível para consulta no Manual Técnico do 
Orçamento (MTO)61.
Vide abaixo a Dotação Orçamentária da MB por Subfunção nos dois últimos anos:
60 Portaria SOF nº 42/1999 Art. 1º § 3º e § 4º e MTO 2024 Subitem 4.4.2
61 MTO 2024 Subitem 10.2.2
35
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Tesouro Gerencial em JAN2024
III – Identificador de Resultado Primário
Diferentemente da Receita, o Identificador de Resultado Primário (RP) na Despesa possui três 
finalidades:
 Apurar o Resultado Primário do Governo Federal;
 Classificar a despesa em Discricionária ou Obrigatória; e
 Indicar o tipo de Emenda Parlamentar.
A tabela a seguir apresenta os códigos do RP e suas respectivas descrições: 
36
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Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 7º § 4º e MTO 2024 Subitens 3.2.2 e 4.6.2.4
Já existiu o RP 9 decorrente de emendas do Relator do Orçamento, mas que foi considerada 
inconstitucional pelo STF.
Com relação à obrigatoriedade da despesa, é necessário conhecer a diferença entre Despesas 
Discricionárias e Despesas Obrigatórias.
Despesas Discricionárias x Obrigatórias
Em outras palavras, no caso de a arrecadação de receitas ficar abaixo do estimado na LOA, o Governo 
somente poderá contingenciar as despesas classificadas com RP de 2 a 8.
Vide abaixo a Dotação Orçamentária da União por RP nos dois últimos anos:
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Tesouro Gerencial em JAN2024
IV – Programática
Programática é uma classificação orçamentária da despesa, composta por três campos:
A – Programa
O Programa de Governo estabelecido no Plano Plurianual (PPA).
B – Ação Orçamentária
A Ação Orçamentária (AO) é ação governamental que utiliza recursos do Orçamento Público, para 
produzir bens e serviços, contribuindo para o atingimento de um Objetivo de um Programa do PPA.
C – Subtítulo/Localizador
Instituído pelo PPA 2000-200362, que incluía as AO no planejamento, é o menor nível da categoria de 
programação, sendo utilizado, especialmente, para especificar a localização física da ação63. 
A LOA pode definir, no Subtítulo/Localizador, quem será esse beneficiário dos recursos. Não se trata do 
local onde se encontra o fornecedor do bem ou serviço ao órgão público, mas sim a localização do 
beneficiário da despesa. Por exemplo: na compra de um trator em São Paulo para uma cidade do Nordeste, 
o beneficiário é a cidade que receberá o trator e não a que forneceu.
O código da classificação Subtítulo/Localizador é composto por quatro dígitos, sendo que a localização 
do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, 
Sudeste, Sul), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando 
necessário64.
62 Lei nº9.989/2020 (PPA 2000-2003) Art. 1º Parágrafo único
63 Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 5º Inciso I
64 MTO 2024 Subitem 4.5.4
38
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A título de exemplo, vide abaixo a Dotação Orçamentária da MB nos últimos três anos por 
Subtítulo/Localizador:
Siga Brasil em AGO2023
Observe que a maior parte do Orçamento da MB vem classificado como “Nacional”, onde o beneficiário 
da ação governamental pode se encontrar fisicamente em qualquer lugar do país. 
ATENÇÃO: a LOA pode detalhar, até mesmo, o município ou OM onde se encontra o 
beneficiário da despesa pública, fato este que não deve ser ignorado pelos Ordenadores de 
Despesa.
39
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V – Identificador de Doação e de Operação de Crédito
Identificador de Doação e de Operação de Crédito (IDOC) é uma classificação orçamentária da despesa, 
que identifica as doações de entidades internacionais ou Operações de Crédito contratuais alocadas nas 
AO, com ou sem contrapartida de recursos da União65. 
