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editora científica digital delineando a pesquisa clínica e preventiva Humberto Costa Fábio Ferreira de Carvalho Junior (Organizadores) 2022 - GUARUJÁ - SP 1ª EDIÇÃO editora científica digital Diagramação e arte Equipe editorial Imagens da capa Adobe Stock - licensed by Editora Científica Digital - 2022 Revisão Autores e Autoras 2022 by Editora Científica Digital Copyright© 2022 Editora Científica Digital Copyright do Texto © 2022 Autores e Autoras Copyright da Edição © 2022 Editora Científica Digital Acesso Livre - Open Access EDITORA CIENTÍFICA DIGITAL LTDA Guarujá - São Paulo - Brasil www.editoracientifica.org - contato@editoracientifica.org Parecer e revisão por pares Os textos que compõem esta obra foram submetidos para avaliação do Conselho Editorial da Editora Científica Digital, bem como revisados por pares, sendo indicados para a publicação. O conteúdo dos capítulos e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores e autoras. É permitido o download e compartilhamento desta obra desde que pela origem da publicação e no formato Acesso Livre (Open Access), com os créditos atribuídos aos autores e autoras, mas sem a possibilidade de alteração de nenhuma forma, catalogação em plataformas de acesso restrito e utilização para fins comerciais. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Sem Derivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) D45 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva / Humberto Costa (Organizador), Fábio Ferreira de Carvalho Junior (Organizador). – Guarujá-SP: Científica Digital, 2022. E- BO OK AC ES SO LI VR E O N LIN E - I M PR ES Sà O PR OI BI DA Formato: PDF Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader Modo de acesso: World Wide Web Inclui bibliografia ISBN 978-65-5360-150-5 DOI 10.37885/978-65-5360-150-5 1. Dermatologia. I. Carvalho Junior, Fábio Ferreira de (Organizador). II. Costa, Humberto (Organizador). III. Título. CDD 616.5 Índice para catálogo sistemático: I. Dermatologia 2 0 2 2 Elaborado por Janaina Ramos – CRB-8/9166 editora científica digital editora científica digital Direção Editorial Reinaldo Cardoso João Batista Quintela Assistentes Editoriais Erick Braga Freire Bianca Moreira Sandra Cardoso Bibliotecários Maurício Amormino Júnior - CRB-6/2422 Janaina Ramos - CRB-8/9166 Jurídico Dr. Alandelon Cardoso Lima - OAB/SP-307852 C O R P O E D IT O R IA L Prof. Dr. Carlos Alberto Martins Cordeiro Universidade Federal do Pará Prof. Dr. Rogério de Melo Grillo Universidade Estadual de Campinas Profª. Ma. Eloisa Rosotti Navarro Universidade Federal de São Carlos Prof. Dr. Ernane Rosa Martins Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Prof. Dr. Rossano Sartori Dal Molin FSG Centro Universitário Prof. Dr. Carlos Alexandre Oelke Universidade Federal do Pampa Prof. Esp. Domingos Bombo Damião Universidade Agostinho Neto - Angola Prof. Me. Reinaldo Eduardo da Silva Sales Instituto Federal do Pará Profª. Ma. Auristela Correa Castro Universidade Federal do Pará Profª. Dra. Dalízia Amaral Cruz Universidade Federal do Pará Profª. Ma. Susana Jorge Ferreira Universidade de Évora, Portugal Prof. Dr. Fabricio Gomes Gonçalves Universidade Federal do Espírito Santo Prof. Me. Erival Gonçalves Prata Universidade Federal do Pará Prof. Me. Gevair Campos Faculdade CNEC Unaí Prof. Me. Flávio Aparecido De Almeida Faculdade Unida de Vitória Prof. Me. Mauro Vinicius Dutra Girão Centro Universitário Inta Prof. Esp. Clóvis Luciano Giacomet Universidade Federal do Amapá Profª. Dra. Giovanna Faria de Moraes Universidade Federal de Uberlândia Prof. Dr. André Cutrim Carvalho Universidade Federal do Pará Prof. Esp. Dennis Soares Leite Universidade de São Paulo Profª. Dra. Silvani Verruck Universidade Federal de Santa Catarina Prof. Me. Osvaldo Contador Junior Faculdade de Tecnologia de Jahu Profª. Dra. Claudia Maria Rinhel-Silva Universidade Paulista Profª. Dra. Silvana Lima Vieira Universidade do Estado da Bahia Profª. Dra. Cristina Berger Fadel Universidade Estadual de Ponta Grossa Profª. Ma. Graciete Barros Silva Universidade Estadual de Roraima Prof. Dr. Carlos Roberto de Lima Universidade Federal de Campina Grande Prof. Dr. Wescley Viana Evangelista Universidade do Estado de Mato Grosso Prof. Dr. Cristiano Marins Universidade Federal Fluminense Prof. Me. Marcelo da Fonseca Ferreira da Silva Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória Prof. Dr. Daniel Luciano Gevehr Faculdades Integradas de Taquara Prof. Me. Silvio Almeida Junior Universidade de Franca Profª. Ma. Juliana Campos Pinheiro Universidade Federal do Rio Grande do Norte Prof. Dr. Raimundo Nonato Ferreira Do Nascimento Universidade Federal do Piaui Prof. Dr. Antônio Marcos Mota Miranda Instituto Evandro Chagas Profª. Dra. Maria Cristina Zago Centro Universitário UNIFAAT Profª. Dra. 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Mauro Luiz Costa Campello Universidade Paulista Profª. Ma. Livia Fernandes dos Santos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre Profª. Dra. Sonia Aparecida Cabral Secretaria da Educação do Estado de São Paulo Profª. Dra. Camila de Moura Vogt Universidade Federal do Pará Prof. Me. José Martins Juliano Eustaquio Universidade de Uberaba Prof. Me. Walmir Fernandes Pereira Miami University of Science and Technology Profª. Dra. Liege Coutinho Goulart Dornellas Universidade Presidente Antônio Carlos Prof. Me. Ticiano Azevedo Bastos Secretaria de Estado da Educação de MG Prof. Dr. Jónata Ferreira De Moura Universidade Federal do Maranhão Profª. Ma. Daniela Remião de Macedo Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa Prof. Dr. Francisco Carlos Alberto Fonteles Holanda Universidade Federal do Pará Profª. Dra. Bruna Almeida da Silva Universidade do Estado do Pará Profª. Ma. Adriana Leite de Andrade Universidade Católica de Petrópolis Profª. Dra. Clecia Simone Gonçalves Rosa Pacheco Instituto Federaldo Sertão Pernambucano, Prof. Dr. Claudiomir da Silva Santos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Prof. Dr. Fabrício dos Santos Ritá Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, Brasil Prof. Me. Ronei Aparecido Barbosa Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Prof. Dr. Julio Onésio Ferreira Melo Universidade Federal de São João Del Rei Prof. Dr. Juliano José Corbi Universidade de São Paulo Profª. Dra. Alessandra de Souza Martins Universidade Estadual de Ponta Grossa Prof. Dr. Francisco Sérgio Lopes Vasconcelos Filho Universidade Federal do Cariri Prof. Dr. Thadeu Borges Souza Santos Universidade do Estado da Bahia Profª. Dra. Francine Náthalie Ferraresi Rodriguess Queluz Universidade São Francisco Profª. Dra. Maria Luzete Costa Cavalcante Universidade Federal do Ceará Profª. Dra. Luciane Martins de Oliveira Matos Faculdade do Ensino Superior de Linhares Profª. Dra. Rosenery Pimentel Nascimento Universidade Federal do Espírito Santo Profª. Esp. Lívia Silveira Duarte Aquino Universidade Federal do Cariri Profª. Dra. Irlane Maia de Oliveira Universidade Federal do Amazonas Profª. Dra. Xaene Maria Fernandes Mendonça Universidade Federal do Pará Profª. Ma. Thaís de Oliveira Carvalho Granado Santos Universidade Federal do Pará C O N S E L H O E D IT O R IA L M e st re s, M e st ra s, D o u to re s e D o u to ra s CONSELHO EDITORIAL Prof. Me. Fábio Ferreira de Carvalho Junior Fundação Getúlio Vargas Prof. Me. Anderson Nunes Lopes Universidade Luterana do Brasil Profª. Dra. Iara Margolis Ribeiro Universidade do Minho Prof. Dr. Carlos Alberto da Silva Universidade Federal do Ceara Profª. Dra. Keila de Souza Silva Universidade Estadual de Maringá Prof. Dr. Francisco das Chagas Alves do Nascimento Universidade Federal do Pará Profª. Dra. Réia Sílvia Lemos da Costa e Silva Gomes Universidade Federal do Pará Prof. Dr. Evaldo Martins da Silva Universidade Federal do Pará Prof. Dr. António Bernardo Mendes de Seiça da Providência Santarém Universidade do Minho, Portugal Profª. Dra. Miriam Aparecida Rosa Instituto Federal do Sul de Minas Prof. Dr. Biano Alves de Melo Neto Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano Profª. Dra. Priscyla Lima de Andrade Centro Universitário UniFBV Prof. Dr. Gabriel Jesus Alves de Melo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia Prof. Esp. Marcel Ricardo Nogueira de Oliveira Universidade Estadual do Centro Oeste Prof. Dr. Andre Muniz Afonso Universidade Federal do Paraná Profª. Dr. Laís Conceição Tavares Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Prof. Me. Rayme Tiago Rodrigues Costa Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme Universidade Federal do Tocatins Prof. Me. 