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Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 2 12/15/22 23:24 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 3 12/15/22 23:24
REALIZAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO 
NORTE
Maria de Fátima Bezerra 
Governadora
SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMEN-
TO ECONÔMICO, DA CIÊNCIA, DA TECNOLOGIA 
E DA INOVAÇÃO (SEDEC)
Jaime Calado Pereira dos Santos 
Secretário
COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO 
ENERGÉTICO
Hugo Alexandre Meneses Fonseca 
Coordenador de Desenvolvimento Energético 
Gestor do Projeto
Emília Dalva do Vale Casanova 
Subcoordenadora de Desenvolvimento Energético
EQUIPE
Jarbas Silva do Nascimento Junior
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO 
DO RIO GRANDE DO NORTE
Amaro Sales de Araújo 
Presidente
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM 
INDUSTRIAL / DEPARTAMENTO REGIONAL 
DO RIO GRANDE DO NORTE
Rodrigo Diniz de Mello 
Diretor Regional
EXECUÇÃO
INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO EM ENERGIAS 
RENOVÁVEIS
Rodrigo Diniz de Mello 
Diretor 
Antonio Marcos de Medeiros 
Coordenador de P&D
EQUIPE TÉCNICA
Mariana Torres Correia de Mello Nobre 
Coordenadora do Projeto
Alexandre Torres Silva dos Santos
André Luiz de Oliveira Lira
Caio Graco Lopes Alves
Gilvani Gomes de Carvalho
Leonardo de Lima Oliveira
Luciano André Cruz Bezerra
Maria de Fátima Alves de Matos
Priscila Pamplona Pereira Pinto
Raniere Rodrigues Melo de Lima
Samira de Azevedo Santos Emiliavaca
BOLSISTAS
Alan Rodrigues de Sousa
Ana Cleide Bezerra Amorim
Gabriel Sebastian Von Conta
Jean Souza dos Reis
Julliana Larise Mendonça Freire
Nicolas de Assis Bose
Vanessa de Almeida Dantas
CAMARGO-SCHUBERT ENGENHEIROS 
ASSOCIADOS
Fabiano de Jesus Lima da Silva
Fábio Catani
Guilherme Guebur Lima
James Lenzi de Araújo
Odilon Antônio Camargo do Amarante
Paulo Emiliano Piá de Andrade
Ramon Morais de Freitas
Robson Barreto dos Passos
Vitor Issamu Ohashi do Amarante
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
ArtC Comunicação Integrada
TRADUÇÃO
Júlia Portela Malta Brandão 
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 4 12/15/22 23:24
A881 Atlas eólico e solar do Estado do Rio Grande do Norte 
[multimeios] / Governo do Estado do Rio Grande do Norte [et al.] . – Natal 
: ISI-ER, 2022.
 212p.
 
 Inclui referências.
 
 1. Energia renovável – Geração de energia elétrica. 2. 
Energia eólica. 3. Energia solar. 4. Rio Grande do Norte – Potencial 
energético. I. Governo do Estado do Rio Grande do Norte. II. Federação das 
Indústrias do Rio Grande do Norte. III. Serviço Nacional de Aprendizagem 
Industrial. IV. Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis. V. 
Camargo-Schubert Engenheiros Associados.
CDU 621.311
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial | Instituto SENAI de Inovação 
em Energias Renováveis
Caio César Delfino Cunha – CRB-15 712
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 5 12/15/22 23:24
GOVERNO DO ESTADO
SEDEC
FIERN
SENAI
Agradecem aos parceiros que contribuíram na elaboração desse trabalho:
AGRADECIMENTOS
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MENSAGEM DA GOVERNADORA
A energia eólica e solar desempenham um importante papel na matriz elétrica brasileira e 
representam juntas, atualmente, mais de 16% de participação em meio a um cenário de grande 
estímulo na promoção do desenvolvimento sustentável e na transição para uma matriz energética 
mais renovável. E, com orgulho, podemos afirmar que o Rio Grande do Norte desempenha um pa-
pel significativo nesses números.
O RN já ocupa posição de destaque na produção nacional como o maior produtor de energia 
eólica do Brasil com um total de 224 usinas onshore já em operação e, em termos geográficos, 
está localizada na melhor região do Brasil para o aproveitamento dessa energia, principalmente 
quando somamos ao aproveitamento energético que podemos ter com a energia eólica no mar. Não 
podemos deixar de destacar a produção de energia solar através da geração centralizada onde o 
RN dispõe hoje de 17 usinas fotovoltaicas em operação. Em termos de geração distribuída, mais de 
33.500 potiguares já produzem hoje sua própria energia seja para fins comerciais, residenciais ou 
industriais.
Nós temos ainda um longo caminho de oportunidades nessa trajetória de transição energética 
para uma matriz 100% renovável, e, o Governo do Estado não irá medir esforços nesse estímulo 
com fomento de novos negócios e geração de emprego e renda para os potiguares.
O nosso Atlas irá contribuir para esse desenvolvimento com direcionamento das melhores 
áreas para novos investimentos em energia eólica onshore e offshore e energia solar, por meio de 
informações sólidas e integradas a aspectos infraestruturais e socioambientais. 
É o nosso Rio Grande, que agora tem Norte, rumo ao desenvolvimento de novas fronteiras 
tecnológicas.
Boa leitura a todos!
Fátima Bezerra 
Governadora do Estado
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AGRADECIMENTOS
GOVERNO DO ESTADO
SEDEC
FIERN
SENAI
Agradecem aos parceiros que contribuíram na elaboração desse trabalho:
AGRADECIMENTOS
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O novo Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte 
é uma iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado 
do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação 
(SEDEC) a partir de um Termo de Colaboração com a Federação das In-
dústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e o Serviço Nacional 
de Aprendizagem Industrial (SENAI), por meio do Instituto SENAI de Ino-
vação em Energias Renováveis (ISI-ER).
Esse documento atualiza o Atlas Eólico do RN, publicado em 2003, 
e apresenta o potencial eólico seguindo as novas tendências tecnológicas 
de mercado. Para isso, o novo Atlas apresenta o recurso eólico onshore 
nas alturas de 100 m, 120 m, 150 m e 200 m e aborda o potencial eólico 
offshore como uma nova fronteira tecnológica atualmente em estudo e 
prospecção no Brasil.
Assim como o primeiro Atlas publicado anteriormente, que direcio-
nou os locais de investimento, e resultou em um total de 222 parques eó-
licos atualmente em operação distribuídos no Litoral Setentrional, Serras 
Centrais e na região Nordeste do Estado, representando uma capacidade 
instalada de 6,76 GW, esse Atlas direcionará novas áreas que possam ser 
utilizadas para o aproveitamento da energia eólica onshore.
Além da necessidade de atualização do Atlas de Energia Eólica, o 
RN necessitava da elaboração do Atlas Solar do RN, a fim de direcionar os 
melhores locais para investimento e expansão no Estado. 
O Atlas contribui também com as informações sobre a complemen-
tariedade dos recursos energéticos e a nova frente do aproveitamento da 
geração de energia offshore para produção do Hidrogênio Verde.
Os resultados são apresentados em formato de livro digital nas ver-
sões português e inglês e conta com uma plataforma digital online de 
apresentação dos dados para que os usuários possam interagir e usufruir 
dos resultados em maior escala.
O nosso Atlas é o único do Brasil a disponibilizar dados anemomé-
tricos e solarimétricos medidos, para isso, foram instaladas seis estações 
solarimétricas em diferentes locais no RN e instalada a maior torre ane-
mométrica do Brasil, com 170 metros e os dados estão sendo disponibi-
lizados na plataforma. Também foi instalada uma torre de 30 m de altura 
no Porto Ilha para medições de dados offshore.
O Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte visa dar 
continuidade ao desenvolvimento e incentivo ao uso de energias renová-
veis, elevando o RN em um patamar de liderança no ramo das energias 
limpas e no caminho para o desenvolvimento sustentável.
Que os nossos bons ventos tragam ainda mais prosperidade para o 
nosso Estado.
Jaime Calado Pereira Dos Santos 
Secretário
MENSAGEM DA SEDEC
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A energia renovávelestá entre as principais atividades econômicas 
do Rio Grande do Norte, com potencial para ser um dos impulsionadores 
do desenvolvimento potiguar e assegurar, ao Estado, um papel estratégi-
co no desempenho do país na produção energética, que precisa ser garan-
tida nos níveis adequados ao almejado crescimento com sustentabilidade. 
As discussões desses assuntos, atualmente, envolvem questões que 
dizem respeito à segurança na oferta de energia, produção a partir de 
fontes renováveis, incentivo ao cumprimento dos objetivos do desenvolvi-
mento sustentável e favorecimento na transição energética justa do nosso 
país.
Esses aspectos são impossíveis de dissociar da pesquisa e do de-
senvolvimento da inovação e, nesse ponto, a Federação das Indústrias do 
Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) se destaca. A FIERN é uma grande 
incentivadora do crescimento das energias renováveis e vem participan-
do, efetivamente, desse esforço. 
O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis é prova dis-
so, sendo um instituto de referência no desenvolvimento de soluções para 
os diversos atores da cadeia da indústria renovável.
Por isso, com muito orgulho, anunciamos o desenvolvimento do 
Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte. 
Trata-se de um trabalho importantíssimo para atrair investidores e 
grandes players nacionais e internacionais que poderão fomentar a discus-
são e aumentar essa base de sustentação fundamental para as energias 
eólica e solar e novas fronteiras tecnológicas, como o hidrogênio verde.
 
Esse estudo chega em um excelente momento. A atualização do 
Atlas Eólico anterior foi um impulsionador no desenvolvimento da energia 
eólica e temos certeza de que esse novo documento será o responsável 
por continuarmos sendo o maior produtor de energia eólica onshore do 
país, além de abrir muitas frentes de investimento com a energia eólica 
offshore. O Atlas Solar do Estado terá papel fundamental no aumento 
do crescimento da energia solar, tanto na geração centralizada, como na 
distribuída. 
O Atlas Eólico e Solar do Rio Grande do Norte foi elaborado em 
conjunto pelo ISI-ER, com a empresa Camargo&Schubert, referência na 
elaboração dessa tipologia de documento e responsável pela elaboração 
do Atlas Eólico publicado em 2003. São duas grandes instituições, de 
excelência, que proporcionam, ao documento, a robustez técnica e con-
fiabilidade esperada. 
O Atlas foi pensado para ser dinâmico e as informações disponíveis 
na plataforma, permitem fazer atualizações constantes. A disponibilização 
dos dados da torre anemométrica, a mais alta do país, e das seis estações 
solarimétricas instaladas exclusivamente para o Atlas é um diferencial 
pioneiro no Brasil. A torre de medição offshore instalada no Porto Ilha, 
cerca de 30m em relação ao nível do mar, marca o início das ações pal-
páveis para o crescimento da indústria eólica offshore no RN e no Brasil.
Por tudo isso, temos a certeza de que esse Atlas será um marco na 
continuação da expansão do segmento das energias renováveis.
Desejamos boa leitura a todos!
Amaro Sales de Araújo 
Presidente do Sistema FIERN
MENSAGEM DA FIERN
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 9 12/16/22 19:18
“Este Atlas está chegando num momento muito especial. O setor 
eólico brasileiro tem experimentado um crescimento virtuoso, fruto de um 
esforço dedicado de empresas, governos e também da ótima qualidade 
dos nossos ventos, um dos melhores do mundo para produção de energia. 
Em 2010, tínhamos menos de 1 GW de capacidade instalada. Vamos ter-
minar o ano de 2023 com mais de 25 GW, somando parques em operação 
comercial e em operação de testes. Chegaremos a 2026 com mais de 
40GW, apenas considerando os contratos fechados até este final de 2022. 
Com mais leilões e novos contratos no mercado livre, esse número pode 
ser ainda maior. Estes dados mostram uma indústria sólida, empregando 
milhares de pessoas e promovendo desenvolvimento econômico e social.
Estamos, além disso, diante de uma nova fronteira de expansão 
para as eólicas brasileiras. Refiro-me à eólica offshore e também a todo 
o potencial de crescimento desta nova fonte junto com a produção de 
hidrogênio verde. É um caminho que nos levará, por meio do hidrogênio 
verde, a poder exportar energia para países europeus que não terão como 
cumprir com suas metas de descarbonização. O que estamos vivendo, 
portanto, é um momento muito especial para o setor energético brasilei-
ro, com perspectivas otimistas para as fontes renováveis. 
Este cenário também significa que há uma demanda cada vez maior 
por estudos e materiais com dados detalhados sobre nosso potencial, 
atualizados de acordo com novas tecnologias. É neste contexto que chega 
a atualização do Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte, 
uma iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria de Desen-
volvimento Econômico do RN (SEDEC) a partir de um Termo de Colabo-
ração com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte 
(FIERN) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), por 
meio do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER).
É muito bem-vindo o fato de que o novo Atlas apresenta o recurso 
eólico onshore em diferentes alturas: 100 m, 120 m, 150 m e 200 m e 
aborda o potencial eólico offshore, fonte que está em seus primeiros anos 
e já apresenta um intenso trabalho. Temos mais de 160 GW de projetos 
de offshore em análise no IBAMA. Se falarmos especificamente do Esta-
do do RN, este Atlas apresenta que o potencial offshore total do estado, 
considerando somente as áreas aptas, poderia gerar cerca de ⅓ de toda 
energia elétrica brasileira (dado de 2020). Estes são números que mos-
tram a grandiosidade dessa indústria e a intensidade do trabalho que 
podemos esperar para os próximos anos.
É, portanto, com muita felicidade que o setor eólico recebe este 
novo Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte. Convido todos 
para a leitura, com a certeza de que encontraremos aqui o caminho dos 
nossos bons ventos. Eles são ferramenta indispensável para combatermos 
o avanço do aquecimento global e deixarmos um planeta melhor para as 
futuras gerações.”
Elbia Gannoum
Presidente da ABEEólica
MENSAGEM DO SETOR
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 10 12/16/22 19:18
“Em 2003, quando iniciamos a jornada de planejar e organizar o se-
tor energético do Estado do Rio Grande do Norte, a convite da então Go-
vernadora Wilma de Faria, minha equipe e eu nos deparamos com fontes 
renováveis ainda apelidadas de “alternativas”, e um incipiente grupo de 
cientistas e empreendedores unindo esforços para, heroicamente, pesqui-
sar boas locações para alguns poucos e diminutos projetos. 
Tínhamos a intenção de montar as bases de um novo ciclo econô-
mico para o estado, baseado no aproveitamento dos ventos e da luz solar 
abundantes congeminado com a conquista de um complexo de refino e 
processamento de gás que agregasse valor à nossa produção estadual. 
Como única base oficial de dados eólicos, foi publicado o primeiro Atlas 
Eólico do RN, com mapas indicando a velocidade e direção dos ventos em 
nosso território para as alturas de 50m, 75m e 100m (os aerogeradores 
da época chegavam a pouco mais de 70m). 
De lá para cá, o Rio Grande do Norte se tornou o líder nacional em 
geração de energia eólica, e um dos principais destinos dos investimentos 
em energia solar fotovoltaica do Brasil. O novo ciclo econômico se conso-
lidou e o Estado fez a sua transição energética sem que quase ninguém 
notasse. Esta é uma história de sucesso com muitos protagonistas: gente 
de governo, gente da indústria, gente da política, gente da ciência e gente 
do povo. É uma história da gente do Rio Grande do Norte. 
Já vivemos essa nova era, esse novo ciclo. A Governadora Fatima 
Bezerra lidera um estado-líder, com a responsabilidade de mostrar a to-
dos os demais como se pode conciliar desenvolvimento sustentável com a 
preservação de nossos biomas e comunidades. 
No Senado Federal,nosso mandato elaborou os marcos legais que 
abrirão novos horizontes: a geração de energia no mar (“offshore”), a 
produção e transporte de hidrogênio, o aproveitamento energético do bio-
gás dos aterros sanitários, e as novas atividades de captura e armazena-
mento de carbono. Ao mesmo tempo, tratamos de regulamentar as ati-
vidades energéticas nos assentamentos rurais, e entregamos os marcos 
legais do desenvolvimento sustentável e conservação da Caatinga e do 
Cerrado, duas importantes conquistas da luta pela preservação ambiental 
no Brasil. 
Este Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte não é 
obra de estante, muito menos uma simples referência bibliográfica. Trata-
-se de um trabalho minucioso, altamente técnico e extremamente útil, na 
prática, para quem empreende, analisa, regula, governa, estuda ou mera-
mente observa o desenrolar dos projetos eólicos e solares no Estado. Ele 
representa mais do que visões atualizadas para o potencial eólico-solar do 
Estado. Ele traz a perspectiva de novos horizontes, em terra e no mar, no 
litoral, nas serras ou no interior, para se estudar devidamente as oportu-
nidades de empreender mas também para preservar, evitar áreas criticas 
e sensíveis, e montar projetos inteligentes e ambientalmente corretos. 
Estão de parabéns as equipes técnicas do Instituto SENAI de Inova-
ção em Energia Renovável (ISI-ER), as equipes contratadas para o apoio 
a este trabalho desafiador, bem como os gestores do Governo do Estado 
do Rio Grande do Norte e da Federação das Indústrias do Estado do Rio 
Grande do Norte (FIERN) por esta iniciativa que honra e homenageia a 
todos e todas que construíram e continuarão construindo este novo ciclo 
econômico do Estado do Rio Grande do Norte.”
Jean-Paul Prates
Senador da República
MENSAGEM DO SETOR
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“A geração de energia solar, limpa e renovável, é fundamental para 
a transição energética e o atingimento dos compromissos assumidos in-
ternacionalmente pelo Brasil de redução de emissões de gases de efeito 
estufa, bem como para a descarbonização da economia nacional. Neste 
sentido, o Brasil, detentor de um dos melhores recursos solares do plane-
ta, possui imenso potencial solar, capaz de alçar nosso País à posição de 
liderança global na tecnologia fotovoltaica.
Com a energia solar, temos a oportunidades de desenvolver produ-
tos e serviços cada vez mais demandados pelos consumidores e alinhados 
aos princípios da economia verde, com baixo impacto ambiental, maior 
eficiência no uso de recursos naturais e sintonizado com os princípios ASG 
(ambiental, social governança), cada vez mais valorizados pelos investi-
dores e mercados.
A fonte solar fotovoltaica é uma ferramenta estratégica para o rápi-
do reaquecimento das economias, especialmente do Brasil, país tropical 
de clima favorável, com extensão continental e abundante disponibilidade 
de áreas para o seu aproveitamento. Segundo dados da Associação Bra-
sileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar acumula no 
Brasil mais de 22,3 GW de potência operacional, tendo trazido mais de R$ 
113,3 bilhões em novos investimentos, gerado mais de 670,7 mil novos 
empregos, evitado a emissão de mais de 31,1 milhões de toneladas de 
CO2 na geração de eletricidade e contribuído para a arrecadação de mais 
de R$ 35,5 bilhões em tributos aos cofres públicos.
Apesar dos números robustos já alcançados, a ABSOLAR avalia que 
a fonte solar fotovoltaica ainda possui um potencial expressivo de cresci-
mento a ser viabilizado no Brasil. Neste sentido, este Atlas Eólico e Solar 
do Estado do Rio Grande do Norte, combinado com a adoção de políticas 
públicas facilitadoras do desenvolvimento destas fontes, é um importante 
catalizador para a atração de investimentos nacionais e internacionais.
O Estado do Rio Grande do Norte conta com um dos melhores índi-
ces de irradiação solar do Brasil. Portanto, tem um vasto potencial para 
desenvolver e aproveitar a tecnologia solar fotovoltaica para ampliar a 
oferta de energia elétrica limpa, renovável e competitiva, bem como para 
contribuir com o desenvolvimento social, econômico e ambiental da re-
gião. Esta contribuição proporcionará ao Rio Grande do Norte a geração 
de milhares de novos empregos, a viabilização de novas oportunidades 
de negócio, a atração de bilhões de reais em novos investimentos ao es-
tado. Adicionalmente, contribuirá para a diversificação da matriz elétrica, 
economizando água dos reservatórios hidrelétricos e aliviando a pressão 
sobre os recursos hídricos, cada vez mais escassos e valiosos. Conse-
quentemente, aumentará a disponibilidade de água para usos nobres, 
como consumo humano, agricultura, agropecuária, atividades comerciais 
e atividades industriais.
Este Atlas serve como referência para investidores, empreendedo-
res, consumidores, acadêmicos e gestores públicos conhecerem melhor 
os recursos solar e eólico do Estado do Rio Grande do Norte e suas carac-
terísticas geográficas, econômicas, de infraestrutura, logísticas, climáticas 
e ambientais. Por meio destas informações, a sociedade terá melhores 
condições de planejar, projetar e implementar seus empreendimentos re-
nováveis na região.
A ABSOLAR parabeniza esta iniciativa do Governo do Estado do Rio 
Grande do Norte, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico 
(SEDEC). Parabenizamos, também, o fundamental trabalho e apoio da 
Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e do 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), por meio do Insti-
tuto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), que deram ori-
gem a este Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte. Trata-se 
de importante marco para que o estado potiguar continue avançando com 
solidez na utilização da fonte solar fotovoltaica e da fonte eólica como 
alavanca de desenvolvimento, colhendo os diversos benefícios sociais, 
econômicos, ambientais, energéticos e estratégicos que estas tecnologias 
proporcionam à população potiguar e ao Brasil.”
Dr. Rodrigo Lopes Sauaia
Presidente Executivo da ABSOLAR
MENSAGEM DO SETOR
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Parque Eólico Rio do Fogo - Rio do Fogo-RN
Complexo Eólico Modelo - João Câmara-RN
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SU
M
ÁR
IO 1. O RIO GRANDE DO NORTE E AS ENERGIAS RENOVÁVEIS ................................................................. 20
1.1. O CRESCIMENTO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS E O CENÁRIO ATUAL ....................................................... 21
1.2. PERSPECTIVAS FUTURAS NO CENÁRIO DE CRESCIMENTO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS ............................ 32
2. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO RIO GRANDE DO NORTE ........................................................... 34
2.1. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA .............................................................................................................. 35
2.2. ASPECTOS FÍSICOS .......................................................................................................................... 36
2.3. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS, ECONÔMICOS E CONSUMO ENERGÉTICO .................................................... 38
2.4. INFRAESTRUTURA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE .................................................................. 41
2.4.1. Infraestrutura de Transportes .......................................................................................................... 41
2.4.2. Infraestrutura Energética ............................................................................................................... 42
3. A CLIMATOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE ................................................................................ 46
3.1. CIRCULAÇÃO GERAL ......................................................................................................................... 47
3.1.1. Macroescala..................................................................................................................................47
3.1.2. Mesoescala ................................................................................................................................... 48
3.1.3. Microescala .................................................................................................................................. 50
3.2. CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS E SISTEMAS METEOROLÓGICOS ATUANTES NO RIO GRANDE DO NORTE ... 50
3.2.1. Temperatura ................................................................................................................................. 50
3.2.2. Precipitação e nebulosidade ............................................................................................................ 52
3.2.3. Vento .......................................................................................................................................... 57
3.2.4. Radiação solar .............................................................................................................................. 60
3.3. CLIMA ............................................................................................................................................ 61
4. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS E LICENCIAMENTO ........................................................................... 64
4.1. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS RELEVANTES PARA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS ENERGÉTICOS 
RENOVÁVEIS ......................................................................................................................................... 65
4.1.1. Áreas Especiais ............................................................................................................................. 65
4.1.1.1. Unidades de Conservação ........................................................................................................... 65
4.1.1.2. Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade ..................................................................... 67
4.1.1.3. Quilombolas, Sítios Arqueológicos e Terras Indígenas ..................................................................... 69
4.1.2. Assentamentos Agrícolas ............................................................................................................... 70
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4.1.3. Avifauna e Quirópteros ................................................................................................................... 72
4.1.4. Cavernas ...................................................................................................................................... 72
4.1.5. Batimetria X Distância da Linha de Costa .......................................................................................... 74
4.1.6. Estruturas Offshore ....................................................................................................................... 75
4.1.7. Aspectos Oceanográficos ................................................................................................................ 75
4.1.7.1. Caracterização Climática Meteoceanográfica Atuante no Rio Grande do Norte ...................................... 75
4.1.8. Substrato Marinho ........................................................................................................................ 81
4.2. CONSIDERAÇÕES ACERCA DOS MARCOS REGULATÓRIOS E LICENCIAMENTO AMBIENTAL ........................ 83
4.2.1. Marco Regulatório e Licenciamento dos Parques Eólicos Onshore e Usinas Fotovoltaicas .......................... 83
4.2.2. Marco Regulatório e Licenciamento dos Parques Eólicos Offshore ......................................................... 85
4.3. IMPACTOS AMBIENTAIS E AS ENERGIAS RENOVÁVEIS .......................................................................... 86
5. TECNOLOGIA EÓLICA E SOLAR ......................................................................................................... 90
5.1. TECNOLOGIA DE ENERGIA EÓLICA ..................................................................................................... 91
5.1.1. Aerodinâmica dos Aerogeradores ..................................................................................................... 91
5.1.2. Configuração dos Aerogeradores ..................................................................................................... 92
5.1.3. Tecnologia da Energia Eólica Offshore............................................................................................... 93
5.2. TECNOLOGIA DA ENERGIA SOLAR ...................................................................................................... 95
5.2.1. Geração Solar Fotovoltaica ............................................................................................................. 96
5.2.2. Geração Solar Fotovoltaica Distribuída e Centralizada ......................................................................... 98
5.2.3. Geração Solar Fotovoltaica Flutuante ............................................................................................... 98
5.2.4. Geração Solar Térmica ................................................................................................................... 99
5.2.4.1. Planta Heliotérmica do Tipo Torre Solar........................................................................................ 100
5.2.4.2. Planta Heliotérmica do Tipo Calha Parabólica ................................................................................ 100
5.2.4.3. Planta Heliotérmica do Tipo Disco Parabólico ................................................................................ 101
5.2.4.4. Planta Heliotérmica do Tipo Refletor Linear de Fresnel ................................................................... 102
5.3. SISTEMAS HÍBRIDOS ..................................................................................................................... 102
6. METODOLOGIA .............................................................................................................................. 104
6.1. ASPECTOS METODOLÓGICOS PARA GERAÇÃO DO RECURSO EÓLICO .................................................... 105
6.1.1. Medições Anemométricas ............................................................................................................. 108
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 15 12/15/22 23:24
6.1.2. Metodologia de Integração ............................................................................................................ 110
6.2. ASPECTOS METODOLÓGICOS PARA GERAÇÃO DO RECURSO SOLAR ..................................................... 111
6.2.1. Modelo de Superfície Terrestre e Dados Estáticos ............................................................................. 112
6.2.2. Ajuste e Validação das Simulações do Recurso Solar ........................................................................ 112
6.2.3. Estações Meteorológicas Automáticas do INMET – EMA ..................................................................... 113
6.2.4. Estações Solarimétricas – ISI-ER ................................................................................................... 114
6.2.5. Metodologia de Integração ............................................................................................................ 115
7.1. MAPAS EÓLICOS E SOLARES ....................................................................................................... 118
7.1. MAPAS EÓLICOS ............................................................................................................................ 120
7.1.1. Mapas Eólicos Onshore ................................................................................................................. 120
7.1.1.1. Potencial Eólico Onshore Anual a 100 m de altura ......................................................................... 120
7.1.1.2. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 100 m de altura ......................................................................121
7.1.1.3. Potencial Eólico Onshore Anual a 120 m de altura ......................................................................... 122
7.1.1.4. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 120 m de altura ...................................................................... 123
7.1.1.5. Potencial Eólico Onshore Anual a 140 m de altura ......................................................................... 124
7.1.1.6. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 140 m de altura ...................................................................... 125
7.1.1.7. Potencial Eólico Onshore Mensal a 140 m de altura........................................................................ 126
7.1.1.8. Potencial Eólico Onshore Anual a 200 m de altura ......................................................................... 128
7.1.1.9. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 200 m de altura ...................................................................... 129
7.1.2. Mapas Eólicos Offshore ................................................................................................................ 130
7.1.2.1. Potencial Eólico Offshore Anual a 100 m de altura ......................................................................... 130
7.1.2.2. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 100 m de altura ...................................................................... 131
7.1.2.3. Potencial Eólico Offshore Anual a 120 m de altura ......................................................................... 132
7.1.2.4. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 120 m de altura ...................................................................... 133
7.1.2.5. Potencial Eólico Offshore Anual a 140 m de altura ......................................................................... 134
7.1.2.6. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 140 m de altura ...................................................................... 135
7.1.2.7. Potencial Eólico Offshore Mensal a 140 m de altura ....................................................................... 136
7.1.2.8. Potencial Eólico Offshore Anual a 200 m de altura ......................................................................... 138
7.1.2.9. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 200 m de altura ...................................................................... 139
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 16 12/15/22 23:24
7.1.1.10. Mapa de Áreas Aptas Onshore .................................................................................................. 140
7.1.2.10. Mapa de Áreas Aptas Offshore .................................................................................................. 141
7.1.3. Outras Variáveis Onshore e Offshore ............................................................................................. 142
7.1.3.1. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Frequência X Direção ............................................................... 142
7.1.3.2. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Velocidade X Direção ............................................................... 143
7.1.3.3. Densidade Média Anual do Ar a 140 m ......................................................................................... 144
7.1.3.4. Fator de Forma de Weibull Anual a 140m ..................................................................................... 145
7.1.3.5. Regimes Horários e Mensais ....................................................................................................... 146
7.1.3.6. Regime Diurno de Vento – Média Anual a 140 m de altura .............................................................. 147
7.2. MAPAS SOLARES ............................................................................................................................ 148
7.2.1. Irradiação Global Horizontal ......................................................................................................... 148
7.2.1.1. Irradiação Global Horizontal Anual ............................................................................................. 148
7.2.1.2. Irradiação Global Horizontal Sazonal ........................................................................................... 149
7.2.1.3. Irradiação Global Horizontal Mensal............................................................................................. 150
7.2.2. Irradiação Difusa Horizontal .......................................................................................................... 152
7.2.2.1. Irradiação Difusa Horizontal Anual ............................................................................................. 152
7.2.2.2. Irradiação Difusa Horizontal Sazonal ........................................................................................... 153
7.2.2.3. Irradiação Difusa Horizontal Mensal............................................................................................. 154
7.2.3. Irradiação Normal Direta .............................................................................................................. 156
7.2.3.1. Irradiação Normal Direta Anual ................................................................................................... 156
7.2.3.2. Irradiação Normal Direta Sazonal ................................................................................................ 157
7.2.3.3. Irradiação Normal Direta Mensal ................................................................................................. 158
7.2.4. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° ........................................................................................ 160
7.2.4.1. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Anual ........................................................................... 160
7.2.4.2. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Sazonal ........................................................................ 161
7.2.4.3. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Mensal ........................................................................... 162
7.2.5. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° ................................................................ 164
7.2.5.1. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Anual ..................................................... 164
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 17 12/15/22 23:24
7.2.5.2. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Sazonal .................................................. 165
7.2.5.3. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Mensal ................................................... 166
7.2.5.4. Mapa Áreas Aptas - Plano e Suave Ondulado ................................................................................ 168
7.2.5.5. Mapa Áreas Aptas - Urbanas ...................................................................................................... 169
8. ANÁLISES E DIAGNÓSTICOS: O POTENCIAL EÓLICO E SOLAR DO RIO GRANDE DO NORTE ........................ 170
8.1. O POTENCIAL EÓLICO DO RIO GRANDE DO NORTE ............................................................................. 171
8.1.1. O Potencial Eólico Onshore .......................................................................................................... 171
8.1.2. O Potencial Eólico Offshore ........................................................................................................... 174
8.2. O POTENCIAL SOLAR DO RIO GRANDE DO NORTE .............................................................................. 177
8.2.1. Geração Centralizada ................................................................................................................... 177
8.2.2. Geração Distribuída ..................................................................................................................... 180
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................183
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 184
APENDICE A - LSTA DE SIGLAS E UNIDADES ............................................................................................ 194
APENDICE B - LISTA DOS EMPREENDIMENTOS ENERGÉTICOS EM OPERAÇÃO DO RN .................................... 196
APENDICE C - EÓLICA ONSHORE - ÁREAS APTAS, CAPACIDADE INSTALÁVEL E PRODUÇÃO ANUAL DE ENERGIA 
POR MUNICÍPIO DO RN ......................................................................................................................... 198
APENDICE D - GERAÇÃO CENTRALIZADA SOLAR POR MUNICÍPIO DO RN ..................................................... 206
APENDICE E - GERAÇÃO CENTRALIZADA SOLAR POR RESERVATÓRIOS MONITORADOS ................................. 207
APENDICE F - GERAÇÃO DISTRIBUÍDA SOLAR POR MUNICÍPIO DO RN ........................................................ 208
APENDICE G - SOBRE AS INSTITUIÇÕES EXECUTORAS.............................................................................. 210
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 18 12/15/22 23:24 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 19 12/15/22 23:24
CAPÍTULO 1
O RIO GRANDE DO NORTE E AS 
ENERGIAS RENOVÁVEIS
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 21
1. O RIO GRANDE DO NORTE E AS ENERGIAS RENOVÁVEIS
Situada na extremidade nordeste do Brasil, onde mais se aproxima dos continentes africano e europeu, o Rio Grande do Norte é detentor da 
maior capacidade instalada de energia eólica do Brasil e ocupa posição de destaque no cenário energético brasileiro devido sua localização geográfica 
estratégica e privilegiada (Figura 1.1). 
1.1. O CRESCIMENTO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS E O CENÁRIO ATUAL
O crescimento das energias renováveis, de fonte eólica e solar, ocorrido ao longo dos últimos 18 anos, foram impulsionados por várias ações até 
chegar aos números atuais, onde juntas representam mais de 16% da matriz elétrica brasileira.
Diversos marcos significativos foram responsáveis por esse crescimento, desde a criação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de 
Energia Elétrica (PROINFA), inclusão de leilões específicos, elaboração de estudos relacionados ao recurso eólico, até aos acontecimentos atuais onde 
já ocorrem ações efetivas para impulsionar o crescimento da energia eólica offshore, à exemplo da construção do marco regulatório, já em andamen-
to. Em relação a energia solar, a produção por meio da geração distribuída em sistemas de geração própria de energia elétrica, representam valores 
significativos quando ultrapassa a marca de 11,6 GW de produção, distribuídas em 1.048.576 usinas espalhadas pelo Brasil, colocando a energia solar 
como uma alternativa sustentável e de bom custo-benefício mais próxima aos brasileiros. O setor eólico e solar ao longo dos anos tornou-se compe-
titivo e viável.[1] 
Esse é um cenário em que o Rio Grande do Norte gerou e continua gerando importantes contribuições até alcançar, desde 2014, a liderança 
nacional na produção de energia eólica. Não apenas pela sua localização estratégica, detentora dos melhores ventos do Brasil para a geração eólica e 
sol abundante e expressivo ao longo de todo o ano para a geração da energia solar, houveram diversas ações significativas para que esse crescimento 
ocorresse.
A linha do tempo (Figura 1.2) demonstra os principais acontecimentos que impulsionaram o crescimento da energia eólica e solar no Rio Grande 
do Norte. 
Figura 1.1 - Localização geográfica do Estado do Rio Grande do Norte.
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 21 12/15/22 23:25
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E22
O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro foi 
elaborado para atualizar os atlas anteriores 
e teve acesso a dados de torres de medição 
de 50 m e apresentou o recurso também a 
50 m de altura.
Publicação do Atlas
do Potencial Eólico Brasileiro
Este programa previa, em sua primeira fase, 
a compra da energia elétrica por 20 anos, a 
partir de 3.300 MW de energias renováveis 
divididos igualmente entre Pequenas Cen- 
trais Hidrelétricas (PCH), Biomassa e Eólica 
por valores que viabilizassem a implantação 
dos projetos.
Criação do Programa
de Incentivos às Fontes 
Alternativas (PROINFA)
(Lei 10.438 de 26 de abril
de 2002)
Criação da Secretaria
de Estado de Energias
e Assuntos Internacionais
Implantada pela PETROBRAS, foi composta 
por 03 aerogeradores com altura média de 
60 m e potência de 600 quilowatt (kW) em 
cada aerogerador.
Início da operação
da primeira usina eólica
em território potiguar - 
Parque Eólico Piloto
de Macau
Parque eólico composto por 62 aeroge- 
radores e potência total de 49,6 MW.
Início da operação
do segundo parque eólico
do RN no município
de Rio do Fogo – RN15
Elaboração do Plano
Estadual de Energia
Esta lei previa incentivos crescentes para 
as centrais instaladas em períodos mais 
curtos e despertou o interesse de vários 
investidores privados que deram início ao 
desenvolvimento de projetos de energia 
eólica no Brasil, no entanto, o PROEÓLICA 
nunca foi regulamentado pela ANEEL.
Programa Emergencial de 
Energia Eólica (PROEÓLICA)
Elaborado pela empresa de consultoria 
Camargo-Schubert, apresentou as áreas 
que dispunham de maior potencial eólico 
com velocidades de vento a 50 m, 75 m e 
100 m de altura.
Publicação do Primeiro Atlas 
de Potencial Eólico do RN
Desenvolvido no ano de 2006 dentro do 
escopo do projeto SWERA (Solar and Wind 
Energy Resource Assessment), como 
objetivo de promover o levantamento de 
uma base de dados confiável e de alta 
qualidade do recurso solar brasileiro.
Publicação do Atlas
Brasileiro de Energia Solar
2001
2003
20022004
2006 2008
Lançada a Carta dos Ventos com diretrizes 
firmadas em dez instâncias governamentais 
e empresariais a fim de promover a 
articulação institucional para programas 
de incentivo político, econômico, fiscal e 
regulatório relativos à cadeia produtiva do 
mercado eólico.
Realização da primeira 
edição do Fórum Nacional 
Eólico – Carta dos Ventos
Fruto do primeiro leilão de energia realizado 
pelo PROINFA, é o terceiro parque eólico 
inaugurado do Estado composto por 31 
aerogeradores com potência total de 51,15 
MW e investimento da ordem de R$ 820 
milhões.
Inauguração do Parque 
Eólico Alegria I no município 
de Guamaré
Em 10 de junho de 2014, na 56ª Reunião 
Extraordinária, é aprovado o texto da nova 
Resolução do CONAMA Nº 462 publicada 
em 24 de julho de 2014 que estabelece 
procedimentos para o licenciamento 
ambiental de empreendimentos eólicos.
Publicação da Resolução 
CONAMA Nº 462/2014
Em 17 de abril de 2012, a ANEEL lança 
a Resolução Normativa Nº 482 que: 
estabelece as condições gerais para o 
acesso de microgeração e minigeração 
distribuída aos sistemas de distribuição 
de energia elétrica, o sistema de 
compensação de energia elétrica, e dá 
outras providências.
Publicação da Resolução 
Normativa ANEEL
Nº 482/2012
Lançamento da cartilha
“A indústria dos ventos
e o Rio Grande do Norte” 
pelo Centro de Estratégias 
em Recursos Naturais
& Energia (CERNE)
Destaque nacional
e internacional para o RN
ao conquistar o primeiro 
lugar nacional em novos 
projetos eólicos licitados
nos leilões federais
Criado em 1999, a partir de uma parceria 
inédita e exitosa entre a Petrobras e o 
SENAI, o Centro de Tecnologias do Gás 
(CTGÁS) ampliou a sua área de atuação 
com inclusão de serviços e P&D em energias 
renováveis e passou a se chamar Centro de 
Tecnologias do Gás e Energias Renováveis 
(CTGAS-ER).
Ampliação do escopo
do CTGAS-ER com inclusão 
das Energias Renováveis 
para desenvolvimento
de serviços e P&D
Em 2010, o RN atinge a 
autossuficiência energética.
A partir desse ano, o RN assume a liderança 
de maior produtor de energia eólica do 
Brasil.
Ano significativopara o setor eólico do RN 
com a inauguração
de 48 novos parques no RN
2009 2009 a 2013
20102012
2013
2014
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 23
O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro foi 
elaborado para atualizar os atlas anteriores 
e teve acesso a dados de torres de medição 
de 50 m e apresentou o recurso também a 
50 m de altura.
Publicação do Atlas
do Potencial Eólico Brasileiro
Este programa previa, em sua primeira fase, 
a compra da energia elétrica por 20 anos, a 
partir de 3.300 MW de energias renováveis 
divididos igualmente entre Pequenas Cen- 
trais Hidrelétricas (PCH), Biomassa e Eólica 
por valores que viabilizassem a implantação 
dos projetos.
Criação do Programa
de Incentivos às Fontes 
Alternativas (PROINFA)
(Lei 10.438 de 26 de abril
de 2002)
Criação da Secretaria
de Estado de Energias
e Assuntos Internacionais
Implantada pela PETROBRAS, foi composta 
por 03 aerogeradores com altura média de 
60 m e potência de 600 quilowatt (kW) em 
cada aerogerador.
Início da operação
da primeira usina eólica
em território potiguar - 
Parque Eólico Piloto
de Macau
Parque eólico composto por 62 aeroge- 
radores e potência total de 49,6 MW.
Início da operação
do segundo parque eólico
do RN no município
de Rio do Fogo – RN15
Elaboração do Plano
Estadual de Energia
Esta lei previa incentivos crescentes para 
as centrais instaladas em períodos mais 
curtos e despertou o interesse de vários 
investidores privados que deram início ao 
desenvolvimento de projetos de energia 
eólica no Brasil, no entanto, o PROEÓLICA 
nunca foi regulamentado pela ANEEL.
Programa Emergencial de 
Energia Eólica (PROEÓLICA)
Elaborado pela empresa de consultoria 
Camargo-Schubert, apresentou as áreas 
que dispunham de maior potencial eólico 
com velocidades de vento a 50 m, 75 m e 
100 m de altura.
Publicação do Primeiro Atlas 
de Potencial Eólico do RN
Desenvolvido no ano de 2006 dentro do 
escopo do projeto SWERA (Solar and Wind 
Energy Resource Assessment), como 
objetivo de promover o levantamento de 
uma base de dados confiável e de alta 
qualidade do recurso solar brasileiro.
Publicação do Atlas
Brasileiro de Energia Solar
2001
2003
20022004
2006 2008
Lançada a Carta dos Ventos com diretrizes 
firmadas em dez instâncias governamentais 
e empresariais a fim de promover a 
articulação institucional para programas 
de incentivo político, econômico, fiscal e 
regulatório relativos à cadeia produtiva do 
mercado eólico.
Realização da primeira 
edição do Fórum Nacional 
Eólico – Carta dos Ventos
Fruto do primeiro leilão de energia realizado 
pelo PROINFA, é o terceiro parque eólico 
inaugurado do Estado composto por 31 
aerogeradores com potência total de 51,15 
MW e investimento da ordem de R$ 820 
milhões.
Inauguração do Parque 
Eólico Alegria I no município 
de Guamaré
Em 10 de junho de 2014, na 56ª Reunião 
Extraordinária, é aprovado o texto da nova 
Resolução do CONAMA Nº 462 publicada 
em 24 de julho de 2014 que estabelece 
procedimentos para o licenciamento 
ambiental de empreendimentos eólicos.
Publicação da Resolução 
CONAMA Nº 462/2014
Em 17 de abril de 2012, a ANEEL lança 
a Resolução Normativa Nº 482 que: 
estabelece as condições gerais para o 
acesso de microgeração e minigeração 
distribuída aos sistemas de distribuição 
de energia elétrica, o sistema de 
compensação de energia elétrica, e dá 
outras providências.
Publicação da Resolução 
Normativa ANEEL
Nº 482/2012
Lançamento da cartilha
“A indústria dos ventos
e o Rio Grande do Norte” 
pelo Centro de Estratégias 
em Recursos Naturais
& Energia (CERNE)
Destaque nacional
e internacional para o RN
ao conquistar o primeiro 
lugar nacional em novos 
projetos eólicos licitados
nos leilões federais
Criado em 1999, a partir de uma parceria 
inédita e exitosa entre a Petrobras e o 
SENAI, o Centro de Tecnologias do Gás 
(CTGÁS) ampliou a sua área de atuação 
com inclusão de serviços e P&D em energias 
renováveis e passou a se chamar Centro de 
Tecnologias do Gás e Energias Renováveis 
(CTGAS-ER).
Ampliação do escopo
do CTGAS-ER com inclusão 
das Energias Renováveis 
para desenvolvimento
de serviços e P&D
Em 2010, o RN atinge a 
autossuficiência energética.
A partir desse ano, o RN assume a liderança 
de maior produtor de energia eólica do 
Brasil.
Ano significativo
para o setor eólico do RN 
com a inauguração
de 48 novos parques no RN
2009 2009 a 2013
20102012
2013
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Em 24 de novembro de 2015, a ANEEL 
por meio de consulta pública realizada 
previamente, lança a Resolução Normativa 
Nº 687 que altera os indicadores para a 
classificação da geração distribuída e criou 
as modalidades de autoconsumo remoto e 
geração compartilhada.
Publicação da Resolução 
ANEEL Nº 687/2017
Elaboração do Planejamento 
Energético do Estado
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 
(INPE) apresenta a 2ª edição do Atlas 
Brasileiro de Energia Solar. Nesta edição, 
além dos dados obtido in loco, foram 
utilizadas dados satelitais em conjunto 
com modelos atmosféricos para aprimorar 
a acurácia e a confiabilidade dos dados 
apresentados.
Publicação da 2ª Versão
do Atlas Brasileiro
de Energia Solar
Criação da Câmara
Setorial de Energia
Disponibilização de boletins informativos, 
infográficos e notas técnicas sobre a geração 
de energia e a produção de petróleo e gás 
no RN.
Publicação dos boletins 
informativos da CODER 
sobre o setor energético
do Estado
O Rio Grande do Norte 
apresentou um aumento
de 158,9% nos investi-
mentos em sistemas fotovol-
taicos em comparação ao 
ano de 2020
Criação, em 18 de abril de 2016, da 
COERE, formada por órgãos e instituições 
correlatas a energias renováveis no RN, 
no qual objetiva: acompanhar e debater 
a legislação, desenvolver propostas de 
políticas e estimular práticas voltadas para 
a área de sua competência; promover o 
debate com especialistas e autoridades 
na área de energias renováveis e 
formular linhas de ação para aumentar 
a competitividade e produtividade das 
indústrias.
Criação da Comissão Temáti-
ca de Energias Renováveis – 
COERE, pela FIERN
Investimento na capacitação de servidores 
para atuação na área e desenvolvimento 
de projetos estratégicos em parcerias 
com entidades, visando o aumento da 
competitividade do estado no setor 
energético.
Profissionalização do corpo 
técnico da CODER – Coorde-
nadoria de Desenvolvimento 
Energético
Entidades participaram do Workshop RN 
Energia tendo como foco a melhoria de 
procedimentos e planejamento das ações 
estratégicas para suporte ao setor elétrico.
Realização do Workshop
RN Energia
2015 2017
2016
2019
2018
2019 2021
2020
Ação do Governo do Estado enquanto 
incentivo para desenvolver e implantar o 
polo produtor de energia limpa e o hub de 
produção, armazenamento e exportação 
de hidrogênio verde e amônia verde.
Realização de Estudos
de Viabilidade Técnico-
Econômica-Ambiental 
(EVTEA) para o Porto 
Indústria-Multipropósito 
Offshore do Rio Grande
do Norte
Encontro realizado entre o Governo do 
Estado através da SEDEC e pela FIERN, 
lançou a plataforma online do novo Atlas 
Eólico e Solar do RN, o Programa de 
Hidrogênio Verde do RN e o local onde 
vai ser o novo porto indústria do Estado, 
além disso, foi apresentada uma carta 
em defesa das energias renováveis com 
recomendações importantes do ponto de 
vista do desenvolvimento da atividade das 
energias renováveis.
Realização do Encontro
em Defesa das Energias 
Renováveis
No dia 7 de janeiro de 2022, o Governo 
Federal publica a Lei n°14.300/2022, 
estabelecendo o Marco Legal da Geração 
Distribuída, regulamentando a micro e 
minigeração distribuída no Brasil.
Publicação da Lei 
n°14.300/2022
Divulgação dos estudos
do Porto Indústria-Multi-
propósito Offshore
do Rio Grande do Norte
Elaboraçãodo estudo 
“Avaliação de Estratégias 
Locacionais para o Desen-
volvimento de Infraestru-
turas de Transmissão de 
Energia no Suporte ao Setor 
Eólico Offshore do Estado
do Rio Grande do Norte” 
desenvolvido pelo ISI-ER 
para a SEDEC
O ISI-ER com sede no RN, faz parte uma 
rede formada por 27 Institutos de Inovação 
implantados pelo SENAI no Brasil para 
atender a diferentes demandas da indústria. 
O foco do ISI-ER é desenvolver pesquisa 
aplicada e tecnologias na área de energias 
renováveis.
Inauguração do Instituto 
SENAI de Inovação
em Energias Renováveis 
(ISI-ER)
O Rio Grande do Norte 
alcançou a marca de 300 
Megawatts (MW) de potên-
cia instalada de energia 
solar no ano de 2022
Lançamento do Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte
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Em 24 de novembro de 2015, a ANEEL 
por meio de consulta pública realizada 
previamente, lança a Resolução Normativa 
Nº 687 que altera os indicadores para a 
classificação da geração distribuída e criou 
as modalidades de autoconsumo remoto e 
geração compartilhada.
Publicação da Resolução 
ANEEL Nº 687/2017
Elaboração do Planejamento 
Energético do Estado
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 
(INPE) apresenta a 2ª edição do Atlas 
Brasileiro de Energia Solar. Nesta edição, 
além dos dados obtido in loco, foram 
utilizadas dados satelitais em conjunto 
com modelos atmosféricos para aprimorar 
a acurácia e a confiabilidade dos dados 
apresentados.
Publicação da 2ª Versão
do Atlas Brasileiro
de Energia Solar
Criação da Câmara
Setorial de Energia
Disponibilização de boletins informativos, 
infográficos e notas técnicas sobre a geração 
de energia e a produção de petróleo e gás 
no RN.
Publicação dos boletins 
informativos da CODER 
sobre o setor energético
do Estado
O Rio Grande do Norte 
apresentou um aumento
de 158,9% nos investi-
mentos em sistemas fotovol-
taicos em comparação ao 
ano de 2020
Criação, em 18 de abril de 2016, da 
COERE, formada por órgãos e instituições 
correlatas a energias renováveis no RN, 
no qual objetiva: acompanhar e debater 
a legislação, desenvolver propostas de 
políticas e estimular práticas voltadas para 
a área de sua competência; promover o 
debate com especialistas e autoridades 
na área de energias renováveis e 
formular linhas de ação para aumentar 
a competitividade e produtividade das 
indústrias.
Criação da Comissão Temáti-
ca de Energias Renováveis – 
COERE, pela FIERN
Investimento na capacitação de servidores 
para atuação na área e desenvolvimento 
de projetos estratégicos em parcerias 
com entidades, visando o aumento da 
competitividade do estado no setor 
energético.
Profissionalização do corpo 
técnico da CODER – Coorde-
nadoria de Desenvolvimento 
Energético
Entidades participaram do Workshop RN 
Energia tendo como foco a melhoria de 
procedimentos e planejamento das ações 
estratégicas para suporte ao setor elétrico.
Realização do Workshop
RN Energia
2015 2017
2016
2019
2018
2019 2021
2020
Ação do Governo do Estado enquanto 
incentivo para desenvolver e implantar o 
polo produtor de energia limpa e o hub de 
produção, armazenamento e exportação 
de hidrogênio verde e amônia verde.
Realização de Estudos
de Viabilidade Técnico-
Econômica-Ambiental 
(EVTEA) para o Porto 
Indústria-Multipropósito 
Offshore do Rio Grande
do Norte
Encontro realizado entre o Governo do 
Estado através da SEDEC e pela FIERN, 
lançou a plataforma online do novo Atlas 
Eólico e Solar do RN, o Programa de 
Hidrogênio Verde do RN e o local onde 
vai ser o novo porto indústria do Estado, 
além disso, foi apresentada uma carta 
em defesa das energias renováveis com 
recomendações importantes do ponto de 
vista do desenvolvimento da atividade das 
energias renováveis.
Realização do Encontro
em Defesa das Energias 
Renováveis
No dia 7 de janeiro de 2022, o Governo 
Federal publica a Lei n°14.300/2022, 
estabelecendo o Marco Legal da Geração 
Distribuída, regulamentando a micro e 
minigeração distribuída no Brasil.
Publicação da Lei 
n°14.300/2022
Divulgação dos estudos
do Porto Indústria-Multi-
propósito Offshore
do Rio Grande do Norte
Elaboração do estudo 
“Avaliação de Estratégias 
Locacionais para o Desen-
volvimento de Infraestru-
turas de Transmissão de 
Energia no Suporte ao Setor 
Eólico Offshore do Estado
do Rio Grande do Norte” 
desenvolvido pelo ISI-ER 
para a SEDEC
O ISI-ER com sede no RN, faz parte uma 
rede formada por 27 Institutos de Inovação 
implantados pelo SENAI no Brasil para 
atender a diferentes demandas da indústria. 
O foco do ISI-ER é desenvolver pesquisa 
aplicada e tecnologias na área de energias 
renováveis.
Inauguração do Instituto 
SENAI de Inovação
em Energias Renováveis 
(ISI-ER)
O Rio Grande do Norte 
alcançou a marca de 300 
Megawatts (MW) de potên-
cia instalada de energia 
solar no ano de 2022
Lançamento do Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte
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ção de 6,84 GW, o que representa 29,72% de toda a produção nacional 
de fonte eólica. 
 
