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1 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO ANTROPOLÓGICO 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 Antropologia ............................................................................................. 4 Antropologia e sociologia ......................................................................... 8 Teoria do surgimento da Antropologia ................................................... 11 Etnografia .............................................................................................. 25 CONCLUSÃO ........................................................................................ 28 REFERÊNCIA ........................................................................................ 29 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO A Antropologia é uma ciência que se encarrega do estudo da diversidade cultural encontrada entre os seres humanos e estuda a relação entre indivíduos, e a relação de indivíduos com os seus meios envolventes, tendo como foco o conceito de cultura. A antropologia foi reconhecida recentemente (em termos históricos) como uma ciência autônoma. Todavia, antes disso, era identificada como um ramo da história natural e narrava a evolução do homem de acordo com o conceito civilizacional. Além disso, podemos dizer que este saber foi um instrumento de dominação (principalmente europeia, à época), uma vez que legitimava a dominação das metrópoles colonialistas sobre os povos conquistados. Esse fenômeno, chamamos de "Etnocentrismo Eurocêntrico", pois tinha a civilização europeia como medida para todos os aspectos civilizados. Destarte, foi assim que surgiu a classificação “primitivo, bárbaro e civilizado” para determinar os estágios evolutivos das civilizações. 4 Antropologia Antropologia é um ramo das ciências sociais que estuda o ser humano e a sua origem de maneira abrangente. Por meio de estudos sobre as características físicas, a cultura, a linguagem e as construções do ser humano, o antropólogo vai buscar determinar, com base em grupos sociais específicos, como se formaram os seres humanos a ponto de tornarem-se o que são em suas comunidades. 5 Conceito de antropologia A palavra antropologia tem origem no idioma grego, o radical “antropo” vem de antrophos (homem) e “logia” vem de logos (razão ou, em sentido específico, estudo). A antropologia é, ao traduzirmos a palavra ao pé da letra, o estudo do ser humano em seu aspecto mais amplo. Antropologia estuda as constituições do ser humano em suas origens e de maneira irrestrita. A antropologia busca compreender como o ser humano formou-se e tornou-se o que ele é. Portanto, o antropólogo busca as raízes do ser humano estabelecendo (como a história) um estudo do passado para compreender quais foram essas origens. Isso é feito de maneira física ou biológica, social, cultural e até linguística, dependendo de qual vertente da antropologia estudada e de qual método antropológico utilizado. 6 O que a antropologia estuda Os estudos antropológicos buscam compreender como os povos viveram, como os seres humanos formaram-se e como a cultura humana desenvolveu-se. Dessa maneira, o antropólogo busca o trabalho de imersão numa determinada sociedade, a fim de observar e traçar teorias sobre a constituição cultural ou física dos indivíduos daquela sociedade. Tipos de antropologia → Concepção clássica de antropologia estabelecida a partir dos estudos europeus do século XIX e XX Antropologia biológica ou física: é um estudo da formação do ser humano em seus aspectos físicos. Os antropólogos dessa vertente buscam, junto à biologia, determinar quais fatores levaram os seres humanos a desenvolver determinados atributos físicos em sociedades específicas. Dessa maneira, se um antropólogo está estudando uma aldeia indígena que tem características próprias, ele vai procurar saber quais fatores geográficos e biológicos levaram aquela tribo a desenvolver as suas características peculiares. Antropologia cultural: é uma vertente mais ampla e busca compreender como se formaram as culturas dos diferentes grupos humanos, tomando cultura como um conjunto de hábitos, costumes, valores, religião, arte, culinária etc. 7 Lévi-Strauss, o antropólogo que fundou o estruturalismo.