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Universidade Federal do Piauí Centro de Ciências da Natureza Departamento de Química Disciplina Química de Polímeros HENRIQUE FERREIRA DA SILVA NETO A valiação 02 Questão 01. Diferenciar os seguintes Termos, apresentando exemplos em cada caso a) Moléculas e Macromoléculas; Moléculas são a menor unidade de uma substância química que ainda retém as propriedades dessa substância. Elas são compostas por átomos ligados entre si por ligações químicas. As moléculas podem ser simples, contendo apenas dois átomos do mesmo elemento (como uma molécula de oxigênio, O2), ou podem ser compostas, contendo átomos de diferentes elementos (como uma molécula de água, H2O). Já as macromoléculas são moléculas muito grandes e complexas, formadas pela repetição de unidades menores chamadas monômeros. Elas podem ser encontradas em diferentes formas, como proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucleicos (DNA e RNA). Exemplos de macromoleculas: Proteínas: Uma sequência de aminoácidos que desempenham várias funções no organismo, como enzimas, hormônios e componentes estruturais. Carboidratos: Polímeros de açúcares que fornecem energia e desempenham um papel estrutural em células vegetais, por exemplo, celulose. Ácidos nucleicos: Macromoléculas que armazenam e transmitem informações genéticas, como o DNA e o RNA. Em resumo, moléculas são unidades químicas básicas formadas por átomos ligados, enquanto macromoléculas são moléculas grandes e complexas formadas pela repetição de unidades menores. b) Borracha Natural e Borracha sintéticas; A borracha natural é uma substância que é coletada da seiva do látex de seringueiras. É um polímero natural que consiste principalmente em unidades de isopreno. A borracha natural é elástica, flexível e possui propriedades únicas devido à sua origem biológica. Ela foi historicamente utilizada para uma variedade de aplicações, incluindo pneus, produtos de borracha e muitos outros. Um exemplo é a coleta de látex de seringueiras e o processamento subsequente para obter borracha natural. A borracha sintética é produzida em laboratório através de processos químicos. Ela é projetada para ter propriedades semelhantes às da borracha natural, mas pode ser ajustada para atender a requisitos específicos de diferentes aplicações. Existem várias variedades de borrachas sintéticas, cada uma com suas próprias características e usos, como borracha de neoprene, borracha de silicone, borracha de estireno-butadieno (SBR) e muitas outras. Por exemplo temos a Borracha de neoprene, frequentemente usada para fazer roupas de mergulho e produtos impermeáveis. Basicamente temos que a borracha natural é obtida a partir da seiva de seringueiras e é um polímero natural, enquanto a borracha sintética é produzida artificialmente por meio de processos químicos e pode ter propriedades personalizadas para diferentes aplicações. c) As propriedades de Borracha Vulcanizada e de Borracha não Vulcanizada; A Borracha não vulcanizada, é a borracha em seu estado original, coletada diretamente das fontes naturais, como a seiva de seringueiras. Ela é macia, pegajosa e apresenta características de deformação e alta adesão. No entanto, ela também é sensível a mudanças de temperatura e pode tornar-se dura em climas frios ou pegajosa em climas quentes. A borracha vulcanizada é o resultado de um processo de tratamento térmico chamado vulcanização. Nesse processo, a borracha não vulcanizada é misturada com enxofre e aquecida a uma temperatura específica. Isso cria ligações cruzadas entre as moléculas de borracha, melhorando suas propriedades mecânicas, resistência a temperaturas extremas e resistência a produtos químicos. A borracha vulcanizada é menos pegajosa, mais resistente ao desgaste e mais durável do que a borracha não vulcanizada. Os pneus de aumóveis são frequentemente feitos de borracha vulcanizada devido à sua resistência à abrasão e às variações de temperatura. d) Celulose, Nitrato de Celulose, Acetato de Celulose, Celofane: A celulose é um polissacarídeo encontrado nas paredes celulares de plantas e é o principal