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EFICIÊNCIA-ENERGÉTICA-E-SUSTENTABILIDADE

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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 
2. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: O SURGIMENTO DO CONCEITO ......................... 5 
3. COMO OBTER EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NA CONSTRUÇÃO? ..................... 7 
4. CERTIFICAÇÕES E LICENÇAS REGULAMENTARES ...................................... 9 
5. COMO APLICAR PRÁTICAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .......................... 10 
6. SIMULAÇÃO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA EDIFICAÇÕES ............... 11 
7. ENVOLTÓRIA ................................................................................................... 12 
8. ILUMINAÇÃO .................................................................................................... 13 
9. CONDICIONAMENTO DE AR ........................................................................... 14 
10. RESULTADOS DE PRÁTICAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: 
SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL .................................................... 15 
11. VISÃO INTERNACIONAL SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E 
SUSTENTABILIDADE .............................................................................................. 16 
12. VISÃO NACIONAL SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE
 19 
13. SUSTENTABILIDADE ....................................................................................... 24 
14. DEFINIÇÃO DE SUSTENTABILIDADE ............................................................. 25 
15. CONCEITOS IMPORTANTES SOBRE SUSTENTABILIDADE ......................... 27 
15.1 Principais Características das Construções Sustentáveis .............................. 27 
16. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ............................................................ 28 
17. ALTERNATIVAS PARA ALCANÇAR A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NAS 
EDIFICAÇÕES ......................................................................................................... 30 
18. USO EFICIENTE DE JANELAS E VIDROS ....................................................... 30 
19. COBERTURA VERDE ....................................................................................... 31 
20. O AQUECIMENTO DE ÁGUA PELO SOL ......................................................... 33 
21. O SISTEMA DE AQUECIMENTO SOLAR DE ÁGUA POR ACUMULAÇÃO ..... 34 
22. ENERGIA FOTOVOLTAICA .............................................................................. 36 
23. ENERGIA EÓLICA ............................................................................................ 38 
24. VENTILAÇÃO .................................................................................................... 40 
25. MATERIAIS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL UTILIZADO EM EDIFICAÇÕES 
RESIDENCIAIS ........................................................................................................ 41 
26. TIJOLO ECOLÓGICO ....................................................................................... 42 
27. CIMENTO ECOLÓGICO ................................................................................... 44 
28. TUBULAÇÕES PEAD E PPR ............................................................................ 45 
29. TORNEIRAS AUTOMÁTICAS ........................................................................... 46 
30. BACIA COM DESCARGA DUPLA ..................................................................... 47 
31. LÂMPADAS DE LED ......................................................................................... 48 
32. TINTAS DE TERRA ........................................................................................... 49 
33. PISO DE BAMBU .............................................................................................. 51 
34. MADEIRA PLÁSTICA ........................................................................................ 52 
35. TELHAS ECOLÓGICAS .................................................................................... 53 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 55 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 56 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Figura 1: Sustentabilidade na construção civil. 
 
Fonte: https://www.sienge.com.br/blog/sustentabilidade-na-cosntrucao-civil-eficiencia-energetica-
como-diferencial-para-construtoras/ 
 
Foi-se o tempo em que era possível imaginar a vida sem a eficiência energética 
na indústria da construção. Hoje em dia, somos fortes dependentes de equipamentos, 
máquinas e dispositivos eletrônicos nos processos da construção. Alguns itens que, 
rapidamente, tornaram-se indispensáveis na rotina da maioria ao redor do mundo. 
Um dos grandes desafios quando pensamos em sustentabilidade na 
construção civil, é trazer a eficiência energética para dentro do canteiro de obras. Para 
garantir uma construção em harmonia com o meio ambiente, além da utilização 
de materiais verdes e reciclados, blocos ecológicos e reutilização da água, é preciso 
atentar para o consumo de energia que o empreendimento demanda. 
A situação é urgente. Atualmente, de acordo com a Agência Internacional de 
Energia (AIE), o setor construtivo é responsável por aproximadamente metade do total 
de quilowatts produzidos no planeta. No Brasil, o cenário não é menos alarmante. 
Segundo dados levantados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 
44% de toda energia elétrica consumida no país é destinada ao setor da construção 
civil, seja nos setores residenciais, públicos ou comerciais. 
A necessidade de reduzir estes indicadores com eficiência energética, além de 
garantir a sustentabilidade na construção civil, passa também por tornar 
o empreendimento ainda mais rentável. Selos sustentáveis também agregam valor à 
obra e são um diferencial para toda construtora. Uma boa etiqueta no Programa 
Brasileiro de Etiquetagem (PBE) é fundamental para a valorização do imóvel. Por isso, 
é hora de buscar fazer mais com menos e aplicar a ideia de eficiência energética no 
empreendimento. 
https://www.sienge.com.br/blog/sustentabilidade-na-construcao-civil-materiais-de-construcao-sustentaveis/
https://www.sienge.com.br/blog/tijolo-de-terra-bloco-ecologico-solucoes-para-sustentabilidade-na-construcao/
https://www.sienge.com.br/blog/sustentabilidade-na-construcao-civil-reuso-de-agua/
https://www.iea.org/
https://www.iea.org/
http://ufsc.br/
https://www.sienge.com.br/blog/sustentabilidade-na-construcao-civil-para-vender-mais/
https://www.sienge.com.br/blog/selos-de-sustentabilidade-agregando-valor-as-suas-obras/
https://www.sienge.com.br/blog/selos-de-sustentabilidade-agregando-valor-as-suas-obras/
http://www2.inmetro.gov.br/pbe/
http://www2.inmetro.gov.br/pbe/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: O SURGIMENTO DO CONCEITO 
Figura 2: Eficiência Energética. 
 
Fonte: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=18&Cod=1494 
 
Com valor agregado e ampla utilização, entra em jogo a sustentabilidade. O 
surgimento da eficiência energética corresponde à necessidade de repensar o 
consumo em prol do meio ambiente, das empresas e dos usuários em geral. 
O objetivo econômico foi o que motivou a proposta inicial do conceito. A partir 
daí, o setor da construção passou a contar com uma variedade de benefícios 
relacionados à eficiência energética. São exemplos: redução do desperdício, menores 
índices de poluição, uso mais eficaz dos recursos naturais, além da melhora na saúde 
e no bem-estar dos profissionais. 
As vantagens são tantas que foram criadas normas de avaliação e 
padronização. A Etiqueta PBE Edifica, criada pelo Programa Nacional de 
Conservação de Energia Elétrica (Procel) e pelo Instituto Nacional de Metrologia, 
Qualidade e Tecnologia (Inmetro), é um bom exemplo. 
O selo mede a eficiência energética deconstruções, com o objetivo de 
incentivar o uso racional da eletricidade e reduzir gastos desnecessários. Mas qual o 
resultado? Metade do gasto energético em edifícios novos com classificação A e 30% 
a menos em reformas. 
A ABNT NBR 15575, em vigor há cinco anos, é uma norma de regulamentação 
que controla indicadores na construção civil, relacionando a qualidade da obra com 
seus impactos diretos na vida dos indivíduos. 
Em resumo, ela garante que “o bom desempenho de uma edificação 
habitacional possa ser medido de acordo com sua capacidade de atender às 
necessidades humanas. Assim, engloba áreas como estabilidade estrutural, 
http://www.pbeedifica.com.br/
https://www.enelx.com.br/blog/2017/03/etiqueta-mede-eficiencia-energetica-de-edificacoes/
https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2018/05/norma-de-desempenho-e-sustentabilidade/
desempenho térmico, luminoso e acústico, resistência contra fogo e, ainda, os 
sistemas hidrossanitários.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. COMO OBTER EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NA CONSTRUÇÃO? 
Figura 3: Eficiência energética na construção. 
 