 
Os parques eólicos concentram-se principalmente no Litoral Seten-
trional, região do Mato Grande e as Serras Centrais. Os três municípios 
que mais dispõem de usinas instaladas são Serra do Mel com 36 parques 
e potência total de 741,56 MW, seguido do município de João Câmara com 
29 parques (629,20 MW) e Parazinho com 22 parques e 605,21 MW de 
potência instalada) (Figura 1.5 e 1.6).
Os 224 parques eólicos do RN distribuem-se em um total de 2.677 
aerogeradores e 8.031 pás, sendo 28,76% de todos os aerogeradores 
instalados no RN com altura total entre 101 a 130 m e 19,61% atingem 
as maiores alturas chegando até aos 200 m (Figura 1.7a), o que perfaz 
A publicação do primeiro Atlas de Potencial Eólico do RN em 2003, 
resultado da iniciativa da COSERN através do programa de Pesquisa e De-
senvolvimento, com o suporte da IBENBRASIL - Iberdrola Empreendimen-
tos do Brasil S.A. e elaborado pela empresa de consultoria Camargo-S-
chubert, foi um dos grandes marcos impulsionadores para o crescimento 
da energia eólica no RN ao apresentar as áreas que dispunham de maior 
potencial eólico, o que acabou por direcionar os locais para investimento. 
Foram apresentadas velocidade do vento para as alturas de 50 m, 75 m e 
100 m, compatíveis para aquele ano de publicação, visto que as turbinas 
chegavam um pouco mais de 70 m de altura.
No ano seguinte, em 2004, foi instalada a primeira usina eólica em 
território potiguar no município de Macau - o Parque Eólico Piloto de Ma-
cau, implantado pela PETROBRAS com investimento da ordem de R$ 6,8 
milhões, sendo composto por 03 aerogeradores com altura média de 60 
m e potência total de 1,8 MW apenas para autoconsumo.
Já em 2006, é inaugurado o segundo parque eólico do RN no muni-
cípio de Rio do Fogo com 62 aerogeradores e potência total de 49,6 MW, 
sendo o primeiro conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Na 
sequência, em 2010, o terceiro parque eólico do RN entrava em operação 
no município de Guamaré, o Alegria I, constituído de 31 aerogeradores 
somando uma capacidade de 51,15 MW. A partir desse ano, o crescimento 
da energia eólica foi ganhando velocidade, registrando seus picos de pro-
dução no ano de 2014 (20,12% da capacidade instalada) e em 2021 com 
acréscimo de 1.529,29 MW (23,05% da capacidade instalada). 
O terceiro parque eólico do RN iniciou sua operação em 2010, o Par-
que Alegria I - no município de Guamaré, com produção de 56,1 MW, fruto 
do primeiro leilão de energia realizado pelo PROINFA, criado em 2002, e 
operacionalizado em 2004.
A partir desse ano, em todos os anos seguintes (Figura 1.3 e 1.4), 
novos parques eólicos entravam em operação. Destaca-se o ano de 2014, 
onde o estadomais do que quadruplicava o número de parques que en-
travam em operação, somando uma potência total de 1.334,84 MW dis-
tribuídos em 48 novos parques, totalizando uma potência acumulada de 
1.757,99 MW. A partir desse ano, o RN tornou-se o maior produtor de 
energia eólica do Brasil, onde até 2022, mantem-se na liderança. 
Outro ano significativo para a produção de energia eólica foi o de 
2021, onde registrou-se uma potência total de 1.529,29 MW e acumula-
da de 6.296,44 MW. Até novembro de 2022, são 224 parques eólicos em 
operação no RN, distribuídos em 28 municípios, totalizando uma produ-
FIGURA 1.3 - Quantitativo dos parques eólicos instalados por ano no RN e total acumulado. 
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FIGURA 1.4 - Potência total e acumulada por ano no RN.
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uma altura até o rotor de até 132 m e diâmetro 
de 111 m a 150 m (Figura 1.7b e 1.7c). Em rela-
ção as potências das turbinas, atualmente, 47% 
dos aerogeradores instalados dispõem de uma 
potência variando de 1,6 MW a 2 MW e 23,20% 
das máquinas chegam a uma potência de até 
4,2 MW (Figura 1.7d). Ao longo dos anos é no-
tória a evolução tecnológica das máquinas ins-
taladas em território potiguar, onde as primeiras 
instaladas em 2004 apresentavam potência de 
0,6 MW e as atuais de 2022 chegam a 4,2 MW 
(Figura 1.9). 
Esses avanços tecnológicos no porte dos 
aerogeradores aumenta a abrangência de áreas 
para instalação de novos parques, onde locais 
antes considerados com menor potencial, po-
dem agora serem vistos com maior potenciali-
dade para a exploração da atividade eólica. É 
nesse sentido que estudos como o realizado por 
esse Atlas, onde atualiza os dados de velocidade 
de vento em alturas maiores (100 m, 120 m, 
140 m e 200 m) seguindo a tendência tecnoló-
gica, tornam-se importantes ferramentas para 
direcionamento de futuros investimentos.
Os 224 parques eólicos do RN distribuem-
-se em um total de 2.677 aerogeradores e 
8.031 pás, sendo 28,76% de todos os aeroge-
radores instalados no RN com altura total en-
tre 101 a 130 m e 19,61% atingem as maiores 
alturas chegando até aos 200 m (Figura 1.7a), 
o que perfaz uma altura até o rotor de até 132 
m e diâmetro de 111 m a 150 m (Figura 1.7b 
e 1.7c). Em relação as potências das turbinas, 
atualmente, 47% dos aerogeradores instalados 
dispõem de uma potência variando de 1,6 MW 
a 2 MW e 23,20% das máquinas chegam a uma 
potência de até 4,2 MW (Figura 1.7d). Ao lon-
go dos anos é notória a evolução tecnológica 
das máquinas instaladas em território potiguar, 
onde as primeiras instaladas em 2004 apresen-
FIGURA 1.5 - Quantitativo dos parques eólicos instalados por município.
FIGURA 1.6 - Potência total por município.
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tavam potência de 0,6 MW e as atuais de 2022 chegam a 4,2 MW (Figura 1.9). 
Esses avanços tecnológicos no porte dos aerogeradores aumenta a abrangência de áreas para instalação de novos parques, onde locais antes 
considerados com menor potencial, podem agora serem vistos com maior potencialidade para a exploração da atividade eólica. É nesse sentido que 
estudos como o realizado por esse Atlas, onde atualiza os dados de velocidade de vento em alturas maiores (100 m, 120 m, 140 m e 200 m) seguindo 
a tendência tecnológica, tornam-se importantes ferramentas para direcionamento de futuros investimentos.
FIGURA 1.7 - Características dos aerogeradores.
FIGURA 1.8 - Esquema das características
dos aerogeradores.
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Ainda, 147 novos empreendimentos encontram-se em construção 
ou a iniciar sua construção, no qual somará respectivamente 2.501,19 
MW e 2.872,7 MW à atual capacidade instalada do nosso Estado, elevan-
do a atual potência instalada para 12,22 GW. Os empreendimentos em 
construção estão localizados em sua maioria nos municípios de lajes (22) 
e Jandaíra (14) (Figura 1.10 a 1.13).
FIGURA 1.9 - Evolução da potência dos aerogeradores por ano e nº de aerogeradores.
FIGURA 1.10 - Parques em construção por município. FIGURA 1.11 - Potência dos parques em construção por município.
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Os números apresentados demonstram efetiva participação do RN no cenário de planejamento energético e confirmam que a fonte eólica vem 
ganhando competitividade ao longo dos anos até os dias atuais. O preço médio da energia comercializada no leilão de 2009 com valores atualizados 
com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de R$ 305,82 por MW, em 2019 esse valor foi para R$ 98,00 MW (Figura 
1.14). Ademais, a cada leilão que sucede, novos projetos se habilitam, estando aptos a serem comercializados no mercado regulado ou livre, o que 
demonstra que o RN dispõe de uma carteira de projetos significativa ampliando mais ainda o horizonte de seu crescimento no setor.
FIGURA 1.12 - Parques com construção a iniciar por município. FIGURA 1.13 - Potência dos parques com construção a iniciar por município.
FIGURA 1.14 - Evolução do preço e potencia por leilão da fonte eólica no RN.
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Com relação a energia solar, o enorme potencial existente no Brasil 
aliado às melhores condições de acesso em termos de micro e minigera-
ção elevou o interesse da sociedade nesse segmento. O marco regulatório 
estabelecido ao longo dos anos foi um fator impulsionador desse cresci-
mento, aliado a evolução tecnológica e a redução de custos dos módulos 
fotovoltaicos.
No Rio Grande do Norte, registra-se 17 usinas de geração centra-
lizada em operação com potência fiscalizada de 365,82 MW e 137 no-
vos empreendimentos em construção ou com construção a iniciar, o que 
acrescentará 5.902,43 MW de capacidade instalada em geração solar no 
estado (Figura 1.15 e 1.16).
Com relação a geração distribuída, o Rio Grande do Norte apresenta 
atualmente cerca de 33.637 usinas instaladas, o que representa uma po-
tência de 321,82 MW. A maior parte dessas usinas seguem concentradas 
principalmente nos municípios de Natal, Mossoró e Parnamirim (Figura 
1.17). Em uma análise total, 80,48% dessas usinas visam atender o mer-
cado de consumo da classe residencial, seguido de 15,43% da classe co-
mercial, e 3,04% na classe rural (Figura 1.18).
FIGURA 1.15 - Usinas fotovoltaicas em operação por município.
FIGURA 1.17 - Geração distribuída por município - SOLAR RN.o por município. FIGURA 1.18 - Geração distribuída por classe de uso - SOLAR RN
FIGURA 1.16 - Usinas fotovoltaicas em construção ou a iniciar por município.
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1.2. PERSPECTIVAS FUTURAS NO CENÁRIO DE 
CRESCIMENTO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS
Diante dessas informações, existe ainda um grande potencial eólico 
onshore a ser explorado influenciado pelo avanço tecnológico das turbi-
nas, atualmente os aerogeradores chegam a 132 m de altura e existem 
protótipos acima 174 m. Os dados do primeiro Atlas estão desatualizados 
quando se trata do panorama atual, nessa atualização, ao contemplar 
velocidades de vento até 200 m de altura, o mapeamento irá seguiras 
tendências tecnológicas. Nesse sentido, é que a instalação de uma torre 
anemométrica em maior altura (170 m) trará informações medidas e con-
duzirá em produtos mais precisos e consistentes. 
Uma nova perspectiva de crescimento é a energia eólica offshore, 
que são uma realidade em países da Europa e Ásia. As discussões no 
Brasil seguem em grandes avanços com a construção de um marco regu-
latório capaz de trazer segurança jurídica na implantação desses novos 
empreendimentos. Existem avanços também nas questões do licencia-
mento ambiental, quando o IBAMA publicou um Termo de Referência com 
o conteúdo que deve ser levado em consideração nos estudos ambientais 
para o licenciamento ambiental. Aliado a essas questões, já existem em-
preendimentos com solicitação de licença ambiental junto ao IBAMA que 
juntos somam aproximadamente 170 GW de potência. 
No RN, até agosto de 2022, existem 08 projetos em fase de solici-
tação de licença ambiental junto ao IBAMA, totalizando uma produção de 
15,85 GW distribuídos em um total de 1.090 aerogeradores. Esse cenário 
deve mudar com o avanço do marco regulatório, no entanto, demonstra 
que o setor eólico está se encaminhando para essa nova fronteira da ener-
gia eólica offshore.
Diante desse viés, o Rio Grande do Norte avança em ações que via-
bilizem essa nova vertente da energia eólica, quando realiza além da ela-
boração desse Atlas, outros estudos como o de viabilidade técnica, econô-
mica e ambiental para implantação de um Porto Indústria-Multipropósito 
Offshore do Rio Grande do Norte necessário para a questões logísticas.
Já para a energia solar, a realização do primeiro Atlas Solar do Rio 
Grande do Norte irá direcionar as melhores áreas para investimentos em 
usinas fotovoltaicas, visto que existem perspectivas de ampliação do setor 
centralizado e de geração distribuída.
Resumo das ações em andamento:
1) Estudos de estratégias locacionais para transmissão de energia 
para eólica offshore: Com o objeto de diversificar suas fontes e contribuir 
ainda mais para a descarbonização da matriz energética mundial, o Go-
verno do Rio Grande do Norte está incentivando o desenvolvimento de 
novas fontes de geração de energia limpa e o armazenamento de energia, 
com especial atenção para o hidrogênio verde e a energia eólica offshore. 
Para tanto, o Estado elaborou em conjunto com o SENAI-RN por meio do 
ISI-ER, os estudos de alternativas técnicas e locacionais para suporte ao 
escoamento da produção de energia elétrica gerada a partir do aprovei-
tamento da fonte eólica offshore. O estudo proporciona avaliações predi-
tivas com sustentação técnica, ambiental, social e econômica na seleção 
das melhores alternativas, minimizando não apenas os impactos oriundos 
dos projetos, mas também seus custos de desenvolvimento.
2) Porto Indústria Verde: Ao longo da Gestão da Governadora Fáti-
ma Bezerra, o Estado assinou acordos de cooperação e memorandos de 
entendimento com empresas do setor com a finalidade de desenvolver e 
implantar o polo produtor de energia limpa e o hub de produção, armaze-
namento e exportação de hidrogênio verde e amônia verde. Para atingir o 
objetivo, o Governo do Estado iniciou o desenvolvimento dos estudos de 
viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVETA) para implantação de 
um novo Porto-indústria verde que irá concentrar as indústrias de fabri-
cação de peças e componentes para eólica offshore, como também toda 
a logística e suporte para operação e manutenção dos parques eólicos em 
alto mar. Além disso, o porto-indústria verde irá abrigar o hub de pro-
dução, armazenamento, exportação de hidrogênio verde, amônia verde/
fertilizantes e e-metanol, possuindo toda a logística e estrutura pensada 
para o desenvolvimento de cadeia de valor para o hidrogênio verde e seus 
derivados. O novo porto também dará o suporte a setores considerados 
estratégicos para o desenvolvimento da economia Potiguar, como movi-
mentação de cargas em geral (containers de frutas, pescado e outros), 
mineração, indústria cloro-química, indústria de carros a células combus-
tíveis e descomissionamento de plataformas de óleo e gás offshore. A 
Figura 1.19 apresenta o layout 3D do projeto do porto.
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 33
FIGURA 1.19 - Layout 3D do Novo Porto-Indústria Verde.
3) Programa Norte-Rio-Grandense de Hi-
drogênio Verde: Para a inserção do hidrogênio 
na matriz energética do RN, o estado criou o 
Programa Norte-Rio-Grandense de Hidrogênio 
Verde, que tem como objetivo o planejamento 
estratégico de ações para o desenvolvimento da 
infraestrutura, da cadeia de valor e do mercado 
interno e externo para a produção e exportação 
de hidrogênio verde. A partir da disponibilidade 
de ativos críticos necessários à competitivida-
de do hidrogênio verde, o Rio Grande do Nor-
te dispõe de ambiente favorável para o desen-
volvimento de um ecossistema que atenda ao 
mercado nacional e internacional, tendo como 
áreas estratégicas: mercado, infraestrutura, re-
gulação, PD&I, cadeia de valor, matéria prima e 
insumos.
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CAPÍTULO 2
CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA 
DO RIO GRANDE DO NORTE
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2. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO RIO GRANDE DO NORTE
2.1. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
O Rio Grande do Norte limita-se à Oeste, com o Estado do Ceará; à Sul, com o Estado da Paraíba e a Norte e Leste com o Oceano Atlântico 
(Figura 2.1). Sua área territorial é de 52.809,60 km² distribuídos em 3 regiões intermediárias, 11 regiões imediatas e 167 municípios[1].
 
FIGURA 2.1 - Mapa de localização do Rio Grande do Norte com informações político-administrativas.
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E36
2.2. ASPECTOS FÍSICOS
O Estado do Rio Grande do Norte se destaca por sua exuberância e 
belezas naturais, apresentando uma grande diversidade em seu relevo, 
que fora esculpido em terrenos antigos do embasamento cristalino. Possui 
um litoral com 410 km de extensão, onde a topografia contrastante entre 
tabuleiros, chapadas e planícies costeira, é representada por extensas 
praias arenosas, campos de dunas, complexos estuarinos, ilhas barreiras, 
planícies deltaicas, extensos manguezais, e por belas faixas de falésias 
ativas, que caracterizam uma paisagem extremamente peculiar.
Ainda no litoral norte, as Chapadas Potiguares e Chapada do Apodi, 
moldadas em rochas sedimentares estão compreendidas pelas planícies 
costeiras a norte; a sul, pelas superfícies rebaixadas do Vale do Rio Açu e 
pelos piemontes oriental do planalto da Borborema. As bacias hidrográfi-
cas dos rios Apodi/Mossoró e Piranhas Açu são as principais bacias deste 
setor, desaguam diretamente no Oceano Atlântico na porção norte do 
RN, ocupado historicamente por atividades de carcinicultura e indústria 
salineira.
Na porção mais interiorana do Estado, no sentido centro-sul e sudo-
este, encontram-se as grandes serras e encostas do Planalto da Borbore-
ma que bordejam as regiões de maiores altitudes, variando de 300 m a 
868 m em relação ao nível do mar, são feições residuais constituídas por 
relevos em forma de platôs e maciços montanhosos. De leste a oeste, o 
relevo é margeado pela Depressão Sertaneja, de altitudes plano a suave-
mente ondulado.
O litoral Sul, com uma caraterística geométrica segmentado por uma 
orientação geral NS, com alguns setores NW, é definido por segmentos li-
neares dominados por falésias marinhas ativas, sobrepostas por campos 
dunares e com praias arenosas defrontantes ou alternadas em forma de 
baías parabólicas, ou em ‘anzol’. Este arranjo paisagístico alinhado é inter-
rompido nas desembocaduras de estuários, que formam vales encaixados 
de relevos planos e baixos,entre os principais rios: Cunhaú-Curimataú, 
Potengi e Ceará Mirim, onde se abrigam ecossistemas manguezais, com-
plexos lagunares e planícies deltaicas.
A vegetação que recobre o Estado, é composto principalmente pelo 
domínio das espécies do bioma caatinga que abrange todo o contexto do 
semiárido, destacando-se sobretudo as variedades da caatinga arbusti-
va-arbórea aberta, caatinga arbustiva-arbórea fechada e caatinga arbó-
rea fechada, além de variedades de espécies herbáceas. Na faixa litorâ-
nea oriental, percebe-se remanescentes da vegetação do bioma da Mata 
Atlântica, com presença de extensos mangues ao longo do belo litoral 
(Figura 2.2).
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2.3. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS, ECONÔMICOS E CONSUMO ENERGÉTICO
A população do Estado do RN em 2010 era de 3.168.027 hab, distribuídos em uma área de 52.809.60 km², o que gera uma densidade demo-
gráfica de 59,99 hab/km². Em 2021, a população foi estimada em 3.560.903 hab, correspondendo a um aumento populacional de 392.876 hab nos 
últimos 10 anos (Figura 2.3). A maior parte da população, correspondente a 46% do total, está concentrada na Região Metropolitana de Natal (RMN), 
representada por quinze municípios (incluindo a Capital Natal). Em relação aos 167 municípios, a capital Natal, possui o maior número de habitantes 
(20% da população), seguido de Mossoró (8%), Parnamirim (7%) e São Gonçalo do Amarante (3%) [ ]. 
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FIGURA 2.2 - Principais feições geomorfológicas e solos do RN.
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 Em relação ao gênero, o número de mulheres segue em maioria, 
perfazendo um total de 51,11% da população e o dos homens um valor 
de 48,89%, já em relação ao local de residência, 77,81% dos potiguares 
segue concentrada na zona urbana, enquanto que apenas 22,19% do 
total, reside em zona rural (Figura 2.4), tais índices mostram uma forte 
tendência nas últimas décadas ao processo de urbanização do Estado.
FIGURA 2.3 - População do Rio Grande do Norte de 2000 a 2021.
FIGURA 2.4 - Distribuição rural, urbana e por gênero no Rio Grande do Norte.
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A economia do Rio Grande do Norte tem passado por grande rees-
truturação e consolidação de sua base produtiva e se tornando cada vez 
mais diversificada e competitiva frente aos novos arranjos econômicos. 
O RN tem posição de destaque nos diferentes ramos econômicos como o 
agropecuário, agroindustrial, têxtil, psicultura, carcinicultura, salinocultu-
ra, turismo, além da diversificação das atividades de serviços e indústrias, 
com destaque, atualmente, no cenário energético, no segmento de ener-
gia eólica e solar (Figura 2.5).
 
Em relação ao consumo de energia elétrica, o RN vem demonstran-
do um aumento contínuo, onde em 2013 o consumo foi de 5,216 GWh/
ano e em 2019 subiu para 6,540 GWh/ano. Do total do consumo, toman-
do como base o ano de 2019, 38,6% são destinados ao uso residencial, 
seguido do industrial com 20,8% e comercial com 20,0%. Entre os 10 
principais municípios consumidores de energia do RN, Natal se destaca, 
na sequencia Mossoró e Parnamirim. O consumo desses três municípios 
juntos representa 47,1% de todo o consumo estadual (Figura 2.6 a 2.8).
 
 FIGURA 2.5 - Salinas – Macau - RN
FIGURA 2.6 - Total do consumo energético nos anos de 2013 a 2019.
FIGURA 2.7 - Total do consumo energético do ano de 2019 por tipologia de uso.
FIGURA 2.8 - Ranking dos 10 principais municípios consumidores 
de energia no ano de 2019.
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2.4. INFRAESTRUTURA DO ESTADO DO RIO GRANDE 
DO NORTE
2.4.1. Infraestrutura de Transportes
Transporte Terrestre
O sistema rodoviário do Estado se distribui em rodovias federais e 
estaduais que interligam todo o Estado do Norte ao Sul, do Leste a Oeste. 
A rodovia federal BR 304 cruza o Estado, interligando Natal a Mossoró, já 
a BR 101 cruza o lado Leste do Estado, de uma ponta a outra, de Cangua-
retama a Touros. A BR 406 liga Natal a Macau (Figura 2.9), ainda há ou-
tras como a BR 226, BR 427, BR 110, BR 405 e a BR 437 que juntamente 
com as rodovias estaduais integram o acesso aos outros municípios.
O transporte ferroviário dispõe de dois trechos, o trecho em uso liga 
o município de Nova Cruz até Natal e de Natal até Macau. Há outro trecho 
que se encontra atualmente desativado que interligava o trecho de Macau 
a Mossoró e Mossoró até Alexandria. No trecho ferroviário ativo, existem 
11 estações ferroviárias distribuídas ao longo de toda a linha férrea.
Transporte Hidroviário
Em relação ao transporte hidroviário, importante para grandes volu-
mes e distâncias, existem rotas internacionais que chegam até os portos 
do RN: a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN) em Na-
tal (Figura 2.10 e 2.11) e o porto Salinas no município de Areia Branca. 
Com uma estrutura fincada em mar aberto, o Terminal Salineiro de Areia 
Branca, também conhecido como “Porto-Ilha”, está localizado a 26 km a 
nordeste da cidade Areia Branca, está interligado por meio de rodovias fe-
derais e estaduais, possui grande destaque por ser uma estrutura pioneira 
na América Latina, e por ser o maior produtor de sal do Brasil, responden-
do a mais de 90% da produção nacional.
 
FIGURA 2.9 - Trecho Rodovia 406 em João Câmara - RN
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Figura 2.11 - Capitania dos Portos Natal-RN 2014
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FIGURA 2.10 - Porto de Natal - RN 2014
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Para atender aos novos arranjos das indústrias do RN com o cres-
cimento e expansão das energias renováveis, o Estado amplia sua infra-
estrutura para a construção de mais um porto indústria multiuso em mar 
aberto, como único na América Latina neste seguimento, para dar suporte 
logístico a indústria eólica offshore e para o transporte marítimo das de-
mais cadeias produtivas, a partir de uma parceria pública-privada. A via-
bilidade será implementada no Litoral Setentrional do RN, entre as faixas 
litorâneas das cidades de Touros, Caiçara do Norte e Porto do Mangue.
Transporte Aéreo
A infraestrutura aérea do Rio Grande do Norte, é composta por 5 
aeroportos públicos, com destaque para o Aeroporto Internacional Go-
vernador Aluízio Alves (IATA: NAT, ICAO: SBSG), localizado no município 
de São Gonçalo do Amarante, distante 33 km para o centro da cidade de 
Natal, é o maior em termos de capacidade de carga e passageiros. Os 
outros 4 aeroportos localizam-se no município de Mossoró, Assu, Caicó e 
Currais Novos (Tabela 2.1). Além dos aeroportos públicos, existe um ae-
roporto público-Militar Augusto Severo, no município de Parnamirim; um 
aeroporto Militar, Base Aérea de Catolé, no município de Pureza, e outros 
sete aeródromos privados distribuídos no Estado.
A Figura 2.12 apresenta o mapa da infraestrutura de transportes do 
Estado.
2.4.2. Infraestrutura Energética
Em relação a infraestrutura elétrica, o RNapresenta uma capacida-
de instalada de 7,76 GW de potência em seu parque de geração, repre-
sentando 4,04% da capacidade instalada no Brasil. Desse total, 88,4% 
correspondem a geração de 224 parques eólicos, 6,85% provem de 32 
usinas termoelétricas, 4,68% corresponde a 17 empreendimentos de fon-
te fotovoltaica e apenas 0,06% correspondem a uma unidade de peque-
nas central hidrelétrica[5].
As projeções futuras mostram um cenário de expansão do segui-
mento eólico e fotovoltaico para os próximos anos, com a previsão de 
5.363 MW de potência eólica, e 5.902 MW de potência fotovoltaica na ca-
pacidade de geração do Estado, proveniente de 146 Usinas Eólicas e 137 
Usinas fotovoltaicas ainda a entrar em operação.
O sistema de transmissão no Estado está conectado ao Sistema In-
terligado Nacional (SIN) através de uma linha de transmissão de 500 kV, 
que se conecta a subestação, o Estado da Paraíba a partir da subestação 
(SE) de Campina Grande III ao RN, até a subestação de Ceará Mirim II. 
Da subestação de Ceará-Mirim II, a mesma se conecta a João Câmara III 
à Açu III, seguindo para o Ceará até a SE Quixadá.
Há também a linha de transmissão de 230 kV que interliga a Paraíba 
até o RN por meio da SE Campina Grande II até a SE Paraíso, no muni-
cípio de Santa Cruz. Na sequência, a SE Paraíso se interliga a SE Açu II, 
indo na sequência para Mossoró II e Banabuiú, no Ceará (Figura 2.13).
O Apêndice B apresenta a listagem de todos os empreendimentos 
energéticos em operação no Estado do Rio Grande do Norte.
TABELA 2.1 – PRINCIPAIS AEROPORTOS DO RN.
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FIGURA 2.12 - Mapa da infraestrutura de transportes.
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FIGURA 2.13 - Mapa da infraestrutura energética (Empreendimentos, Linhas de Transmissão e Subestações).
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Figura 3.1 - Representação gráfica da macroescala, 
mesoescala e microescala.
CAPÍTULO 3
A CLIMATOLOGIA DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
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3. A CLIMATOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE
3.1. CIRCULAÇÃO GERAL
O clima de qualquer região do planeta é basicamente o resultado da 
interação entre três fatores: o sol, o ar e a água. A energia solar não é 
distribuída igualmente sobre a Terra. Esta distribuição desigual é respon-
sável pelas correntes oceânicas e pelos ventos que, transportando calor 
dos trópicos para os polos, procuram atingir um balanço de energia[1].
Em torno da Terra existe uma fina camada de ar constituída de ga-
ses que são mantidas devido a força gravitacional chamada de atmosfera. 
Essa camada de ar é fundamental para manutenção das diversas formas 
de vida na terra.
O aquecimento desigual do planeta cria regiões de pressões atmos-
féricas opostas. A todo momento o planeta tenta equilibrar as zonas de di-
ferentes pressões e temperaturas, deslocando, pela atmosfera, o ar quen-
te e de baixas pressões para a região de ar frio e altas pressões. É desse 
deslocamento de ar que surge o vento.
Os movimentos atmosféricos, em geral, são categorizados por di-
ferentes escalas, que vão desde a ordem dos centímetros até à circun-
ferência da terra. A dinâmica atmosférica é classicamente estudada de 
maneiras que se diferenciam bastante quanto a escala espaço-temporal[2]. 
Desta forma, é possível compreender separadamente a importância de 
cada fenômeno para aplicações específicas. Apesar da subdivisão das es-
calas, os fenômenos atmosféricos ocorrem simultaneamente, interagindo 
e influenciando-se uns aos outros. Por vezes, termos como local, regional 
e global são utilizados para se referir a fenômenos atmosféricos às escalas 
micro, meso e macro, respectivamente (Figura 3.1).
 
3.1.1. Macroescala
Os fenômenos atmosféricos de macroescala têm grande impacto na 
variabilidade do tempo e clima em diferentes regiões do planeta devido à 
dimensão e o tempo de vida dos sistemas, tais fenômenos têm um papel 
importante na determinação das características climáticas e sazonais nas 
regiões do globo. Nelas se enquadram: furacões, frentes, ciclones, anti-
ciclones.
A análise das características dos movimentos de ar nessa catego-
ria é muito importante para a avaliação do vento como potencial fonte 
energética. As temperaturas no Equador são mais altas devido à intensa 
radiação solar recebida (por unidade de área). O movimento do ar (em 
grande escala) entre o Equador e 30° Norte e Sul é denominado de célula 
de Hadley ou célula tropical. 
Essa célula caracteriza-se por movimentos ascendentes do ar nas 
proximidades da Linha do Equador, devido ao intenso aquecimento da 
superfície, esse ar, após ascender, se desloca em direção aos polos em 
ambos os hemisférios e descendem em torno de 20-30° Norte e Sul, devi-
do ao seu resfriamento. Os ventos em superfície, na célula de Hadley, se 
direcionam para o Equador, estando submetido a influência do efeito de 
Coriolis e sendo denominados de ventos alísios. Parte do ar descendente 
em 20-30°, em ambos os hemisférios, se desloca em direção aos polos, 
ascendendo nas proximidades de 60° Norte/Sul, parte desse ar que as-
cendeu irá se deslocar, em altos níveis, em direção ao Equador e descen-
der próximo à 20°-30° Norte/Sul, dando origem a outra célula fechada, 
que é denominada de célula de Ferrel ou célula de latitudes médias. 
O ar ascendente nas proximidades da latitude de 60° Norte/Sul irá 
se deslocar em direção aos polos, e, devido ao seu resfriamento irá des-
cender na região dos polos. Parte do ar que descendeu nos polos se movi-
menta em direção ao Equador, dando origem a outra célula fechada, que 
se denomina como célula polar. É importante destacar que os movimentos 
de circulação descritos constituem um modelo simplificado e correspon-
dem às condições médias observadas. No entanto, a circulação atmosfé-
rica (Figura 3.2) e os centros de altas e baixas pressões se modificam ao 
longo do ano, de acordo com a incidência da radiação solar. 
 