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Norma Suely Evangelista-Barreto Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Prof. Me. Larry Oscar Chañi Paucar Universidad Nacional Autónoma Altoandina de Tarma, Peru Prof. Dr. Pedro Andrés Chira Oliva Universidade Federal do Pará Prof. Dr. Daniel Augusto da Silva Fundação Educacional do Município de Assis Profª. Dra. Aleteia Hummes Thaines Faculdades Integradas de Taquara Profª. Dra. Elisangela Lima Andrade Universidade Federal do Pará Prof. Me. Reinaldo Pacheco Santos Universidade Federal do Vale do São Francisco Profª. Ma. Cláudia Catarina Agostinho Hospital Lusíadas Lisboa, Portugal Profª. Dra. Carla Cristina Bauermann Brasil Universidade Federal de Santa Maria Prof. Dr. Humberto Costa Universidade Federal do Paraná Profª. Ma. Ana Paula Felipe Ferreira da Silva Universidade Potiguar Prof. Dr. Ernane José Xavier Costa Universidade de São Paulo Profª. Ma. Fabricia Zanelato Bertolde Universidade Estadual de Santa Cruz Prof. Me. Eliomar Viana Amorim Universidade Estadual de Santa Cruz Profª. Esp. Nássarah Jabur Lot Rodrigues Universidade Estadual Paulista Prof. Dr. José Aderval Aragão Universidade Federal de Sergipe Profª. Ma. Caroline Muñoz Cevada Jeronymo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba Profª. Dra. Aline Silva De Aguiar Universidade Federal de Juiz de Fora Prof. Dr. Renato Moreira Nunes Universidade Federal de Juiz de Fora Prof. Me. Júlio Nonato Silva Nascimento Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Profª. Dra. Cybelle Pereira de Oliveira Universidade Federal da Paraíba Profª. Ma. Cristianne Kalinne Santos Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Norte Profª. Dra. Fernanda Rezende Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudo em Educação Ambiental Profª. Dra. Clara Mockdece Neves Universidade Federal de Juiz de Fora Profª. Ma. Danielle Galdino de Souza Universidade de Brasília Prof. Me. Thyago José Arruda Pacheco Universidade de Brasília Profª. Dra. Flora Magdaline Benitez Romero Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Profª. Dra. Carline Santos Borges Governo do Estado do Espírito Santo, Secretaria de Estado de Direitos Humanos. Profª. Dra. Rosana Barbosa Castro Universidade Federal de Amazonas Prof. Dr. Wilson José Oliveira de Souza Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Prof. Dr. Eduardo Nardini Gomes Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Prof. Dr. José de Souza Rodrigues Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Prof. Dr. Willian Carboni Viana Universidade do Porto Prof. Dr. Diogo da Silva Cardoso Prefeitura Municipal de Santos Prof. Me. Guilherme Fernando Ribeiro Universidade Tecnológica Federal do Paraná Profª. Dra. Jaisa Klauss Associação Vitoriana de Ensino Superior Prof. Dr. Jeferson Falcão do Amaral Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro- Brasileira Profª. Ma. Ana Carla Mendes Coelho Universidade Federal do Vale do São Francisco Prof. Dr. Octávio Barbosa Neto Universidade Federal do Ceará Profª. Dra. Carolina de Moraes Da Trindade Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Prof. Me. Ronison Oliveira da Silva Instituto Federal do Amazonas Prof. Dr. Alex Guimarães Sanches Universidade Estadual Paulista Profa. Esp. Vanderlene Pinto Brandão Faculdade de Ciências da Saúde de Unaí Profa. Ma. Maria Das Neves Martins Faculdade de Ciências da Saúde de Unaí Prof. Dr. Joachin Melo Azevedo Neto Universidade de Pernambuco Prof. Dr. André Luís Assunção de Farias Universidade Federal do Pará Profª. Dra. Danielle Mariam Araujo Santos Universidade do Estado do Amazonas Profª. Dra. Raquel Marchesan Universidade Federal do Tocantins Profª. Dra. Thays Zigante Furlan Ribeiro Universidade Estadual de Maringá Prof. Dr. Norbert Fenzl Universidade Federal do Pará Prof. Me. Arleson Eduardo Monte Palma Lopes Universidade Federal do Pará Profa. Ma. Iná Camila Ramos Favacho de Miranda Universidade Federal do Pará Profª. Ma. Ana Lise Costa de Oliveira Santos Secretaria de Educação do Estado da Bahia Prof. Me. Diego Vieira Ramos Centro Universitário Ingá Prof. Dr. Janaildo Soares de Sousa Universidade Federaldo Ceará Prof. Dr. Mário Henrique Gomes Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Portugal Profª. Dra. Maria da Luz Ferreira Barros Universidade de Évora, Portugal CONSELHO EDITORIAL Profª. Ma. Eliaidina Wagna Oliveira da Silva Caixa de Assistência dos advogados da OAB-ES Profª. Ma. Maria José Coelho dos Santos Prefeitura Municipal de Serra Profª. Tais Muller Universidade Estadual de Maringá Prof. Me. Eduardo Cesar Amancio Centro Universitário de Tecnologia de Curitiba Profª. Dra. Janine Nicolosi Corrêa Universidade Tecnológica Federal do Paraná Profª. Dra. Tatiana Maria Cecy Gadda Universidade Tecnológica Federal do Paraná Profª. Gabriela da Costa Bonetti Universidade Tecnológica Federal do Paraná A presente obra, intitulada “Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva” tem como pilar, o conhecimento por trás da Ciências da Saúde e o objetivo dessa coletânea é o de desvendar e explanar sobre as diversas áreas que envolvem a Dermatologia. Sendo assim, para a produção deste trabalho, houve um esforço eminentemente colaborativo e que envolveu profissionais dispostos a produzir e a compartilhar conhecimentos. Também, a presente obra tem o intuito de integrar ações interinstitucionais com redes de pesquisa que estão ligadas aos temas aqui tratados, com o fim último de promover o avanço do conhecimento. Aproveitamos para agradecer a todos os envolvidos, em especial aos autores, já que estes se empenharam em produzir materiais de relevância e de qualidade e só assim é que foi possível a conclusão deste livro. Por fim, temos o desejo de que o conjunto de capítulos aqui reunidos sirvam de instrumento didático-pedagógico para estudantes, professores e demais profissionais envolvidos com o tema tratado. Prof. Dr. Humberto Costa Universidade Federal do Paraná Prof. Me. Fábio Ferreira de Carvalho Junior Fundação Getúlio Vargas A P R E S E N T A Ç Ã O SUMÁRIO CAPÍTULO 01 QUEDA CAPILAR EM PESSOAS ACOMETIDAS POR COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA João Pedro Alencar Vieira Mariano; Gabrielle Melo Costa; Nando Rabelo Mesquita; Ana Gabriela de Oliveira Freitas; Guilherme Tadeu Souza Batista; Marcela Fernandes Lúcio; Aline Cardoso Silva; Cleber Queiroz Leite; Brian França dos Santos ' 10.37885/220609081 ........................................................................................................................................................................10 CAPÍTULO 02 O IMPACTO OCASIONADO NA QUALIDADE DE VIDA DOS PORTADORES DE MELASMA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Isabel Beatriz Dantas da Costa; Izabella Gurgel do Amaral Pini Rocha; Adalberto Pascelli Medeiros Araújo; Cleber Queiroz Leite; Brian França dos Santos ' 10.37885/220609111 .........................................................................................................................................................................17 CAPÍTULO 03 PSORÍASE: COMPLICAÇÕES E ABORDAGENS TERAPÊUTICAS Gabriela Macari dos Santos; Júlia Silva Souza Moreira; Lineker Souza do Amaral; Amanda Duarte Ávila; Cassia Nascimento Tavares; Júlia Monteiro Luzzani; Joyce Oliveira Lima; Renata Mesquita Kestering; Cleber Queiroz Leite; Brian França dos Santos ' 10.37885/220609156 ........................................................................................................................................................................24 CAPÍTULO 04 EXPOSIÇÃO AO SOL E ENVELHECIMENTO CUTÂNEO Karen Olinto de Araújo Negreiros; Laís Ohana Mendes Nunes Carvalho; Verônica Arruda Barreto Souza; Renata Figueiredo dos Santos; Ana Maria Romani; Byanca Rodrigues Alves Batista; Bruna Milani; Cleber Queiroz Leite; Brian França dos Santos ' 10.37885/220509030 .......................................................................................................................................................................31 SOBRE OS ORGANIZADORES .............................................................................................................................. 