Fonte: http://fontes-energeticas.blogspot.com/ 
 
Em meio a tantos procedimentos internos e externos à organização, às vezes 
é complicado saber por onde começar. Afinal, como tornar as práticas da construção 
civil sustentáveis e, ao mesmo tempo, rentáveis? 
É junto à concepção do projeto que deve-se pensar nas adequações às 
condicionantes locais e, ao mesmo tempo, em soluções que gerem uma performance 
mais expressiva. 
A ventilação, a iluminação e o aquecimento são aspectos importantes, que 
precisam ser considerados ao desenvolver a planta de autoria. Maximizar a exposição 
da obra ao fluxo de ar favorece a iluminação natural e ganhos de calor. Ambientes 
com boa circulação entre as áreas interna e externa são mais sustentáveis, otimizando 
o uso de itens que consomem energia elétrica, como ares-condicionados, lâmpadas 
e aquecedores. 
Para localidades com temperaturas mais elevadas, ambientes gramados e/ou 
arborizados contribuem para a harmonização da temperatura ambiente. Existem 
várias outras técnicas que podem ser aplicadas, de acordo com as necessidades 
verificadas no projeto: resfriamento evaporativo e umidificação, ventilação vertical, 
inércia térmica e aquecimentos solar ou artificial são algumas delas. 
A racionalização do consumo de energia também pode estar inclusa na cor da 
tinta aplicada em paredes e tetos, na seleção dos materiais mais adequados, no 
sistema de aberturas de portas e janelas, no tipo de vidro empregado e no uso da 
vegetação para sombreamento. 
Assim, o projeto que busca diminuir o consumo de energia e melhorar a 
sustentabilidade também precisa adotar fontes de energia alternativas, como eólica e 
fotovoltaica. 
https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2016/11/materiais-de-construcao-civil/
https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2016/08/energia-solar-nas-construcoes/
Outros potenciais de economia incluem a captação da água da chuva e de ares-
condicionados, bem como o reaproveitamento dessa água. Tudo isso levando em 
conta o terreno, o clima local e a rotina do público dessa edificação, com aplicação 
das estratégias bioclimáticas de forma integrada e complementar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. CERTIFICAÇÕES E LICENÇAS REGULAMENTARES 
Que a construção civil gera diversos impactos ambientais, não é novidade. 
Muitos deles são necessários para o desenvolvimento da indústria e, também, das 
cidades como um todo. Felizmente, é possível atingir o equilíbrio e continuar 
https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2016/08/como-reaproveitar-a-agua-no-canteiro-de-obras/
https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2018/05/impactos-ambientais-da-construcao/
investindo no setor de forma que os danos causados sejam minimizados — ou até 
mesmo evitados. 
O licenciamento ambiental junto aos órgãos competentes é uma das maneiras 
de prever possíveis compensações e potenciais efeitos causados pelas intervenções 
no ecossistema, como erosão e assoreamento do solo, fauna e flora, nascentes e 
recursos hídricos, lagoas, dunas, mangues e outros cenários frágeis. 
Existem, ainda, diversas certificações que surgiram recentemente ou foram 
atualizadas, com o objetivo de atestar se uma obra é ou não sustentável. No Brasil, 
as principais são: 
 
 Leadership in Energy and Environmental Design (LEED); 
 Selo Procel de Edificações; 
 Processo AQUA; 
 Selo Casa Azul; 
 Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), com quatro 
classificações: 
 Geral, que inclui envoltória, iluminação e condicionamento de ar; 
 Parcial da envoltória, que inclui fachadas, cobertura, aberturas envidraçadas e 
vãos; 
 Parcial da envoltória e do sistema de iluminação; 
 Parcial da envoltória e do sistema de condicionamento de ar. 
Lembrando que todas elas podem ser fornecidas tanto para a edificação 
completa, quanto para os blocos, pavimentos ou conjuntos de salas. 
Podemos encontrar diversas leis, regulamentações, licenças, etiquetas e 
certificações para garantir que o meio ambiente sofra o mínimo possível com as 
construções. Por outro lado, é possível também assegurar uma edificação sustentável 
desde a sua concepção. Quando o objetivo está em fazer mais e melhor, certamente 
haverá obras mais inteligentes, duráveis e benéficas. 
5. COMO APLICAR PRÁTICAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
 
Figura 4: Eficiência energética. 
https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2018/02/licenciamento-ambiental-para-obras/
https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2017/01/principais-certificacoes-ambientais-que-as-construtoras-precisam-conhecer/
https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2016/03/certificacao-leed-da-greenbuilding-o-que-voce-precisa-saber/
 
Fonte: 
http://www.motoreletrico.net/index.asp?InCdSecao=3&InCdEditoria=1&InCdMateria=337&pagina=&Si
nais+dos+tempos 
 
Reduzir o consumo de energia e aplicar práticas de eficiência energética em 
edificações se torna um pouco mais complexo do que se pode observar no exemplo 
doméstico. Afinal, a eficiência energética nas construções não visa somente reduzir o 
consumo na obra, mas sim aplicar medidas que garantam uso inteligente de energia 
após a entrega, quando o empreendimento estará habitado e em pleno 
funcionamento. Medidas que valorizam o imóvel e garantem a sustentabilidade na 
construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. SIMULAÇÃO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA EDIFICAÇÕES 
 
Uma simulação energética identifica pontos críticos de consumo de energia na 
edificação. Diversos softwares oferecem este serviço, como o S3E e o Energy Plus. A 
https://www.sienge.com.br/ebooks/o-desafio-dos-engenheiros-em-buscar-tecnologias-para-reduzir-o-consumo-de-energia/
http://www.s3e.ufsc.br/
https://energyplus.net/
partir deste diagnóstico, é possível determinar práticas para otimização do consumo 
de energia e melhores indicadores de sustentabilidade dentro da construção. 
A simulação energética pode ser realizada anteriormente à construção do 
edifício, a partir do projeto arquitetônico. Assim, antes mesmo de colocar a mão na 
massa, a construtora já tem uma projeção detalhada dos efeitos que diferentes ações 
podem gerar na obra. O que leva a descobrir qual será o impacto no consumo de 
energia se for utilizado determinado material na fachada, efeitos diretos de estruturas 
de sombreamento, entre outros fatores que influenciam a gestão de qualidade da 
obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. ENVOLTÓRIA 
Figura 5: Utilização de eficiência energética. 
 
Fonte: https://imejunior.com.br/2017/12/03/eficiencia-energetica/ 
 
Quando pensa-se em eficiência energética, é muito importante centrar esforços 
na envoltória da construção. Afinal, ao entregar um empreendimento ineficaz nesse 
quesito, tem-se um edifício frio no inverno e muito quente no verão, exigindoum 
consumo elevado de energia com aquecedores, umidificadores e condicionadores de 
ar. 
As medidas que podem ser tomadas para uma envoltória eficiente variam de 
acordo com a realidade climática de cada região. A extensão territorial do Brasil e a 
disparidade climática entre regiões dificulta uma padronização de ações para 
envoltórias. No entanto, algumas das medidas mais aplicadas são para elevar a 
etiquetagem de um edifício no PBE são: 
 Cobertura verde: ou telhado verde, filtra o gás carbônico na cobertura do prédio, 
reduzindo a temperatura e absorvendo até 90% mais calor que sistemas de cobertura 
tradicionais. 
 Pintura clara: aplicada nas paredes externas e na cobertura do edifício, cores 
claras não retém calor e auxiliam na redução do consumo de energia do prédio. 
 Vidros inteligentes: vidros eletrocrômicos permitem o controle de luz em 
determinada área, filtrando a radiação solar que incide sobre eles. Podem ser 
aplicados tanto na fachada do prédio quanto em ambientes internos. 
 
 
 
8. ILUMINAÇÃO 
Figura 6: Iluminação. 
 
Fonte: https://ambscience.com/wp-content/uploads/2019/03/energia-eficiencia-energetica.png 
A lei é quase que universal: “o último a sair, apaga a luz”. No entanto para 
conseguir uma boa certificação no PBE e firmar o compromisso do empreendimento 
para com a sustentabilidade na construção civil, ela não vale. É preciso pensar em 
medidas que garantam o uso mais inteligente da energia elétrica dentro do edifício, 
otimizando o consumo e aumentando a eficiência energética. 
Confira algumas das medidas mais aplicadas para reduzir o consumo com 
iluminação: 
 Sensores de desligamento automático: sensores de movimento são 
fundamentais para reduzir o consumo de energia. Luzes de corredores, por exemplo, 
só serão acionadas em casos de detecção de presença, evitando o desperdício. 
 Energias renováveis: fazendo uso de pequenas turbinas eólicas, painéis 
fotovoltaicos ou, até mesmo, de sistemas de persianas automatizadas é possível 
captar e armazenar luz natural. Além da colaboração com a sustentabilidade na 
construção civil, a medida reduz os custos mensais com energia e ainda acumula uma 
reserva que pode ser de grande ajuda em casos de queda de energia, mantendo o 
abastecimento do edifício. Diversas empresas já entenderam o potencial que a luz 
solar tem para valorizar seus empreendimentos. 
9. CONDICIONAMENTO DE AR 
Independentemente da região do país onde seu empreendimento seja erguido, 
uma coisa é certa: entre novembro e março faz muito calor. Neste caso, o uso do ar 
https://www.sienge.com.br/blog/energia-solar-como-alternativa-custos-e-beneficios/
https://www.sienge.com.br/blog/energia-solar-como-alternativa-custos-e-beneficios/
condicionado será imprescindível para garantir o bem estar de todos que irão trabalhar 
ou viver no edifício. Ainda assim, existem algumas alternativas para, se não eliminar 
o uso do ar condicionado, criar situações diminuam a necessidade de manter o ar 
condicionado ligado o dia inteiro e firmar mais uma vez seu compromisso com a 
gestão da qualidade e a sustentabilidade na construção civil: 
 Ventilação natural: em dias de clima mais ameno, abaixo dos 25ºC graus, por 
exemplo, somente a ventilação natural já seria o bastante para arejar o ambiente. Uma 
alternativa é apostar na ventilação cruzada. Ela se vale de vãos de abertura que 
permitam entrada e saída de ar fresco, podendo ser opostos ou adjacentes, e sua 
eficiência vai depender de fatores como frequência, velocidade e direção do vento da 
região. 
 Isolamento térmico: sistemas de isolamento térmico no edifício são 
responsáveis por manter a temperatura de um ambiente. Por isso, além da redução 
do ruído, o isolamento térmico garante um consumo de energia elétrica inferior e, 
consequentemente, mais sustentabilidade na construção civil. 
 Renovação de ar condicionado: em casos de retrofit de edifícios mais antigos, 
já aparelhados com condicionadores de ar artificiais, é muito importante promover a 
manutenção das máquinas. Buscar por aparelhos mais novos, com um consumo de 
energia inferior, ainda que demande um certo custo, reduz os gastos. É um 
investimento que se paga ao longo da vida útil do edifício. 
 