componente das fibras vegetais. É uma macromolécula formada pela repetição de unidades de glicose. A celulose é um material resistente e pode ser usado na produção de papel, tecidos naturais e produtos derivados. O Papel, por exemplo, é um produto amplamente utilizado feito de celulose. O nitrato de celulose é um composto químico produzido pela nitração da celulose. É também conhecido como pólvora sem fumaça ou nitrocelulose. Pode ser altamente inflamável e é usado em aplicações como explosivos e propulsores, bem como em revestimentos para filmes fotográficos. A Pólvora sem fumaça, utilizada como propelente em munições de armas de fogo. O acetato de celulose é um éster da celulose que resulta da reação entre a celulose e o ácido acético. É um material plástico derivado da celulose e é usado em películas de filmes fotográficos, revestimentos, plásticos e até mesmo em produtos de moda, como óculos de sol. O celofane é um material transparente e brilhante feito a partir da celulose. É uma forma de película plástica que é permeável a gases, mas impermeável a líquidos e vapores. O celofane é frequentemente usado para embalagens de alimentos e produtos devido à sua capacidade de proteger contra a umidade. e) Caseína e Plásticos a Base de Caseína. A caseína é uma proteína encontrada no leite e é o principal componente das proteínas do leite. Ela é uma substância rica em aminoácidos essenciais e desempenha um papel importante na nutrição de mamíferos jovens, fornecendo os nutrientes necessários para o crescimento. A caseína também é usada na indústria alimentícia para produzir queijos, sorvetes e outros produtos lácteos. Plásticos à base de caseína são materiais biodegradáveis que são feitos a partir da caseína. A caseína é extraída do leite e tratada para formar um material plástico. Esse tipo de plástico é menos comum em comparação com os plásticos derivados de petróleo, mas é considerado mais sustentável, pois é biodegradável e menos prejudicial ao meio ambiente. Questão 02. Qual o significado das seguintes palavras utilizadas na linguagem dos polímeros: a) Peso Molecular; O "Peso Molecular" é uma medida que descreve o tamanho de uma molécula de um polímero. Também é conhecido como "Massa Molecular" ou "Massa Molar". O peso molecular é calculado somando as massas atômicas de todos os átomos presentes na molécula. No contexto dos polímeros, o peso molecular é uma característica importante, pois afeta várias propriedades físicas e químicas do material. Existem duas formas principais de expressar o peso molecular em polímeros, o peso Molecular Médio e o peso molecular numérico. O peso molecular influencia muitas propriedades do polímero, como sua viscosidade, ponto de fusão, rigidez, entre outras. b) Peso molecular Médio; O "Peso Molecular Médio" é uma medida utilizada para representar o tamanho médio das moléculas em uma amostra de polímero. Como os polímeros são macromoléculas compostas por uma repetição de unidades menores chamadas monômeros, o tamanho das moléculas pode variar consideravelmente. Existem três principais tipos de pesos moleculares médios em polímeros. O Peso Molecular Médio em Massa também conhecido como "massa molecular média em massa", é calculado somando-se as massas moleculares individuais ponderadas pela fração de cada massa. O Peso Molecular Médio Numéric também chamado de "massa molecular média numérica", é uma média aritmética simples das massas moleculares das moléculas individuais. Cada molécula tem a mesma contribuição para o cálculo do peso molecular médio numérico. O Peso Molecular Médio Viscosimétrico, esse peso molecular é frequentemente usado para descrever as propriedades reológicas dos polímeros, como a viscosidade. Ele é obtido apartir de medições viscosimétricas e fornece informações sobre o comportamento do polímero em solução. c) Temperatura de Transição Vítrea A "Temperatura de Transição Vítrea" (Tg) é um conceito importante no estudo de polímeros e materiais amorfos. Refere-se à temperatura em que um polímero amorfo passa de um estado rígido e frágil para um estado mais flexível e viscoso, sem uma mudança