Consultando a transação CONIDOC do SIAFI podemos conhecer os IDOC de uma UO. No caso da MB, só 
as UO 52131 e 52232 possuem esse identificador cadastrado:
SIAFI em 06JAN2023
SIAFI em 06JAN2023
Quando os créditos na LOA não se destinarem à contrapartida nem se referirem a doações 
internacionais ou operações de crédito, o IDOC será automaticamente “9999”.
Os gastos referentes à contrapartida de empréstimos serão programados com o IDUSO de “1” a “4” e o 
IDOC com o número da respectiva operação de crédito, enquanto que, para as contrapartidas de doações, 
será utilizado o IDUSO “5”.
VI – Identificador de Uso
Identificador de Uso (IDUSO) é uma classificação orçamentária da despesa, que tem por finalidade 
indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou se são 
destinados a outras aplicações, conforme tabela abaixo:
65 MTO 2024 Subitem 4.6.2.3
40
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Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 7º § 10 e MTO 2024 Subitem 4.6.2.2
Vide abaixo a Dotação Orçamentária da União por IDUSO nos dois últimos anos:
Tesouro Gerencial em JAN2024
VII – Natureza da Despesa
Natureza da Despesa (ND) é uma classificação orçamentária da despesa, composta por oito algarismos 
distribuídos em cinco campos:
 Categoria Econômica; 
 Grupo de Natureza de Despesa (GND);
 Modalidade de Aplicação;
 Elemento de Despesa; e
 Subelemento.
Portaria Conjunta STN/SOF nº 163/2001 Art. 5º e MTO 2024 Subitem 4.6.2.1
41
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A – Categoria Econômica 
Instituída pela Lei nº 4.320/64, tem o papel de fornecer indicações sobre os efeitos que o gasto público 
tem sobre toda a economia, dividindo-se em66:
3 – Despesas Correntes – despesas de consumo do Governo Federal, tais como manutenção de 
serviços, obras de conservação, etc.
4 – Despesas de Capital – despesas voltadas para a formação ou aquisição de bens de capital, 
concessão de empréstimos e amortização de dívidas.
B – Grupo de Natureza de Despesa
Instituído pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 1990, o Grupo de Natureza de Despesa (GND) 
agrega os elementos de despesa de mesmas características quanto ao objeto de gasto67: 
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 7º § 2º e MTO 2024 Subitem 4.6.2.1.2
Observe que um mesmo código de GND só está associado a uma Categoria, fato este que dispensa a 
atribuição da Categoria Econômica da ND no Programa de Trabalho (PT) da Lei Orçamentária Anual (LOA).
É por meio dessa classificação que se pode analisar o grau de recursos alocados para investimentos no 
Orçamento Público (GND 4).
Vide abaixo a Dotação Orçamentária da União por GND nos dois últimos anos:
66 Lei nº 4.320/64 Art. 12 e 13 e MTO 2024 Subitem 4.6.2.1.1
67 Lei nº 7.800/89 (LDO 1990) Art. 42 Inciso I
42
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Tesouro Gerencial em JAN2024
A Dotação Orçamentária prevista para o GND 4 – Investimentos é muito confundida com o valor do 
Orçamento de Investimentos.
Veja abaixo os valores propostos no PLOA 2024 para este Orçamento:
PLOA 2024 Volume VI p. 15
C – Modalidade de Aplicação
Objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados, 
indicando se os recursos serão aplicados diretamente por uma UG da União ou indiretamente por68: 
 Outras esferas de governo, seus órgãos, fundos ou entidades, ou por entidades privadas mediante 
transferência financeira; ou
 Outros entes federativos ou consórcios públicos para a aplicação de recursos em ações de 
responsabilidade exclusiva da União mediante delegação.
A mais comum é a 90 – Aplicações Diretas por uma UG da União.
Vide abaixo a Dotação Orçamentária da MB por Modalidade de Aplicação nos dois últimos anos:
68 Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 7º § 6º e MTO 2024 Subitem 4.6.2.1.3
43
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Tesouro Gerencial em JAN2024
D – Elemento de Despesa 
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto que a Administração Pública utiliza para a consecução 
de seus fins.