 
 
 
 
 
 
10. RESULTADOS DE PRÁTICAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: 
SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
Figura 6: Sustentabilidade na construção civil. 
 
Fonte: 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fbmsenergiasolar.com.br%2Fsustentabilidade
-na-construcao-civil%2F&psig=AOvVaw0I-
fAkgMzI4zCI7ksM4KEc&ust=1605656196409000&source=images&cd=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCLjl
zM2diO0CFQAAAAAdAAAAABAD 
 
Sempre que uma construtora busca por alternativas para reduzir o consumo de 
energia em seus empreendimentos, colabora para melhores indicadores de 
sustentabilidade na construção civil no Brasil. Eficiência energética é selar um acordo 
de colaboração com o meio ambiente e compromisso social. Além disso, há vantagens 
financeiras direta para a empresa que vão além da conta de luz ao fim do mês. 
Segundo pesquisa do The Regeneration Roadmap, pessoas de países emergentes, 
como o Brasil, estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis. Daí a 
importância das etiquetas de sustentabilidade. 
Para eficiência energética, os selos são atribuídos pelo Programa Brasileiro de 
Etiquetagem (PBE), do Instituto Nacional de de Metrologia, Qualidade e Tecnologia 
(INMETRO), que classifica as edificações com etiquetas de A a E. 
Eficiência energética, portanto, além de colaborar para a sustentabilidade na 
construção civil, traz benefícios para a construtora e também para os ocupantes do 
edifício após a entrega e prolonga sua vida útil. Por isso, é hora de fazer mais com 
menos, e garantir um consumo racional de energia no empreendimento. 
 
11. VISÃO INTERNACIONAL SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E 
SUSTENTABILIDADE 
 
http://theregenerationroadmap.com/
https://www.sienge.com.br/blog/sustentabilidade-na-construcao-civil-para-vender-mais/
http://www.inmetro.gov.br/
http://www.inmetro.gov.br/
Normas de construção estabelecem padrões de desempenho como, por 
exemplo, nível máximo de consumo de energia para edificações de determinado porte 
ou padrões mínimos de eficiência energética de equipamentos ou da construção como 
um todo. Grande parte da Europa e da Ásia e algumas regiões da América do Norte 
e Austrália estabelecem padrões mínimos de desempenho energético em edificações 
comerciais e residenciais, tanto em novas edificações quanto nas existentes. 
Países como França e Alemanha tornaram o retrofit obrigatório para 
edificações após determinada idade de construção, exigindo a melhora no padrão de 
consumo energético do imóvel ao passar por reforma ou aumento de área útil ou 
impedindo edificações que não tiverem um padrão mínimo de desempenho energético 
de serem alugadas ou vendidas. Em 2004, 65% dos edifícios comerciais existentes 
na Suíça estavam em processo de retrofit. 
Além disso, diversas cidades e estados americanos tornaram obrigatória a 
etiquetagem energética de suas edificações, tornando público seu consumo de 
energia, entre eles as cidades de Nova York, Washington, D.C. e Austin e os estados 
da Califórnia e de Washington. O programa nacional de etiquetagem (ENERGY STAR 
Portfolio Manager) é adotado por cidades como Nova York, Chicago, Boston e Seattle. 
A cidade de Nova York exige a publicação do consumo energético (e hídrico, em 
alguns casos) de todas as edificações acima de 4,6 mil m² (50 mil ft²), com auditoria 
energética obrigatória. 
No âmbito federal, a agência nacional de habitação dos Estados Unidos 
(Federal Housing Administration/FHA) administra, desde 1992, o programa Energy 
Efficient Mortgage (EEM), que apoia a aquisição de imóveis com eficiência energética 
e projetos de retrofit focados em eficiência energética. Os créditos hipotecários tipo 
EEM têm como pressuposto a capacidade adicional de pagamentopelos proprietários 
de imóveis com eficiência energética devido à menor despesa mensal com contas de 
consumo. Caso o tomador do empréstimo tenha o crédito aprovado junto à instituição 
financeira para a aquisição de um imóvel, a FHA garante o empréstimo total, incluindo 
como receitas adicionais o resultado financeiro gerado com as ações de eficiência 
energética. 
Os países da União Européia dispõem de uma série de instrumentos 
financeiros voltados para energia renovável e eficiência energética nas edificações, 
dentre os quais se destacam os produtos do banco alemão de desenvolvimento KfW, 
que vinculam as condições de financiamento ao padrão de eficiência energética da 
edificação. Os empréstimos podem ter prazo de até 30 anos, incluindo 5 anos de 
carência e 10 anos de juros simples. 
Na geração de energia solar de forma distribuída, definida como uma fonte de 
energia elétrica conectada diretamente à rede de distribuição ou situada no próprio 
consumidor, o setor privado americano inovou ao oferecer a seus clientes residenciais 
alternativas de financiamento do sistema soluções com investimento inicial zero. No 
modelo PPA (Power Purchase Agreement), contrato de compra de energia, em 
português, o cliente paga pela energia produzida um valor fixo (abaixo do preço da 
concessionária) pela duração do contrato; no leasing, o cliente assume um pagamento 
mensal fixo, que pode ser reduzido mediante aporte inicial. Caso o cliente consuma 
menos do que produziu, pode colocar o excedente na rede e receber os créditos 
correspondentes. Em ambos os casos a instaladora cobre os custos de instalação, dá 
a garantia do equipamento e faz todo o monitoramento da geração de energia. Ao final 
do contrato, o cliente pode optar por fazer um upgrade do equipamento, trocando por 
módulos mais modernos, estender o contrato atual ou ter o sistema removido 
gratuitamente. 
Por dispensarem investimento inicial, diminuírem o risco para o proprietário do 
imóvel e gerarem uma despesa mensal menor do que sua fatura atual de energia, as 
opções de PPA e leasing tornaram-se nos últimos anos a opção preferida das 
residências americanas, tendo respondido por 72% das novas instalações em 2014. 
No entanto, a crescente familiaridade do consumidor americano com a geração 
solar distribuída, somada à contínua queda de preço dos módulos solares, têm levado 
analistas a projetarem uma retomada no número de sistemas comprados, que poderá 
novamente ultrapassar o número de sistemas sob os regimes PPA e leasing em 2020. 
 Cabe ressaltar que a experiência internacional aponta vantagens das 
construções sustentáveis em relação às construções tradicionais para os diversos 
stakeholders. Para os empreendedores imobiliários, potenciais benefícios incluem 
prêmio de preço, custos mais baixos de construção e menor tempo para venda dos 
imóveis. Para os proprietários, um retorno mais rápido sobre o investimento por meio 
da diminuição da taxa do financiamento, menor depreciação do imóvel e menores 
custos de manutenção. Para os ocupantes, menores custos operacionais, mais saúde 
e bem-estar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. VISÃO NACIONAL SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E 
SUSTENTABILIDADE 
 