38 ÍNDICE REMISSIVO .............................................................................................................................................. 39 01 '10.37885/220609081 01 Queda capilar em pessoas acometidas por Covid-19: uma revisão de literatura João Pedro Alencar Vieira Mariano Centro Universitário São Lucas - UNISL Gabrielle Melo Costa Universidade Federal de Rondônia - UNIR Nando Rabelo Mesquita Centro Universitário São Lucas - UNISL Ana Gabriela de Oliveira Freitas Faculdade Metropolitana - UNNESA Guilherme Tadeu Souza Batista Centro Universitário São Lucas - UNISL Marcela Fernandes Lúcio Faculdade Metropolitana - UNNESA Aline Cardoso Silva Faculdade Metropolitana - UNNESA Cleber Queiroz Leite Centro Universitário São Lucas - UNISL Brian França dos Santos Universidade Iguaçu - UNIG RESUMO Em 2020, o mundo foi acometido pela pandemia de COVID-19, ocasionado pelo Coronavírus (SARS-CoV-2), que causava uma Síndrome Respiratória Aguda Grave. No entanto, perce- beu-se que as manifestações da COVID eram muito além de pulmonares, como neurológicas e dermatológicas. Dentre as sequelas dermatológicas do Coronavírus, a que mais chamou atenção, foi a queda capilar, que já é descrita na literatura. A queda capilar, ou eflúvio teló- geno, repercute psicológica e emocionalmente, já que pode promover impacto negativo na autoestima. Esse eflúvio telógeno enquanto sequela da COVID-19 pode aparecer mesmo após a recuperação do paciente. Supõe-se que a queda seja consequência, sobretudo, dos picos febris apresentados pelos pacientes acometidos por COVID, e pode acontecer em cerca de 1/3 dos pacientes com diagnóstico positivo para a doença. Embora ainda haja poucos estudos acerca desse tema, essa revisão de literatura surge com o intuito de condensar o maior número de informações sobre a queda capilar em pessoas acometidas por coronavírus. Palavras-chave: Queda Capilar, Covid-19, SARS-CoV-2, Coronavírus. 12 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 INTRODUÇÃO A pandemia da COVID-19 declarada dia 12 de março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), trouxe diversas consequências no mundo e afetou principalmente a saúde da população mundial (NÁTARIO et al., 2022). O alto índice de contágio, com cada indivíduo infectando de 2 a 3 pessoas, em média, causou a expansão da epidemia em progressão geométrica (DE CARVALHO et al., 2021). No Brasil, onde a transmissão comunitária em todo o território nacional foi declarada em 20 de março, mais de 147 mil casos e 10 mil mortes pela COVID-19 haviam sido confirmados até 9 de maio de 2020 (DONG et al., 2020). Causada pelo beta coronavírus de RNA positivo (SARs-CoV-2), além de mais transmis- sível a infecção afeta principalmente o sistema respiratório (De AMORIN et al., 2021). Os sin- tomas podem variar de leves, como: coriza, tosse e dor de garganta até sintomas mais graves como: febre alta, pneumonia e insuficiência respiratória aguda (FIOCRUZ, 2020). Além disso, atualmente constatou-se o acometimento de diversos segmentos sistê- micos e específicos dos humanos, um deles é o segmento dermatológico (CIOTTI et al., 2020). Contudo, como diversos efeitos ainda são desconhecidos. Os pesquisadores aca- bam buscando alinhar seus estudos na compreensão das consequências ocasionadas pelo coronavírus (DONG et al., 2020). Partindo dessa premissa, uma dessas consequências está relacionada à queda capilar, fator esse que já pode ser descrito pela medicina de duas formas: a alopecia areata e o eflúvio telógeno (FLVENSON, 2021). O eflúvio telógeno é a causa mais comum de queda capilar ocasionada pelo coronavírus, sendo essa caracterizada por uma queda difusa do cabelo, em contrapartida a alopecia area- ta é a causa menos comum (MIECZKOWSKA et al., 2021). A perda de cabelo ocasionadapelo eflúvio telógeno ocorre 3 meses após o evento causador e é geralmente autolimitada, durando cerca de 6 meses. Uma forma crônica de eflúvio telógeno também existe, quando a duração da queda capilar ultrapassa 6 meses (STARACE et al., 2020). Diante das considerações referidas, o presente estudo pauta-se na revisão literária existente sobre a relação da infecção pelo COVID-19 e a queda de cabelo, buscando se- melhanças e divergências dentre os estudos analisados. MÉTODOS Trata-se de um artigo de revisão integrativa da literatura, que consiste em um método de pesquisa baseado em evidência, na qual o pesquisador reúne, sintetiza e analisa as pu- blicações de um determinado tema com a intenção de solucionar um problema (MENDES et al., 2008). 13 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 O presente artigo tem como norte a revisão sistemática, a qual busca entender, res- ponder e se aprofundar sobre as razões e ligações entre queda capilar ocorrida nas pessoas as quais foram acometidas pelo vírus SARS-CoV-2. Para que esse artigo pudesse ser desenvolvido, foram utilizadas as publicações dispo- níveis relacionadas ao tema nas plataformas Google Scholar, PubMed e Scielo, utilizando como descritores: “Queda capilar”, “Covid-19”, “SARS-CoV-2” e “Coronavírus”, disponíveis durante o período de 12 de março de 2020, quando se foi declarado de fato a pandemia pela OMS, até o presente momento, dia 30 de março de 2022. RESULTADOS E DISCUSSÃO A pandemia da COVID-19 causou uma série de mudanças nos países que foram afe- tados, os quais promoveram medidas de isolamento, restrição da mobilidade, aumento das barreiras sanitárias, entre outras ações na tentativa de frear a transmissão do vírus (DO NASCIMENTO et al., 2022). Essas transformações em escala global tiveram um impacto negativo no psicológico de muitos pacientes, levando à exaustão emocional, aumento da ansiedade, depressão, entre outros distúrbios psiquiátricos (SOUSA et al., 2022). Apesar de ainda não ser totalmente esclarecido o papel da COVID-19 no eflúvio teló- geno pós-infecção, alguns estudos promissores têm mostrado uma relação entre o estado inflamatório causado pelo SARS-Cov-2 e o tempo de vida do fio de cabelo (CASTOR et al., 2022). Além disso, o quadro emocional debilitado dos indivíduos acometidos pelo vírus, em um contexto emergencial de pandemia, também impacta na qualidade e saúde dos fios, o que pode explicar o aumento do número de pacientes que perceberam a queda de cabelo pós-infecção viral nos ambulatórios de dermatologia (STARACE et al., 2020). Para Rivetti e Barruscotti (2020), a liberação de neuropeptídeos específicos, neurotrans- missores e hormônios causados pela infecção do coronavírus ao longo do eixo cérebro-folí- culo piloso pode promover mudanças notáveis no ciclo de vida do fio de cabelo, estimulando a mudança da fase anágena para telógena. Essa queda capilar tem um impacto negativo na autoestima dos indivíduos afetados, principalmente as mulheres. Além disso, alguns autores defendem a relação dos sintomas do coronavírus com a queda capilar, dentre eles; a febre alta e até mesmo o estresse, além da intensificação da queda após o uso de alguns medicamentos (SHARQUIE et al., 2021). Há ainda uma hipótese de uma reação micro trombótica imunomediada nos níveis dos vasos dos folículos pilosos, ou que aconteça uma infecção direta no folículo piloso devido a presença do vírus, dessa forma desencadeando uma inflamação e até mesmo morte celular (RIVETTI et al., 2020). Entretanto, existem indícios pendentes a respeito da existência de um exame histopatológico bem detalhado (SOUSA et al., 2022). 