Exemplos:
MTO 2024 Subitem 4.6.2.1.4
O Elemento da Despesa não é definido na LOA, que detalha o crédito apenas ao nível de Modalidade de 
Aplicação. Como o SIAFI exige que essa informação esteja definida antes do empenho, cada Unidade 
Gestora (UG) responsável por uma Unidade Orçamentária (UO) pode definir regras sobre quem realizará 
esse detalhamento.
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
A MB convencionou que somente a DGOM, que é a UG responsável por todas as UO da MB, pode 
atribuir o Elemento da Despesa aos créditos autorizados na LOA à Força. Essa regra não está escrita nas 
Normas da MB, sendo uma tradição. Desta forma, segundo as estimativas do Sistema do Plano Diretor 
(SPD), aquela Diretoria, após receber a Dotação Orçamentária da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), 
atribui no SIAFI o Elemento da Despesa antes de descentralizar o crédito (Provisão ou Destaque) para as 
UG.
E – Subelemento da Despesa 
É um desdobramento do Elemento. Exemplos:
33913017 – Material de processamento de dados;
33903908 – Manutenção de software; e
33903911 – Locação de softwares.
O Subelemento da Despesa é definido pela UG quando do empenho da despesa.
A figura a seguir exemplifica uma Natureza da Despesa completa: 
Natureza de Despesa completa
A lista completa das Naturezas de Despesa até o Elemento da Despesa estão disponíveis para consulta 
no Manual Técnico do Orçamento (MTO)69. No SIAFI, as ND podem ser consultadas até o Subelemento por 
meio da transação CONNATSOF.
69 Portaria Conjunta STN/SOF nº 163/2001 Anexos II e III e MTO 2024 Subitem 10.2.3
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2.5 RESPONSABILIDADE FISCAL
A Lei Complementar nº 101/2000, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), foi 
aprovada em um ambiente financeiro hostil, que impeliu o país a uma forte desvalorização cambial e a um 
urgente pedido de socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI), estabelecendo normas de finanças 
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, alinhadas às expectativas do mercado 
financeiro.
Com base em um conjunto de regras, a LRF tinha a pretensão de mudar a história da administração 
pública no Brasil, já que, a partir dela, todos os governantes passariam a obedecer às normas e limites para 
administrar suas finanças.
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe70:
 Ação planejada e transparente;
 Prevenção de riscos;
 Correçãode desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas;
 Cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas; e 
 Obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com 
pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, 
inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
a) Receita Corrente Líquida
A LRF estabeleceu a Receita Corrente Líquida (RCL) como parâmetro para:
 Cálculos relacionados à execução orçamentária;
 Elaboração de relatórios; e
 Adequação dos poderes e órgãos aos limites estabelecidos. 
Entende-se como RCL o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, 
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos71:
 Na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal;
 Nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; e
 Na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema 
de previdência e assistência social.
70 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 1º § 1º
71 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 2º Inciso IV
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b) Metas Fiscais
A LRF estabeleceu que: 
 Para definição das Metas Fiscais, a LDO deve conter um Anexo, onde serão estabelecidas metas 
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e 
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes72.
 Para seu controle:
 Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a LDO, o Poder 
Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de 
desembolso73.
 Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o 
cumprimento das metas de Resultado Primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas 
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes 
necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, 
segundo os critérios fixados pela LDO74.
c) Receitas
A LRF definiu que:
 A Receita de Capital, derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público, 
não poderá ser utilizada para o financiamento de Despesa Corrente, salvo se destinada por lei aos 
regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos75.
 Renúncia de receita:
 Compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não 
geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada 
de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado76.
 A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra 
renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, acompanhada de 
demonstração de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da LOA e de que não 
afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da LDO77.