Ao analisar a regulamentação brasileira no que concerne a agenda de 
edificações sustentáveis e eficiência energética observa-se que no nível federal, a 
norma NBR 15.575 (2013), conhecida como a “norma de desempenho” das 
edificações habitacionais, representa um marco para a modernização tecnológica da 
construção brasileira e estabelece padrões mínimos de desempenho em diversos 
aspectos da obra, como desempenho acústico, desempenho térmico, durabilidade 
dos materiais e vida útil do imóvel. No entanto, além do problema do desconhecimento 
da regulação, existem desafios em sua fiscalização. Ademais, ainda não se 
estabelece punição em caso de descumprimento da norma, embora o Código de 
Defesa do Consumidor vete o fornecimento de produtos ou serviços em desacordo 
com normas técnicas existentes. 
No âmbito da geração de resíduos, a resolução Conama n. 307/2002 
estabelece diretrizes para a gestão de resíduos da construção civil (RCD). No Brasil, 
73% dos municípios possuem serviço de manejo de resíduos de construção civil, 
obrigando as construtoras a fazer a destinação correta desses resíduos. 
No nível subnacional, o Estatuto das Cidades (2001) instituiu o plano diretor 
como o instrumento básico de desenvolvimento e expansão urbana. No âmbito da 
construção sustentável, esse instrumento trata de questões como o uso misto de 
edificações (comercial no piso térreo e residencial nos demais), adensamento 
populacional nos bairros (evitando grandes deslocamentos pela cidade), cota de 
solidariedade (reserva de unidades para habitação social de baixa renda) e limitação 
do número de vagas para veículos. Alguns municípios estabeleceram a 
obrigatoriedade de instalação de placas solares para AQS (águas quentes sanitárias) 
nas novas construções — ex.: São Paulo (2007), Porto Alegre (2007), Campinas 
(2008); projetos de lei em tramitação no Rio e em Belo Horizonte. 
No uso de água, observa-se um crescimento do número de leis estaduais e 
municipais determinando a individualização de hidrômetro em edifícios de 
determinado porte — ex.: Recife (2002), Distrito Federal (2005), Diadema (2005), 
Campinas (2006), Natal (2007), Campo Grande (2007) e Salvador (2009). A recente 
crise hídrica em algumas regiões do país também aumentou a pressão por políticas 
de captação de água pluvial e de reuso da água. 
Ainda assim, existem lacunas no marco regulatório da construção civil no Brasil, 
tais quais: 
 Energia: inexistência de requerimentos mínimos de desempenho em novas 
construções; etiquetagem obrigatória (eficiência energética) e obrigação de geração 
por fontes renováveis em novas construções. 
 Água: inexistência de requerimentos mínimos de desempenho em novas 
construções; etiquetagem obrigatória (eficiência hídrica); legislação e ferramentas 
para implantação de fontes de água não potável; limites de vazão e pressão em 
projeto e equipamentos. 
 Resíduos: inexistência de incentivos para garantir o desempenho das 
edificações a longo prazo (consumo de água e luz e geração de resíduos); realizar e 
publicar análises de energia embutida e emissão de GEE das construções (resultantes 
do processo de fabricação de materiais e equipamentos utilizados); demolição 
controlada com plano de gestão de resíduos de construção e demolição (RCD). 
Alguns municípios brasileiros têm incentivado a adoção de medidas de 
preservação ambiental em imóveis residenciais, com o instrumento chamado IPTU 
Verde. Em recente operação em alguns municípios e em discussão em outros, esse 
instrumento pode vir a se constituir em um importante incentivo fiscal, estabelecendo 
desconto no Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) para construções sustentáveis 
certificadas (novas e retrofit). O objetivo deste mecanismo é estabelecer medidas de 
recuperação e preservação do meio ambiente, por meio da concessão de benefício 
tributário ao contribuinte, de acordo com o grau de certificação do empreendimento. 
Em São Paulo, o projeto de lei prevê desconto de 4%, 8% e 12% no IPTU, de acordo 
com grau de certificação que a edificação conseguir obter de selos reconhecidos, 
como LEED ou AQUA. 
Em Guarulhos (SP), a lei de 2011 oferece desconto de até 20% no valor anual 
do IPTU de edificações que adotarem medidas previstas na lei 6.793/2010 (Art.61), 
tais como acessibilidade nas calçadas, sistema de captação de água da chuva, 
telhado verde, separação de resíduos sólidos, utilização de energia solar e eólica e 
arborização do terreno. 
O convênio ICMS 16/2015, do Conselho Nacional de Política Fazendária 
(Confaz), estabelece a isenção de ICMS sobre as operações internas de micro e 
minigeração distribuída de energia,ou seja, em relação à energia elétrica injetada na 
rede de distribuição pela unidade consumidora e aos créditos de energia originados 
nessa unidade e utilizados posteriormente. Vinte estados já aderiram ao convênio, 
representando mais de 80% da população, dos quais 11 já publicaram decreto 
estadual efetivando o benefício. Sete estados ainda precisam aderir ao convênio. 
No âmbito da geração de energia a partir de fontes renováveis, a resolução 
normativa Aneel nº 482/2012 estabeleceu as bases legais para a micro e minigeração 
distribuída de energia a partir da criação de um Sistema de Compensação de Energia 
Elétrica, que permite que o excedente gerado por pessoas físicas e jurídicas seja 
convertido em crédito junto à distribuidora, que pode ser abatido da conta de energia. 
A resolução normativa Aneel n. 687/2015 ampliou os incentivos à micro e minigeração 
distribuída, permitindo o autoconsumo remoto (créditos gerados em uma e abatidos 
em outra unidade consumidora de titularidade de uma mesma Pessoa Jurídica (PJ), 
incluindo matriz e filiais) e a geração compartilhada (reunião de consumidores Pessoa 
Física e Pessoa Jurídica dentro da mesma área de concessão, por meio de consórcio 
ou cooperativa) e ampliando o prazo de utilização dos créditos de 36 para 60 meses. 
Além da regulamentação e incentivos fiscais, vem crescendo no País o 
mercado de certificação de construções sustentáveis. Segundo o U.S. Green Building 
Council (USGBC), o Brasil é o quinto país do mundo em número de certificações LEED 
(Leadership in Energy and Environmental Design), com 991 projetos certificados em 
2015, atrás dos Estados Unidos (53.908), Canadá (4.814), China (2.022) e Índia 
(1.883). Além disso, o selo AQUA conta com 167 empreendimentos imobiliários 
certificados. Ainda há poucas edificações no Brasil buscando a certificação BREEAM 
(Building Research Establishment Environmental Assessment Method, da Inglaterra) 
e o selo concedido pela DGNB (Conselho Alemão de Construção Sustentável), mais 
recentes no país. Destaca-se ainda o selo Casa Azul, uma metodologia de 
classificação socioambiental de projetos de empreendimentos habitacionais 
financiados pela Caixa Econômica Federal. Seis categorias são avaliadas: qualidade 
urbana, projeto e conforto, eficiência energética, gestão da água, conservação dos 
recursos materiais e práticas sociais. 
Por fim, existe ainda a presença do selo EDGE (Excellence in Design for 
Greater Efficiency), certificação do World Bank (Banco Mundial) que disponibiliza uma 
ferramenta de forma gratuita e já certificou um edifício na cidade de Belo Horizonte. 
Especificamente para aquisição de painéis solares fotovoltaicos, o INMETRO 
desenvolveu um selo de qualidade, o IEC 61215, que atesta que o equipamento 
atende aos requisitos considerados mundialmente necessários para um painel ter a 
durabilidade, desempenho e segurança necessária para ser comercializado em 
países como os da Europa, Japão, China, EUA e outros. Desta maneira, os painéis 
solares que possuem a etiqueta IEC 61215 possuem uma probabilidade maior de ter 
um bom desempenho e não apresentarem problemas precoces, sendo assim o 
requisito mínimo para ser comercializado no Brasil. 
Em relação a normas e certificações, desenvolvido especialmente para a 
realidade brasileira, o selo Procel Edificações, um programa de governo coordenado 
pelo Ministério de Minas e Energia e executado pela Eletrobrás, é voltado para 
eficiência energética em edificações. Criado no fim de 2014 e de adesão voluntária, 
já é exigido para novas edificações públicas federais e em projetos de retrofit. O selo 
também se apresenta como um caminho alternativo para quem busca as certificações 
LEED ou AQUA, servido de comprovação do atendimento de requisitos mínimos de 
eficiência energética, conforto térmico e de qualidade do ar desses selos. 
O selo Procel Edificações oferece vantagens adicionais: por trabalhar com 
poucos indicadores, é um selo mais barato de se perseguir e é facilmente mensurável 
e comparável (como as etiquetas de eficiência energética presente nos 
eletrodomésticos de linha branca). E, embora foque em eficiência energética, possui 
um efeito indutor para outras boas práticas nas construções: o aumento da eficiência 
dos equipamentos de aquecimento, ventilação e ar condicionado pode depender de 
um bom projeto de envoltória, a redução no consumo de água reduz o consumo de 
energia pela diminuição da necessidade de bombeamento para os andares mais altos. 
Para o setor financeiro, as certificações podem ser uma ferramenta importante 
para que os bancos se concentrem no aspecto financeiro do investimento imobiliário, 
deixando a responsabilidade pelo acompanhamento técnico da obra com empresas 
especializadas em garantir o bom desempenho operacional em relação à 
sustentabilidade da edificação. 
As instituições financeiras brasileiras já disponibilizam algumas linhas de 
financiamento específicas para retrofit e construções sustentáveis, e também 
mecanismos específicos para aquisição de painéis solares fotovoltaicos não 
necessariamente atrelados a um projeto de edificações sustentáveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. SUSTENTABILIDADE 
Figura 7: Sustentabilidade. 
 