14 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 Dessa forma, observa-se que o processo de coagulação sanguínea devido à resposta à infecção do coronavírus, torna-se responsável pela queda da concentração proteica anti- coagulante em razão da diminuição da produção e do aumento no consumo (FERNANDES et al., 2021). Assim, por esses motivos podem acabar induzindo a formação de microtrom- bos, onde esses podem ocasionar uma obstrução no suprimento sanguíneo do folículo piloso (STARACE et al., 2021). Dessa forma, a queda de cabelo acaba sendo enquadrada como um possível sintoma tardio. Com isso, faz-se necessário pesquisar mais e descrever os mecanismos fisiopatológicos que relacionam a queda de cabelo com o Sars-Cov-2, pois são inúmeras as possibilidades (DO NASCIMENTO et al., 2022). Como tratamento contra o eflúvio telógeno encontra-se o uso do PRP (Plasma Rico em Plaquetas), derivado de sangue autólogo, assim, não existe contraindicação, não há risco de rejeição ou processo alérgico, podendo ser usado antes do início abrupto da queda capilar, para abrandar os picos febris (DE AMORIM et al., 2021). O PRP é constituído por plasma, leucócitos e plaquetas, sendo benéfico em vários quesitos, possui liberação de fatores de crescimento, previne queloides e hipertrófica, gera novos folículos e trata rugas e linhas de expressão (FLVENSON, 2021). O PRP estimula a proliferação de células da camada dermopapilar, ocorrendo o aumento da sobrevivência de células do folículo piloso através de seus efeitos antiapoptóticos possivelmente estimulando o crescimento capilar e ainda prolonga a fase anágena (FERNANDES et al., 2021). Dentre outras recomendações de tratamento, aconselha-se a lavagem frequente do cabelo e massagem do couro cabeludo para que o cabelo caia mais cedo ou mais tarde, sendo eliminado e ocorrendo sua recuperação (MOHSENI AFSHAR et al., 2021). Nesse contexto, é essencial que o PRP (Plasma Rico em Plaquetas) deva ser iniciado o mais rápido possível após o COVID-19, uma vez que tem a função de estimular a proliferação das células da papila dérmica, aumentando assim a sobrevivência das células foliculares por meio de seus efeitos antiapoptóticos, potencialmente estimulando o crescimento capilar e ainda prolongando a fase anágena (SOUSA et al., 2022). O PDGF induz a proliferação de células-tronco no bulbo do folículo, e o TGF-β estimula as células da papila dérmica, o que evita maiores danos ao paciente no eflúvio telógeno, principalmente devido aos diversos fatores de crescimento contidos no PRP (SHARQUIE et al., 2021). CONCLUSÃO Temos noção do quão grande foi o impacto do vírus SARS-CoV-2 nas vidas das pessoas, tendo impactado de diversas formas o nosso cotidiano. Se todos os impactos já não fossem o bastante, a parte estética também foi duramente comprometida. O efeito telógeno gerado nos pacientes após terem contraído o vírus SARS-CoV-2 é um quadro 15 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 autolimitado e temporário, sendo possível ser amenizado com a utilização do PRP (Plasma Rico em Plaquetas). Nesse contexto, o uso do PRP permite que seja injetado fatores de crescimento que ajudam na criação do folículo piloso, de tal forma promovendo o aumento da vasculariza- ção local e consequentemente aumentando a nutrição e o crescimento dos fios capilares. Contudo, apesar de o PRP já ter demonstrado sua efetividade na queda capilar pós-covid, mais estudos sobre o tema precisão ser realizados, por se tratar de um vírus novo e com muitas perguntas para ainda serem respondidas. REFERÊNCIAS 1. CASTOR, Pollyana Cristina Queiroz de MACEDO et al. Eflúvio Telógeno Agudo e Alopecia Areata Associada a COVID-19. BWS Journal, v. 5, p. 1-9, 2022. 2. CIOTTI, Marco et al. The COVID-19 pandemic. Critical reviews in clinical laboratory sciences, v. 57, n. 6, p. 365-388, 2020. 3. DE CARVALHO, Clecilene Gomes. Biomedicina estética e as contribuições do tra- tamento contra queda capilar com plasma rico em plaquetaspós covid-19. 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American journal of clinical dermatology, v. 21, n. 1, p. 69-84, 2020. 02 '10.37885/220609111 02 O impacto ocasionado na qualidade de vida dos portadores de melasma: uma revisão bibliográfica Isabel Beatriz Dantas da Costa Centro Universitário São Lucas - UNISL Izabella Gurgel do Amaral Pini Rocha Centro Universitário São Lucas - UNISL Adalberto Pascelli Medeiros Araújo Centro Universitário São Lucas - UNISL Cleber Queiroz Leite Centro Universitário São Lucas - UNISL Brian França dos Santos Universidade Iguaçu - UNIG RESUMO Os distúrbios pigmentares possuem um impacto significativo e negativo na qualidade de vida de seus portadores. Além disso, entre esses distúrbios a incidência de melasma é bastante alta. Contudo, o melasma nada mais é do que uma hipermelanose cutânea crônica adquirida, caracterizada por máculas marrons irregulares e distribuídas simetricamente em áreas do corpo expostas ao sol, principalmente na face. Sendo essa, uma causa comum da procura por cuidados dermatológicos, que atinge principalmente as mulheres. Dessa forma, os tratamentos incluem laseres, agentes hipopigmentantes tópicos, peelings químicos entre outros. Tudo isso como estratégias para melhorar a aparência e a qualidade de vida dos indivíduos que a possuem. Palavras-chave: Melasma, Hiperpigmentação, Transtornos da Pigmentação, Qualidade de Vida. 19 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 INTRODUÇÃO O melasma é uma alteração comum caracterizada por pigmentação marrom, marrom escuro a cinza, mais comumente em região de face e, às vezes, em áreas extrafaciais, como o antebraço (SARMA et al., 2017). Embora nenhum envolvimento sistêmico seja conhecido por essa condição, ela acaba conferindo um estresse psicológico significativo ao indivíduo afetado (MENEGUIN et al., 2022). Isso se deve devido o comprometimento da aparência ao acabar se manifestando em locais de grande visibilidade, podendo assim, afetar a au- toimagem, a autoestima da pessoa acometida e ainda contribuir para o desenvolvimento de sentimentos negativos (DESHPANDE et al., 2018). De etiologia não esclarecida, acredita-se que o Melasma tenha alguns fatores impor- tantes na sua patogênese como: genética, influência hormonal, idade fértil, exposição à luz UV ou residência em regiões com radiação solar intensa (ABDALLA, 2021). Sabe-se que a radiação UV estimula os melanócitos e aumenta as citocinas como o hormônio α-estimulador de melanócitos com sobre-expressão na pele afetada por melasma (SUPARISI et al., 2021). O elevado índice de miscigenação pertencente no Brasil e também devido ao seu clima que é predominantemente tropical, esses fatores acabam favorecendo ao desenvolvimento de melasma no país (PANDA et al., 2015). Contudo, quando considera-se as diversas re- giões do Brasil, bem como a sua composição étnica, os estudos apontam que 15% a 35% das mulheres adultas no Brasil sejam acometidas pela doença (KAMAL et al., 2021). As mulheres são mais comumente afetadas e são as que mais procuram tratamento (MARTINS et al., 2015). Contudo, sabe-se que várias condições agravantes e precipitantes estão relacionadas, mas nenhuma foi comprovada (SARKAR et al., 2014). Fatores hormo- nais, gravidez, pílulas anticoncepcionais orais são frequentemente relatados como intima- mente associados, e a exposição ao sol, como toda pigmentação, agrava a intensidade da pigmentação (KIM et al., 2016). O melasma pode acontecer em todos os fototipos de pele, mas alguns estudos mostram uma ocorrência maior em fenótipos com pigmentação maior, fototipo IV–VI de acordo com Fitzpatrick, como os indianos, asiáticos, hispano-americanos, árabes e brasileiros, áreas onde tem maior incidência de radiação solar (MARTINS et al., 2015). Com isso, tende a se apresentar em pacientes entre 20 e 40 anos, embora menos comum, os homens represen- tam 10 por cento dos casos e geralmente apresentam uma distribuição de padrão malar (HUERTH et al., 2019). As lesões costumam se apresentar como máculas irregulares de cor acastanhada, que atingem predominante a região facial, malar, supralabial, mento e região mandibular de maneira bilateral e simétrica. Essas também podem acometer outras áreas expostas como tórax e membros superiores (KWON et al., 2019). Essas máculas são observadas com três 20 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 padrões distintos: Centro facial, Malar, Mandibular. A distribuição centro facial é a mais co- mum, embora seja frequente encontrar padrões misto (KIM et al., 2016). Devido à sua complexidade e localização, o melasma causa impacto deletério na qua- lidade de vida relacionada à saúde (QVRS) (MCKESEY et al., 2020). Estudos mostraram que pacientes com melasma relataram baixa autoestima, eram mais autoconscientes, evita- vam atividades ao ar livre e experimentavam frustração com tratamentos caros e ineficazes (KAMAL et