72 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 4º § 1º
73 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 8º
74 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 9º
75 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 44
76 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 14º § 1º
77 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 14 Inciso I
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d) Despesa Obrigatória de Caráter Continuado
Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória 
ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período 
superior a dois exercícios78.
O instrumento legal será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não 
afetará as metas de resultados fiscais previstas, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, 
ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa79.
e) Despesas com Pessoal
A CF/88 estabeleceu que a despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados, do 
Distrito Federal (DF) e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos na LRF80.
A despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá 
exceder os percentuais da RCL, a seguir discriminados:
Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 19 e 20
f) Suspensão dos Limites
Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, enquanto perdurar a 
situação81:
 Serão suspensas as contagens de prazos; e 
 Serão dispensados os atingimentos de resultados fiscais e a limitação de empenho 
(Contingenciamento).
g) Transparência
São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em 
meios eletrônicos de acesso público:
 os planos, orçamentos e diretrizes orçamentárias; 
78 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 17
79 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 17 § 2º
80 CF/88 Art. 169
81 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 65
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
 as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; 
 o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO); e 
 o Relatório de Gestão Fiscal (RGF)82.
I – Relatório de Gestão Fiscal
Ao final de cada quadrimestre será emitido o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) pelos titulares dos 
Poderes e órgãos83.
O RGF objetiva o controle, o monitoramento e a publicidade do cumprimento dos limites estabelecidos 
pela LRF: Despesas com Pessoal, Dívida Consolidada Líquida, Concessão de Garantias e Contratação de 
Operações de Crédito.
II – Relatório Resumido da Execução Orçamentária
O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, o Relatório 
Resumido da Execução Orçamentária (RREO)84.
O RREO ajuda a compreender a situação fiscal da União, com dados sobre a execução orçamentária da 
receita e da despesa.
82 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 48
83 Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 54
84 CF/88 Art. 165 § 3º e Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 52
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	2 ORÇAMENTO PÚBLICO
	2.1 DIMENSÕES
	2.2 ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL
	a) Federalismo Fiscal
	b) Histórico
	1964
	1967
	1969
	1974
	1988
	1998
	1999
	2000
	2017
	2019
	c) A rigidez do Orçamento Público brasileiro
	I – Elevado percentual de despesas obrigatórias
	II – Alto índice de receitas vinculadas a despesas.
	d) Desvinculação das Receitas da União
	2.3 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
	a) Princípio da Unidade ou Totalidade
	b) Princípio da Universalidade
	c) Princípio da Anualidade ou Periodicidade
	d) Princípio da Exclusividade
	e) Princípio do Orçamento Bruto
	f) Princípio da Não Vinculação da Receita de Impostos
	2.4 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
	a) Classificações Orçamentárias da Receita
	I – Natureza da Receita
	A – Categoria Econômica
	B – Origem
	C – Espécie
	D – Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita
	E – Tipo
	II – Identificador de Resultado Primário
	III – Fonte ou Destinação de Recursos
	A – Reduzida
	B – Detalhada
	IV – Esfera Orçamentária
	b) Classificações Orçamentárias da Despesa
	I – Institucional
	II – Funcional
	A – Função
	B – Subfunção
	III – Identificador de Resultado Primário
	IV – Programática
	A – Programa
	B – Ação Orçamentária
	C – Subtítulo/Localizador
	V – Identificador de Doação e de Operação de Crédito
	VI– Identificador de Uso
	VII – Natureza da Despesa
	A – Categoria Econômica
	B – Grupo de Natureza de Despesa
	C – Modalidade de Aplicação
	D – Elemento de Despesa
	E – Subelemento da Despesa
	2.5 RESPONSABILIDADE FISCAL
	a) Receita Corrente Líquida
	b) Metas Fiscais
	c) Receitas
	d) Despesa Obrigatória de Caráter Continuado
	e) Despesas com Pessoal
	f) Suspensão dos Limites
	g) Transparência
	I – Relatório de Gestão Fiscal
	II – Relatório Resumido da Execução Orçamentária

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