Fonte: 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fbrasilescola.uol.com.br%2Feducacao%2Fsu
stentabilidade.htm&psig=AOvVaw35fbf_6UDUZ2O7QBFdCS6W&ust=1605656297399000&source=i
mages&cd=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCLjA7_2diO0CFQAAAAAdAAAAABAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14. DEFINIÇÃO DE SUSTENTABILIDADE 
Sustentabilidade é o termo utilizado para definir todas as atividades e ações 
que, possuem como objetivo suprir as necessidades atuais dos seres humanos, 
relacionadas à qualidade de vida no geral, sem comprometer as futuras gerações. A 
sustentabilidade está ligada ao desenvolvimento econômico e social de uma 
determinada região, sem agredir de modo significativo o meio ambiente, minimizando 
o consumo dos recursos naturais primários, substituindo-os por recursos renováveis. 
Em outras palavras: “Sustentabilidade é a característica de um sistema que 
responde às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações 
futuras de responder às suas necessidades” (MATTAR, 2007). 
A construção sustentável no Brasil 
A sociedade atual tem buscado um padrão de vida cada vez melhor para suprir 
suas necessidades, proporcionado pelas novas construções que, hoje estão em ritmo 
acelerado de crescimento, principalmente no Brasil. Porém, a mesma também 
necessita de uma maior conscientização dos efeitos causados pelas construções ao 
meio ambiente, a fim de minimizar o impacto ambiental e a qualidade de vida no futuro. 
Além das necessidades relacionadas às construções de infraestrutura no 
Brasil, a demanda pelas construções residenciais vem crescendo de modo acelerado 
e fora de controle. Devido à velocidade deste processo, é necessário que haja com 
urgência uma intervenção sustentável neste setor. Atualmente, algumas 
incorporadoras brasileiras estão utilizando técnicas de construções sustentáveis em 
suas obras como forma de estratégia de negócios, ou seja, como sendo um diferencial 
de venda para o consumidor. Porém, ainda existem muitos desafios a serem 
superados para que a maioria das edificações espalhadas por todo território brasileiro 
sejam sustentáveis. 
Entre os desafios para o desenvolvimento de construções residenciais 
sustentáveis no Brasil, está a necessidade de maiores investimentos em pesquisas 
no setor (estudo de novas tecnologias construtivas sustentáveis, ecomateriais e 
sistemas de gestão sustentáveis), adoção de novos paradigmas para todos os 
profissionais da área envolvidos, desde o projeto até a execução do empreendimento, 
implantação de regulamentações e conscientização das empresas públicas e privadas 
visando um menor impacto ambiental.15. CONCEITOS IMPORTANTES SOBRE SUSTENTABILIDADE 
 
 15.1 Principais Características das Construções Sustentáveis 
Uma construção sustentável, seja ela de pequeno ou grande porte, leva em 
consideração o processo na qual o projeto é concebido, quanto tempo terá sua vida 
útil, quais materiais serão empregados e, se esses, poderão ser reaproveitados no 
futuro, quem irá usufruir a edificação e qual o impacto que este causa em seu entorno. 
Dessa forma, os principais conceitos relacionados ao processo de construção 
sustentável são: 
• Eficiência energética das edificações; 
• Gestão sustentável da água; 
 • Reuso de materiais e elementos de construção; 
• Uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas; 
 • Conforto e qualidade interna dos ambientes; 
• Gestão do canteiro de obras de baixo impacto ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
Figura 8: Desenvolvimento sustentável. 
 
Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.ecycle.com.br%2F3093-
sustentabilidade.html&psig=AOvVaw35fbf_6UDUZ2O7QBFdCS6W&ust=1605656297399000&source
=images&cd=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCLjA7_2diO0CFQAAAAAdAAAAABAJ 
 
A definição sobre desenvolvimento sustentável teve início na Comissão 
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas, com 
o objetivo de alinhar o desenvolvimento econômico de uma cidade, estado ou país, 
sem impactar de forma relevante o meio-ambiente. 
Com o crescente agravamento dos problemas ambientais, a população mundial 
vem se mobilizando para atingir o desenvolvimento sustentável. Lembrando que: 
“desenvolvimento sustentável deve ser ao mesmo tempo ecologicamente equilibrado, 
economicamente viável e socialmente justo” (COELHO, 2008). São características do 
desenvolvimento sustentável: 
• Gestão eficiente dos recursos naturais; 
• Redução significativa da perda da biodiversidade; 
• Controle dos níveis de poluição oriundos do desenvolvimento de uma região; 
 • Aumento da reutilização e da reciclagem de produtos; 
• Interação do homem com o meio-ambiente. 
Sustentabilidade na pós-ocupação 
A sustentabilidade na pós-ocupação consiste na preocupação com a edificação 
ao longo de sua vida útil, ou seja, se os materiais empregados na sua construção irão 
causar danos futuros ao meio-ambiente e, principalmente, se os usuários terão o 
mesmo conforto e qualidade de vida inicialmente proposto pelo empreendimento. 
Para se atingir a sustentabilidade na pós-ocupação é necessária que haja uma 
mudança de paradigma no início no projeto arquitetônico, onde a construção deve ser 
orientada com foco na climatização natural do ambiente, dimensionada conforme o 
clima no qual ela está inserida. Dessa forma, consegue-se minimizar os gastos futuros 
com aparelhos eletrônicos climatizadores como, por exemplo, o ar condicionado. 
Além disso, o projeto inicial deve prever instalações hidráulicas com separação 
das águas potáveis e não potáveis, para que futuramente possa-se executar um 
sistema de reaproveitamento de águas da chuva. Outra característica que deve ser 
incorporada ao projeto é a instalação elétrica que, deve ser dimensionada de forma 
que a edificação seja apta para implantação de equipamentos de baixo consumo de 
energia (eficiência energética). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. ALTERNATIVAS PARA ALCANÇAR A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NAS 
EDIFICAÇÕES 
Neste tópico, serão abordadas algumas alternativas para se alcançar a 
eficiência energética nas edificações. 
Para diminuir o consumo de energia e os impactos ambientais das edificações, 
várias medidas devem ser implantadas logo no início do projeto. 
 A implantação do futuro empreendimento deve ser estrategicamente estudada 
e planejada, de forma a se atingir a melhor integração do edifício ao clima da região a 
onde o mesmo será construído. Dessa forma, a separação térmica entre as partes 
internas e externas da edificação é atingida, minimizando assim os gastos com 
equipamentos de climatização, como por exemplo, o ar condicionado. 
Segundo SALVATERRA (2010), as metas energéticas de projetos 
habitacionais se apoiam nos seguintes elementos: 
• O uso do projeto voltado ao clima, que incorpora técnicas passivas para reduzir o 
consumo de energia associado à calefação, à refrigeração e ao aquecimento de água; 
• A utilização de sistemas de vedação externa capazes de criar uma separação 
térmica adequada entre o interior e o exterior por meio de estanqueidade ao ar, 
isolamento térmico, eliminação de pontes de térmicas, seleção de materiais de 
acabamento externos adequados, localização e uso de janelas e vidros de alto 
desempenho apropriados; 
• A possibilidade de controle da ventilação; 
• Escolha de equipamentos e eletrodomésticos eficientes em energia. 
 
 
 
 
 
 
 
18. USO EFICIENTE DE JANELAS E VIDROS 
O desenvolvimento da tecnologia de vidros e janelas cresceu muito ao longo 
dos últimos 30 anos. Nos Estados Unidos, por exemplo, o uso de janelas com vidros 
duplos e isolamento térmico virou regra. Ainda que não sejam comuns, janelas com 
vidros triplos já estão disponíveis no mercado, e também janelas com vidros duplos 
que incorporam uma ou mais películas de poliéster, que podem alcançar ou até 
superar o desempenho de janelas com vidros triplos sem o peso adicional da terceira 
vidraça. 
Outra solução comumente encontrada nas edificações sustentáveis é o vidro 
duplo termo-acústico, composto por lâminas de vidro intercaladas de diferentes 
espessuras e uma camada de ar seco. A utilização deste sistema proporciona uma 
economia de energia considerável, com a redução do emprego do ar condicionado e 
aquecedores, além de gerar um maior isolamento acústico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19. COBERTURA VERDE 
Figura 9: Cobertura verde. 
 