aparente em sua estrutura cristalina. Quando um polímero é aquecido, suas moléculas ganham energia térmica e começam a vibrar mais intensamente. Em temperaturas abaixo da Tg, o polímero está em um estado vítreo, no qual as moléculas estão presas em uma estrutura amorfa e não têm mobilidade significativa. Isso resulta em um material rígido e quebradiço. A Tg é uma propriedade chave para determinar a faixa de temperatura na qual um polímero pode ser usado com eficácia, uma vez que afeta suas propriedades mecânicas, térmicas e de processamento. Materiais com uma Tg mais alta são mais adequados para aplicações de alta temperatura, enquanto materiais com uma Tg mais baixa podem ser mais flexíveis em temperaturas ambientes. A Tg também é relevante em processos de moldagem e fabricação, pois define as temperaturas em que um polímero pode ser aquecido ou resfriado sem comprometer suas propriedades. d) Como determinar a Transição Vítrea de um material? A determinação da temperatura de transição vítrea (Tg) de um material pode ser feita por meio de várias técnicas experimentais. A escolha da técnica depende das características do material e das instalações disponíveis. Por exemplo: Análise Térmica Diferencial (DTA) e Análise Térmica Diferencial de Varredura (DSC): Essas técnicas medem a diferença de temperatura entre uma amostra e uma referência enquanto ambas são aquecidas ou resfriadas. A mudança nas características térmicas do material durante a transição vítrea é refletida por um pico ou degrau nas curvas de DTA ou DSC. Análise Térmica Dinâmico-Mecânica (DMA), essa técnica mede as propriedades mecânicas (como deformação, força e rigidez) de uma amostra enquanto ela é submetida a variações de temperatura ou tensão. A Tg é determinada pela mudança nas propriedades mecânicas do material. Pode ser feita também a partir da Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (NMR) de Baixa Temperatura, esta técnica envolve a observação da variação das ressonâncias de átomos específicos em resposta à transição vítrea. A Tg é detectada através das mudanças nas ressonâncias NMR.. Geralmente, as técnicas de DTA, DSC e DMA são as mais amplamente utilizadas para determinar a Tg de um material, pois elas fornecem informações sobre as mudanças térmicas e mecânicas associadas à transição vítrea. A escolha da técnica dependerá das características do material e dos objetivos da análise. Questão 03. O que são polímeros Termoplásticos? apresente exemplos destes materiais. Os polímeros termoplásticos são um tipo de material polimérico que exibe um comportamento específico quando submetido a mudanças de temperatura. Eles são conhecidos por serem moldáveis e flexíveis quando aquecidos, e podem ser solidificados novamente quando resfriados, mantendo suas propriedades originais. Isso ocorre devido à natureza das ligações intermoleculares nos polímeros termoplásticos, que não são covalentes fortes o suficiente para manter as moléculas firmemente unidas em uma estrutura rígida quando aquecidas. Dentre as características dos polímeros termoplásticos estão a reciclabilidade que Ddvido à sua capacidade de serem reaquecidos e remoldados, os termoplásticos são frequentemente reciclados. Exemplos de polímeros termoplásticos: Polietileno, polipropileno, policroto de Vinila, polimetilmetacrilato Questão 04. Quais as diferenças de polímeros obtidos por Resinas Resole e Resinas Novalac? Explique com exemplos. As resinas resole e resinas novalac são dois tipos diferentes de resinas fenólicas que são utilizadas na produção de materiais poliméricos. As resinas resole são resinas fenólicas termofixas que são obtidas através da reação entre um fenol (como o fenol) e um formaldeído em presença de um catalisador alcalino. Essa reação leva à formação de ligações cruzadas tridimensionais na estrutura da resina. Como resultado, as resinas resole têm uma rede tridimensional rígida e são termofixas, o que significa que elas não podem ser derretidas ou remoldadas após a cura. Exemplo de aplicação é o Baquelite, um dos primeiros plásticos sintéticos, é produzido a partir de resina resole. Ele foi