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Um dos mais importantes sistemas meteorológicos da macroescala 
é a Zona de Convergência Intertropical – ZCIT (Figura 3.3) que é carac-
terizada por ser uma região de baixa pressão juntamente com a conver-
gência dos ventos alísios, que por sua vez são ventos gerados a partir da 
ascensão de massas de ar que se deslocam de zonas de alta pressão para 
regiões com baixa pressão A ZCIT é o mais importante sistema gerador de 
precipitação sobre a região equatorial do Oceano Atlântico e áreas conti-
nentais adjacentes, mudanças sazonais em sua posição mais ao Norte em 
agosto-setembro e ao sul em março-abril controlam esse regime de pre-
cipitação também, que também é de grande relevância para a determi-
nação da estação chuvosa do norte da região Nordeste do Brasil (NEB)[3].
3.1.2. Mesoescala
As dimensões espaciais que envolvem os fenômenos de mesoescala 
estão na ordem de 1 a 100 km e duração de 1 hora a 1 dia. Enquadram-
-se nessa categoria fenômenos atmosféricos como tornados, tempestades 
isoladas, linhas de instabilidade, conjuntos de tempestades ou sistemas 
convectivos de mesoescala (SCM), ilhas de calor, e as brisas marítima, 
terrestre e de vale e montanha. A diferença de temperatura do ar e pres-
são atmosférica entre o mar e a terra (a superfície aquática do oceano e 
a superfície terrestre) originam o sistema meteorológico conhecido como 
brisa marítima ou terrestre, dependendo do horário do dia, mesma situ-
ação acontece para regiões com topografia complexas chamada de brisa 
de montanhaou vale. 
Durante o dia a superfície terrestre se aquece mais do que o oceano, 
este gradiente térmico promove fluxos de energias para a atmosfera, que 
Figura 3.2 - Representação gráfica da Circulação Geral da Atmosfera. Figura 3.3 - Ilustração da Formação da Zona de Convergência Intertropical.
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causam gradientes de pressão em níveis acima da superfície, os quais im-
pulsionam o movimento do oceano para o continente. Neste caso, tem-se 
a brisa marítima, (Figura 3.4a). No período noturno, o sentido da circula-
ção se inverte, onde o ar próximo a superfícies escoa do continente para 
o oceano, originando a brisa terrestre (Figura 3.4b). 
De forma semelhante ocorre a circulação montanha-vale, porém 
sem a presença de um corpo d’água como no caso das brisas marítimas 
e terrestres. O topo de regiões mais altas como montanhas durante o 
dia recebe radiação solar mais facilmente e também perdem facilmente 
durante a noite. O oposto é observado na região de vale que tem difi-
culdades de receber radiação solar durante o dia e de maneira análoga, 
tem dificuldade de liberar essa energia à noite. O sistema vale-montanha 
é mais eficiente que a brisa marítima-terrestre por necessitar de uma 
quantidade menor de calor para iniciar a circulação e ser ainda mais in-
tensa, sua formação e intensidade depende do contraste de temperatura 
da superfície criado pelo aquecimento diurno (Figura 3.4c) e resfriamento 
noturno (Figura 3.4d)[4]. 
Figura 3.4 - Representação gráfica das brisas marítima (a) e terrestre (b) e Brisa de vale (c) e montanha (d). “B” refere-se a baixa pressão e “A” à alta pressão.
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3.1.3. Microescala
A microescala é o ramo da meteorologia que estuda fenômenos que 
ocorrem de 1 metro a 1 quilômetro (espaço) e de segundos a minutos 
(tempo), como se verifica na Figura 3.5. Alguns dos fenômenos de inte-
resse para os recursos eólicos e solares observados nestas escalas são: 
turbulência, covariância de vórtices turbulentos, balanço de radiação e 
trocas de calor e energia na superfície da Terra, etc. Outro interesse em 
estudos em microescala é compreender aspectos e comportamentos na 
camada limite planetária (CLP). 
A CLP nada mais é do que a camada da atmosfera que está em con-
tato com a superfície da Terra (terra ou água), ou seja, está fortemente 
influenciada por características como o aquecimento da superfície, rugosi-
dade, etc. A espessura do CLP pode variar de 1 a 2 km no período diurno 
devido ao aquecimento da superfície a 100 e 200 metros no período no-
turno. Assim a espessura da CLP configura como umas das características 
mais importantes para estudos como poluição atmosférica, parametriza-
ção da baixa troposfera e nas aplicações de estimativa do potencial eólico 
e geração de energia por abranger os principais instrumentos de medição 
de velocidade e direção do vento, torres eólicas e aerogeradores.
 
 
3.2. CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS E SISTEMAS 
METEOROLÓGICOS ATUANTES NO RIO GRANDE DO 
NORTE
Os principais sistemas meteorológicos atuantes no Rio Grande do 
Norte são: a ZCIT, os Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN), os Dis-
túrbios Ondulatórios de Leste (DOL), os Sistemas Convectivos de Mesoes-
cala (SCM) e as circulações de brisa. O Estado do RN apresenta evidente 
variabilidade espaço temporal das chuvas, com episódios de longas es-
tiagens ou de chuvas abundantes. A região caracteriza-se, naturalmente, 
como de alto potencial para evaporação da água, em função da enorme 
disponibilidade de energia solar e altas temperaturas.
A ZCIT é a principal responsável pela precipitação registrada no pri-
meiro semestre do ano. Atuando principalmente no norte do estado du-
rante os meses de fevereiro a maio. Quando a ZCIT migra para o Hemis-
fério Norte, os totais pluviométricos declinam, resultando em um período 
mais seco. Na porção leste, juntamente com a ZCIT, sistemas de mesoes-
cala também têm papel relevante nos totais pluviométricos anuais[4]. Um 
conjunto de variáveis meteorológicas e ambientais são responsáveis pela 
formação desses sistemas. 
3.2.1. Temperatura
A temperatura do ar varia no tempo e no espaço. Desta forma, a 
temperatura é influenciada por alguns fatores, tais como, radiação solar, 
advecção de massas de ar, aquecimento diferencial da terra e da água, 
correntes oceânicas, altitude, localização geográfica, etc. O ciclo anual de 
temperatura do ar do RN reflete a variação da radiação solar incidente ao 
longo do ano. A localização do Estado na região equatorial proporciona 
pouca variabilidade na temperatura média devido à constante incidência 
de radiação solar. As localidades do litoral leste e extremo sudoeste en-
volvendo a região imediata de Pau dos Ferros, localizada na “tromba do 
elefante” apresentam os menores valores anuais de temperatura (Figura 
3.6), em contrapartida o oeste, centro e centro-sul é caracterizado com 
valores de temperaturas médias acima de 28°C.
As estações de primavera (setembro, outubro e novembro) e verão 
(dezembro, janeiro e fevereiro) apresentam temperaturas acima de 28°C 
nos setores oeste e centro do Estado, cidades como Mossoró, Assu, Itajá 
e Baraúna os valores médios ultrapassam 29°C. As regiões leste e setores 
Figura 3.5 - Representação gráfica da altura da Camada Limite Planetária.
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que apresentam topografias acentuadas os valores médios de temperaturas são menores atingindo valores abaixo de 25°C na estação de inverno 
(julho, agosto e setembro), Martins é um exemplo de cidades que refletem o efeito do relevo no comportamento da temperatura.
Figura 3.6 - Média anual da temperatura (°C) a 2 metros do solo para o Rio Grande do Norte. 
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3.2.2. Precipitação e nebulosidade
As nuvens têm grande contribuição no ciclo hidrológico e balanço de 
energia do planeta. São amplamente conhecidas como reguladoras da quan-
tidade de radiação solar e na variação da temperatura em função do tipo, 
espessura e tempo de permanência da nuvem no local. No aproveitamento 
energético solar, a nebulosidade, especialmente, requer maior atenção por 
impactar na disponibilidade de irradiância solar que atinge a superfície ter-
restre. A variabilidade da chuva e da nebulosidade são altamente correlacio-
nadas devido a precipitação ser consequência da convecção e formação de 
Figura 3.6 - Média sazonal (a, b, c e d) da temperatura (°C) a 2 metros do solo para o Rio Grande do Norte. 
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nebulosidade, porém, a presença de nuvens não implica necessariamente 
na ocorrência de chuvas.
Na estação de verão (dezembro, janeiro e fevereiro), figura 3.7a, as 
chuvas estão concentradas na região oeste do Estado, esse comportamento 
deve-se em parte à presença dos VCAN em janeiro[5][6], mas principalmente 
pela chuva orográfica devido ao acentuado relevo no oeste potiguar. Os ven-
tos alísios trazem umidade do oceano e não encontram resistência da ZCIT 
que ainda está se deslocando para a região e ao encontrar o relevo no Alto 
Apodi, ocorre formação de nebulosidade com possibilidade precipitação. No 
outono (março, abril e maio), (Figura 3.7b), essa variabilidade é especial-
mente afetada pela aproximação e influência da ZCIT especialmente na por-
ção norte e noroeste do Rio Grande do Norte. Na estação de inverno (junho, 
julho e agosto) (Figura 3.7c), a precipitação ocorre principalmente na costa 
leste do Estado, influenciada pelo sistemameteorológico de DOL [7]. Em 
síntese, os DOL são distúrbios que se originam no continente africano e se 
propagam dentro dos ventos alísios até o continente Brasileiro, causando 
bastante chuva na região do NEB. A estação da primavera (setembro, outu-
bro e novembro) (Figura 3.7d), caracteriza-se como a estação seca no RN.
A variabilidade sazonal da nebulosidade no Estado mostra a evidente 
relação com áreas de relevo acentuado e a entrada de umidade na região 
costeira principalmente nas estações de verão (Figura 3.8a) e outono (Figu-
ra 3.8b). Similar ao comportamento da chuva, a estação de primavera exibe 
grande ausência de nuvens em boa parte do Estado, com os maiores valores 
no planalto da Borborema.
Figura 3.7 - Acumulado médio anual da precipitação (mm mês-1) para o Rio Grande do Norte (2001-2020). 
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Figura 3.7 - Acumulado médio sazonal (a, b, c e d) da precipitação (mm mês-1) para o Rio Grande do Norte (2001-2020). 
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Figura 3.8 - Média anual da fração de nuvens (%) para o Rio Grande do Norte (1991-2020). 
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Figura 3.8 - Média sazonal (a, b, c e d) da fração de nuvens (%) para o Rio Grande do Norte (1991-2020). 
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3.2.3. Vento
Vento é popularmente conhecido como “o ar em movimento”, é re-
sultado do deslocamento de massas de ar devido a diferenças de pressão 
atmosféricas entre duas regiões distintas. O vento é crucial no sistema 
climático por redistribuir umidade e calor pelo planeta, além de auxiliar 
no equilíbrio da temperatura, na renovação do ar e dispersão de poluen-
tes, distribuição de pólens, formação de ondas e na produção de energia 
eólica. A distribuição temporal e espacial dos ventos é controlada por me-
canismos de macroescala, mesoescala e microescala. 
O RN apresenta localização privilegiada para o aproveitamento eó-
lico, encontrando-se na região Nordeste do Brasil, próximo à linha do 
equador, região onde se concentram os ventos alísios que são persistentes 
e intensos associados à grande escala. Valores de velocidade do vento a 
100 metros de altura do solo e médios anuais acima de 7 m/s são concen-
trados em toda faixa norte e nordeste do RN, além das regiões centro e 
central-sul do Estado. Outro importante sistema meteorológico de grande 
escala que afeta o comportamento dos ventos no RN é a Alta subtropical 
do Atlântico Sul – ASAS (Figura 3.9)[8]. Trata-se de um sistema de alta 
pressão semipermanente, localizado no Oceano Atlântico Sul e, portanto, 
influencia nos padrões de tempo e clima do Brasil. Especialmente para o 
RN, quando a ASAS se desloca mais ao norte da sua posição climatológica, 
intensifica os ventos na costa do estado trazendo umidade do oceano.
O comportamento dos ventos no RN apresenta uma sazonalidade 
bem definida, ventos mais intensos são observados nas estações de in-
verno e primavera (agosto a novembro), (Figuras 3.10c e 3.10d) e me-
nos intensos entre o verão e outono (fevereiro a maio), (Figuras 3.10a 
e 3.10b). O outono, caracterizado como a estação chuvosa no Estado 
devido à aproximação da ZCIT, apresenta menores valores de velocidade 
do vento (Figura 3.10b). O litoral norte e leste e região central do Estado 
apresentam os maiores valores de velocidade do vento, devido aos ventos 
alísios e as diferentes brisas atuantes nessas regiões, alterando a intensi-
dade do vento durante o ciclo diurno. O litoral Potiguar apresenta ventos 
mais intensos no período que se estende do final da manhã até o meio da 
tarde.
Figura 3.9 - Alta Subtropical do Atlântico Sul (em azul) 
e Alta Subtropical do Atlântico Norte (em Cinza).
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Figura 3.10 - Média anual e velocidade do vento a 100 metros do solo. 
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Figura 3.10 - Média sazonal (a, b, c e d) e velocidade do vento a 100 metros do solo. 
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 3.2.4. Radiação solar
O movimento da Terra em torno do Sol descreve uma trajetória 
elíptica, com uma inclinação do seu eixo, em relação ao plano da órbita, 
de aproximadamente 23°27’. Essa inclinação juntamente com o seu movi-
mento de translação dá origem às estações do ano (Figura 3.11). O início 
da primavera e do outono são marcados pelos equinócios e do verão e 
inverno, pelos solstícios. Assim, a quantidade de radiação solar que atinge 
uma porção da superfície da Terra é variável no tempo e no espaço[1]. 
Devido à movimentação contínua da Terra em torno do sol e a ação 
da atmosfera nos raios solares incidentes, determinar a quantidade de ra-
diação solar que chega à superfície é um fator intrinsecamente complexo, 
este processo é fundamental para determinar a orientação e posiciona-
mento dos painéis solares, bem como para estimar a produtividade dos 
sistemas de aproveitamento solar e a aplicação de suas tecnologias.
A energia emitida pelo Sol, situa-se na faixa entre 250 a ~3000-
4000nm de comprimento de onda (Figura 3.12). Essas ondas variam do 
ultravioleta (UV), passando pelo espectro da radiação visível, até o infra-
vermelho. Ao atravessar a atmosfera, a radiação é refletida, absorvida 
e espalhada pelos gases, aerossóis e nuvens. Portanto, a radiação que 
chega à superfície depende da concentração de gases e aerossóis e das 
condições meteorológicas. Além disso, a radiação que chega na superfície 
terrestre também pode ser refletida, absorvida, espalhada e transmitida.
Irradiância Global Horizontal – GHI (W/m²)
A irradiância global horizontal (GHI – Global Horizontal Irradiance) 
corresponde a energia total por unidade de área incidente numa superfície 
horizontal, é a soma da radiação solar direta e difusa. A GHI é medida 
em estações solarimétricas através de instrumentos como piranômetros 
e pireliômetros, sendo a principal componente para avaliar a produção de 
energia em sistemas fotovoltaicos. A quantidade de radiação que chega à 
determinada superfície é função de vários fatores como, latitude, altitude, 
fração de cobertura de nuvens, presença de gases e aerossóis e inclinação 
do terreno. O Rio Grande do Norte tem uma localização privilegiada, pró-
ximo à linha do equador, região que recebe mais radiação solar no Globo. 
Irradiância no Plano Inclinado – POA (W/m²)
A Irradiância no Plano Inclinado (POA – Plane of Array) é a radiação 
solar total incidente em uma unidade de área de superfície inclinada. A 
POA é utilizada para determinar a inclinação ideal dos módulos fotovoltai-
cos para maximizar a captação da irradiação solar em função da latitude 
Figura 3.11 - Esquema dos Movimentos de translação e rotação da Terra.
Figura 3.12 - Espectro de irradiação solar.
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e minimização do sombreamento entre as fileiras dos módulos fotovoltai-
cos. As medições são feitas por piranômetros em posição inclinada, em 
estruturas de inclinação fixa e em plantas com rastreadores. 
Irradiância Difusa Horizontal - DHI (W/m²)
A Irradiância difusa horizontal (DHI – Diffuse Horizontal Irradiance) 
é a quantidade de radiação incidente sobre uma superfície horizontal por 
unidade de área, decorrente do espalhamentopor diferentes constituintes 
da atmosfera (gases, aerossóis, nuvens, etc.). Os níveis de DHI são com-
plementares ao parâmetro global GHI para o dimensionamento de siste-
mas fotovoltaicos. As medições da DHI auxiliam na escolha da tecnologia 
de aproveitamento solar mais adequada. As medições são feitas através 
de um sistema específico que combina um piranômetro com um sistema 
de sombreamento pontual associado. 
Irradiância Normal Direta – DNI (W/m²)
A Irradiância Normal Direta (DNI – Direct Normal Irradiance) é a 
quantidade de radiação solar por unidade de área proveniente diretamen-
te do Sol que incide perpendicularmente à superfície. As medições de DNI 
são úteis para dimensionar os sistemas heliotérmicos ou fotovoltaicos de 
concentração. As medições são realizadas por pireliômetros com sistema 
de rastreamento. Medições com pireliômetros por longos períodos são 
complexas e custosas em relação às medições com piranômetros simples. 
No entanto, a estimativa da DNI pode ser feita de forma “indireta”, calcu-
lando-se o valor a partir das medidas de GHI e DHI.
Na região equatorial onde está localizado o Estado do RN, há pouca 
variação da média anual da radiação solar incidente (entre 200 a 300 W/
m2), fatores como, características locais como de relevo, vegetação, la-
titude e especialmente nebulosidade, podem influenciar na variação da 
radiação ao longo do Estado. 
3.3. CLIMA
De acordo com critérios de Köppen aplicado por Álvares et al (2014)
[9] para o Brasil (Figura 3.14), o RN caracteriza-se principalmente por dois 
tipos de clima: tropical com verão seco e semiárido. Os setores leste e par-
tes do setor oeste atingem 38,8% do clima tropical e 61,2% é caracteri-
zado por clima semiárido, que envolve toda região central e oeste-central.
Clima tropical com verão seco – As 
• O setor leste, envolvendo a faixa costeira está Natal, a capital do 
RN, que apresenta a estação chuvosa concentrada entre maio e julho e a 
estação seca na primavera e início da estação do verão (setembro a de-
zembro). Regiões do litoral de Parnamirim até o litoral de Touros também 
apresentam essa característica climática, e apresentam médias pluviomé-
tricas anuais entre de 1.000 e 1.600 mm. 
• Outras localidades da faixa do litoral abrangem municípios de 
Bahia Formosa à Nísia Floresta, a média anual de chuvas fica acima de 
1.600 mm. De acordo com a classificação de Koppen, a estação chuvosa 
concentra-se entre os meses de julho e agosto. 
• Regiões do sudoeste do Estado como trechos da região serrana de 
Luís Gomes, Martins, Portalegre e as partes mais elevadas da Serra João 
do Vale apresentam médias pluviométricas semelhantes à capital, com 
valores anuais entre 1.000 e 1.600 mm. 
• Áreas da Chapada de Apodi e das Serras de Santana, São Bernar-
do e Serra Negra do Norte apresentam índices pluviométricos médios en-
tre 600 e 800 mm por ano. Segundo a classificação de Koppen representa 
a transição entre o clima Tropical e o semiárido.
Clima semiárido - BSh
• É o clima mais seco do Estado, com média anual abaixo de 700 
mm e regiões que ainda apresentam acumulados abaixo de 400 mm de 
chuva que podem ser considerados como clima semiárido intenso. O clima 
BSh é encontrado cobrindo cerca de 150 km de litoral norte. Esta faixa 
costeira apresenta chuva anual abaixo de 650 mm e, portanto, pode ser 
considerada a mais seca e quente do Brasil, pois a média anual da tempe-
ratura é ligeiramente superior a 26,5° C. 
• Abrange os municípios Vale do Açu, parte do Seridó e do Sertão 
Central e o litoral que vai de São Miguel do Gostoso ao município de Areia 
Branca. As médias de precipitações anuais variam de 400 a 600 mm. Exis-
tem localidades que apresentam a média anual em torno de 400 mm de 
chuva caracterizando um clima árido, essa característica abrange os mu-
nicípios Equador, Parelhas, Carnaúbas dos Dantas no Seridó, São Tomé, 
Lajes, Pedro Avelino, Fernando Pedrosa, Angicos e Afonso Bezerra. 
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Figura 3.13 - Tipos de climas do Rio Grande do Norte. 
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CAPÍTULO 4
ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS
E LICENCIAMENTO
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4. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS E LICENCIAMENTO 
4.1. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS RELEVANTES 
PARA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS ENERGÉ-
TICOS RENOVÁVEIS
 
Até meados de 1970, as fontes energéticas eram exclusivamente 
não renováveis e, em meio à crise do petróleo nessa década, houve a 
necessidade da redução da dependência mundial de petróleo e a diversi-
ficação e abertura de novos mercados para as fontes energéticas, aliado 
a difusão de novos hábitos de consumo e em meio a um cenário de esgo-
tamento dos recursos naturais e mudança na utilização desses recursos 
na promoção ao desenvolvimento sustentável. É nesse contexto, que as 
energias renováveis ganham visibilidade como uma alternativa mais sus-
tentável na provisão da demanda energética mundial. 
No Brasil, a discussão sobre outras fontes energéticas renováveis se 
intensificou nos anos 90, contudo o crescimento da energia eólica ocorreu 
a partir dos anos 2000. A matriz energética brasileira é predominante-
mente renovável e a hidrelétrica lidera no ranking de capacidade instala-
da, contudo, a eólica e solar hoje, é sem dúvida a alternativa mais expres-
siva e famigerada quando se remete as questões energéticas. 
Além dos aspectos de segurança energética, a fonte eólica e solar 
tem grande destaque nas questões ambientais atrelada ao fato de ser 
uma fonte limpa e renovável de energia, portanto, em sintonia aos pre-
ceitos do desenvolvimento sustentável. 
As usinas eólicas e fotovoltaicas são passíveis de licenciamento am-
biental durante o desenvolvimento do projeto, construção e operação do 
empreendimento e as questões socioambientais são relevantes em todas 
essas fases, inclusive na escolha da área para implantação de futuros 
projetos.
Identificar preliminarmente se existem áreas protegidas e especiais, 
áreas desertificadas, de preservação permanente, zonas urbanas, resi-
dências isoladas, outras ocupações, áreas com presença de avifauna, es-
pécimes em extinção, cavernas, corais e outras áreas julgadas relevantes 
faz parte do planejamento do projeto e aumenta a segurança jurídica, 
técnica, ambiental, social e econômica de sua implantação.
Incorporar as variáveis socioambientais a um estudo de viabilidade 
ambiental permitirão ao empreendedor otimizar seu planejamento e evi-
tar problemas futuros. Essas variáveis podem acarretar restrições quanto 
à implantação de empreendimentos e/ou aumentar a complexidade du-
rante a implantação e muitas delas serão levadas em consideração pelos 
órgãos regulamentadores nos estudos das autorizações ambientais. Fazer 
uma análise socioambiental ainda na fase do planejamento do empreen-
dimento é agir preventivamente à futuros conflitos e questões que podem 
vir à tona em fases mais avançadas do projeto.
4.1.1. Áreas Especiais
4.1.1.1. Unidades de Conservação 
O Rio Grande do Norte possui um patrimônio natural significativo e 
com o intuito de protege-los e promover a conservação de sua biodiver-
sidade e da paisagem local foram criadas as Unidades de Conservação 
(UCs) enquanto áreas protegidas vinculadas à esfera federal ou estadual 
ou municipal. 
As Unidades de Conservação são categorizadas em Unidades de Pro-
teção Integral (UCPI) e Unidades de Uso Sustentável (UCUS). As UCPI 
são áreas naturais destinadas à preservação da biodiversidade e livres de 
alterações causadas por interferência humana, sendo admitido apenas o 
uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção de casos previstos 
em Lei. Já as UCUS, são áreas em que deve haver a preservação am-
biental, aliada à exploraçãosustentável dos recursos naturais, mantendo 
a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente 
justa e economicamente viável.
As UCs federais são regulamentadas pelo Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação da Natureza – SNUC (instituído pela Lei nº 
9.985/2000)[1]. A gestão das unidades estaduais é realizada pelo Instituto 
de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), através do 
Núcleo de Unidades de Conservação (NUC)[2] pelo Programa Estadual de 
Unidades de Conservação e as municipais por meio da gestão do municí-
pio.
Ao total, o RN dispõe de 21 Unidades de Conservação (Figura 4.1), 
sendo 14 unidades de Uso Sustentável e 7 unidades de Proteção Integral, 
de acordo com a Tabela 4.1.
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Tabela 4.1 – Características de jurisdição, município, área, ato legal e ano de criação das Unidade de Conservação do Rio Grande do Norte.
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4.1.1.2. Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade
As Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade (APCBIO) 
são um instrumento de política pública que visa à tomada de decisão, de 
forma objetiva e participativa, sobre planejamento e implementação de 
medidas adequadas à conservação, à recuperação e ao uso sustentável 
dos ecossistemas. 
A portaria que reconhece as APCBIO implementa classes de impor-
tância biológica e de priorização de ação. A classificação do grau de im-
portância para ambas as categorias é: I Extremamente alta; II – Muito 
alta e III – Alta. [4] 
No Rio Grande do Norte, foram identificadas 43 áreas prioritárias 
para conservação da biodiversidade de domínio do Bioma da Caatinga, 
pequenas parcelas do Bioma Mata Atlântica e áreas da Zona Costeira e 
Marinha (Figura 4.1).
Na região marinha, se destacam as áreas: AP (ZCM-51) que englo-
ba a APA dos Recifes de Corais, situado no litoral leste do RN, embora já 
exista a APA gerida pelo Estado (Recife dos Corais), conforme a 2ª atua-
lização das Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade (2018)
[5], a ação prioritária engloba uma área de aproximadamente 10.210 km2 
de extensão, classificada pelo grau de importância biológica e prioridade 
de ação como “Extremamente Alta”, cuja ação normativa é para criação 
de unidade de conservação.
Outra área destaque está localizada na porção norte do litoral do 
RN, a ZCM-46, cuja extensão engloba cerca de 5.600 km² de área mari-
nha. Para essa região há indicação de estudos de impactos cumulativos, 
pois a área já possui atividades exploratória marinhas, como é o caso da 
indústria do petróleo, também indicada com nível de importância “Extre-
mamente Alta”.
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Figura 4.1 – Mapa das Unidades de Conservação e das Áreas Prioritárias Para Conservação da Biodiversidade do Rio Grande do Norte.
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4.1.1.3. Quilombolas, Sítios Arqueológicos e Terras Indígenas 
Quilombolas
Os territórios quilombolas são áreas ocupadas por remanescentes 
das comunidades dos quilombos. No que concerne ao licenciamento am-
biental, haverá intervenção em território quilombola quando um empre-
endimento ou atividade localizar-se em território quilombola ou apresen-
tar elementos que possam ocasionar impacto socioambiental [6]. No RN, 
o INCRA aponta 8 áreas de quilombos distribuídas em 8 municípios, de 
acordo com Tabela 4.2 e Figura 4.4.
Sítios Arqueológicos
Os sítios arqueológicos têm um importante papel para compreender 
o fenômeno do povoamento pré-histórico da Região Nordeste do Brasil. 
São considerados sítios arqueológicos os locais onde se encontram vestí-
gios da vida e da cultura material dos povos, das comunidades, socieda-
des e civilizações do passado, sendo possível identificar conhecimentos e 
tecnologias que indicam anos de adaptação humana ao ambiente, além 
da produção de saberes tradicionais brasileiros. 
O reconhecimento de Sítios Arqueológicos ocorre por meio da homo-
logação de seu cadastro no Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão 
- SICG, cabendo ao Centro Nacional de Arqueologia (CNA) do Instituto 
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, a responsabilidade 
de homologar os dados referentes ao patrimônio arqueológico no SICG[8]. 
O cadastro de sítios arqueológicos no SICG equipara-se ao Cadastro 
Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), e apresentam juntos 787 sítios 
arqueológicos registrados até o momento no Estado do Rio Grande do 
Norte. Sendo assim, existem 664 registros de sítios arqueológicos cadas-
trados no SICG e 123 que foram anteriormente cadastrados no CNSA, 
mas que não possuem dados espaciais suficientes para sua homologação 
no SICG[8].
A Figura 4.3, apresenta a distribuição dos municípios com maiores 
números de ocorrências de sítios arqueológicos no estado. A maior con-
centração por município está em Pedro Avelino, com 80 registros de ocor-
rência; as demais ocorrências se encontram principalmente nos municí-
pios de Carnaúba dos Dantas, Angicos, Lajes, Assu, Jandaíra e Mossoró. A 
Figura 4.4 apresenta espacialmente essa distribuição.
Terras Indígenas
O Rio Grande do Norte não dispõe de Terras Indígenas oficialmen-
te delimitadas no território[10], entretanto, segundo o relatório “Base de 
Informações Geográficas e Estatísticas sobre os indígenas e quilombolas 
para enfrentamento à Covid-19”[11], (realizado como forma de divulga-
ção para disponibilizar antecipadamente os dados em consolidação para 
o Censo Demográfico 2020), o Estado possui uma população indígena 
de 2.597 pessoas, divididos em pelo menos 10 etnias: Guaraní, Guarani 
Kaiowá, Kariri, Pataxó, Potiguara, Tapuia, Tupinambá, Tupiniquim, Xavan-
te, Yanomámi. 
Tabela 4.2 – Comunidades quilombolas por municípios no Rio Grande do Norte.
Figura 4.3 – Número de sítios arqueológicos por municípios no Rio Grande do Norte.
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Essa população é distribuída em 11 localidades indígenas que estão 
dispostas por categorias jurídicas administrativas e territoriais. Dessas 
11 localidades, 3 são consideradas como agrupamentos de localidades 
indígenas, definido como um conjunto de 15 ou mais indivíduos indígenas 
em uma ou mais moradias contíguas que estabelecem vínculos familiares 
ou comunitários. Além desses agrupamentos indígenas, há 08 localidades 
identificadas por registros administrativos, mas que não foram definidas 
em setores censitários. 
O órgão responsável pela demarcação das Terras Indígenas é a Fun-
dação Nacional do Índio (FUNAI), que classifica as categorias sequenciais 
de acordo com o status do processo demarcatório[12]: em estudo, delimi-
tadas, declaradas, homologadas e regularizadas. No momento, apenas a 
Aldeia Sagi/Trabanda, da etnia Potiguara, se apresenta como tradicional-
mente ocupada e em fase de estudo para possível regularização da Terra 
Indígena.
A distribuição das localidades está distribuída em 7 municípios, con-
forme Tabela 4.3, onde a maioria da população indígena do Rio Grande do 
Norte está situadas nos municípios de: Apodi, Assu, Baía Formosa, Goia-
ninha, João Câmara, Luís Gomes e Macaíba.
4.1.2. Assentamentos Agrícolas 
De acordo com a base de dados do Instituto Nacional de Colonização 
e ReformaAgrária (INCRA), o Estado do Rio Grande do Norte possui re-
gistrado 272 assentamentos rurais[7] (Figura 4.4). Os 272 assentamentos 
registrados estão distribuídos em 64 municípios, sendo a maior concen-
tração no município de Mossoró, com 32 registros (11,76%), seguido dos 
municípios de Apodi, Governador Dix-Sept Rosado, Carnaubais, João Câ-
mara, Baraúna, Upanema e Ceará-Mirim. Os demais assentamentos estão 
distribuídos nos mais de 45 municípios em menor quantidade (Figura 4.5).
Para desenvolvimento de projetos eólicos e solares nessas áreas, 
caso a titularidade do imóvel não esteja em nome do beneficiário, o INCRA 
ou outra instituição responsável deve participar das negociações do proje-
to. Alguns estudos foram realizados na tentativa de regularizar o uso des-
ses espaços (estudo realizado pelo CERNE, 2020[13]), bem como, tramita 
o Projeto de Lei 3.266/2021[14] (anterior PL 384/2016) no qual autoriza a 
exploração de energia renovável (eólica, solar, hídrica e bioenergia) em 
assentamentos da reforma agrária.
Tabela 4.3 – Distribuição geográfica da população indígena 
urbana e rural por munícipio do Rio Grande do Norte.
Figura 4.5 – Distribuição dos Assentamentos Rurais por Municípios 
no Rio Grande do Norte.
*Em Estudo – Comunidade em etapa de realização dos estudos antropológicos, his-
tóricos, fundiários, cartográficos e ambientais, que fundamentam a identificação e a delimi-
tação da terra indígena.
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Figura 4.4 – Mapa dos Sítios Arqueológicos, Quilombos e Assentamentos Rurais do Rio Grande do Norte.
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4.1.3. Avifauna e Quirópteros
Um dos impactos ambientais mais popularmente associados à ener-
gia eólica diz respeito à avifauna, incluindo pássaros e morcegos. Contu-
do, esta é uma situação em que os acidentes dependem muito da espécie, 
bem como das condições locais, região (migração, alimentação, reprodu-
ção), época do ano, tempo e também das características dos empreen-
dimentos, como número e altura das turbinas, seu espalhamento, entre 
outros[15][16].
Ao longo de todo ano, as aves migratórias que não se reproduzem 
no Brasil estão presentes e podem ser observadas em todas as estações. 
Durante a primavera e verão, o país recebe populações advindas do he-
misfério norte e quando estas iniciam seu retorno, as espécies austrais 
iniciam seu deslocamento ao norte, invernando especialmente nos esta-
dos da região Sul e Sudeste[17]. 
Um levantamento de dados disponíveis[18][19][20][21][22], revelou a pre-
sença de aproximadamente 24 espécies de aves migratórias no RN, onde a 
maioria são compostas por uma grande diversidade de maçaricos e batuíras 
e, também pode ser observado, falcões e andorinhas como dispõe Tabela 4.4, 
quase que totalmente consideradas na rota atlântica das aves migratórias.
Conforme o “Relatório de Rotas e Áreas de Concentração de Aves 
Migratórias no Brasil”[23], a riqueza dos morcegos no território brasileiro 
varia entre 23 e 117 espécies/ 25 km². O estudo identificou um grande 
potencial na região Nordeste, principalmente, a porção costeira da Mata 
Atlântica e o bioma Caatinga. Sendo que o Rio Grande do Norte, possui 
elevada riqueza potencial de espécies e a presença de áreas relevantes 
para as espécies ameaçadas.
Uma parcela significativa dos morcegos se abriga nas cavernas sub-
terrâneas do RN e o bioma Caatinga abriga a maior riqueza de espécies 
do Estado, entre elas tem-se: Furipterus horrens, Lonchorhina aurita, Na-
talus macrourus e Xeronycteris vieirai. O mapa da Figura 4.6 mostra as 
quadrículas (25 km x 25 km) de ocorrência potencial de espécies de mor-
cegos ameaçados. 
Havendo a indicação de presença, o órgão ambiental pode solicitar 
ao empreendedor que realize o monitoramento da avifauna e quirópteros, 
tanto na fase de instalação, como na fase de operação dos empreendi-
mentos enquanto condicionantes da(s) licença(s) ambiental(is). 
4.1.4. Cavernas
O Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE)[24], é 
constituído por informações correlatas ao patrimônio espeleológico nacio-
nal. O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV)
[25] é o responsável pelo suporte técnico e pela sua gestão.
Do total de 1.371 ocorrências de cavernas no Estado, até o mo-
mento cadastradas pelo CANIE (Figura 4.6), aproximadamente 80% for-
maram-se em rochas sedimentares carbonáticas da Bacia Potiguar. Na 
Província da Chapada do Apodi, é onde está concentrado a maior parcela, 
principalmente nos municípios de Baraúna (324 ocorrências de cavernas) 
e Felipe Guerra (409 ocorrências de cavernas). 
Tabela 4.4 – Espécies de aves migratórias registradas no Rio Grande do Norte.
* Espécies registradas sem coordenadas geográficas.
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Os arquivos obtidos pelo CANIE com o ca-
dastro das cavidades naturais, não representam 
todo o universo de cavernas existentes no territó-
rio do Estado. Eles reúnem unicamente a pequena 
porção de cavidades que já foram prospectadas, 
por pessoas físicas, grupos ou instituições, cujos 
dados foram publicados, em diversos meios de 
divulgação e que foram cadastradas no CANIE.
O Decreto nº 10.935/ 2022[26] classifica o 
grau de relevância da cavidade natural subter-
rânea e prevê em seu art. 4º que para o grau de 
relevância máximo, somente poderão ser objeto 
de impactos negativos irreversíveis quando au-
torizado pelo órgão ambiental licenciador com-
petente, no âmbito do licenciamento ambiental 
da atividade ou do empreendimento.
Para isso, o empreendedor deve, além de 
demostrar algumas exigências fundamentais 
previstas, implantar formas de compensação 
ambiental definidas em lei e outras formas de 
compensação espeleológica por meio da realiza-
ção de ações e medidas que garantam a preser-
vação de cavidades naturais subterrâneas e da 
implementação de ações do Programa Nacional 
de Conservação do Patrimônio Espeleológico.
Figura 4.6 – Mapa de Cavernas, Avifauna e Quirópteros do Rio Grande do Norte.
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E74
4.1.5. Batimetria X Distância da Linha 
de Costa
 
A batimetria é um dos critérios relevantes 
a se considerar no desenvolvimento de projetos 
de usinas eólicas offshore. A profundidade da 
água tende a afetar o tipo de tecnologia (tipo de 
fundação necessário para instalação do aeroge-
rador) usada para desenvolver um determinado 
projeto desde o planejamento do parque, insta-
lação, operação, até o descomissionamento[27].
Valores de profundidade até 30m são con-
siderados de águas rasas e indicam a utilização 
de fundação do tipo monopilar. Entre 30 a 60m 
de profundidade (águas de transição), recomen-
da-se fundações do tipo jaqueta, tripés e torres 
de treliça. Em águas profundas (acima de 60m), 
Figura 4.7 – Mapa com batimetria e distâncias da linha de costa do Rio Grande do Norte.
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são recomendadas estruturas flutuantes[27][28].
A batimetria do local também determina a distância que o projeto 
estará em relação a linha de costa, ou seja, quanto mais distante da costa 
o projeto for instalado, maior será o custo potencial de cabeamento, ope-
ração e manutenção do parque[29].
Assim, o ambiente marinho do Rio Grande do Norte apresenta ca-
racterísticas de plataforma continental e talude, cuja larguras máximas 
alcançam 43 km entre Areia Branca e São Bento do Norte, limitadopela 
linha de costa que se estende em direção ao talude com transições de pro-
fundidades entre de 40 e 60 m [30]. Portanto, com base na caracterização 
geomorfológica e sedimentológica[30][31], o ambiente marinho do Rio Gran-
de do Norte está dividido em plataforma interna: limitada pela isóbata de 
15m; plataforma média: entre as isóbatas de 15 e 25m; e, plataforma 
externa, cujo limite é fortemente marcado por desníveis batimétricos (an-
tigas rochas praiais), até o início da planície abissal, onde ocorre desníveis 
superior a 2.000m sobre o talude e o sopé continental[30][32].
Baseado nas características de profundidades e distâncias da linha 
de costa do Rio Grande do Norte (Figura 4.7), registram-se 8 projetos 
eólicos offshore já em evidência para o Estado, com solicitação de licença 
ambiental junto ao IBAMA, até novembro de 2022, com um total de 1.116 
aerogeradores (com previsão total de 15.854 MW de potência). Os aero-
geradores estão distribuídos em sua maioria entre as profundidades de 10 
m e 30 m e com distâncias da linha de costa a partir de 5 km até 40 km, 
caracterizando assim, a preferência por profundidades inferiores a 60m.
4.1.6. Estruturas Offshore
 
A Bacia Potiguar, situada no Estado do Rio Grande do Norte, é exem-
plo de bacia sedimentar de grande importância para a produção de petró-
leo no território nacional e é originada de depressão da crosta terrestre 
por subsidência e consequente preenchimento sedimentar pelo processo 
de litificação. 
Em sua porção terrestre, o Rio Grande do Norte é o Estado de maior 
produção, atual e histórica, de petróleo do Brasil. Já em relação a sua 
porção marítima, é classificada como fronteira exploratória e bastante 
promissora, devido aos vários campos petrolíferos produtores em águas 
rasas de óleo leve. Atualmente, existem 29 plataformas de petróleo na 
Bacia Potiguar[33](Figura 4.8), sendo apenas 3 delas estando em operação. 
São elas: Arabaiana 1 (PARB1), Pescada 1B (PPE-1B) e Pescada 2 (PPE-2) 
(DPC, 2022).
Na Figura 4.7 apresentam-se ainda os campos de produção de pe-
tróleo, os oleodutos e os poços de petróleo. Também são apontadas as 
áreas de fundeio (ancoragem), extraídas das Cartas Náuticas da Marinha 
do Brasil. 
É importante dispor dos usos e estruturas existentes no mar territo-
rial, a fim de conciliar com a exploração de usinas eólicas offshore. Outros 
usos devem ser mapeados na etapa de desenvolvimento de projetos, a 
exemplos das áreas de pesca e faixas de navegação específicas. 
4.1.7. Aspectos Oceanográficos
 
4.1.7.1. Caracterização Climática Meteoceanográfica Atuan-
te no Rio Grande do Norte
É importante que a caracterização do potencial eólico offshore esteja 
atrelada a aspectos oceanográficos e sejam levados em consideração na 
etapa de planejamento, na elaboração dos projetos, implantação e ope-
ração dos parques eólicos offshore. Compreender as condições extremas 
de ondas, correntes marítimas, temperatura da superfície do mar e ou-
tras variáveis oceanográficas é de interesse não apenas científico para a 
comunidade de pesquisa, mas também econômico para empreendedores, 
projetistas e governo enquanto órgão responsável pela regulamentação 
dos espaços e planejamento espacial. Todos esses parâmetros podem 
afetar os projetos, seu desempenho e a vida útil das turbinas eólicas of-
fshore. Assim, o objetivo deste tópico é fomentar o diálogo e a discussão 
desses aspectos correlacionando-o com as questões da eólica offshore. 
Diante do exposto, o Estado do Rio Grande do Norte (RN) situado 
na região do Oceano Atlântico Sul e próximo à linha do Equador tem suas 
condições marítimas influenciadas principiante pela Zona de Convergên-
cia Intertropical (ZCIT). Portanto, a flutuação meridional (N-S) da ZCIT 
durante os períodos de inverno (julho a setembro - limite norte, 14N) e 
verão (fevereiro a abril - limite sul 5S) acarretam mudanças no sistema 
interação oceano-atmosfera, que por sua vez, provocam alterações nas 
condições de temperatura superficial do mar (TSM), da salinidade, do 
padrão das correntes marítimas de superfície e na própria energia de on-
das[34].
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Figura 4.8 – Mapa com as principais estruturas offshore do Rio Grande do Norte.
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Temperatura da Superfície do Mar (TSM)
A variabilidade espaço-temporal da temperatura da superfície do 
mar próximo ao RN está relacionado com a posição da ZCIT e com o nível 
de radiação solar. A média climática da temperatura, mostra que a varia-
bilidade ao longo do ano é baixa, devido à localização do RN ser próximo 
ao Oceano Atlântico Tropical. 
Nos meses de dezembro a fevereiro (verão), a ZCIT está localizada 
acima da linha do Equador, neste período, a superfície do oceano absorve 
grandes quantidades de energia solar, em função do nível de radiação ser 
máximo devido à baixa nebulosidade e precipitação. Os maiores valores 
de temperatura da superfície do mar são observados nos meses de março 
a maio (outono), alcançando aproximadamente 29°C. No mesmo período, 
ocorre a migração da ZCIT para sul, nas proximidades da costa do RN, 
e, portanto, aumenta a nebulosidade e precipitação, ocasionando menor 
incidência de radiação solar. Dessa maneira, nos meses de setembro a 
novembro (primavera) são observados os menores valores da tempera-
tura da superfície do mar (26°C) para o RN. Portanto, a TSM apresenta 
aumento no verão e outono, e decresce no inverno e na primavera, apre-
sentando uma variabilidade em média de 3°C entre estações.
A de temperatura da superfície do mar contribui significativamente 
ao longo do ano na variabilidade da precipitação, e em alguns perío-
dos sendo mais importante em relação às condições atmosféricas. Nesse 
caso, as condições marítimas estão diretamente relacionadas a capacida-
de e armazenamento de energia e de fonte de umidade para retroalimen-
tação do sistema convectivo. Assim, a variabilidade climática pode ocorrer 
impulsionada pelas condições da TSM[35].
Correntes Marítimas Superficiais
A dinâmica das correntes marítimas próximo ao litoral do RN é in-
fluenciado pelo sistema de interação dos ventos com o padrão de circu-
lação do giro do Atlântico Sul na região do oceano Atlântico. Portanto, os 
ventos alísios dominantes na região Equatorial sopram de leste para oeste 
influenciando a Corrente Equatorial Sul Atlântica que ao encontrar a costa 
brasileira se bifurca (próximo a latitude de 10°S) formando a Corrente do 
Brasil (CB) e a Corrente Norte do Brasil (CNB). A CB se desloca no sentido 
sul, enquanto a CNB viaja em direção ao Equador formando a Corrente 
das Guianas (CG)[36]. 
A média climática de velocidade da Corrente Norte do Brasil no RN 
apresenta altos valores de velocidade, entre 0,8 a 1 m/s (Figura 4.9), dis-
tribuída na porção norte e noroeste do Estado. Sendo que, essa corrente 
é fortemente influenciada pelos padrões de circulação atmosférica.
Ao longo do ano, o comportamento sazonal das correntes marítimas 
de superfície no RN é bem definido. No entanto, as direções médias das 
correntes não apresentam significativa variabilidade, sendo seu sentido 
principal de leste (E) para oeste (W), enquanto que os valores de veloci-
dade são os mais influenciados pela sazonalidade. Nos meses de dezem-
bro a fevereiro a média sazonal de velocidade pode atingir 1,5 m/s. Nas 
estações de outono e primavera, são observados os menores valores de 
velocidade da corrente.
Ondas Marítimas
As ondas são geradas a partir da transferência de energia do vento 
para a superfície do oceano. Basicamente o desenvolvimento delas está 
conectado a três princípios: I) Força do vento - quanto maior a velocidade 
do vento, maior vai ser a energia transferida da atmosfera para a super-
fície do mar; II) Duração do vento - ventos fortes emum curto espaço 
de tempo não vão gerar ondas grandes; III) Pista do vento - é região de 
atuação do vento durante um tempo com baixa variabilidade na direção 
do vento, ou seja, quanto maior a pista mais tempo para a onda propagar. 
Portanto, quanto maior for a velocidade e duração do vento numa pista, 
maior será a altura de onda. Assim, as ondas são caracterizadas em três 
parâmetros físicos: altura (H em metros), período (T em segundos) e di-
reção (Dir em graus). 
O clima de ondas para o Rio Grande do Norte é influenciado prin-
cipalmente por sistemas atmosféricos locais como também distantes. O 
Nordeste é influenciado por 4 sistemas de ondas dominantes na região, 
portanto, existem as ondas geradas por ventos locais (Hs=1.0, Tm=4-5 e 
Dir=NW-ESE), gerados por ventos Alísios de SW (Hs=2, Tm=5-8 e Dir=E-
-SE), gerados por ventos Alísios de NE (Hs = 1,1 m, Tm = 8 e 11 s e Dir 
= N e NE) e os swells originados no Atlântico Norte[37].
A climatologia de ondas para o RN, de maneira geral, é caracteriza-
da por alturas de ondas mais elevadas na porção do oceano aberto, em 
águas profundas e, conforme ela se propaga em direção a costa do RN, 
a altura das ondas diminui, devido a interação com o fundo submarino. 
Para os padrões de direção, a climatologia mostra que a porção do lito-
ral oriental do RN, há o predomínio de ondas de leste com período entre 
8-10 s geradas principalmente pelos ventos alísios de SE. Enquanto que 
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Figura 4.9 - Mapa de velocidade das correntes marinhas, anual e sazonal, do RN.
para a região do litoral setentrional do RN, observa-se ondas de predomi-
nantemente de N e NE com períodos entre 8 e 9 s, as quais são geradas 
principalmente, pelos ventos de alísios de NE.
No entanto, a sazonalidade da climatologia de ondas destaca os 
principais sistemas de ondas para cada estação do ano. Nas Figuras 4.10 
e 4.11, são apresentadas as médias de Hs e Tm respectivamente, para 
cada estação do ano. Nos meses de verão as ondas de N e NE atingem 
valores de Hs entre 1.20-1.80 m, Tm entre 8 - 11 s, tanto na região do li-
toral oriental quanto no litoral setentrional do RN. Nas estações de outono 
e inverno o clima de onda predominante na região norte do estado apre-
senta ondas de NE - SE com Hs entre 1.0-1.80 m, Tm 6-10 s, sendo que 
os meses de JJA onde apresenta os menores valore de Hs e Tm, caracte-
rísticos de ondas formatos por ventos locais. No entanto, para o mesmo 
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período de outono e inverno para o litoral oriental do RN são observados 
maiores valores de Hs entre 1.60-1.95, Tm entre 8-10s e direção entre E 
-SE, oriundos de sistema característico de ondas geradas por ventos alí-
sios de SE. Nos meses de SON, são observadas ondas com Hs entre 1,20 e 
1,95 m com período de 8 a 10 s de direção variando de NE e SE. No entan-
to, no litoral setentrional do RN, são observadas ondas com Hs 1,2 m e Tm 
10 s com direção de N (45°) geradas por sistema atmosféricos originários 
do Hemisfério Norte e ventos alísios de NE. Enquanto na porção do litoral 
oriental do RN, próximo da costa, as ondas são geradas por ventos alísios 
de SE com alturas significativas de 1,5 m e períodos de médios 9 s.
Figura 4.10 – Mapa de alturas significativas da onda, anual e sazonal, do Rio Grande do Norte.
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Figura 4.11 – Mapa de período médio da onda, anual e sazonal, do Rio Grande do Norte.
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4.1.8. Substrato Marinho 
 