[1] → Concepção estadunidense de antropologia, subdividida em quatro campos Antropologia biológica ou física: consiste no mesmo estudo de antropologia biológica ou física da divisão europeia clássica. Antropologia cultural: consiste no mesmo estudo de antropologia cultural da divisão europeia clássica. Antropologia linguística: com base nos estudos da linguagem de uma sociedade, determina as origens daquele povo. Um importante antropólogo que deu os impulsos para o reconhecimento desse ramo da antropologia foi o alemão, radicado nos Estados Unidos, Franz Boas. No fim da primeira metade do século XX, o antropólogo belga Claude Lévi- Strauss desenvolveu uma teoria que ficou conhecida como antropologia estruturalista, a qual se baseia na linguagem para determinar as estruturas similares das pessoas dentro de uma cultura. Apesar da importância de Boas, é com Lévi-Strauss que a antropologia passa a identificar na linguagem um objeto central de estudo. 8 Arqueologia: busca compreender a formação do ser humano com base nos objetos materiais deixados por ele. Nesse sentido, o arqueólogo busca por armas, utensílios culinários, vestimentas, escritos e pinturas e utensílios em geral que possam expressar como os povos antigos viviam, o que permite elaborar teorias sobre o modo de vida e cultura dos seres humanos no passado. Antropologia e sociologia A antropologia surgiu como uma ferramenta da sociologia para compreender as diferenças étnicas dos seres humanos. No século XIX, nos estudos de história e geografia contemporâneos, a sociologia e a antropologia surgiram com um objetivo bem específico: servir como meios de auxílio para o capitalismo industrial. A expansão industrial que a Europa viveu no século XIX colocou uma nova necessidade para a economia europeia: a busca de recursos naturais que 9 serviriam de matéria-prima para a produção. Para satisfazer tal busca, as potências europeias, em especial a Inglaterra, a França e a Alemanha, iniciaram um novo processo de colonização dos países não desenvolvidos situados na África, na Oceania e na Ásia e que possuíam recursos naturaisem abundância. No século XV, durante o colonialismo europeu liderado, principalmente, por Portugal, Espanha e Inglaterra, as justificativas para a dominação das colônias e dos povos que lá viviam e a justificativa da escravidão davam-se pela religião: os europeus nutriam a crença de que eles deveriam colonizar os territórios pagãos e levar o cristianismo a esses lugares, pois isso seria o caminho para a salvação daqueles povos. Além disso, os europeus acreditavam que havia uma predestinação divina que os permitia dominar povos que, no seu ponto de vista, eram atrasados. Muitos navegantes que participaram desse primeiro movimento de colonização escreveram relatos considerados documentos antropológicos de um período pré-científico, ou seja, de quando a antropologia ainda não era uma ciência bem construída. No século XIX, a sociedade intelectual europeia não mais acreditava cegamente na religião, pois a ciência tinha tomado nela um lugar de destaque. Nesse momento de intensa colonização, para a obtenção de recursos para a indústria, os europeus tiveram que justificar as suas ações de maneira científica. Para tanto, surge um primeiro movimento da antropologia como parte dos estudos de sociologia que visava analisar e classificar os seres humanos de etnias diferentes. Os primeiros estudos antropológicos eram extremamente etnocêntricos, ou seja, analisavam as culturas diferentes com base no ponto de vista de uma pessoa imersa na cultura europeia. Com isso, os europeus visavam mostrar que sua cultura e seu desenvolvimento eram superiores aos das demais sociedades, colocando a colonização como um movimento necessário de civilização para aquelas sociedades que, nesse ponto de vista, eram atrasadas. Assim, a antropologia surge primeiro como uma parte da sociologia e, depois, torna-se uma ciência humana autônoma, relacionada fortemente com a sociologia, mas com suas especificidades. Podemos dizer que a sociologia 10 estuda a sociedade e analisa-a no tempo presente. Já a antropologia estuda o ser humano e analisa-o no passado para entender as suas formações mais