historicamente usado em peças elétricas e isolantes. As resinas novalac também são resinas fenólicas termofixas, mas diferem das resinas resole em sua estrutura química e processo de cura. As resinas novalac são obtidas através da reação entre um excesso de fenol e formaldeído em presença de um catalisador ácido. Isso resulta em uma resina com uma estrutura mais linear e menos ligações cruzadas em comparação com as resinas resole. As resinas novalac geralmente requerem um agente de cura adicional, como hexamina, para formar ligações cruzadas. Exemplo de aplicação é o Fenol- formaldeído novalac é usado na fabricação de revestimentos resistentes a alta temperatura, como revestimentos de forno e componentes resistentes a produtos químicos. Questão 05. Quais são as influencias dos seguintes fatores sobre as propriedades dos polímeros? A) Cristalinidade; A cristalinidade é um fator fundamental que afeta as propriedades dos polímeros. Ela se refere à organização tridimensional regular das cadeias poliméricas em uma estrutura cristalina, que pode coexistir com regiões amorfas menos organizadas. A quantidade de cristalinidade presente em um polímero pode ter um impacto significativo nas suas propriedades mecânicas, térmicas e ópticas. A cristalinidade geralmente confere maior rigidez e resistência aos polímeros, tornando- os mais fortes e capazes de suportar cargas mecânicas. A organização tridimensional das cadeias poliméricas em uma estrutura cristalina permite uma transferência mais eficiente de forças através do material. Polímeros cristalinos tendem a ser mais duros e frágeis em comparação com os polímeros amorfos. Por outro lado, polímeros menos cristalinos ou amorfos tendem a ter uma maior resistência ao impacto, pois suas cadeias podem se movimentar mais livremente. Exemplos de como a cristalinidade afeta diferentes polímeros: - O polietileno de alta densidade (PEAD) possui uma alta cristalinidade, conferindo-lhe alta rigidez e resistência. - O polietileno de baixa densidade (PEBD) possui menor cristalinidade e é mais flexível e resistente ao impacto. - O polipropileno (PP) tem variações em suas propriedades dependendo do grau de cristalinidade. B) Ligações de Hidrogênio; As ligações de hidrogênio são interações intermoleculares que ocorrem quando um átomo de hidrogênio é atraído eletrostaticamente para um átomo eletronegativo (normalmente oxigênio, nitrogênio ou flúor) presente em outra molécula. Essas ligações são mais fortes do que as forças de Van der Waals. A presença de ligações de hidrogênio pode elevar significativamente os pontos de ebulição e fusão dos polímeros. Isso ocorre porque as ligações de hidrogênio exigem energia para serem quebradas, o que torna a transição de fase mais energicamente custosa. Polímeros que formam ligações de hidrogênio com a água tendem a ser mais solúveis em água ou a absorver água com mais facilidade. As ligações de hidrogênio entre o polímero e a água podem influenciar a capacidade de absorção e retenção de umidade. Ligações de hidrogênio podem aumentar a estabilidade térmica dos polímeros, já que a energia é necessária para quebrar essas ligações. Isso pode resultar em uma maior resistência ao envelhecimento térmico e à degradação. Exemplos de polímeros que formam ligações de hidrogênio: - O DNA e o RNA são exemplosde polímeros biológicos que dependem fortemente de ligações de hidrogênio para suas estruturas e funções. - Polímeros sintéticos como poliésteres e poliamidas podem formar ligações de hidrogênio, influenciando suas propriedades de resistência, durabilidade e absorção de água. C) Adição de Cargas A adição de cargas, também conhecida como carga de reforço ou carga de enchimento, é um processo em que materiais sólidos, geralmente na forma de partículas ou fibras, são misturados aos polímeros durante a fabricação para modificar ou melhorar suas propriedades. Essas cargas podem ser materiais como minerais, fibras de vidro, carbono, cargas orgânicas ou outras substâncias que são adicionadas para alcançar objetivos específicos. A adição de cargas pode ter impactos significativos nas propriedades dos polímeros. A