A plataforma do Rio Grande do Norte, mais precisamente, a Plata-
forma Continental Setentrional, é constituída principalmente por fácies de 
areia siliciclástica em águas rasas ao longo da costa, plataforma interna, 
passando transicionalmente, plataforma intermediária, para areias car-
bonáticas em águas mais profundas, ou plataforma externa[30][31]. Fácies 
como lama terrígena, lama carbonáticas, marga carbonática e marga are-
nosa, também ocorre na plataforma interna, sobretudo, próximo ao vale 
inciso do rio Assú[30].
Além do tipo de substrato marinho, uma das características mar-
cantes da Plataforma Continental Setentrional do RN, são as formas de 
fundo, cuja águas claras em determinadas épocas do ano (no período 
de baixa turbidez), tende a favorecer a obtenção das características do 
relevo submerso. Diversas feições de fundo (Figura 4.12) ocorrem desde 
escalas decimétricas a quilométricas nesta costa[32], caracterizadas prin-
cipalmente por: 
I – Rochas praiais (beachrocks), são antigas linhas de costa, ge-
radas por carbonato de cálcio[30][32]. Estão distribuídos longitudinalmente 
entre 20 e 30km de distância da atual linha de costa e profundidades de 
10 e 60m;
II – Corpos arenosos marinho raso isolados, caracterizados por 
areia siliciclástica, são formas distribuídas paralelamente à linha de costa, 
destacando-se a forma “Coroa das Lavadeiras”, na extremidade do Alto de 
Touros[39], distante em relação à linha de costa cerca de 15 a 20km e, em 
profundidades médias de 20m;
III - Campos de dunas longitudinais simétricas e assimétricas[32], 
estendem-se ao longo da plataforma interna, entre as profundidades de 
5 e 10m, são constituídos predominantemente por areia do tipo siliciclás-
tica[30]; 
IV – Campos de dunas transversais [32] perpendicular à linha de cos-
ta, estão distribuídos na plataforma média, entre as profundidades de 15 
a 25m, são principalmente constituídos por areia do tipo bioclástica [30] [31]; 
V – Vales incisos (paleocanais) dos rios Piranhas-Açu e Apodi-Mos-
soró[30][32] localizados perpendicularmente à linha de costa, atingem pro-
fundidades máximas de 30 e 32m, na plataforma continental e se enten-
dem como vales incisos até o talude;
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Figura 4.12 – Mapa de feições morfológicas do substrato marinho, do Rio Grande do Norte.
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4.2. CONSIDERAÇÕES ACERCA DOS MARCOS RE-
GULATÓRIOS E LICENCIAMENTO AMBIENTAL 
4.2.1. Marco Regulatório e Licenciamento dos Parques Eóli-
cos Onshore e Usinas Fotovoltaicas
As principais normas fundamentais para o licenciamento ambiental 
no Brasil são a Resolução CONAMA nº 001/1986[40] e a Resolução CONAMA 
nº 237/1997[41]. Ambas estabelecem os procedimentos e definem diretri-
zes gerais, tais como: as atividades que dependerão de Estudo de Impac-
to Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
para obtenção de licença ambiental, as diretrizes gerais e conteúdo míni-
mo para elaboração do EIA/RIMA e a definição das competências quanto 
ao licenciamento pelo órgão ambiental municipal, estadual e federal. 
Os principais tipos de licenças ambientais são a prévia (LP), instala-
ção (LI) e operação (LO). A licença prévia é concedida na fase preliminar 
do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua locali-
zação e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os 
requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases 
de sua implementação. Esse tipo de licença é a primeira a ser emitida para 
parques eólicos e usinas solares, sendo uma exigência pela Empresa de 
Pesquisa Energética (EPE) para habilitação do projetoe posterior partici-
pação nos leilões de energia. 
A licença de instalação autoriza a instalação do empreendimento ou 
atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, progra-
mas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e 
demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante. Mesmo 
o empreendimento já ter LP, é necessário requerer a LI. A licença de ope-
ração autoriza a operação da atividade ou empreendimento, e estabelece 
medidas de controle ambiental e monitoramentos que devem ser continu-
adas durante toda a fase de operação. 
A licença ambiental não tem caráter definitivo, ou seja, as licenças 
de diferentes tipos estão sujeitas a prazos de validade, bem como de 
monitoramentos contínuos conforme solicitado pelo órgão licenciador de 
acordo com as condicionantes das licenças.
Os empreendimentos eólicos onshore e offshore e usinas solares 
estão sujeitos ao licenciamento ambiental e atendimento às legislações no 
âmbito federal, estadual e municipal. Quando se trata de empreendimen-
tos e atividades localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e 
em país limítrofe; no mar territorial, na plataforma continental ou na zona 
econômica exclusiva; em terras indígenas; em unidades de conservação 
federais (exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e localizados ou 
desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados, cabe o licenciamento à União, 
nesse caso, ao Instituto Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Natu-
rais Renováveis (IBAMA) (Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 
2011)[42]. Para os casos de licenciamento a nível estadual, cabe ao IDEMA 
enquanto órgão licenciador do Rio Grande do Norte e entidade executora 
do Sistema Estadual do Meio Ambiente (SISEMA).
Para o licenciamento ambiental voltado especificamente para usinas 
eólicas onshore, na legislação federal, a Resolução do CONAMA Nº 462 
publicada em 24 de julho de 2014[43] estabelece procedimentos para o 
licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de energia elé-
trica a partir de fonte eólica em superfície terrestre. 
Essa nova resolução estabelece ainda que empreendimentos eóli-
cos considerados de baixo impacto ambiental poderão ser licenciados por 
meio de procedimento simplificado, contudo, quando o empreendimento 
se enquadrar em alguns dos casos dispostos no Art. 3º, parágrafo 3º, não 
será considerado baixo impacto, exigindo a apresentação de EIA/RIMA. 
Os casos não considerados de baixo impacto ambiental será quando 
o empreendimento se localizar em: formações dunares; planícies de de-
flação; mangues e áreas úmidas; mata atlântica e implicar em supressão 
de vegetação primária e secundária; zona costeira e implicar em altera-
ções significativas; áreas de rota, pouso, descanso, alimentação e repro-
dução de aves migratórias; locais que venham a gerar impactos sociocul-
turais diretos; áreas com ocorrência de espécies ameaçadas de extinção 
e; áreas de endemismo restrito. 
Para o licenciamento ambiental de usinas eólicas fotovoltaicas, en-
quadra-se a Resolução CONAMA nº 279, de 27 de julho de 2001[44]. Que 
estabelece procedimentos específicos para o licenciamento ambiental 
simplificado de empreendimentos elétricos com pequeno potencial de im-
pacto ambiental, onde se insere as usinas solares.
Cabe a cada órgão licenciador estadual o enquadramento quanto ao 
impacto ambiental dos empreendimentos de geração de energia eólica e 
solar, considerando o porte, a localização e o potencial poluidor que po-
dem variar de estado para estado, bem como determinar particularidades 
no licenciamento ambiental, levando em consideração as características 
naturais e sociais de seu território. 
Para isso, existe um enquadramento quanto ao porte do empreen-
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dimento que, dependendo, pode alterar a magnitude dos impactos aliado 
a fatores ambientais que estão relacionados ao potencial poluidor/degra-
dador do ambiente.
O porte e o potencial poluidor/degradador do RN são definidos pela 
Resolução CONEMA Nº 04/2006[45]. O porte é considerado segundo a po-
tência instalada em Megawatt do empreendimento. O potencial poluidor/
degradador é determinado considerando as variáveis ambientais: ar, água 
e solo/subsolo subdivididos em pequeno, médio e grande potencial polui-
dor. Para o ar, são considerados os poluentes, os efeitos da poluição sonora 
e a presença de odores. Em relação à água, consideram-se os potenciais 
dos poluentes presentes. Para o solo, é levado em consideração os efei-
tos nos meios biótico e socioeconômico, os tipos de resíduos gerados e a 
movimentação de terra. A análise individual do potencial poluidor nessas 
três variáveis resulta no potencial poluidor/degradador geral da atividade. 
A Tabela 4.5 dispõe das principais legislações federais e estaduais 
consideradas relevantes para o processo de licenciamento de usinas eóli-
cas onshore e solar.
Constituição da 
República Federa-
tiva do Brasil de 
1988.[46]
Art. 225 do Meio Ambiente: é dever do poder público de defender 
e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações
Lei nº 6.938, de 
31 de agosto de 
1981[47]
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e me-
canismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Lei nº 12.651, de 
25 de maio de 
2012[48]
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nºs 
6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 
1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis 
nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril 
de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 
2001; e dá outras providências. (Novo Código Florestal)
Lei nº 9.605, de 
12 de fevereiro de 
1998[49]
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras provi-
dências (Lei de Crimes Ambientais)
Lei nº 9.985, de 
18 de julho de 
2000[1]
Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constitui-
ção Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conserva-
ção da Natureza e dá outras providências
Lei nº 13.153, de 
30 de julho de 
2015[50]
Institui a Política Nacional de Combate à Desertificação e Miti-
gação dos Efeitos da Seca e seus instrumentos; prevê a criação 
da Comissão Nacional de Combate à Desertificação; e dá outras 
providências
Lei Federal nº 
9.795, de 27 de 
abril de 1999[51]
Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de 
Educação Ambiental e dá outras providências.
Lei n° 12.305, de 
02 de agosto de 
2010[52]
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
Lei n° 7.661, de 
16 de maio de 
1988[53]
Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e dá outras 
providências.
Lei Complemen-
tar nº 140, de 08 
de dezembro de 
2011[42]
Competência comum relativa à proteção do meio ambiente, ao 
combate à poluição em qualquer das suas formas e à preservação 
das florestas, da fauna e da flora
Resolução CO-
NAMA nº 462, de 
24 de julho de 
2014[43]
Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental de 
empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fonte 
eólica em superfície terrestre.
Resolução CONA-
MA, n° 279, de 
27 de junho de 
2001[44]
Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental
simplificado de empreendimentos elétricos com
pequeno potencial de impacto ambiental
RESOLUÇÃO CO-
NAMA nº 001, de 
23 de janeiro de 
1986[40]
Define as situações e estabelece os requisitos e condições para de-
senvolvimento de Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo 
Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.
Resolução CONA-
MA nº 237, de 19 
de dezembro de 
1997[41]
Dispõe sobre conceitos, sujeição, e procedimento para obtenção de 
Licenciamento Ambiental, e dá outras providências
Resolução CO-
NAMA nº 369,de 
28 de março de 
2006[54]
Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse 
social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção 
ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente-
-APP.
Resolução CO-
NAMA nº 275, 
de 25 de abril de 
2001[55]
Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, 
a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem 
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
Resolução CO-
NAMA nº 307, 
de 5 de julho de 
2002[56]
Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para
a gestão dos resíduos da construção civil.
Resolução CONA-
MA nº 257/1999 
e nº 263/1999[57]
Dispõe sobre o descarte, coleta, reutilização, reciclagem e trata-
mento de pilhas e baterias que contenham em suas composições 
chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos.
Resolução CONA-
MA nº 347, de 10 
de setembro de 
2004[58]]
Dispõe sobre a proteção do patrimônio espeleológico.
Portaria INTERMI-
NISTERIAL nº 60, 
de 24 de março 
de 2015 – MMA[6]
Estabelece procedimentos administrativos que disciplinam a atu-
ação dos órgãos e entidades da administração pública federal em 
processos de licenciamento ambiental de competência do Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-
-IBAMA.
INSTRUÇÃO 
NORMATIVA n° 
001, de 25 de 
março de 2015 – 
IPHAN[59]
Estabelece procedimentos administrativos a serem observados pelo 
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional nos processos 
de licenciamento ambiental dos quais participe.
LEGISLAÇÃO FEDERAL
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Lei Complementar 
Estadual nº 272, 
de 03 de março 
de 2004[60]
Regulamenta os artigos 150 e 154 da Constituição Estadual, revo-
ga as Leis Complementares Estaduais nº 140, de 26 de janeiro de 
1996, e nº 148, de 26 de dezembro de 1996, dispõe sobre a Políti-
ca e o Sistema Estadual do Meio Ambiente, as infrações e sanções 
administrativas ambientais, as unidades estaduais de conservação 
da natureza, institui medidas compensatórias ambientais, e dá 
outras providências - (Política Estadual do Meio Ambiente)
Lei Complementar 
Estadual nº 336, 
de 12 de dezem-
bro de 2006[61]
Altera a Lei Complementar Estadual nº 272, de 03 de março de 
2004 e dá outras providências.
Lei nº 10.154, de 
21 de fevereiro de 
2017[62]
Institui a Política Estadual de Combate e Prevenção à Desertifica-
ção no Estado do Rio Grande do Norte e fixa outras providências.
Resolução CONE-
MA nº 4/2006[45]
Estabelece parâmetros e critérios para classificação, segundo o 
porte e potencial poluidor/degradador, dos empreendimentos e 
atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou ainda que, de 
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, para fins 
estritos de enquadramento visando à determinação do preço para 
análise dos processos de licenciamento ambiental.
Resolução CONE-
MA nº 3/2011[63]
Averbação de Reserva Legal e Projetos de Reposição Florestal e dá 
outras providências
Instrução Norma-
tiva IDEMA nº 1, 
de 01 de novem-
bro de 2018[64]
Regulamenta a Lei Complementar Estadual nº 272, de 03 de mar-
ço de 2004, no que dispõe sobre critérios e procedimentos para o 
Licenciamento Ambiental de Centrais de Geração de Energia Elétri-
ca por Fonte Solar Fotovoltaica no Estado do Rio Grande do Norte.
Tabela 4.5 – Legislação Federal e Estadual relevante no processo de licenciamento ambiental.
LEGISLAÇÃO ESTADUAL
4.2.2. Marco Regulatório e Licenciamento dos Parques Eóli-
cos Offshore
Em relação ao licenciamento ambiental de empreendimentos eólicos 
offshore, as tratativas sobre o marco regulatório se iniciaram com mais 
robustez no ano de 2019 com algumas inciativas IBAMA, no qual realizou 
um Workshop onde convocou especialistas internacionais para discutir a 
experiência do licenciamento ambiental em seus países de origem. 
Foi apresentada a experiência de países como Alemanha, Bélgica, 
Dinamarca, Espanha, França e Portugal. Meses após o citado evento, foi 
publicado o documento intitulo “Mapeamento de modelos decisórios am-
bientais aplicados na Europa para empreendimentos eólicos offshore”. 
O referido documento teve como objetivos: 1) Conhecer o processo de 
etapas decisórias necessárias para autorização ou licenciamento ambien-
tal da Energia Eólica Offshore, por meio de pesquisas em websites de 
instituições de regulação e organizações do setor dos países, em arti-
gos, relatórios técnicos, estudos relacionados à temática etc.; 2) Elaborar 
o procedimento para concessão, licenciamento, construção, operação e 
descomissionamento de complexos eólicos offshore dos países, por meio 
do levantamento e da identificação das organizações dos países europeus 
responsáveis pelo licenciamento; 3) Levantar e analisar as normas legais 
utilizadas para avaliação dos impactos ambientais; 4) Identificar como é 
realizado o monitoramento ambiental nos países selecionados, com res-
ponsabilidade, periodicidade, estudos etc.; 5) Identificar como é realizado 
o descomissionamento nos complexos eólicos offshore nos países selecio-
nados, verificando os casos de desmontagem que ocorreram neles.
Em dezembro de 2019, foi publicada a primeira versão do Termo de 
Referência para Elaboração de Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de 
Impacto do Meio Ambiente (EIA/RIMA) para Complexos Eólicos Offshore, 
este documento foi posto para consulta pública no período de janeiro a 
abril de 2020, apenas em novembro de 2020 é que foi realizada a publi-
cação da versão final do Termo de Referência. Importante mencionar que 
o Termo de Referência se trata de um tipo de sumário para elaboração do 
EIA/RIMA, estudo elaborado junto com a solicitação da licença ambiental 
e que servirá para balizar a análise do órgão ambiental quanto a viabili-
dade do empreendimento e emissão de autorização e licença ambiental 
solicitada. Até 02 de agosto de 2022, foram 08 processos abertos com 
solicitação de licença ambiental junto ao IBAMA na costa do RN. 
Em relação a outras questões sobre o modelo de concessão ou o 
modo de exploração, em janeiro de 2022, foi publicado o Decreto Presi-
dencial Nº 10.946[65], que dispõe sobre a cessão de uso de espaços físicos 
e o aproveitamento dos recursos naturais em águas interiores de domínio 
da União, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e na plataforma 
continental para a geração de energia elétrica a partir de empreendimento 
offshore. Esse decreto forneceu o passo inicial no caminho da regulamen-
tação dos futuros empreendimentos.
Em 19 de outubro de 2022, foram publicados mais dois documen-
tos: a Portaria Normativa Nº 52/GM/MME[66] que estabelece as normas e 
procedimentos complementares relativos à cessão de uso onerosa para 
exploração de central geradora de energia elétrica offshore no regime de 
produção independente de energia ou de autoprodução de energia, de 
que trata o art. 5º, inciso I, do Decreto nº 10.946, de 25 de janeiro de 
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E86
2022 e a Portaria Interministerial MME/MMA Nº 3[67] que define normas e 
procedimentos complementares relativos à cessão de uso onerosa; trata 
ainda da delegação da ANEEL das competências para formalização de con-
tratos de cessão de uso e estabelece informações sobre prazos e demais 
condições para emissão das Declarações de Interferências Prévias (DIP).
Ainda existe o Projeto de Lei n° 576, de 2021[68], que disciplina a 
outorga de autorizações para aproveitamento de potencial energético of-
fshore e o Projeto de Lei nº 11.247, de 2018[69], que disciplina os requi-
sitos e procedimentos necessários à obtenção de outorga de autorização 
para a exploração de centrais geradoras eólicas offshore, fotovoltaicas, ou 
que utilizem outras fontes renováveis, nas águas interiores sob o domínio 
da União, no mar territoriale na zona econômica exclusiva. O primeiro 
projeto (PL nº 576, 2021) de lei disciplina a exploração e desenvolvimen-
to da geração de energia a partir de fontes de instalação offshore, as-
sim consideradas as localizadas em área do Mar Territorial, da Plataforma 
Continental, da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) ou de outros corpos de 
água sob domínio da União, o segundo (PL nº 11.247, 2021) disciplina 
os requisitos e procedimentos necessários à obtenção de outorga de au-
torização para a exploração de centrais geradoras eólicas offshore, foto-
voltaicas, ou que utilizem outras fontes renováveis, nas águas interiores 
sob o domínio da União, no mar territorial e na zona econômica exclusiva.
O processo de regulamentação para ocupação das eólicas offshore 
avançou significativamente, no entanto, discussões vão continuar para 
consolidação dessas questões, a fim de aumentar a segurança jurídica, 
técnica e socioambiental da implantação, operação e manutenção desses 
empreendimentos. 
Estudos também devem ocorrer de modo efetivo para os avanços 
na avaliação dos impactos ambientais e monitoramentos, ao mesmo tem-
po, em que os órgãos regulamentadores devem se preparar em novas 
ferramentas para ordenamento do uso do espaço marinho como o Plane-
jamento Espacial Marinho (PEM) e fortalecimento de um banco de dados 
com informações mais precisas e maior conhecimento do mar territorial.
4.3. IMPACTOS AMBIENTAIS E AS ENERGIAS RE-
NOVÁVEIS
Um dos processos do licenciamento ambiental é a elaboração e aná-
lise do estudo de impacto ambiental. O estudo ambiental retrata aspectos 
ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação 
de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para 
a análise da licença requerida. O tipo do estudo varia conforme o empre-
endimento e sua localização e caberá a cada órgão ambiental a definição 
do estudo e o termo de referência a ele atribuído. A estrutura mínima do 
estudo ambiental é prevista em algumas resoluções e também são forne-
cidas pelo órgão ambiental através de um Termo de Referência (TR). 
O impacto ambiental é toda e qualquer modificação no meio ambien-
te causada por atividade humana que alteram a qualidade ambiental tanto 
benéfica ou adversamente do meio ao qual está inserido. Para a avaliação 
de impactos ambientais, é importante o entendimento das ações ou ati-
vidades que serão necessárias para implantação, operação e desativação 
do empreendimento. Após essa identificação e com o conhecimento mais 
detalhado da área onde o empreendimento irá ser construído, é feita uma 
análise sobre quais mecanismos ou processos ocorrerá à ação e assim 
identifica-se os impactos ambientais. 
Existem algumas metodologias disponíveis para elaboração da ma-
triz de impactos ambientais utilizadas nos estudos de impactos ambien-
tais, tais como: 
- Metodologias espontâneas (Ad hoc): consiste na identificação de 
impactos através de um “brainstorming” por grupos multidisciplinares 
com profissionais qualificados em diferentes áreas de atuação[70];
- Listagens (Check-list): consiste na identificação e enumeração dos 
impactos por meios físico, biológico e socioeconômico, a partir do diag-
nóstico socioambiental e sua relação e registro por fases do empreendi-
mento (implantação e operação);
- Matrizes de interações: são técnicas bidimensionais que relacio-
nam ações com impactos ambientais (uma das mais difundida é a Matriz 
de Leopold);
- Redes de interações (Networks): estabelecem relações do tipo 
causa-condição-efeito, propiciando uma apreciável e sucinta identificação 
dos impactos e suas inter-relações[71][72];
- Metodologias quantitativas: método rápido para análises de im-
pacto, dispõe de uma abordagem sistemática, holística e hierarquizada 
do meio ambiente[70][73], sendo adequado para análises preliminares e na 
comparação entre as alternativas de um mesmo projeto[74];
- Modelos de simulação: consistem em modelos de simulações des-
tinados a reproduzir o comportamento de parâmetros ambientais ou as 
inter-relações[73];
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 87
- Mapas de superposição (Overlays): a metodologia consiste na so-
breposição e integração de uma série de mapas temáticos que objetivam 
produzir a síntese da situação ambiental de uma determinada área geo-
gráfica[70].
Após a identificação, os impactos são classificados conforme atribu-
tos (parâmetros ou critérios), tais como: caráter (também encontrado na 
literatura como condição ou expressão ou natureza ou efeito); possibilida-
de de ocorrência; reversibilidade; temporalidade também denominada de 
duração ou periodicidade ou horizonte de tempo; escala temporal ou pra-
zo; escala espacial (ou abrangência territorial); origem; cumulatividade; 
sinergia; magnitude ou intensidade; significância ou importância; relação 
causa-efeito e controle[75].
Os impactos ambientais relacionam-se principalmente com a tipolo-
gia do empreendimento, o local onde será instalado e o porte. Em relação 
à localização, os impactos ambientais estão relacionados principalmente 
a aspectos como vulnerabilidade, fragilidade, resiliência e capacidade de 
suporte daquele ambiente àquela atividade. Dependendo da área, a rele-
vância e magnitude dos impactos pode variar consideravelmente[75].
Os impactos ambientais podem ser positivos e/ou negativos e po-
dem ocorrer relacionados ao meio físico, biológico e antrópico. Importan-
te mencionar que um dos itens do estudo é a proposição de alternativas 
locacionais de implantação do empreendimento, no qual o empreendedor 
avalia áreas em que a construção e operação desencadeei menos impac-
tos negativos e conflitos socioambientais.
A Tabela 4.6 apresenta os principais impactos na literatura decor-
rentes da implantação e operação de empreendimentos eólicos onshore, 
offshore e usinas solares.
IMPACTOS AMBIENTAIS
EÓLICA 
ONSHORE SOLAR EÓLICA
OFFSHORE
ANTRÓPICOS
Geração de expectativas e incertezas na população local
Aumento da receita tributária
Aumento da renda da população
Aumento do desenvolvimento socioeconômico
Segurança energética/Oferta de Energia
Interferência/Conflito de uso do espaço
Incremento tecnológico da região
Aumento/Geração de Poluição Sonora/Alteração nos níveis de ruído
Aumento/Diminuição na oferta de empregos/mão de obra
Alteração/pressão nas condições de tráfego e equipamentos urbanos
Alteração/aumento dos problemas sociais
Interferência sobre atividade pesqueira e navegação
Efeito estroboscópico dos aerogeradores
Restrinção de ocupação no entorno da UFV, para evitar sombreamento
Geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos
Tabela 4.6 – Principais impactos ambientais decorrentes de empreendimentos eólicos e solares.
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FÍSICOS
Intensificação/indução dos processos erosivos
Alteração da taxa de infiltração/permeabilidade natural
Alteração nas características físicas do solo
Alteração da dinâmica hídrica
Alteração da qualidade do recurso hídrico superficial/subterrâneo
Alteração do uso, ocupação e cobertura do solo
Alteração da topografia
Alteração na dinâmica do ecossistema
Alteração da qualidade do ar
Incentivo ao desenvolvimento sustentável
Redução das emissões de GEE
Impacto visual na paisagem
Interferências eletromagnéticas
Contaminação do solo por óleos e combustíveis.
Impacto ocasionado pela sombra dos aerogeradores nas habitações
Alteração morfológica do fundo marinho
BIOLÓGICOS
Interferência na fauna terrestre e flora
Afugentamento da fauna
Perda/Redução de espécies
Riscos de acidentes com animais
Perda/Alteração da cobertura vegetal
Impacto sobre a avifauna e quirópteros
Interferência na comunidade bentônica, mamíferos marinhos, quelônios e outras espécimes marinhas
Alteração do estoque de carbono
Interrupção localizada das espéciese dos hábitats do fundo do mar
Tabela 4.6 – Principais impactos ambientais decorrentes de empreendimentos eólicos e solares.
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CAPÍTULO 5
TECNOLOGIA EÓLICA E SOLAR
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 91
5. TECNOLOGIA
5.1. TECNOLOGIA DE ENERGIA EÓLICA
O uso de aerogeradores em prol da humanidade data de mais de 
1.000 anos atrás, quando dispositivos menos complexos se utilizavam de 
energia de fonte eólica para servirem como moinhos de vento. O primeiro 
avanço significativo para esse tipo de máquina pôde ser observado com 
a primeira turbina eólica de grande escala para geração de eletricidade, 
com 12 kW de potência, a baixa velocidade de rotação, instalada em 
Cleveland, Ohio, em 1888 (Figura 5.1a). Em 1900 existiam, aproximada-
mente 2.500 moinhos de vento na Dinamarca, utilizados para trabalhos 
mecânicos, com potência estimada de 30 MW. Nas décadas de 70 e 80, 
na Dinamarca foi observado um desenvolvimento gradual da tecnologia 
eólica, o que levou ao aparecimento de um número maior de máquinas 
com um pouco mais de 100 kW de potência[1]. 
Desde a década de 60, máquinas de grande escala foram sendo 
cada vez mais utilizadas, com a configuração de eixo horizontal (HAWT - 
Horizontal Axis Wind Turbine – Turbina Eólica de Eixo Horizontal), o uso de 
3 (três) pás e o hub sendo instalado à frente da torre de sustentação do 
aerogerador, chamado de “upwind”. Este modelo de turbina, HAWT, foi o 
mesmo utilizado no Brasil quando ocorreu a instalação da primeira turbina 
eólica, no Arquipélago de Fernando de Noronha, em 1992 com a potência 
de 225 KW, seguido, em território nacional, na praia de Taíba, Estado do 
Ceará, com a instalação de 10 aerogeradores de 44 m de altura e capaci-
dade de 500 KW, todos de configuração HAWT.
Nos anos 80 foram utilizadas estruturas de treliça de metal para a 
torre de suporte, já nos anos 90 passou a se utilizar tubos fabricados em 
aço e a partir dos anos 2000, as torres de suporte começaram a ser fabri-
cadas em aço e/ou concreto[2].
Com relação ao material utilizado para fabricação das pás de aero-
geradores, as primeiras turbinas utilizavam predominantemente o aço, 
mas havia a questão da oxidação em altos níveis de ocorrência, fato este 
que reduzia consideravelmente a vida útil do componente. O primeiro his-
tórico de sucesso de um aerogerador em funcionamento por longo período 
de tempo foi a turbina Gedser (Figura 5.1b), no qual operou por 11 anos, 
e suas pás foram fabricadas em material compósito[3], com maior resis-
tência à degradação e as cargas mecânicas impostas pela ação do vento, 
bem como menor peso.
Com o crescimento do uso de turbinas eólicas nos últimos 30 anos, 
os Operadores de Sistemas de Transmissão (TSOs - Transmission System 
Operators), em cada país, desenvolveram novas exigências de qualidade 
e controle de energia produzidas por estes tipos de máquinas, e por li-
darem com uma fonte energética estocástica, sistemas de Eletrônica de 
Potência (PE – Power Eletronics) foram sendo desenvolvidos e cada vez 
mais aperfeiçoados, visando atender as demandas de conexão às diferen-
tes redes de transmissão elétricas mundiais[5]. 
5.1.1. Aerodinâmica dos Aerogeradores
Os primeiros aerogeradores se utilizavam de força de arrasto para a 
geração de torque nas pás dos rotores de aerogeradores, e, consequen-
temente a aplicação de trabalho para o giro do eixo do gerador elétrico. 
Mas, os aerogeradores comerciais modernos se utilizam de perfis aero-
dinâmicos para a geração de torque através de força de sustentação[1], 
garantindo assim uma melhor eficiência na conversão de energia. Com os 
avanços tecnológicos na aerodinâmica dos aerogeradores, atualmente, os 
aerogeradores modernos são baseados na teoria de momento no elemen-
to de pá (BEM – Blade Element Theory).
A teoria BEM é largamente utilizada para previsão de cargas e ava-
liação de performance de rotores de aerogeradores. Através da teoria 
BEM, a área de varredura do rotor é considerada como um conjunto de 
FIGURA 5.1 - Modelos de aerogeradores. 
Fo
nt
e:
 W
IN
D
PO
W
ER
 [4
]
a) Primeiro cata-vento destinado à geração de energia elétrica, desenvolvido por 
Charles F. Bruch e b) Primeiro modelo de turbina HAWT, conhecido como turbina Gedser e 
desenvolvido por Johannes Juul.
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áreas anulares para cada elemento de pá, nas quais o balanço de forças 
é avaliado, considerando o perfil existente, suas condições dimensionais 
(ângulo de passo e comprimento de corda), a magnitude da velocidade do 
vento incidente e a velocidade de rotação do rotor.
5.1.2. Configuração dos Aerogeradores
Levando em consideração as configurações de extração de energia 
cinética do escoamento do vento, os aerogeradores podem ser dividi-
dos em duas categorias: aerogerador de eixo vertical (Vertical Axis Wind 
turbine - VAWT) e aerogerador de eixo horizontal (Horizontal Axis Wind 
Turbine - HAWT).
Os aerogeradores com a configuração VAWT possuem eixo de rota-
ção das pás perpendicular ao solo (Figura 5.2). Os VAWT, embora possu-
am em geral menor capacidade e eficiência, sendo mais utilizados para 
aplicações de baixa potência, contam com uma simplicidade em seu pro-
jeto, o que possibilita a instalação de componentes mecânicos e elétricos, 
caixa multiplicadora e gerador no nível do solo, facilitando instalação e 
manutenção da turbina de modo geral. Dispensam a necessidade de um 
sistema de yaw para direcionamento das pás, devido ao eixo de rotação 
perpendicular à direção de incidência do vento, aproveitando ocorrências 
de todos os setores de direção.
Os aerogeradores de eixo horizontal – HAWT, possuem eixo de rota-
ção das pás paralelo ao solo (Figura 5.3). Devido as pás facearem o esco-
amento do vento de maneira perpendicular, elas se utilizam de forças de 
sustentação para geração de torque no rotor. São os mais populares den-
tre as turbinas de conversão de energia eólica e são os que mais recebem 
fundos para pesquisa e desenvolvimento, uma vez que estes apresentam 
vantagens consideravelmente mais significativas do que aerogeradores do 
tipo VAWT. Os HAWT possuem melhor rendimento aerodinâmico e menor 
exposição aos esforços mecânicos. Devido a constância dos ventos tanto 
no Sul do Brasil, quanto no Nordeste, há inúmeros complexos de aeroge-
radores de energia eólica de eixo horizontal.
Devido às configurações de projeto dos aerogeradores HAWT, a ve-
locidade do rotor e a potência gerada podem ser controladas pela mo-
dificação do ângulo de passo (pitch) das pás com relação ao seu eixo 
longitudinal, aumentando a eficiência de extração de energia do vento. 
Outra vantagem do controle por pitch é a proteção contraventos de alta 
velocidade, bem como ventos de velocidade extrema, uma vez que esse 
controle pode “embandeirar” as pás, modificando o ângulo de pitch para 
uma posição a qual os perfis aerodinâmicos não gerem torque suficientes 
para o giro do rotor, evitando operação da máquina neste tipo de situação.
A configuração perpendicular das pás com relação à direção de in-
cidência do vento permite que, ao longo de sua distância longitudinal, 
FIGURA 5.2 - Exemplo ilustrativo de aerogeradores de eixo vertical (VAWT).
FIGURA 5.3 - Exemplo ilustrativo de aerogeradores de eixo horizontal (HAWT).
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perfis aerodinâmicos sejam escolhidos e projetados de maneira a otimizar 
a geração de torque em cada seção da pá, aumentando ao máximo a efi-
ciência de extração de energia cinética do vento, gerando o máximode 
torque possível. 
A Figura 5.4 a seguir apresenta a evolução das dimensões e da po-
tência gerada de aerogeradores HAWT ao longo dos anos. Esse avanço 
ocorreu em conjunto com a diminuição de custos de fabricação e instala-
ção[6].
5.1.3. Tecnologia da Energia Eólica 
Offshore
O interesse pela exploração de energia eó-
lica offshore tem aumentado significativamente 
nos últimos anos. A altíssima demanda de ener-
gia, aliado a relevância das energias renováveis 
no desenvolvimento da indústria e o fato da 
ocorrência de maiores magnitudes de velocida-
de do vento sobre o oceano, o que proporciona 
uma maior disponibilidade de energia, são al-
guns dos motivos que justificam o grande cres-
cimento deste setor (Figura 5.5)[7].
A produção energética offshore mundial 
alcançou 39 TWh em 2015 e 42 TWh em 2016, 
com uma espera de um aumento da capacidade 
FIGURA 5.4 - Evolução dos aerogeradores ao longo dos anos.
FIGURA 5.5 - Evolução dos aerogeradores offshore, de acordo com a potência, diâmetro e altura das torres.
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de potência instalada de 14 GW (2016) para 41 GW em 2022. O setor 
energético eólico offshore europeu é um dos que mais se desenvolveu, 
com expectativa de que em 2030, os mares Báltico e do Norte represen-
tem uma capacidade total instalada de 8 GW e 45 GW, respectivamente[7].
Em 2021, a capacidade instalada offshore no mundo foi de aproxi-
madamente 35,3 GW, com parques eólicos instalados em diferentes paí-
ses, com a maioria deles existente na Europa e China[9].
Apesar da tendência dos parques eólicos offshore serem instalados 
cada vez mais distante da costa continental, visando uma maior disponibi-
lidade de energia, a grande maioria dos aerogeradores são instalados em 
águas com profundidade média entre 1 m e 40 m. Assim, os aerogerado-
res instalados conseguem se utilizar de projetos convencionais de máqui-
nas onshore contando com sistemas elétricos e de controle de corrosão 
atualizados para o ambiente marítimo, bem como fundações preparadas 
para ancorá-los no leito oceânico[7]. 
Devido à alta demanda energética e a alta disponibilidade de ener-
gia eólica em ambiente offshore, a média de potência nominal dos ae-
rogeradores instalados atualmente variam ente 4 e 6 MW, com modelos 
ultrapassando níveis de 10 MW (Figura 5.6).
Quanto à altura de hub (eixo do aerogerador), diferente das máqui-
nas onshore, os aerogeradores offshore não apresentaram aumento de 
altitude do centro de seus rotores com o aumento do diâmetro dos roto-
res. Isso se dá devido ao fato do ambiente offshore possuir menor nível 
de rugosidade superficial, comparado com o ambiente onshore, fato este 
responsável pela característica de um perfil vertical de velocidade do ven-
to mais linear, com menor variação da magnitude de velocidade do vento 
com a altura em relação ao mar.
Atualmente, as médias mundiais de distância da costa e profundida-
de de instalação de aerogeradores offshore é de 18,8 km e 14,6 m, res-
pectivamente. Estes dois parâmetros são entradas de grande importância 
no projeto de parques eólicos offshore, uma vez que influenciam nos cus-
tos de instalação, operação e manutenção. Os custos associados com a 
instalação das máquinas e o cabeamento necessário para conexão à rede 
elétrica aumentam quanto maior for a distância da costa. Já a profundi-
dade do mar no ponto de instalação dos aerogeradores reflete na escolha, 
e consequentemente, no custo da fundação necessária para suporte da 
máquina. Considerando os projetos com solicitação de licença ambiental 
para o litoral Rio Grande do Norte, as médias da distância em relação à 
linha de costa variam entre 7,5 km a 10 km, e 30 km a 40 km, em pro-
fundidades de 10 a 35 m. De acordo com a profundidade, se define o tipo 
de fundação necessário para a instalação do aerogerador, cujos modelos 
mais utilizados no setor eólico offshore são: monopile, tripod, jaqueta, 
base gravitacional, Suction Bucket e High Rise Pile Cap (Figura 5.7)[10]. 
Monopile: é adequado para profundidades de 0 a 30 m, sendo ela 
mais utilizada em parques eólicos offshore devido sua facilidade de insta-
lação e o fato de que a maioria dos parques eólicos se encontram neste 
nível de profundidade. A instalação desse tipo de tecnologia envolve mar-
teladas hidráulicas e sua estrutura varia entre 500 a 800 toneladas de 
peso, com diâmetros entre 5 m e 6 m e comprimentos entre 50 m e 60 m.
Tripod: A fundação tripod se trata de uma estrutura de jaqueta de 
aço, apoiada em três pernas, na qual a coluna central, posicionada logo abai-
xo do aerogerador transfere os esforços para as três pernas. Pilares são ins-
talados em cada uma das três pernas para garantir a ancoragem do sistema. 
Este tipo de fundação é recomendado para profundidades ligeiramente mais 
fundas (30 m a 40 m) do que as de utilização de fundações do tipo monopile.
Jaqueta: Jaquetas são estruturas formadas por 4 pilares, interco-
nectados por braços estruturais cruzados. Esse tipo de fundação é ade-
quado para pontos de instalação mais distantes da costa, com profundi-
dades entre 20 m e 50 m.
FIGURA 5.6 - Diâmetro do rotor e potência nominal.
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Base gravitacional: Geralmente fabricada em concreto, esse tipo 
de fundação consiste em uma estrutura de areia, preenchida por pedra, 
aço e um eixo central da peça de transição para a tore do aerogerador. 
Mais utilizada em profundidade maiores do 20 m, esse tipo de fundação 
apresenta a desvantagem da necessidade de preparação do leito oceânico 
antes de sua instalação, planificando o local antes do seu recebimento.
Suction Bucket: Esse tipo de fundação consiste em uma estrutura 
em forma de um “balde”, a qual é encostada no leito oceânico e ancorada 
nele. Depois deste procedimento, a água que se encontra dentro da estru-
tura é bombeada para fora, gerando pressão negativa e sugando toda a 
estrutura no fundo do mar, posicionando o aerogerador. Esse tipo de fun-
dação é melhor utilizado para águas profundas e aerogeradores de grande 
porte. Uma de suas vantagens é que sua instalação pode ser facilmente 
desfeita e o aerogerador pode ser reinstalado em um posicionamento di-
ferente, bombeando água para dentro da estrutura.
High Rise Pile Cap: Este tipo de fundação é composto por uma 
plataforma de suporte de concreto mais alta do que o nível do mar e um 
grupo de estacas de tubos de aço na parte inferior desta, em que a ex-
tremidade inferior da estaca de tubos de aço se inclina ligeiramente para 
fora. Essa tecnologia é mais adequada para águas rasas (de 0 m a 20 m) 
com solo macio.
5.2. TECNOLOGIA DA ENERGIA SOLAR
A energia solar é a forma mais antiga de energia já utilizada pelo 
homem. A humanidade está ligada à energia solar desde muitos séculos, 
quando se utilizava o sol para secar peles e alimentos. Achados históricos 
de arqueólogos comprovam que, já no século VII A.C se utilizavam sim-
ples lentes de vidro para concentrar a luz do sol e desta forma queimar 
pequenos pedaços de madeira e assim obter fogo[11].
Na atualidade o primeiro marco de origem da tecnologia de ener-
gia solar é do ano de 1767, quando o cientista suíço Horace-Benedict de 
Saussucre inventou o primeiro coletor solar, uma caixa térmica coberta 
com três camadas de vidro capaz de absorver a energia calorífica, e dessa 
forma o cientista ficou conhecido como o criador do primeiro forno solar 
capaz de atingir até 110°C. Enquanto que o segundo grande marco é da-
tado do ano de 1839, quando o físico francês Alexandre-Edmond Becque-
rel descobriu por acaso, o efeito fotovoltaico[12].
De todos os aproveitamentos que a energia solar pode oferecer, atransformação da radiação solar em energia elétrica é o mais cobiçado. De 
uma forma geral, a conversão da energia solar em energia elétrica pode 
ser feita através de duas rotas principais: conversão térmica ou conversão 
fotovoltaica, conforme apresentado na Figura 5.8. Na conversão fotovol-
taica, a energia elétrica é produzida pelo efeito fotovoltaico. A geração 
solar térmica concentrada utiliza a rota de conversão termodinâmica para 
a geração de eletricidade.
FIGURA 5.7 - Tipos de fundação mais utilizadas no setor eólico offshore.
FIGURA 5.8 - Esquemas de conversão de energia solar em energia elétrica.
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5.2.1. Geração Solar Fotovoltaica
Após a observação do efeito fotovoltaico por Edmond Becquerel em 
1839, em 1877, dois inventores norte-americanos, W. G. Adams e R. E. 
Day, utilizaram as propriedades fotocondutoras do selénio para desenvol-
ver o primeiro dispositivo sólido de produção de eletricidade por exposição 
à luz[14]. Contudo, a consolidação da energia fotovoltaica somente foi pos-
sível com os avanços tecnológicos do século XX.
A consolidação primeiro ocorreu no setor de telecomunicações, com 
o acesso à energia em locais remotos, e, posteriormente, com a corrida 
espacial, pois a energia solar fotovoltaica constitui ainda nos dias atuais a 
melhor forma de alimentação energética no espaço. A Figura 5.9 mostra 
a imagem do Vanguard I, o primeiro satélite com células solares lançado 
em marco de 1958. Contudo, com a crise do petróleo na década de 70 foi 
quando o interesse se mostrou efetivo, motivado também pela redução 
nos custos de produção, que foram substancialmente reduzidos, atrain-
do investidores, incluindo petrolíferas com o objetivo de diversificar suas 
áreas de negócios[12].
A partir dos anos 90, mercados consumidores como a Alemanha e 
o Japão se destacaram neste setor, impulsionados pelos compromissos 
firmados com o Protocolo de Quioto. O crescimento deste mercado foi 
expressivo com a inclusão da produção chinesa a partir dos anos 2000, 
considerando a sua política econômica favorável baseada em mão-de-o-
bra barata[17].
Existem 3 grupos comerciais de células fotovoltaicas, também co-
nhecidos como gerações de dispositivo fotovoltaico (Figura 5.10). A pri-
meira geração é composta por células de sílicio monocristalino (mc-Si) e 
policristalino (p-Si), que representam mais de 85% do mercado, por ser 
considerada uma tecnologia consolidada, e por possuir a melhor eficiência 
comercialmente disponível. A segunda geração é comercialmente denomi-
nada de filmes finos é dividida em três cadeias produtivas: Silício amorfo 
(a-Si), disseleneto de cobre e índio (CIS) ou disseleneto de cobre, índio e 
gálio (CIGS) e telureto de cádmio (CdTe). Possui menor eficiência quando 
comparada a primeira geração associadas à disponibilidade dos materiais, 
vida útil, rendimento das células e, no caso do cádmio por ser tóxico. E a 
terceira geração composta por células de multijunção e células para con-
centração, ou seja, constituem-se por diversas sobreposições de células, 
garantindo absorção de luz de várias faixas do espectro eletromagnético. 
Por fim, células de concentração, como o próprio nome sugere, concentram 
raios solares sobre células fotovoltaicas com o uso de espelhos ou lentes.
A evolução das maiores eficiências de conversão das células fotovol-
taicas confirmadas em laboratórios de testes reconhecidos internacional-
mente é atualizada e publicada com periodicidade pelo National Renewa-
ble Energy Laboratory – NREL, conforme Figura 5.11.
Figura 5.9 - Imagem do Vanguard I, o primeiro satélite com células solares lançado 
em marco de 1958, levando a bordo um pequeno painel solar com 100 cm² visível na 
janela em cima à esquerda.
FIGURA 5.10 - (a) módulos de primeira geração, (b) módulos de segunda geração 
e (c) módulos de terceira geração.
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FIGURA 5.11 - Gráfico das melhores eficiências de células fotovoltaicas em pesquisas.
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Os sistemas fotovoltaicos geralmente são constituídos por módulos 
convencionais monofaciais[19][20][21]. Na última década, foram desenvolvi-
dos módulos com células solares de silício bifaciais, isto é, ativas em am-
bas as faces[22]. Os módulos bifaciais (Figura 5.12) produzem mais energia 
elétrica, com a mesma quantidade de material semicondutor utilizada nos 
módulos convencionais. A mesma técnica utilizada para fabricar módulos 
convencionais, com células monofaciais, pode ser utilizada para a mon-
tagem de módulos com células solares bifaciais. Os módulos com células 
solares bifaciais podem ser desenvolvidos com refletor difuso[23] ou espe-
cular[24] ou com vidro em ambas as faces, de tal forma que o módulo pode 
