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17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 1 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir DEFINIÇÃO Apresentação dos conceitos de comércio internacional, organismos multilaterais, globalização e acordos internacionais. PROPÓSITO Conhecer os principais organismos multilaterais, assim como suas funções e estrutura. OBJETIVOS MÓDULO 1 Definir o contexto histórico e as razões teóricas que justificam a existência de instituições internacionais 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 2 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir multilaterais de comércio MÓDULO 2 Definir os principais fatores e controvérsias envolvendo a globalização, a forma como ela afeta a relação entre os países e o papel dos acordos e organismos internacionais nesse ecossistema INTRODUÇÃO Trataremos dos organismos e acordos internacionais, que surgem para coordenar e auxiliar o comércio internacional. No primeiro módulo, vamos falar sobre o contexto histórico e as teorias que fundamentam as instituições multilaterais de comércio. Além disso, vamos elencar diversas instituições e debater sobre a globalização no segundo módulo. MÓDULO 1 Definir o contexto histórico e as razões teóricas que justificam a existência de instituições internacionais multilaterais de comércio INSTITUIÇÕES INTERNACIONAIS MULTILATERAIS DE COMÉRCIO: CONTEXTO E TEORIAS Há uma série de argumentos teóricos que, às vezes, favorecem o livre comércio ou algum grau de protecionismo. Ao mesmo tempo, há motivos para que esses argumentos sejam dificilmente aplicáveis, tendo consequências distributivas que podem inviabilizar a sua implantação. 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 3 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir Considerando a proliferação de casos de excesso de protecionismo, fica ainda mais difícil de acreditar que a teoria de comércio possa efetivamente ser usada para a elaboração de políticas econômicas no “mundo real”. No entanto, apesar de todos os argumentos de economia política que mostram como a abertura comercial pode ser difícil, de fato, houve uma liberalização comercial em vários países ao longo do último século. A integração comercial aumentou muito nas últimas décadas, ainda que haja dúvidas sobre a capacidade dessa expansão de se manter por muito mais tempo. NESSE SENTIDO, QUAL FOI A FÓRMULA MÁGICA DE ECONOMIA POLÍTICA QUE OCORREU NESSE PERÍODO PARA QUE A LIBERALIZAÇÃO OCORRESSE? AFINAL, CONSIDERANDO AS DIFICULDADES POLÍTICAS, DISTRIBUTIVAS E DE IMPLANTAÇÃO DAS POLÍTICAS COMERCIAIS, ERA ESPERADO QUE NUNCA HOUVESSE AVANÇO 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 4 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir NESSAS ÁREAS. RESPOSTA Parte significativa desse avanço pode ser explicada pelas rodadas internacionais de negociação. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, várias instituições internacionais têm surgido, com o objetivo de promover a solução pacífica de conflitos e a negociação diplomática. O surgimento dessas organizações abre espaço para que haja uma racionalização maior da relação entre os países. Além das questões políticas envolvidas nesse processo, certamente, afetam-se as negociações comerciais entre as nações. Ao longo das últimas décadas, foi possível que os países chegassem a acordos em que, mutuamente, reduziriam suas barreiras alfandegárias e não alfandegárias, ao passo que também diminuiriam os incentivos dados às indústrias locais. AGORA PENSE. O QUE AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS TÊM QUE FACILITA A NEGOCIAÇÃO COMERCIAL? Para entender esse problema, precisamos nos debruçar sobre os elementos estratégicos da política comercial. TEORIA DAS INSTITUIÇÕES MULTILATERAIS DE COMÉRCIO javascript:void(0) 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 5 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir As tarifas comerciais aplicadas no país doméstico, em algumas situações, geram uma transferência de renda do resto do mundo para o país doméstico. Isso faz com que a adoção de medidas protecionistas possa gerar retaliação por parte dos outros países. Ao fim desse processo, chegamos a uma situação em que nenhuma das partes tem incentivos para reduzir o seu grau de protecionismo. Afinal, a parte que reduzir protecionismo primeiro acabará prejudicando a sua indústria local e transferindo rendimentos diretamente à indústria do país estrangeiro. Em outras palavras, temos uma situação muito parecida com a que, em teoria dos jogos, se denomina: DILEMA DO PRISIONEIRO Esta é uma situação gerada por um jogo no qual há dois suspeitos, que têm a opção de confessar, ou não, o