adição de cargas pode aumentar a resistência mecânica dos polímeros, tornando-os mais rígidos e fortes. As partículas de carga reforçam a matriz polimérica, contribuindo para uma maior capacidade de carga e resistência ao impacto. Elas aumentam a rigidez dos polímeros, resultando em materiais mais rígidos e com menor deformação sob carga. As cargas podem reduzir a expansão térmica dos polímeros, tornando-os mais estáveis em diferentes condições de temperatura. Exemplos de cargas comuns adicionadas a polímeros: - Fibras de vidro ou carbono são frequentemente adicionadas a polímeros para melhorar a resistência e a rigidez. - Cargas minerais, como talco, sílica e caulim, são usadas para aumentar a rigidez e a dureza dos polímeros. - Cargas condutoras, como partículas de carbono ou grafeno, são usadas para melhorar a condutividade elétrica. D) Plastificantes Plastificantes são aditivos químicos adicionados aos polímeros para aumentar sua flexibilidade, maleabilidade e capacidade de deformação, especialmente em baixas temperaturas. Eles são usados para reduzir a rigidez dos polímeros e torná-los mais fáceis de processar, moldar e esticar. A adição de plastificantes a polímeros pode melhorar significativamente suas propriedades e ampliar suas aplicações. Os plastificantes reduzem as forças de atração entre as cadeias poliméricas, permitindo um maior movimento das cadeias e tornando o material mais flexível e maleável. Isso é particularmente evidente em baixas temperaturas, onde os polímeros sem plastificantes podem ficar frágeis. Eles geralmente diminui a dureza dos polímeros, tornando-os menos rígidos e mais susceptíveis a deformações elásticas e plásticas. A adição de plastificantes pode melhorar a processabilidade dos polímeros durante operações de extrusão, moldagem por injeção e outros processos de fabricação. Exemplos de plastificantes: - Ftalatos: Um grupo de plastificantes amplamente usados em polímeros como o PVC (cloreto de polivinila). - Ésteres de adipato: Usados como alternativas mais seguras aos ftalatos em algumas aplicações. - Citratos: Plastificantes de origem natural usados como substitutos dos ftalatos em algumas formulações. Questão 06. Existe diversos tipos de polímeros que são focados em sua funcionalidade. De exemplos de polímeros condutores e apresente uma explicação para os mesmos conduzirem eletricidade. Eles têm uma ampla gama de aplicações, desde eletrônicos flexíveis até sensores e dispositivos de energia. Esses polímeros são conhecidos como polímeros condutores ou polímeros intrinsecamente condutores. Eles possuem uma estrutura única que permite a movimentação de cargas elétricas através das cadeias poliméricas. A condução de eletricidade em polímeros condutores é geralmente alcançada através da presença de elétrons ou íons móveis dentro da estrutura do polímero. Isso pode ocorrer de diferentes maneiras, dependendo da natureza da estrutura química. Alguns exemplos de polímeros condutores incluem: Polianilina: A polianilina é um polímero condutor que pode conduzir eletricidade devido à presença de unidades de anilina (um monômero contendo nitrogênio) em sua estrutura. As ligações conjugadas nas cadeias de polianilina permitem que os elétrons se movam facilmente ao longo do polímero, conferindo-lhe propriedades condutoras. Polipirrol: O polipirrol é outro polímero condutor que possui uma estrutura conjugada que permite a transferência de elétrons. A dopagem do polipirrol com íons ou moléculas oxidantes melhora ainda mais sua condutividade. Polímeros Conjugados: Além desses exemplos específicos, polímeros conjugados em geral, que possuem uma estrutura de ligações duplas alternadas, podem exibir propriedades semicondutoras e condutoras devido à ressonância eletrônica que permite a movimentação de cargas. A condução de eletricidade em polímeros condutores ocorre principalmente através de um processo chamado "salto de carga" ou "transporte de carga". Os elétrons ou íons móveis presentes nas cadeias poliméricas são capazes de se mover entre as ligações conjugadas, que atuam como caminhos de condução. Isso ocorre de maneira