receber radiação solar na face frontal e a refletida pelo entorno na face 
posterior[25][21][26].
5.2.2. Geração Solar Fotovoltaica Distribuída e Centralizada
A geração de energia solar fotovoltaica pode ser classificada pelo 
seu tamanho como Geração Centralizada e Geração Distribuída. A geração 
de energia solar fotovoltaica centralizada se caracteriza pela implanta-
ção de projetos de grande porte e alta capacidade operacional, instala-
dos preferencialmente em locais com atributos técnicos que otimizem a 
produção, geralmente distantes dos centros consumidores. Esse modelo 
necessita da conexão com uma rede de transmissão de alta tensão, para 
transportar a eletricidade gerada até os centros de distribuições, e então 
aos consumidores finais. 
 No Brasil, regulado pela ANEEL, atualmente com as resolu-
ções n° 482, n° 687 e n° 1000, a geração solar fotovoltaica distribuída 
é constituída por sistemas de pequeno porte com potência limitada, que 
permitem gerar a energia elétrica no próprio local de consumo ou em sua 
proximidade, desde que dentro dos limites da área de concessão de uma 
única empresa distribuidora e pode ser subdividida em microgeração com 
sistemas com potência menor ou igual a 75 kW e minigeração com sis-
temas maiores que 75 kW e menor ou igual a 5MW. Ambas modalidades 
de geração necessitam da rede de distribuição, mas cada qual apresenta 
características próprias quanto à sua utilização. Na geração centralizada, 
a energia percorre um fluxo unidirecional, das subestações de distribui-
ção ao consumidor, enquanto na geração distribuída para autoconsumo, 
a eletricidade não consumida no próprio local, é injetada pelas diversas 
unidades geradoras diretamente na rede de distribuição, e flui em sentido 
inverso à energia consumida da rede[27][28].
5.2.3. Geração Solar Fotovoltaica Flutuante
A utilização dos espelhos d’água dos reservatórios de Usinas Hidrelé-
tricas – UHE para instalação de Usinas Fotovoltaicas Flutuantes (UFVF) já 
é uma realidade, inclusive no Brasil. Nos últimos anos, alguns sistemas 
fotovoltaicos flutuantes foram instalados com a finalidade de pesquisa e 
desenvolvimento, o mais conhecido deles, tem capacidade de 1 MW e foi 
instalado no reservatório de Sobradinho (Figura 5.13), na região semiá-
rida do Estado da Bahia, de propriedade da Companhia Hidroelétrica do 
São Francisco (CHESF).
Uma característica que as fontes de geração hidrelétrica e fotovol-
taica têm em comum é a necessidade de grandes áreas para instalação. 
Nesse âmbito, os reservatórios de UHE podem ser aproveitados para ins-
talação de UFVF[29]. Uma das vantagens econômicas na implantação desse 
modelo de solução, é a ausência de custocom a aquisição de terreno, po-
dendo em alguns casos compartilhar a subestação de elevação de tensão, 
FIGURA 5.12 - Esquema simplificado de aproveitamento da 
radiação solar por um módulo bifacial.
Figura 5.13 - Usina fotovoltaica flutuante do Lago de Sobradinho.
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o sistema de transmissão e a mão de obra para manutenção. Por estar em 
operação, essas áreas já possuem licenciamento ambiental, e seu proces-
so de autorização ambiental pode ser menos complexo, contribuindo com 
a utilização dessa tecnologia nessa modalidade consorciada[30][31].
A utilização das usinas fotovoltaicas flutuantes (UFVF) é bastante re-
cente. Países como Itália, Estados Unidos, França, Espanha, China, Japão 
e Coreia começaram a testar essa tecnologia a partir do ano de 2007. Nos 
países asiáticos, devido ao grande adensamento populacional, limitações 
para o uso de terras, grande disponibilidade de corpos d’água e economia 
de água pela redução da evaporação, a aplicação de UFVF teve um cres-
cimento acelerado e aplicações em grande escala[32][33][34]. 
Segundo Trapani e Santafé (2014), até o ano de 2014 nenhuma 
UFVF havia sido instalada em lagos de usinas hidrelétricas (UHE) e a ca-
pacidade instalada mundial era de 2,4 MWp. Esse número chegou a 242,4 
MWp no ano de 2016 (SAHU e YADAV, 2016). No estudo apresentado pelo 
Grupo Banco Mundial[35] verifica-se que a capacidade instalada de UFVF no 
mundo saltou de 528 MWp em 2017 para 1.314 MWp em 2018. Como pro-
jeção para os próximos anos, a GTM Research (2018) prevê incrementos 
da ordem de 1.500 MWp por ano até 2022[36].
5.2.4. Geração Solar Térmica
A tecnologia solar térmica abrange três tipos de conversão de ener-
gia: de radiação para calor, de calor para energia térmica e de ener-
gia mecânica para eletricidade. Os coletores 
solares térmicos podem ser divididos em 
duas categorias, de concentração ou 
não, conforme visto na Figura 
5.14.
Os coletores de concentração solar concentram a luz solar em um 
ponto ou em uma linha, aquecendo os fluidos de trabalho a altas tempe-
raturas. São utilizados tanto para geração de energia elétrica quanto para 
dessalinização de água salobra. Os coletores que não concentram a luz 
solar convertem a radiação solar diretamente em calor e são comumente 
utilizados para aquecimento de água residencial. Essa tecnologia de con-
versão solar térmica é a mais difundida no mercado[37][38].
Os coletores de placa plana, comumente conhecidos como Flat Plate 
Collectors (FPC), sua faixa de temperatura de aquecimento de água varia 
de 30°C a 80°C e são compostos por tubos absorvedores, por onde circula 
o fluido a ser aquecido, por um vidro situado à uma certa distância dos tu-
bos absorvedores, afim de reduzir as perdas por convecção e radiação para 
a atmosfera, e por um isolamento de fundo, afim de reduzir as perdas por 
condução dos tubos para o fundo do coletor. Esse tipo de tecnologia mais 
difundida no Brasil e amplamente utilizada para aquecimento residencial.
Os Coletores Tubo de Vácuo, conhecidos com Evacuated Tube Collector 
(ETC), são compostos por tubos de vidro duplo concêntrico evacuados que 
envolvem um tubo de cobre, por onde circula a água a ser aquecida. Esse 
sistema é capaz de aquecer a água até 200°C. Os Coletores Parabólicos Com-
postos, conhecidos como Compound Parabolic Collector (CPC), conseguem 
aquecer a água à uma temperatura maior do que os coletores FPC e ETC, 
podendo chegar até 240°C. Assim como os demais coletores, são compostos 
por tubos absorvedores, por onde circula a água a ser aquecida, e possuem 
um vidro situado acima da estrutura, que permite a entrada de luz solar e 
que reduz as perdas por convecção e radiação para a atmosfera. O tubo 
absorvedor está situado na linha focal de superfícies refletoras parabólicas. 
A Tabela 5.1 apresenta os tipos de coletores existentes no mercado, 
como é a estrutura característica do absorvedor, qual a faixa de temperatura 
de aquecimento do fluido de trabalho e o tipo de movimentação da estrutura.
FIGURA 5.14 - Esquema simplificado de aproveitamento 
da radiação solar por um módulo bifacial. Tabela 5.1 - Tipos de coletores solares térmicos.
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A geração solar térmica concentrada ou heliotérmica ou ainda Con-
centrated Solar Power (CSP) utiliza a rota de conversão termodinâmica 
para a geração de eletricidade. Nesse tipo de geração, a conversão pode 
ser realizada através de ciclos termodinâmicos de combustão externa, do 
tipo Rankine, Brayton ou Stirling. O ciclo Rankine utiliza turbina a vapor, 
o ciclo Brayton utiliza turbina a gás e o ciclo Stirling utiliza um motor Stir-
ling, onde a energia solar substitui a energia do combustível fóssil[13].
O primeiro registro de experiência com coletor parabólico varia en-
tre 1864 e 1870, quando o engenheiro John Ericsson construiu um coletor 
que abastecia um motor de 373 W através de vapor direto gerado no co-
letor. Diversas outras experiências foram feitas por Ericsson e em 1907 é 
datado o primeiro registro de patente de um coletor parabólico com gera-
ção de vapor direto por Wilhem Maier e Adolf Remshardt na Alemanha[39]. 
Após a Primeira Guerra Mundial, os avanços tecnológicos na área do 
petróleo e combustíveis fósseis foram notáveis, colocando em segundo 
plano o investimento em tecnologia solar. Esforços na área solar foram 
revividos na Europa e Estados Unidos nos anos 70, com a Energy Resear-
ch and Development Administration (ERDA), International Energy Agency 
(IEA) e U.S. Department of Energy (DOE). Baharoon et al.[40] cita o início 
da criação em 1976 da planta com tecnologia de torre solar chamada EU-
RELIOS, em Sicília, na Itália, com parceria da Commission of the European 
Communties (CEC). Nos anos 80 foram construídas duas plantas que mar-
caram a volta das pesquisas, sendo a mais famosa, a planta SEGS I (Solar 
Energy Generating Systems), na California, Estados Unidos, com tecnolo-
gia de cilindro parabólico. Por mais de 15 anos os investimentos e pesqui-
sas na área solar, ênfase na parte de concentração, praticamente não exis-
tiram. Em 2006, grandes projetos na Espanha e Estados Unidos reviveram 
a heliotermia, que desde então, foi objeto de estudos mais aprofundados. 
A Espanha lidera o mercado de heliotermia, seguido pelos Estados Unidos. 
5.2.4.1. Planta Heliotérmica do Tipo Torre Solar
O sistema de torre de receptor central (Figura 5.15), também co-
nhecido como “Central Receiver System” (CRS), utiliza um receptor cen-
tral (absorvedor), localizado na parte superior de uma torre, a qual está 
rodeada por espelhos (heliostatos) móveis dispostos no solo os quais ras-
treiam o sol em dois eixos concentrando a radiação solar no receptor da 
torre convertendo-a em energia térmica ao aquecer um fluido de trans-
ferência de calor circulante podendo ser armazenado ou utilizado para 
produzir trabalho[41]. 
A topologia de torre solar é caracterizada por coletores tridimensio-
nais e por um receptor único e fixo. Além disso, o ciclo usualmente aplica-
do para conversão da energia térmica em mecânica é o de rankine, uma 
vez que, usualmente, o sal fundido é empregado como fluido de transfe-
rência de calor para aquecer água e gerar vapor de alta temperatura. De 
maneira geral, para melhor entendimento do funcionamento da tecnologia 
costuma-se dividir a planta em três grupos, sendo eles, campo solar, re-
ceptor e ciclo de potência[42]. A Figura 5.15 apresenta um esquemático de 
uma planta de torre solar.
5.2.4.2. Planta Heliotérmica do Tipo Calha Parabólica
A tecnologia de coletor cilindro-parabólico (Parabolic Trough Con-
centrators – PTC) é a mais madura tecnologia CSP com a maior parte 
da capacidade instalada no mundo e permite o aquecimento de fluidos a 
temperaturas de até 400ºC(Figura 5.16). A energia deste fluido pode ser 
usada para geração elétrica ou para calor de processo[43][44]. 
O coletor é formado por um espelho parabólico que foca os feixes de 
luz na direção do tubo absorvedor, o qual está montado na linha de ponto 
focal do espelho. O movimento e o posicionamento dos coletores seguem 
o sol de forma a manter o foco no tubo e esse movimento se dá Norte-
-Sul ou Leste-Oeste[45]. O tubo absorvedor é conectado as extremidades 
da seção dos espelhos, de forma que esse se move juntamente com os 
espelhos. Esse tubo é normalmente formado por diversas camadas para 
aumentar a absortividade e diminuir as perdas de calor. O fluido de trans-
FIGURA 5.15 - Esquema de funcionamento de uma heliotérmica do tipo torre solar.
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ferência de calor passa dentro do tubo absorvedor e o mesmo pode chegar a temperaturas de 390°C até 650°C[46][47].
5.2.4.3. Planta Heliotérmica do Tipo Disco Parabólico
A tecnologia heliotérmica de disco parabólico (PDR) também co-
nhecido como prato parabólico, é caracterizada por possuir foco pontual 
e receptor móvel, ou seja, o receptor rastreia o sol junto com o coletor 
em dois eixos e assim é capaz de apontar diretamente para o sol desde o 
nascer até o poente[49][43][50]. 
É uma unidade autônoma de geração podendo operar de forma in-
dependente (indicado para uso em regiões isoladas) ou como parte de 
uma planta composta por vários discos. É composto (Figura 5.17) pelo 
coletor (espelhos em formato de disco), com tamanho típico de 5 m a 15 
m de diâmetro, um receptor e um motor Stirling (ou uma micro turbina), 
que se conecta a um alternador[44].
FIGURA 5.16 - Esquema de funcionamento de uma heliotérmica do tipo concentrador cilindro-parabólico.
FIGURA 5.17 - Desenho esquemático de concentrador disco-parabólico.
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5.2.4.4. Planta Heliotérmica do Tipo Refletor Linear de Fresnel
A tecnologia de refletores Fresnel, conhecida também com LFR (Linear Fresnel 
Reflectors) (Figura 5.18) é a que apresenta maior simplicidade na sua concepção de 
funcionamento em relação às outras tecnologias de concentração solar, sendo essa tal-
vez sua principal vantagem[43].
A forma de desenvolvimento do refletor linear Fresnel, se aproxima do sistema 
cilindro-parabólico, porém são utilizadas longas fileiras de refletores no nível do solo, 
podendo ser planos ou ligeiramente curvos, que refletem a radiação solar na direção de 
um receptor linear central fixo localizado em uma torre acima do plano de espelhos[52].
5.3. SISTEMAS HÍBRIDOS
Nos últimos anos tem ganhado cada vez mais atenção a hibridização de projetos fotovoltaicos com geração heliotérmica (Figura 5.19). Nesses 
projetos uma planta fotovoltaica e uma planta heliotérmica são instalados em um mesmo local, o que faz com que a intermitência da geração fotovol-
taica possa ser significativamente reduzida, além disso como a energia é armazenada na forma de calor na planta heliotérmica há também geração 
de energia elétrica durante período noturno ou mesmo em condições de nebulosidade extrema. 
Esse tipo de tecnologia é uma solução para resolver o problema da intermitência da fonte solar e do armazenamento de energia. Várias tipo-
logias estão sendo pesquisadas e comparadas, por exemplo, com o uso de baterias. Atualmente a expectativa é que ocorra uma redução dos custos 
de geração na próxima década que viabilize amplamente a utilização dessa tecnologia nas regiões com alta incidência da radiação global e direta[54].
Figura 5.19 – Usinas fotovoltaicas híbridas.
FIGURA 5.18 - Desenho esquemático de refletor linear de Fresnel.
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CAPÍTULO 6
METODOLOGIA
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6. METODOLOGIA
6.1. ASPECTOS METODOLÓGICOS PARA GERAÇÃO 
DO RECURSO EÓLICO
O mapeamento eólico do Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande 
do Norte foi obtido a partir do uso da modelagem numérica da atmosfera 
em duas escalas espaciais: mesoescala (modelo Weather Research and 
Forecasting Model – WRF) acoplado ao modelo de microescala (WindMap).
A simulação de mesoescala foi obtida a partir do modelo meteoroló-
gico WRF versão 4.2.2[1] configurado com três domínios 27 km, 9 km e 3 
km em suas resoluções espaciais na horizontal aninhadas e 61 níveis na 
vertical com saídas a cada 30 minutos, e núcleo dinâmico Advanced Re-
search WRF-ARW. O WRF é um modelo compressível e não hidroestático 
baseado no downscaling dinâmico que utiliza as equações primitivas da 
meteorologia por meio do método da matemática diferenças finitas para 
simular a dinâmica da atmosfera, em uma malha de pontos de grade ho-
rizontal Arakawa-C e coordenadas verticais que acompanham o terreno. 
Durante o processo das resoluções matemáticas das equações fundamen-
tais da meteorologia para o escoamento do fluxo foi utilizado um método 
ajuste, por meio da técnica assimilação de dados[2].
Essa simulação caracterizou o recurso eólico para um ano típico de-
finido por meio da técnica estatística “Análises de Agrupamento”[3] dos 
dados de reanálises ERA-5 da velocidade do vento a 100 m ao longo de 
21 anos. 
As condições iniciais e de contorno dos principais dados meteoroló-
gicos para entrada do modelo foram provenientes da reanálise ERA-5[4]. A 
partir dessas condições, o modelo simulou a evolução das condições me-
teorológicas dentro da região de estudo, com base nas interações entre os 
distintos elementos da atmosfera e entre a atmosfera, oceano e superfície 
terrestre. 
As principais características dos domínios da simulação são apresen-
tadas na Tabela 6.1. As opções físicas (parametrizações) determinadas 
podem ser consultadas na Tabela 6.2.
A partir dos resultados do modelo WRF com parametrizações de 
estabilidade e modelos digitais de elevação (relevo) e modelo de rugosi-
dade, foi utilizado uma metodologia[5] para os cálculos do produto final das 
velocidades médias, direções de vento e outros parâmetros.
O Modelo de Elevação do Rio Grande do Norte, foi elaborado a partir 
do produto disponibilizado pela Copernicus DEM, este, derivado do Worl-
dDEM™ comercializado pela Airbus Defence and Space, com 30m de re-
solução espacial para todo o planeta. A resolução espacial da Copernicus 
DEM é compatível com a escala de mapeamento do recurso eólico do RN, 
cujas principais características do relevo (rios, drenagens, planícies, pla-
tôs e as serras) são fortemente mapeadas e evidenciadas como apresen-
tado no mapa de altimetria da Figura 1. 
O mapa de elevação do terreno (Figura 6.1) é importante parâmetro 
para as simulações de microescala, uma vez que, a microescala é sensí-
vel as características do relevo, bem como, às definições das novas áreas 
aptas para novos empreendimentos para as energias eólicas. Assim, o 
modelo de elevação, como importante parâmetro para as simulações de 
microescala, também, é parâmetro essencial para a elaboração do mapa 
de rugosidade do terreno.
O modelo de rugosidade do terreno (Figura6.2), também conhecido 
como Rugosidade Aerodinâmica (Z0m), é muito importante para a mode-
lagem de microescala. O modelo foi elaborado a partir da parametrização 
de um conjunto de condições de contorno e considerações termodinâ-
micas na atmosfera e da sua interação com a superfície. O modelo de 
Domínio Resolução Horizontal(km)
Pontos de Grade 
na Malha
D01 27 148 x 98
D02 9 204 x 187
D03 3 304 x 265
Tabela 6.1 – Configuração dos domínios do modelo 
WRF com suas resoluções e pontos de grade.
Opção Física Parametrização
Microfísica WSM 5-class scheme
Radiação de Onda Longa RRTMG scheme
Radiação de Onda Curta RRTMG scheme
Camada Superficial Revised MM5 Monin-Obukhov scheme
Superfície Terrestre Unified Noah land-surface model
Camada Limite Shin-Hong ‘scale-aware’ PBL scheme
Cumulus No cumulus
Cumulus rasos No Shallow Cumulus scheme
Tabela 6.2 – Parametrizações físicas adotadas para simulação 
do modelo mesoescala WRF.
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rugosidade é determinado pela altura, espaçamento e características dos 
elementos distribuídos sobre a superfície do terreno. 
Na prática, em escalas regionais, a elaboração da rugosidade aerodinâ-
mica para a modelagem de fluxo do vento em microescala, se dá com base 
nas classes do uso e cobertura da terra e do tipo de vegetação, que normal-
mente são derivados a partir de imagens de satélites orbitais e das áreas de 
elevadas declividades, elaboradas a partir do modelo de elevação de terreno. 
A metodologia consiste primeiramente na classificação do uso e co-
bertura da terra por meio do Índice de Vegetação, criado a partir da série 
de imagens do satélite multiespectral MODIS (Moderate Resolution Ima-
Figura 6.1 – Mapa de Altimetria do Rio Grande do Norte.
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ging Spectroradiometer), da série temporal do sensor PROBA-Vegetation, 
juntamente com as imagens do satélite Landsat OLI-8. As imagens dos 
sensores orbitais, também foram apoiadas nas interpretações dos mapas 
de uso e cobertura da terra do projeto MapBiomas, compatíveis sobre-
tudo, com a resolução espacial de 30m do satélite Landsat. A partir da 
classificação do uso e cobertura e do tipo de vegetação, são atribuídos 
valores de rugosidade (Zom) associado a cada classe, que a partir de uma 
grade numérica regular de resolução espacial de 100m x 100m, para cada 
elemento da grade são extraídos o tipo de vegetação, fração de cobertura 
vegetal do mês e a rugosidade média anual, conforme é apresentado no 
mapa da Figura 2, que mostra o modelo de rugosidade aerodinâmica anu-
al média do estado do Rio Grande do Norte.
Figura 6.2 – Mapa de rugosidade aerodinâmica anual média (Z0m) do Rio Grande do Norte.
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6.1.1. Medições Anemométricas
Dentro do âmbito do Atlas do RN, duas estações anemométricas fo-
ram projetadas, fabricadas e instaladas em ambientes onshore e offshore. 
Uma delas se trata de uma torre anemométrica de grande porte, instalada 
no município de Jandaíra (5°17’51,24”S e 36°16’18,36”), a 140km de dis-
tância da capital Natal. A segunda é uma torre anemométrica de pequeno 
porte, instalada no Terminal Salineiro de Areia Branca, em ambiente of-
fshore, a uma distância da costa de aproximadamente 20 km.
A estação anemométrica onshore, possui altura final de medição de 
velocidade do vento de 170 m acima do solo. Sua estrutura é composta 
por 28 módulos de 6 m de comprimento, e cada um destes possui especi-
ficações variáveis de acordo com seus posicionamentos.
Com relação aos sensores de medição, na torre onshore foram insta-
lados 7 (sete) anemômetros para medição de velocidade do vento, sendo 
6 (seis) de copos e um do tipo ultrassônico; 2 (dois) sensores de direção 
do vento, 2 termo higrômetros, para medição de temperatura e umidade; 
e um barômetro para medição de pressão atmosférica. A Tabela 6.3 a se-
guir apresenta a altura de instalação dos sensores.
A grande quantidade de anemômetros instalados permite uma me-
lhor caracterização do perfil vertical de velocidade do vento, proporcio-
nando um melhor entendimento do comportamento do escoamento de 
ar no local de medição. Já a instalação de 2 (dois) termo higrômetros em 
alturas distintas possibilita o estudo e avaliação da variação da estabili-
dade atmosférica local, a qual influencia consideravelmente no regime de 
fluxo do vento.
A torre anemométrica offshore possui altura final de medição de 30 
m acima do nível médio do mar, uma vez que se trata de uma torre com 
altura de 10 m instalada na plataforma do Terminal Salineiro, a qual pos-
sui altura de 20 m acima do mar.
Nesta, foram instalados 2 (dois) anemômetros de copos, um sensor 
de direção do vento, um termo higrômetro e um barômetro. A Tabela 6.4 
a seguir apresenta a altura de instalação dos sensores.
A Figura 6.3 a seguir faz uma representação da torre anemométrica 
e descreve os modelos, funcionamento e variáveis específicas de cada um 
dos sensores instalados em ambas as torres.
Sensor Altura de instalação [m] Variável medida
Anemômetro de copos 170 Velocidade do vento
Anemômetro de copos 
Sensor de direção 166 Velocidade do vento 
Direção do vento
Anemômetro de copos 150 Velocidade do vento
Anemômetro ultrassônico 135 Velocidade do vento 
Direção do vento
Anemômetro de copos 
Sensor de direção 120 Velocidade do vento 
Direção do vento
Termo higrômetro 
Barômetro 120
Temperatura do ar 
Umidade relativa do ar 
Pressão do ar atmosférico
Anemômetro de copos 60 Velocidade do vento
Anemômetro de copos 34 Velocidade do vento
Termo higrômetro 2 Temperatura do ar 
Umidade relativa do ar
Sensor Altura de instalação [m] Variável medida
Anemômetro de copos 30 Velocidade do vento
Anemômetro de copos 
Sensor de direção 28 Velocidade do vento 
Direção do vento
Termo higrômetro 
Barômetro 27
Temperatura do ar 
Umidade relativa do ar 
Pressão do ar atmosférico
Tabela 6.3 – Relação de sensores instalados na torre anemométrica offshore.
Tabela 6.4 – Relação de sensores instalados na torre anemométrica offshore
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Figura 6.3 – Representação dos sensores e instrumentos da torre anemométrica.
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6.1.2. Metodologia de Integração
O mapeamento das áreas aptas para instalação de projetos, uso do 
solo e topografia foram consideradas no cálculo das capacidades instala-
das. A delimitação dessas áreas utilizou técnicas de geoprocessamento 
de diferentes fontes tais como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
tica –IBGE, Agência Nacional de Águas – ANA, Departamento Nacional de 
Infraestrutura e Transporte Departamento Nacional de Infraestrutura de 
Transportes -DNITGeo, Comando da Aeronáutica -DCEA, Agência Na-
cional de Energia Elétrica -ANEEL SIGEL, EPE -WEBMAP, MapBiomas 
-Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil, além 
das fontes ilustradas na Tabela 6.5 e a partir dessas informações a integra-
ção de todos os dados de áreas aptas e recurso eólicos foram reprojetados.
Para a metodologia de integração e áreas aptas do Potencial Eólico 
Onshore, adotou-se
 • Exclusão de áreas urbanas, vilas, povoados, construções artificiais 
(como vias e linhas de transmissão, subestações), dunas, praias, 
formações florestais, silvicultura e florestas plantadas, rodovias, 
vias, mangues, áreas inundáveis, lagos, rios e cursos d’água, áreas 
de proteção integral, monumentos naturais, cavernas e áreas de 
quilombolas;
 • Exclusão das áreas com declividade acima de 15% com área con-
tínua mínima de 2 hectares (ha); 
• Taxa de ocupação de 4.5 MW/km2, considerando as características 
dos aerogeradores atuais e o espaçamento típico lateral 3D e 12D 
longitudinal na direção do vento predominante. 
• Cálculo de perdas elétricas a partir daSE do parque, considerando 
a estimativa de distância linear até a subestação ou linha de trans-
missão mais próxima, utilizando para isso o sistema elétrico exis-
tente e planejado. 
• Áreas de aeródromos homologados considerando as restrições im-
postas na Zona de Proteção de Aeródromos e Helipontos disponibi-
lizadas pelo DCEA.
• Parques eólicos existentes, em construção e construção não ini-
ciada e áreas frontais na direção do vento predominante segundo 
posição disponível no SIGEL-ANEEL.
O mapeamento anual do recurso eólico permitiu o cálculo da produ-
ção anual de energia a partir de curvas de potência públicas de turbinas 
eólicas idealizadas, com desempenho próximo aos aerogeradores comer-
cialmente disponíveis. A integração da energia onshore, levou em consi-
deração as seguintes condições de perdas e indisponibilidades:
• Indisponibilidade, rede, aerogerador e manutenção: 4,68%;
• Perdas elétricas até o ponto de conexão:2,5% a 3% a depender da 
distância das subestações planejadas e em operação;
• Perdas por degradação de pás e desempenho:1,3%;
• Perdas aerodinâmicas: 6%.
Para a metodologia de integração e áreas aptas do Potencial Eólico 
Offshore, adotou-se
• Exclusão de áreas de plataforma de petróleo, oleodutos, poços 
perfurados ativos ou monitorados, ancoradouros, linhas de cabota-
gem, boias sinalizadoras, áreas de naufrágios; 
• Taxa de ocupação de 5.5 MW/km2, considerando o uso de toda 
faixa costa, direção do vento predominante e elaboração de grandes 
fileiras de projetos, espaçamento típico lateral 3D e 15D longitudinal 
na direção do vento predominante. 
• Cálculo de perdas elétricas a partir do inversor considerando a es-
timativa de distância linear até a subestação ou linha de transmissão 
posicionada na linha de costa. 
• Limitação da batimetria de 2m a 100m de profundidade calcula-
das a partir dos dados do projeto General Bathymetric Chart of the 
Oceans - GEBCO.
• Distância da linha de costa de 2km a 45km, equivalente a distância 
da linha de base ao mar territorial e zona contígua; 
Fontes Produtos
MapBiomas Projeto de Mapeamento Anual da 
Cobertura e Uso do Solo no Brasil
IDEMA Dados de Unidades de Conservação 
Federal, Estadual e Municipal
MARINHA Limites do Mar Territorial e cartas náuticas 
disponibilizadas
Informações geológicas 
e de exploração mineral 
GeoANP da Agência Nacional do Petróleo, 
Gás Natural e Biocombustíveis
Agência Espacial Européia-ESA-DEM 
30 metros [6]
mapas de declividade, derivados dos 
dados de topografia
Tabela 6.5 – Algumas fontes utilizadas para a 
delimitação do mapeamento das áreas aptas.
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 A seguir, são listadas as premissas de perdas e indisponibilidades 
consideradas na integração da energia offshore:
• Indisponibilidade, rede, aerogerador e manutenção: 5%; 
• Perdas elétricas até o ponto de conexão:3 a 4,5%, a depender da 
batimetria e distância da linha de costa, assumindo subestações na 
linha de costa; 
 • Perdas por degradação de pás e desempenho:2%;
 • E perdas aerodinâmicas: 8%. 
6.2. ASPECTOS METODOLÓGICOS PARA GERAÇÃO 
DO RECURSO SOLAR
O mapeamento do potencial solar do Rio Grande do Norte - RN foi 
obtido a partir de simulação de mesoescala realizada, ajustada e valida-
da por dados solarimétricos. Os dados utilizados foram provenientes de 
6 estações solarimétricas viabilizadas exclusivamente para a elaboração 
desse atlas e 15 Estações Meteorológicas Automáticas – EMAs do INMET.
Para a produção do potencial do recurso solar do Atlas Eólico e Solar 
do Estado do Rio Grande do Norte, usou-se o modelo WRF-Solar (Weather 
Research and Forecasting Model, versão 4.3.3) o modelo WPS (WRF - 
Preprocessing System, versão 4.3.1) e o núcleo ARW (Advanced Research 
WRF).
A simulação do recurso solar contou com uma simulação realística, 
parametrizada e nivelada a partir de um conjunto de três domínios geo-
gráficos conforme Tabela 6.6. A Tabela exibe os detalhes de cada domínio 
selecionado. Os domínios possuem 45 camadas na vertical com o topo 
do modelo situado em 50 hPa, conforme a configuração de referência do 
WRF Solar.
As condições laterais do domínio mais interno (D03) são fornecidas 
pelo domínio D02, que por sua vez é alimentado com condições laterais 
pelo domínio D01. As condições do domínio mãe (D01), como para todo 
modelo de área limitada, são fornecidas pelos dados de um modelo exter-
no, no presente caso, utilizou-se dados da reanálise do ERA5 (Figura 6.4).
Nas simulações alguns processos foram parametrizados e a Tabela 
6.7 apresenta os esquemas físicos para as principais parametrizações uti-
lizadas. Pela resolução dos domínios, < 10 km, não foi utilizada parame-
trização de cumulus. No entanto, para os domínios D01 e D02, utilizou-se 
a parametrização para cumulus rasos[7], que também considera a con-
vecção profunda e, em geral, funciona adequadamente para resoluções 
de 3 e 9 km. A parametrização de Deng considera o efeito de nuvens de 
subgrade (não-resolvidas) na radiação de onda curta.
As simulações consideraram a climatologia mensal de propriedades 
ópticas médias dos aerossóis[8] para representar o seu efeito direto na 
radiação.
Domínios
Pontos de grade
(Leste-Oeste) x (Norte-Sul)
Espaçamento 
horizontal
D01 211 x 198 9 km
D02 484 x 484 3 km
D03 532 x 358 1 km
Tabela 6.6 - Domínios da simulação
Figura 6.4 - Posição das três grades D01, D02 e D03 das simulações.
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6.2.1. Modelo de Superfície Terrestre e Dados Estáticos
O modelo de superfície terrestre é muito importante para a con-
dução da modelagem do recurso solar, pois os 
fluxos de calor sensível e latente são fornecidos 
para a camada limite planetária (CLP) por meio 
do modelo de superfície terrestre, portanto, a 
caracterização precisa da superfície do RN tor-
na-se uma etapa essencial para esta simulação. 
Embora o modelo WRF disponibilize um conjunto 
de dados de superfície: uso e cobertura do solo, 
albedo, índice de área foliar, fração de vegeta-
ção, além de outros dados, para a modelagem 
do recurso solar do Atlas, gerou-se um novo con-
junto de dados de superfície, através do modelo 
NOAH-LSM (Land Surface Model), que melhor 
caracterizam o estado do Rio Grande do Norte,
Para definir as classes de uso e ocupação 
do solo e tipos de vegetação no LSM durante a 
integração do modelo de superfície, foi utilizado 
as classes do projeto MapBiomas (compondo um 
conjunto de 21 classes de uso e ocupação do 
solo) e os dados mensais climatológico de al-
bedo de superfície, fração de vegetação verde 
(FPAR) e índice de área foliar (LAI) derivados do 
sensor MODIS[9][10][11]. 
O modelo de superfície é interpolado para representar a topografia 
em cada domínio geográfico: D01, 9 km de resolução; D02, 3 km de reso-
lução; e, D03, 1 km de resolução, sendo este uma resolução mais refinada 
e com melhor detalhamento do relevo. 
6.2.2. Ajuste e Validação das Simulações do Recurso Solar
Para os ajustes e validações das simulações do recurso solar do RN, 
foram utilizados os dados observacionais de radiação global originários 
das estações automáticas meteorológicas do INMET e as 06 estações so-
larimétricas instaladas para tal propósito.
O mapa de localização das estações (meteorológicas e solarimétri-
cas) está ilustrado na Figura 6.5. O ISI-ER e INMET forneceram juntas 21 
estações de dados para a etapa de validação das simulações numéricas.
Opção Física Parametrização
Microfísica Thompson scheme (8)
Radiação de Onda Longa RRTMG scheme (4)
Radiação de Onda Curta RRTMG scheme (4)
Camada Superficial Revised MM5 Monin-Obukhov scheme (1)
Superfície Terrestre Unifed Noah land-surface model (2)
Camada Limite MYNN 2.5 level TKE scheme (5)
Cumulus No Cumulus (0)
Cumulus Rasos Deng cumulusscheme(5)
Tabela 6.7 - Esquemas de parametrização utilizados.
Figura 6.5 – Mapa das estações solarimétricas e meteorológicas do Rio Grande do Norte.
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6.2.3. Estações Meteorológicas Automáticas do INMET – EMA
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) possui, atualmente, 8 estações automáticas localizadas dentro do Estado do Rio Grande do Norte, 
foram consideradas, além das estações situadas dentro do território potiguar, as estações de estados vizinhos incluídas no domínio, D03 das simula-
ções do WRF totalizando 15 estações. Dentre as estações apresentadas, 11 foram utilizadas para validação da Irradiância Global fornecida pelo WRF.
A partir da Figura 6.6 é possível verificar a disponibilidade de dados de Radiação Global para cada estação utilizada, essas informações são refe-
rentes aos dados que foram filtrados para remoção de inconsistências. A escala de cores se refere aos valores diários de Radiação Global. As medições 
mais antigas datam do ano de 2007. As estações de Calcanhar/RN, Ipanguaçu/RN e Morada Nova/CE possuem uma quantidade menor de dados em 
relação às demais estações, o que foi levado em consideração durante a 
validação dos dados do WRF.
Erros em simulações numéricas ocorrem, pois, os modelos meteo-
rológicos não conseguem resolver completamente todos os processos na 
atmosfera (como a formação de nuvens complexas), também devido a 
existência de erros nas condições iniciais e erros de arredondamento que 
se acumulam durante o processo de integração[12][13]. Desta forma, faz-se 
necessário a aplicação de metodologias para a redução do viés presente 
nos dados simulados.
Realizaram-se correções do viés nas simulações para o ano mete-
orológico típico. A correção se baseou nas diferenças das medianas ho-
rárias do WRF e do INMET. Dessa forma, para cada mês do ano típico foi 
gerada uma curva de ajuste, que foi aplicada nos dados do modelo com 
resolução temporal de 5 minutos.
A comparação dos dados observados com os simulados se deu na 
escala mensal e anual. Utilizaram-se pontos de grade mais próximos de 
cada estação meteorológica do INMET. As médias anuais de irradiação 
para cada estação são apresentadas na Tabela 6.8. Calcanhar possui um 
erro maior em relação às demais estações, com 6,03%. O que pode estar 
relacionado com uma baixa disponibilidade de dados observacionais. To-
das as demais estações possuem erros menores que 5%.
Figura 6.6 - Disponibilidade de medições de radiação global para cada estação do INMET utilizada. O mapa de calor apresenta os valores diários de radiação global em kWh/m²dia.
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Estação INMET WRF Erro (%)
Apodi 6,45 6,13 -4,34
Caicó 6,18 6,28 1,91
Calcanhar 6,40 6,00 -6,03
Ipanguaçu 5,79 6,01 3,94
Jaguaruana 5,89 5,81 -1,59
Macau 5,80 5,88 1,38
Morada Nova 6,10 6,10 0,35
Mossoró 6,19 5,93 -4,25
Natal 5,95 6,14 3,21
Patos 6,26 6,38 2,31
São Gonçalo 6,25 6,40 2,25
Instrumentos Variável medida Sigla Unidade
Datalogger CR300-CELL215 
– Campbell Scientific Aquisição de dados – –
Piranômetro CPM 6 – Kipp & 
Zonen Irradiância Global Horizontal GHI W/m²
Termohigrômetro Hygro 
VUE10 – Campbell Scientific
Temperatura do ar Temp °C
Umidade Relativa do ar UR %
Anemômetro Wind SPD Sen-
sor – Met One Instruments Velocidade do Vento Vel m/s
Painel Fotovoltaico 20M-V – 
Electrical Raiting Geração de Energia – V
Antena Unidirecional 
TRA6927M3PW-001 - Laird Amplificar Sinal 4G – –
Tabela 6.8 - Irradiação Global média anual para cada estação (INMET) e para o ponto 
de grade do WRF mais próximo de cada estação. As diferenças entre os valores 
observacionais e simulados são apresentadas em percentual. 
Tabela 6.9 – Especificação técnica das estações solarimétricas ISI-ER. 
6.2.4. Estações
Solarimétricas – ISI-ER
As medições fornecidas pelo ISI-ER foram 
uma das grandes contribuições do Atlas do RN, 
onde foram instaladas seis estações compostas 
por medições de irradiância global horizontal, 
velocidade do vento, temperatura e umidade re-
lativa do ar. O detalhamento das especificações 
técnicas dos equipamentos e instrumentação 
usadas nas estações solarimétricas estão conti-
dos na Tabela 6.9, enquanto que o modelo das 
estações é mostrado na Figura 6.7.
A disponibilidade de dados para cada esta-
ção do ISI-ER é apresentada na Figura 6.8.
Figura 6.7 – Modelo das estações solarimétricas ISI-ER instaladas. 
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Figura 6.8 - Disponibilidade de medições de radiação global para cada estação do ISI-ER utilizada. O mapa de calor representa os valores diários de radiação global em kWh/m²/dia. 
6.2.5. Metodologia de Integração
A integração do potencial solar foi realizada utilizando dois cenários 
focados em geração centralizada e aplicações em geração distribuída, fo-
ram adotadas premissas tipicamente utilizadas em projetos fotovoltaicos. 
As capacidades instaladas foram calculadas considerando o mapeamento 
das áreas aptas para instalação de projetos fotovoltaicos considerando o 
uso do solo e topografia. A delimitação dessas áreas utilizou técnicas de 
geoprocessamento de diferentes fontes, tais como: Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística – IBGE, Agência Nacional de Águas – ANA, Depar-
tamento Nacional de Infraestrutura e Transporte Departamento Nacional 
de Infraestrutura de Transportes - DNITGeo, Comando da Aeronáutica 
- DCEA, Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL SIGEL, EPE - WE-
BMAP, MapBiomas - Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso 
do Solo no Brasil, dados de Unidades de Conservação Federal, Estadual 
e Municipal fornecidos pelo Estado do IDEMA e dados dos imóveis públi-
cos Subcoordenadoria de Patrimônio Imobiliário (SUPAT) da Secretaria de 
Estado da Administração (SEAD), assim como de mapas de declividade, 
derivados dos dados de topografia disponibilizados pela Agência Espacial 
Européia - ESA-DEM 30 metros[6]. 
Para o cálculo do potencial solar em projetos fotovoltaicos centrali-
zados, adotou-se:
• exclusão de áreas urbanas, vilas, povoados, construções artificiais 
(como vias e linhas de transmissão, subestações), áreas agrícolas, 
dunas, praias, formações florestais, silvicultura e florestas planta-
das, rodovias, vias, mangues, áreas inundáveis, lagos, rios e cursos 
d’água, áreas de proteção integral, monumentos naturais, cavernas 
e áreas de quilombolas;
• exclusão das áreas com declividade acima de 8%, considerando-se 
somente terrenos planos (0% a 3%) e planos e suave ondulados 
(0% a 8%) e com área contínua mínima de 100 ha;
• taxa de ocupação de 55 MW/km2, considerando o tamanho médio 
das usinas com licença ambiental aprovadas no estado disponíveis 
pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente[14]; 
• Cálculo de perdas elétricas a partir do inversor considerando a es-
timativa de distância linear até a subestação ou linha de transmissão 
mais próxima, considerando para isso o sistema elétrico existente e 
planejado.
Além do potencial nas áreas de terreno plano e ondulado, foi integrado 
o potencial solar para projetos flutuantes nas áreas de açudes e lagos moni-
torados com o contorno dessas superfícies sendo disponibilizados pela ANA. 
Para o cálculo de potencial nessas áreas considerou-se uma ocupação de 
10% da área inundada do reservatório para instalação de projetos flutuantes.
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Para o cálculo do potencial solar em projetos fotovoltaicos distribu-
ídos adotou-se:
• integração somente em áreas urbanas, núcleos rurais e lugarejos, 
delimitadas conforme dados do IBGE de setor censitário de2021 
e áreas urbanas uso e cobertura da terra para o ano de 2021 dis-
ponibilizados pelo projeto MapBiomas. excluindo-se nessas áreas, 
corpos d’água, floresta, dunas e açudes;
• taxa de ocupação de 150 W/m² típica de projetos fotovoltaicos 
distribuídos considerando a área dos painéis e afastamentos entre 
painéis para evitar sombreamento.
• Geração de cenários com percentual da área urbanizada de 0,5%, 
1% e 5% de aproveitamento da área total classificada como urbana;
• Geração de cenários com diferentes inclinações de painéis fixos 
para o norte, cenário ótimo (10ºN ), cenário base (20ºN ) e pior 
cenário (45º N).
A estimativa da produtividade fotovoltaica foi calculada consideran-
do premissas típicas de projetos com a tecnologia de silício monocristalino 
e o ângulo de inclinação de 10° orientado para o Norte. A produtividade 
nesse ângulo é bem próxima a produtividade no ângulo de inclinação teó-
rico ótimo, que no RN varia entre 3° a 9°, em geral, é recomendado pelo 
fabricante uma inclinação mínima de instalação de 10°, para auxiliar a 
autolimpeza dos painéis. 
Além dessas estimativas foram calculados o potencial para as áreas 
dos imóveis públicos do Estado disponibilizados pela Subcoordenadoria de 
Patrimônio Imobiliário (SUPAT) da Secretaria de Estado da Administração 
(SEAD), a fim de estimar o potencial solar considerando a delimitação dos 
terrenos do Estado e uma premissa de ocupação de 10% da área total 
desses imóveis para geração distribuída de energia.
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CAPÍTULO 7
MAPAS EÓLICOS
E SOLARES
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7.1. MAPAS EÓLICOS E SOLARES ..........................................118
7.1. MAPAS EÓLICOS ...............................................................120
7.1.1. Mapas Eólicos Onshore ....................................................120
7.1.1.1. Potencial Eólico Onshore Anual a 100 m de altura ............120
7.1.1.2. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 100 m de altura .........121
7.1.1.3. Potencial Eólico Onshore Anual a 120 m de altura ............122
7.1.1.4. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 120 m de altura .........123
7.1.1.5. Potencial Eólico Onshore Anual a 140 m de altura ............124
7.1.1.6. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 140 m de altura .........125
7.1.1.7. Potencial Eólico Onshore Mensal a 140 m de altura...........126
7.1.1.8. Potencial Eólico Onshore Anual a 200 m de altura ............128
7.1.1.9. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 200 m de altura .........129
7.1.2. Mapas Eólicos Offshore ...................................................130
7.1.2.1. Potencial Eólico Offshore Anual a 100 m de altura ............130
7.1.2.2. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 100 m de altura .........131
7.1.2.3. Potencial Eólico Offshore Anual a 120 m de altura ............132
7.1.2.4. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 120 m de altura .........133
7.1.2.5. Potencial Eólico Offshore Anual a 140 m de altura ............134
7.1.2.6. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 140 m de altura .........135
7.1.2.7. Potencial Eólico Offshore Mensal a 140 m de altura ..........136
7.1.2.8. Potencial Eólico Offshore Anual a 200 m de altura ............138
7.1.2.9. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 200 m de altura .........139
7.1.1.10. Mapa de Áreas Aptas Onshore .....................................140
7.1.2.10. Mapa de Áreas Aptas Offshore .....................................141
7.1.3. Outras Variáveis Onshore e Offshore ................................142
7.1.3.1. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Frequência X Direção ..142
7.1.3.2. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Velocidade X Direção ..143
7.1.3.3. Densidade Média Anual do Ar a 140 m ............................144
7.1.3.4. Fator de Forma de Weibull Anual a 140m ........................145
7.1.3.5. Regimes Horários e Mensais ..........................................146
7.1.3.6. Regime Diurno de Vento – Média Anual a 140 m de altura .147
7.2. MAPAS SOLARES ...............................................................148
7.2.1. Irradiação Global Horizontal ............................................148
7.2.1.1. Irradiação Global Horizontal Anual ................................148
7.2.1.2. Irradiação Global Horizontal Sazonal ..............................149
7.2.1.3. Irradiação Global Horizontal Mensal................................150
7.2.2. Irradiação Difusa Horizontal .............................................152
7.2.2.1. Irradiação Difusa Horizontal Anual ................................152
7.2.2.2. Irradiação Difusa Horizontal Sazonal ..............................153
7.2.2.3. Irradiação Difusa Horizontal Mensal................................154
7.2.3. Irradiação Normal Direta .................................................156
7.2.3.1. Irradiação Normal Direta Anual ......................................156
7.2.3.2. Irradiação Normal Direta Sazonal ...................................157
 7.2.3.3. Irradiação Normal Direta Mensal ...................................158
7.2.4. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° ...........................160
7.2.4.1. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Anual ..............160
7.2.4.2. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Sazonal ...........161
7.2.4.3. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Mensal ..............162
7.2.5. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° ...164
7.2.5.1. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° 
Anual .....................................................................................164
7.2.5.2. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° 
Sazonal ..................................................................................165
7.2.5.3. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° 
Mensal ...................................................................................166
7.2.5.4. Mapa Áreas Aptas - Plano e Suave Ondulado ...................168
7.2.5.5. Mapa Áreas Aptas - Urbanas .........................................169
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7.1. MAPAS EÓLICOS
 