primitivas. Antropologia evolucionista A antropologia evolucionista foi o primeiro movimento de estudos antropológicos liderado pelo antropólogo e biólogo inglês Edward Burnett Tylor e pelo geógrafo e biólogo Herbert Spencer. Para esses primeiros antropólogos, a teoria da evolução, de Charles Darwin (em alta na sociedade intelectual europeia do século XIX), poderia ser aplicada à formação das sociedades. Herbert Spencer foi bastante influenciado pelo pensamento de Charles Darwin. Dessa maneira, assim como os animais desenvolveram-se biologicamente, sendo que alguns evoluíram e ficaram mais aptos ao meio, a cultura também tinha evoluído porque alguns seres humanos, supostamente, teriam evoluído mais. Surge aí a noção etnocêntrica de raça, que alegava que algumas “raças humanas” eram superiores a outras. 11 Também surgem as noções de cultura superior e cultura inferior, sendo que o padrão de medida de tais era o da própria cultura europeia. Com isso, não causou espanto a ideia de que a cultura europeia desenvolvida pelo homem branco era superior e que as culturas desenvolvidas por povos de outras etnias eram inferiores. Para os evolucionistas ou darwinistas sociais, o fato de haver diferentes níveis hierárquicos de desenvolvimento cultural evidenciava a justificação da dominação dos povos “inferiores” pelos povos “superiores”. Teoria do surgimento da Antropologia A antropologia surguiu proximadamente no inicio do séc.XIX por causa do pensamento que imperava na época: o iluminismo era o sinal de que o homem poderia tudo e a máquina transformaria a matéria (ele pensou e transformou a realidade construindo a máquina). Darwin surgiu com a evolução das espécies, onde o homem se transformaria ao longo dos séculos: transformação biológica. As ciências humanas buscariam nas ciências biológicas o status cientifico. Darwin organizaria as idéias numa contemporaneidade e falava que as espécies evoluiriam, consequentemente a sociedade também. Os europeus olhavam para suas colônias e enxergavam nos colonos o que eles já foram um dia e pensavam 12 que a evolução chegaria a um ápice como se fosse uma pirâmide e os europeus estaria no topo e o resto do mundo na base. Com o tempo essas idéias foram caindo e já não de pensa mais assim, o sujeito agora é colocado no seu devido tempo, os trabalhos feitos pelos autores eram oriundos dos que já existiam na época, os primeiros antropólogos achavam que não precisavam ir a campo fazer seus trabalhos, pois eles se baseavam nos escritos trazidos pelos escrivões das naus e foi com base nesses escritos que melhoramos os conceitos da idéia de cultura atualmente. Quais eram as características do evolucionismo do pensamento cultural? O objeto a ser estudado era amplo e englobava quase tudo e por conseguinte o evolucionista estudava toda a sociedade. Morgan Tayler não pensava só na religiosidade, ele pensava num todo. A amplitude do objeto para o antropólogo era estudar aos poucos e não tudo de uma só vez para não sair um trabalho com erros ao ponto que era impossível estudar tudo ao mesmo tempo como objeto pelo evolucionista, afinal ele queria estudar a sociedade. O método evolucionista fazia comparações: 1ª Fase da Evolução: Quais eram as características? Que objetos usavam? Eles eram nômades? 2ª Fase da Evolução: Eles eram sedentários? Eles criaram núcleos familiares? 13 CRITICAS: Eles não olhavam para dentro da sociedade Eles não criavam parâmetros externos As características não eram comparadas As sociedades eram diferentes, por isso não aceitavam essas diferenças A história é tratada como uma enciclopédia, uma marcação de tempo linear encaixado em assuntos, no evolucionismo era uma escada existente entre os patamares da sociedade, pois dizia que o tempo é fase da evolução (a mais evoluída) e perto (não importando o tempo ou data), sem se preocupar com os processos históricos. Leslie White comparava as culturas como fases: 14 barbárie → selvageria → civilização A base do pensamento evolucionista era europeu, os romanos não se encaixavam nesse perfil na antiguidade, pois pensavam ser os sujeitos na história; a evolução tiraria o sujeito das camadas inferiores e racionalizando-os, iriam para as camadas superiores. Para o civilizado, Deus era único e onipotente e daria alma ao civilizado (sujeito). ILUMINISMO: no homem foi diferente de todas as espécies por que ele pensa e acumula conhecimento cientifico, podendo assim aprovar e desaprovar pensamentos para melhorar o que já foi feito. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: foi o movimento iluminista, positivista que comprovou e aumentou a força, considerando o momento, o homem como sujeito e foi marcado pela transformação de Darwin e seu sistema evolutivo. 15 MARX: falava de previsões das passagens do comunismo positivista para um pensamento evolucionista, ao criar a dialética e a idéia de fases, ele comparava as sociedades primitivas; os autores contemporâneos questionavam as sociedades em que eles viviam, a questão mais importante era como acontecia o processo para se chegar aquela fase do processo e depois como fariam para sair daquela fase. A importância não era o acontecido e sim como tinha acontecido. A antropologia era tida como senso comum, social, dinâmica, regional e universal, determinante e determinada, partindo desse pressuposto, as teorias eram tratadas pela antropologia? Qual foi o pensamento de introdução aos estudos históricos? Quais foram as teorias filosóficas e sociológicas? 16 O objeto do evolucionismo era o homem primitivo , esse era o pensamento básico do iluminismo? FUNCIONALISMO: eramtentativas que iriam contra o evolucionismo, a base do olhar era a sociedade e o corpo humano, não se fazendo mais uso do darwinismo, o funcionalismo retornaria no inicio da 1ª guerra mundial; pensava- se que existia um organismo social igual a um corpo e o corpo humano seria como uma engrenagem que fazia acontecer: X¹: o coração fora do corpo não funciona. X²: o fígado sem o corpo não vale nada. A sociedade funcionaVA como uma engrenagem comparada as partes do corpo, cada membro move essa grande engenhosidade denominada sociedade, quando há uma falha em um dos membros, a sociedade perde com isso, é como 17 se retirassem algum órgão vital do corpo e ele padecesse, isso equivaleria a sociedade, ela não funciona se o corpo não estiver em perfeita harmonia. A função não esta no órgão ou no sujeito, mas na relação que eles mantém, movendo-se para todas as outras partes: X¹: pensar um uma sociedade que não existe como família: como pensar numa sociedade sem relação parental? como seria esse sujeito? quem dominaria esse sujeito? 18 A família é um instituto com seus significados existentes em todas as sociedades; a religião assume o papel dessa “cosmopolização”, onde as explicações religiosas são baseadas em cima daquilo que não tem explicação. A função religiosa era vista como um comportamento daquilo que era colocado para as pessoas da maneira como elas viam o fato, foi um padrão criado do mundo associado com a ética social ligada a religiosidade, a partir disso a culpa passou a incorporar o pecado com aplicações culposas. O grande representante do funcionalismo foi Branislaw Malinovsky, tendo seus estudos baseados no evolucionismo que era pregado e foi de fato fazer seus estudos nas ilhas Trobriand estudar o “Kula”, uma espécie de sistema econômico de troca, sua missão era tentar entender como isso funcionava e 19 saber quais eram os aspectos culturais impostos por essas sociedades, bem como era a relação entre eles com a economia, os parentes, a religião e a cultura. Tanto Strauss como Malinovsky estudavam para um modelo final, pois não se podia partir para o campo com conclusões prévias, mas sair para o campo em contato com varias sociedades, só assim entenderiam como essas sociedades funcionavam. Strauss tentava explicar como funcionava o parentesco das varias sociedades diferentes. 