semelhante à condução de eletricidade em materiais semicondutores, mas com algumas particularidades devido à natureza polimérica. Questão 07. De exemplo de polímeros super absorventes e explique como eles podem absorver tanta água. Os polímeros superabsorventes (SAPs) são materiais que têm a capacidade excepcional de absorver e reter grandes quantidades de água ou líquidos aquosos em relação ao seu próprio peso. Eles são amplamente usados em produtos descartáveis, como fraldas, absorventes higiênicos e produtos médicos, devido à sua capacidade de manter os líquidos longe da pele e minimizar o vazamento. Os polímeros superabsorventes são geralmente feitos de polímeros hidrofílicos que têm uma estrutura tridimensional, muitas vezes em forma de rede, que fornece espaço para a água ser absorvida. O mecanismo de absorção ocorre da seguinte maneira: A estrutura do polímero é composta de cadeias que possuem grupos funcionais altamente hidrofílicos, como grupos carboxila (-COOH) ou grupos sulfonato (-SO3H). Esses grupos são atraídos pela água, o que cria uma interação de atração entre as moléculas de água e os grupos hidrofílicos do polímero. Quando os polímeros superabsorventes entram em contato com a água, as moléculas de água começam a se infiltrar nas cadeias poliméricas, causando o inchaço do material. À medida que mais água é absorvida, as cadeias poliméricas se separam e o polímero aumenta de tamanho. À medida que o polímero incha e absorve mais água, as cadeias poliméricas se afastam e as moléculas de água se ligam aos grupos hidrofílicos, formando um gel viscoso e coeso. O gel retém a água dentro das redes poliméricas, evitando que ela seja liberada facilmente. Exemplo de um polímero superabsorvente comum é o poliacrilato de sódio. Sua capacidade de absorção é impressionante devido à sua estrutura porosa e hidrofílica, que permite a formação do gel e a retenção de líquidos. É importante notar que, embora sejam altamente eficazes na absorção de água, os polímeros superabsorventes podem ser ambientalmente problemáticos quando descartados inadequadamente, pois podem levar à contaminação do solo e da água. Questão 08. O que são as blendas poliméricas apresente exemplos e indique para que elas servem. As blendas poliméricas são misturas de dois ou mais polímeros diferentes, que são combinados de forma a criar um material com propriedades e características que podem não ser alcançadas por nenhum dos polímeros individualmente. Ao misturar diferentes tipos de polímeros, é possível obter uma combinação única de propriedades, como mecânicas, térmicas, ópticas e reológicas, que são desejáveis para aplicações específicas. Exemplos de Blendas Poliméricas e suas Aplicações: O O ABS, que é uma blenda de três polímeros: acrilonitrila, butadieno e estireno. Ele combina a resistência ao impacto do polibutadieno, a dureza do poliestireno e a resistência químicada acrilonitrila. É amplamente usado na indústria automotiva, eletrodomésticos e brinquedos. O TPU é uma blenda de poliéster e poliuretano. Ele possui alta flexibilidade, resistência ao desgaste e resistência a óleos e produtos químicos. É usado em calçados, revestimentos, roupas esportivas e componentes industriais. A blenda de PC/ABS combina a resistência ao impacto do ABS com a resistência térmica e óptica do policarbonato. É usado em produtos eletrônicos, dispositivos médicos, painéis automotivos e produtos de consumo. O EVA é uma blenda de etileno, vinil e acetato. Ele combina flexibilidade, resistência ao impacto e baixa temperatura de processamento. É usado em calçados, embalagens, brinquedos e produtos esportivos. As blendas poliméricas permitem personalizar materiais para atender às necessidades específicas de cada aplicação. Elas podem ser projetadas para otimizar propriedades como resistência ao impacto, rigidez, resistência térmica, transparência, condutividade elétrica, entre outras. Por isso, são amplamente usadas em diversos setores industriais para criar produtos inovadores e funcionais. Questão 09. Um dos problemas com os polímeros é o fato de eles serem insolúveis. Como se determina a