7.1.1. Mapas Eólicos Onshore
7.1.1.1. Potencial Eólico Onshore Anual a 100 m de altura
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7.1.1.2. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 100 m de altura
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7.1.1.3. Potencial Eólico Onshore Anual a 120 m de altura
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7.1.1.4. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 120 m de altura
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7.1.1.5. Potencial Eólico Onshore Anual a 140 m de altura
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7.1.1.6. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 140 m de altura
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7.1.1.7. Potencial Eólico Onshore Mensal a 140 m de altura
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7.1.1.8. Potencial Eólico Onshore Anual a 200 m de altura
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7.1.1.9. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 200 m de altura
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7.1.2. Mapas Eólicos Offshore
7.1.2.1. Potencial Eólico Offshore Anual a 100 m de altura
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7.1.2.2. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 100 m de altura
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7.1.2.3. Potencial Eólico Offshore Anual a 120 m de altura
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7.1.2.4. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 120 m de altura
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7.1.2.5. Potencial Eólico Offshore Anual a 140 m de altura
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7.1.2.6. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 140 m de altura
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7.1.2.7. Potencial Eólico Offshore Mensal a 140 m de altura
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7.1.2.8. Potencial Eólico Offshore Anual a 200 m de altura
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7.1.2.9. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 200 m de altura
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7.1.1.10. Mapa de Áreas Aptas Onshore
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7.1.2.10. Mapa de Áreas Aptas Offshore
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7.1.3. Outras Variáveis Onshore e Offshore 
7.1.3.1. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Frequência X Direção
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7.1.3.2. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Velocidade X Direção 
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7.1.3.3. Densidade Média Anual do Ar a 140 m
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7.1.3.4. Fator de Forma de Weibull Anual a 140m
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7.1.3.5. Regimes Horários e Mensais
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7.1.3.6. Regime Diurno de Vento – Média Anual a 140 m de altura
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7.2. MAPAS SOLARES
7.2.1. Irradiação Global Horizontal 
7.2.1.1. Irradiação Global Horizontal Anual 
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7.2.1.2. Irradiação Global Horizontal Sazonal
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7.2.1.3. Irradiação Global Horizontal Mensal
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7.2.2. Irradiação Difusa Horizontal
7.2.2.1. Irradiação Difusa Horizontal Anual 
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 153
7.2.2.2. Irradiação Difusa Horizontal Sazonal
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 153 12/15/22 23:29
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E154
7.2.2.3. Irradiação Difusa Horizontal Mensal
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 154 12/15/22 23:29
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 155
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E156
7.2.3. Irradiação Normal Direta
7.2.3.1. Irradiação Normal Direta Anual
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7.2.3.2. Irradiação Normal Direta Sazonal
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 157 12/15/22 23:29
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E158
 7.2.3.3. Irradiação Normal Direta Mensal
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 159
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7.2.4. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10°
7.2.4.1. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Anual 
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7.2.4.2. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Sazonal 
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7.2.4.3. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Mensal
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7.2.5. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10°
7.2.5.1. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Anual
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7.2.5.2. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Sazonal
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7.2.5.3. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Mensal
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E168
7.2.5.4. Mapa Áreas Aptas - Plano e Suave Ondulado
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I OG R A N D E D O N O R T E 169
7.2.5.5. Mapa Áreas Aptas - Urbanas
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CAPÍTULO 8
ANÁLISES E DIAGNÓSTICOS
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 171
8. ANÁLISES E DIAGNÓSTICOS: O POTENCIAL EÓ-
LICO E SOLAR DO RIO GRANDE DO NORTE
Esse capítulo apresenta as análises e diagnósticos obtidos a partir 
da interpretação do potencial eólico e solar do Rio Grande do Norte. Para 
as análises, levou-se em consideração: 
• as áreas aptas consideradas viáveis para implantação de novos 
projetos, ou seja, excluindo-se áreas de restrições e áreas com recurso 
não viáveis; 
• análise por região geográficas: intermediária, imediata e municí-
pios, conforme delimitação do IBGE em sua última classificação (Figura 
8.1);
• a taxa de ocupação para o cálculo do potencial, considerando-se a 
capacidade instalável por unidade de área, e;
• o cálculo de produção anual de energia utilizando dados de fator 
de capacidade, multiplicando o valor pela taxa de ocupação e o número 
de horas para a produção solar e utilizando curvas de potência públicas de 
turbinas eólicas idealizadas com desempenho próximo aos aerogeradores 
comercialmente disponíveis para a produção eólica.
8.1. O POTENCIAL EÓLICO DO RIO GRANDE DO NORTE
8.1.1. O Potencial Eólico Onshore 
Os resultados corroboram a aptidão privilegiada do RN para a ener-
gia eólica onshore, já demonstrada pelos atuais números da capacidade 
instalada, no qual o Estado ocupa a primeira posição no ranking nacional 
de geração eólica.
Para as análises, três níveis de magnitude de velocidade foram ado-
tados para a avaliação, sendo o primeiro deles para áreas com velocidade 
mínima de 7 m/s, áreas com velocidade mínima de 7,5 m/s e áreas com 
velocidade mínima de 8 m/s.
Para o potencial eólico onshore, com velocidade de vento acima de 7,0 
m/s e considerando as áreas aptas para geração de energia, o RN dispõe de 
uma capacidade instalável de 56,50 GW a 100 m de altura, se considerar-
mos 140 m de altura, há um aumento de 46,69%, registrando uma capaci-
dade instalável de 82,88 GW, a 200 m de altura esse valor atinge 93,91 GW. 
Em termos de produção de energia, a 100 m de altura tem-se um valor esti-
mado de 199,55 GWh/ano, a 200m de altura o valor ultrapassa os 380 GWh/
ano, o que representa mais de 50% de toda a energia no Brasil em 2021[2].
Se considerarmos o aproveitamento das áreas aptas para o desen-
volvimento de novos projetos eólicos competitivos com vento superior a 
7,5 m/s a 140 m de altura, a capacidade instalada estimada é de 58,5 GW. 
Essas áreas aptas equivalem a aproximadamente 25% de todo o território 
do Estado, considerando, para isso, o afastamento entre aerogeradores 
devido aos efeitos de esteira aerodinâmica entre rotores de turbinas, ou 
seja, a área efetiva de uso do solo ocupada por um aerogerador é uma 
fração desse valor, uma vez que a capacidade instalável das turbinas tem 
aumentado muito ao longo dos últimos anos. Hoje já é uma realidade tur-
binas eólicas com mais de 6 MW de potência nominal.
Em áreas com velocidade de ventos maiores que 8 m/s na altura de 
200 m, mais de 26% da área territorial do Estado apresenta condições óti-
mas para geração eólica. A curto prazo, considerando o desenvolvimento 
do potencial para ventos acima de 8 m/s a 140 m, estima-se uma capaci-
dade instalável de 24,4 GW, o dobro da capacidade instalada e contratada 
atual do RN (12,2 GW). A produção anual na faixa de velocidade acima 
de 8 m/s a 140 m, é estimada em 104,6 TWh/ano, o que representa mais 
de 70% de toda energia elétrica gerada na região nordeste durante o ano 
de 2021 (147,5 TWh[3]), e mais de 4 vezes a energia eólica atualmente 
gerada no Estado pela fonte eólica (24,1 TWh[3]), se elevarmos a altura de 
Figura 8.1 – Subdivisões das regiões geográficas do Rio Grande do Norte.
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E172
200 m, esse valor sobe para 286,06 TWh/ano.
Em todos as alturas, é possível notar um 
aumento mais expressivo na produção energética 
anual na altura de 100 m para 120 m, estimando 
um crescimento de 57,34 %, já a partir de 120 
m, o crescimento é mais suave. Ao analisar entre 
as alturas de 120 m e 140 m, ocorre um decrésci-
mo na estimativa da produção anual, já entre as 
alturas de 140 m e 200 m, o aumento é de 26,43 
%. Tal fato demonstra que os aerogeradores de 
120 m de altura de hub ainda podem representar 
uma eficiência de produção considerável quando 
comparados com tecnologias de maiores alturas, 
possibilitando altos níveis de geração com meno-
res custos relacionados à fabricação e instalação.
Todo esse potencial deve fomentar a im-
plantação de novas linhas de transmissão e in-
centivar a instalação de projetos voltados ao 
mercado livre que possam gerar energia a um 
custo competitivo, capaz de incentivar a instala-
ção de novas indústrias no Estado e fomentar a 
geração de novos empregos.
De maneira geral, o Estado possui muitas 
áreas aptas para expansão do potencial eólico 
existente. Todas as regiões intermediárias do 
estado possuem potencial eólico viável, desta-
cando-se as regiões imediatas de Açu e Mosso-
ró, Currais Novos e João Câmara, e Natal. Essas 
regiões possuem as maiores áreas aptas para o 
desenvolvimento de novos projetos. Cabe des-
tacar a região imediata de Natal que apresenta 
um grande potencial de desenvolvimento eólico 
para a altura de 200 metros, sendo que mais de 
50% dessas áreas podem ser viáveis para insta-
lação de parques eólicos no futuro.
A Figura 8.2 apresenta os dados de áreas 
aptas, capacidade instalável e produção anual 
de energia, segmentadas por alturas (100 m, 
120 m, 140 m e 200 m) e faixas de velocidade 
(a partir de 7,0 m/s, 7,5 m/s e 8,0 m/s).
Figura 8.2 – Dados de áreas aptas, capacidade instalável e produção anual de energia.
56.50436
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72.06011
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100m 120m 140m 200m
CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima 
de 7 m/s
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766
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089
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332
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80
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100m 120m 140m 200m
CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima 
de 7,5 m/s
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13.96057
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50
60
70
100m 120m 140m 200m
CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima 
de 8 m/s
199.5489
146
313.0637
509
303.2343
054
383.3834
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300
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100m 120m 140m 200m
PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) -
Acima de 7 m/s
82.98483
091
189.4840
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100m 120m 140m 200m
PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) -
Acima de 7,5 m/s
26.55942
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286.0605
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100m 120m 140m 200m
PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) -
Acima de 8 m/s
23.78264
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100m 120m 140m 200m
ÁREA APTA (km²) - Acima de 7 m/s
8.865086
137
17.24521
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34.26472
203
0
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40
100m 120m 140m 200m
ÁREA APTA (km²) - Acima de 7,5 m/s
2.585889
557
5.875997
539
10.28223
868
26.89128
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30
100m 120m 140m 200m
ÁREA APTA (km²) - Acima de 8 m/s
56.50436
487
72.06011
099
82.88309
215
93.91799
336
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100m 120m 140m 200m
CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima 
de 7 m/s
21.06224
766
40.97229
089
58.50400
332
81.40835
36
0
20
40
60
80
100
100m 120m 140m 200m
CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima 
de 7,5 m/s
6.143724
477
13.96057
68
24.42921
12
63.89006
243
0
10
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30
40
50
60
70
100m 120m 140m 200m
CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima 
de 8 m/s
199.5489
146
313.0637
509
303.2343
054
383.3834
493
0
100
200
300
400
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100m 120m 140m 200m
PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) -
Acima de 7 m/s
82.98483
091
189.4840
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229.1140
582
348.4159
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200
300
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100m 120m 140m 200m
PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano)-
Acima de 7,5 m/s
26.55942
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286.0605
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PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) -
Acima de 8 m/s
23.78264
965
30.33005
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34.88543
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30
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100m 120m 140m 200m
ÁREA APTA (km²) - Acima de 7 m/s
8.865086
137
17.24521
24.62429
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203
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10
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ÁREA APTA (km²) - Acima de 7,5 m/s
2.585889
557
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100m 120m 140m 200m
ÁREA APTA (km²) - Acima de 8 m/s
56.50436
487
72.06011
099
82.88309
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100m 120m 140m 200m
CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima 
de 7 m/s
21.06224
766
40.97229
089
58.50400
332
81.40835
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100m 120m 140m 200m
CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima 
de 7,5 m/s
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CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima 
de 8 m/s
199.5489
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313.0637
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303.2343
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PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) -
Acima de 7 m/s
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PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) -
Acima de 7,5 m/s
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PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) -
Acima de 8 m/s
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ÁREA APTA (km²) - Acima de 7 m/s
8.865086
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ÁREA APTA (km²) - Acima de 7,5 m/s
2.585889
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ÁREA APTA (km²) - Acima de 8 m/s
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 173
Ao analisar o potencial eólico conforme regiões geográficas, todas 
as regiões intermediárias do Estado possuem potencial eólico viável, des-
tacando-se as regiões imediatas de Açu e Mossoró, Currais Novos e João 
Câmara, e Natal. Essas regiões possuem as maiores áreas aptas para o 
desenvolvimento de novos projetos. Cabe destacar a região imediata de 
Natal que apresenta um grande potencial de desenvolvimento eólico para 
a altura de 200 metros, sendo que mais de 50% por cento dessas áreas 
podem ser viáveis para instalação de parques eólicos no futuro.
A região geográfica intermediária de Natal compreende 75 muni-
cípios, totalizando mais de 34% da área do Estado. Com velocidade do 
vento a partir de 7 m/s a 100 m de altura estima-se uma capacidade ins-
talável de 34,95 GW, já na altura de 120 m, há um acréscimo de aproxi-
madamente 10 GW. Em 200 m de altura a capacidade instalável da região 
intermediária de Natal pode chegar a 51,23 GW com velocidade a partir 
de 7 m/s com uma área apta disponível de 11.385 km². Nesta região, 
destacam-se as áreas imediatas de Natal e João Câmara que possuem 
grandes áreas aptas para o desenvolvimento de novos projetos. Na altura 
de 140 m e velocidade mínima de 7,0 m/s, estima-se 3.965 km² de área 
apta em Natal e 2.109 km² na região imediata de Joao Câmara, com ca-
pacidade instalável de 17,84 GW e 9,49 GW, respectivamente. Em relação 
a produção anual de energia, essas duas regiões juntas podem gerar um 
total estimado de 109,49 TWh/ano.
A região geográfica intermediária de Caicó é composta por 24 mu-
nicípios, totalizando mais de 17% da área do estado e divide-se em duas 
regiões imediatas: Caicó e Currais Novos. Nessa região, registra-se em 
algumas áreas de serras, ventos acima de 9 m/s a 100m de altura, poden-
do chegar acima de 11 m/s em alguns locais específicos. Parte da Serra 
de Santana localiza-se nessa região, local com a ocorrência de muitos 
projetos. A 100 m de altura e velocidade mínima de 7 m/s, a capacidade 
instalável pode chegar a 6,74 GW e produção anual de energia de 23,81 
TWh com uma área apta de 1.497 km². Já a 140 m de altura, estima-se 
uma capacidade de 10,37 GW e produção anual de energia de 32,76 TWh 
e área apta de 2.304 km².
A região intermediária de Mossoró é composta por 68 municípios, 
destacando-se as regiões imediatas de Mossoró e Açu. Contabiliza-se que 
30% das áreas aptas, em uma altura de 140 m dispõem de velocidade 
média do vento acima de 8 m/s, o que torna a região muita propícia para 
o desenvolvimento de novos projetos, com um potencial estimado so-
mente nessa região de mais de 14 GW de capacidade instalável ou 1,2x 
a potência instalada e contratada até 2022 no Estado (~12,2 GW). Nessa 
região, destacam-se as grandes extensões de áreas planas, facilitando 
a instalação de novos projetos quando comparados a regiões de terreno 
complexo.
Ao realizar a análise por municípios, a 140 m de altura e velocidade 
mínima de 7 m/s, destacam-se os municípios de Mossoró, Pedro Avelino, 
Touros, Afonso Bezerra e Ceará-Mirim. Mossoró apresenta a maior ca-
pacidade instalável sendo 4.287,05 MW e a 200 m de altura, estima-se 
5.579,36 MW. 
As Tabelas 8.1, 8.2 e 8.3 dispõem dos dados de áreas aptas em 
km², capacidade instalável em GW e produção anual de energia em TWh 
segmentadas por alturas (100 m, 120 m, 140 m e 200 m) e faixas de 
velocidade (a partir de 7,0 m/s, 7,5 m/s e 8,0 m/s) por região geográfica 
definida pelo IBGE (regiões intermediárias e imediatas). O apêndice C 
apresenta esses dados por municípios do RN.
> 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s
3,967.4 3,967.2 3,632.5
1,565.3 1,564.7 1,429.5
891.0 889.0 595.4
1,338.9 1,293.8 910.5
2,109.3 2,109.3 2,109.3
1,512.9 1,476.6 1,303.9
11,384.9 11,300.6 9,981.2
1,465.0 839.6 404.4
1,562.7 1,165.8 621.4
3,027.7 2,005.4 1,025.8
2,436.1 1,566.8 1,045.5
116.4 30.9 4.4
3,905.6 3,186.9 2,140.9
6,458.1 4,784.7 3,190.8
20,870.7 18,090.7 14,197.8
Área Apta (km²)
200 m
> 7 m/s
Natal 6,312.6 2,983.5
Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.7 832.9
Canguaretama 1,361.8 105.8
Santa Cruz 2,141.4 618.8
João Câmara 3,966.8 2,108.6
São Paulo do Potengi 2,584.3 1,116.2
TOTAL 18,416.5 7,765.8
Caicó 6,057.6 735.8
Currais Novos 3,316.8 761.2
TOTAL 9,374.3 1,497.0
Mossoró 10,934.1 971.8
Pau dos Ferros 4,819.9 45.2
Açu 9,264.7 2,276.7
TOTAL 25,018.7 3,293.7
52,809.6 12,556.5
Natal
Região 
Intermediária Região Imediata Área Total IBGE 
(km²)
Área Apta (km²)
100 m
Caicó
Mossoró
TOTAL DO ESTADO
> 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s
963.6 144.4 3,835.9 2,041.5 638.7 3,964.7 3,262.6 1,162.3
159.2 21.8 1,312.4 578.9 88.9 1,553.9 982.2 234.4
1.8 0.0 482.5 29.4 0.8 826.5 271.6 4.1
207.4 52.2 952.5 479.0 136.9 1,226.7 739.8 279.2
1,561.5 508.5 2,109.3 2,063.8 1,165.3 2,109.3 2,109.2 1,755.2
134.3 40.7 1,318.6 687.3 87.7 1,414.7 1,196.2 183.5
3,027.8 767.7 10,011.3 5,880.0 2,118.2 11,095.8 8,561.7 3,618.7
194.6 35.0 927.7 372.8 74.1 1,088.6 559.1 138.3
425.4 194.7 970.3 537.9 311.3 1,215.5 682.3 401.0
620.0 229.7 1,898.0 910.8 385.4 2,304.1 1,241.4 539.4
372.2 209.9 1,358.3 694.5 300.4 1,697.8 971.9 434.5
19.1 3.9 47.9 18.1 3.0 62.5 24.8 4.7
641.4 154.0 2,748.5 1,679.3 327.1 3,258.2 2,201.1 831.4
1,032.8 367.9 4,154.6 2,391.9 630.6 5,018.5 3,197.8 1,270.6
4,680.5 1,365.3 16,064.0 9,182.7 3,134.2 18,418.5 13,000.9 5,428.7
Área Apta (km²)
100 m 120 m 140 m
Área Apta (km²) Área Apta (km²)
Tabela 8.1 – Dados de áreas aptas do potencial eólico por região geográfica do Rio Grande do Norte.
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 173 12/15/22 23:29
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E174
8.1.2. O Potencial Eólico Offshore
A nova fronteira a ser explorada da energia eólica é em mar. Tra-
tativas seguem em desenvolvimento, a exemplo do marco regulatório, 
para viabilização da energia eólica offshore e mais uma vez o Brasil está 
à frente dispondo dos melhores locais para implantação dessa nova ener-
gia.O Rio Grande do Norte, sem dúvida, apresenta os melhores locais 
e se destaca por sua localização privilegiada, aliada a uma plataforma 
continental extensa com profundidades adequadas para a instalação das 
turbinas eólicas. 
Para o potencial eólico offshore, a avaliação foi realizada conside-
rando diferentes níveis de batimetria, para faixas de -2 m a -100 m de 
profundidade, ao longo o mar territorial e zona contígua, totalizando 24 
milhas náuticas em uma faixa de distância da linha de costa de 2 km até 
45 km. Os resultados também foram separados considerando a parte do 
mar ao norte do estado (litoral setentrional) e a porção do mar oriental, 
essa divisão utilizou a posição do Farol de Calcanhar para traçar um meri-
diano, dividindo os resultados em duas áreas. 
O potencial total do Estado, considerando somente as áreas aptas po-
(aproximadamente 651TWh)[3], sendo a capacidade instalável de 54,48 GW. 
A costa do RN possui uma grande extensão de águas rasas (profun-
didade de 20 m a 50 m), a qual representa, em percentual de área apta 
avaliada, um total de 40,1% do litoral em sua totalidade. Esta porção re-
presenta 40% de todo o potencial do Estado, o que torna o Estado ainda 
mais atrativo, uma vez que projetos atualmente são instalados em áreas 
com profundidade maior que 20 m, devido ao calado das embarcações, 
logística e segurança da montagem. Por outro lado, o desenvolvimento 
de novas tecnologias pode no futuro permitir a instalação de turbinas em 
águas mais rasas, nesse aspecto, estados como o Rio Grande do Norte, 
Tabela 8.2 – Dados de capacidade instalável por região geográfica do Rio Grande do Norte.
Tabela 8.3 – Dados de produção anual de energia por região geográfica do Rio Grande do Norte.
> 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s
17.85 17.85 16.35
7.04 7.04 6.43
4.01 4.00 2.68
6.02 5.82 4.10
9.49 9.49 9.49
6.81 6.64 5.87
51.23 50.85 44.92
6.59 3.78 1.82
7.03 5.25 2.80
13.62 9.02 4.62
10.96 7.05 4.70
0.52 0.14 0.02
17.58 14.34 9.63
29.06 21.53 14.36
93.92 81.41 63.89
Capacidade Instalável (GW)
200 m
> 7 m/s
Natal 6,312.57 13.43
Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.72 3.75
Canguaretama 1,361.75 0.48
Santa Cruz 2,141.35 2.78
João Câmara 3,966.81 9.49
São Paulo do Potengi 2,584.32 5.02
TOTAL 18,416.52 34.95
Caicó 6,057.57 3.31
Currais Novos 3,316.78 3.43
TOTAL 9,374.35 6.74
Mossoró 10,934.14 4.37
Pau dos Ferros 4,819.91 0.20
Açu 9,264.69 10.25
TOTAL 25,018.73 14.82
52,809.60 56.50
Região 
Intermediária Região Imediata 100 m
Mossoró
TOTAL DO ESTADO
Capacidade Instalável (GW)
Área Total IBGE 
(km²)
Natal
Caicó
> 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s
4.34 0.65 17.26 9.19 2.87 17.84 14.68 5.23
0.72 0.10 5.91 2.61 0.40 6.99 4.42 1.05
0.01 0.00 2.17 0.13 0.00 3.72 1.22 0.02
0.93 0.23 4.29 2.16 0.62 5.52 3.33 1.26
7.03 2.29 9.49 9.29 5.24 9.49 9.49 7.90
0.60 0.18 5.93 3.09 0.39 6.37 5.38 0.83
13.62 3.45 45.05 26.46 9.53 49.93 38.53 16.28
0.88 0.16 4.17 1.68 0.33 4.90 2.52 0.62
1.91 0.88 4.37 2.42 1.40 5.47 3.07 1.80
2.79 1.03 8.54 4.10 1.73 10.37 5.59 2.43
1.67 0.94 6.11 3.13 1.35 7.64 4.37 1.96
0.09 0.02 0.22 0.08 0.01 0.28 0.11 0.02
2.89 0.69 12.37 7.56 1.47 14.66 9.90 3.74
4.65 1.66 18.70 10.76 2.84 22.58 14.39 5.72
21.06 6.14 72.29 41.32 14.10 82.88 58.50 24.43
Capacidade Instalável (GW) Capacidade Instalável (GW)
100 m 120 m 140 m
Capacidade Instalável (GW)
> 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s
80.51 80.51 74.67
30.90 30.89 28.51
16.64 16.61 11.48
25.62 24.96 18.44
45.72 45.72 45.72
29.33 28.80 25.88
228.7 227.5 204.7
20.15 13.06 6.96
25.96 20.50 12.14
46.1 33.6 19.1
39.10 28.11 20.09
1.18 0.39 0.06
68.26 58.87 42.09
Produção Anual de Energia 
(TWh/ano)
200 m
> 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s
16.87 2.75 78.21 44.11 14.84 68.60 58.16 22.91
2.76 0.43 26.39 12.28 2.03 25.46 17.12 4.51
0.03 0.00 9.42 0.62 0.02 12.40 4.45 0.08
3.63 1.03 19.18 10.22 3.10 19.95 13.07 5.39
28.11 9.93 45.72 44.85 26.14 40.89 40.89 34.73
2.39 0.80 26.14 14.10 1.93 23.74 20.60 3.53
53.8 14.9 205.1 126.2 48.1 191.0 154.3 71.1
3.25 0.66 13.95 6.23 1.42 14.26 8.20 2.33
7.67 3.83 17.46 10.64 6.57 18.50 11.65 7.47
10.9 4.5 31.4 16.9 8.0 32.8 19.9 9.8
6.77 4.04 24.92 13.94 6.35 26.28 16.62 8.10
0.31 0.07 0.57 0.23 0.04 0.72 0.32 0.07
11.19 3.01 52.01 33.82 7.11 52.43 38.04 15.53
Produção Anual de Energia 
(TWh/ano)
Produção Anual de Energia 
(TWh/ano)
Produção Anual de Energia 
(TWh/ano)
100 m 120 m 140 m
> 7 m/s
Natal 6,312.57 46.60
Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.72 12.55
Canguaretama 1,361.75 1.51
Santa Cruz 2,141.35 9.62
João Câmara 3,966.81 36.51
São Paulo do Potengi 2,584.32 16.80
TOTAL 18,416.52 123.6
Caicó 6,057.57 11.22
Currais Novos 3,316.78 12.59
TOTAL 9,374.35 23.8
Mossoró 10,934.14 15.70
Pau dos Ferros 4,819.91 0.69
Açu 9,264.69 35.76
TOTAL 25,018.73
Região 
Intermediária Região Imediata
Natal
Caicó
Mossoró
TOTAL DO ESTADO
Área Total IBGE 
(km²)
Produção Anual de Energia 
(TWh/ano)
100 m
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 174 12/15/22 23:29
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 175
Ceará, Piauí e Maranhão, apresentam um grande diferencial em relação às 
demais regiões da América do Sul, uma vez que a direção anual do vento 
é praticamente unidirecional devido aos ventos alísios. É possível observar 
que a alteração da altura do rotor de 120 m para as demais alturas de hub 
avaliadas não acarreta em uma variação significativa na produção energé-
tica anual. Isto ocorre porque o expoente vertical do perfil de velocidade 
do vento (wind shear) sobre o oceano é baixo, consequência da baixa 
rugosidade aerodinâmica do mar e ausência de complexidade topográfica, 
não justificando economicamente a adoção de turbinas com torres muito 
altas sobre o ambiente marinho. 
Ao considerar a distância da linha de costa, os maiores fatores de 
capacidade médios são observados a partir de 15 km da linha de costa, 
indicando que há uma intensificação da velocidade do vento para dentro 
do mar. O desenvolvimento do potencial de 10 km a 15 km de distância 
de costa agregaria uma potência instalada estimada de 8,5 GW, e repre-
sentaria uma energia gerada de 38,2 TWh/ano na altura de 200 m, mais 
de 2 vezes a energia gerada pelo estado do RN no ano de 2020 (17.896 
GWh/ano) [3]. 
As áreas de maior potencial eólico estão localizadas no litoral nor-
te, o aproveitamento para a faixa de distância de linha de costa entre 2 
a 45 km é estimado em 32,8 GW. Aproveitando-se apenas 20% desse 
potencial, ou aproximadamente 6,5GW, já representaria quase o triplo 
da capacidade eólica offshore atualmente instalada na Dinamarca (2,31 
GW). Embora o litoral norte apresente as áreas de maior velocidade do 
vento e, consequentemente, maior fator de capacidade bruto, o potencial 
do litoral oriental tem sua potencialidade, sendo necessárias campanhas 
de medição para confirmar as velocidades do vento nessa região; ainda 
assim, os fatores de capacidade bruto são superiores a 55%, o que pode 
tornar os projetos muito atrativos quando comparados a outras regiões da 
costa brasileira fora do nordeste. 
Ao se considerar 50% das áreas aptas com profundidade entre 20 e 
50m, é possível construir mais de 10 GW de eólica offshore no litoral do 
estado, ocupando uma área equivalente a menos de 25% de todo o litoral. 
instalada offshore na Europa até 2021, 28,3 GW[4]. O desenvolvimento 
desse potencial equivale à cerca de 90% da capacidade instalada offsho-
re esperada para a Dinamarca (3,5GW) e a Holanda (7,3GW) no ano de 
2026. Porém, cabe ressaltar que o fator de capacidade médio líquido da 
Europa é aproximadamente 42% e os de projetos na costa do Rio Grande 
Norte devem ser acima de 50%. 
Considerando apenas o litoral norte, a capacidade instalável é es-
timada em 32,8 GW (profundidades de -2 a -100m), sendo o dobro da 
estimativa oficial do Governo Brasileiro constante no Plano Nacional de 
Energia 2050[5], queconsidera uma inserção de 16GW de energia eólica 
offshore em todos mercado eólico brasileiro de energia elétrica até 2050. 
Este cenário de capacidade instalável no plano energético nacional 
já considera a competitividade entre as outras fontes de energia, deman-
da e custos de energia. Nesse sentido, o Estado do Rio Grande do Norte 
pode se tornar um grande atuante no setor eólico offshore nacional e in-
ternacional, uma vez que o seu potencial é muito maior que o considerado 
no Plano Nacional de Energia no horizonte de 2050. 
As Tabelas 8.4, 8.5 e 8.6 dispõem dos dados de áreas aptas em km², 
capacidade instalável em MW, fator de capacidade anual bruto e produção 
anual de energia em TWh/ano segmentadas por alturas (120 m, 140 m e 
200 m) considerando faixas de batimetria de -2 m a -100 m e as Tabelas 
8.7, 8.8 e 8.9 dispõem desses mesmos dados estando segmentadas por 
distância da linha de costa em faixas variando de 2 km até 45 km.
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
-2 a -10 1,719 17.4% 9,452 64.2% 43.9 64.6% 44.1 64.4% 44.0
-10 a -20 3,509 35.4% 19,298 63.5% 88.5 63.6% 88.7 63.2% 88.0
-20 a -35 2,304 23.3% 12,672 62.9% 57.5 63.0% 57.5 62.4% 57.0
-35 a -50 1,664 16.8% 9,154 65.1% 42.9 65.1% 42.8 64.4% 42.4
-2 a -50 9,196 92.9% 50,577 63.8% 232.7 63.9% 233.2 63.4% 231.4
-50 a -100 708 7.1% 3,894 63.7% 17.8 63.7% 17.8 63.0% 17.7
-2 a -100 9,904 100.0% 54,471 63.8% 250.5 63.9% 251.0 63.4% 249.1
TODO O LITORAL
Profundidade (m) Área Apta (km²)
Percentual da Área 
Apta
Capacidade 
Instalável (MW)
120 m 140 m 200 m
Tabela 8.4 – Dados do potencial eólico offshore, considerando faixas de batimetria, de todo o litoral do Rio Grande do Norte.
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 175 12/15/22 23:30
108,5 87,4 62,2
383,38 348,42 286,06
18,3 7,1 77,5 48,0 13,5 79,4 55,0 23,7
82,98 26,56 313,97 191,04 69,56 303,23 229,11 104,64
52,1
52.809,60 199,55
deria gerar aproximadamente 1/3 de toda energia elétrica brasileira em 2020
Esse potencial é equivalente a aproximadamente 1/3 de toda a potência
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E176
Tabela 8.6 – Dados do potencial eólico offshore, considerando faixas de batimetria, do litoral oriental do Rio Grande do Norte.
Tabela 8.7 – Dados do potencial eólico offshore, considerando a distância da linha de costa, de todo o litoral do Rio Grande do Norte.
Tabela 8.8 – Dados do potencial eólico offshore, considerando a distância da linha de costa, do litoral setentrional do Rio Grande do Norte.
Tabela 8.5 – Dados do potencial eólico offshore, considerando faixas de batimetria, do litoral setentrional do Rio Grande do Norte.
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
-2 a -10 1,647 27.6% 9,059 64.5% 42.2 64.9% 42.5 64.7% 42.4
-10 a -20 2,294 38.5% 12,617 65.9% 59.9 66.0% 60.0 65.6% 59.7
-20 a -35 1,090 18.3% 5,994 66.3% 28.6 66.3% 28.6 65.9% 28.4
-35 a -50 558 9.4% 3,069 67.7% 15.0 67.7% 14.9 67.1% 14.8
-2 a -50 5,589 93.7% 30,740 65.7% 145.7 65.9% 146.1 65.6% 145.4
-50 a -100 374 6.3% 2,058 67.1% 9.9 67.0% 9.9 66.5% 9.8
-2 a -100 5,963 100.0% 32,797 65.8% 155.7 65.9% 156.0 65.6% 155.2
LITORAL SETENTRIONAL
Profundidade (m) Área Apta (km²)
Percentual da Área 
Apta
Capacidade 
Instalável (MW)
120 m 140 m 200 m
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
-2 a -10 71 1.8% 393 58.2% 1.7 58.4% 1.7 57.7% 1.6
-10 a -20 1,215 30.8% 6,681 59.1% 28.6 59.3% 28.6 58.6% 28.3
-20 a -35 1,214 30.8% 6,678 59.9% 28.8 60.0% 28.9 59.3% 28.5
-35 a -50 1,106 28.1% 6,085 63.8% 27.9 63.8% 27.9 63.1% 27.6
-2 a -50 3,607 91.5% 19,837 60.8% 87.0 60.9% 87.1 60.2% 86.1
-50 a -100 334 8.5% 1,837 59.8% 7.9 59.9% 7.9 59.1% 7.8
-2 a -100 3,941 100.0% 21,674 60.7% 94.9 60.8% 95.0 60.1% 93.9
LITORAL ORIENTAL
Profundidade (m) Área Apta (km²)
Percentual da Área 
Apta
Capacidade 
Instalável (MW)
120 m 140 m 200 m
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
2 a 10 2,368 23.9% 13,026 59.9% 56.6 60.4% 57.0 60.1% 56.8
10 a 15 1,552 15.7% 8,535 62.1% 38.3 62.4% 38.4 61.9% 38.2
15 a 25 2,733 27.6% 15,032 64.8% 70.2 64.9% 70.3 64.3% 69.7
25 a 45 3,250 32.8% 17,877 66.5% 85.4 66.4% 85.3 65.7% 84.5
2 a 45 9,904 100.0% 54,471 63.8% 250.5 63.9% 251.0 63.4% 249.1
TODO O LITORAL
Distância da Linha 
de Costa (km) Área Apta (km²)
Percentual da Área 
Apta
Capacidade 
Instalável (MW)
120 m 140 m 200 m
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
2 a 10 1,435 24.1% 7,892 62.3% 35.7 62.9% 36.0 62.9% 36.0
10 a 15 951 15.9% 5,228 65.0% 24.6 65.2% 24.6 65.0% 24.6
15 a 25 1,816 30.5% 9,987 67.1% 48.3 67.1% 48.3 66.7% 48.0
25 a 45 1,762 29.5% 9,690 67.7% 47.2 67.6% 47.1 67.1% 46.7
2 a 45 5,963 100.0% 32,797 65.8% 155.7 65.9% 156.0 65.6% 155.2
LITORAL SETENTRIONAL
Distância da Linha 
de Costa (km) Área Apta (km²)
Percentual da Área 
Apta
Capacidade 
Instalável (MW)
120 m 140 m 200 m
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 177
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
Fator de Capacidade 
Anual Bruto
Produção Anual de 
Energia (TWh/ano)
2 a 10 934 23.7% 5,135 56.3% 20.9 56.5% 21.0 55.9% 20.8
10 a 15 601 15.3% 3,307 57.6% 13.8 57.8% 13.8 57.0% 13.6
15 a 25 917 23.3% 5,045 60.4% 22.0 60.5% 22.0 59.7% 21.7
25 a 45 1,489 37.8% 8,187 64.9% 38.2 64.9% 38.2 64.2% 37.7
2 a 45 3,941 100.0% 21,674 60.7% 94.9 60.8% 95.0 60.1% 93.9
LITORAL ORIENTAL
Distância da Linha 
de Costa (km) Área Apta (km²)
Percentual da Área 
Apta
Capacidade 
Instalável (MW)
120 m 140 m 200 m
Tabela 8.9 – Dados do potencial eólico offshore, considerando a distância da linha de costa, do litoral oriental do Rio Grande do Norte.
8.2. O POTENCIAL SOLAR DO RIO GRANDE DO NORTE
Os resultados do potencial solar estão segmentados em potencial 
solar fotovoltaico centralizado e geração distribuída. Esses resultados re-
mentem-se as áreas consideradas aptas e estão segmentados por regiões 
geográficas conforme delimitação do IBGE: regiões intermediárias, ime-
diatas e municípios. Na análise da geração centralizada, além das áreas 
em terreno plano e ondulado, foram considerados também integração do 
potencial solar para projetos flutuantes nas áreas de açudes e lagos moni-
torados pela Agência Nacional de Águas (ANA). Para a análise da geração 
distribuída, considerou-se as áreas urbanas e a integração foi realizada 
por meio de cenários de ocupação em percentual de utilização da área 
urbanizada. Também foi realizada a análise do potencial para as áreas 
ocupadas por imóveis públicos do Estado.
É importante ressaltar que as estimativas geradas e dispostas nesse 
capítulo têm o objetivo de apresentar os números gerais 
do potencial do Estado e representam a produtividade média ba-
seados nos projetos atuais. A produtividade real de um projeto depende 
da tecnologia dos painéis solares, do uso ou não de rastreadores solares, 
perdas ambientais, das perdas elétricas, das perdas por sujidade e de 
perdas elétricas que estão diretamente relacionadas à topologia elétrica 
dos arranjos dos painéise inversores.
8.2.1. Geração Centralizada
A integração da Geração Centralizada considerando a utilização de 
10% das áreas aptas e somente em terrenos planos e pouco ondulados, 
totalizam a produção anual de energia de 213 TWh/ano com uma potência 
instalável de 82 GWp, este valor de produção de energia é mais de 2,5 ve-
zes o consumo de energia elétrica de todo nordeste brasileiro em 2019 que 
foi de 83,5 TWh/ano[3]. Se considerarmos apenas os terrenos planos, esse 
potencial totaliza 57 GWp de capacidade instalável e 146 TWh/ano de pro-
dução de energia. Este potencial equivale a aproximadamente 25 vezes o 
consumo total de energia do estado no ano de 2019 que foi 5,78 TWh/ano.
Em geral, todas as áreas do Estado do RN são muito promissoras 
para geração de energia centralizada, com fatores de capacidade anuais 
acima de 30% na maioria das regiões. Destaca-se a região intermediária 
de Mossoró que detém de mais de 50% (45,3 GW) da capacidade insta-
lável total, considerando a utilização de 10% das áreas aptas e somente 
em terrenos planos e pouco ondulados. Somente a região imediata de 
Mossoró concentra 26,6 GW da capacidade instalável com produção anual 
de energia de 68,7 TWh/ano, em segundo lugar está a região imediata de 
Assu (13,2 GW) e em terceiro a região imediata de Natal com 11,0 GW de 
capacidade instalável e 33,9 TWh/ano de produção de energia.
Além da integração do potencial em todo Estado foi respeitada a 
premissa do potencial considerando apenas as áreas aptas localizadas 
num raio de distância de 10 km das linhas de transmissão e das subes-
tações existentes e planejadas. Essa integração tem o objetivo de ava-
liar o potencial solar considerando que projetos localizados próximos às 
subestações e linhas de transmissão dispõe de um maior diferencial com 
menores custos de integração ao SIN. 
Mesmo neste cenário restritivo, o potencial fotovoltaico do Estado 
ainda é bastante significativo com potencial de mais de 17 GWp de capa-
cidade instalável e produção de energia de 43,5 TWh/ano, considerando 
terrenos planos e ondulados e 10% das áreas aptas, tal valor equivale a 
aproximadamente duas vezes toda energia elétrica gerada pelo Estado 
em 2020 (17,896 TWh/ano)[3], considerando todas fontes de energia. 
Essa avaliação corrobora para as condições favoráveis do RN para 
o desenvolvimento e instalação de grandes projetos fotovoltaicos cen-
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 177 12/15/22 23:30
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E178