crime que se investiga. No caso, ambos são culpados. Os prisioneiros estão em salas separadas, de modo que não há qualquer possibilidade de comunicação, negociação ou conluio entre eles. Se nenhum dos dois confessar, ambos saem livres. Nesse cenário, eles têm o maior retorno possível. Se um deles confessar, mas o outro não, aquele que confessa acaba se tornando um delator e tendo a pena perdoada. Ele sai melhor do que se não tivesse confessado, pois sai do interrogatório com a consciência tranquila. Se ambos confessarem, ambos cumprem a pena integral. A PERGUNTA QUE FICA É: QUAL DECISÃO OS SUSPEITOS TOMARÃO? Para responder a essa pergunta, precisamos recorrer aos conceitos de equilíbrio em teoria dos jogos. javascript:void(0) 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 6 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir O mais aplicado a esse tipo de problema é o equilíbrio de Nash, no qual observamos que o equilíbrio é a situação em que cada jogador, dada a estratégia dos demais jogadores, não se arrepende da decisão tomada. VOLTEMOS AO NOSSO EXEMPLO, PARA APLICAR O CONCEITO DE EQUILÍBRIO DE NASH A ELE. Se um prisioneiro não confessar, a melhor estratégia para o outro é confessar. Se um prisioneiro confessar, a melhor estratégia para o outro é, também, confessar. Logo, para este jogo, o equilíbrio é que ambos os prisioneiros confessem. Nesse caso, é interessante perceber que o equilíbrio de Nash ocorre em um ponto que não é o melhor resultado possível do jogo para ambos. Ou seja, considerando que esse seja o resultado real do jogo, pode-se dizer que ambos os envolvidos perdem a oportunidade de melhorar seu bem-estar, pois há outra estratégia que levaria os jogadores a um ótimo de Pareto em relação ao equilíbrio de Nash. COMENTÁRIO Se os suspeitos pudessem conversar e negociar uma saída (e prestar o depoimento em conjunto), provavelmente escolheriam não confessar. Contudo, os incentivos que cada um deles encontra, individualmente, na solução do problema, levam ambos a confessarem o crime. Situação semelhante ocorre no comércio internacional. A solução de escolher a via do protecionismo, da guerra comercial, pode ser um equilíbrio de Nash: Enquanto todos os países estiverem escolhendo o protecionismo, ou a guerra comercial, a melhor escolha para um país isolado é, também, proteger a sua economia local. Contudo, essa não é a melhor situação para os países em conjunto. Caso fosse possível que todos abrissem as suas economias, a eficiência econômica global aumentaria. Claro que, além da negociação, é necessário haver instâncias onde se possa verificar o cumprimento dos acordos firmados. Como no caso dos prisioneiros, não bastaria que ambos negociassem uma solução (pois ambos teriam incentivos para desviar da solução negociada). Para que o ótimo de Pareto fosse atingido, eles precisariam prestar o depoimento em conjunto, de modo 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 7 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimira cada um observar o que o outro fala. Nesse sentido, a existência de organismos internacionais de comércio é muito bem-vinda, funcionando como um mecanismo de coordenação e informação entre os países. CONTEXTO HISTÓRICO DAS INSTITUIÇÕES MULTILATERAIS DE COMÉRCIO Historicamente, a redução de tarifas, como uma política de comércio, remonta à década de 1930. Naquela época, os EUA editaram um normativo aumentando vertiginosamente as tarifas alfandegárias de uma série de produtos. Após esse aumento, o governo reconheceu que a medida foi excessiva, pois o fluxo de comércio diminuiu sensivelmente com ela. Contudo, reverter esse aumento de tarifas se tornou uma tarefa muito difícil, pois toda tarifa beneficiava os produtores de alguma região. Como consequência, havia bastante resistência no congresso para que as tarifas fossem voluntariamente reduzidas. Era necessário que os produtores que perderiam com a redução tarifária fossem compensados. Como alternativa de recompensa a esses produtores, o governo americano começou a negociar reduções de tarifas que fossem bilaterais. Dessa forma, os EUA reduziriam a proteção de seu mercado doméstico, mas os países parceiros comerciais dos americanos deveriam, também, reduzir os custos de importação. 