Fonte: 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.gazetadopovo.com.br%2Fhaus%2Fsust
entabilidade%2Fnova-lei-telhado-verde-blumenau-aumenta-area-
edificavel%2F&psig=AOvVaw1NcfjJQAx0_Wg9jjgVgxCL&ust=1605656516792000&source=images&c
d=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCKikx-aeiO0CFQAAAAAdAAAAABAD 
 
As coberturas verdes, ou telhados ecológicos, possuem muitos benefícios em 
sua utilização, sendo uma técnica construtiva bastante eficaz para minimizar os gastos 
de energia com o aquecimento ou resfriamento interno das edificações. Pode ser 
aplicado tanto em superfícies planas, quanto em superfícies inclinadas. 
As plantas utilizadas na cobertura verde resistem a grandes períodos de secas, 
tornando dessa forma sua manutenção simples e barata, podendo ser realizada por 
qualquer profissional de jardinagem. 
Sua aplicação nas edificações proporciona os seguintes efeitos positivos: 
• Melhora o conforto térmico interno da edificação; 
• Ajuda no isolamento da transmissão de ruídos; 
• Devolvem o verde as cidades; 
• Agrega valor ao projeto arquitetônico; 
• Reduzem o escoamento da água da chuva, ajudando desta forma no combate as 
enchentes; 
• Contribuição significativa para diminuição da poluição do ar, efeito produzido pela 
vegetação da cobertura; 
• Melhoria da qualidade do ar, devido à absorção do dióxido de carbono (CO2) pelas 
plantas e árvores; 
• Promove uma nova área de lazer para os usuários do empreendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20. O AQUECIMENTO DE ÁGUA PELO SOL 
Figura 10: Aquecimento de água pelo Sol. 
 
Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.ecoplanetenergy.com%2Fpt-
br%2Fagua-quente-do-
sol%2F&psig=AOvVaw2EdkIummAG05E0xwKoCWF5&ust=1605656596572000&source=images&cd
=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCMDPxIufiO0CFQAAAAAdAAAAABAD 
A maneira mais simples e de menor custo para se reduzir o consumo de energia 
de um empreendimento é diminuir a demanda de água quente. A princípio essa 
afirmação parece ser trivial, porém aindaé pouco utilizada nos projetos de edificações 
espalhados por todo o Brasil. Através desta prática, o tamanho do sistema solar de 
aquecimento de água pode ser reduzido, diminuindo desta forma os custos iniciais de 
sua incorporação. 
O aquecimento da água pelo Sol é muito efetivo na redução dos custos, 
principalmente quando aplicado nas construções residenciais. Para reduzir a energia 
utilizada no aquecimento da água, é necessário se pensar em todas as partes 
constituintes de uma instalação, selecionar os tipos de equipamentos e materiais de 
forma a potencializar a eficiência energética da edificação. 
 
 
 
 
 
21. O SISTEMA DE AQUECIMENTO SOLAR DE ÁGUA POR ACUMULAÇÃO 
 
Figura 11: Sistema de aquecimento solar de água por acumulação 
 
Fonte: 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.volneireisprojetoseletricos.com%2F201
8%2F10%2Faquecimento-de-agua-quente-
solar.html&psig=AOvVaw2EdkIummAG05E0xwKoCWF5&ust=1605656596572000&source=images&c
d=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCMDPxIufiO0CFQAAAAAdAAAAABAI 
 No aquecedor de água por acumulação, o reservatório também funciona como 
coletor. O resultado é que uma parte do calor coletado durante o dia é perdido durante 
a noite. Para limitar as perdas, o reservatório é colocado dentro de uma caixa isolada, 
que por sua vez, deve ser colocada em um local capaz de maximizar a captação do 
calor do sol, instalada normalmente na cobertura da edificação. Uma das laterais da 
caixa é coberta por vidro e orientada para o sol, que entra pelo vidro e aquece a água 
dentro do reservatório. A água entra pela parte inferior do reservatório e é evacuada 
pela saída em sua parte superior. Quando a água quente é usada, a pressão do 
sistema faz com que a água fria passe pela entrada de água do aquecedor de 
acumulação. Como a água presente no reservatório solar é estratificada pela 
temperatura, a água mais quente é forçada para a saída de água na parte superior do 
reservatório e é conduzida para a tubulação que abastece a residência. Quando é 
necessário um aquecimento adicional, usa-se gás ou eletricidade, e quando o Sol 
aquecer a água acima da temperatura programada acrescenta-se água fria, mediante 
o uso de uma válvula para impedir o fornecimento de água escaldante. 
O sistema de aquecimento solar de água por acumulação, além de contribuir 
diretamente para a diminuição do impacto ambiental, por ser uma alternativa de 
tecnologia sustentável, possui como principal vantagem à economia financeira para o 
usuário. Apesar do custo inicial de instalação ser maior do que o custo de uma 
instalação convencional, durante pouco tempo fica visível à valorização da edificação 
que incorpora esse tipo de sistema, por quê: 
• O Gasto mensal com a conta de energia pode ser reduzido em até 40%, já que o 
maior consumo nas residências é devido ao uso do chuveiro elétrico; 
• Em geral, em cinco anos o dono da edificação que utiliza essa tecnologia sustentável 
já consegue recuperar o investimento inicial; 
 • O projeto que possui em seu escopo a instalação do aquecimento solar de água é 
mais valorizado, visto que a eficiência energética das edificações têm se tornado um 
diferencial na compra e venda de imóveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22. ENERGIA FOTOVOLTAICA 
Figura 12: Energia Fotovoltaica. 
 
Fonte: https://www.neosolar.com.br/aprenda/saiba-mais/energia-solar-fotovoltaica 
O Sol gera eletricidade, através do uso de células fotovoltaicas, que são 
responsáveis por converter a energia da luz em energia elétrica. 
O seu funcionamento se inicia quando a radiação solar incide sobre uma célula 
fotovoltaica, o que ocasiona a liberação de elétrons pelo silício gerando, dessa forma, 
a eletricidade. Lembrando que a radiação solar depende da latitude local e das 
condições atmosféricas, tais como nebulosidade e umidade relativa do ar. 
As células fotovoltaicas são agrupadas para dar origem aos painéis 
fotovoltaicos. Estes podem ser fixados e posicionados de forma a maximizar a 
exposição aos raios solares. São utilizados conectores elétricos para realizar as 
ligações entre os componentes do sistema de energia fotovoltaica. 
Normalmente, são utilizados nos sistemas de energia fotovoltaica, inversores 
para converter a corrente contínua proveniente dos painéis, para corrente alternada 
comumente utilizada nas edificações. 
Além disso, a energia produzida por esse sistema pode ser ligada a rede 
pública. Isto proporcionada uma vantagem, pois se o sistema solar produzir mais 
energia do que a demanda exigida pela residência, a rede pública pode obter o 
excedente e o reverter em créditos para o usuário, diminuindo dessa forma o valor 
dos gastos com a energia elétrica. 
Atualmente, consideram-se os sistemas fotovoltaicos como sendo um 
investimento de médio em longo prazo, já que o custo para a implantação do sistema 
é alto. Porém, o custo dos componentes de um sistema fotovoltaico vem diminuindo 
com o passar dos anos, enquanto o custo da energia elétrica vem aumentando. 
Segundo MOCELLINI (2011), num prazo de cinco até dez anos, o preço da 
energia elétrica compensará a utilização de sistemas fotovoltaicos já como um 
investimento de curto prazo. 
Segundo a ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, 
Ventilação e Equipamento), apenas um metro quadrado de coletor solar instalado 
evita: 
• O uso de 215 quilos de lenha por ano; 
• O consumo de 66 litros de diesel por ano; 
• O consumo de 55 litros de gás por ano; 
• Evita a inundação de quase 56 m² de terras férteis para a construção de hidrelétricas 
e usinas nucleares que trazem enormes riscos a população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23. ENERGIA EÓLICA 
Figura 13: Energia eólica. 
 