20 Franz Boas planejava fazer seus trabalhos no campo das pesquisas, mas nunca o fez. A imagem dos socialistas era passada como a de máquinas instrumentais nas sociedades, subjugando-as, reconhecendo a colonização pelo conhecimento, os sociólogos e antropólogos começaram a fazer seus trabalhos para tentar entender como funcionava o povo japonês por exemplo: 21 Foram estudados vários japoneses para entendê-los, como eles eram, como eles pensavam nas questões sociológicas; o homem bomba se matava por pensar que era um herói, achando que se sua morte fosse honrosa, seria um homem abençoado e assim mataria os “infiéis”, não era um ato individual, mas sim um ato coletivo em prol da sociedade japonesa, nesse ínterim, isso faria sentido para eles. Para os ocidentais o estranhamento se dava por não entender como esse processo se dava e o que significava. As ciências das culturas tentavam explicar como funcionava esse pensamento e o poder exercido na antropologia e sociologia; em certas comunidades indígenas isso acontecia frequentente, as vezes se ganhava e as vezes se perdia, dizimando, matando e principalmente negociando os perdedores para ver quem ficaria com sua terras. Conhecer os povos já foi uma forma de dominação, sendo o avanço cientifico ao mesmo tempo um massacre, nesse caso a ciência serviu ao poder, a idéia central do funcionalismo era a função e o sistema ser estudado em pequenas partes para poder entender melhor o que estava se estudando, no estruturalismo, era o contrário, se estudava a sociedade para depois entende-la: 22 X: o fordismo foi baseado no estruturalismo. A “engrenagem” que não funcionasse direito seria substituída ou sofreria “sansão penal” e não se enquadrando, seria substituída; essa engrenagem teria que funcionar tal qual para frente. Só aprenderemos e desenvolveremos algo se formos pesquisar e aprender, na gramática e na linguagem já temos isso definido. A idéia mais importante do funcionalismo é a função, não exatamente nas instituições, mas nas relações, o estruturalismo e as outras teorias são chamados de teorias do equilíbrio, existe um equilíbrio social mesmo nesta disfunção, além de uma dinâmica, com isso não há desestruturação, mas sim subjetividade social. O homem hoje tem o poder de eliminar o que quiser na 23 sociedade se não o desejar. No estruturalismo e no funcionalismo a revolução foi um marco para esses movimentos: - a cultura não morre, só se conseguiria isso destruindo os membros dessa sociedade. - a língua brasileira é uma das mais diversas línguas e nela há incorporações sócios culturais, o que nos da singularidade por identidade são as leituras de certos lugares. Estruturalismo Funcionalismo: surgiu aproximadamente antes da 1ª Guerra Mundia em torno de 1914 (teve mais força na 2ª G M) e na 2ª Guerra Mundial em torno de 1930. O estruturalismo foi um período de desestabilidade social e político no mundo, ao terminar a 1ª Guerra Mundial os conflitos continuam e nesse momento surgiram as teorias para explicar esses fenômenos, tentando restabelecer o período de paz. Para isso utilizaram-se as idéias de Durkheim que falava dos fatos sociais mais usados pela historia, a força motriz de tudo isso seria o positivismo. Fato Social / Histórico não propiciava a possibilidade de se contra por, era supostamente incontestável, hoje é um acontecimento histórico, com múltiplas visões, porém cada um com sua versão: 24 X: protesto de caminhoneiros: para nós seria uma versão, para o sindicato seria outra. Fato é o mesmo, mas a versão muda, tornando ela descritiva, pouco analítica e sem tolerância para outras versões. A a hipótese só pode ser aprovada se não for verdadeira e se não o fizer, essa é a idéia do positivista/evolucionista. A evolução é o fato, ou se tem ou não se tem, comparada com a fé, é uma coisa fechada. Toda vez que se parte de um pressuposto, ele deve ser enquadrado. A resposta positivista/evolucionista já vem pronta, ela passa a ser uma proposta de complemento a resposta, é a menor teoria e o maior método de trabalho chamado estrutural funcionalismo, quase chegam ao mesmo lugar, sendo uma questão de método e não de pensamento, é preciso pensar que a sociedade é sistêmica, é uma idéia de conjunto que reflete a sociedade na sua forma social. 