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 8 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir MAS E AS RELAÇÕES QUE CADA UM DELES TEM COM OUTROS PAÍSES? Uma dificuldade desse tipo de acordo, no entanto, é que cada um dos dois parceiros que está negociando tem relações comerciais com muitos outros países do mundo. Consequentemente, as negociações bilaterais têm efeitos secundários, muitas vezes, bastante relevantes. Vale destacar que, geralmente, eles envolvem vantagens e desvantagens para países que não fizeram parte do acordo. Como forma de ter negociações comerciais que levassem melhor em consideração a complexidade do comércio internacional, foram propostas as negociações multilaterais, a ocorrerem em um organismo internacional que nunca saiu do papel (a Organização de Comércio Internacional). Entre a proposta da Organização de Comércio Internacional e a criação da Organização Mundial do Comércio, após algumas décadas, um grupo de 23 países se reuniu (em 1974) para instituir o que ficou conhecido como Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT). Este pacto estabeleceu regras gerais para a condução da política comercial nos países. Ele permanece em vigor até hoje e funciona de forma coordenada com a OMC. O sistema estabelecido para proteção do comércio tem dois componentes principais: incentivos ao livre comércio e desincentivos ao protecionismo. Para desestimular o protecionismo, as tarifas comerciais em um país podem ser vinculadas. Uma vez vinculadas, elas não podem subir (a menos de circunstâncias específicas que envolvam a negociação e anuência dos demais membros). A maior parte delas, nos países desenvolvidos, já está vinculada, assim como uma proporção significativa das tarifas dos países em desenvolvimento. O sistema, também, impõe limites às restrições não tarifárias ao comércio. Em linhas gerais, evita-se a javascript:void(0) 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 9 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir criação de novas quotas de importação, assim como se trabalha pela conversão das quotas de importação em tarifas. Para incentivar a abertura comercial, são feitas rodadas de negociação envolvendo diversos países simultaneamente. Já ocorreram oito rodadas desde 1947, cada qual cobrindo um conjunto de países e temas ligados ao comércio de bens e, mais recentemente, (tentativamente) serviços: 1947 Rodada Genebra, envolvendo 23 países; 1ª RODADA Rodada Annecy (1949), envolvendo 13 países; 2ª RODADA Rodada Torquay (1950 a 1951), envolvendo 38 países; 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 10 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir 3ª RODADA Rodada Genebra (1955-1956), envolvendo 26 países; 4ª RODADA Rodada Dillon (1960-1961), envolvendo 26 países; 5ª RODADA Rodada Kennedy (1964-1967), envolvendo 62 países; 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 11 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir 6ª RODADA Rodada Tóquio (1973-1979), envolvendo 102 países; 7ª RODADA Rodada Uruguai (1986-1993), envolvendo 123 países; 8ª RODADA Rodada Doha (2001-2010?), envolvendo 149 países. As cinco primeiras rodadas cobriram, unicamente, questões tarifárias. Os encontros eram organizados de forma que os países poderiam fazer várias reuniões bilaterais e negociar uma série de mudanças na sua política comercial de uma só vez. Assim, se um país fosse fazer concessões que beneficiassem mais de um participante, ele poderia negociar contrapartidas com todos os envolvidos. A partir da sexta rodada, a pauta dos encontros só foi se expandindo. Na Rodada Kennedy (1964-1967), já foram tratados temas associados ao antidumping. Somente nessa rodada, as tarifas médias foram reduzidas em torno de 35%. Vários setores tiveram reduções de tarifa da ordem de 50%. Na Rodada Tóquio (1973-1979), foram discutidas medidas não tarifárias e cláusulas de habilitação. Na Rodada Uruguai (1986-1993), foram discutidos os temas: tarifas, agricultura, serviços, propriedade intelectual e investimento. Agendada para terminar em 1990, a Rodada Uruguai produziu seu resultado 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 12 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir somente em 1993, com um amplo acordo em que os países-membros assumiram diversos compromissos relativos a mercado e a produtos. O pacto foi assinado em 1994 e ratificado pelos principais países — inclusive com tensos debates políticos domésticos, como ocorreu no caso dos EUA. Como resultado dessa rodada, a agenda de liberalização do comércio avançou e, também, ocorreram algumas reformas administrativas importantes. A tarifa média imposta pelos países desenvolvidos caiu mais de 40% nessas negociações. Contudo, vale destacar que a base de comparação já estava mais baixa, por conta do sucesso na redução das tarifas obtido nas rodadas anteriores. Além da redução tarifária, foram discutidos avanços em dois setores críticos: agrícola e têxtil. O setor agrícola é alvo de intensas políticas comerciais em todo o mundo, por diversas razões. Como resultado da Rodada Uruguai, os subsídios agrícolas foram reduzidos em 36% e as exportações