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Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e a identidade nacional Gilberto Freyre, reconhecido como o patriarca da terra, é conhecido por sua obra "Casa-Grande & Senzala", na qual argumenta que a miscigenação no Brasil não resultou em uma raça inferior, refutando ideias de inferioridade racial. Freyre distingue raça e cultura, enfatizando que a cultura brasileira é moldada pelos costumes, hábitos e crenças de seu povo, em uma mistura única de influências étnicas. Por outro lado, Sérgio Buarque de Holanda destaca a cordialidade como um traço marcante da sociedade brasileira, herdado da colonização portuguesa. Em sua obra "Raízes do Brasil", Holanda explora elementos como o culto à personalidade, a tibieza das estruturas hierárquicas e a adaptabilidade, demonstrando como esses aspectos influenciam as relações sociais e culturais no país. Ele identifica o "homem cordial" como uma figura central, cujas interações são permeadas por emoções e afetos, extrapolando os limites do público e do privado. Embora Freyre enxergue a sociedade brasileira como uma harmonia entre diversos tipos sociais, sem uma clara distinção entre público e privado, Holanda destaca a figura do "homem cordial", cujas relações são marcadas por um fundo emocional que transcende os espaços públicos e impessoais. Para Holanda, a história brasileira é caracterizada pela convivência entre o caudilhismo e o liberalismo como forças dialéticas, enquanto Freyre enfatiza a coexistência pacífica de diferentes grupos étnicos e culturais. Ambos os autores oferecem perspectivas distintas sobre a identidade nacional brasileira, enfatizando a pluralidade de identidades construídas por diferentes grupos sociais ao longo da história. Eles destacam que a identidade é uma construção simbólica, moldada por diferentes contextos históricos e influências culturais, e que não existe uma identidade autêntica e original, mas sim uma diversidade de identidades que se entrelaçam para formar a rica tapeçaria da cultura brasileira.
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