25 Etnografia De forma simples, podemos definir a etnografia como o estudo descritivo das diversas culturas e etnias humanas. Um ensaio etnográfico é aquele em que o autor se propõe a descrever e interpretar os hábitos, costumes, valores e práticas de uma comunidade específica. Hoje, a etnografia é um método consagrado no campo da pesquisa antropológica, mas ele pode ser também apropriado por outras áreas do conhecimento como forma de investigar, em profundidade, comunidades e grupos humanos em suas particularidades. No entanto, a etnografia exige do pesquisador adotar uma série de procedimentos metodológicos muito específicos. Até o primeiro terço do século XX havia uma separação no trabalho etnográfico entre o sujeito observador e o pesquisador. Os antropólogos escreviam suas teorias sobre as diferentes culturas em seu próprio gabinete, partindo de relatos produzidos por viajantes e aventureiros que 26 entravam em contato com os povos nativos por motivos diversos, nunca estritamente relacionadosà pesquisa científica. A obra Argonautas do Pacífico Ocidental, etnografia clássica escrita por Bronislaw Malinowski (1884-1942) e publicada em 1922, representa o grande marco fundador da Antropologia moderna, que rompe com essa separação entre o observador em campo e o erudito em seu gabinete. Para conhecer a fundo a cultura dos trobriandeses - sociedade complexa que habitava o arquipélago das Ilhas Trobriand, hoje parte da Papua Nova Guiné - Malinowski passou praticamente três anos vivendo entre os nativos. O antropólogo polaco não só aprendeu a língua falada por esses nativos, como buscou incorporar ao máximo a sua cultura, participando ativamente do eventos especiais e também do dia a dia da comunidade. Esta metodologia, hoje parte fundamental de todo estudo etnográfico, ficou conhecida como observação participante. Nesta forma particular de observação, o pesquisador busca compreender a cultura do “outro” partindo de uma visão localizada no interior da comunidade pesquisada, isso é, de dentro. A ida a campo, no entanto, não se separa do estudo teórico. A etnografia envolve também conhecer as teorias antropológicas, de forma que o pesquisador deve “treinar” seu olhar para que, por exemplo, não reproduza interpretações etnocêntricas sobre a cultura que está estudando. Além disso, há uma série de procedimentos para a coleta de dados em campo e sua posterior análise. Nesta última etapa, que envolve a escrita etnográfica, se possível, o pesquisador deve novamente se afastar da comunidade pesquisada.Os resultados da pesquisa serão posteriormente compartilhados com a comunidade acadêmica. Muitos antropólogos também consideram essencial e desejável apresentar estes mesmo resultados para a comunidade que foi seu objeto de análise. O fazer etnográfico, no entanto, não mais se restringe apenas aos ensaios escritos. A Antropologia Visual, área que tem ganhado mais espaço com o desenvolvimento e a democratização das tecnologias de captura de imagem, busca retratar e interpretar a diversidade cultural humana a partir da produção de fotos (fotoetnografia) e vídeos (filmes etnográficos). Independentemente do formato que se apresenta, a etnografia cumpre um papel importante enquanto 27 esforço de compreender e retratar os diferentes povos, grupos e culturas a partir de um olhar que se preocupa com a autonomia destes sujeitos e o seu direito à diferença. 28 CONCLUSÃO A antropologia tem como objeto privilegiado de estudo costumes, crenças, hábitos, universo psíquico, mitos, rituais, processo histórico, linguagem, leis, relações de parentesco. Todos esses são aspectos subjetivos dos diferentes povos do planeta. O método antropológico consiste, basicamente, na prática da etnografia (descrição do trabalho de campo) e etnologia (síntese dos conteúdos descritos em campo). Deste modo, por meio da análise crítica, é possível interpretar os fenômenos descritos. Além disso, utiliza metodologias e conhecimentos comuns em pesquisas de outras áreas do conhecimento, tal como linguística, arqueologia, história, dentre outras. 29 REFERÊNCIA NUNES, ROSSANO CARVALHO. EM INSTITUTO GRUPO VERITAS DE PESQUISA. ANTROPOLOGIA KEHOE, ALICE BECK (1998). HUMANS: AN INTRODUCTION TO FOUR-FIELD ANTHROPOLOGY. [S.L.]: PSYCHOLOGY PRESS MARTINS, PAULO; GUERRA, JULIANA (2013). «DURKHEIM, MAUSS E A ATUALIDADE DA ESCOLA SOCIOLÓGICA FRANCESA» 34 ED. SOCIOLOGIAS. 15: 186- 218. DOI:10.1590/S1517-45222013000300009. CONSULTADO EM 20 JANEIRO 2020 "MARXIST APPROACHES IN ANTHROPOLOGY" ANNUAL REVIEW OF ANTHROPOLOGY VOL. 4: 341-370 (VOLUME PUBLICATION DATE OCTOBER 1975) DOI: 10.1146/ANNUREV.AN.04.100175.002013 VISITADO EM: 01/02/2016 GLÓRIA, ALINE BÁO; FERREIRA, DANDARA; ARAÚJO, DÉBORA; FARIA, ANA CAROLINA DE. 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