Tabela 8.10 - Integração Solar por Regiões Imediatas do Estado do RN considerando apenas a utilização de 10% das áreas aptas ao desenvolvimento de projetos.
Tabela 8.11 - Integração solar centralizada somente no raio de 10 km de distância das subestações de transmissão de energia planejadas e existentes.
tralizados, fomentando o reforço do sistema de transmissão existente e 
planejado, mas também a construção de novas linhas de transmissão 
em subestações. Algumas regiões com potencial solar expressivo a ser 
explorado, como Pau dos Ferros, Caicó e Currais Novos estão limitadas a 
ter conexões próximas para viabilização de grandes projetos solares. Por 
outro lado, regiões como João Câmara e Mossoró podem viabilizar proje-
tos híbridos eólicos-solar uma vez que já existem muitos projetos eólicos 
em operação na região.
Além da integração do potencial solar fotovoltaico sobre as áreas 
aptas em superfície, foi realizada a integração sobre lagoas e açudes mo-
nitorados. Neste cenário, utilizou-se 10% da área útil desses reservató-
rios, uma vez que há uma sazonalidade na área de lâmina d’água e isso 
pode inviabilizar a instalação de flutuantes na superfície do reservatório. 
A capacidade instalável em 10% da área dos reservatórios é de 5.374 
MWp e a energia anual é de mais de 4 TWh/ano, o que equivale a 80% do 
consumo do residencial, comercial, rural e industrial em 2019 (~5 TWh).
As Tabelas 8.10 e 8.11 dispõem dos dados de áreas aptas em km², 
capacidade instalável em MWp e produção anual de energia em GWh/
ano, considerando a energia produzida em áreas com relevo plano e on-
dulado e somente plano por região geográfica definida pelo IBGE (regiões 
intermediárias e imediatas). A Tabela 8.12 apresenta os resultados da in-
tegração solar centralizada somente em lagos e açudes monitorados con-
siderando um aproveitamento de 10% das áreas. A Figura 8.2 apresenta 
a localização das lagoas e açudes considerados no cálculo. O apêndice D 
e E apresenta os dados de dados de geração por municípios do RN e por 
reservatórios monitorados, respectivamente.
Total de 10% das 
Áreas Aptas 
(km²)
Percentual da 
área total 
utilizada
Capacidade 
Instalável (MWp)
Produção Anual 
de Energia 
(GWh/ano)
Total de 10% das 
Áreas Aptas 
(km²)
Percentual da 
área total 
utilizada
Capacidade 
Instalável (MWp)
Natal 6,312.6 200.2 3.17% 11,012.5 28,110.5 148.1 2.35% 8,147.6
João Câmara 3,966.8 167.0 4.21% 9,186.6 23,368.6 137.0 3.45% 7,536.7
Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.7 94.9 4.63% 5,217.3 13,477.4 51.4 2.51% 2,828.3
São Paulo do Potengi 2,584.3 67.3 2.61% 3,704.1 9,556.7 31.0 1.20% 1,705.0
Santa Cruz 2,141.4 38.2 1.79% 2,102.9 5,529.8 9.9 0.46% 542.3
Canguaretama 1,361.8 8.4 0.62% 461.8 1,191.8 2.9 0.21% 157.7
TOTAL 18,416.5 576.1 31,685.2 81,234.8 380.3 20,917.5
Caicó 6,057.6 73.8 1.22% 4,057.9 10,786.8 24.9 0.41% 1,368.8
Currais Novos 3,316.8 29.4 0.89% 1,615.0 4,323.9 9.0 0.27% 494.6
TOTAL 9,374.3 103.1 5,672.9 15,110.7 33.9 1,863.5
Mossoró 10,934.1 483.8 4.42% 26,607.9 68,705.9 409.8 3.75% 22,538.0
Açu 9,264.7 240.5 2.60% 13,226.0 33,923.6 183.9 1.99% 10,115.8
Pau dos Ferros 4,819.9 101.1 2.10% 5,558.6 15,015.5 29.4 0.61% 1,614.4
TOTAL 25,018.7 825.3 45,392.5 117,645.1 623.1 34,268.2
Natal
Região 
Intermediária Região Imediata
Área Territorial 
Oficial IBGE 
(km²)
Área com Relevo Plano e Ondulado Área com Relevo Plano 
Caicó
Mossoró
TOTAL DO ESTADO
Produção Anual 
de Energia 
(GWh/ano)
20,746.1
19,105.8
7,300.0
4,394.1
1,426.1
406.7
53,378.7
3,629.2
1,326.1
4,955.3
58,038.3
25,867.8
4,349.6
88,255.8
Área com Relevo Plano 
Total de 10% das 
Áreas Aptas 
(km²)
Percentual da 
área total 
utilizada
Capacidade 
Instalável (MWp)
Produção Anual 
de Energia 
(GWh/ano)
Total de 10% das 
Áreas Aptas 
(km²)
Percentual da 
área total 
utilizada
Capacidade 
Instalável (MWp)
Natal 6,312.6 81.1 1.28% 4,461.3 11,337.9 69.0 1.09% 3,795.2
João Câmara 2,049.7 0.0 0.00% 0.0 0.0 0.0 0.00% 0.0
Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 1,361.8 0.0 0.00% 0.0 0.0 0.0 0.00% 0.0
São Paulo do Potengi 2,141.4 5.7 0.27% 315.2 825.9 0.7 0.03% 38.5
Santa Cruz 3,966.8 77.7 1.96% 4,276.2 10,837.6 69.0 1.74% 3,794.5
Canguaretama 2,584.3 4.0 0.15% 218.3 564.8 0.8 0.03% 46.5
TOTAL 18,416.5 168.6 9,271.1 23,566.3 139.5 7,674.7
Caicó 6,057.6 3.5 0.06% 192.2 521.1 0.6 0.01% 34.4
Currais Novos 3,316.8 3.4 0.10% 188.3 501.0 1.0 0.03% 57.4
TOTAL 9,374.3 6.9 380.6 1,022.1 91.9
Mossoró 10,934.1 67.6 0.62% 3,718.5 9,522.4 55.3 0.51% 3,039.3
Açu 4,819.9 0.0 0.00% 0.0 0.0 0.0 0.00% 0.0
Pau dos Ferros 9,264.7 66.1 0.71% 3,638.0 9,360.6 48.6 0.52% 2,671.7
TOTAL 25,018.7 133.8 7,356.5 18,883.0 103.8 5,711.0
Área Territorial 
Oficial IBGE 
(km²)
Área com Relevo Plano e Ondulado Área com Relevo Plano 
Natal
Caicó
Mossoró
TOTAL DO ESTADO
Região 
Intermediária Região Imediata Produção Anual 
de Energia 
(GWh/ano)
9,634.3
0.0
0.0
100.6
9,589.5
119.5
19,444.0
93.4
152.0
245.4
7,769.2
0.0
6,845.2
14,614.4
Área com Relevo Plano 
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 178 12/15/22 23:30
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 179
Região 
Intermediária Quantidade Área Total 
(km²)
Aproveitamento de 10% das 
áreas de lagos e açudes 
(km²)
Percentual da área total 
territorial utilizada em 
relação ao Estado
Capacidade Instalável (MWp) Produção Anual de Energia 
(GWh/ano)
Lagoas 
Monitoradas
3 15.0 1.5 0.003% 82 214Açudes 
Monitorados
51 5575.0 557.5 1.06% 5292 3825
Total 54 5590.0 559.0 1.059% 5374 4039
Tabela 8.12 - Integração solar centralizada somente em lagos e açudes monitorados considerando um aproveitamento de 10% das áreas.
Figura 8.2- Localização dos açudes e lagoas monitorados.
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 179 12/15/22 23:30
3,13% 2%
1,10% 0,36%
3,30% 2,49%
52.809,6 1.504,6 2,85% 82.750,6 213.990,6 1.037,3 1,96% 57.049,2 146.589,8
0,92% 0,76%
0.07% 1.7 0,02%
0,53% 0,42%
52.809,6 309,2 0.59% 17.008,2 43.471,3 245,0 0.46% 13.477,5 34.303,7
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E180
8.2.2. Geração Distribuída
A geração distribuída fotovoltaica no Estado representa um outro 
potencial com grande possibilidade de crescimento e, ao considerar di-
ferentes cenários de ocupação das áreas urbanas, é possível verificar o 
abundante potencial de geração no Estado. Foram analisados o potencial 
de geração distribuída em três cenários: 1) 0,5% do percentual da área 
urbanizada ocupada por GD; 2) 1% do percentual da área urbanizada ocu-
pada por GD e; 3) 5% do percentual da área urbanizada ocupada por GD.
Ao considerar uma área de apenas 0,5% de todas as áreas urbanas 
o potencial de capacidade instalada é mais de 718 MWp o que é o dobro 
do que, hoje em 2022, tem instalado no Estado, neste cenário é possível 
gerar entre 1 a 1,3 TWh de energia que representa quase 20% da ener-
gia consumida no estado em 2019 (5,78 TWh). Em um cenário futuro de 
intensificação do uso de GD, utilizando apenas 5% das áreas urbanas, ou 
seja, para geração distribuída, esse potencial de geração é de 7.182,3 
MWp (produção anual de energia de 13.162,2 GWh), ou seja, o dobro do 
consumo de energia total do Estado em 2019.
A fim de ilustrar o potencial de geração distribuída, foi calculado o 
potencial solar fotovoltaico para cada localização e imóvel público do Es-
tado do RN, considerando um aproveitamento de apenas 10% das áreas 
totais desses imóveis, somente neste cenário hipotético, a produção de 
energia total pode variar entre 234 e 289 GWh/ano o que representaria 
aproximadamente 50% de todo consumo do poder público e iluminação 
pública do Estado, o que totaliza 494 GWh/ano em 2019. Ou seja, o 
cenário de uso intenso de GD nos imóveis públicos pode reduzir o custo 
de energia elétrica do Estado. A partir dos valores calculados para cada 
imóvel, pode ser estabelecida uma estratégia de inserção da GD nos 
imóveis considerando kits de GD com diferentes capacidades instaladas 
bem como imóveis prioritários em que o consumo diurno de energia 
seja elevado.
As Tabelas 8.13, 8.14 e 8.15 dispõem dos dados de áreas aptas 
em km², capacidade instalável em MWp e produção anual de energia em 
GWh/ano, considerando a geração distribuída em três cenários de ocu-
pação por região geográfica definida pelo IBGE (regiões intermediárias e 
imediatas). A Tabela 8.16 apresenta o potencial solar fotovoltaico para os 
imóveis públicos do Estado do RN e a Figura 8.3 apresenta a localização 
dos imóveis públicos pertencentes ao Estado do RN. O apêndice F apre-
senta os dados de dados de geração distribuída por municípios do RN.
GTI10 graus - 0,5% da 
área urbana total (GWh) 
 GTI20 graus - 0,5% da 
área urbana total (GWh)
 GTI45 graus - 0,5% da 
área urbana total (GWh)
Natal 6,312.6 208.8 313.3 588.3 572.7 475.1
Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.7 19.2 28.8 53.3 52.0 43.2
Canguaretama 1,361.8 17.2 25.8 48.7 47.5 39.3
Santa Cruz 2,141.4 10.8 16.2 30.6 29.9 24.8
João Câmara 3,966.8 13.8 20.7 38.1 37.1 30.7
São Paulo do Potengi 2,584.3 10.8 16.2 30.1 29.3 24.4
TOTAL 18,416.5 280.6 420.9 789.2 768.5 637.6
Caicó 6,057.6 22.6 33.8 65.2 63.8 53.4
Currais Novos 3,316.8 16.4 24.6 47.4 46.3 38.6
TOTAL 9,374.3 38.9 58.4 112.6 110.1 92.0
Mossoró 10,934.1 87.4 131.0 242.4 236.1 195.8
Pau dos Ferros 4,819.9 34.5 51.7 102.0 99.9 83.8
Açu 9,264.7 37.5 56.2 104.3 101.7 84.5
TOTAL 25,018.7 159.3 238.9 448.8 437.6 364.0
Produção Anual de Energia 
Região 
Intermediária
Área Territorial 
Oficial IBGE 
(km²)
Área Apta - 0,5% da 
area urbana total (ha)
Capacidade 
Instalável - 0,5% 
da área utbana 
total (MWp)
Região Imediata
Total Geral
Natal
Caicó
Mossoró
Tabela 8.13 – Dados de áreas aptas, capacidade instalável e produção anual de energia para 0,5% da área urbana.
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 GTI10 graus - 1% da 
área urbana total (GWh)
 GTI20 graus - 1% da 
área urbana total (GWh)
 GTI45 graus - 1% da 
área urbana total (GWh)
Natal 6,312.6 417.7 626.5 1,176.5 1,145.4 950.2
Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.7 38.3 57.5 106.7 104.0 86.4
Canguaretama 1,361.8 34.4 51.6 97.5 94.9 78.6
Santa Cruz 2,141.4 21.6 32.3 61.2 59.8 49.7
João Câmara 3,966.8 27.6 41.4 76.2 74.1 61.5
São Paulo do Potengi 2,584.3 21.6 32.4 60.2 58.7 48.7
TOTAL 18,416.5 561.2 841.8 1,578.4 1,536.9 1,275.1
Caicó 6,057.6 45.1 67.7 130.3 127.6 106.8
Currais Novos 3,316.8 32.8 49.2 94.9 92.7 77.2
TOTAL 9,374.3 77.9 116.8 225.2 220.2 184.0
Mossoró 10,934.1 174.7 262.1 484.8 472.1 391.6
Pau dos Ferros 4,819.9 68.9 103.4 204.1 199.8 167.6
Açu 9,264.7 74.9 112.4 208.7 203.4 168.9
TOTAL 25,018.7 318.6 477.9 897.5 875.3 728.1
Produção Anual de Energia 
Área Apta - 1% da 
área urbana total (ha)
Capacidade 
Instalável - 1% da 
área urbana total 
(MWp)
Região 
Intermediária Região Imediata
Área Territorial 
Oficial IBGE 
(km²)
Total Geral
Natal
Caicó
Mossoró
Tabela 8.14 – Dados de áreas aptas, capacidade instalável e produção anual de energia para 1% da área urbana.
Tabela 8.15 – Dados de áreas aptas, capacidade instalável e produção anual de energia para 5% da área urbana.
Tabela 8.16 - Integração solar fotovoltaica distribuída em imóveis públicos do Estado considerando um 
aproveitamento de 10% da área total do imóvel para instalação de projetos GD.
GTI10 graus - 5% da área 
urbana total (GWh)
 GTI20 graus - 5% da 
área urbana total (GWh)
 GTI45 graus - 5% da 
área urbana total (GWh)
Natal 6,312.6 2,088.4 3,132.5 5,882.7 5,727.1 4,750.8
Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.7 191.7 287.5 533.4 519.9 432.2
Canguaretama 1,361.8 172.0 258.0 487.4 474.6 393.2
Santa Cruz 2,141.4 107.8 161.6 306.2 298.8 248.4
João Câmara 3,966.8 138.0 207.0 380.8 370.7 307.3
São Paulo do Potengi 2,584.3 108.1 162.1 301.1 293.4 243.6
TOTAL 18,416.5 2,805.8 4,208.8 7,891.8 7,684.6 6,375.7
Caicó 6,057.6 225.5 338.3 651.6 637.8 534.1
Currais Novos 3,316.8 163.9 245.9 474.3 463.4 386.0
TOTAL 9,374.3 389.5 584.2 1,125.8 1,101.2 920.1
Mossoró 10,934.1 873.6 1,310.3 2,424.0 2,360.6 1,957.8
Pau dos Ferros 4,819.9 344.7 517.0 1,020.3 999.0 837.8
Açu 9,264.7 374.7 562.0 1,043.4 1,016.9 844.6
TOTAL 25,018.7 1,592.9 2,389.3 4,487.6 4,376.4 3,640.3
Total Geral
Área Apta - 5% da 
área urbana total (ha)
Capacidade 
Instalável - 5% da 
área urbana total 
(MWp)
Produção Anual de Energia 
Região 
Intermediária Região Imediata
Área Territorial 
Oficial IBGE 
(km²)
Natal
Caicó
Mossoró
 GTI10 graus 
Melhor Cenário 
(GWh/ano)
 GTI20 graus Típico 
(GWh/ano)
 GTI45 graus Pior 
Cenário 
(GWh/ano)
2217.0 1026.0 10.2 153.0 289.0 282.0 234.0
Total de Imóveis
Produção Anual de Energia
Capacidade 
Instalável (MWp)
Área Apta - 10% 
da area do imóvel 
(ha)
Área Total (ha)
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52.809,6 478,8 718,2 1350,5 1316,2 1.093,6
52.809,6 957,6 1436,5 2701,0 2632,4 2187,2
52.809,6 4.788,2 7.182,3 13.505,2 13.162,2 10.936,1
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E182
Figura 8.3 apresenta a localização dos imóveis públicos pertencentes ao Estado do RN.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como discutido ao longode todo o Atlas, o RN é destaque nacional e 
internacional na produção de energias renováveis e seu potencial é ainda 
maior, como aponta os números apresentados nos resultados.
O Estado do RN possui um potencial para geração de energia foto-
voltaica centralizada muito elevado sem grandes alterações no uso do solo 
do Estado. Com apenas a utilização de áreas aptas para solar e a ocupa-
ção de 0,5% das áreas territoriais do Estado o potencial de geração já é o 
dobro de toda geração de energia elétrica do Estado em 2020 (17,8 TWh) 
(EPE-BEM, 2021).
Esse potencial é ainda mais perceptivo quando apresentado os da-
dos do potencial solar para geração distribuída, que já é uma realidade 
com impacto significativo na vida dos potiguares. Hoje, já são 33.637 usi-
nas instaladas e somam mais de 320 MW de produção de energia.
A apresentação do recurso solar mapeado pode incentivar novos 
desenvolvimentos de projetos fotovoltaicos no Estado, bem como auxiliar 
os órgãos públicos e privados para o direcionamento de políticas públicas 
e investimentos regionais. Além do desenvolvimento de grandes projetos, 
que podem contribuir positivamente para o Estado e sociedade em ge-
ração de empregos e desenvolvimento regional, os potiguares podem se 
beneficiar da economia energética decorrente da implantação de unidades 
de geração distribuída em atendimento a demandas pontuais seja pela 
demanda rural, residencial, comercial ou industrial.
Já o potencial para geração eólica no Estado, mesmo com toda a 
produção atualmente existente, é muito elevado, no qual dispõe de todas 
as condições que favorecem o desenvolvimento da indústria eólica: áreas 
aproveitáveis abrangentes, recurso eólico onshore e offshore excepcionais 
e, no ambiente offshore, o RN dispõe de plataforma continental rasa. 
Em relação ao desenvolvimento de projetos onshore, considerando 
o desenvolvimento do potencial em áreas com velocidade média anual do 
vento acima de 8m/s à 140m, estima-se uma capacidade instalável de 
24,4 GW, o dobro da capacidade instalada atual de ~12GW (ANEEL-SIGA, 
2022), se consideramos ventos à 200 m de altura, o aproveitamento futu-
ro para as áreas aptas com velocidades anuais acima de 8m/s, estima-se 
uma capacidade instalável de 63,9 GW, mais de 5x a capacidade instalada 
e contratada atualmente no Estado. 
Este potencial garante o desenvolvimento e o crescimento da in-
dústria eólica no Estado, principalmente com o avanço tecnológico das 
turbinas eólicas, no qual expande a área de exploração quando conside-
ra ventos em alturas maiores, concomitantemente a repotenciação como 
uma das frentes que podem vir a serem exploradas nas áreas de projetos 
existentes, quando contratos de compra e venda de energia finalizarem, 
essas áreas podem ser submetidas e novos leilões e suas máquinas troca-
das para continuação da geração eólica. Esses fatores são impulsionado-
res para a movimentação da indústria eólica e abertura de novas fábricas 
em território potiguar. 
Ao considerarmos o potencial eólico offshore, o Estado se destaca 
pelo enorme potencial no litoral setentrional, com área de fatores de ca-
pacidade bruto anuais estimadas acima de 65% em meio a uma platafor-
ma continental extensa e rasa. O potencial eólico offshore, somente em 
áreas aptas e com profundidades variando entre -2 a -50 metros, atinge 
50,5 GW ou 231 TWh/ano, se considerarmos ventos a uma altura de 200 
m, representando cerca de ⅓ de toda a energia elétrica brasileira em 2020 
(~651TWh, Fonte: BEN 2021). O desenvolvimento de 25% do potencial 
offshore já representa toda a capacidade instalável em operação e cons-
trução no RN até o ano de 2022~12GW (ANEEL-SIGA, 2022).
Dessa forma, o Estado pode atrair muitos investimentos para a in-
dústria eólica offshore, aliado ao desenvolvimento da infraestrutura logís-
tica, fábricas de turbinas e cadeia de suprimentos, podendo se tornar um 
grande hub de projetos eólicos offshore no Nordeste.
Essa energia renovável abundante pode incentivar o uso de outras 
formas de energia elétrica para aplicações de armazenamento de energia 
e produção do hidrogênio verde. O hidrogênio verde é um vetor energéti-
co estratégico para a descarbonização da economia e aumento da seguri-
dade energética com aplicações que podem alcançar uma diversidade de 
segmentos industriais (química, siderurgia, cimento, entre outros), bem 
como logística/mobilidade desde aplicações em veículos pesados aos de 
passeio. 
O Atlas Eólico e Solar do Rio Grande do Norte irá contribuir para o 
desenvolvimento e direcionamento das melhores áreas para novos inves-
timentos em energia eólica onshore e offshore e energia solar, por meio 
de informações sólidas e integradas a aspectos infraestruturais e socio-
ambientais. Este documento visa dar continuidade ao desenvolvimento e 
incentivo ao uso de energias renováveis, elevando o RN em um patamar 
de liderança no ramo das energias limpas e no caminho para o desenvol-
vimento sustentável.
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ção CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre os proce-
dimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental e no exercício 
da competência, bem como as atividades e empreendimentos sujeitos 
ao licenciamento ambiental. Disponível em: <http://www.mma.gov.br >. 
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Acesso em: nov. de 2022.
[42] BRASIL. Presidência da República. Lei Complementar nº 140, 
de 8 de dezembro de 2011. Fixa normas, para a cooperação entre a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas 
decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das 
paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate 
à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da 
fauna e da flora; e altera a Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dis-
ponível em: < http://www.planalto.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[43] CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE- CONAMA. Resolu-
ção CONAMA nº 462, de 24 de julho de 2014. Estabelece procedimentos 
para o licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de ener-
gia elétrica a partir de fonte eólica em superfície terrestre. Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[44] CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE- CONAMA. Resolu-
ção CONAMA nº 279, de 27 de junho de 2001. Estabelece procedimentos 
para o licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos elétri-
cos com pequeno potencial de impacto ambiental. Disponível em: <http://
www.mma.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[45] CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - CONEMA. Reso-
lução CONEMA nº 04/2006. Estabelece parâmetros e critérios para clas-
sificação, segundo o porte e potencial poluidor/degradador, dos empre-
endimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou ainda 
que, de qualquer forma, possam causar degradação ambiental, para fins 
estritos de enquadramento visando à determinação do preço para análise 
dos processos de licenciamento ambiental. Disponível em: < http://www.
idema.rn.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[46] BRASIL. Presidência da República. Constituição da República 
Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988, Art. 225. Capítulo VI, do 
Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br >. Acesso 
em: nov. de 2022.
[47] BRASIL. Presidência da República. Lei n° 6.938, de 31 de agos-
to de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins 
e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Dis-
ponível em: < http://www.planalto.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[48] BRASIL. Código Florestal Brasileiro. Lei nº 12.651, de 25 de 
maio de 2012 . Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as 
Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 
1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, 
de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida 
Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providên-
cias. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br >. Acesso em: nov. de 
2022.
[49] BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9.605, de 12 de feve-
reiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas 
de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providên-
cias. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br >. Acesso em: nov. de 
2022.
[50] BRASIL. Presidência da República. Lei nº 13.153, de 30 de 
julho de 2015. Institui a Política Nacional de Combate à Desertificação 
e Mitigação dos Efeitos da Seca e seus instrumentos; prevê a criação da 
Comissão Nacional de Combate à Desertificação; e dá outras providên-
cias. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br >. Acesso em: nov. de 
2022.
[51] BRASIL. Presidência da República. Lei Federal nº 9.795, de 27 
de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política 
Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[52] BRASIL. Presidência da República. Lei n° 12.305, de 02 de 
agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a 
Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Dis-
ponível em: < http://www.planalto.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[53] BRASIL. Presidência da República. Lei n° 7.661, de 16 de maio 
de 1988. Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e dá ou-
tras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br >. Acesso 
em: nov. de 2022.
[54] CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE- CONAMA. Reso-
lução CONAMA nº 369, de 28 de março de 2006. Dispõe sobre os casos 
excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto am-
biental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em 
Área de Preservação Permanente-APP. Disponível em: <http://www.mma.
gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[55] CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE- CONAMA. Resolu-
ção CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece o código de cores 
para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de 
coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para 
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a coleta seletiva. Disponível em: <http://www.mma.gov.br >. Acesso em: 
nov. de 2022.
[56] CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE- CONAMA. Reso-
lução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, cri-
térios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. 
Disponível em: <http://www.mma.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[57] CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE- CONAMA. Resolu-
ção CONAMA nº 257/1999 e nº 263/1999. Dispõe sobre o descarte, coleta, 
reutilização, reciclagem e tratamento de pilhas e baterias que contenham 
em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos. Dis-
ponível em: <http://www.mma.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[58] CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE- CONAMA. Reso-
lução CONAMA nº 347, de 10 de setembro de 2004. Dispõe sobre a pro-
teção do patrimônio espeleológico. Disponível em: <http://www.icmbio.
gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[59] Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. 
Instrução normativa n° 001, de 25 de março de 2015. Estabelece proce-
dimentos administrativos a serem observados pelo Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional nos processos de licenciamento ambiental 
dos quais participe. Disponível em: < http://www.portal.iphan.gov.br >. 
Acesso em: nov. de 2022.
[60] RIO GRANDE DO NORTE. Política Estadual do Meio Ambiente. 
Lei Complementar Estadual nº 272, de 03 de março de 2004. Regulamen-
ta os artigos 150 e 154 da Constituição Estadual, revoga as Leis Comple-
mentares Estaduais nº 140, de 26 de janeiro de 1996, e nº 148, de 26 de 
dezembro de 1996, dispõe sobre a Política e o Sistema Estadual do Meio 
Ambiente, as infrações e sanções administrativas ambientais, as unidades 
estaduais de conservação da natureza, institui medidas compensatórias 
ambientais, e dá outras providências. Disponível em: < http://www.ide-
ma.rn.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[61] RIO GRANDE DO NORTE. Lei Complementar Estadual nº 336, 
de 12 de dezembro de 2006. Altera a Lei Complementar Estadual nº 272, 
de 03 de março de 2004 e dá outras providências. Disponível em: < 
http://www.idema.rn.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[62] RIO GRANDE DO NORTE. Lei nº 10.154, de 21 de fevereiro de 
2017. Institui a Política Estadual de Combate e Prevenção à Desertificação 
no Estado do Rio Grande do Norte e fixa outras providências. Disponível 
em: < http://www.idema.rn.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[63] CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - CONEMA. Resolu-
ção CONEMA nº 03/2011. Averbação de Reserva Legal e Projetos de Re-
posição Florestal e dá outras providências. Disponível em: < http://www.
idema.rn.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[64] Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – 
IDEMA. Instrução Normativa IDEMA Nº 1, de 01 de novembro de 2018. 
Regulamenta a Lei Complementar Estadual nº 272, de 03 de março de 
2004, no que dispõe sobre critérios e procedimentos para o Licenciamen-
to Ambiental de Centrais de Geração de Energia Elétrica por Fonte Solar 
Fotovoltaica no Estado do Rio Grande do Norte. Disponível em: < http://
www.idema.rn.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[65] BRASIL. Presidência da República. Decreto Presidencial nº 
10.946, de 25 de janeiro de 2022. Dispõe sobre a cessão de uso de espa-
ços físicos e o aproveitamento dos recursos naturais em águas interiores 
de domínio da União, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e 
na plataforma continental para a geração de energia elétrica a partir de 
empreendimento offshore. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br 
>. Acesso em: nov. de 2022.
[66] Ministério de Minas e Energia – MME. Portaria Normativa nº 52/
GM/MME, de 19 de outubro de 2022. Estabelece as normas e procedimen-
tos complementares relativos à cessão de uso onerosa para exploração de 
central geradora de energia elétrica offshore no regime de produção inde-
pendente de energia ou de autoprodução de energia, de que trata o art. 
5º, inciso I, do Decreto nº 10.946, de 25 de janeiro de 2022. Disponível 
em: < http://www.mme.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[67] Ministério de Minas e Energia – MME. Portaria Interministerial 
MME/MMA nº 3, de 19 de outubro de 2022. Cria o Portal Único para Ges-
tão do Uso de Áreas Offshore para Geração de Energia (PUG-offshore). 
Disponível em: < http://www.mme.gov.br >. Acesso em: nov. de 2022.
[68] BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n° 576, de 
2021. Disciplina a exploração e desenvolvimento da geração de energia a 
partir de fontes de instalação offshore, assim consideradas as localizadas 
em área do Mar Territorial, da Plataforma Continental, da Zona Econômica 
Exclusiva (ZEE) ou de outros corpos de água sob domínio da União. Dis-
ponível em: < https://www.camara.leg.br/>. Acesso em: nov. de 2022. 
 [69] BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei nº 11.247, de 
2018. Dispõe sobre a ampliação das atribuições institucionais relaciona-
das à Política Energética Nacional com o objetivo de promover o desenvol-
vimento da geração de energia elétrica a partir de fonte eólica localizada 
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da geração de energia elétrica a partir de fonte solar fotovoltaica. Dispo-
nível em: < https://www.camara.leg.br/>. Acesso em: nov. de 2022. 
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Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 190 12/15/22 23:30
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CAPÍTULO 06
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CAPÍTULO 08
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[3] EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPE. BEN -Balanço Ener-
gético Nacional 2021. 2021. Disponível em: <https://www.epe.gov.br>. 
Acesso em: out. de 2022. 
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the outlook for 2022-2026. Disponível em: <https://windeurope.org/
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-the-outlook-for-2022-2026>. Acesso em: out. de 2022.
[5] EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – EPE. Plano Nacional de 
Energia - 2050. 2020. Disponível em: <https://www.epe.gov.br>. Acesso 
em: out. de 2022. 
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AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO – ANA. Ca-
tálogo de Metadados da ANA. Disponível em: <https://metadados.snirh.
gov.br/>. Acesso em: out. de 2022. 
AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC. Dados abertos. 
2022. Disponível em: < https://www.gov.br/anac > Acesso em: out. de 
2022. 
 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL. SIGEL - Sis-
tema de Informações Georreferenciadas do Setor Elétrico. Disponível em: 
<sigel.aneel.gov.br/>. Acesso em: jul. de 2022.
AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – ANTAQ. 
Informações Geográficas. 2021. Disponível em: < https://www.gov.br/
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 193
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TÍVEIS – ANP. Dados abertos. 2020. Disponível em: < https://www.gov.
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Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas – CANIE. Down-
load dos Dados do CANIE. Disponível em: < https://www.icmbio.gov.br/
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CENTRO NACIONAL DE PESQUISAS E CONSERVAÇÃO DE AVES SIL-
VESTRES. Pesquisa e monitoramento. Disponível em: https://www.icm-
bio.gov.br/cemave. Acesso em: ago 2021. 
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COMPANHIA DE PESQUISAS EM RECURSOS MINERAIS – CPRM. 
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COPERNICUS SPACE COMPONENT DATA ACCESS. Copernicus DEM. 
Disponível em: < https://spacedata.copernicus.eu/data-offer/missions/
tandem-x>. Acesso em: set. de 2021.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPOR-
TES - DNIT. Malhas rodoviárias federal. Disponível em: http://servicos.
dnit.gov.br/vgeo. Acesso em: mar. de 2021. 
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – EPE. EPE WEBMAP. Disponí-
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GEBCO, B. O. D. C. (2019). The General Bathymetric Chart of the 
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Acesso em: mar. de 2021. 
INFRAESTRUTURA NACIONAL DE DADOS ESPACIAIS - INDE. O Por-
tal Brasileiro de Dados Geoespaciais - SIG BRASIL. Disponível em: <ht-
tps://inde.gov.br/AreaDownload>. Acesso em: abr. de 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Ma-
lha Municipal. 2020. IBGE. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/ge-
ociencias/organizacao-do-territorio/malhas-territoriais>. Acesso em: abr. 
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INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE 
- ICMBio. Portal de dados abertos. Disponível em: <https://www.icmbio.
gov.br/portal/acesso-informacao-dados-abertos>. Acesso em: set. de 2022.
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Ban-
cos de Dados -Patrimônio Arqueológico. Disponível em: <http://portal.
iphan.gov.br/ >. Acesso em: nov. de 2022. 
 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Acer-
vo Fundiário. Disponível em: < https:certificação.incra.gov.br/>. Acesso 
em: nov. de 2022. 
LANDSAT-OLI8. Disponível em: <https://earthexplorer.usgs.gov/>. 
Acesso em: out. de 2022. 
MAPBIOMAS. Projeto MapBiomas -coleção 7.0 da série anual de ma-
pas de cobertura e uso de solo do Brasil. Disponível em: <http://mapbio-
mas.org>. Acesso em: set. de 2021.MARINHA DO BRASIL, DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGA-
ÇÃO – DHN. Cartas Náuticas. Disponível em: <https://www.marinha.mil.
br/chm/dados-do-segnav-cartas-nauticas/cartas-nauticas>. Acesso em: 
mar. de 2022. 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA. 2ª Atualização das Áre-
as Prioritárias para Conservação da Biodiversidade 2018. Disponível em: 
<https://www.mma.gov.br >. Acesso em: nov. 2022. 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA. Download de dados geo-
gráficos. Áreas Especiais. Disponível em: <http://mma.gov.br/ >. Acesso 
em: nov. de 2022. 
SISTEMA DE PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO DO RIO GRANDE DO NOR-
TE – SIPAT. Portal de imóveis do RN. Disponível em: <http://sipat.rn.gov.
br/qgis/index.html#13/-5.7730/-35.2036> Acesso em: out. de 2022.
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E194
APENDICE A - LSTA DE SIGLAS
E UNIDADES
° – Grau
°C – Graus Celsius
ANA – Agência Nacional de Águas
ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural 
e Biocombustíveis
APA – Área de Proteção Ambiental
APCBIO – Áreas Prioritárias para a Conservação 
da Biodiversidade
Art. – Artigo
ARW – Advanced Research WRF
As – Clima Tropical Com Verão Seco
ASAS – Alta Subtropical do Atlântico Sul
a-Si – Silício amorfo
BEM – Teoria do Momento no Elemento da Pá 
(Blade Element Theory)
BR – Rodovia Federal
BSh – Clima Semiárido
CAINE – Cadastro Nacional de Informações 
Espeleológicas
CB – Corrente do Brasil
CdTe – Telureto de cádmio
CE – Ceará
CEC – Commission of the European Communties
CECAV – Centro Nacional de Pesquisa e 
Conservação de Cavernas
CERNE – Centro de Estratégias em Recursos 
Naturais e Energia
CG – Corrente das Guianas
CHESF – Companhia Hidroelétrica do São Francisco
CIGS – Disseleneto de cobre, índio e gálio
CIS – Disseleneto de cobre e índio
CLP – Camada Limite Planetária
CNA – Centro Nacional de Arqueologia
CNB – Corrente Norte do Brasil
CNSA – Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos
CODER – Coordenadoria de Desenvolvimento 
Energético
CODERN – Companhia Docas do Rio Grande do 
Norte
COERE – Comissão Temática de Energias 
Renováveis
CONEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente
COSERN – Companhia Energética do Rio Grande 
do Norte
CPC – Coletores Parabólicos Compostos 
(Compound Parabolic Collector)
CRS – Central Receiver System
CSP – Geração Solar Térmica Concentrada ou 
Heliotérmica (Concentrated Solar Power)
CTGAS-ER – Centro de Tecnologias do Gás e 
Energias Renováveis
D – Domínio
DCEA – Comando da Aeronáutica
DEM – Digital Elevation Model
DHI – Irradiância Difusa Horizontal
DIP – Declarações de Interferências Prévias
Dir – Direção
DNI – Irradiância Normal Direta
DNITGeo – Departamento Nacional de 
Infraestrutura de Transporte
DOE – U.S. Department of Energy
DOL – Distúrbios Ondulatórios de Leste 
E – Leste 
EE – Estação Eólica
EIA – Estudo de Impacto Ambiental
EMA – Estação Meteorológica Automática
EPE – Empresa de Pesquisas Energética
ERA-5 – ECMWF Re-Analysis 5th Generation
ERDA – Energy Research and Development 
Administration
ESA – Agência Espacial Européia
ETC – Coletores Tubo de Vácuo (Evacuated Tube 
Collector)
EVTEA – Estudos de Viabilidade Técnico-
Econômica-Ambiental
FIERN – Federação das Indústrias do Rio Grande 
do Norte
FLONA – Floresta Nacional
FPAR – Fração de Vegetação Verde
FPC – Coletores de Placa Plana (Flat Plate Collectors)
FUNAI – Fundação Nacional do Índio
GCM – Global Climate Model
GD – Geração distribuída
GEBCO – General Bathymetric Chart of the Oceans
GEE – Gases do Efeito Estufa
GHI – Irradiância Global Horizontal
GW – Gigawatt
GWh – Gigawatt hora
GWh/ano – Gigawatt hora por ano
GWp – Gigawatt pico
H – Altura 
hab – Habitantes
ha – Hectare
hab/km² – Habitantes por quilômetro quadrado
HAWT – Aerogerador de Eixo Horizontal 
(Horizontal Axis Wind Turbine)
hPa – Hectopascal
IATA – Associação Internacional de Transportes 
Aéreos (International Air Transport Association)
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente 
e dos Recursos Naturais Renováveis
IBENBRASIL – Iberdrola Empreendimentos do 
Brasil S.A.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICAO – Organização da Aviação Civil International 
(International Civil Aviation Organization)
IDEMA – Instituto de Desenvolvimento 
Sustentável e Meio Ambiente
IEA – International Eneregy Agency
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e 
Reforma Agrária
INMET – Instituto Nacional de Meteorologia
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor 
Amplo
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional
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ISI-ER – Instituto Senai de Inovação em 
Energias Renováveis
kg/m³ - Quilograma por metro cúbico
km – Quilômetro
km² – Quilômetro quadrado
kV – Quilovolt
kW – Quilowatt
kWh/m² – Quilowatt hora por metro quadrado
kWh/m²/dia - Quilowatt hora por metro 
quadrado por dia
LAI – Índice de Área Foliar
LandSat – Land Remote Sensing Satellite
LFR – Refletores Lineares Fresnel (Linear Fresnel 
Reflectors)
LI - Licença de Instalação
LO - Licença de Operação
LP - Licença Prévia
m – Metro
m/s – Metro por segundo
mc-Si – Silício monocristalino
mm – Milímetro
mm mês-¹ – Milímetro por mês
MM5 – Modelo de Mesoescala 5° Geração
MMA – Ministério do Meio Ambiente
MME - Ministério de Minas e Energia
MODIS – Moderate Resolution Imaging 
Spectroradiometer
MW – Megawatt
MW/km² – Megawatt por quilômetro quadrado
MWh – Megawatt hora
MWp – Megawatt pico
MYNN – Mellor-Yamada-Nakanishi-Niino
N – Norte
n° – Número
NAT – Natal
NE – Nordeste 
NEB – Nordeste do Brasil
nm – Nanômetro
NOAH-LSM – Land Surface Model
NREL – National Renewable Energy Laboratory
NS – Norte-Sul
NUC – Núcleo de Unidades de Conservação
NW – Noroeste 
NW – Norte-Oeste
OLI – Operational Land Imager
P&D – Pesquisa e Desenvolvimento
PBL – Planetary boundary Layer
PCH – Pequenas Centrais Hidrelétricas
PD&I – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
PDR – Disco Parabólico ou Prato Parabólico 
(Parabolic Dish Reflector)
PE – Eletrônica de potência (Power Electronics)
PE – Parque Estadual
PEM – Planejamento Espacial Marinho
PL – Projeto de Lei
PN – Parque Nacional
PNM – Parque Natural Municipal
POA – Irradiância no Plano Inclinado
Press – Pressão
PROBA-Vegetation – Project for On-Board 
Autonomy-Vegetation
PROEÓLICA – Programa Emergencial de 
Energias Eólica
PROINFA – Programa de Incentivo às Fontes de 
Energia Elétrica
p-Si – Silício policristalino
PTC – Coletor Cilíndrico-Parabólico (Parabolic 
Trough Concentrators)
RB – Reserva Biológica
RDS – Reserva de Desenvolvimento Sustentável
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental 
RMN – Região Metropolitana de Natal
RN – Rio Grande do Norte
RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural
RRTMG – Rapid Radiative Transfer Model for GCM
s – Segundo 
S – Sul 
SBSG – Aeroporto Internacional Governador 
Aluízio Alves
SCM – Sistemas Convectivos de Mesoescala
SE – Subestação
SEAD – Secretaria de Estado da Administração
SEDEC – Secretaria de Desenvolvimento 
Econômico do Rio Grande do Norte
SEGS – Solar Energy Generating Systems
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem 
Industrial
SIBBr – Sistema de Informação sobre a 
biodiversidade Brasileira
SICG – Sistema Integrado de Conhecimento e 
Gestão
SIGEL – Sistema Integrado de Gestão Educacional
SIN – Sistema Integrado Nacional
SISEMA – Sistema Estatual do Meio Ambiente
SNUC – Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza
SUPAT – Subcoordenadoria de Patrimônio 
Imobiliário
SW – Sudoeste
SWERA – Solar and Wind Energy Resource 
Assessment
T - Período
Temp – Temperatura
TKE – Turbulent Kinetic Energy
TR – Termo de Referência
TSM – Temperatura da Superfície do Mar
TSO – Operadores de Sistemas de Transmissão 
(Transmission System Operators)
TWh – Terawatt hora
TWh/ano – Terawat hora por ano
UC – Unidade de Conservação
UCPI – Unidades de ProteçãoIntegral
UCUS – Unidades de Uso Sustentável
UFVF – Usinas Fotovoltaicas Flutuantes
UHE – Usinas Hidrelétricas
UR – Umidade Relativa
USCG – Levantamento Geológico dos Estados 
Unidos (United States Geological Survey)
UV – Ultravioleta
V – Volt
VAWT – Aerogerador de Eixo Vertical (Vertical 
Axis Wind Turbine)
VCAN – Vórtice Ciclônico de Altos Níveis
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A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E196
Vel – Velocidade 
W – Watt
W/m² – Watt por metro quadrado
W/m²/nm – Watt por metro quadrado por 
nanômetro
WPS – WRF Preprocessing System
WRF – Weather Research and Forecast Model
WSM5 – WRF Single-Moment 5-Class
Z0m – Rugosidade
ZCIT – Zona de Convergência Intertropical
ZCM – Zona Costeira e Marinha
ZEE – zona Econômica Exclusiva
APENDICE B - LISTA DOS EMPREENDIMENTOS ENERGÉTICOS EM OPERAÇÃO DO RN
Nome do Empreendimento 
Fonte/ 
Combustível
Potência 
Outorgada 
(kW)
Município
Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa
Estivas Biomassa 21000.0 Arês
Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra
Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau
Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré
Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré
Angicos I Eólica 25200.0 Macau
Angicos II Eólica 29400.0 Macau
Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré
Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca
Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo
Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra
Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara
Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho
Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara
Aventura II Eólica 21000.0 Touros
Aventura III Eólica 25200.0 Touros
Aventura IV Eólica 29400.0 Touros
Aventura V Eólica 29400.0 Touros
Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra
Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos
Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara
Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos
Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara
Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel
Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel
Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó
Camilo Pontes I (Antiga 
Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes II (Antiga 
Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes III (Antiga 
Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes IV (Antiga 
Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes V (antiga 
Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho
Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara
Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho
Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca
Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca
Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso
Nome do Empreendimento 
Fonte/ 
Combustível
Potência 
Outorgada 
(kW)
Município
Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa
Estivas Biomassa 21000.0 Arês
Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra
Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau
Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré
Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré
Angicos I Eólica 25200.0 Macau
Angicos II Eólica 29400.0 Macau
Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré
Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca
Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo
Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra
Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara
Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho
Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara
Aventura II Eólica 21000.0 Touros
Aventura III Eólica 25200.0 Touros
Aventura IV Eólica 29400.0 Touros
Aventura V Eólica 29400.0 Touros
Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra
Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos
Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara
Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos
Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara
Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel
Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel
Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó
Camilo Pontes I (Antiga 
Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes II (Antiga 
Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes III (Antiga 
Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes IV (Antiga 
Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes V (antiga 
Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho
Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara
Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho
Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca
Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca
Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso
Nome do Empreendimento 
Fonte/ 
Combustível
Potência 
Outorgada 
(kW)
Município
Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa
Estivas Biomassa 21000.0 Arês
Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra
Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau
Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré
Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré
Angicos I Eólica 25200.0 Macau
Angicos II Eólica 29400.0 Macau
Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré
Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca
Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo
Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra
Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara
Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho
Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara
Aventura II Eólica 21000.0 Touros
Aventura III Eólica 25200.0 Touros
Aventura IV Eólica 29400.0 Touros
Aventura V Eólica 29400.0 Touros
Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra
Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos
Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara
Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos
Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara
Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel
Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel
Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó
Camilo Pontes I (Antiga 
Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes II (Antiga 
Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes III (Antiga 
Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes IV (Antiga 
RenascençaIV) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes V (antiga 
Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho
Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara
Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho
Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca
Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca
Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso
Costa Branca Eólica 20700.0 João Câmara
Costa das Dunas Eólica 28400.0 Touros
Cumaru I Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso
Cumaru II Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso
Cumarú III Eólica 42000.0 Pedra Grande
Cumarú IV Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso
Cumarú V Eólica 37800.0 São Miguel do Gostoso
Dreen Boa Vista Eólica 14000.0 Pedra Grande
Dreen Cutia Eólica 23100.0 Pedra Grande
Dreen Guajiru Eólica 21000.0 Pedra Grande, São 
Bento do Norte
Dreen Olho D Água Eólica 30000.0 São Bento do Norte
Dreen São Bento do Norte Eólica 30000.0 São Bento do Norte
Esperança do Nordeste Eólica 27300.0 São Bento do Norte
Eurus I Eólica 30000.0 João Câmara
Eurus II Eólica 30000.0 João Câmara
Eurus III Eólica 30000.0 João Câmara
Eurus IV Eólica 27000.0 Parazinho
Eurus VI Eólica 8000.0 Parazinho
Farol Eólica 20000.0 São Bento do Norte
Farol de Touros Eólica 24850.0 Touros
Figueira Branca Eólica 10650.0 Touros
Filgueira I Eólica 39050.0 Areia Branca
Filgueira II Eólica 28400.0 Areia Branca
Gameleira Eólica 17750.0 Touros
GE Jangada Eólica 27300.0 São Bento do Norte
GE Maria Helena Eólica 27300.0 São Bento do Norte
Jandaira I Eólica 10395.0 Jandaíra
Jandaira II Eólica 24255.0 Jandaíra
Jandaíra III Eólica 27720.0 Jandaíra
Jandaíra IV Eólica 27720.0 Jandaíra
Jericó Eólica 32900.0 Jandaíra
Junco I Eólica 24000.0 Serra do Mel
Junco II Eólica 24000.0 Serra do Mel
Juremas Eólica 16100.0 João Câmara
Lanchinha Eólica 28000.0 Tenente Laurentino 
Cruz
Macacos Eólica 20700.0 João Câmara
Macambira I Eólica 18000.0 Santana do Matos
Macambira II Eólica 18000.0 Lagoa Nova
Macau Eólica 1800.0 Macau
Mangue Seco 1 Eólica 26000.0 Guamaré
Mangue Seco 2 Eólica 26000.0 Guamaré
Mangue Seco 3 Eólica 26000.0 Guamaré
Mangue Seco 5 Eólica 26000.0 Guamaré
Mar e Terra Eólica 23100.0 Areia Branca
Mel 02 Eólica 20000.0 Areia Branca
Miassaba 3 Eólica 68470.0 Macau
Miassaba II Eólica 14400.0 Guamaré
Modelo I Eólica 30550.0 João Câmara
Modelo II Eólica 25850.0 João Câmara
Morro dos Ventos I Eólica 28800.0 João Câmara
Morro dos Ventos II Eólica 29160.0 João Câmara
Morro dos Ventos III Eólica 28800.0 João Câmara
Morro dos Ventos IV Eólica 28800.0 João Câmara
Morro dos Ventos IX Eólica 30000.0 João Câmara
Morro dos Ventos VI Eólica 28800.0 João Câmara
Paraíso dos Ventos do 
Nordeste Eólica 27300.0 São Bento do Norte
Pedra Preta Eólica 20700.0 João Câmara
Pedra Rajada Eólica 20000.0 Cerro Corá
Pedra Rajada II Eólica 20000.0 Cerro Corá
Pelado Eólica 20000.0 Bodó
Potiguar Eólica 27300.0 São Bento do Norte
Potiguar B 31 Eólica 45045.0 Serra do Mel
Potiguar B 32 Eólica 48510.0 Serra do Mel
Potiguar B 33 Eólica 58905.0 Serra do Mel
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 196 12/15/22 23:30
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 197
Nome do Empreendimento 
Fonte/ 
Combustível
Potência 
Outorgada 
(kW)
Município
Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa
Estivas Biomassa 21000.0 Arês
Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra
Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau
Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré
Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré
Angicos I Eólica 25200.0 Macau
Angicos II Eólica 29400.0 Macau
Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré
Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca
Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo
Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra
Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara
Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho
Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara
Aventura II Eólica 21000.0 Touros
Aventura III Eólica 25200.0 Touros
Aventura IV Eólica 29400.0 Touros
Aventura V Eólica 29400.0 Touros
Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra
Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos
Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara
Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos
Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara
Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel
Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel
Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó
Camilo Pontes I (Antiga 
Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes II (Antiga 
Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes III (Antiga 
Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes IV (Antiga 
Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes V (antiga 
Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho
Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara
Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho
Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca
Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca
Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso
Nome do Empreendimento 
Fonte/ 
Combustível
Potência 
Outorgada 
(kW)
Município
Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa
Estivas Biomassa 21000.0 Arês
Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra
Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau
Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré
Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré
Angicos I Eólica 25200.0 Macau
Angicos II Eólica 29400.0 Macau
Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré
Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca
Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo
Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra
Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara
Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho
Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara
Aventura II Eólica 21000.0 Touros
Aventura III Eólica 25200.0 Touros
Aventura IV Eólica 29400.0 Touros
Aventura V Eólica 29400.0 Touros
Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra
Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos
Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara
Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos
Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara
Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel
Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel
Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó
Camilo Pontes I (Antiga 
Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes II (Antiga 
Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes III (Antiga 
Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes IV (Antiga 
Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes V (antiga 
Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho
Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara
Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 JoãoCâmara
Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho
Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca
Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca
Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso
Costa Branca Eólica 20700.0 João Câmara
Costa das Dunas Eólica 28400.0 Touros
Cumaru I Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso
Cumaru II Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso
Cumarú III Eólica 42000.0 Pedra Grande
Cumarú IV Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso
Cumarú V Eólica 37800.0 São Miguel do Gostoso
Dreen Boa Vista Eólica 14000.0 Pedra Grande
Dreen Cutia Eólica 23100.0 Pedra Grande
Dreen Guajiru Eólica 21000.0 Pedra Grande, São 
Bento do Norte
Dreen Olho D Água Eólica 30000.0 São Bento do Norte
Dreen São Bento do Norte Eólica 30000.0 São Bento do Norte
Esperança do Nordeste Eólica 27300.0 São Bento do Norte
Eurus I Eólica 30000.0 João Câmara
Eurus II Eólica 30000.0 João Câmara
Eurus III Eólica 30000.0 João Câmara
Eurus IV Eólica 27000.0 Parazinho
Eurus VI Eólica 8000.0 Parazinho
Farol Eólica 20000.0 São Bento do Norte
Farol de Touros Eólica 24850.0 Touros
Figueira Branca Eólica 10650.0 Touros
Filgueira I Eólica 39050.0 Areia Branca
Filgueira II Eólica 28400.0 Areia Branca
Gameleira Eólica 17750.0 Touros
GE Jangada Eólica 27300.0 São Bento do Norte
GE Maria Helena Eólica 27300.0 São Bento do Norte
Jandaira I Eólica 10395.0 Jandaíra
Jandaira II Eólica 24255.0 Jandaíra
Jandaíra III Eólica 27720.0 Jandaíra
Jandaíra IV Eólica 27720.0 Jandaíra
Jericó Eólica 32900.0 Jandaíra
Junco I Eólica 24000.0 Serra do Mel
Junco II Eólica 24000.0 Serra do Mel
Juremas Eólica 16100.0 João Câmara
Lanchinha Eólica 28000.0 Tenente Laurentino 
Cruz
Macacos Eólica 20700.0 João Câmara
Macambira I Eólica 18000.0 Santana do Matos
Macambira II Eólica 18000.0 Lagoa Nova
Macau Eólica 1800.0 Macau
Mangue Seco 1 Eólica 26000.0 Guamaré
Mangue Seco 2 Eólica 26000.0 Guamaré
Mangue Seco 3 Eólica 26000.0 Guamaré
Mangue Seco 5 Eólica 26000.0 Guamaré
Mar e Terra Eólica 23100.0 Areia Branca
Mel 02 Eólica 20000.0 Areia Branca
Miassaba 3 Eólica 68470.0 Macau
Miassaba II Eólica 14400.0 Guamaré
Modelo I Eólica 30550.0 João Câmara
Modelo II Eólica 25850.0 João Câmara
Morro dos Ventos I Eólica 28800.0 João Câmara
Morro dos Ventos II Eólica 29160.0 João Câmara
Morro dos Ventos III Eólica 28800.0 João Câmara
Morro dos Ventos IV Eólica 28800.0 João Câmara
Morro dos Ventos IX Eólica 30000.0 João Câmara
Morro dos Ventos VI Eólica 28800.0 João Câmara
Paraíso dos Ventos do 
Nordeste Eólica 27300.0 São Bento do Norte
Pedra Preta Eólica 20700.0 João Câmara
Pedra Rajada Eólica 20000.0 Cerro Corá
Pedra Rajada II Eólica 20000.0 Cerro Corá
Pelado Eólica 20000.0 Bodó
Potiguar Eólica 27300.0 São Bento do Norte
Potiguar B 31 Eólica 45045.0 Serra do Mel
Potiguar B 32 Eólica 48510.0 Serra do Mel
Potiguar B 33 Eólica 58905.0 Serra do Mel
Reduto Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso
Rei dos Ventos 1 Eólica 58450.0 Galinhos
Rei dos Ventos 3 Eólica 60120.0 Galinhos
Renascença V Eólica 30000.0 Parazinho
Riachão I Eólica 29700.0 Ceará-Mirim
Riachão II Eólica 27000.0 Ceará-Mirim
Riachão IV Eólica 29700.0 Ceará-Mirim
Riachão VI Eólica 29700.0 Ceará-Mirim
Riachão VII Eólica 29700.0 Ceará-Mirim
RN 15 - Rio do Fogo Eólica 49300.0 Rio do Fogo
Santa Clara I Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Clara II Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Clara III Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Clara IV Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Clara V Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Clara VI Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Helena Eólica 29700.0 João Câmara
Santa Mônica Eólica 29400.0 Touros
Santa Rosa e Mundo Novo I Eólica 33600.0 São Tomé
Santa Rosa e Mundo Novo II Eólica 29400.0 São Tomé
Santa Rosa e Mundo Novo III Eólica 33600.0 Lajes
Santa Rosa e Mundo Novo IV Eólica 33600.0 Cerro Corá
Santa Rosa e Mundo Novo V Eólica 25200.0 São Tomé
Santa Úrsula Eólica 27300.0 Touros
Santana I Eólica 30000.0 Bodó
Santana II Eólica 24000.0 Lagoa Nova
Santo Cristo Eólica 27465.0 Touros
São Bento do Norte I Eólica 23100.0 São Bento do Norte
São Bento do Norte II Eólica 23100.0 São Bento do Norte
São Bento do Norte III Eólica 23100.0 São Bento do Norte
São Domingos Eólica 25200.0 São Miguel do Gostoso
São Fernando 1 Eólica 76230.0 São Bento do Norte
São Fernando 2 Eólica 72765.0 São Bento do Norte
São Fernando 3 Eólica 24255.0 São Bento do Norte
São Fernando 4 Eólica 83160.0 São Bento do Norte
São João Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso
São Miguel I Eólica 21000.0 São Bento do Norte
São Miguel II Eólica 21000.0 São Bento do Norte
São Miguel III Eólica 21000.0 São Bento do Norte
Serra de Santana I Eólica 20000.0 Lagoa Nova
Serra de Santana II Eólica 30000.0 Lagoa Nova
Serra de Santana III Eólica 30000.0 Bodó
SM Eólica 29700.0 João Câmara
Terra Santa I Eólica 60350.0 Caiçara do Norte
Terra Santa II Eólica 31950.0 Caiçara do Norte
Terral Eólica 30000.0 Areia Branca
Toda Energia do Brasil Eólica 27720.0 Areia Branca
Umbuzeiros Eólica 32900.0 Jandaíra
União dos Ventos 1 Eólica 22400.0 Pedra Grande
União dos Ventos 10 Eólica 14400.0 Pedra Grande
União dos Ventos 12 Eólica 25200.0 Pedra Grande
União dos Ventos 13 Eólica 18900.0 Pedra Grande
União dos Ventos 14 Eólica 21000.0 Pedra Grande
União dos Ventos 15 Eólica 31500.0 São Miguel do Gostoso
União dos Ventos 16 Eólica 28875.0 São Miguel do Gostoso
União dos Ventos 2 Eólica 22400.0 Pedra Grande
União dos Ventos 3 Eólica 22400.0 Pedra Grande
União dos Ventos 4 Eólica 11200.0 Pedra Grande
União dos Ventos 5 Eólica 24000.0 São Miguel do Gostoso
União dos Ventos 6 Eólica 12800.0 São Miguel do Gostoso
União dos Ventos 7 Eólica 14400.0 São Miguel do Gostoso
União dos Ventos 8 Eólica 14400.0 Pedra Grande
União dos Ventos 9 Eólica 11200.0 Pedra Grande
Ventos de Santa Martina 01 Eólica 63000.0 Caiçara do Rio do Vento
Ventos de Santa Martina 09 Eólica 63000.0 Riachuelo, Ruy Barbosa
Ventos de Santa Martina 10 Eólica 63000.0 Ruy Barbosa
Ventos de Santa Martina 11 Eólica 63000.0 Riachuelo
Reduto Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso
Rei dos Ventos 1 Eólica 58450.0 Galinhos
Rei dos Ventos 3 Eólica 60120.0 Galinhos
Renascença V Eólica 30000.0 Parazinho
Riachão I Eólica 29700.0 Ceará-Mirim
Riachão II Eólica 27000.0 Ceará-Mirim
Riachão IV Eólica 29700.0 Ceará-Mirim
Riachão VI Eólica 29700.0 Ceará-Mirim
Riachão VII Eólica 29700.0 Ceará-Mirim
RN 15 - Rio do Fogo Eólica 49300.0 Rio do Fogo
Santa Clara I Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Clara II Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Clara III Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Clara IV Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Clara V Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Clara VI Eólica 30000.0 Parazinho
Santa Helena Eólica 29700.0 João Câmara
Santa Mônica Eólica 29400.0 Touros
Santa Rosa e Mundo Novo I Eólica 33600.0 São Tomé
Santa Rosa e Mundo Novo II Eólica 29400.0 São Tomé
Santa Rosa e Mundo Novo III Eólica 33600.0 Lajes
Santa Rosa e Mundo Novo IV Eólica 33600.0 Cerro Corá
Santa Rosa e Mundo Novo V Eólica 25200.0 São Tomé
Santa Úrsula Eólica 27300.0 Touros
Santana I Eólica 30000.0 Bodó
Santana II Eólica 24000.0 Lagoa Nova
Santo Cristo Eólica 27465.0 Touros
São Bento do Norte I Eólica 23100.0 São Bento do Norte
São Bento do Norte II Eólica 23100.0 São Bento do Norte
São Bento do Norte III Eólica 23100.0 São Bento do Norte
São Domingos Eólica 25200.0 São Miguel do Gostoso
São Fernando 1 Eólica 76230.0 São Bento do Norte
São Fernando 2 Eólica 72765.0 São Bento do Norte
São Fernando 3 Eólica 24255.0 São Bento do Norte
São Fernando 4 Eólica 83160.0 São Bento do Norte
São João Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso
São Miguel I Eólica 21000.0 São Bento do Norte
São Miguel II Eólica 21000.0 São Bento do Norte
São Miguel III Eólica 21000.0 São Bento do Norte
Serra de Santana I Eólica 20000.0 Lagoa Nova
Serra de Santana II Eólica 30000.0 Lagoa Nova
Serra de Santana III Eólica 30000.0 Bodó
SM Eólica 29700.0 João Câmara
Terra Santa I Eólica 60350.0 Caiçara do Norte
Terra Santa II Eólica 31950.0 Caiçara do Norte
Terral Eólica 30000.0 Areia Branca
Toda Energia do Brasil Eólica 27720.0 Areia Branca
Umbuzeiros Eólica 32900.0 Jandaíra
União dos Ventos 1 Eólica 22400.0 Pedra Grande
União dos Ventos 10 Eólica 14400.0Pedra Grande
União dos Ventos 12 Eólica 25200.0 Pedra Grande
União dos Ventos 13 Eólica 18900.0 Pedra Grande
União dos Ventos 14 Eólica 21000.0 Pedra Grande
União dos Ventos 15 Eólica 31500.0 São Miguel do Gostoso
União dos Ventos 16 Eólica 28875.0 São Miguel do Gostoso
União dos Ventos 2 Eólica 22400.0 Pedra Grande
União dos Ventos 3 Eólica 22400.0 Pedra Grande
União dos Ventos 4 Eólica 11200.0 Pedra Grande
União dos Ventos 5 Eólica 24000.0 São Miguel do Gostoso
União dos Ventos 6 Eólica 12800.0 São Miguel do Gostoso
União dos Ventos 7 Eólica 14400.0 São Miguel do Gostoso
União dos Ventos 8 Eólica 14400.0 Pedra Grande
União dos Ventos 9 Eólica 11200.0 Pedra Grande
Ventos de Santa Martina 01 Eólica 63000.0 Caiçara do Rio do Vento
Ventos de Santa Martina 09 Eólica 63000.0 Riachuelo, Ruy Barbosa
Ventos de Santa Martina 10 Eólica 63000.0 Ruy Barbosa
Ventos de Santa Martina 11 Eólica 63000.0 Riachuelo
Ventos de Santa Martina 12 Eólica 63000.0 Bento Fernandes, 
Riachuelo
Ventos de Santa Martina 13 Eólica 67200.0 Bento Fernandes, 
Riachuelo
Ventos de Santa Martina 14 Eólica 63000.0 Caiçara do Rio do Vento, 
Riachuelo
Ventos de Santo Dimas Eólica 29400.0 São Miguel do Gostoso
Ventos de Santo Uriel Eólica 16200.0 João Câmara
Ventos de São Benedito Eólica 29400.0 São Miguel do Gostoso
Ventos de São Januário 23 Eólica 58800.0 Ruy Barbosa
Ventos de São Martinho Eólica 14700.0 Touros
Ventos de Vila Acre II Eólica 31185.0 Serra do Mel
Ventos de Vila Ceará I 
(Antiga Vila Paraíba I) Eólica 31185.0 Serra do Mel
Ventos de Vila Ceará II Eólica 31185.0 Serra do Mel
Ventos de Vila Mato Grosso I 
(Antiga Vila Alagoas III)
Eólica 58905.0 Serra do Mel
Ventos de Vila Paraíba I 
(Antiga Vila Paraíba III)
Eólica 34650.0 Serra do Mel
Ventos de Vila Paraíba II 
(Antiga Vila Paraíba II)
Eólica 34650.0 Serra do Mel
Vila Acre I Eólica 27300.0 Serra do Mel
Vila Alagoas II Eólica 21000.0 Serra do Mel
Vila Amazonas V Eólica 24000.0 Serra do Mel
Vila Ceará I Eólica 31950.0 Serra do Mel
Vila Espírito Santo I (Antiga 
Potiguar B21) Eólica 33600.0 Serra do Mel
Vila Espírito Santo II (Antiga 
Potiguar B22) Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Espírito Santo III 
(Antiga Potiguar B23) Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Espírito Santo IV (Antiga 
Potiguar B24) Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Espírito Santo V (Antiga 
Potiguar B25) Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Maranhão I Eólica 31950.0 Serra do Mel
Vila Maranhão II Eólica 31950.0 Serra do Mel
Vila Maranhão III Eólica 31950.0 Serra do Mel
Vila Pará I Eólica 27000.0 Serra do Mel
Vila Pará II Eólica 24000.0 Serra do Mel
Vila Pará III Eólica 24000.0 Serra do Mel
Vila Piauí I Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Piauí II Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Piauí III Eólica 42000.0 Serra do Mel
Vila Rio Grande do Norte I Eólica 25200.0 Serra do Mel
Vila Rio Grande do Norte II Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Sergipe I Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Sergipe II Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Sergipe III Eólica 16800.0 Serra do Mel
Aeroporto Internacional 
Augusto Severo - CUT Fóssil 720.0 Parnamirim
Aeroporto Internacional 
Augusto Severo - SCI Fóssil 32.0 Parnamirim
Aeroporto Internacional 
Augusto Severo - Sub-
Fóssil 64.0 Parnamirim
Alesat Combustíveis Fóssil 365.0 Guamaré
Atacadão SA Mossoró Fóssil 720.0 Mossoró
Atacadão SA Natal Fóssil 720.0 Natal
Contur Fóssil 134.0 Santa Maria
Extra Parnamirim Fóssil 800.0 Parnamirim
Hotel Vila do Mar Fóssil 538.2 Natal
Laminor Fóssil 500.0 Parnamirim
Macaíba (Antiga Termo 
Toalia) Fóssil 5680.0 Macaíba
MARE CIMENTO Fóssil 400.0 Baraúna
NATAL - 1 Fóssil 349.6 Natal
Natal Shopping Center Fóssil 636.0 Natal
Nordestão 01 Fóssil 400.0 Natal
Nordestão 02 Fóssil 400.0 Natal
Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 197 12/15/22 23:30
A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E198
Nome do Empreendimento 
Fonte/ 
Combustível
Potência 
Outorgada 
(kW)
Município
Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa
Estivas Biomassa 21000.0 Arês
Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra
Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau
Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré
Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré
Angicos I Eólica 25200.0 Macau
Angicos II Eólica 29400.0 Macau
Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré
Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca
Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo
Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra
Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara
Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho
Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara
Aventura II Eólica 21000.0 Touros
Aventura III Eólica 25200.0 Touros
Aventura IV Eólica 29400.0 Touros
Aventura V Eólica 29400.0 Touros
Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra
Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos
Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara
Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos
Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara
Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel
Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel
Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó
Camilo Pontes I (Antiga 
Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes II (Antiga 
Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes III (Antiga 
Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes IV (Antiga 
Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes V (antiga 
Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho
Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara
Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho
Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca
Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca
Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso
Nome do Empreendimento 
Fonte/ 
Combustível
Potência 
Outorgada 
(kW)
Município
Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa
Estivas Biomassa 21000.0 Arês
Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau
Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra
Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau
Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré
Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré
Angicos I Eólica 25200.0 Macau
Angicos II Eólica 29400.0 Macau
Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré
Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca
Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo
Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra
Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho
Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara
Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho
Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho
Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara
Aventura II Eólica 21000.0 Touros
Aventura III Eólica 25200.0 Touros
Aventura IV Eólica 29400.0 Touros
Aventura V Eólica 29400.0 Touros
Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra
Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra
Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos
Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara
Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara
Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara
Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos
Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara
Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel
Caiçara II Eólica 18000.0 Serra doMel
Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó
Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó
Camilo Pontes I (Antiga 
Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes II (Antiga 
Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes III (Antiga 
Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes IV (Antiga 
Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho
Camilo Pontes V (antiga 
Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho
Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara
Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara
Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho
Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca
Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca
Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso
Ventos de Santa Martina 12 Eólica 63000.0 Bento Fernandes, 
Riachuelo
Ventos de Santa Martina 13 Eólica 67200.0 Bento Fernandes, 
Riachuelo
Ventos de Santa Martina 14 Eólica 63000.0 Caiçara do Rio do Vento, 
Riachuelo
Ventos de Santo Dimas Eólica 29400.0 São Miguel do Gostoso
Ventos de Santo Uriel Eólica 16200.0 João Câmara
Ventos de São Benedito Eólica 29400.0 São Miguel do Gostoso
Ventos de São Januário 23 Eólica 58800.0 Ruy Barbosa
Ventos de São Martinho Eólica 14700.0 Touros
Ventos de Vila Acre II Eólica 31185.0 Serra do Mel
Ventos de Vila Ceará I 
(Antiga Vila Paraíba I) Eólica 31185.0 Serra do Mel
Ventos de Vila Ceará II Eólica 31185.0 Serra do Mel
Ventos de Vila Mato Grosso I 
(Antiga Vila Alagoas III)
Eólica 58905.0 Serra do Mel
Ventos de Vila Paraíba I 
(Antiga Vila Paraíba III)
Eólica 34650.0 Serra do Mel
Ventos de Vila Paraíba II 
(Antiga Vila Paraíba II)
Eólica 34650.0 Serra do Mel
Vila Acre I Eólica 27300.0 Serra do Mel
Vila Alagoas II Eólica 21000.0 Serra do Mel
Vila Amazonas V Eólica 24000.0 Serra do Mel
Vila Ceará I Eólica 31950.0 Serra do Mel
Vila Espírito Santo I (Antiga 
Potiguar B21) Eólica 33600.0 Serra do Mel
Vila Espírito Santo II (Antiga 
Potiguar B22) Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Espírito Santo III 
(Antiga Potiguar B23) Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Espírito Santo IV (Antiga 
Potiguar B24) Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Espírito Santo V (Antiga 
Potiguar B25) Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Maranhão I Eólica 31950.0 Serra do Mel
Vila Maranhão II Eólica 31950.0 Serra do Mel
Vila Maranhão III Eólica 31950.0 Serra do Mel
Vila Pará I Eólica 27000.0 Serra do Mel
Vila Pará II Eólica 24000.0 Serra do Mel
Vila Pará III Eólica 24000.0 Serra do Mel
Vila Piauí I Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Piauí II Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Piauí III Eólica 42000.0 Serra do Mel
Vila Rio Grande do Norte I Eólica 25200.0 Serra do Mel
Vila Rio Grande do Norte II Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Sergipe I Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Sergipe II Eólica 37800.0 Serra do Mel
Vila Sergipe III Eólica 16800.0 Serra do Mel
Aeroporto Internacional 
Augusto Severo - CUT Fóssil 720.0 Parnamirim
Aeroporto Internacional 
Augusto Severo - SCI Fóssil 32.0 Parnamirim
Aeroporto Internacional 
Augusto Severo - Sub-
Fóssil 64.0 Parnamirim
Alesat Combustíveis Fóssil 365.0 Guamaré
Atacadão SA Mossoró Fóssil 720.0 Mossoró
Atacadão SA Natal Fóssil 720.0 Natal
Contur Fóssil 134.0 Santa Maria
Extra Parnamirim Fóssil 800.0 Parnamirim
Hotel Vila do Mar Fóssil 538.2 Natal
Laminor Fóssil 500.0 Parnamirim
Macaíba (Antiga Termo 
Toalia) Fóssil 5680.0 Macaíba
MARE CIMENTO Fóssil 400.0 Baraúna
NATAL - 1 Fóssil 349.6 Natal
Natal Shopping Center Fóssil 636.0 Natal
Nordestão 01 Fóssil 400.0 Natal
Nordestão 02 Fóssil 400.0 Natal
Nordestão 03 Fóssil 1360.0 Natal
Nordestão 04 Fóssil 960.0 Natal
Nordestão 05 Fóssil 800.0 Natal
Nordestão 06 Fóssil 560.0 Natal
Nordestão 07 Fóssil 1080.0 Natal
Nordestão Central Fóssil 760.0 Parnamirim
Nordestão Nova Parnamirim Fóssil 1200.0 Parnamirim
Nordestão Superfacil Fóssil 1120.0 Parnamirim
NTL-JU Fóssil 640.0 Natal
Pct Areal Fóssil 250.0 Macau
Pct Itaipava Fóssil 1200.0 Macau
Pct Petrópolis Fóssil 3500.0 Macau
Potiguar Fóssil 53120.0 Macaíba
Potiguar III Fóssil 66400.0 Macaíba
Praiamar Fóssil 113.0 Natal
Vale do Açú (Antiga Jesus 
Soares Pereira) Fóssil 322967.2 Alto do Rodrigues
Walmart Santa Maria Fóssil 1000.0 Santa Maria
Armando Ribeiro Hídrica 4700.0 Açu
Assú V Solar 34000.0 Açu
Ferreira Costa Natal Solar 700.0 Natal
Filial Polpa De Frutas Solar 168.0 Macaíba
Floresta I Solar 32000.0 Areia Branca
Floresta II Solar 32000.0 Areia Branca
Floresta III Solar 22000.0 Areia Branca
Francisca das Chagas da 
Silva Solar 82.0 Ceará-Mirim
Industrias Becker I Solar 419.3 São José de Mipibu
Juliano Carvalho Dantas Solar 5.0 Natal
Oca Do Açaí I Solar 480.0 São José de Mipibu
Serra do Mel I Solar 137480.0 Serra do Mel
Serra do Mel II Solar 103110.0 Serra do Mel
Solar Alto do Rodrigues Solar 1100.0 Alto do Rodrigues
Ster Bom Filial Casquinho Solar 553.0 Macaíba
Sterbom Matriz Solar 360.0 Parnamirim
Supermercado Nordestão 
Ponta Negra Solar 400.0 Natal
Supermercado Nordestão 
Superfacil Rodoviaria Solar 960.0 Natal
APENDICE C - EÓLICA ONSHORE - ÁREAS APTAS, CAPACIDADE INSTALÁVEL E PRODUÇÃO ANUAL
DE ENERGIA POR MUNICÍPIO DO RN
> 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s
Acari 120.6 13.2 7.0 203.7 30.1
Açu 48.4 0.0 0.0 126.8 6.6
Afonso Bezerra 391.0 68.4 0.1 429.0 238.7
Água Nova 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Alexandria 0.5 0.2 0.1 0.9 0.2
Almino Afonso 0.2 0.0 0.0 0.2 0.0
Alto do Rodrigues 88.3 4.7 0.0 126.6 40.6
Angicos 284.7 82.3 16.5 357.6 140.7
Antônio Martins 6.0 0.8 0.3 8.6 1.2
Apodi 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Areia Branca 90.7 90.7 84.0 90.7 90.7
Arês 4.9 0.0 0.0 26.6 2.4
Augusto Severo 13.4 1.4 0.6 13.4 1.6
Baía Formosa 53.7 0.0 0.0 137.8 11.1
Baraúna 9.1 0.0 0.0 70.2 0.0
Barcelona 59.3 2.5 0.6 100.9 26.8
Bento Fernandes 239.9 55.9 4.9 244.4 172.9
Bodó 63.6 61.4 52.6 63.9 63.5
Bom Jesus 96.8 3.1 0.0 98.2 80.8
Brejinho 5.2 0.0 0.0 40.4 0.1
Caiçara do Norte 155.2 153.7 1.6 155.2 155.2
Caiçara do Rio do Vento 82.4 74.5 28.0 84.6 79.7
Caicó 140.0 47.9 11.8 171.0 68.8
Campo Redondo 96.7 46.4 10.4 112.2 80.3
Canguaretama 5.6 0.7 0.0 87.8 2.0
Caraúbas 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Carnaúba dos Dantas 63.8 28.5 9.0 74.4 46.8
Carnaubais 32.2 0.0 0.0 135.7 10.3
Ceará-Mirim 317.9 105.1 1.8 422.6 228.2
Cerro Corá 82.9 64.6 39.6 98.1 70.7
Coronel Ezequiel 52.1 33.9 12.6 58.5 47.0
Coronel João Pessoa 0.4 0.2 0.0 0.4 0.1
Cruzeta 3.8 2.0 1.1 6.0 2.5
Currais Novos 190.3 108.0 27.8 237.6 151.0
Doutor Severiano 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Encanto 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Equador 59.4 15.5 3.4 78.9 43.6
Espírito Santo 1.3 0.0 0.0 38.2 0.1
Extremoz 53.3 22.2 1.6 55.2 49.7
Felipe Guerra 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Fernando Pedroza 142.4 101.3 28.7 170.2 122.3
Florânia 174.0 93.1 32.2 209.3 115.2
Francisco Dantas 1.8 1.5 0.5 1.9 1.5
Frutuoso Gomes 0.1 0.0 0.0 0.2 0.0
Galinhos 207.4 82.4 0.1 207.4 207.3
Goianinha 1.1 0.0 0.0 45.6 0.0
Governador Dix-Sept Rosado 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Grossos 59.5 16.5 0.8 59.5 56.1
Guamaré 92.3 0.5 0.0 93.5 57.8
Ielmo Marinho 123.2 0.0 0.0 229.6 14.6
Ipanguaçu 8.4 0.0 0.0 43.7 0.0
Ipueira 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Itajá 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Itaú 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Jaçanã 34.8 31.7 15.9 35.8 34.2
Jandaíra 219.9 218.0 75.8 219.9 219.9
Janduís 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Januário Cicco 133.4 1.1 0.0 149.2 69.8
Japi 88.7 45.3 7.5 104.5 81.4
Jardim de Angicos 170.9 73.7 1.7 170.9 168.3
Jardim de Piranhas 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Jardim do Seridó 131.4 1.3 0.0 168.2 23.2
Município
Área Apta (km²)
100 m 120 m
> 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s
8.4 285.4 78.6 10.1 372.2 240.2 30.5
0.0 264.7 61.6 0.0 528.7 284.4 86.6
6.2 451.8 357.3 52.8 456.6 450.3 277.2
0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
0.1 1.5 0.2 0.1 11.8 0.2 0.1
0.0 0.2 0.0 0.0 0.4 0.0 0.0
0.0 135.5 87.0 4.3 136.0 135.6 88.8
52.2 435.9 214.9 82.0 554.1 350.0 150.2
0.3 11.7 1.8 0.3 24.0 3.1 0.3
0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
90.1 90.7 90.7 90.7 90.7 90.7 90.7
0.0 55.6 11.1 0.1 61.9 60.5 34.3
0.6 14.4 2.8 0.7 39.2 7.3 0.8
0.0 138.8 123.9 0.5 138.8 138.8 138.5
0.0 183.4 1.7 0.0 397.9 76.2 0.7
1.3 107.1 75.8 3.6 107.3 107.3 102.0
22.7

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