al., 2021). Partindo dessa premissa, o presente estudo tem como objetivo revisar através da literatura sobre o melasma e quais os impactos que são ocasionadosna qualidade de vida de seus portadores. MÉTODOS A pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica sobre o melasma e quais os impactos que são ocasionados na qualidade de vida de seus portadores. Foi realizado um levantamento sistemático abordando o tema na base de dados Scielo, Pubmed, Google Acadêmico. A busca dos artigos se deu através dos descritores “Melasma”, “Hiperpigmentação”; “Transtornos da pigmentação” e “Qualidade de vida”. Dentre os critérios de inclusão estão artigos nos idiomas inglês, português e espanhol que apresentavam texto completo e gratuito dentre os ano de 2015 a 2022. Já em relação aos critérios de exclusão, foram excluídos artigos que após a leitura dos resumos, não corro- boravam com a proposta apresentada por este, e os que se apresentavam foram do período temporal selecionado. Sendo assim, selecionou-se 17 artigos para compor a criação deste. RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo Passeron et al. (2018), o Melasma é “uma doença de fotoenvelhecimento da pele que afeta indivíduos geneticamente predispostos”. Nesse contexto, o desenvol- vimento de tal quadro dermatológico deve-se, principalmente, a fatores como genética, gravidez, exposição à luz solar. O Melasma, é predominante em áreas específicas da face como malar, testa e lábios superiores mesmo que o rosto como um todo seja exposto à luz UV (ABDALLA, 2021). Este fato é evidenciado em decorrência do excesso de glândulas sebáceas nesses locais, visto foi observado uma maior produção de melanina pelos melanócitos em regiões ricas em sebócitos (SARKAR et al., 2020). Podendo acometer todas as raças e ambos os sexos, porém, sua maior prevalência permanece em indivíduos orientais e hispânicos 21 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 os quais habitam regiões tropicais, e principalmente mulheres adultas em idade fértil (SUPASIRI et al., 2021). A fisiopatologia do quadro, ainda permanece pouco elucidada, porém, sabe-se que o melasma se constitui como um distúrbio do fotoenvelhecimento da pele (PASSERON et al., 2018). Nesse contexto, fatores como elastase solar, alteração da membrana basal (MB), aumento da vascularização e aumento da contagem de mastócitos, influenciam no apare- cimento de hipermelanoses (KWON et al., 2019). O processo de gestação produz intensas modificações no corpo materno incluindo os aspectos dermatológicos. Assim, a pele apresenta-se mais susceptível a ocorrência de mu- danças patológicas, como o Melasma. Assim, cerca de 70% das gestantes apresentam tal quadro patológico que é autolimitado, porém pode apresentar reincidia (PANDA et al., 2015). O melasma é uma doença dermatológica crônica que acaba impactando significa- tivamente os aspectos psicológicos e emocionais de seus portadores, afetando assim a qualidade de vida do indivíduo acometido (MARTINS et al., 2015). Além disso, nota-se que doenças dermatológicas visíveis, acabam sendo associadas a maiores morbidades psiquiá- tricas (ESPÓSITO et al., 2021). Isso corrobora aos estudos de Zhu et al. (2022), os quais relatam que pacientes com melasma facial, frequentemente acabam relatando sentimentos de frustração, vergonha, baixa autoestima, ansiedade e depressão. Os estudos de Meneguin et al (2022) mostram que a qualidade de vida dos pacientes com melasma, estão correlacionados com a gravidade desse melasma, sendo que os aspecto mais perturbadores para esses pacientes são, a aparecia, frustração e o constrangimento. Nesse sentido, o melasma acaba influenciando negativamente o bem-estar emocional, a vida social e a recreação e lazer, o que, por sua vez, reduz a qualidade de vida dos pacientes (ZHU et al., 2022). Os estudos realizados por Pollo et al. (2018) mostram exatamente o que foi relatado em estudos anteriores citados, que o melasma acaba causando confusão, frustração, cons- trangimento e perda de confiança entre os pacientes, e que além disso, faz com que se esses portadores se sintam pouco atraentes,o que com isso acaba afetando também seus relacionamentos. Contudo, nota-se que as características afetadas na qualidade de vida das pessoas com melasma, variam devido as diferentes regiões e populações (KWON et al., 2019). Estudos mostram que o único fator que deu um resultado consistente é que os pacientes que haviam sido tratados anteriormente para melasma relatam uma melhor qualidade de vida em relação aqueles que nunca haviam sido tratados (ZHU et al., 2022). Isso pode ocorrer porque o melasma afeta seriamente a qualidade de vida, levando os pacientes a procurarem tratamento médico (DOS SANTOS et al., 2021). 22 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 Partindo dessa premissa, o tratamento do processo de hipermelanose baseia-se no clareamento nas máculas hipercrômicas e no retardo do processo de fotoenvelhecimento (MARTINS et al., 2015). Assim, o padrão ouro para a escolha do processo terapêutico é a fórmula de Kligman que se constitui como uma mistura de corticóides ácido retinóico e hi- droquinona os quais agem reduzindo fatores de crescimento dos fibroblastos, além de inibir o fotoenvelhecimento (PASSERON et al., 2018). A eficácia e segurança de procedimentos complementares como peelings químicos, dermoabrasão, microagulhamento e lasers tem sido abordada em muitos estudos e demons- trado bons resultados (KWON, et al. 2019). Podem ser utilizados após o início da terapia tópica, durante a fase de manutenção, ou como adjuvante para indivíduos que desenvolvem sensibilidade com monoterapia ou apresentam resposta refratária ao esquema tópico pro- posto (PASSERON et al., 2018). CONCLUSÃO O melasma é uma condição que, apesar de acometer significativa parcela da popu- lação, ainda não possui causa estabelecida, apesar de estudos mostrarem que relaciona- -se a diversos fatores, como exposição solar, predisposição genética, idade e alterações hormonais. Contudo, é doença que, apesar de não trazer consequências fisiopatológicas graves, por acometer principalmente na região facial, atinge significativamente a autoestima e influenciando negativamente o bem-estar emocional, a vida social e a recreação e lazer, o que, por sua vez, acaba reduzindo a qualidade de vida dos indivíduos que a possuem. Fazendo ainda com que esses indivíduos se sintam poucos atraentes, que com isso acaba afetando até mesmo os seus relacionamentos. REFERÊNCIAS 1. ABDALLA, Mohammad Ahmad. Melasma Clinical Features, Diagnosis, Epidemiology and Etiology: An Update Review. Siriraj Medical Journal, v. 73, n. 12, p. 841-850, 2021. 2. DESHPANDE, Sharmishtha Shailesh et al. 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É caracterizada por períodos de remissão e exacerbação com a presença de lesões em placas de coloração rósea ou avermelhada, recobertas por escamas esbranqui- çadas. Sendo encontrada em homens e mulheres independente de sua faixa etária. Além disso, possui etiologia complexa envolvendo fatores genéticos, imunológicos e ambien- tais. A Psoríase apresenta grande impacto na qualidade de vida de seus portadores, uma vez que possui influência física e psicológica sobre eles. Desse modo, observa-se um maior número de complicações psiquiátricas como ansiedade e depressão nesses pacientes, fator que contribui para piora do curso da doença. No que diz respeito ao seu tratamento, ele tem como objetivo o aumento do período de remissão da doença uma vez que não possui cura. Sendo assim, além da necessidade do cuidado psicológico do paciente, o tratamento escolhido leva em conta a classificação da psoríase em leve, moderada ou grave, podendo ser usada desde medicações tópicas como injetáveis. Palavras-chave: Psoríase, Terapêutica da Psoríase, Complicações da Psoríase. 