subsidiadas em 21%. Quotas de importação, comumente adotadas no Japão, foram substituídas por tarifas alfandegárias vinculadas. A Rodada Uruguai ainda previu o fim do Acordo Multifibras em um horizonte de dez anos, eliminando as restrições quantitativas no setor têxtil. Como parte do resultado dessa política, houve um aumento vertiginoso na exportação dessa área para os países desenvolvidos, notadamente os EUA e os países europeus. A China foi, em grande parte, beneficiada pela medida. Evidentemente, essa mudança foi alvo de intensos debates políticos ao longo dos anos. A grande reforma administrativa promovida com a Rodada Uruguai foi a criação da Organização Mundial do Comércio, a OMC. Até à criação da OMC, o GATT tinha um secretariado, em Genebra, que basicamente organizava as obrigações referentes ao acordo. Além da questão administrativa, a criação da OMC, uma organização internacional permanente voltada ao comércio, representa um grande avanço institucional em relação ao GATT, que era um acordo temporário entre países. Além disso, a criação da OMC permitiu: A revisão das regras de comércio internacional de serviços, que não eram muito relevantes na época da assinatura do GATT, mas se tornaram importantes ao longodo tempo. A revisão dessas se concretizou na instituição do Acordo Geral sobre Comércio de Serviço (GATS). A incorporação dos mecanismos internacionais de proteção ao comércio partindo do pressuposto de que as economias globais estão cada vez menos dependentes do capital físico para produzir 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 13 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir seus bens e serviços, e cada vez mais dependentes do capital intelectual. A incorporação desses elementos se concretizou no Acordo sobre os Aspectos Comerciais da Propriedade Intelectual (TRIPS). A OMC também exerce um papel essencial na resolução de disputas entre os países. Afinal, mais do que estabelecer as regras, é importante ter mecanismos para saber se elas foram violadas e apurar se isso, de fato, ocorreu. Antes da OMC, havia mecanismos para garantir o cumprimento das regras do GATT em tribunais internacionais, mas esses mecanismos eram mais burocráticos e menos efetivos do que poderiam ser. Na OMC, as controvérsias são tipicamente resolvidas em menos de um ano e envolvem painéis de especialistas, apelações e recursos. NO CASO DA APURAÇÃO DE UMA VIOLAÇÃO DAS REGRAS DA OMC, O QUE ACONTECE? Como todos os organismos internacionais, a OMC não dispõe de meios diretos para forçar um país a cumprir os acordos internacionais vigentes. No entanto, ela dispõe de legitimidade para, diante de uma violação do pacto estabelecido, autorizar o país afetado a retaliar o país que descumpriu as normas vigentes. Apesar das dificuldades inerentes ao avanço da agenda, pode-se dizer que a Rodada Uruguai constitui um caso concreto em que a liberalização comercial reduziu os benefícios de pequenos grupos de produtores e beneficiou consumidores espalhados no mundo inteiro. A proteção comercial no setor têxtil sempre foi uma das mais relevantes para a economia americana, assim como a proteção da produção agrícola é muito importante para o Japão e diversos países europeus. Conseguir implantar mecanismos que ataquem esses privilégios e distribuam os ganhos aos consumidores é uma grande realização da rodada de diálogo multilateral. Nesse sentido, apesar de todas as dificuldades políticas envolvendo a liberalização comercial, essa não é uma agenda perdida. 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 14 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir Embora sejam estimativas sempre controversas, há quem defenda que os efeitos da Rodada Uruguai são superiores a US$200 bilhões/ano. Em contraposição ao sucesso da Rodada Uruguai, temos a Rodada Doha, a maior rodada de negociações comerciais da história. RODADA DOHA Ela começou em 2001, aparentemente terminou por volta de 2010 e, pela primeira vez desde o início do GATT, não gerou nenhum acordo comercial. Parte da ausência de um novo acordo comercial vem da sequência de sucessos obtida nas negociações anteriores. Com reduções tarifárias algumas vezes entre 30% e 50% em uma única etapa, as rodadas anteriores reduziram significativamente o volume de protecionismo no mundo. Nesse sentido, sobrou menos protecionismo a combater. Além disso, o próprio combate ao protecionismo mostrou seus retornos decrescentes de escala: enquanto havia muitas distorções a eliminar, era mais fácil avançar do que agora. ESTIMATIVAS DO BANCO MUNDIAL SUGEREM QUE MESMO UMA RODADA DE NEGOCIAÇÕES AMBICIOSA EM DOHA PODERIA AUMENTAR O PIB javascript:void(0) 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 15 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir MUNDIAL EM SOMENTE 0,18%. O principal setor em que se concentram proteções comerciais relevantes é a agricultura, que é politicamente bastante sensível. Ao mesmo tempo, os mecanismos para evitar a elevação das restrições ao comércio continuam em prática, de modo que a agenda comercial global permanece em um ponto de alta liberalização. Zonas de Livre Comércio e União Aduaneira Neste vídeo, abordaremos os Acordos de Comércio Preferencial. 