Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A Reforma Protestante A reforma protestante pode ser definida com uma grande revolução religiosa, uma quebra da unidade cristã, quando certos religiosos passaram a questionar contra oque consideravam abusos da autoridade papal, tendo como principal “personagem” Martinho Lutero fundador do luteranismo, e seus seguidores, Calvino, fundador do Calvinismo na Suíça, e Henrique VIII que iniciou o movimento de protesto e rebeldia na Inglaterra que deu origem ao anglicanismo. Esses três movimentos receberam o nome de reforma protestante. Causas Os homens viviam apavorados, com um medo enorme de ir para o inferno por conta de seus pecados, então estavam sempre rezando para que Deus os perdoasse. Já os ricos “compravam” seu lugar no céu, dando dinheiro a igreja com a prática de indulgências; “Quanto maior a quantia, maior é a garantia do seu lugar no céu”, a igreja ensinava; e por conta disso os papas e bispos vivam rodeados de luxo, escritores e artistas. Nos mosteiros, os abades se interessavam apenas por seus ganhos e negligenciavam as obrigações religiosas. Esses abusos eram malvistos, e muitos cristãos queriam que os religiosos, praticassem uma religião mais “pura”, próxima a que era praticada pelos antigos cristãos, desejando assim uma reforma na igreja. A igreja também condenava as atividades burguesas, o comércio, e a usura (empréstimo de dinheiro), como pecados, afirmava que comerciante não agradava a Deu, condenava também o lucro, e também havia muitos reis e burgueses que eram contra a igreja, pois tinha interesse em tomar suas terras. A Europa do norte sentia-se como se estivesse sendo dominada por uma potência estrangeira, pois as arrecadações do papa esgotavam os países e enriquecia a Itália, onde ficava a sede da igreja. Com a influência do Renascimento que se espalharam pela Europa, as novas maneiras de pensar, caracterizadas pelo Individualismo e pelo espírito crítico, fazendo com que muitas verdades começassem a surgir e serem discutidas. Com a invenção da imprensa, difundiram-se os conhecimentos e o hábito de leitura, que por muito tempo era um privilégio da minoria, o que contribuiu para a formação de uma consciência crítica entre os fieis. A chegada de Lutero Como já foi citado, ocorria à prática de indulgências, que enriquecia a igreja e tranquilizava os ricos, e depois de grandes conflitos e desentendimentos com o monge Tetzel, Martinho Lutero reagiu, fixando na porta da igreja de Wittenberg um documento (as 95 teses) que, além de condenar as indulgências, punha em discussão outros aspectos da doutrina e das práticas da igreja, uma disputa entre ele e o Vaticano que se prolongou até 1520, quando o papa o excomungou. Lutero queimou o documento da excomunhão na frente do público, e passou a difundir sua doutrina, que foi ganhando adeptos, principalmente na Alemanha Dinamarca e Noruega. A Reforma Calvinista e Anglicana Em algumas regiões da Europa onde a Doutrina Luterana se difundiu, surgiram novos reformadores, mais especificamente na França, apareceu João Calvino, que foi obrigado a abandonar o país por defender as ideias de Lutero. Quando se fixou na Suíça, desenvolveu os princípios mais radicais da Doutrina de Lutero, sob a influência da mentalidade mercantil do país que adotara como seu, passou a considerar o trabalho uma prosperidade alcançada que são sinais de Deus, que indicam que uma pessoa alcançou a salvação de sua alma. A reformação do sistema capitalista foi muito estimulada pelos valores do calvinismo, que encorajava o trabalho e o lucro e condenava os prazeres e os gastos, e de acordo com ele, o dinheiro não deveria ser desperdiçado e sim reinvestido, sendo assim o calvinismo se expandiu para países onde o comércio era mais desenvolvido. Na Inglaterra dessa vez a Reforma foi imposta pelo rei Henrique VIII e recebeu o nome de anglicanismo. Henrique havia pedido ao papa para anular seu casamento com Catarina de Aragão, para poder se casar com Ana Bolena, e diante da recusa do papa (e usado como protesto), o rei ordenou que seu casamento fosse anulado por um tribunal e fez com que o Parlamento lhe outorgasse o título de chefe supremo da Igreja na Inglaterra. A igreja na Inglaterra se separou de Roma, mas conservou boa parte da doutrina católica. Os puritanos (calvinistas ingleses) entraram em choque com os anglicanos, gerando inúmeros conflitos que, no século XVIII, levaram às emigrações maciças para a região da Nova Inglaterra na América do Norte. A Contra-reforma As principais iniciativas da Contra-reforma, foram a convocação do Concílio de Trento, a criação da Companhia de Jesus e a intensificação das atividades do Tribunal da Inquisição. O concílio de Trento condenou a doutrina protestante e confirmou integralmente a doutrina católica; aconselhou a formação de sacerdotes em escolas especiais, fizeram uma relação de livros proibidos pela Igreja; e reafirmou sete sacramentos e o valor das indulgências. Com o tribunal da Inquisição que foi um completo terror, as pessoas eram submetidas a julgamentos, onde eram torturadas até confessarem seus “crimes”. Os Judeus eram os principais alvos, sendo obrigados e se converter ao cristianismo; casos contrários eram mortos na fogueira. Os rituais de julgamento e a as execuções eram realizados em praça pública. Um dos perseguidores da Inquisição foi o Galileu Galilei, que se viu obrigado a negar suas teorias para não morrer na fogueira. Esse tribunal agiu também com maior intensidade na Espanha e em Portugal, inclusive na América Espanhola e no Brasil. Com o tempo foi estruturada a companhia de Jesus, tendo como criador Inácio de Loyola, onde os jesuítas, que eram considerados soldados de cristo, se dedicaram ao combate das ideias protestantes e à educação da juventude. Empreenderam também, a conversão de diferentes povos ao cristianismo.
Compartilhar