26 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 INTRODUÇÃO A psoríase é uma doença autoimune com componente inflamatório crônico que acomete, principalmente a pele, podendo comprometer outros órgãos. Essa doença, tem prevalência de cerca de 3% na população mundial, a qual pode ser acometida em qualquer faixa etária, porém apresentando pico de incidência entre os 20 e 30 anos e após os 50 anos. Ademais, sua distribuição entre os gêneros é semelhante (ELMETS et al., 2021). Sua etiologia ainda não é bem elucidada, porém sabe-se que tem a influência de fatores emocionais, como: estresse; ambientais, como: trauma cutâneo, infecções, clima frio, dentre outras; e genéticos, como: genePSORS 1 (SANCHES, 2010). Essa doença é caracterizada pela hiperproliferação dos queratinócitos, inflamação e neovascularização. Sua patogênese é de evolução cíclica, gerando uma clínica diversa que pode variar de acordo com a forma de psoríase do paciente (RODRIGUES & TEXEIRA, 2009). Dentre as formas mais comuns dessa enfermidade, temos: forma vulgar, forma invertida, forma gutata, forma eritrodérmica, forma pustulosa e forma ungueal (SANCHES, 2010). A forma mais comum de psoríase, a qual acomete 90% dos pacientes é a vulgar que se manifesta por placas eritematosas bem delimitadas com escamas branco-pratea- das na topografia, principalmente, de cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região dorsal (TORRES et al., 2021). A psoríase pode complicar com lesões além da pele, como por exemplo a artrite pso- riásica, a qual gera lesões limitantes e incapacitantes ao paciente. Ademais, sabe-se que indivíduos portadores de psoríase têm risco potencialmente aumentado para desenvolver doenças cardiovasculares, como Infarto Agudo do miocárdio e Acidente vascular cerebral (RODRIGUES & TEXEIRA, 2009). Nesse sentido, o objetivo desse estudo é explorar acerca das complicações, as quais a psoríase pode agravar ao paciente e as terapêuticas empre- gadas atualmente para o controle dessa doença. MÉTODOS Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada no mês de maio de 2022. As bases de dados selecionadas foram: PubMed e Scielo. Foram utilizados os se- guintes descritores para busca: Psoríase; Terapêutica da psoríase; Complicações da psoríase. Os critérios de inclusão foram: artigos com texto completo, gratuito e nos idiomas por- tuguês e inglês, e estudos realizados nos últimos seis anos. Os critérios de exclusão foram os seguintes: artigos que não abordavam a temática proposta, que se repetiam nas bases de dados selecionados, fora do período estipulado e artigos pertencentes a outros idiomas que não o português e o inglês. Sendo assim, selecionou-se 15 artigos para compor esse estudo. 27 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 RESULTADOS E DISCUSSÃO A psoríase pode ocorrer em qualquer idade, tendo início na terceira e quarta década de vida (ELMETS et al., 2021). Contudo, os estudos de Machado et al (2019) apontam a ocorrência da doença até os 20 a 30 anos e após os 50 anos, atingindo ambos os sexos de forma semelhante. A psoríase é uma doença incapacitante em virtude das lesões cutâ- neas que dificulta a inserção social e pela forma articular que configura a artrite psoríaca (RODRIGUES et al., 2021). Além disso, os estudos de Simionescu et al. (2021) trouxeram que a predisposição genética acaba sendo um fator de grande relevância para a psoría- se, visto que essa herança poligênica possui um risco de 10 vezes maiores em parentes de primeiro grau. As lesões na forma de placa eritematosa são simétricas podendo estar localizadas no joelhos, cotovelos e couro cabeludo (RODRIGUES et al., 2021), mas de acordo com Rua et al. (2021), também podem acometer as faces extensoras dos membros, tronco, unhas e articulações, sendo que a psoríase crônica em placas é a forma frequente estando entre 75 a 90%,e a descamação o principal sintoma sinal relatado em 92% dos casos, conforme Aguiar et al. (2015). Há diversas doenças associadas a psoríase, podendo se destacar o alcoolismo, de- pressão, ansiedade, hipertensão arterial, artrite reumatoide, diabetes mellitus, obesida- de, colite e síndrome plurimetabólica. Contudo, destaca-se também que pacientes aco- metidos com psoríase possuem um risco de desenvolver câncer de pele não melanoma (FUXENCH et al., 2016). A psoríase costuma ser recidivante, e observa-se que os fatores desencadeantes podem ser infecções por estreptococo e HIV, o clima frio, o estresse, drogas como os bloqueadores adrenérgicos, antimaláricos, lítio, inibidores da enzima conversora de angiotensina, interfero- na alfa, corticosteroides sistêmicos e anti-inflamatórios entre outros (SBIDIAN et al., 2020). Nesse contexto, devido às características da psoríase, os pacientes precisam geren- ciar seus sintomas continuamente, controlando os fatores de exacerbação ao longo da vida (RODRIGUES et al., 2021). As recidivas frequentes e o prognóstico imprevisível da doença, dificultam a previsão e aumentam a incerteza (FUXENCH et al., 2016). Dessa forma, as emoções negativas vividas por esses pacientes, podem se tornar um fator de exacerbação, causando ainda mais o agravamento periódico dos sintomas (SBIDIAN et al., 2020). Os estudos de Park et al. (2021) mostraram que o aumento da incerteza pode inten- sificar e leva alguns pacientes a quadros depressivos, tudo isso com base nessa incerteza do prognóstico e o tratamento. Sendo assim, esses pacientes podem acabar vivenciando emoções negativas e consequentemente ameaçando a sua qualidade de vida. Em contra- partida, os estudos de Diabonaventura et al. (2018) relataram que pacientes com psoríase 28 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 acabam experimentando desconforto físico, funcionamento emocional prejudicado, imagem corporal negativa e deficiências nas atividades diárias. A saúde mental e a qualidade de vida dos pacientes com psoríase podem ser influencia- das negativamente pela visão de escamas de rápida proliferação e lesões cutâneas (SBIDIAN et al., 2020). Além disso, eles podem ter dificuldades em controlar o estresse, beber, fumar e obesidade (EGEBERG et al., 2016). Corroborando a isso, os estudos de Park et al. (2021), traz que a psoríase pode causar estresse severo em pacientes. Quanto maior estresse e a incerteza, maior a depressão e pior a qualidade de vida desses pacientes. O diagnóstico da psoríase é clínico, a partir da análise das lesões e sua distribuição to- pográfica. Além disso, essa enfermidade tem como diagnóstico diferencial algumas doenças, como: eczema numular, pitiríase rósea de Gilbert, sífilis e LES (DE OLIVEIRA BOTELHO et al., 2022). O tratamento da psoríase objetiva o controle clínico da doença, visto que não há cura para a mesma e depende da forma, a qual, a psoríase se apresenta. Dentre as opções terapêuticas, temos: corticoides tópicos, análogos de vitamina D, Fototerapia com UVB, metotrexato, imunobiológicos, dentre outros (ELMETS et al., 2021). Na abordagem terapêutica, Teixeira et al. (2018) destaca a importância na mudanças de estilo de vida, tais como a interrupção de ingestão de bebidas alcoólicas, tabagismo e diminuição do estresse físico e emocional, por reconhecer tais fatores como exacerbadores da patologia, visando assim melhora na qualidade de vida desses pacientes e diminuição do número de recorrência da psoríase. No tratamento da psoríase, a hidratação da pele com emolientes nas lesões ajudam no controle das descamações e surgimento de fissuras, utilizados em conjunto com outras drogas (DE OLIVEIRA BOTELHO et al., 2022). O uso de corticosteróides fazem com que diminua a espessura do estrato córneo e granuloso da epiderme até as cutâneas mais basais, pois declinam a taxa mitótica das cé- lulas deste tecido, eles podem inclusive inibir produção de colágeno e glicosaminoglicanos pelos fibroblastos (FUXENCH et al., 2016). O uso dos corticoides em grandes áreas de pele e por período arrastado podem trazer efeitos sistêmicos, um destes é a supressão do eixo hipotálamo-hipófise-supra renal que leva a síndrome de Cushing, sendo raro acontecer e necessitando de uso prologando, já que os efeitos secundários mais frequentes são atrofia cutânea, púrpura, formação de estrias e telangiectasia (DE DIABONAVENTURA et al., 2018). Teixeira et al. (2018) postulou que o uso de retinóides nesta patologia colabora com a normalização da proliferação celular e diminuiria a inflamação. Esta substância tem poder de reverter a atrofia cutânea causada pelos corticosteroides, por isso é recomendado a junção de corticoides com os retinóides (YANG et al., 2021). Como fármaco mais seguro para tratamento da psoríase em formas leves e mode- radas têm-se os análogos sintéticos da vitamina D (SBIDIAN et al., 2020). O calcipotriol