Fonte: https://www.tecmundo.com.br/ciencia/147726-brasileiros-criam-metodo-baratear-producao-
energia-eolica.htm 
 Igualmente a energia solar, a energia eólica é uma fonte renovável de energia, 
limpa e intermitente. Porém a produção de energia é considerada descontínua, pois 
nem sempre atua com 100% da potência já que a velocidade do vento é muito variável. 
A força do vento pode ser usada nas construções de várias maneiras, como por 
exemplo: 
• No bombeamento da água; 
• No acionamento de alguns tipos de máquinas; 
• No funcionamento de moinhos e; 
• Na transformação de energia eólica para energia elétrica. 
Existem as turbinas com eixo vertical e as com eixo horizontal. A potência das 
turbinas depende, principalmente, de dois fatores, que são a altura e a aerodinâmica 
do projeto. Quanto à altura, as turbinas podem chegar a 80 metros, sendo que quanto 
maior for sua altura, maior será à força do vento, o que proporcionará desta forma, 
mais energia. Já quanto à aerodinâmica, leva-se em consideração a ação do empuxo 
que atua perpendicularmente ao fluxo do vento e, o arrasto, que atua paralelamente 
ao mesmo. 
Para a construção de uma usina eólica, é de extrema importância o 
conhecimento da região na qual ela será implantada, suas principais características 
geográficas como latitude e longitude, e físicas como a velocidade e duração dos 
ventos. 
A obtenção de energia eólica é feita pelas turbinas eólicas, que são constituídas 
por quatro partes fundamentais: pás do rotor, eixo, rotor e gerador elétrico. 
As pás do rotor atuam como barreiras para o vento, captando a energia cinética 
produzida pela força destes e transferindo-as para o rotor. Por sua vez, o rotor gira 
transformando a energia cinética em mecânica. Esta energia é transferida para o eixo 
e, logo em seguida, para o gerador elétrico. 
O gerador elétrico que é conectado a extremidade do rotor, recebe essa energia 
mecânica e transforma-a em eletricidade. Esse sistema necessita de baterias para 
realizar o armazenamento da energia (para dias sem vento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24. VENTILAÇÃO 
Figura 14:Sistema de ventilação. 
 
Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.ostiposde.com%2Ftipos-de-
ventilacao-
arquitetura%2F&psig=AOvVaw22uXfcC0qRcUX2YofKXezn&ust=1605656996787000&source=images
&cd=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCJDpws2giO0CFQAAAAAdAAAAABAJ 
Nas zonas urbanas com uma alta densidade de população, a falta de ventilação 
gera desconforto, tensão ou até mesmo transmissão de doenças aos usuários da 
edificação. 
Além disso, uma situação que deve ser destacada é a relação do conforto 
interno com o movimento do ar externo, assim como os fluxos do ar no ambiente 
interno. Para solucionar este problema, é recomendada a utilização da ventilação 
cruzada, que é essencial não só no projeto de apenas um cômodo, mas também na 
organização do edifício e da sua urbanização. 
 Zonas que possuem micro climas de ar calmo devem ser evitadas ao executar 
as construções, sendo mais indicado desenvolver urbanizações de baixa densidade, 
para que os vizinhos não sejam prejudicados com as zonas de ar calmo que são 
formadas entre os edifícios. 
 
 
 
 
 
25. MATERIAIS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL UTILIZADO EM 
EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS 
 
A seguir, serão apresentados os principais materiais utilizados em construções 
residenciais sustentáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. TIJOLO ECOLÓGICO 
Figura 15: Tijolo ecológico. 
 
Fonte: https://www.amigoconstrutor.com.br/sua-casa/tijolo-ecologico/ 
 
Também conhecido como tijolo de solo-cimento – BTC (bloco de terra 
comprimida). O tijolo ecológico possui em sua composição: cimento, água e terra. 
É considerado um produto mais ecológico porque sua produção não utiliza a 
queima da madeira, como os tijolos cerâmicos. Sua produção é realizada através da 
prensagem hidráulica. Com isso, o consumo de recursos naturais é nulo, tornando-o 
dessa forma um material de menor impacto ambiental. São muito eficazes na 
construção de alvenarias estruturais externas, pois depois de secos adquirem uma 
alta resistência e ótimas propriedades acústicas. 
Hoje, esse tipo de produto pode ser facilmente encontrado no mercado da 
construção civil, com diversos formatos e tamanhos. 
Os tijolos ecológicos possuem saliências e rebaixos, permitindo dessa forma o 
perfeito encaixe entre as peças. 
O encaixe entre as peças requer apenas a utilização de um filete de cola 
branca, dispensa o uso da argamassa e, consequentemente, reduz em até 50% no 
tempo de execução da obra. A instalação dos dutos elétricos e hidráulicos em uma 
construção com esse material é facilitada, devido à presença dos furos nas peças. 
Esse material, assim como os blocos de concreto e blocos cerâmicos, pode ser 
utilizado de diversos modos, tais como: 
 
 Parede reta; 
 Coluna vazada; 
 Coluna sólida ; 
 Cantos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. CIMENTO ECOLÓGICO 
Figura 16: Cimento ecológico. 
 
Fonte: http://blogaecweb.com.br/blog/cimento-ecologico/ 
O cimento ecológico foi originalmente desenvolvido para aplicação em 
construções de barragens, tubulações e obras de saneamento (com aplicação em 
projetos de adutoras de água), porém é comum sua utilização em obras residenciais. 
Sua fabricação incorpora certa de 35 a 70% de resíduos oriundos dos altos 
fornos das siderúrgicas. Além disso, esse material causa um menor impacto 
ambiental, pois emite menor quantidade de gás carbônico para a atmosfera durante 
seu processo de fabricação. Possui as seguintes vantagens: 
• Maior impermeabilidade; 
• Grande flexibilidade de aplicação, compatível com todas as etapas da obra; 
• Maior resistência se comparado ao cimento comum, devido ao processo de 
hidratação mais lento; 
• Menor probabilidade de fissuras térmicas; 
• Durabilidade 40% superior à do cimento CPII. 
 
 
 
 
 
 
 
 
28. TUBULAÇÕES PEAD E PPR 
Figura 17: Tubulações pead e ppr 
 
 
Fonte: https://www.aecweb.com.br/emp/cont/m/amanco-ppr-praticidade-e-economia-na-conducao-
sustentavel-de-agua-quente-e-fria_9126_5920 
 
 As tubulações de PEAD (polietileno de alta densidade) e as de PPR 
(polipropileno copolímero random) incorporam em sua fabricação materiais menos 
agressivos ao meio ambiente. As primeiras, feitas de PEAD, são indicadas para o uso 
em instalações de água fria, pois resistem a temperaturas entre 40 °C e 60 °C. Já as 
de PPR, servem tanto para água fria como para água quente e ainda suportam 
temperaturas de até 110 °C. 
Esses dois tipos de materiais, além de mais resistentes, são totalmente 
atóxicos, dispensam o isolamento térmico das peças e proporcionam uma redução de 
20% no custo se comparados a instalações de água quente de cobre. 
 
 
 
 
 
 
 
29. TORNEIRAS AUTOMÁTICAS 
Figura 18: Torneira automática. 
 
Fonte: https://www.casadastorneiras.com.br/torneira-sensor-a-p985456?tsid=16 
 Um dos principais desperdícios de água nas edificações decorre das torneiras. 
Segundo a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo 
(PRODESP), uma torneira pingando pode desperdiçar em um único dia 46 litros de 
água. Com isso, a busca pelo uso racional da água, principalmente em lugares 
públicos como shoppings, restaurantes, bares, clubes, entre outros, tem crescido cada 
dia mais. 
As torneiras com sensores automáticas têm sido incorporadas as edificações 
visando o uso racional da água. 
As torneiras automáticas possuem sensores que só são ativados quando 
detectam a presença de alguma pessoa e possuem fechamento automático com 
tempo pré-determinado. Chegam a economizar até 55% de água, se comparada a 
outros produtos convencionais. 
 
 
 
 
 
 
 
30. BACIA COM DESCARGA DUPLA 
Figura 19: Descarga dupla. 
 
Fonte: https://www.aecweb.com.br/emp/cont/m/sistema-duplo-acionamento-para-bacias-
sanitarias_9143_1899 
 
Uma empresa de origem espanhola desenvolveu a bacia de descarga dupla foi 
desenvolvida por uma empresa de origem espanhola. O sistema agrega todas as 
características dos modelos de bacias comuns, porém, possui um diferencial com 
duas opções de volume de descarga, de três e seis litros. 
A incorporação da bacia de descarga dupla apresenta as seguintes vantagens: 
• São resistentes a altas pressões; 
• Possuem fácil instalação e regulagem; 
• Economia de 60% se comparado aos modelos de bacias comuns; 
• Funcionamento silencioso, tanto na descarga quanto no abastecimento de água. 
 
 
 
 
 
 
31. LÂMPADAS DE LED 
Figura 20: Lâmpada de Led. 
 
Fonte: https://www.cirilocabos.com.br/kit-com-10-lampadas-led-super-economica-e27-12w-6500k-
7477/p 
 
Mais eficientes do que as lâmpadas comuns, as lâmpadas de LED consomem 
apenas quatro watts e são muito mais eficientes do que as lâmpadas comuns (dicróica 
tradicional), gerando uma economia de energia de 80%. 
Esse tipo de lâmpada produz um foco de alta intensidade, não gerando raios 
infravermelhos ou ultravioletas, e com vida útil de 35 mil horas (10 vezes mais que as 
lâmpadas comuns). 
No Brasil, uma empresa pioneira na fabricação de lâmpadas de baixo consumo 
de energia, desenvolveu uma modelo de lâmpada LED que consome apenas 1 watt, 
normalmente aplicada em forros falsos e nichos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
32. TINTAS DE TERRA 
Figura 21: Tinta de terra. 
 