solubilidade de um polímero? A solubilidade de um polímero é determinada pela interação entre suas cadeias moleculares e o solvente em que está sendo dissolvido. Os polímeros, devido à sua estrutura macromolecular, geralmente não se dissolvem facilmente em solventes comuns como sólidos moleculares, mas a solubilidade pode variar consideravelmente dependendo da estrutura química do polímero e das propriedades do solvente. A estrutura química do polímero é o fator mais importante na determinação de sua solubilidade. Polímeros com grupos funcionais polares, como hidroxilas, aminas ou grupos ácidos, tendem a ser mais solúveis em solventes polares, como água ou álcoois. Por outro lado, polímeros com cadeias apolares têm maior solubilidade em solventes apolares, como hidrocarbonetos. Geralmente, polímeros com baixo peso molecular têm maior probabilidade de serem solúveis, uma vez que suas cadeias são mais curtas e têm menos interações entre si. A determinação da solubilidade de um polímero envolve a experimentação prática, onde o polímero é colocado em contato com diferentes solventes em diferentes condições (temperatura, concentração, agitação, etc.) e observa-se se ocorre dissolução, inchaço ou precipitação. Testes como ensaios de inchamento, medições de viscosidade e análises espectroscópicas também podem ser usados para avaliar a solubilidade. Questão 10. Assista o Filme e faça comentários se o processo de produção dos pneus é físico ou químico. "C:\Users\jribe\OneDrive\WhatsApp Video 2023-08-14 at 18.04.39.mp4" O pneu é composto por várias partes, cada uma de diferentes materiais e borrachas, sendo a banda de rodagem responsável pela aderência do pneu à estrada. O processo de produção envolve misturar diferentes ingredientes em um liquidificador, aquecendo e moldando-os em grandes correias e rolos até atingirem a forma das peças do pneu. A banda de rodagem é criada a partir de uma extrusora tripla que injeta três materiais diferentes e depois é vulcanizada e moldada em uma prensa. Os pneus passam por diversos testes para garantir que estejam balanceados e aguentem cargas máximas. As várias partes que compõem um pneu e podem levar até três anos para desenvolvê-las e desenvolvê-las. Cada peça é feita de um material e borracha diferente, sendo a banda de rodagem a camada mais externa responsável pela aderência do pneu na estrada. A lona da carroceria é identificada por uma linha de aço que passa pelo pneu, e fios de aço criam o talão que garante que o pneu fique fixo na roda. O forro interno, feito de borracha, garante a vedação do pneu. As matérias-primas do pneu incluem borracha natural e sintética, negro de fumo que dá aos pneus sua cor preta e sílica que ajuda a reduzir o consumo de combustível do carro. O enxofre, adicionado à borracha natural em um processo chamado vulcanização, aumenta a resistência da borracha ao desgaste e melhora sua viscosidade. O processo de fabricação da banda de rodagem, que envolve aquecer e misturar as mantas de borracha para criar uma extrusora tripla que injeta três materiais diferentes, que são moldados e espremidos em uma única saída. O processo de montagem é automático e feito por um robô, começando de dentro para fora. O pneu ganha a banda de rodagem, é inflado e depois rolado. O pneu é então vulcanizado e moldado em uma prensa para dar a ele sua forma, incluindo suas ranhuras, que podem levar horas para pneus maiores. Em seguida, os pneus passam por inspeção visual, raio-x e diversos testes para garantir que estejam balanceados e aguentem cargas máximas. Ao longo do processamento da base e da montagem do pneus, podemos perceber os vários aditivos adicionais a borracha para que ela apresente propriedades diferentes. O negro de fumo é adicionado para pigmentar o pneu, a sílica é uma carga que dá resistência e maior aderência, estass sao modificações físicas, que nao alteram a estrutura química da borracha, já a adição de enxofre para realizar o processo de vulgarização criar novas ligações química, fazendo um cruzamento entre as cadeias poliméricas da estrutura.
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