é 29 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 um princípio usado associado ao fármaco análago da vitamina D3 com os corticosteroides (FUXENCH et al., 2016). Seu uso em zonas vulneráveis da epiderme pode levar ao surgimen- to da irritação, gerando toxicidade se o uso for maior que 120g/semana, o que pode resultar em hipercalcemia (EGEBERG et al., 2016). É importante fazer o acompanhamento renal dos pacientes que fazem uso desta medicação, pois os pacientes renais que fazem uso exage- rado da medicação podem ter complicações renais (DE DIABONAVENTURA et al., 2018). Um importante aliado ao tratamento da psoríase é a exposição à radiação ultravioleta (radiações UVA ou UVB) por seu efeito anti-proliferativo, anti-inflamatório e imunomodu- lador, havendo diversos relatos de pacientes sobre seus benefícios em atenuar as lesões psoriáticas (ELMETES et al., 2021). Em casos de resistências ao tratamento tópico ou lesões de grandes extensões e espalhadas pelo corpo é iniciado terapia sistêmica, que tem como finalidade fazer com que a substância atinja locais distintos no organismo, não só os da lesões (YANG et al., 2021). Os fármacos mais utilizados segundo Rodrigues et al. (2021) são os metotrexato, a closporina e a acitretina, também podem ser administrados corticosteroides nestas terapia. CONCLUSÃO Através das informações coletadas, obtidas através da leitura de materiais científicos publicados nos últimos seis anos, pode-se observar que a psoríase é uma patologia que possui etiologia complexa que pode envolver diversas incógnitas como: fatores genéticos e emocionais. Contudo, observou-se também nesse estudo que fatores como estresse, ansiedade e até mesmo a incerteza sobre o prognóstico e tratamento, está intimamente re- lacionado a fatores negativos que podem influenciar diretamente a qualidade de vida desses pacientes que possuem psoríase. Portanto, é de suma importância considerar as percepções do paciente sobre a sua doença e tentar buscar através das abordagens terapêuticas uma melhor solução para cada caso individualizado, com o intuito ajudar na doença, bem como na qualidade de vida de seus portadores. REFERÊNCIAS 1. AGUIAR, Larissa Aparecida Rodrigues; DE CHRISTO, Daniel. Psoríase relacionada a marcadores autoimunes: Um estudo de caso. 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Joint AAD–NPF Guidelines of care for the management and treatment of psoriasis with topical therapy and alternative medicine modalities for psoriasis severity measures. Journal of the American Academy of Dermatology, v. 84, n. 2, p. 432-470, 2021. 6. FUXENCH, Zelma C. Chiesa et al. The risk of cancer in patients with psoriasis: a population-based cohort study in the health improvement network. JAMA derma- tology, v. 152, n. 3, p. 282-290, 2016. 7. MACHADO, Eleuza Rodrigues et al. Psoríase: uma revisão sistemática da literatu- ra. Revista de Iniciação Científica e Extensão, v. 2, n. Esp. 1, p. 52-52, 2019. 8. PARK, So Young; KIM, Kon Hee. What Factors Influence on Dermatology-Related Life Quality of Psoriasis Patients in South Korea?. International Journal of Environ- mental Research and Public Health, v. 18, n. 7, p. 3624, 2021. 9. RUA, Mariana Olympio et al. Influências da depressão na psoríase: uma relação bidirecional. 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Abordagem do Doente com Psoríase pela Medicina Geral e Familiar: Algoritmo de Referenciação e Gestão Partilhada com a Dermatologia Management of Psoriasis by Family Physicians: Referral Algorithm and Shared Mana- gement with Dermatology. Acta Medica Portuguesa, v. 34, n. 10, 2021. 15. YANG, Eric J.; LIPNER, Shari R. Topical Therapy I: Corticosteroids and Vitamin D Analogues. In: Advances in Psoriasis. Springer, Cham, 2021. p. 39-49. 04 '10.37885/220509030 04 Exposição ao sol e envelhecimento cutâneo Karen Olinto de Araújo Negreiros Centro Universitário São Lucas - UNISL Laís Ohana Mendes Nunes Carvalho Centro Universitário São Lucas - UNISL Verônica Arruda Barreto Souza Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA Renata Figueiredo dos Santos Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA Ana Maria Romani Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA Byanca Rodrigues Alves Batista Centro Universitário São Lucas - UNISL Bruna Milani Centro Universitário Aparício Carvalho - FIMCA Cleber Queiroz Leite Centro Universitário São Lucas - UNISL Brian França dos Santos Universidade Iguaçu - UNIG RESUMO Dentre os estressores oxidativos, tanto extrínsecos como intrínsecos ao organismo, que favorecem a degeneração cutânea, a exposição aos raios solares é o fator de maior rele- vância, uma vez que possui efeito catalítico no processo de envelhecimento cronológico. Além disso, o fator climático, geográfico, epidemiológico do Brasil e o aumento da expecta- tiva de vida, torna o fotoenvelhecimento um assunto de elevada demanda nos consultórios de dermatologia e por isso de extrema importância no meio médico. Desse modo, torna-se necessário elucidar o mecanismo de ação dos raios solares no processo de envelhecimento precoce, discutir e propor maneiras de preveni-lo e tratá-lo bem como esclarecer as demais consequências causadas pela exposição inadequada à radiação ultravioleta. Palavras-chave: Envelhecimento, Pele, Antioxidantes, Fator de Proteção. 33 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 INTRODUÇÃO A pele é o maior órgão do corpo humano, e possui função de intermediar o meio interno do organismo com o meio externo social, a qual impacta diretamente as relações sociais, bem como o comportamento dos indivíduos, com influência da “indústria da beleza” e da necessidade sociológica de retardar o processo biológico de envelhecimento, caracterizado pela diminuição e desestruturação do colágeno, das fibras elásticas e do ácido hialurônico; nesse sentido, podendo ser considerada um espelho do tempo particular do ser humano que é constantemente modificado (CARVALHO et al., 2016). De acordo com Bernardo, Santos e Silva (2019), o envelhecimento cutâneo é uma manifestação de fenômenos fisiológicos nos quais são desencadeados natural e progres- sivamente conforme o avanço da idade do ser humano, ocorrendo alterações em todas as camadas da pele. Ademais, é sabido que fatores externos podem influenciar e acelerar esse processo denominado envelhecimento extrínseco ou fotoenvelhecimento; dentre eles, a luz solar – analisada no presente trabalho – na qual, inclusive, é o principal agente causador do câncer de pele (TRESOLDI et al., 2019). Dentre os fatores fundamentais responsáveis pelo fotoenvelhecimento, através pe- netração da radiação ultravioleta A (RUVA), especificamente, no tecido cutâneo, estão a geração de espécies reativas de oxigênio (reactive oxygen species: ROS) e a mutação do DNA mitocondrial (ZAGO; FRANZINI, 2021). O primeiro atua induzindo indiretamente meta- loproteinases da matriz (MMP), as quais são responsáveis pela degradação da matriz extra- celular (MEC); enquanto o segundo acontece por meio da deleção de um gene específico, encontrado com maior frequência em tecidos envelhecidos (MONTAGNER; COSTA, 2009). Consequentemente, esses fatores desencadeiam alterações histológicas significativas que, por sua vez, refletem no aspecto da pele (DE FREITAS et al, 2020). Entre elas a redu- ção do número de melanócitos e de células de Langerhans, a resistência à apoptose dos queratinócitos e a diminuição da densidade da camada espinhosa, bem como o achatamento da junção dermoepidérmica, na epiderme (MONTAGNER; COSTA, 2009). Assim, com o intuito de controlar a exposição ao sol cotidianamente, o estudo de Saric-Bosanac et al. (2019) demonstra, através de métodos práticos, a eficácia da sombra provocada por diferentes meios quando comparada à radiação solar direta, entretanto re- força a necessidade do uso de protetores solares, chapéus ou bonés, roupas protetoras e óculos de sol; posto que a sombra não reduz a exposição solar totalmente podendo, ainda assim, causar danos à pele. Desse modo, analisa-se a importância dos cuidados diretos à pele independente da forma de penetração dos raios solares, e como a RUVA pode ser evitada para impedir o envelhecimento cutâneo precoce, ou até mesmo lesões importantes à pele (ZYCHAR et al., 2015). 