Fonte: https://www.biohabitate.com.br/tinta-de-terra/ 
 
Um material que vem sendo comumente utilizado nas edificações novas são as 
tintas de terra. 
 Estas tintas ecológicas são produzidas sem a utilização de insumos derivados 
do petróleo. São formuladas com matérias-primas naturais, de forma a minimizar os 
impactos ao meio ambiente. 
As tintas de terra possuem como seu principal componente a terra crua. É um 
material atóxico, ao contrario da maioria das tintas convencionais, preservando dessa 
forma o meio ambiente e a camada de ozônio. 
Essas tintas podem ser aplicadas em fachadas ou nas paredes interioresde 
uma edificação, com as seguintes vantagens: 
• Aplicação em paredes internas, o que proporcionada um ambiente mais saudável 
por não fechar os poros das superfícies; 
• Aplicação em paredes externas auxilia no isolamento térmico da construção, 
diminuindo dessa forma os gastos com aparelhos climatizadores; 
• Produto disponível no mercado atual em sete cores: terracota, cerâmico, amarelo, 
verde, chocolate, preto e branco; 
• Rendimento de um m² por litro com duas demãos; 
 • Não desbotam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33. PISO DE BAMBU 
Figura 22: Piso de bambu. 
 
Fonte: http://reformafacil.com.br/produtos/pisos_revestimentos/piso-de-bambu-vantagens-aplicacao-
e-dicas/ 
 
Bambu é o nome que se dá as plantas da subfamília Bambusoideae, da família 
das gramíneas. O bambu é considerado um recurso natural abundante e renovável, 
de altíssima taxa de absorção de carbono, o que o torna uma excelente opção para 
renovação do ar que respiramos. 
O piso de bambu apresenta muitas vantagens em sua aplicação, se comparado 
com os pisos convencionais de madeira, como: 
 
• Maior resistência e durabilidade em comparação aos pisos de madeira comuns; 
• Maior facilidade de instalação e manutenção; 
• Apresenta diversas tonalidades diferentes, podendo de essa forma ser combinado 
com todos os tipos de projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
34. MADEIRA PLÁSTICA 
 
Figura 23: Madeira plástica. 
 
Fonte: https://m.dutramaquinas.com.br/page404 
 
A madeira plástica é a alternativa ideal para um uso eficientemente ecológico 
de forma consciente e lucrativa. 
É fabricado com diversos tipos de plásticos reciclados e resíduos vegetais de 
agroindústrias. É uma opção para ser utilizada preferivelmente em áreas externas, por 
exemplo, em “decks” (Figura 21), “piers”, fachadas, entre outros, já que a madeira 
plástica é resistente à corrosão de intempéries, imune às pragas, cupins, insetos e 
roedores. Podem ser comprados como madeira convencional e trabalhados com as 
mesmas ferramentas. São ainda apresentados em diversas cores para que atendam 
às principais necessidades de quem projeta e constrói. Como vantagens têm-se: 
• Não empena, não racha e não solta farpas; 
• Não absorve umidade; 
• Não mofa e não cria fungos; 
• Não é pintada, é pigmentada, portanto não desbota; 
• Alta durabilidade (centenas de anos); 
• Antiderrapante. 
35. TELHAS ECOLÓGICAS 
Figura 24: Telha ecológica. 
 
Fonte: https://www.leroymerlin.com.br/telha-ecologica-stilo-3d-vermelho-2,00mx95cm-
onduline_90658393?region=grande_sao_paulo&gclid=EAIaIQobChMIo_2whaSI7QIVgwiRCh1lgg9OE
AQYBCABEgIfW_D_BwE 
 
A aplicação desse material, além de não prejudicar o meio ambiente e a saúde 
dos usuários, possui características mecânicas melhores e são mais leves do que as 
telhas de fibra de vidro, por exemplo. As telhas ecológicas são feitas de placas 
prensadas de fibras naturais ou de materiais reciclados, principalmente, os plásticos. 
Além disso, as telhas recicladas produzidas por embalagens de Tetra Pak 
(embalagem composto por papel, polietileno de baixa densidade e alumínio), por 
apresentar uma película de alumínio, refletem a luz solar garantindo uma condição 
térmica agradável nos ambientes internos da edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Diante dos problemas oriundos das atividades relacionadas à construção de 
um empreendimento, como a produção de grandes quantidades de resíduos, a 
utilização de mais de 40% da demanda da energia mundial e o notável consumo dos 
recursos naturais, verificou- se a importância de se investir em novas tecnologias e 
alternativas sustentáveis. 
Sendo assim, este trabalho teve como finalidade apresentar os principais 
conceitos aplicados nas construções sustentáveis, como o uso racional da água, a 
eficiência energética nas edificações, as oportunidades de reuso de matérias e 
elementos de construção, entre outros. 
Os sistemas de captação de água da chuva e o reuso de águas cinzas, ambos 
para fins não potáveis, são algumas alternativas que foram apresentadas para se 
atingir a gestão sustentável da água. Verificou-se que estes sistemas, quando 
aplicados corretamente nas edificações, contribuem para a redução da escassez da 
água, além de proporcionar a diminuição dos custos para seus usuários. 
No entanto, apesar de todas as vantagens, concluiu-se que essas alternativas 
sustentáveis de aproveitamento de água ainda são pouco utilizadas no Brasil devido, 
principalmente, ao seu custo inicial elevado se comparado com os sistemas 
construtivos convencionais. 
A utilização das chamadas energias limpas, como a fotovoltaica e a eólica, o 
uso dos sistemas de aquecimento de água pelo sol, e também a aplicação das 
coberturas verdes, contribuem de modo significativo para se alcançar a eficiência 
energética nas edificações. 
Segundo MOCELLINI (2011), apesar do custo inicial ser alto, esse investimento 
será recuperado com o passar do tempo, em geral, no prazo de 10 anos, pois haverá 
economia na conta de energia elétrica, além de ocorrer maior valorização do imóvel. 
A idéia de lixo ou desperdício faz parte da filosofia da sociedade do “joga fora”, 
e não da sociedade do “reutilize e recicle” (ADDIS, 2010). Dessa forma, o que deve 
ser mudado é o paradigma de ver os materiais que chegam ao fim de sua vida útil 
como um problema, estes devem ser vistos como novas oportunidades. 
O reuso e a reciclagem de elementos provenientes da construção civil se 
realizados de forma adequados, diminuem os gastos econômicos envolvidos na 
construção de um determinado empreendimento e, principalmente, reduzem os 
impactos ambientais gerados pelo mesmo. Além disso, outro benefício da prática do 
reuso e reciclagem dos materiais de construção é a redução do consumo de energia. 
A incorporação de materiais formados por resíduos pode reduzir o consumo de 
energia, tanto porque no processo de produção de novos produtos são necessárias 
grandes quantidades de energia, quanto porque podem reduzir a distância do 
transporte da matéria prima até o local de sua fabricação. 
Uma empresa que em seus projetos de construção considera como sendo uma 
de suas prioridades a coleta, o reuso e a reciclagem de materiais e produtos gerados 
em suas obras possui um diferencial, que é mais valorizado a cada ano que passa. 
Em outras palavras, conclui-se que uma empresa que procura a prática sustentável 
em seus empreendimentos ganha destaque entre as demais do mesmo setor de 
atuação. 
Atualmente, está havendo uma grande mudança no foco de grande parte das 
empresas brasileiras que atuam no setor da construção civil. Algumas estão 
incorporando conceitos sustentáveis por meio de soluções de projeto, o que 
representa grandes melhorias ambientais, enquanto outras estão buscando obter 
certificados e premiações que também contribuem consideravelmente para a 
diminuição do impacto ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://www.sienge.com.br/blog/sustentabilidade-na-cosntrucao-civil-eficiencia-energetica-como-diferencial-para-construtoras/#:~:text=Afinal%2C%20a%20efici%C3%AAncia%20energ%C3%A9tica%20nas,a%20sustentabilidade%20na%20constru%C3%A7%C3%A3o%20civil
https://www.sienge.com.br/blog/sustentabilidade-na-cosntrucao-civil-eficiencia-energetica-como-diferencial-para-construtoras/#:~:text=Afinal%2C%20a%20efici%C3%AAncia%20energ%C3%A9tica%20nas,a%20sustentabilidade%20na%20constru%C3%A7%C3%A3o%20civil

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