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 16 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. SOBRE O GATT E A OMC, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: O GATT surgiu após a OMC, em 1974. Todas as rodadas de negociação do GATT geraram acordos que acabaram por tornar o comércio mais livre em todo o mundo. A OMC foi criada na Rodada do Uruguai, em 1995, e representou um avanço institucional importante à agenda estabelecida no GATT. Apesar dos avanços nos mecanismos de negociação para liberar o comércio entre países, ainda não há mecanismos eficazes para se garantir que os acordos pactuados sejam cumpridos. 2. SOBRE OS ACORDOS DE COMÉRCIO PREFERENCIAL, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: A) Toda zona de livre comércio é também uma união aduaneira. B) A instituição de zonas de livre comércio sempre melhora a eficiência de uma economia. C) O GATT proíbe acordos de comércio preferencial que não resultem na liberação do comércio. D) O MERCOSUL é uma união monetária. MÓDULO 2 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 17 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir Definir os principais fatores e controvérsias envolvendo a globalização, a forma como ela afeta a relação entre os países e o papel dos acordos e organismos internacionais nesse ecossistema INSTITUIÇÕES MULTILATERAIS Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, várias instituições multilaterais surgiram com o objetivo de aproximar os países, buscando soluções diplomáticas para os problemas de coordenação que surgem na política internacional. ENTRE AS DIVERSAS INSTITUIÇÕES CRIADAS, A PRINCIPAL É A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Fundada, em 1945, por cinquenta e um países (entre eles o Brasil), em substituição à Liga das Nações, a ONU tem a missão de fomentar a paz entre as nações, cooperar com o desenvolvimento sustentável, monitorar o cumprimento dos Direitos Humanos e das liberdades fundamentais, e organizar reuniões e conferências em prol desses objetivos. Atualmente, a ONU tem mais de 180 países-membros. Além dela, há diversas outras organizações internacionais, que se dividem em diversos tipos (com e sem vinculação com o Sistema ONU de agências). LIGA DAS NAÇÕES Liga das Nações - Foi uma organização internacional, idealizada em 28 de abril de 1919, em Versalhes, nos subúrbios de Paris, onde as potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial se reuniram para negociar um acordo de paz. Sua última reunião ocorreu em abril de 1946. javascript:void(0) 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 18 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir Há órgãos do Alto Comissariado das Nações Unidas: Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR); Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (ACNUDH). Fundos: Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA); Fundo Monetário Internacional (FMI); Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA); Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Organizações internacionais: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO); Organização Internacional para as Migrações (OIM); Organização Internacional do Trabalho (OIT); Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI); Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); Organização Mundial da Saúde (OMS); 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 19 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO); Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); Organizaçãodos Estados Americanos (OEA). Programas de desenvolvimento: Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT); Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS). Escritórios: Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR); Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC); Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS); Centros, comissões, grupos financeiros, entidades e uniões: Centro de Informações das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio); Centro de Excelência contra Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP); Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL); Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD); Grupo Banco Mundial (BM); Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres); 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 20 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir União Internacional de Telecomunicações (UIT). Evidentemente, a quantidade de organismos internacionais criada desde 1945 estabelece uma agenda forte em torno do que se convencionou chamar de globalização, ainda que esse seja um fenômeno anterior às grandes guerras mundiais. GLOBALIZAÇÃO E ORGANISMOS INTERNACIONAIS: CONTROVÉRSIAS E DESAFIOS Nesse sentido, a agenda de liberalização comercial, que ampliou largamente as trocas entre países ao longo das últimas décadas, está inserida em um contexto mais amplo: ela, ao mesmo tempo, é influenciadora e influenciada pela agenda internacional. Em diversas localidades, a globalização é considerada uma agenda negativa. Apesar de todos os ganhos de comércio que já estudamos, a globalização é, muitas vezes, vista como uma ameaça à soberania nacional dos países, ou como uma forma de os países ricos aumentarem os mecanismos de exploração de países pobres (seja com mão de obra mais barata ou com recursos naturais). Crescentemente, uma narrativa antiglobalização tem sido construída também nos países ricos, centrada em práticas xenofóbicas e em defesa de empregos, produção e cultura nacionais. Todos os debates em torno da agenda de globalização recaem sobre os organismos internacionais. Por isso, a discussão da relação entre a globalização e o comércio é essencial para que possamos entender melhor o papel da OMC no mundo contemporâneo, e as ameaças que estão postas à liberalização comercial das últimas décadas. 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 21 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS UM DOS GRANDES DEBATES DA GLOBALIZAÇÃO DO COMÉRCIO ENVOLVE A QUESTÃO DOS BAIXOS SALÁRIOS. Países em desenvolvimento estão, atualmente, bastante especializados na produção de manufaturas. Em particular, as têxteis localizadas nos países de renda mais baixa da África e da Ásia. Na produção dessas mercadorias, é comum que aos trabalhadores sejam pagos salários de valores muito inferiores aos do mundo desenvolvido. Não somente isso, como, muitas vezes, as condições de trabalho desses lugares são absolutamente deploráveis. A esse respeito, veja alguns aspectos importantes: VANTAGEM COMERCIAL CONDIÇÕES DE TRABALHO 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 22 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir VANTAGEM COMERCIAL Até a década de 1990, grande parte do debate em torno desses fatos se centrava na questão sobre como essas condições de trabalho geravam uma vantagem comercial excessiva para os países em desenvolvimento. Ou seja: era um debate sobre a proteção da indústria dos países importadores, especialmente os mais rico. CONDIÇÕES DE TRABALHO Desde meados da década de 1990, em grande parte com a ajuda de movimentos estudantis, o debate em torno desses fatos começou a mudar de epicentro: em vez de se questionar as eventuais vantagens que o produtor estrangeiro teria sobre o produtor nacional, começou-se a questionar a aceitação em tolerar que trabalhadores estrangeiros estivessem naquelas condições. Esses fatos geraram um grande debate no mundo desenvolvido. Considerando o ambiente institucional e as normas trabalhistas dos países desenvolvidos: Seria aceitável importar produtos de localidades onde os padrões mínimos de segurança do trabalho não eram respeitados? Seria razoável permitir regulamentos tão distintos de fornecedores locais e estrangeiros para a produção dos bens consumidos no país? Tais ideias começaram a fomentar movimentos antiglobalização, que cresceram até o ponto de levar ao fracasso a tentativa de diversos países em estabelecer uma rodada de negociação entre a Rodada do 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 23 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir Uruguai e a Rodada de Doha, em 1999. Na época, os movimentos antiglobalização defendiam exatamente que a OMC estaria atacando a soberania nacional dos países e prejudicando os trabalhadores do mundo subdesenvolvido. O Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial também enfrentaram problemas parecidos com os eventos antiglobalização, que têm crescido desde então. O grande argumento por trás dessa visão de mundo é que o comércio internacional deixava os trabalhadores do mundo subdesenvolvido em uma condição extremamente precária, de baixos salários e pouca proteção no emprego. Nesse sentido, o comércio internacional não estaria beneficiando as pessoas, e sim as prejudicando. Tal debate, originalmente centrado na China, tem sido progressivamente desviado para as nações mais pobres do Sudeste Asiático e do subcontinente indiano. O que essa análise ignora é que os países subdesenvolvidos têm condições econômicas muito precárias e, nesse sentido, o que a teoria econômica sugere é que os trabalhadores dessas localidades estariam piores, na ausência de comércio internacional. No caso, vale destacar, não somente os trabalhadores das empresas que exportam, mas também os consumidores dos países que importam estariam piores. Uma alternativa a esses problemas seria a inclusão de cláusulas de proteção salarial e de condições de trabalho nos acordos comerciais. São as chamadas cláusulas sociais da OMC. Tal possibilidade possibilitaria que a expansão do comércio viesse acompanhada de ganhos constantes e reais para os trabalhadores do mundo em desenvolvimento. Contudo, existe risco significativo de que uma negociação dessa natureza abra margem para que os países ampliem seu protecionismo. Afinal, em vez de aumentar as tarifas de importação, eles poderiam negociar condições de trabalho irreais para as economias em desenvolvimento e acabar por retirá-las do mercado global. 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 24 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir EXPLORAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS Além das questões salariais, o ambiente institucional dos países em desenvolvimento favorece a exploração excessiva de recursos naturais para competir no mercado global. Nesse sentido, a globalização também tem preocupações de caráter ambiental. Ao derrubar uma floresta para atender a uma demanda global por produtos florestais, os países em desenvolvimento estão gerando externalidades negativas que acabam por afetar todos os outros países. A narrativa da China como refúgio de poluição (pollution haven) também se enquadra nesse debate. POLLUTION HAVEN A hipótese do paraíso da poluição postula que, quando grandes nações industrializadas buscam estabelecer fábricas ou escritórios no exterior — geralmente — buscam a opção mais barata em termos de recursos e mão de obra que oferece o acessoà terra e ao material de que necessitam. É importante notar que a ausência de regulação ambiental adequada é um problema apartado da globalização. Países altamente protecionistas sem tal regulação podem causar tanto ou mais dano ao meio ambiente do que países globalizados. Os acordos comerciais, também, poderiam incluir cláusulas de proteção ambiental. Contudo, esse tipo de inclusão ainda é controverso. javascript:void(0) 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 25 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir Quem a defende argumenta que as cláusulas de proteção ambiental diminuiriam as externalidades negativas geradas pelo crescimento econômico excessivo. Já o outro grupo teme que essa seja uma ação protecionista com o objetivo de retirar do mercado indústrias em desenvolvimento que deixariam de ter condições de competir se tivessem que cumprir as exigências ambientais de países desenvolvidos. A agenda climática é uma das que mais tem crescido ao redor do mundo, em grande parte por causa dos riscos climáticos que se acumula para as próximas décadas. Como parte significativa da poluição vem da produção de bens e serviços, existe uma relação entre o consumo e a poluição. Logo, com o comércio internacional favorecendo essa relação, existiria outra entre o comércio e o meio ambiente. Porém, essa discussão ignora que o enriquecimento de um país, geralmente, vem acompanhado de maior preocupação ambiental e, consequentemente, uma tendência a causar menos impacto ambiental por unidade de produto gerada. O crescimento também permite aos países endurecer a sua política ambiental e ter um controle melhor dos recursos naturais disponíveis. Na prática, existe evidência empírica de que crescimento e poluição estão relacionados por meio de uma curva chamada curva ambiental de Kuznets: Figura 1 – Curva ambiental de Kuznets 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 26 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir A PARTIR DA ANÁLISE DA CURVA AMBIENTAL DE KUZNETS, O QUE PODEMOS CONCLUIR? VER COMENTÁRIO Ela estabelece que o dano ambiental causado pelo crescimento de um país é aumenta gradativamente até determinado ponto, a partir do qual esse dano começa a diminuir. Países pobres que estejam em desenvolvimento tendem a aumentar seu grau de poluição, enquanto países ricos tendem a se desenvolver, aumentando sua eficiência no uso dos recursos naturais. Consequentemente, uma análise mais cuidadosa dos efeitos da liberalização comercial sobre a poluição pode indicar a existência de efeitos ambíguos: OS IMPACTOS DEPENDEM DE CADA PAÍS E SUA POSIÇÃO ORIGINAL NA CURVA AMBIENTAL DE KUZNETS. No líquido, considerando que a China é um dos maiores vencedores da globalização, os efeitos dessa sobre o meio ambiente possivelmente são negativos, ainda que eles tenham retirado milhões de javascript:void(0) 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 27 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir chineses da pobreza extrema ao longo das últimas décadas. Contudo, a curva ambiental de Kuznets nos mostra que essa situação não vigorará sempre. Um aspecto ambiental que escapa à curva de Kuznets é que o comércio internacional promova a existência de refúgios de poluição (pollution havens). Diversas indústrias têm como subproduto uma série de produtos altamente tóxicos, cujo descarte é extremamente caro e sujeitos a regulações bastante restritivas. O que a globalização de certo modo facilita é que as empresas desses setores procurem países onde possam descartar esses resíduos tóxicos de maneira mais barata, seja por conta da menor regulação, seja por conta de vantagens naturais daquela região. Considerando as externalidades negativas que o descarte de produtos tóxicos pode ter na natureza, essa é uma questão com potencial para trazer diversos problemas para a agenda comercial. Em paralelo, a agenda comercial, também, trouxe algumas esperanças para a agenda ambiental, com a possibilidade de instauração dos créditos de carbono. Os créditos de carbono seriam uma espécie de imposto colocado sobre as importações dos países que falharem no cumprimento de regras mínimas de proteção ambiental. Ainda que a adoção da economia de carbono seja limitada a alguns países — o que naturalmente limitaria o potencial dessa iniciativa de conter as emissões de gases nocivos para a nossa atmosfera — uma possibilidade abre para que o comércio internacional possa internalizar no preço das mercadorias os danos ao meio ambiente causados pela sua produção. Com isso, pode-se criar um sistema de incentivos econômicos que torne economicamente rentável a adoção das tecnologias verdes. Ainda que haja muito a avançar nessa agenda, os créditos de carbono representam uma possibilidade de prover incentivos reais para a redução dos danos ambientais do crescimento econômico. 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 28 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir HOMOGENEIZAÇÃO DA DIVERSIDADE CULTURAL Os aspectos culturais são também objeto de controvérsia nas negociações comerciais. Afinal, a integração comercial, de certa maneira, aumentou a homogeneidade de gostos musicais, moda e produção cinematográfica, diminuindo a proeminência e relevância da produção cultural local. Essa perda de diversidade cultural pode ser vista como uma externalidade negativa da globalização. E nesse sentido, poderiam ser pensadas políticas públicas para corrigir a falha de mercado. Contudo, o debate da correção dessa falha de mercado se torna ainda mais complexo que os anteriores, pois envolve a promoção estatal de um ou outro tipo de produção artística e cultural. A PMC é uma ameaça à soberania? Neste vídeo, falaremos sobre a OMC e a soberania nacional. 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 29 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir VERIFICANDO O APRENDIZADO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste tema, conhecemos os principais organismos multilaterais, bem como estudamos suas funções e analisamos sua estrutura. No primeiro módulo, desenhamos um panorama histórico dos organismos internacionais multilaterais de comércio. Destacamos não apenas seu surgimento, mas sua importância e evolução. No segundo módulo, elencamos esses organismos e debatemos sobre a globalização, considerando os efeitos do comércio internacional nos dias de hoje. Vimos que diversas agendas políticas e ambientais podem afetar o comércio entre países, e que organismos multilaterais podem agir de forma eficiente para intermediar e regular esse comércio. PODCAST 17/01/24, 07:10Organismos e Acordos Internacionais Page 30 of 30https://stecine.azureedge.net/repositorio/organismos_e_acordos_internacionais/index.html#imprimir AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS KRUGMAN, P.; MELITZ, M.; OBSTFELD, M. Economia internacional. 10. ed. São Paulo: Pearson, 2015. EXPLORE+ Visite os sites dos principais organismos internacionais e acordos multilaterais estudados (OMC; GATT; MERCOSUL; NAFTA; ONU) para conhecer melhor a atuação de cada um no mundo contemporâneo. Leia sobre os principais organismos internacionais do Sistema Nações Unidas, no site da ONU no Brasil. CONTEUDISTA Livio Ribeiro CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);