34 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo revisar através da literatura sobre o mecanismo de ação dos raios solares no processo de envelhecimento precoce, bem como, esclarecer as demais consequências causadas pela exposição inadequada à radiação ultravioleta. MÉTODOS Para este referido estudo, foi utilizada uma revisão integrativa da literatura de caráter descritivo e exploratório, baseada em periódicos achados em ferramentas on-line de busca de artigos científicos em português e inglês, como: Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Google Scholar e MedScape, no intervalo de 2009a 2022. Predominantemente, as biblio- grafias foram produzidas na última década e houve descarte daquelas incompletas, das que não fomentaram no conteúdo do estudo e das literaturas replicadas. Foram elencadas e analisadas as publicações acerca do tema, com intuito de elucidar o mecanismo de ação dos raios solares no processo de envelhecimento precoce, bem como, esclarecer as demais consequências ocasionadas pela exposição inadequada à radiação ultravioleta. Na escolha da literatura consideramos os seguintes descritores vigentes na língua portuguesa, inglesa e espanhola: envelhecimento, pele, antioxidantes, fator de proteção solar. Por efeito da leitura das publicações citadas, análise e associação, as produções cien- tíficas foram escolhidas de forma criteriosa para elaborar o trabalho mediante uma leitura informativa. Dessa forma, selecionou se 11 artigos para compor na elaboração deste. RESULTADOS E DISCUSSÕES O envelhecimento é algo natural do organismo humano e que tem início desde o nas- cimento (DOS SANTOS et al., 2020). Mas, como esclarecido, com o passar dos anos as agressões promovidas pelo ambiente externo podem ocasionar alterações e trazer novas marcas no corpo (REBELO et al., 2018). O envelhecimento extrínseco provém de causas ambientais, como poluição, tabagismo, álcool, e, principalmente, radiação UV (BREDA et al., 2022). Os raios solares são responsáveis por alterar a citologia da pele em vários aspec- tos, como, degradar colágeno, lesar o DNA nuclear e mitocondrial e ativar vias metabólicas anormais, corroborando para o desenvolvimento de processos inflamatórios (RIBEIRO; ANDRADE; GRIGNOLI, 2015). Partindo dessa premissa, a indústria vem evoluindo e os procedimentos estéticos aca- bam corroboram com a prevenção e correção dos sinais precoces (GOTADO et al., 2022). Dessa forma, atualmente podemos fazer uso de equipamentos eletrônicos, emissores de 35 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 radiofrequência, peelings químicos, microdermoabrasão, fármacos, cremes e outros como até mesmo a medicina alternativa da acupuntura. (FAGNANI et al., 2014). É de conhecimento científico que a influência genética está presente no envelhecimento cutâneo, mas fatores fisiológicos, morfológicos e bioquímicos são também contribuintes dessa realidade (DOS SANTOS et al., 2020). Sendo assim, dentre tantas causas que promovem essas alterações é preciso ficar atento à exposição da radiação ultravioleta (UV), por se tra- tar de um fator ambiental pioneiro no precoce envelhecimento da pele, promovendo assim o surgimento de alterações na pigmentação da pele e na textura cutânea (ZYCHAR et al., 2015). Contudo essas alterações mais aparentes, ou seja, mais evidentes são na região do rosto, pescoço e das mãos, partes essas que estão expostas ao ambiente externo por mais tempo. (FAGNANI et al., 2014). Diante das informações obtidas na literatura, sugere-se que, a fim de evitar o fotoen- velhecimento, mais de uma medida de proteção à exposição solar seja utilizada. Visto que, somente a sombra não é capaz de bloquear a incidência de raios UV completamente (SARIC-BOSANAC et al., 2019). Dessa forma, é importante a utilização do filtro solar, com o intuito de diminuir os efeitos ocasionados pelas radiações UV, reduzindo assim, por meio do espalhamento e absorção, a entrada dessas radiações nas regiões que são aplicado o filtro (GOMES et al., 2021). Nesse contexto, o essencial é que o filtro possua inércia química, com fotoquímica e também térmica, que não possua sensibilizante, tóxico, irritante ou que seja volátil. Contudo, que esse filtro também não seja absorvido pela pele, não sofra alteração colorimétrica e nem cause manchas na pele ou nas roupas (RIBEIRO et al., 2015). As radiações ultravioletas tanto A, quanto a B, são partes essenciais na luz solar e que ocasionam um estresse oxidativo nas células cutâneas por comunicação com os cromóforos intracelulares e fotossensibilizadores. Gerando assim, em danos genéticos e na ativação de sinais relacionados ao crescimento, replicação, senescência e na degradação do tecido conjuntivo (FAGNANI et al., 2014). Desse modo, a ligação de um filtro UVB com um UVA, por exemplo, acaba permitindo uma maior proteção à pele (RIBEIRO et al., 2015). Diante dessa perspectiva, a qualidade de um fotoprotetor está diretamente relacio- nada com seu fator de proteção solar (FPS) e suas propriedades físico-químicas. O FPS compara o tempo necessário para os raios UV provocarem uma reação eritematosa mínima na pele com o uso do filtro solar quando comparada à pele desprotegida (KERBER et al., 2020). O resultado, portanto, está relacionado ao tempo em minutos. Assim, nota-se que o uso de fotoprotetores transpassa a necessidade estética e alinha-se com a promoção da saúde do homem, pois os danos citados anteriormente estão ligados a uma série de pato- logias da pele, como desenvolvimento de carcinoma e melanoma (SEVERINO et al., 2018). 36 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 Por fim, quanto ao uso adequado dos filtros solares, recomenda-se que para cada parte do corpo seja utilizada uma quantidade adequada de protetor, conhecida como “regra da colher de chá” (SANTOS et al., 2018). Assim, para o rosto, cabeça e pescoço, utiliza-se uma colher de chá de protetor; braços e antebraços, uma colher de chá de protetor; coxas e pernas, duas colheres de chá de protetor; e parte anterior e posterior de tronco, duas colheres de chá de protetor (LOPES, 2014). Ainda, recomenda-se que o fotoprotetor seja aplicado de 20 a 30 minutos antes da exposição aos raios solares (SEVERINO et al., 2018). CONCLUSÃO Levando-se em consideração esses aspectos, o grande problema da exposição ao sol é que seus danos são cumulativos. Além disso, devido às pessoas não se prevenirem de forma adequada, a radiação ultravioleta tem acarretado em danos permanentes à pele. Dessa forma, ao analisar o estudo é notório o quanto os fatores extrínsecos influenciam para um envelhecimento precoce, sendo possível descrever que a necessidade de um método de barreira é imprescindível, sobretudo no Brasil, visto que é um país tropical, o que leva a entender que essa radiação UV não pode ser evitada. Assim, sabe-se que envelhecer é indispensável à vida, mas há uma alternativa para o envelhecimento saudável, no qual reduz lesões importantes à pele. Logo, vê-se que o envelhecimento cutâneo é um processo fisiológico, no entanto é possível obter cuidados para reduzir essa exposição aos raios so- lares e diminuir as alterações histológicas, que por sua vez, refletem na expressão cutânea. REFERÊNCIAS 1. CARVALHO, A. et al. Envelhecimento cutâneo induzido pelo tabagismo. Atas de Ciências da Saúde, v. 3, n. 3, 2016. 2. BERNARDO, Ana Flávia Cunha; SANTOS, Kamila dos; SILVA, Débora Parreiras da. Pele: alterações anatômicas e fisiológicas do nascimento à maturidade. Revista Saúde em foco, v. 1, n. 11, p. 1221-33, 2019. 3. DE FREITAS, Lorran Miranda Andrade et al. Antioxidantes como forma de prevenção contra a ação dos radicais livres no processo de envelhecimento cutâneo. ÚNICA Cadernos Acadêmicos, v. 3, n. 1, 2020. 4. FAGNANI, Ana Tereza Lima, Lilian Ednigton, Patrà cia Fernandes, Magda Dantas, Alcione Nery Benevides, Glisiemile Dias do Nascimento, Hildes Caroline Gonçalves, Jussara Rosas Machado, Marinez Lúcia Boschetti Flores,Talita Santos Silva. Enve- lhecimento Cutâneo. Revista de trabalhos acadêmicos. Campus Niterói 2014. 5. LOPES, PP. Proteção Solar: O Papel da Vitamina D. Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo. 2014. 37 Dermatologia: delineando a pesquisa clínica e preventiva - ISBN 978-65-5360-150-5 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol.