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Untitled-1 1 12/15/22 23:33 Untitled-1 1 12/16/22 11:29 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 2 12/15/22 23:24 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 3 12/15/22 23:24 REALIZAÇÃO GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Maria de Fátima Bezerra Governadora SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMEN- TO ECONÔMICO, DA CIÊNCIA, DA TECNOLOGIA E DA INOVAÇÃO (SEDEC) Jaime Calado Pereira dos Santos Secretário COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO Hugo Alexandre Meneses Fonseca Coordenador de Desenvolvimento Energético Gestor do Projeto Emília Dalva do Vale Casanova Subcoordenadora de Desenvolvimento Energético EQUIPE Jarbas Silva do Nascimento Junior FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Amaro Sales de Araújo Presidente SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL / DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO NORTE Rodrigo Diniz de Mello Diretor Regional EXECUÇÃO INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO EM ENERGIAS RENOVÁVEIS Rodrigo Diniz de Mello Diretor Antonio Marcos de Medeiros Coordenador de P&D EQUIPE TÉCNICA Mariana Torres Correia de Mello Nobre Coordenadora do Projeto Alexandre Torres Silva dos Santos André Luiz de Oliveira Lira Caio Graco Lopes Alves Gilvani Gomes de Carvalho Leonardo de Lima Oliveira Luciano André Cruz Bezerra Maria de Fátima Alves de Matos Priscila Pamplona Pereira Pinto Raniere Rodrigues Melo de Lima Samira de Azevedo Santos Emiliavaca BOLSISTAS Alan Rodrigues de Sousa Ana Cleide Bezerra Amorim Gabriel Sebastian Von Conta Jean Souza dos Reis Julliana Larise Mendonça Freire Nicolas de Assis Bose Vanessa de Almeida Dantas CAMARGO-SCHUBERT ENGENHEIROS ASSOCIADOS Fabiano de Jesus Lima da Silva Fábio Catani Guilherme Guebur Lima James Lenzi de Araújo Odilon Antônio Camargo do Amarante Paulo Emiliano Piá de Andrade Ramon Morais de Freitas Robson Barreto dos Passos Vitor Issamu Ohashi do Amarante PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO ArtC Comunicação Integrada TRADUÇÃO Júlia Portela Malta Brandão Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 4 12/15/22 23:24 A881 Atlas eólico e solar do Estado do Rio Grande do Norte [multimeios] / Governo do Estado do Rio Grande do Norte [et al.] . – Natal : ISI-ER, 2022. 212p. Inclui referências. 1. Energia renovável – Geração de energia elétrica. 2. Energia eólica. 3. Energia solar. 4. Rio Grande do Norte – Potencial energético. I. Governo do Estado do Rio Grande do Norte. II. Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte. III. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. IV. Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis. V. Camargo-Schubert Engenheiros Associados. CDU 621.311 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial | Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis Caio César Delfino Cunha – CRB-15 712 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 5 12/15/22 23:24 GOVERNO DO ESTADO SEDEC FIERN SENAI Agradecem aos parceiros que contribuíram na elaboração desse trabalho: AGRADECIMENTOS Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 6 12/15/22 23:24 MENSAGEM DA GOVERNADORA A energia eólica e solar desempenham um importante papel na matriz elétrica brasileira e representam juntas, atualmente, mais de 16% de participação em meio a um cenário de grande estímulo na promoção do desenvolvimento sustentável e na transição para uma matriz energética mais renovável. E, com orgulho, podemos afirmar que o Rio Grande do Norte desempenha um pa- pel significativo nesses números. O RN já ocupa posição de destaque na produção nacional como o maior produtor de energia eólica do Brasil com um total de 224 usinas onshore já em operação e, em termos geográficos, está localizada na melhor região do Brasil para o aproveitamento dessa energia, principalmente quando somamos ao aproveitamento energético que podemos ter com a energia eólica no mar. Não podemos deixar de destacar a produção de energia solar através da geração centralizada onde o RN dispõe hoje de 17 usinas fotovoltaicas em operação. Em termos de geração distribuída, mais de 33.500 potiguares já produzem hoje sua própria energia seja para fins comerciais, residenciais ou industriais. Nós temos ainda um longo caminho de oportunidades nessa trajetória de transição energética para uma matriz 100% renovável, e, o Governo do Estado não irá medir esforços nesse estímulo com fomento de novos negócios e geração de emprego e renda para os potiguares. O nosso Atlas irá contribuir para esse desenvolvimento com direcionamento das melhores áreas para novos investimentos em energia eólica onshore e offshore e energia solar, por meio de informações sólidas e integradas a aspectos infraestruturais e socioambientais. É o nosso Rio Grande, que agora tem Norte, rumo ao desenvolvimento de novas fronteiras tecnológicas. Boa leitura a todos! Fátima Bezerra Governadora do Estado Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 7 12/16/22 19:18 AGRADECIMENTOS GOVERNO DO ESTADO SEDEC FIERN SENAI Agradecem aos parceiros que contribuíram na elaboração desse trabalho: AGRADECIMENTOS Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 6 12/15/22 23:24 O novo Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte é uma iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC) a partir de um Termo de Colaboração com a Federação das In- dústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), por meio do Instituto SENAI de Ino- vação em Energias Renováveis (ISI-ER). Esse documento atualiza o Atlas Eólico do RN, publicado em 2003, e apresenta o potencial eólico seguindo as novas tendências tecnológicas de mercado. Para isso, o novo Atlas apresenta o recurso eólico onshore nas alturas de 100 m, 120 m, 150 m e 200 m e aborda o potencial eólico offshore como uma nova fronteira tecnológica atualmente em estudo e prospecção no Brasil. Assim como o primeiro Atlas publicado anteriormente, que direcio- nou os locais de investimento, e resultou em um total de 222 parques eó- licos atualmente em operação distribuídos no Litoral Setentrional, Serras Centrais e na região Nordeste do Estado, representando uma capacidade instalada de 6,76 GW, esse Atlas direcionará novas áreas que possam ser utilizadas para o aproveitamento da energia eólica onshore. Além da necessidade de atualização do Atlas de Energia Eólica, o RN necessitava da elaboração do Atlas Solar do RN, a fim de direcionar os melhores locais para investimento e expansão no Estado. O Atlas contribui também com as informações sobre a complemen- tariedade dos recursos energéticos e a nova frente do aproveitamento da geração de energia offshore para produção do Hidrogênio Verde. Os resultados são apresentados em formato de livro digital nas ver- sões português e inglês e conta com uma plataforma digital online de apresentação dos dados para que os usuários possam interagir e usufruir dos resultados em maior escala. O nosso Atlas é o único do Brasil a disponibilizar dados anemomé- tricos e solarimétricos medidos, para isso, foram instaladas seis estações solarimétricas em diferentes locais no RN e instalada a maior torre ane- mométrica do Brasil, com 170 metros e os dados estão sendo disponibi- lizados na plataforma. Também foi instalada uma torre de 30 m de altura no Porto Ilha para medições de dados offshore. O Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte visa dar continuidade ao desenvolvimento e incentivo ao uso de energias renová- veis, elevando o RN em um patamar de liderança no ramo das energias limpas e no caminho para o desenvolvimento sustentável. Que os nossos bons ventos tragam ainda mais prosperidade para o nosso Estado. Jaime Calado Pereira Dos Santos Secretário MENSAGEM DA SEDEC Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 8 12/16/22 19:18 A energia renovávelestá entre as principais atividades econômicas do Rio Grande do Norte, com potencial para ser um dos impulsionadores do desenvolvimento potiguar e assegurar, ao Estado, um papel estratégi- co no desempenho do país na produção energética, que precisa ser garan- tida nos níveis adequados ao almejado crescimento com sustentabilidade. As discussões desses assuntos, atualmente, envolvem questões que dizem respeito à segurança na oferta de energia, produção a partir de fontes renováveis, incentivo ao cumprimento dos objetivos do desenvolvi- mento sustentável e favorecimento na transição energética justa do nosso país. Esses aspectos são impossíveis de dissociar da pesquisa e do de- senvolvimento da inovação e, nesse ponto, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) se destaca. A FIERN é uma grande incentivadora do crescimento das energias renováveis e vem participan- do, efetivamente, desse esforço. O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis é prova dis- so, sendo um instituto de referência no desenvolvimento de soluções para os diversos atores da cadeia da indústria renovável. Por isso, com muito orgulho, anunciamos o desenvolvimento do Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte. Trata-se de um trabalho importantíssimo para atrair investidores e grandes players nacionais e internacionais que poderão fomentar a discus- são e aumentar essa base de sustentação fundamental para as energias eólica e solar e novas fronteiras tecnológicas, como o hidrogênio verde. Esse estudo chega em um excelente momento. A atualização do Atlas Eólico anterior foi um impulsionador no desenvolvimento da energia eólica e temos certeza de que esse novo documento será o responsável por continuarmos sendo o maior produtor de energia eólica onshore do país, além de abrir muitas frentes de investimento com a energia eólica offshore. O Atlas Solar do Estado terá papel fundamental no aumento do crescimento da energia solar, tanto na geração centralizada, como na distribuída. O Atlas Eólico e Solar do Rio Grande do Norte foi elaborado em conjunto pelo ISI-ER, com a empresa Camargo&Schubert, referência na elaboração dessa tipologia de documento e responsável pela elaboração do Atlas Eólico publicado em 2003. São duas grandes instituições, de excelência, que proporcionam, ao documento, a robustez técnica e con- fiabilidade esperada. O Atlas foi pensado para ser dinâmico e as informações disponíveis na plataforma, permitem fazer atualizações constantes. A disponibilização dos dados da torre anemométrica, a mais alta do país, e das seis estações solarimétricas instaladas exclusivamente para o Atlas é um diferencial pioneiro no Brasil. A torre de medição offshore instalada no Porto Ilha, cerca de 30m em relação ao nível do mar, marca o início das ações pal- páveis para o crescimento da indústria eólica offshore no RN e no Brasil. Por tudo isso, temos a certeza de que esse Atlas será um marco na continuação da expansão do segmento das energias renováveis. Desejamos boa leitura a todos! Amaro Sales de Araújo Presidente do Sistema FIERN MENSAGEM DA FIERN Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 9 12/16/22 19:18 “Este Atlas está chegando num momento muito especial. O setor eólico brasileiro tem experimentado um crescimento virtuoso, fruto de um esforço dedicado de empresas, governos e também da ótima qualidade dos nossos ventos, um dos melhores do mundo para produção de energia. Em 2010, tínhamos menos de 1 GW de capacidade instalada. Vamos ter- minar o ano de 2023 com mais de 25 GW, somando parques em operação comercial e em operação de testes. Chegaremos a 2026 com mais de 40GW, apenas considerando os contratos fechados até este final de 2022. Com mais leilões e novos contratos no mercado livre, esse número pode ser ainda maior. Estes dados mostram uma indústria sólida, empregando milhares de pessoas e promovendo desenvolvimento econômico e social. Estamos, além disso, diante de uma nova fronteira de expansão para as eólicas brasileiras. Refiro-me à eólica offshore e também a todo o potencial de crescimento desta nova fonte junto com a produção de hidrogênio verde. É um caminho que nos levará, por meio do hidrogênio verde, a poder exportar energia para países europeus que não terão como cumprir com suas metas de descarbonização. O que estamos vivendo, portanto, é um momento muito especial para o setor energético brasilei- ro, com perspectivas otimistas para as fontes renováveis. Este cenário também significa que há uma demanda cada vez maior por estudos e materiais com dados detalhados sobre nosso potencial, atualizados de acordo com novas tecnologias. É neste contexto que chega a atualização do Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte, uma iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria de Desen- volvimento Econômico do RN (SEDEC) a partir de um Termo de Colabo- ração com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), por meio do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER). É muito bem-vindo o fato de que o novo Atlas apresenta o recurso eólico onshore em diferentes alturas: 100 m, 120 m, 150 m e 200 m e aborda o potencial eólico offshore, fonte que está em seus primeiros anos e já apresenta um intenso trabalho. Temos mais de 160 GW de projetos de offshore em análise no IBAMA. Se falarmos especificamente do Esta- do do RN, este Atlas apresenta que o potencial offshore total do estado, considerando somente as áreas aptas, poderia gerar cerca de ⅓ de toda energia elétrica brasileira (dado de 2020). Estes são números que mos- tram a grandiosidade dessa indústria e a intensidade do trabalho que podemos esperar para os próximos anos. É, portanto, com muita felicidade que o setor eólico recebe este novo Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte. Convido todos para a leitura, com a certeza de que encontraremos aqui o caminho dos nossos bons ventos. Eles são ferramenta indispensável para combatermos o avanço do aquecimento global e deixarmos um planeta melhor para as futuras gerações.” Elbia Gannoum Presidente da ABEEólica MENSAGEM DO SETOR Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 10 12/16/22 19:18 “Em 2003, quando iniciamos a jornada de planejar e organizar o se- tor energético do Estado do Rio Grande do Norte, a convite da então Go- vernadora Wilma de Faria, minha equipe e eu nos deparamos com fontes renováveis ainda apelidadas de “alternativas”, e um incipiente grupo de cientistas e empreendedores unindo esforços para, heroicamente, pesqui- sar boas locações para alguns poucos e diminutos projetos. Tínhamos a intenção de montar as bases de um novo ciclo econô- mico para o estado, baseado no aproveitamento dos ventos e da luz solar abundantes congeminado com a conquista de um complexo de refino e processamento de gás que agregasse valor à nossa produção estadual. Como única base oficial de dados eólicos, foi publicado o primeiro Atlas Eólico do RN, com mapas indicando a velocidade e direção dos ventos em nosso território para as alturas de 50m, 75m e 100m (os aerogeradores da época chegavam a pouco mais de 70m). De lá para cá, o Rio Grande do Norte se tornou o líder nacional em geração de energia eólica, e um dos principais destinos dos investimentos em energia solar fotovoltaica do Brasil. O novo ciclo econômico se conso- lidou e o Estado fez a sua transição energética sem que quase ninguém notasse. Esta é uma história de sucesso com muitos protagonistas: gente de governo, gente da indústria, gente da política, gente da ciência e gente do povo. É uma história da gente do Rio Grande do Norte. Já vivemos essa nova era, esse novo ciclo. A Governadora Fatima Bezerra lidera um estado-líder, com a responsabilidade de mostrar a to- dos os demais como se pode conciliar desenvolvimento sustentável com a preservação de nossos biomas e comunidades. No Senado Federal,nosso mandato elaborou os marcos legais que abrirão novos horizontes: a geração de energia no mar (“offshore”), a produção e transporte de hidrogênio, o aproveitamento energético do bio- gás dos aterros sanitários, e as novas atividades de captura e armazena- mento de carbono. Ao mesmo tempo, tratamos de regulamentar as ati- vidades energéticas nos assentamentos rurais, e entregamos os marcos legais do desenvolvimento sustentável e conservação da Caatinga e do Cerrado, duas importantes conquistas da luta pela preservação ambiental no Brasil. Este Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte não é obra de estante, muito menos uma simples referência bibliográfica. Trata- -se de um trabalho minucioso, altamente técnico e extremamente útil, na prática, para quem empreende, analisa, regula, governa, estuda ou mera- mente observa o desenrolar dos projetos eólicos e solares no Estado. Ele representa mais do que visões atualizadas para o potencial eólico-solar do Estado. Ele traz a perspectiva de novos horizontes, em terra e no mar, no litoral, nas serras ou no interior, para se estudar devidamente as oportu- nidades de empreender mas também para preservar, evitar áreas criticas e sensíveis, e montar projetos inteligentes e ambientalmente corretos. Estão de parabéns as equipes técnicas do Instituto SENAI de Inova- ção em Energia Renovável (ISI-ER), as equipes contratadas para o apoio a este trabalho desafiador, bem como os gestores do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) por esta iniciativa que honra e homenageia a todos e todas que construíram e continuarão construindo este novo ciclo econômico do Estado do Rio Grande do Norte.” Jean-Paul Prates Senador da República MENSAGEM DO SETOR Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 11 12/16/22 19:18 “A geração de energia solar, limpa e renovável, é fundamental para a transição energética e o atingimento dos compromissos assumidos in- ternacionalmente pelo Brasil de redução de emissões de gases de efeito estufa, bem como para a descarbonização da economia nacional. Neste sentido, o Brasil, detentor de um dos melhores recursos solares do plane- ta, possui imenso potencial solar, capaz de alçar nosso País à posição de liderança global na tecnologia fotovoltaica. Com a energia solar, temos a oportunidades de desenvolver produ- tos e serviços cada vez mais demandados pelos consumidores e alinhados aos princípios da economia verde, com baixo impacto ambiental, maior eficiência no uso de recursos naturais e sintonizado com os princípios ASG (ambiental, social governança), cada vez mais valorizados pelos investi- dores e mercados. A fonte solar fotovoltaica é uma ferramenta estratégica para o rápi- do reaquecimento das economias, especialmente do Brasil, país tropical de clima favorável, com extensão continental e abundante disponibilidade de áreas para o seu aproveitamento. Segundo dados da Associação Bra- sileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar acumula no Brasil mais de 22,3 GW de potência operacional, tendo trazido mais de R$ 113,3 bilhões em novos investimentos, gerado mais de 670,7 mil novos empregos, evitado a emissão de mais de 31,1 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade e contribuído para a arrecadação de mais de R$ 35,5 bilhões em tributos aos cofres públicos. Apesar dos números robustos já alcançados, a ABSOLAR avalia que a fonte solar fotovoltaica ainda possui um potencial expressivo de cresci- mento a ser viabilizado no Brasil. Neste sentido, este Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte, combinado com a adoção de políticas públicas facilitadoras do desenvolvimento destas fontes, é um importante catalizador para a atração de investimentos nacionais e internacionais. O Estado do Rio Grande do Norte conta com um dos melhores índi- ces de irradiação solar do Brasil. Portanto, tem um vasto potencial para desenvolver e aproveitar a tecnologia solar fotovoltaica para ampliar a oferta de energia elétrica limpa, renovável e competitiva, bem como para contribuir com o desenvolvimento social, econômico e ambiental da re- gião. Esta contribuição proporcionará ao Rio Grande do Norte a geração de milhares de novos empregos, a viabilização de novas oportunidades de negócio, a atração de bilhões de reais em novos investimentos ao es- tado. Adicionalmente, contribuirá para a diversificação da matriz elétrica, economizando água dos reservatórios hidrelétricos e aliviando a pressão sobre os recursos hídricos, cada vez mais escassos e valiosos. Conse- quentemente, aumentará a disponibilidade de água para usos nobres, como consumo humano, agricultura, agropecuária, atividades comerciais e atividades industriais. Este Atlas serve como referência para investidores, empreendedo- res, consumidores, acadêmicos e gestores públicos conhecerem melhor os recursos solar e eólico do Estado do Rio Grande do Norte e suas carac- terísticas geográficas, econômicas, de infraestrutura, logísticas, climáticas e ambientais. Por meio destas informações, a sociedade terá melhores condições de planejar, projetar e implementar seus empreendimentos re- nováveis na região. A ABSOLAR parabeniza esta iniciativa do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC). Parabenizamos, também, o fundamental trabalho e apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), por meio do Insti- tuto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), que deram ori- gem a este Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte. Trata-se de importante marco para que o estado potiguar continue avançando com solidez na utilização da fonte solar fotovoltaica e da fonte eólica como alavanca de desenvolvimento, colhendo os diversos benefícios sociais, econômicos, ambientais, energéticos e estratégicos que estas tecnologias proporcionam à população potiguar e ao Brasil.” Dr. Rodrigo Lopes Sauaia Presidente Executivo da ABSOLAR MENSAGEM DO SETOR Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 12 12/16/22 19:18 Fo to : Z ig K oc h Fo to : Z ig K oc h Parque Eólico Rio do Fogo - Rio do Fogo-RN Complexo Eólico Modelo - João Câmara-RN Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 13 12/15/22 23:24 SU M ÁR IO 1. O RIO GRANDE DO NORTE E AS ENERGIAS RENOVÁVEIS ................................................................. 20 1.1. O CRESCIMENTO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS E O CENÁRIO ATUAL ....................................................... 21 1.2. PERSPECTIVAS FUTURAS NO CENÁRIO DE CRESCIMENTO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS ............................ 32 2. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO RIO GRANDE DO NORTE ........................................................... 34 2.1. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA .............................................................................................................. 35 2.2. ASPECTOS FÍSICOS .......................................................................................................................... 36 2.3. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS, ECONÔMICOS E CONSUMO ENERGÉTICO .................................................... 38 2.4. INFRAESTRUTURA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE .................................................................. 41 2.4.1. Infraestrutura de Transportes .......................................................................................................... 41 2.4.2. Infraestrutura Energética ............................................................................................................... 42 3. A CLIMATOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE ................................................................................ 46 3.1. CIRCULAÇÃO GERAL ......................................................................................................................... 47 3.1.1. Macroescala..................................................................................................................................47 3.1.2. Mesoescala ................................................................................................................................... 48 3.1.3. Microescala .................................................................................................................................. 50 3.2. CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS E SISTEMAS METEOROLÓGICOS ATUANTES NO RIO GRANDE DO NORTE ... 50 3.2.1. Temperatura ................................................................................................................................. 50 3.2.2. Precipitação e nebulosidade ............................................................................................................ 52 3.2.3. Vento .......................................................................................................................................... 57 3.2.4. Radiação solar .............................................................................................................................. 60 3.3. CLIMA ............................................................................................................................................ 61 4. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS E LICENCIAMENTO ........................................................................... 64 4.1. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS RELEVANTES PARA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS ENERGÉTICOS RENOVÁVEIS ......................................................................................................................................... 65 4.1.1. Áreas Especiais ............................................................................................................................. 65 4.1.1.1. Unidades de Conservação ........................................................................................................... 65 4.1.1.2. Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade ..................................................................... 67 4.1.1.3. Quilombolas, Sítios Arqueológicos e Terras Indígenas ..................................................................... 69 4.1.2. Assentamentos Agrícolas ............................................................................................................... 70 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 14 12/15/22 23:24 4.1.3. Avifauna e Quirópteros ................................................................................................................... 72 4.1.4. Cavernas ...................................................................................................................................... 72 4.1.5. Batimetria X Distância da Linha de Costa .......................................................................................... 74 4.1.6. Estruturas Offshore ....................................................................................................................... 75 4.1.7. Aspectos Oceanográficos ................................................................................................................ 75 4.1.7.1. Caracterização Climática Meteoceanográfica Atuante no Rio Grande do Norte ...................................... 75 4.1.8. Substrato Marinho ........................................................................................................................ 81 4.2. CONSIDERAÇÕES ACERCA DOS MARCOS REGULATÓRIOS E LICENCIAMENTO AMBIENTAL ........................ 83 4.2.1. Marco Regulatório e Licenciamento dos Parques Eólicos Onshore e Usinas Fotovoltaicas .......................... 83 4.2.2. Marco Regulatório e Licenciamento dos Parques Eólicos Offshore ......................................................... 85 4.3. IMPACTOS AMBIENTAIS E AS ENERGIAS RENOVÁVEIS .......................................................................... 86 5. TECNOLOGIA EÓLICA E SOLAR ......................................................................................................... 90 5.1. TECNOLOGIA DE ENERGIA EÓLICA ..................................................................................................... 91 5.1.1. Aerodinâmica dos Aerogeradores ..................................................................................................... 91 5.1.2. Configuração dos Aerogeradores ..................................................................................................... 92 5.1.3. Tecnologia da Energia Eólica Offshore............................................................................................... 93 5.2. TECNOLOGIA DA ENERGIA SOLAR ...................................................................................................... 95 5.2.1. Geração Solar Fotovoltaica ............................................................................................................. 96 5.2.2. Geração Solar Fotovoltaica Distribuída e Centralizada ......................................................................... 98 5.2.3. Geração Solar Fotovoltaica Flutuante ............................................................................................... 98 5.2.4. Geração Solar Térmica ................................................................................................................... 99 5.2.4.1. Planta Heliotérmica do Tipo Torre Solar........................................................................................ 100 5.2.4.2. Planta Heliotérmica do Tipo Calha Parabólica ................................................................................ 100 5.2.4.3. Planta Heliotérmica do Tipo Disco Parabólico ................................................................................ 101 5.2.4.4. Planta Heliotérmica do Tipo Refletor Linear de Fresnel ................................................................... 102 5.3. SISTEMAS HÍBRIDOS ..................................................................................................................... 102 6. METODOLOGIA .............................................................................................................................. 104 6.1. ASPECTOS METODOLÓGICOS PARA GERAÇÃO DO RECURSO EÓLICO .................................................... 105 6.1.1. Medições Anemométricas ............................................................................................................. 108 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 15 12/15/22 23:24 6.1.2. Metodologia de Integração ............................................................................................................ 110 6.2. ASPECTOS METODOLÓGICOS PARA GERAÇÃO DO RECURSO SOLAR ..................................................... 111 6.2.1. Modelo de Superfície Terrestre e Dados Estáticos ............................................................................. 112 6.2.2. Ajuste e Validação das Simulações do Recurso Solar ........................................................................ 112 6.2.3. Estações Meteorológicas Automáticas do INMET – EMA ..................................................................... 113 6.2.4. Estações Solarimétricas – ISI-ER ................................................................................................... 114 6.2.5. Metodologia de Integração ............................................................................................................ 115 7.1. MAPAS EÓLICOS E SOLARES ....................................................................................................... 118 7.1. MAPAS EÓLICOS ............................................................................................................................ 120 7.1.1. Mapas Eólicos Onshore ................................................................................................................. 120 7.1.1.1. Potencial Eólico Onshore Anual a 100 m de altura ......................................................................... 120 7.1.1.2. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 100 m de altura ......................................................................121 7.1.1.3. Potencial Eólico Onshore Anual a 120 m de altura ......................................................................... 122 7.1.1.4. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 120 m de altura ...................................................................... 123 7.1.1.5. Potencial Eólico Onshore Anual a 140 m de altura ......................................................................... 124 7.1.1.6. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 140 m de altura ...................................................................... 125 7.1.1.7. Potencial Eólico Onshore Mensal a 140 m de altura........................................................................ 126 7.1.1.8. Potencial Eólico Onshore Anual a 200 m de altura ......................................................................... 128 7.1.1.9. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 200 m de altura ...................................................................... 129 7.1.2. Mapas Eólicos Offshore ................................................................................................................ 130 7.1.2.1. Potencial Eólico Offshore Anual a 100 m de altura ......................................................................... 130 7.1.2.2. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 100 m de altura ...................................................................... 131 7.1.2.3. Potencial Eólico Offshore Anual a 120 m de altura ......................................................................... 132 7.1.2.4. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 120 m de altura ...................................................................... 133 7.1.2.5. Potencial Eólico Offshore Anual a 140 m de altura ......................................................................... 134 7.1.2.6. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 140 m de altura ...................................................................... 135 7.1.2.7. Potencial Eólico Offshore Mensal a 140 m de altura ....................................................................... 136 7.1.2.8. Potencial Eólico Offshore Anual a 200 m de altura ......................................................................... 138 7.1.2.9. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 200 m de altura ...................................................................... 139 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 16 12/15/22 23:24 7.1.1.10. Mapa de Áreas Aptas Onshore .................................................................................................. 140 7.1.2.10. Mapa de Áreas Aptas Offshore .................................................................................................. 141 7.1.3. Outras Variáveis Onshore e Offshore ............................................................................................. 142 7.1.3.1. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Frequência X Direção ............................................................... 142 7.1.3.2. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Velocidade X Direção ............................................................... 143 7.1.3.3. Densidade Média Anual do Ar a 140 m ......................................................................................... 144 7.1.3.4. Fator de Forma de Weibull Anual a 140m ..................................................................................... 145 7.1.3.5. Regimes Horários e Mensais ....................................................................................................... 146 7.1.3.6. Regime Diurno de Vento – Média Anual a 140 m de altura .............................................................. 147 7.2. MAPAS SOLARES ............................................................................................................................ 148 7.2.1. Irradiação Global Horizontal ......................................................................................................... 148 7.2.1.1. Irradiação Global Horizontal Anual ............................................................................................. 148 7.2.1.2. Irradiação Global Horizontal Sazonal ........................................................................................... 149 7.2.1.3. Irradiação Global Horizontal Mensal............................................................................................. 150 7.2.2. Irradiação Difusa Horizontal .......................................................................................................... 152 7.2.2.1. Irradiação Difusa Horizontal Anual ............................................................................................. 152 7.2.2.2. Irradiação Difusa Horizontal Sazonal ........................................................................................... 153 7.2.2.3. Irradiação Difusa Horizontal Mensal............................................................................................. 154 7.2.3. Irradiação Normal Direta .............................................................................................................. 156 7.2.3.1. Irradiação Normal Direta Anual ................................................................................................... 156 7.2.3.2. Irradiação Normal Direta Sazonal ................................................................................................ 157 7.2.3.3. Irradiação Normal Direta Mensal ................................................................................................. 158 7.2.4. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° ........................................................................................ 160 7.2.4.1. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Anual ........................................................................... 160 7.2.4.2. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Sazonal ........................................................................ 161 7.2.4.3. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Mensal ........................................................................... 162 7.2.5. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° ................................................................ 164 7.2.5.1. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Anual ..................................................... 164 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 17 12/15/22 23:24 7.2.5.2. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Sazonal .................................................. 165 7.2.5.3. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Mensal ................................................... 166 7.2.5.4. Mapa Áreas Aptas - Plano e Suave Ondulado ................................................................................ 168 7.2.5.5. Mapa Áreas Aptas - Urbanas ...................................................................................................... 169 8. ANÁLISES E DIAGNÓSTICOS: O POTENCIAL EÓLICO E SOLAR DO RIO GRANDE DO NORTE ........................ 170 8.1. O POTENCIAL EÓLICO DO RIO GRANDE DO NORTE ............................................................................. 171 8.1.1. O Potencial Eólico Onshore .......................................................................................................... 171 8.1.2. O Potencial Eólico Offshore ........................................................................................................... 174 8.2. O POTENCIAL SOLAR DO RIO GRANDE DO NORTE .............................................................................. 177 8.2.1. Geração Centralizada ................................................................................................................... 177 8.2.2. Geração Distribuída ..................................................................................................................... 180 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................183 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 184 APENDICE A - LSTA DE SIGLAS E UNIDADES ............................................................................................ 194 APENDICE B - LISTA DOS EMPREENDIMENTOS ENERGÉTICOS EM OPERAÇÃO DO RN .................................... 196 APENDICE C - EÓLICA ONSHORE - ÁREAS APTAS, CAPACIDADE INSTALÁVEL E PRODUÇÃO ANUAL DE ENERGIA POR MUNICÍPIO DO RN ......................................................................................................................... 198 APENDICE D - GERAÇÃO CENTRALIZADA SOLAR POR MUNICÍPIO DO RN ..................................................... 206 APENDICE E - GERAÇÃO CENTRALIZADA SOLAR POR RESERVATÓRIOS MONITORADOS ................................. 207 APENDICE F - GERAÇÃO DISTRIBUÍDA SOLAR POR MUNICÍPIO DO RN ........................................................ 208 APENDICE G - SOBRE AS INSTITUIÇÕES EXECUTORAS.............................................................................. 210 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 18 12/15/22 23:24 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 19 12/15/22 23:24 CAPÍTULO 1 O RIO GRANDE DO NORTE E AS ENERGIAS RENOVÁVEIS Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 20 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 21 1. O RIO GRANDE DO NORTE E AS ENERGIAS RENOVÁVEIS Situada na extremidade nordeste do Brasil, onde mais se aproxima dos continentes africano e europeu, o Rio Grande do Norte é detentor da maior capacidade instalada de energia eólica do Brasil e ocupa posição de destaque no cenário energético brasileiro devido sua localização geográfica estratégica e privilegiada (Figura 1.1). 1.1. O CRESCIMENTO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS E O CENÁRIO ATUAL O crescimento das energias renováveis, de fonte eólica e solar, ocorrido ao longo dos últimos 18 anos, foram impulsionados por várias ações até chegar aos números atuais, onde juntas representam mais de 16% da matriz elétrica brasileira. Diversos marcos significativos foram responsáveis por esse crescimento, desde a criação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), inclusão de leilões específicos, elaboração de estudos relacionados ao recurso eólico, até aos acontecimentos atuais onde já ocorrem ações efetivas para impulsionar o crescimento da energia eólica offshore, à exemplo da construção do marco regulatório, já em andamen- to. Em relação a energia solar, a produção por meio da geração distribuída em sistemas de geração própria de energia elétrica, representam valores significativos quando ultrapassa a marca de 11,6 GW de produção, distribuídas em 1.048.576 usinas espalhadas pelo Brasil, colocando a energia solar como uma alternativa sustentável e de bom custo-benefício mais próxima aos brasileiros. O setor eólico e solar ao longo dos anos tornou-se compe- titivo e viável.[1] Esse é um cenário em que o Rio Grande do Norte gerou e continua gerando importantes contribuições até alcançar, desde 2014, a liderança nacional na produção de energia eólica. Não apenas pela sua localização estratégica, detentora dos melhores ventos do Brasil para a geração eólica e sol abundante e expressivo ao longo de todo o ano para a geração da energia solar, houveram diversas ações significativas para que esse crescimento ocorresse. A linha do tempo (Figura 1.2) demonstra os principais acontecimentos que impulsionaram o crescimento da energia eólica e solar no Rio Grande do Norte. Figura 1.1 - Localização geográfica do Estado do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 21 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E22 O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro foi elaborado para atualizar os atlas anteriores e teve acesso a dados de torres de medição de 50 m e apresentou o recurso também a 50 m de altura. Publicação do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro Este programa previa, em sua primeira fase, a compra da energia elétrica por 20 anos, a partir de 3.300 MW de energias renováveis divididos igualmente entre Pequenas Cen- trais Hidrelétricas (PCH), Biomassa e Eólica por valores que viabilizassem a implantação dos projetos. Criação do Programa de Incentivos às Fontes Alternativas (PROINFA) (Lei 10.438 de 26 de abril de 2002) Criação da Secretaria de Estado de Energias e Assuntos Internacionais Implantada pela PETROBRAS, foi composta por 03 aerogeradores com altura média de 60 m e potência de 600 quilowatt (kW) em cada aerogerador. Início da operação da primeira usina eólica em território potiguar - Parque Eólico Piloto de Macau Parque eólico composto por 62 aeroge- radores e potência total de 49,6 MW. Início da operação do segundo parque eólico do RN no município de Rio do Fogo – RN15 Elaboração do Plano Estadual de Energia Esta lei previa incentivos crescentes para as centrais instaladas em períodos mais curtos e despertou o interesse de vários investidores privados que deram início ao desenvolvimento de projetos de energia eólica no Brasil, no entanto, o PROEÓLICA nunca foi regulamentado pela ANEEL. Programa Emergencial de Energia Eólica (PROEÓLICA) Elaborado pela empresa de consultoria Camargo-Schubert, apresentou as áreas que dispunham de maior potencial eólico com velocidades de vento a 50 m, 75 m e 100 m de altura. Publicação do Primeiro Atlas de Potencial Eólico do RN Desenvolvido no ano de 2006 dentro do escopo do projeto SWERA (Solar and Wind Energy Resource Assessment), como objetivo de promover o levantamento de uma base de dados confiável e de alta qualidade do recurso solar brasileiro. Publicação do Atlas Brasileiro de Energia Solar 2001 2003 20022004 2006 2008 Lançada a Carta dos Ventos com diretrizes firmadas em dez instâncias governamentais e empresariais a fim de promover a articulação institucional para programas de incentivo político, econômico, fiscal e regulatório relativos à cadeia produtiva do mercado eólico. Realização da primeira edição do Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos Fruto do primeiro leilão de energia realizado pelo PROINFA, é o terceiro parque eólico inaugurado do Estado composto por 31 aerogeradores com potência total de 51,15 MW e investimento da ordem de R$ 820 milhões. Inauguração do Parque Eólico Alegria I no município de Guamaré Em 10 de junho de 2014, na 56ª Reunião Extraordinária, é aprovado o texto da nova Resolução do CONAMA Nº 462 publicada em 24 de julho de 2014 que estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos eólicos. Publicação da Resolução CONAMA Nº 462/2014 Em 17 de abril de 2012, a ANEEL lança a Resolução Normativa Nº 482 que: estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica, e dá outras providências. Publicação da Resolução Normativa ANEEL Nº 482/2012 Lançamento da cartilha “A indústria dos ventos e o Rio Grande do Norte” pelo Centro de Estratégias em Recursos Naturais & Energia (CERNE) Destaque nacional e internacional para o RN ao conquistar o primeiro lugar nacional em novos projetos eólicos licitados nos leilões federais Criado em 1999, a partir de uma parceria inédita e exitosa entre a Petrobras e o SENAI, o Centro de Tecnologias do Gás (CTGÁS) ampliou a sua área de atuação com inclusão de serviços e P&D em energias renováveis e passou a se chamar Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER). Ampliação do escopo do CTGAS-ER com inclusão das Energias Renováveis para desenvolvimento de serviços e P&D Em 2010, o RN atinge a autossuficiência energética. A partir desse ano, o RN assume a liderança de maior produtor de energia eólica do Brasil. Ano significativopara o setor eólico do RN com a inauguração de 48 novos parques no RN 2009 2009 a 2013 20102012 2013 2014 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 22 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 23 O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro foi elaborado para atualizar os atlas anteriores e teve acesso a dados de torres de medição de 50 m e apresentou o recurso também a 50 m de altura. Publicação do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro Este programa previa, em sua primeira fase, a compra da energia elétrica por 20 anos, a partir de 3.300 MW de energias renováveis divididos igualmente entre Pequenas Cen- trais Hidrelétricas (PCH), Biomassa e Eólica por valores que viabilizassem a implantação dos projetos. Criação do Programa de Incentivos às Fontes Alternativas (PROINFA) (Lei 10.438 de 26 de abril de 2002) Criação da Secretaria de Estado de Energias e Assuntos Internacionais Implantada pela PETROBRAS, foi composta por 03 aerogeradores com altura média de 60 m e potência de 600 quilowatt (kW) em cada aerogerador. Início da operação da primeira usina eólica em território potiguar - Parque Eólico Piloto de Macau Parque eólico composto por 62 aeroge- radores e potência total de 49,6 MW. Início da operação do segundo parque eólico do RN no município de Rio do Fogo – RN15 Elaboração do Plano Estadual de Energia Esta lei previa incentivos crescentes para as centrais instaladas em períodos mais curtos e despertou o interesse de vários investidores privados que deram início ao desenvolvimento de projetos de energia eólica no Brasil, no entanto, o PROEÓLICA nunca foi regulamentado pela ANEEL. Programa Emergencial de Energia Eólica (PROEÓLICA) Elaborado pela empresa de consultoria Camargo-Schubert, apresentou as áreas que dispunham de maior potencial eólico com velocidades de vento a 50 m, 75 m e 100 m de altura. Publicação do Primeiro Atlas de Potencial Eólico do RN Desenvolvido no ano de 2006 dentro do escopo do projeto SWERA (Solar and Wind Energy Resource Assessment), como objetivo de promover o levantamento de uma base de dados confiável e de alta qualidade do recurso solar brasileiro. Publicação do Atlas Brasileiro de Energia Solar 2001 2003 20022004 2006 2008 Lançada a Carta dos Ventos com diretrizes firmadas em dez instâncias governamentais e empresariais a fim de promover a articulação institucional para programas de incentivo político, econômico, fiscal e regulatório relativos à cadeia produtiva do mercado eólico. Realização da primeira edição do Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos Fruto do primeiro leilão de energia realizado pelo PROINFA, é o terceiro parque eólico inaugurado do Estado composto por 31 aerogeradores com potência total de 51,15 MW e investimento da ordem de R$ 820 milhões. Inauguração do Parque Eólico Alegria I no município de Guamaré Em 10 de junho de 2014, na 56ª Reunião Extraordinária, é aprovado o texto da nova Resolução do CONAMA Nº 462 publicada em 24 de julho de 2014 que estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos eólicos. Publicação da Resolução CONAMA Nº 462/2014 Em 17 de abril de 2012, a ANEEL lança a Resolução Normativa Nº 482 que: estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica, e dá outras providências. Publicação da Resolução Normativa ANEEL Nº 482/2012 Lançamento da cartilha “A indústria dos ventos e o Rio Grande do Norte” pelo Centro de Estratégias em Recursos Naturais & Energia (CERNE) Destaque nacional e internacional para o RN ao conquistar o primeiro lugar nacional em novos projetos eólicos licitados nos leilões federais Criado em 1999, a partir de uma parceria inédita e exitosa entre a Petrobras e o SENAI, o Centro de Tecnologias do Gás (CTGÁS) ampliou a sua área de atuação com inclusão de serviços e P&D em energias renováveis e passou a se chamar Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER). Ampliação do escopo do CTGAS-ER com inclusão das Energias Renováveis para desenvolvimento de serviços e P&D Em 2010, o RN atinge a autossuficiência energética. A partir desse ano, o RN assume a liderança de maior produtor de energia eólica do Brasil. Ano significativo para o setor eólico do RN com a inauguração de 48 novos parques no RN 2009 2009 a 2013 20102012 2013 2014 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 23 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E24 Em 24 de novembro de 2015, a ANEEL por meio de consulta pública realizada previamente, lança a Resolução Normativa Nº 687 que altera os indicadores para a classificação da geração distribuída e criou as modalidades de autoconsumo remoto e geração compartilhada. Publicação da Resolução ANEEL Nº 687/2017 Elaboração do Planejamento Energético do Estado O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apresenta a 2ª edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar. Nesta edição, além dos dados obtido in loco, foram utilizadas dados satelitais em conjunto com modelos atmosféricos para aprimorar a acurácia e a confiabilidade dos dados apresentados. Publicação da 2ª Versão do Atlas Brasileiro de Energia Solar Criação da Câmara Setorial de Energia Disponibilização de boletins informativos, infográficos e notas técnicas sobre a geração de energia e a produção de petróleo e gás no RN. Publicação dos boletins informativos da CODER sobre o setor energético do Estado O Rio Grande do Norte apresentou um aumento de 158,9% nos investi- mentos em sistemas fotovol- taicos em comparação ao ano de 2020 Criação, em 18 de abril de 2016, da COERE, formada por órgãos e instituições correlatas a energias renováveis no RN, no qual objetiva: acompanhar e debater a legislação, desenvolver propostas de políticas e estimular práticas voltadas para a área de sua competência; promover o debate com especialistas e autoridades na área de energias renováveis e formular linhas de ação para aumentar a competitividade e produtividade das indústrias. Criação da Comissão Temáti- ca de Energias Renováveis – COERE, pela FIERN Investimento na capacitação de servidores para atuação na área e desenvolvimento de projetos estratégicos em parcerias com entidades, visando o aumento da competitividade do estado no setor energético. Profissionalização do corpo técnico da CODER – Coorde- nadoria de Desenvolvimento Energético Entidades participaram do Workshop RN Energia tendo como foco a melhoria de procedimentos e planejamento das ações estratégicas para suporte ao setor elétrico. Realização do Workshop RN Energia 2015 2017 2016 2019 2018 2019 2021 2020 Ação do Governo do Estado enquanto incentivo para desenvolver e implantar o polo produtor de energia limpa e o hub de produção, armazenamento e exportação de hidrogênio verde e amônia verde. Realização de Estudos de Viabilidade Técnico- Econômica-Ambiental (EVTEA) para o Porto Indústria-Multipropósito Offshore do Rio Grande do Norte Encontro realizado entre o Governo do Estado através da SEDEC e pela FIERN, lançou a plataforma online do novo Atlas Eólico e Solar do RN, o Programa de Hidrogênio Verde do RN e o local onde vai ser o novo porto indústria do Estado, além disso, foi apresentada uma carta em defesa das energias renováveis com recomendações importantes do ponto de vista do desenvolvimento da atividade das energias renováveis. Realização do Encontro em Defesa das Energias Renováveis No dia 7 de janeiro de 2022, o Governo Federal publica a Lei n°14.300/2022, estabelecendo o Marco Legal da Geração Distribuída, regulamentando a micro e minigeração distribuída no Brasil. Publicação da Lei n°14.300/2022 Divulgação dos estudos do Porto Indústria-Multi- propósito Offshore do Rio Grande do Norte Elaboraçãodo estudo “Avaliação de Estratégias Locacionais para o Desen- volvimento de Infraestru- turas de Transmissão de Energia no Suporte ao Setor Eólico Offshore do Estado do Rio Grande do Norte” desenvolvido pelo ISI-ER para a SEDEC O ISI-ER com sede no RN, faz parte uma rede formada por 27 Institutos de Inovação implantados pelo SENAI no Brasil para atender a diferentes demandas da indústria. O foco do ISI-ER é desenvolver pesquisa aplicada e tecnologias na área de energias renováveis. Inauguração do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) O Rio Grande do Norte alcançou a marca de 300 Megawatts (MW) de potên- cia instalada de energia solar no ano de 2022 Lançamento do Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte 2021 2022 2022 2022 2022 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 24 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 25 Em 24 de novembro de 2015, a ANEEL por meio de consulta pública realizada previamente, lança a Resolução Normativa Nº 687 que altera os indicadores para a classificação da geração distribuída e criou as modalidades de autoconsumo remoto e geração compartilhada. Publicação da Resolução ANEEL Nº 687/2017 Elaboração do Planejamento Energético do Estado O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apresenta a 2ª edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar. Nesta edição, além dos dados obtido in loco, foram utilizadas dados satelitais em conjunto com modelos atmosféricos para aprimorar a acurácia e a confiabilidade dos dados apresentados. Publicação da 2ª Versão do Atlas Brasileiro de Energia Solar Criação da Câmara Setorial de Energia Disponibilização de boletins informativos, infográficos e notas técnicas sobre a geração de energia e a produção de petróleo e gás no RN. Publicação dos boletins informativos da CODER sobre o setor energético do Estado O Rio Grande do Norte apresentou um aumento de 158,9% nos investi- mentos em sistemas fotovol- taicos em comparação ao ano de 2020 Criação, em 18 de abril de 2016, da COERE, formada por órgãos e instituições correlatas a energias renováveis no RN, no qual objetiva: acompanhar e debater a legislação, desenvolver propostas de políticas e estimular práticas voltadas para a área de sua competência; promover o debate com especialistas e autoridades na área de energias renováveis e formular linhas de ação para aumentar a competitividade e produtividade das indústrias. Criação da Comissão Temáti- ca de Energias Renováveis – COERE, pela FIERN Investimento na capacitação de servidores para atuação na área e desenvolvimento de projetos estratégicos em parcerias com entidades, visando o aumento da competitividade do estado no setor energético. Profissionalização do corpo técnico da CODER – Coorde- nadoria de Desenvolvimento Energético Entidades participaram do Workshop RN Energia tendo como foco a melhoria de procedimentos e planejamento das ações estratégicas para suporte ao setor elétrico. Realização do Workshop RN Energia 2015 2017 2016 2019 2018 2019 2021 2020 Ação do Governo do Estado enquanto incentivo para desenvolver e implantar o polo produtor de energia limpa e o hub de produção, armazenamento e exportação de hidrogênio verde e amônia verde. Realização de Estudos de Viabilidade Técnico- Econômica-Ambiental (EVTEA) para o Porto Indústria-Multipropósito Offshore do Rio Grande do Norte Encontro realizado entre o Governo do Estado através da SEDEC e pela FIERN, lançou a plataforma online do novo Atlas Eólico e Solar do RN, o Programa de Hidrogênio Verde do RN e o local onde vai ser o novo porto indústria do Estado, além disso, foi apresentada uma carta em defesa das energias renováveis com recomendações importantes do ponto de vista do desenvolvimento da atividade das energias renováveis. Realização do Encontro em Defesa das Energias Renováveis No dia 7 de janeiro de 2022, o Governo Federal publica a Lei n°14.300/2022, estabelecendo o Marco Legal da Geração Distribuída, regulamentando a micro e minigeração distribuída no Brasil. Publicação da Lei n°14.300/2022 Divulgação dos estudos do Porto Indústria-Multi- propósito Offshore do Rio Grande do Norte Elaboração do estudo “Avaliação de Estratégias Locacionais para o Desen- volvimento de Infraestru- turas de Transmissão de Energia no Suporte ao Setor Eólico Offshore do Estado do Rio Grande do Norte” desenvolvido pelo ISI-ER para a SEDEC O ISI-ER com sede no RN, faz parte uma rede formada por 27 Institutos de Inovação implantados pelo SENAI no Brasil para atender a diferentes demandas da indústria. O foco do ISI-ER é desenvolver pesquisa aplicada e tecnologias na área de energias renováveis. Inauguração do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) O Rio Grande do Norte alcançou a marca de 300 Megawatts (MW) de potên- cia instalada de energia solar no ano de 2022 Lançamento do Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte 2021 2022 2022 2022 2022 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 25 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E26 ção de 6,84 GW, o que representa 29,72% de toda a produção nacional de fonte eólica. Os parques eólicos concentram-se principalmente no Litoral Seten- trional, região do Mato Grande e as Serras Centrais. Os três municípios que mais dispõem de usinas instaladas são Serra do Mel com 36 parques e potência total de 741,56 MW, seguido do município de João Câmara com 29 parques (629,20 MW) e Parazinho com 22 parques e 605,21 MW de potência instalada) (Figura 1.5 e 1.6). Os 224 parques eólicos do RN distribuem-se em um total de 2.677 aerogeradores e 8.031 pás, sendo 28,76% de todos os aerogeradores instalados no RN com altura total entre 101 a 130 m e 19,61% atingem as maiores alturas chegando até aos 200 m (Figura 1.7a), o que perfaz A publicação do primeiro Atlas de Potencial Eólico do RN em 2003, resultado da iniciativa da COSERN através do programa de Pesquisa e De- senvolvimento, com o suporte da IBENBRASIL - Iberdrola Empreendimen- tos do Brasil S.A. e elaborado pela empresa de consultoria Camargo-S- chubert, foi um dos grandes marcos impulsionadores para o crescimento da energia eólica no RN ao apresentar as áreas que dispunham de maior potencial eólico, o que acabou por direcionar os locais para investimento. Foram apresentadas velocidade do vento para as alturas de 50 m, 75 m e 100 m, compatíveis para aquele ano de publicação, visto que as turbinas chegavam um pouco mais de 70 m de altura. No ano seguinte, em 2004, foi instalada a primeira usina eólica em território potiguar no município de Macau - o Parque Eólico Piloto de Ma- cau, implantado pela PETROBRAS com investimento da ordem de R$ 6,8 milhões, sendo composto por 03 aerogeradores com altura média de 60 m e potência total de 1,8 MW apenas para autoconsumo. Já em 2006, é inaugurado o segundo parque eólico do RN no muni- cípio de Rio do Fogo com 62 aerogeradores e potência total de 49,6 MW, sendo o primeiro conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Na sequência, em 2010, o terceiro parque eólico do RN entrava em operação no município de Guamaré, o Alegria I, constituído de 31 aerogeradores somando uma capacidade de 51,15 MW. A partir desse ano, o crescimento da energia eólica foi ganhando velocidade, registrando seus picos de pro- dução no ano de 2014 (20,12% da capacidade instalada) e em 2021 com acréscimo de 1.529,29 MW (23,05% da capacidade instalada). O terceiro parque eólico do RN iniciou sua operação em 2010, o Par- que Alegria I - no município de Guamaré, com produção de 56,1 MW, fruto do primeiro leilão de energia realizado pelo PROINFA, criado em 2002, e operacionalizado em 2004. A partir desse ano, em todos os anos seguintes (Figura 1.3 e 1.4), novos parques eólicos entravam em operação. Destaca-se o ano de 2014, onde o estadomais do que quadruplicava o número de parques que en- travam em operação, somando uma potência total de 1.334,84 MW dis- tribuídos em 48 novos parques, totalizando uma potência acumulada de 1.757,99 MW. A partir desse ano, o RN tornou-se o maior produtor de energia eólica do Brasil, onde até 2022, mantem-se na liderança. Outro ano significativo para a produção de energia eólica foi o de 2021, onde registrou-se uma potência total de 1.529,29 MW e acumula- da de 6.296,44 MW. Até novembro de 2022, são 224 parques eólicos em operação no RN, distribuídos em 28 municípios, totalizando uma produ- FIGURA 1.3 - Quantitativo dos parques eólicos instalados por ano no RN e total acumulado. Fo nt e: A N EE L[ 2] . FIGURA 1.4 - Potência total e acumulada por ano no RN. Fo nt e: A N EE L[ 2] . Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 26 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 27 uma altura até o rotor de até 132 m e diâmetro de 111 m a 150 m (Figura 1.7b e 1.7c). Em rela- ção as potências das turbinas, atualmente, 47% dos aerogeradores instalados dispõem de uma potência variando de 1,6 MW a 2 MW e 23,20% das máquinas chegam a uma potência de até 4,2 MW (Figura 1.7d). Ao longo dos anos é no- tória a evolução tecnológica das máquinas ins- taladas em território potiguar, onde as primeiras instaladas em 2004 apresentavam potência de 0,6 MW e as atuais de 2022 chegam a 4,2 MW (Figura 1.9). Esses avanços tecnológicos no porte dos aerogeradores aumenta a abrangência de áreas para instalação de novos parques, onde locais antes considerados com menor potencial, po- dem agora serem vistos com maior potenciali- dade para a exploração da atividade eólica. É nesse sentido que estudos como o realizado por esse Atlas, onde atualiza os dados de velocidade de vento em alturas maiores (100 m, 120 m, 140 m e 200 m) seguindo a tendência tecnoló- gica, tornam-se importantes ferramentas para direcionamento de futuros investimentos. Os 224 parques eólicos do RN distribuem- -se em um total de 2.677 aerogeradores e 8.031 pás, sendo 28,76% de todos os aeroge- radores instalados no RN com altura total en- tre 101 a 130 m e 19,61% atingem as maiores alturas chegando até aos 200 m (Figura 1.7a), o que perfaz uma altura até o rotor de até 132 m e diâmetro de 111 m a 150 m (Figura 1.7b e 1.7c). Em relação as potências das turbinas, atualmente, 47% dos aerogeradores instalados dispõem de uma potência variando de 1,6 MW a 2 MW e 23,20% das máquinas chegam a uma potência de até 4,2 MW (Figura 1.7d). Ao lon- go dos anos é notória a evolução tecnológica das máquinas instaladas em território potiguar, onde as primeiras instaladas em 2004 apresen- FIGURA 1.5 - Quantitativo dos parques eólicos instalados por município. FIGURA 1.6 - Potência total por município. Fo nt e: A N EE L[ 3] Fo nt e: A N EE L[ 3] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 27 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E28 tavam potência de 0,6 MW e as atuais de 2022 chegam a 4,2 MW (Figura 1.9). Esses avanços tecnológicos no porte dos aerogeradores aumenta a abrangência de áreas para instalação de novos parques, onde locais antes considerados com menor potencial, podem agora serem vistos com maior potencialidade para a exploração da atividade eólica. É nesse sentido que estudos como o realizado por esse Atlas, onde atualiza os dados de velocidade de vento em alturas maiores (100 m, 120 m, 140 m e 200 m) seguindo a tendência tecnológica, tornam-se importantes ferramentas para direcionamento de futuros investimentos. FIGURA 1.7 - Características dos aerogeradores. FIGURA 1.8 - Esquema das características dos aerogeradores. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 28 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 29 Ainda, 147 novos empreendimentos encontram-se em construção ou a iniciar sua construção, no qual somará respectivamente 2.501,19 MW e 2.872,7 MW à atual capacidade instalada do nosso Estado, elevan- do a atual potência instalada para 12,22 GW. Os empreendimentos em construção estão localizados em sua maioria nos municípios de lajes (22) e Jandaíra (14) (Figura 1.10 a 1.13). FIGURA 1.9 - Evolução da potência dos aerogeradores por ano e nº de aerogeradores. FIGURA 1.10 - Parques em construção por município. FIGURA 1.11 - Potência dos parques em construção por município. Fo nt e: A N EE L[ 2] . Fo nt e: A N EE L[ 3] Fo nt e: A N EE L[ 3] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 29 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E30 Os números apresentados demonstram efetiva participação do RN no cenário de planejamento energético e confirmam que a fonte eólica vem ganhando competitividade ao longo dos anos até os dias atuais. O preço médio da energia comercializada no leilão de 2009 com valores atualizados com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de R$ 305,82 por MW, em 2019 esse valor foi para R$ 98,00 MW (Figura 1.14). Ademais, a cada leilão que sucede, novos projetos se habilitam, estando aptos a serem comercializados no mercado regulado ou livre, o que demonstra que o RN dispõe de uma carteira de projetos significativa ampliando mais ainda o horizonte de seu crescimento no setor. FIGURA 1.12 - Parques com construção a iniciar por município. FIGURA 1.13 - Potência dos parques com construção a iniciar por município. FIGURA 1.14 - Evolução do preço e potencia por leilão da fonte eólica no RN. Fo nt e: A N EE L[ 3] Fo nt e: A N EE L[ 3] Fo nt e: A N EE L[ 4] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 30 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 31 Com relação a energia solar, o enorme potencial existente no Brasil aliado às melhores condições de acesso em termos de micro e minigera- ção elevou o interesse da sociedade nesse segmento. O marco regulatório estabelecido ao longo dos anos foi um fator impulsionador desse cresci- mento, aliado a evolução tecnológica e a redução de custos dos módulos fotovoltaicos. No Rio Grande do Norte, registra-se 17 usinas de geração centra- lizada em operação com potência fiscalizada de 365,82 MW e 137 no- vos empreendimentos em construção ou com construção a iniciar, o que acrescentará 5.902,43 MW de capacidade instalada em geração solar no estado (Figura 1.15 e 1.16). Com relação a geração distribuída, o Rio Grande do Norte apresenta atualmente cerca de 33.637 usinas instaladas, o que representa uma po- tência de 321,82 MW. A maior parte dessas usinas seguem concentradas principalmente nos municípios de Natal, Mossoró e Parnamirim (Figura 1.17). Em uma análise total, 80,48% dessas usinas visam atender o mer- cado de consumo da classe residencial, seguido de 15,43% da classe co- mercial, e 3,04% na classe rural (Figura 1.18). FIGURA 1.15 - Usinas fotovoltaicas em operação por município. FIGURA 1.17 - Geração distribuída por município - SOLAR RN.o por município. FIGURA 1.18 - Geração distribuída por classe de uso - SOLAR RN FIGURA 1.16 - Usinas fotovoltaicas em construção ou a iniciar por município. Fo nt e: A N EE L[ 3] Fo nt e: A N EE L[ 1] Fo nt e: A N EE L[ 1] Fo nt e: A N EE L[ 3] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 31 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E32 1.2. PERSPECTIVAS FUTURAS NO CENÁRIO DE CRESCIMENTO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS Diante dessas informações, existe ainda um grande potencial eólico onshore a ser explorado influenciado pelo avanço tecnológico das turbi- nas, atualmente os aerogeradores chegam a 132 m de altura e existem protótipos acima 174 m. Os dados do primeiro Atlas estão desatualizados quando se trata do panorama atual, nessa atualização, ao contemplar velocidades de vento até 200 m de altura, o mapeamento irá seguiras tendências tecnológicas. Nesse sentido, é que a instalação de uma torre anemométrica em maior altura (170 m) trará informações medidas e con- duzirá em produtos mais precisos e consistentes. Uma nova perspectiva de crescimento é a energia eólica offshore, que são uma realidade em países da Europa e Ásia. As discussões no Brasil seguem em grandes avanços com a construção de um marco regu- latório capaz de trazer segurança jurídica na implantação desses novos empreendimentos. Existem avanços também nas questões do licencia- mento ambiental, quando o IBAMA publicou um Termo de Referência com o conteúdo que deve ser levado em consideração nos estudos ambientais para o licenciamento ambiental. Aliado a essas questões, já existem em- preendimentos com solicitação de licença ambiental junto ao IBAMA que juntos somam aproximadamente 170 GW de potência. No RN, até agosto de 2022, existem 08 projetos em fase de solici- tação de licença ambiental junto ao IBAMA, totalizando uma produção de 15,85 GW distribuídos em um total de 1.090 aerogeradores. Esse cenário deve mudar com o avanço do marco regulatório, no entanto, demonstra que o setor eólico está se encaminhando para essa nova fronteira da ener- gia eólica offshore. Diante desse viés, o Rio Grande do Norte avança em ações que via- bilizem essa nova vertente da energia eólica, quando realiza além da ela- boração desse Atlas, outros estudos como o de viabilidade técnica, econô- mica e ambiental para implantação de um Porto Indústria-Multipropósito Offshore do Rio Grande do Norte necessário para a questões logísticas. Já para a energia solar, a realização do primeiro Atlas Solar do Rio Grande do Norte irá direcionar as melhores áreas para investimentos em usinas fotovoltaicas, visto que existem perspectivas de ampliação do setor centralizado e de geração distribuída. Resumo das ações em andamento: 1) Estudos de estratégias locacionais para transmissão de energia para eólica offshore: Com o objeto de diversificar suas fontes e contribuir ainda mais para a descarbonização da matriz energética mundial, o Go- verno do Rio Grande do Norte está incentivando o desenvolvimento de novas fontes de geração de energia limpa e o armazenamento de energia, com especial atenção para o hidrogênio verde e a energia eólica offshore. Para tanto, o Estado elaborou em conjunto com o SENAI-RN por meio do ISI-ER, os estudos de alternativas técnicas e locacionais para suporte ao escoamento da produção de energia elétrica gerada a partir do aprovei- tamento da fonte eólica offshore. O estudo proporciona avaliações predi- tivas com sustentação técnica, ambiental, social e econômica na seleção das melhores alternativas, minimizando não apenas os impactos oriundos dos projetos, mas também seus custos de desenvolvimento. 2) Porto Indústria Verde: Ao longo da Gestão da Governadora Fáti- ma Bezerra, o Estado assinou acordos de cooperação e memorandos de entendimento com empresas do setor com a finalidade de desenvolver e implantar o polo produtor de energia limpa e o hub de produção, armaze- namento e exportação de hidrogênio verde e amônia verde. Para atingir o objetivo, o Governo do Estado iniciou o desenvolvimento dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVETA) para implantação de um novo Porto-indústria verde que irá concentrar as indústrias de fabri- cação de peças e componentes para eólica offshore, como também toda a logística e suporte para operação e manutenção dos parques eólicos em alto mar. Além disso, o porto-indústria verde irá abrigar o hub de pro- dução, armazenamento, exportação de hidrogênio verde, amônia verde/ fertilizantes e e-metanol, possuindo toda a logística e estrutura pensada para o desenvolvimento de cadeia de valor para o hidrogênio verde e seus derivados. O novo porto também dará o suporte a setores considerados estratégicos para o desenvolvimento da economia Potiguar, como movi- mentação de cargas em geral (containers de frutas, pescado e outros), mineração, indústria cloro-química, indústria de carros a células combus- tíveis e descomissionamento de plataformas de óleo e gás offshore. A Figura 1.19 apresenta o layout 3D do projeto do porto. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 32 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 33 FIGURA 1.19 - Layout 3D do Novo Porto-Indústria Verde. 3) Programa Norte-Rio-Grandense de Hi- drogênio Verde: Para a inserção do hidrogênio na matriz energética do RN, o estado criou o Programa Norte-Rio-Grandense de Hidrogênio Verde, que tem como objetivo o planejamento estratégico de ações para o desenvolvimento da infraestrutura, da cadeia de valor e do mercado interno e externo para a produção e exportação de hidrogênio verde. A partir da disponibilidade de ativos críticos necessários à competitivida- de do hidrogênio verde, o Rio Grande do Nor- te dispõe de ambiente favorável para o desen- volvimento de um ecossistema que atenda ao mercado nacional e internacional, tendo como áreas estratégicas: mercado, infraestrutura, re- gulação, PD&I, cadeia de valor, matéria prima e insumos. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 33 12/15/22 23:25 CAPÍTULO 2 CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO RIO GRANDE DO NORTE Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 34 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 35 2. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO RIO GRANDE DO NORTE 2.1. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA O Rio Grande do Norte limita-se à Oeste, com o Estado do Ceará; à Sul, com o Estado da Paraíba e a Norte e Leste com o Oceano Atlântico (Figura 2.1). Sua área territorial é de 52.809,60 km² distribuídos em 3 regiões intermediárias, 11 regiões imediatas e 167 municípios[1]. FIGURA 2.1 - Mapa de localização do Rio Grande do Norte com informações político-administrativas. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 35 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E36 2.2. ASPECTOS FÍSICOS O Estado do Rio Grande do Norte se destaca por sua exuberância e belezas naturais, apresentando uma grande diversidade em seu relevo, que fora esculpido em terrenos antigos do embasamento cristalino. Possui um litoral com 410 km de extensão, onde a topografia contrastante entre tabuleiros, chapadas e planícies costeira, é representada por extensas praias arenosas, campos de dunas, complexos estuarinos, ilhas barreiras, planícies deltaicas, extensos manguezais, e por belas faixas de falésias ativas, que caracterizam uma paisagem extremamente peculiar. Ainda no litoral norte, as Chapadas Potiguares e Chapada do Apodi, moldadas em rochas sedimentares estão compreendidas pelas planícies costeiras a norte; a sul, pelas superfícies rebaixadas do Vale do Rio Açu e pelos piemontes oriental do planalto da Borborema. As bacias hidrográfi- cas dos rios Apodi/Mossoró e Piranhas Açu são as principais bacias deste setor, desaguam diretamente no Oceano Atlântico na porção norte do RN, ocupado historicamente por atividades de carcinicultura e indústria salineira. Na porção mais interiorana do Estado, no sentido centro-sul e sudo- este, encontram-se as grandes serras e encostas do Planalto da Borbore- ma que bordejam as regiões de maiores altitudes, variando de 300 m a 868 m em relação ao nível do mar, são feições residuais constituídas por relevos em forma de platôs e maciços montanhosos. De leste a oeste, o relevo é margeado pela Depressão Sertaneja, de altitudes plano a suave- mente ondulado. O litoral Sul, com uma caraterística geométrica segmentado por uma orientação geral NS, com alguns setores NW, é definido por segmentos li- neares dominados por falésias marinhas ativas, sobrepostas por campos dunares e com praias arenosas defrontantes ou alternadas em forma de baías parabólicas, ou em ‘anzol’. Este arranjo paisagístico alinhado é inter- rompido nas desembocaduras de estuários, que formam vales encaixados de relevos planos e baixos,entre os principais rios: Cunhaú-Curimataú, Potengi e Ceará Mirim, onde se abrigam ecossistemas manguezais, com- plexos lagunares e planícies deltaicas. A vegetação que recobre o Estado, é composto principalmente pelo domínio das espécies do bioma caatinga que abrange todo o contexto do semiárido, destacando-se sobretudo as variedades da caatinga arbusti- va-arbórea aberta, caatinga arbustiva-arbórea fechada e caatinga arbó- rea fechada, além de variedades de espécies herbáceas. Na faixa litorâ- nea oriental, percebe-se remanescentes da vegetação do bioma da Mata Atlântica, com presença de extensos mangues ao longo do belo litoral (Figura 2.2). Fo to : Pl ín io O liv ei ra Fo to : Pl ín io O liv ei ra Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 36 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 37 Fo to : Ve ne ra nd o A m ar o Fo to : Ve ne ra nd o A m ar o Fo to : Z ig K oc h Fo to : Z ig K oc h Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 37 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E38 \ 2.3. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS, ECONÔMICOS E CONSUMO ENERGÉTICO A população do Estado do RN em 2010 era de 3.168.027 hab, distribuídos em uma área de 52.809.60 km², o que gera uma densidade demo- gráfica de 59,99 hab/km². Em 2021, a população foi estimada em 3.560.903 hab, correspondendo a um aumento populacional de 392.876 hab nos últimos 10 anos (Figura 2.3). A maior parte da população, correspondente a 46% do total, está concentrada na Região Metropolitana de Natal (RMN), representada por quinze municípios (incluindo a Capital Natal). Em relação aos 167 municípios, a capital Natal, possui o maior número de habitantes (20% da população), seguido de Mossoró (8%), Parnamirim (7%) e São Gonçalo do Amarante (3%) [ ]. Fo to : M ar ia d e Fá ti m a A . M at os FIGURA 2.2 - Principais feições geomorfológicas e solos do RN. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 38 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 39 Em relação ao gênero, o número de mulheres segue em maioria, perfazendo um total de 51,11% da população e o dos homens um valor de 48,89%, já em relação ao local de residência, 77,81% dos potiguares segue concentrada na zona urbana, enquanto que apenas 22,19% do total, reside em zona rural (Figura 2.4), tais índices mostram uma forte tendência nas últimas décadas ao processo de urbanização do Estado. FIGURA 2.3 - População do Rio Grande do Norte de 2000 a 2021. FIGURA 2.4 - Distribuição rural, urbana e por gênero no Rio Grande do Norte. Fo nt e: I B G E [1 ] . Fo nt e: I B G E [1 ] . Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 39 12/15/22 23:25 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E40 A economia do Rio Grande do Norte tem passado por grande rees- truturação e consolidação de sua base produtiva e se tornando cada vez mais diversificada e competitiva frente aos novos arranjos econômicos. O RN tem posição de destaque nos diferentes ramos econômicos como o agropecuário, agroindustrial, têxtil, psicultura, carcinicultura, salinocultu- ra, turismo, além da diversificação das atividades de serviços e indústrias, com destaque, atualmente, no cenário energético, no segmento de ener- gia eólica e solar (Figura 2.5). Em relação ao consumo de energia elétrica, o RN vem demonstran- do um aumento contínuo, onde em 2013 o consumo foi de 5,216 GWh/ ano e em 2019 subiu para 6,540 GWh/ano. Do total do consumo, toman- do como base o ano de 2019, 38,6% são destinados ao uso residencial, seguido do industrial com 20,8% e comercial com 20,0%. Entre os 10 principais municípios consumidores de energia do RN, Natal se destaca, na sequencia Mossoró e Parnamirim. O consumo desses três municípios juntos representa 47,1% de todo o consumo estadual (Figura 2.6 a 2.8). FIGURA 2.5 - Salinas – Macau - RN FIGURA 2.6 - Total do consumo energético nos anos de 2013 a 2019. FIGURA 2.7 - Total do consumo energético do ano de 2019 por tipologia de uso. FIGURA 2.8 - Ranking dos 10 principais municípios consumidores de energia no ano de 2019. Fo to : Z ig K oc h. FO N TE : EP E[ 2] ; C O S ER N [3 ] . FO N TE : C O S ER N [3 ] . FO N TE : C O S ER N [3 ] . Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 40 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 41 2.4. INFRAESTRUTURA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 2.4.1. Infraestrutura de Transportes Transporte Terrestre O sistema rodoviário do Estado se distribui em rodovias federais e estaduais que interligam todo o Estado do Norte ao Sul, do Leste a Oeste. A rodovia federal BR 304 cruza o Estado, interligando Natal a Mossoró, já a BR 101 cruza o lado Leste do Estado, de uma ponta a outra, de Cangua- retama a Touros. A BR 406 liga Natal a Macau (Figura 2.9), ainda há ou- tras como a BR 226, BR 427, BR 110, BR 405 e a BR 437 que juntamente com as rodovias estaduais integram o acesso aos outros municípios. O transporte ferroviário dispõe de dois trechos, o trecho em uso liga o município de Nova Cruz até Natal e de Natal até Macau. Há outro trecho que se encontra atualmente desativado que interligava o trecho de Macau a Mossoró e Mossoró até Alexandria. No trecho ferroviário ativo, existem 11 estações ferroviárias distribuídas ao longo de toda a linha férrea. Transporte Hidroviário Em relação ao transporte hidroviário, importante para grandes volu- mes e distâncias, existem rotas internacionais que chegam até os portos do RN: a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN) em Na- tal (Figura 2.10 e 2.11) e o porto Salinas no município de Areia Branca. Com uma estrutura fincada em mar aberto, o Terminal Salineiro de Areia Branca, também conhecido como “Porto-Ilha”, está localizado a 26 km a nordeste da cidade Areia Branca, está interligado por meio de rodovias fe- derais e estaduais, possui grande destaque por ser uma estrutura pioneira na América Latina, e por ser o maior produtor de sal do Brasil, responden- do a mais de 90% da produção nacional. FIGURA 2.9 - Trecho Rodovia 406 em João Câmara - RN Fo to : Z ig K oc h Figura 2.11 - Capitania dos Portos Natal-RN 2014 Fo to : Z ig K oc h FIGURA 2.10 - Porto de Natal - RN 2014 Fo to : Z ig K oc h Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 41 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E42 Para atender aos novos arranjos das indústrias do RN com o cres- cimento e expansão das energias renováveis, o Estado amplia sua infra- estrutura para a construção de mais um porto indústria multiuso em mar aberto, como único na América Latina neste seguimento, para dar suporte logístico a indústria eólica offshore e para o transporte marítimo das de- mais cadeias produtivas, a partir de uma parceria pública-privada. A via- bilidade será implementada no Litoral Setentrional do RN, entre as faixas litorâneas das cidades de Touros, Caiçara do Norte e Porto do Mangue. Transporte Aéreo A infraestrutura aérea do Rio Grande do Norte, é composta por 5 aeroportos públicos, com destaque para o Aeroporto Internacional Go- vernador Aluízio Alves (IATA: NAT, ICAO: SBSG), localizado no município de São Gonçalo do Amarante, distante 33 km para o centro da cidade de Natal, é o maior em termos de capacidade de carga e passageiros. Os outros 4 aeroportos localizam-se no município de Mossoró, Assu, Caicó e Currais Novos (Tabela 2.1). Além dos aeroportos públicos, existe um ae- roporto público-Militar Augusto Severo, no município de Parnamirim; um aeroporto Militar, Base Aérea de Catolé, no município de Pureza, e outros sete aeródromos privados distribuídos no Estado. A Figura 2.12 apresenta o mapa da infraestrutura de transportes do Estado. 2.4.2. Infraestrutura Energética Em relação a infraestrutura elétrica, o RNapresenta uma capacida- de instalada de 7,76 GW de potência em seu parque de geração, repre- sentando 4,04% da capacidade instalada no Brasil. Desse total, 88,4% correspondem a geração de 224 parques eólicos, 6,85% provem de 32 usinas termoelétricas, 4,68% corresponde a 17 empreendimentos de fon- te fotovoltaica e apenas 0,06% correspondem a uma unidade de peque- nas central hidrelétrica[5]. As projeções futuras mostram um cenário de expansão do segui- mento eólico e fotovoltaico para os próximos anos, com a previsão de 5.363 MW de potência eólica, e 5.902 MW de potência fotovoltaica na ca- pacidade de geração do Estado, proveniente de 146 Usinas Eólicas e 137 Usinas fotovoltaicas ainda a entrar em operação. O sistema de transmissão no Estado está conectado ao Sistema In- terligado Nacional (SIN) através de uma linha de transmissão de 500 kV, que se conecta a subestação, o Estado da Paraíba a partir da subestação (SE) de Campina Grande III ao RN, até a subestação de Ceará Mirim II. Da subestação de Ceará-Mirim II, a mesma se conecta a João Câmara III à Açu III, seguindo para o Ceará até a SE Quixadá. Há também a linha de transmissão de 230 kV que interliga a Paraíba até o RN por meio da SE Campina Grande II até a SE Paraíso, no muni- cípio de Santa Cruz. Na sequência, a SE Paraíso se interliga a SE Açu II, indo na sequência para Mossoró II e Banabuiú, no Ceará (Figura 2.13). O Apêndice B apresenta a listagem de todos os empreendimentos energéticos em operação no Estado do Rio Grande do Norte. TABELA 2.1 – PRINCIPAIS AEROPORTOS DO RN. Fo nt e: A N A C [4 ] . Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 42 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 43 FIGURA 2.12 - Mapa da infraestrutura de transportes. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 43 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E44 FIGURA 2.13 - Mapa da infraestrutura energética (Empreendimentos, Linhas de Transmissão e Subestações). Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 44 12/15/22 23:26 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 45 12/15/22 23:26 Figura 3.1 - Representação gráfica da macroescala, mesoescala e microescala. CAPÍTULO 3 A CLIMATOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 46 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 47 3. A CLIMATOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE 3.1. CIRCULAÇÃO GERAL O clima de qualquer região do planeta é basicamente o resultado da interação entre três fatores: o sol, o ar e a água. A energia solar não é distribuída igualmente sobre a Terra. Esta distribuição desigual é respon- sável pelas correntes oceânicas e pelos ventos que, transportando calor dos trópicos para os polos, procuram atingir um balanço de energia[1]. Em torno da Terra existe uma fina camada de ar constituída de ga- ses que são mantidas devido a força gravitacional chamada de atmosfera. Essa camada de ar é fundamental para manutenção das diversas formas de vida na terra. O aquecimento desigual do planeta cria regiões de pressões atmos- féricas opostas. A todo momento o planeta tenta equilibrar as zonas de di- ferentes pressões e temperaturas, deslocando, pela atmosfera, o ar quen- te e de baixas pressões para a região de ar frio e altas pressões. É desse deslocamento de ar que surge o vento. Os movimentos atmosféricos, em geral, são categorizados por di- ferentes escalas, que vão desde a ordem dos centímetros até à circun- ferência da terra. A dinâmica atmosférica é classicamente estudada de maneiras que se diferenciam bastante quanto a escala espaço-temporal[2]. Desta forma, é possível compreender separadamente a importância de cada fenômeno para aplicações específicas. Apesar da subdivisão das es- calas, os fenômenos atmosféricos ocorrem simultaneamente, interagindo e influenciando-se uns aos outros. Por vezes, termos como local, regional e global são utilizados para se referir a fenômenos atmosféricos às escalas micro, meso e macro, respectivamente (Figura 3.1). 3.1.1. Macroescala Os fenômenos atmosféricos de macroescala têm grande impacto na variabilidade do tempo e clima em diferentes regiões do planeta devido à dimensão e o tempo de vida dos sistemas, tais fenômenos têm um papel importante na determinação das características climáticas e sazonais nas regiões do globo. Nelas se enquadram: furacões, frentes, ciclones, anti- ciclones. A análise das características dos movimentos de ar nessa catego- ria é muito importante para a avaliação do vento como potencial fonte energética. As temperaturas no Equador são mais altas devido à intensa radiação solar recebida (por unidade de área). O movimento do ar (em grande escala) entre o Equador e 30° Norte e Sul é denominado de célula de Hadley ou célula tropical. Essa célula caracteriza-se por movimentos ascendentes do ar nas proximidades da Linha do Equador, devido ao intenso aquecimento da superfície, esse ar, após ascender, se desloca em direção aos polos em ambos os hemisférios e descendem em torno de 20-30° Norte e Sul, devi- do ao seu resfriamento. Os ventos em superfície, na célula de Hadley, se direcionam para o Equador, estando submetido a influência do efeito de Coriolis e sendo denominados de ventos alísios. Parte do ar descendente em 20-30°, em ambos os hemisférios, se desloca em direção aos polos, ascendendo nas proximidades de 60° Norte/Sul, parte desse ar que as- cendeu irá se deslocar, em altos níveis, em direção ao Equador e descen- der próximo à 20°-30° Norte/Sul, dando origem a outra célula fechada, que é denominada de célula de Ferrel ou célula de latitudes médias. O ar ascendente nas proximidades da latitude de 60° Norte/Sul irá se deslocar em direção aos polos, e, devido ao seu resfriamento irá des- cender na região dos polos. Parte do ar que descendeu nos polos se movi- menta em direção ao Equador, dando origem a outra célula fechada, que se denomina como célula polar. É importante destacar que os movimentos de circulação descritos constituem um modelo simplificado e correspon- dem às condições médias observadas. No entanto, a circulação atmosfé- rica (Figura 3.2) e os centros de altas e baixas pressões se modificam ao longo do ano, de acordo com a incidência da radiação solar. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 47 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E48 Um dos mais importantes sistemas meteorológicos da macroescala é a Zona de Convergência Intertropical – ZCIT (Figura 3.3) que é carac- terizada por ser uma região de baixa pressão juntamente com a conver- gência dos ventos alísios, que por sua vez são ventos gerados a partir da ascensão de massas de ar que se deslocam de zonas de alta pressão para regiões com baixa pressão A ZCIT é o mais importante sistema gerador de precipitação sobre a região equatorial do Oceano Atlântico e áreas conti- nentais adjacentes, mudanças sazonais em sua posição mais ao Norte em agosto-setembro e ao sul em março-abril controlam esse regime de pre- cipitação também, que também é de grande relevância para a determi- nação da estação chuvosa do norte da região Nordeste do Brasil (NEB)[3]. 3.1.2. Mesoescala As dimensões espaciais que envolvem os fenômenos de mesoescala estão na ordem de 1 a 100 km e duração de 1 hora a 1 dia. Enquadram- -se nessa categoria fenômenos atmosféricos como tornados, tempestades isoladas, linhas de instabilidade, conjuntos de tempestades ou sistemas convectivos de mesoescala (SCM), ilhas de calor, e as brisas marítima, terrestre e de vale e montanha. A diferença de temperatura do ar e pres- são atmosférica entre o mar e a terra (a superfície aquática do oceano e a superfície terrestre) originam o sistema meteorológico conhecido como brisa marítima ou terrestre, dependendo do horário do dia, mesma situ- ação acontece para regiões com topografia complexas chamada de brisa de montanhaou vale. Durante o dia a superfície terrestre se aquece mais do que o oceano, este gradiente térmico promove fluxos de energias para a atmosfera, que Figura 3.2 - Representação gráfica da Circulação Geral da Atmosfera. Figura 3.3 - Ilustração da Formação da Zona de Convergência Intertropical. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 48 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 49 causam gradientes de pressão em níveis acima da superfície, os quais im- pulsionam o movimento do oceano para o continente. Neste caso, tem-se a brisa marítima, (Figura 3.4a). No período noturno, o sentido da circula- ção se inverte, onde o ar próximo a superfícies escoa do continente para o oceano, originando a brisa terrestre (Figura 3.4b). De forma semelhante ocorre a circulação montanha-vale, porém sem a presença de um corpo d’água como no caso das brisas marítimas e terrestres. O topo de regiões mais altas como montanhas durante o dia recebe radiação solar mais facilmente e também perdem facilmente durante a noite. O oposto é observado na região de vale que tem difi- culdades de receber radiação solar durante o dia e de maneira análoga, tem dificuldade de liberar essa energia à noite. O sistema vale-montanha é mais eficiente que a brisa marítima-terrestre por necessitar de uma quantidade menor de calor para iniciar a circulação e ser ainda mais in- tensa, sua formação e intensidade depende do contraste de temperatura da superfície criado pelo aquecimento diurno (Figura 3.4c) e resfriamento noturno (Figura 3.4d)[4]. Figura 3.4 - Representação gráfica das brisas marítima (a) e terrestre (b) e Brisa de vale (c) e montanha (d). “B” refere-se a baixa pressão e “A” à alta pressão. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 49 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E50 3.1.3. Microescala A microescala é o ramo da meteorologia que estuda fenômenos que ocorrem de 1 metro a 1 quilômetro (espaço) e de segundos a minutos (tempo), como se verifica na Figura 3.5. Alguns dos fenômenos de inte- resse para os recursos eólicos e solares observados nestas escalas são: turbulência, covariância de vórtices turbulentos, balanço de radiação e trocas de calor e energia na superfície da Terra, etc. Outro interesse em estudos em microescala é compreender aspectos e comportamentos na camada limite planetária (CLP). A CLP nada mais é do que a camada da atmosfera que está em con- tato com a superfície da Terra (terra ou água), ou seja, está fortemente influenciada por características como o aquecimento da superfície, rugosi- dade, etc. A espessura do CLP pode variar de 1 a 2 km no período diurno devido ao aquecimento da superfície a 100 e 200 metros no período no- turno. Assim a espessura da CLP configura como umas das características mais importantes para estudos como poluição atmosférica, parametriza- ção da baixa troposfera e nas aplicações de estimativa do potencial eólico e geração de energia por abranger os principais instrumentos de medição de velocidade e direção do vento, torres eólicas e aerogeradores. 3.2. CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS E SISTEMAS METEOROLÓGICOS ATUANTES NO RIO GRANDE DO NORTE Os principais sistemas meteorológicos atuantes no Rio Grande do Norte são: a ZCIT, os Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN), os Dis- túrbios Ondulatórios de Leste (DOL), os Sistemas Convectivos de Mesoes- cala (SCM) e as circulações de brisa. O Estado do RN apresenta evidente variabilidade espaço temporal das chuvas, com episódios de longas es- tiagens ou de chuvas abundantes. A região caracteriza-se, naturalmente, como de alto potencial para evaporação da água, em função da enorme disponibilidade de energia solar e altas temperaturas. A ZCIT é a principal responsável pela precipitação registrada no pri- meiro semestre do ano. Atuando principalmente no norte do estado du- rante os meses de fevereiro a maio. Quando a ZCIT migra para o Hemis- fério Norte, os totais pluviométricos declinam, resultando em um período mais seco. Na porção leste, juntamente com a ZCIT, sistemas de mesoes- cala também têm papel relevante nos totais pluviométricos anuais[4]. Um conjunto de variáveis meteorológicas e ambientais são responsáveis pela formação desses sistemas. 3.2.1. Temperatura A temperatura do ar varia no tempo e no espaço. Desta forma, a temperatura é influenciada por alguns fatores, tais como, radiação solar, advecção de massas de ar, aquecimento diferencial da terra e da água, correntes oceânicas, altitude, localização geográfica, etc. O ciclo anual de temperatura do ar do RN reflete a variação da radiação solar incidente ao longo do ano. A localização do Estado na região equatorial proporciona pouca variabilidade na temperatura média devido à constante incidência de radiação solar. As localidades do litoral leste e extremo sudoeste en- volvendo a região imediata de Pau dos Ferros, localizada na “tromba do elefante” apresentam os menores valores anuais de temperatura (Figura 3.6), em contrapartida o oeste, centro e centro-sul é caracterizado com valores de temperaturas médias acima de 28°C. As estações de primavera (setembro, outubro e novembro) e verão (dezembro, janeiro e fevereiro) apresentam temperaturas acima de 28°C nos setores oeste e centro do Estado, cidades como Mossoró, Assu, Itajá e Baraúna os valores médios ultrapassam 29°C. As regiões leste e setores Figura 3.5 - Representação gráfica da altura da Camada Limite Planetária. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 50 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 51 que apresentam topografias acentuadas os valores médios de temperaturas são menores atingindo valores abaixo de 25°C na estação de inverno (julho, agosto e setembro), Martins é um exemplo de cidades que refletem o efeito do relevo no comportamento da temperatura. Figura 3.6 - Média anual da temperatura (°C) a 2 metros do solo para o Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 51 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E52 3.2.2. Precipitação e nebulosidade As nuvens têm grande contribuição no ciclo hidrológico e balanço de energia do planeta. São amplamente conhecidas como reguladoras da quan- tidade de radiação solar e na variação da temperatura em função do tipo, espessura e tempo de permanência da nuvem no local. No aproveitamento energético solar, a nebulosidade, especialmente, requer maior atenção por impactar na disponibilidade de irradiância solar que atinge a superfície ter- restre. A variabilidade da chuva e da nebulosidade são altamente correlacio- nadas devido a precipitação ser consequência da convecção e formação de Figura 3.6 - Média sazonal (a, b, c e d) da temperatura (°C) a 2 metros do solo para o Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 52 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 53 nebulosidade, porém, a presença de nuvens não implica necessariamente na ocorrência de chuvas. Na estação de verão (dezembro, janeiro e fevereiro), figura 3.7a, as chuvas estão concentradas na região oeste do Estado, esse comportamento deve-se em parte à presença dos VCAN em janeiro[5][6], mas principalmente pela chuva orográfica devido ao acentuado relevo no oeste potiguar. Os ven- tos alísios trazem umidade do oceano e não encontram resistência da ZCIT que ainda está se deslocando para a região e ao encontrar o relevo no Alto Apodi, ocorre formação de nebulosidade com possibilidade precipitação. No outono (março, abril e maio), (Figura 3.7b), essa variabilidade é especial- mente afetada pela aproximação e influência da ZCIT especialmente na por- ção norte e noroeste do Rio Grande do Norte. Na estação de inverno (junho, julho e agosto) (Figura 3.7c), a precipitação ocorre principalmente na costa leste do Estado, influenciada pelo sistemameteorológico de DOL [7]. Em síntese, os DOL são distúrbios que se originam no continente africano e se propagam dentro dos ventos alísios até o continente Brasileiro, causando bastante chuva na região do NEB. A estação da primavera (setembro, outu- bro e novembro) (Figura 3.7d), caracteriza-se como a estação seca no RN. A variabilidade sazonal da nebulosidade no Estado mostra a evidente relação com áreas de relevo acentuado e a entrada de umidade na região costeira principalmente nas estações de verão (Figura 3.8a) e outono (Figu- ra 3.8b). Similar ao comportamento da chuva, a estação de primavera exibe grande ausência de nuvens em boa parte do Estado, com os maiores valores no planalto da Borborema. Figura 3.7 - Acumulado médio anual da precipitação (mm mês-1) para o Rio Grande do Norte (2001-2020). Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 53 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E54 Figura 3.7 - Acumulado médio sazonal (a, b, c e d) da precipitação (mm mês-1) para o Rio Grande do Norte (2001-2020). Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 54 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 55 Figura 3.8 - Média anual da fração de nuvens (%) para o Rio Grande do Norte (1991-2020). Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 55 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E56 Figura 3.8 - Média sazonal (a, b, c e d) da fração de nuvens (%) para o Rio Grande do Norte (1991-2020). Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 56 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 57 3.2.3. Vento Vento é popularmente conhecido como “o ar em movimento”, é re- sultado do deslocamento de massas de ar devido a diferenças de pressão atmosféricas entre duas regiões distintas. O vento é crucial no sistema climático por redistribuir umidade e calor pelo planeta, além de auxiliar no equilíbrio da temperatura, na renovação do ar e dispersão de poluen- tes, distribuição de pólens, formação de ondas e na produção de energia eólica. A distribuição temporal e espacial dos ventos é controlada por me- canismos de macroescala, mesoescala e microescala. O RN apresenta localização privilegiada para o aproveitamento eó- lico, encontrando-se na região Nordeste do Brasil, próximo à linha do equador, região onde se concentram os ventos alísios que são persistentes e intensos associados à grande escala. Valores de velocidade do vento a 100 metros de altura do solo e médios anuais acima de 7 m/s são concen- trados em toda faixa norte e nordeste do RN, além das regiões centro e central-sul do Estado. Outro importante sistema meteorológico de grande escala que afeta o comportamento dos ventos no RN é a Alta subtropical do Atlântico Sul – ASAS (Figura 3.9)[8]. Trata-se de um sistema de alta pressão semipermanente, localizado no Oceano Atlântico Sul e, portanto, influencia nos padrões de tempo e clima do Brasil. Especialmente para o RN, quando a ASAS se desloca mais ao norte da sua posição climatológica, intensifica os ventos na costa do estado trazendo umidade do oceano. O comportamento dos ventos no RN apresenta uma sazonalidade bem definida, ventos mais intensos são observados nas estações de in- verno e primavera (agosto a novembro), (Figuras 3.10c e 3.10d) e me- nos intensos entre o verão e outono (fevereiro a maio), (Figuras 3.10a e 3.10b). O outono, caracterizado como a estação chuvosa no Estado devido à aproximação da ZCIT, apresenta menores valores de velocidade do vento (Figura 3.10b). O litoral norte e leste e região central do Estado apresentam os maiores valores de velocidade do vento, devido aos ventos alísios e as diferentes brisas atuantes nessas regiões, alterando a intensi- dade do vento durante o ciclo diurno. O litoral Potiguar apresenta ventos mais intensos no período que se estende do final da manhã até o meio da tarde. Figura 3.9 - Alta Subtropical do Atlântico Sul (em azul) e Alta Subtropical do Atlântico Norte (em Cinza). Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 57 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E58 Figura 3.10 - Média anual e velocidade do vento a 100 metros do solo. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 58 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 59 Figura 3.10 - Média sazonal (a, b, c e d) e velocidade do vento a 100 metros do solo. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 59 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E60 3.2.4. Radiação solar O movimento da Terra em torno do Sol descreve uma trajetória elíptica, com uma inclinação do seu eixo, em relação ao plano da órbita, de aproximadamente 23°27’. Essa inclinação juntamente com o seu movi- mento de translação dá origem às estações do ano (Figura 3.11). O início da primavera e do outono são marcados pelos equinócios e do verão e inverno, pelos solstícios. Assim, a quantidade de radiação solar que atinge uma porção da superfície da Terra é variável no tempo e no espaço[1]. Devido à movimentação contínua da Terra em torno do sol e a ação da atmosfera nos raios solares incidentes, determinar a quantidade de ra- diação solar que chega à superfície é um fator intrinsecamente complexo, este processo é fundamental para determinar a orientação e posiciona- mento dos painéis solares, bem como para estimar a produtividade dos sistemas de aproveitamento solar e a aplicação de suas tecnologias. A energia emitida pelo Sol, situa-se na faixa entre 250 a ~3000- 4000nm de comprimento de onda (Figura 3.12). Essas ondas variam do ultravioleta (UV), passando pelo espectro da radiação visível, até o infra- vermelho. Ao atravessar a atmosfera, a radiação é refletida, absorvida e espalhada pelos gases, aerossóis e nuvens. Portanto, a radiação que chega à superfície depende da concentração de gases e aerossóis e das condições meteorológicas. Além disso, a radiação que chega na superfície terrestre também pode ser refletida, absorvida, espalhada e transmitida. Irradiância Global Horizontal – GHI (W/m²) A irradiância global horizontal (GHI – Global Horizontal Irradiance) corresponde a energia total por unidade de área incidente numa superfície horizontal, é a soma da radiação solar direta e difusa. A GHI é medida em estações solarimétricas através de instrumentos como piranômetros e pireliômetros, sendo a principal componente para avaliar a produção de energia em sistemas fotovoltaicos. A quantidade de radiação que chega à determinada superfície é função de vários fatores como, latitude, altitude, fração de cobertura de nuvens, presença de gases e aerossóis e inclinação do terreno. O Rio Grande do Norte tem uma localização privilegiada, pró- ximo à linha do equador, região que recebe mais radiação solar no Globo. Irradiância no Plano Inclinado – POA (W/m²) A Irradiância no Plano Inclinado (POA – Plane of Array) é a radiação solar total incidente em uma unidade de área de superfície inclinada. A POA é utilizada para determinar a inclinação ideal dos módulos fotovoltai- cos para maximizar a captação da irradiação solar em função da latitude Figura 3.11 - Esquema dos Movimentos de translação e rotação da Terra. Figura 3.12 - Espectro de irradiação solar. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 60 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 61 e minimização do sombreamento entre as fileiras dos módulos fotovoltai- cos. As medições são feitas por piranômetros em posição inclinada, em estruturas de inclinação fixa e em plantas com rastreadores. Irradiância Difusa Horizontal - DHI (W/m²) A Irradiância difusa horizontal (DHI – Diffuse Horizontal Irradiance) é a quantidade de radiação incidente sobre uma superfície horizontal por unidade de área, decorrente do espalhamentopor diferentes constituintes da atmosfera (gases, aerossóis, nuvens, etc.). Os níveis de DHI são com- plementares ao parâmetro global GHI para o dimensionamento de siste- mas fotovoltaicos. As medições da DHI auxiliam na escolha da tecnologia de aproveitamento solar mais adequada. As medições são feitas através de um sistema específico que combina um piranômetro com um sistema de sombreamento pontual associado. Irradiância Normal Direta – DNI (W/m²) A Irradiância Normal Direta (DNI – Direct Normal Irradiance) é a quantidade de radiação solar por unidade de área proveniente diretamen- te do Sol que incide perpendicularmente à superfície. As medições de DNI são úteis para dimensionar os sistemas heliotérmicos ou fotovoltaicos de concentração. As medições são realizadas por pireliômetros com sistema de rastreamento. Medições com pireliômetros por longos períodos são complexas e custosas em relação às medições com piranômetros simples. No entanto, a estimativa da DNI pode ser feita de forma “indireta”, calcu- lando-se o valor a partir das medidas de GHI e DHI. Na região equatorial onde está localizado o Estado do RN, há pouca variação da média anual da radiação solar incidente (entre 200 a 300 W/ m2), fatores como, características locais como de relevo, vegetação, la- titude e especialmente nebulosidade, podem influenciar na variação da radiação ao longo do Estado. 3.3. CLIMA De acordo com critérios de Köppen aplicado por Álvares et al (2014) [9] para o Brasil (Figura 3.14), o RN caracteriza-se principalmente por dois tipos de clima: tropical com verão seco e semiárido. Os setores leste e par- tes do setor oeste atingem 38,8% do clima tropical e 61,2% é caracteri- zado por clima semiárido, que envolve toda região central e oeste-central. Clima tropical com verão seco – As • O setor leste, envolvendo a faixa costeira está Natal, a capital do RN, que apresenta a estação chuvosa concentrada entre maio e julho e a estação seca na primavera e início da estação do verão (setembro a de- zembro). Regiões do litoral de Parnamirim até o litoral de Touros também apresentam essa característica climática, e apresentam médias pluviomé- tricas anuais entre de 1.000 e 1.600 mm. • Outras localidades da faixa do litoral abrangem municípios de Bahia Formosa à Nísia Floresta, a média anual de chuvas fica acima de 1.600 mm. De acordo com a classificação de Koppen, a estação chuvosa concentra-se entre os meses de julho e agosto. • Regiões do sudoeste do Estado como trechos da região serrana de Luís Gomes, Martins, Portalegre e as partes mais elevadas da Serra João do Vale apresentam médias pluviométricas semelhantes à capital, com valores anuais entre 1.000 e 1.600 mm. • Áreas da Chapada de Apodi e das Serras de Santana, São Bernar- do e Serra Negra do Norte apresentam índices pluviométricos médios en- tre 600 e 800 mm por ano. Segundo a classificação de Koppen representa a transição entre o clima Tropical e o semiárido. Clima semiárido - BSh • É o clima mais seco do Estado, com média anual abaixo de 700 mm e regiões que ainda apresentam acumulados abaixo de 400 mm de chuva que podem ser considerados como clima semiárido intenso. O clima BSh é encontrado cobrindo cerca de 150 km de litoral norte. Esta faixa costeira apresenta chuva anual abaixo de 650 mm e, portanto, pode ser considerada a mais seca e quente do Brasil, pois a média anual da tempe- ratura é ligeiramente superior a 26,5° C. • Abrange os municípios Vale do Açu, parte do Seridó e do Sertão Central e o litoral que vai de São Miguel do Gostoso ao município de Areia Branca. As médias de precipitações anuais variam de 400 a 600 mm. Exis- tem localidades que apresentam a média anual em torno de 400 mm de chuva caracterizando um clima árido, essa característica abrange os mu- nicípios Equador, Parelhas, Carnaúbas dos Dantas no Seridó, São Tomé, Lajes, Pedro Avelino, Fernando Pedrosa, Angicos e Afonso Bezerra. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 61 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E62 Figura 3.13 - Tipos de climas do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 62 12/15/22 23:26 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 63 12/15/22 23:26 CAPÍTULO 4 ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS E LICENCIAMENTO Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 64 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 65 4. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS E LICENCIAMENTO 4.1. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS RELEVANTES PARA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS ENERGÉ- TICOS RENOVÁVEIS Até meados de 1970, as fontes energéticas eram exclusivamente não renováveis e, em meio à crise do petróleo nessa década, houve a necessidade da redução da dependência mundial de petróleo e a diversi- ficação e abertura de novos mercados para as fontes energéticas, aliado a difusão de novos hábitos de consumo e em meio a um cenário de esgo- tamento dos recursos naturais e mudança na utilização desses recursos na promoção ao desenvolvimento sustentável. É nesse contexto, que as energias renováveis ganham visibilidade como uma alternativa mais sus- tentável na provisão da demanda energética mundial. No Brasil, a discussão sobre outras fontes energéticas renováveis se intensificou nos anos 90, contudo o crescimento da energia eólica ocorreu a partir dos anos 2000. A matriz energética brasileira é predominante- mente renovável e a hidrelétrica lidera no ranking de capacidade instala- da, contudo, a eólica e solar hoje, é sem dúvida a alternativa mais expres- siva e famigerada quando se remete as questões energéticas. Além dos aspectos de segurança energética, a fonte eólica e solar tem grande destaque nas questões ambientais atrelada ao fato de ser uma fonte limpa e renovável de energia, portanto, em sintonia aos pre- ceitos do desenvolvimento sustentável. As usinas eólicas e fotovoltaicas são passíveis de licenciamento am- biental durante o desenvolvimento do projeto, construção e operação do empreendimento e as questões socioambientais são relevantes em todas essas fases, inclusive na escolha da área para implantação de futuros projetos. Identificar preliminarmente se existem áreas protegidas e especiais, áreas desertificadas, de preservação permanente, zonas urbanas, resi- dências isoladas, outras ocupações, áreas com presença de avifauna, es- pécimes em extinção, cavernas, corais e outras áreas julgadas relevantes faz parte do planejamento do projeto e aumenta a segurança jurídica, técnica, ambiental, social e econômica de sua implantação. Incorporar as variáveis socioambientais a um estudo de viabilidade ambiental permitirão ao empreendedor otimizar seu planejamento e evi- tar problemas futuros. Essas variáveis podem acarretar restrições quanto à implantação de empreendimentos e/ou aumentar a complexidade du- rante a implantação e muitas delas serão levadas em consideração pelos órgãos regulamentadores nos estudos das autorizações ambientais. Fazer uma análise socioambiental ainda na fase do planejamento do empreen- dimento é agir preventivamente à futuros conflitos e questões que podem vir à tona em fases mais avançadas do projeto. 4.1.1. Áreas Especiais 4.1.1.1. Unidades de Conservação O Rio Grande do Norte possui um patrimônio natural significativo e com o intuito de protege-los e promover a conservação de sua biodiver- sidade e da paisagem local foram criadas as Unidades de Conservação (UCs) enquanto áreas protegidas vinculadas à esfera federal ou estadual ou municipal. As Unidades de Conservação são categorizadas em Unidades de Pro- teção Integral (UCPI) e Unidades de Uso Sustentável (UCUS). As UCPI são áreas naturais destinadas à preservação da biodiversidade e livres de alterações causadas por interferência humana, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção de casos previstos em Lei. Já as UCUS, são áreas em que deve haver a preservação am- biental, aliada à exploraçãosustentável dos recursos naturais, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável. As UCs federais são regulamentadas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC (instituído pela Lei nº 9.985/2000)[1]. A gestão das unidades estaduais é realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), através do Núcleo de Unidades de Conservação (NUC)[2] pelo Programa Estadual de Unidades de Conservação e as municipais por meio da gestão do municí- pio. Ao total, o RN dispõe de 21 Unidades de Conservação (Figura 4.1), sendo 14 unidades de Uso Sustentável e 7 unidades de Proteção Integral, de acordo com a Tabela 4.1. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 65 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E66 Tabela 4.1 – Características de jurisdição, município, área, ato legal e ano de criação das Unidade de Conservação do Rio Grande do Norte. Fo nt e: S is te m a N ac io na l d e C on se rv aç ão d a N at ur ez a (M M A ,2 02 2) [3 ] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 66 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 67 4.1.1.2. Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade As Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade (APCBIO) são um instrumento de política pública que visa à tomada de decisão, de forma objetiva e participativa, sobre planejamento e implementação de medidas adequadas à conservação, à recuperação e ao uso sustentável dos ecossistemas. A portaria que reconhece as APCBIO implementa classes de impor- tância biológica e de priorização de ação. A classificação do grau de im- portância para ambas as categorias é: I Extremamente alta; II – Muito alta e III – Alta. [4] No Rio Grande do Norte, foram identificadas 43 áreas prioritárias para conservação da biodiversidade de domínio do Bioma da Caatinga, pequenas parcelas do Bioma Mata Atlântica e áreas da Zona Costeira e Marinha (Figura 4.1). Na região marinha, se destacam as áreas: AP (ZCM-51) que englo- ba a APA dos Recifes de Corais, situado no litoral leste do RN, embora já exista a APA gerida pelo Estado (Recife dos Corais), conforme a 2ª atua- lização das Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade (2018) [5], a ação prioritária engloba uma área de aproximadamente 10.210 km2 de extensão, classificada pelo grau de importância biológica e prioridade de ação como “Extremamente Alta”, cuja ação normativa é para criação de unidade de conservação. Outra área destaque está localizada na porção norte do litoral do RN, a ZCM-46, cuja extensão engloba cerca de 5.600 km² de área mari- nha. Para essa região há indicação de estudos de impactos cumulativos, pois a área já possui atividades exploratória marinhas, como é o caso da indústria do petróleo, também indicada com nível de importância “Extre- mamente Alta”. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 67 12/15/22 23:26 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E68 Figura 4.1 – Mapa das Unidades de Conservação e das Áreas Prioritárias Para Conservação da Biodiversidade do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 68 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 69 4.1.1.3. Quilombolas, Sítios Arqueológicos e Terras Indígenas Quilombolas Os territórios quilombolas são áreas ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos. No que concerne ao licenciamento am- biental, haverá intervenção em território quilombola quando um empre- endimento ou atividade localizar-se em território quilombola ou apresen- tar elementos que possam ocasionar impacto socioambiental [6]. No RN, o INCRA aponta 8 áreas de quilombos distribuídas em 8 municípios, de acordo com Tabela 4.2 e Figura 4.4. Sítios Arqueológicos Os sítios arqueológicos têm um importante papel para compreender o fenômeno do povoamento pré-histórico da Região Nordeste do Brasil. São considerados sítios arqueológicos os locais onde se encontram vestí- gios da vida e da cultura material dos povos, das comunidades, socieda- des e civilizações do passado, sendo possível identificar conhecimentos e tecnologias que indicam anos de adaptação humana ao ambiente, além da produção de saberes tradicionais brasileiros. O reconhecimento de Sítios Arqueológicos ocorre por meio da homo- logação de seu cadastro no Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão - SICG, cabendo ao Centro Nacional de Arqueologia (CNA) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, a responsabilidade de homologar os dados referentes ao patrimônio arqueológico no SICG[8]. O cadastro de sítios arqueológicos no SICG equipara-se ao Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), e apresentam juntos 787 sítios arqueológicos registrados até o momento no Estado do Rio Grande do Norte. Sendo assim, existem 664 registros de sítios arqueológicos cadas- trados no SICG e 123 que foram anteriormente cadastrados no CNSA, mas que não possuem dados espaciais suficientes para sua homologação no SICG[8]. A Figura 4.3, apresenta a distribuição dos municípios com maiores números de ocorrências de sítios arqueológicos no estado. A maior con- centração por município está em Pedro Avelino, com 80 registros de ocor- rência; as demais ocorrências se encontram principalmente nos municí- pios de Carnaúba dos Dantas, Angicos, Lajes, Assu, Jandaíra e Mossoró. A Figura 4.4 apresenta espacialmente essa distribuição. Terras Indígenas O Rio Grande do Norte não dispõe de Terras Indígenas oficialmen- te delimitadas no território[10], entretanto, segundo o relatório “Base de Informações Geográficas e Estatísticas sobre os indígenas e quilombolas para enfrentamento à Covid-19”[11], (realizado como forma de divulga- ção para disponibilizar antecipadamente os dados em consolidação para o Censo Demográfico 2020), o Estado possui uma população indígena de 2.597 pessoas, divididos em pelo menos 10 etnias: Guaraní, Guarani Kaiowá, Kariri, Pataxó, Potiguara, Tapuia, Tupinambá, Tupiniquim, Xavan- te, Yanomámi. Tabela 4.2 – Comunidades quilombolas por municípios no Rio Grande do Norte. Figura 4.3 – Número de sítios arqueológicos por municípios no Rio Grande do Norte. Fo nt e: I ns ti tu to N ac io na l d e C ol on iz aç ão e R ef or m a A gr ár ia – I N C R A [ 7] . Fo nt e: I PH A N [9 ] . Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 69 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E70 Essa população é distribuída em 11 localidades indígenas que estão dispostas por categorias jurídicas administrativas e territoriais. Dessas 11 localidades, 3 são consideradas como agrupamentos de localidades indígenas, definido como um conjunto de 15 ou mais indivíduos indígenas em uma ou mais moradias contíguas que estabelecem vínculos familiares ou comunitários. Além desses agrupamentos indígenas, há 08 localidades identificadas por registros administrativos, mas que não foram definidas em setores censitários. O órgão responsável pela demarcação das Terras Indígenas é a Fun- dação Nacional do Índio (FUNAI), que classifica as categorias sequenciais de acordo com o status do processo demarcatório[12]: em estudo, delimi- tadas, declaradas, homologadas e regularizadas. No momento, apenas a Aldeia Sagi/Trabanda, da etnia Potiguara, se apresenta como tradicional- mente ocupada e em fase de estudo para possível regularização da Terra Indígena. A distribuição das localidades está distribuída em 7 municípios, con- forme Tabela 4.3, onde a maioria da população indígena do Rio Grande do Norte está situadas nos municípios de: Apodi, Assu, Baía Formosa, Goia- ninha, João Câmara, Luís Gomes e Macaíba. 4.1.2. Assentamentos Agrícolas De acordo com a base de dados do Instituto Nacional de Colonização e ReformaAgrária (INCRA), o Estado do Rio Grande do Norte possui re- gistrado 272 assentamentos rurais[7] (Figura 4.4). Os 272 assentamentos registrados estão distribuídos em 64 municípios, sendo a maior concen- tração no município de Mossoró, com 32 registros (11,76%), seguido dos municípios de Apodi, Governador Dix-Sept Rosado, Carnaubais, João Câ- mara, Baraúna, Upanema e Ceará-Mirim. Os demais assentamentos estão distribuídos nos mais de 45 municípios em menor quantidade (Figura 4.5). Para desenvolvimento de projetos eólicos e solares nessas áreas, caso a titularidade do imóvel não esteja em nome do beneficiário, o INCRA ou outra instituição responsável deve participar das negociações do proje- to. Alguns estudos foram realizados na tentativa de regularizar o uso des- ses espaços (estudo realizado pelo CERNE, 2020[13]), bem como, tramita o Projeto de Lei 3.266/2021[14] (anterior PL 384/2016) no qual autoriza a exploração de energia renovável (eólica, solar, hídrica e bioenergia) em assentamentos da reforma agrária. Tabela 4.3 – Distribuição geográfica da população indígena urbana e rural por munícipio do Rio Grande do Norte. Figura 4.5 – Distribuição dos Assentamentos Rurais por Municípios no Rio Grande do Norte. *Em Estudo – Comunidade em etapa de realização dos estudos antropológicos, his- tóricos, fundiários, cartográficos e ambientais, que fundamentam a identificação e a delimi- tação da terra indígena. Fo nt e: I B G E [1 1] Fo nt e: I N C R A [7 ] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 70 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 71 Figura 4.4 – Mapa dos Sítios Arqueológicos, Quilombos e Assentamentos Rurais do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 71 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E72 4.1.3. Avifauna e Quirópteros Um dos impactos ambientais mais popularmente associados à ener- gia eólica diz respeito à avifauna, incluindo pássaros e morcegos. Contu- do, esta é uma situação em que os acidentes dependem muito da espécie, bem como das condições locais, região (migração, alimentação, reprodu- ção), época do ano, tempo e também das características dos empreen- dimentos, como número e altura das turbinas, seu espalhamento, entre outros[15][16]. Ao longo de todo ano, as aves migratórias que não se reproduzem no Brasil estão presentes e podem ser observadas em todas as estações. Durante a primavera e verão, o país recebe populações advindas do he- misfério norte e quando estas iniciam seu retorno, as espécies austrais iniciam seu deslocamento ao norte, invernando especialmente nos esta- dos da região Sul e Sudeste[17]. Um levantamento de dados disponíveis[18][19][20][21][22], revelou a pre- sença de aproximadamente 24 espécies de aves migratórias no RN, onde a maioria são compostas por uma grande diversidade de maçaricos e batuíras e, também pode ser observado, falcões e andorinhas como dispõe Tabela 4.4, quase que totalmente consideradas na rota atlântica das aves migratórias. Conforme o “Relatório de Rotas e Áreas de Concentração de Aves Migratórias no Brasil”[23], a riqueza dos morcegos no território brasileiro varia entre 23 e 117 espécies/ 25 km². O estudo identificou um grande potencial na região Nordeste, principalmente, a porção costeira da Mata Atlântica e o bioma Caatinga. Sendo que o Rio Grande do Norte, possui elevada riqueza potencial de espécies e a presença de áreas relevantes para as espécies ameaçadas. Uma parcela significativa dos morcegos se abriga nas cavernas sub- terrâneas do RN e o bioma Caatinga abriga a maior riqueza de espécies do Estado, entre elas tem-se: Furipterus horrens, Lonchorhina aurita, Na- talus macrourus e Xeronycteris vieirai. O mapa da Figura 4.6 mostra as quadrículas (25 km x 25 km) de ocorrência potencial de espécies de mor- cegos ameaçados. Havendo a indicação de presença, o órgão ambiental pode solicitar ao empreendedor que realize o monitoramento da avifauna e quirópteros, tanto na fase de instalação, como na fase de operação dos empreendi- mentos enquanto condicionantes da(s) licença(s) ambiental(is). 4.1.4. Cavernas O Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE)[24], é constituído por informações correlatas ao patrimônio espeleológico nacio- nal. O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV) [25] é o responsável pelo suporte técnico e pela sua gestão. Do total de 1.371 ocorrências de cavernas no Estado, até o mo- mento cadastradas pelo CANIE (Figura 4.6), aproximadamente 80% for- maram-se em rochas sedimentares carbonáticas da Bacia Potiguar. Na Província da Chapada do Apodi, é onde está concentrado a maior parcela, principalmente nos municípios de Baraúna (324 ocorrências de cavernas) e Felipe Guerra (409 ocorrências de cavernas). Tabela 4.4 – Espécies de aves migratórias registradas no Rio Grande do Norte. * Espécies registradas sem coordenadas geográficas. Fo nt e: S IB B r[ 21 ] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 72 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 73 Os arquivos obtidos pelo CANIE com o ca- dastro das cavidades naturais, não representam todo o universo de cavernas existentes no territó- rio do Estado. Eles reúnem unicamente a pequena porção de cavidades que já foram prospectadas, por pessoas físicas, grupos ou instituições, cujos dados foram publicados, em diversos meios de divulgação e que foram cadastradas no CANIE. O Decreto nº 10.935/ 2022[26] classifica o grau de relevância da cavidade natural subter- rânea e prevê em seu art. 4º que para o grau de relevância máximo, somente poderão ser objeto de impactos negativos irreversíveis quando au- torizado pelo órgão ambiental licenciador com- petente, no âmbito do licenciamento ambiental da atividade ou do empreendimento. Para isso, o empreendedor deve, além de demostrar algumas exigências fundamentais previstas, implantar formas de compensação ambiental definidas em lei e outras formas de compensação espeleológica por meio da realiza- ção de ações e medidas que garantam a preser- vação de cavidades naturais subterrâneas e da implementação de ações do Programa Nacional de Conservação do Patrimônio Espeleológico. Figura 4.6 – Mapa de Cavernas, Avifauna e Quirópteros do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 73 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E74 4.1.5. Batimetria X Distância da Linha de Costa A batimetria é um dos critérios relevantes a se considerar no desenvolvimento de projetos de usinas eólicas offshore. A profundidade da água tende a afetar o tipo de tecnologia (tipo de fundação necessário para instalação do aeroge- rador) usada para desenvolver um determinado projeto desde o planejamento do parque, insta- lação, operação, até o descomissionamento[27]. Valores de profundidade até 30m são con- siderados de águas rasas e indicam a utilização de fundação do tipo monopilar. Entre 30 a 60m de profundidade (águas de transição), recomen- da-se fundações do tipo jaqueta, tripés e torres de treliça. Em águas profundas (acima de 60m), Figura 4.7 – Mapa com batimetria e distâncias da linha de costa do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 74 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 75 são recomendadas estruturas flutuantes[27][28]. A batimetria do local também determina a distância que o projeto estará em relação a linha de costa, ou seja, quanto mais distante da costa o projeto for instalado, maior será o custo potencial de cabeamento, ope- ração e manutenção do parque[29]. Assim, o ambiente marinho do Rio Grande do Norte apresenta ca- racterísticas de plataforma continental e talude, cuja larguras máximas alcançam 43 km entre Areia Branca e São Bento do Norte, limitadopela linha de costa que se estende em direção ao talude com transições de pro- fundidades entre de 40 e 60 m [30]. Portanto, com base na caracterização geomorfológica e sedimentológica[30][31], o ambiente marinho do Rio Gran- de do Norte está dividido em plataforma interna: limitada pela isóbata de 15m; plataforma média: entre as isóbatas de 15 e 25m; e, plataforma externa, cujo limite é fortemente marcado por desníveis batimétricos (an- tigas rochas praiais), até o início da planície abissal, onde ocorre desníveis superior a 2.000m sobre o talude e o sopé continental[30][32]. Baseado nas características de profundidades e distâncias da linha de costa do Rio Grande do Norte (Figura 4.7), registram-se 8 projetos eólicos offshore já em evidência para o Estado, com solicitação de licença ambiental junto ao IBAMA, até novembro de 2022, com um total de 1.116 aerogeradores (com previsão total de 15.854 MW de potência). Os aero- geradores estão distribuídos em sua maioria entre as profundidades de 10 m e 30 m e com distâncias da linha de costa a partir de 5 km até 40 km, caracterizando assim, a preferência por profundidades inferiores a 60m. 4.1.6. Estruturas Offshore A Bacia Potiguar, situada no Estado do Rio Grande do Norte, é exem- plo de bacia sedimentar de grande importância para a produção de petró- leo no território nacional e é originada de depressão da crosta terrestre por subsidência e consequente preenchimento sedimentar pelo processo de litificação. Em sua porção terrestre, o Rio Grande do Norte é o Estado de maior produção, atual e histórica, de petróleo do Brasil. Já em relação a sua porção marítima, é classificada como fronteira exploratória e bastante promissora, devido aos vários campos petrolíferos produtores em águas rasas de óleo leve. Atualmente, existem 29 plataformas de petróleo na Bacia Potiguar[33](Figura 4.8), sendo apenas 3 delas estando em operação. São elas: Arabaiana 1 (PARB1), Pescada 1B (PPE-1B) e Pescada 2 (PPE-2) (DPC, 2022). Na Figura 4.7 apresentam-se ainda os campos de produção de pe- tróleo, os oleodutos e os poços de petróleo. Também são apontadas as áreas de fundeio (ancoragem), extraídas das Cartas Náuticas da Marinha do Brasil. É importante dispor dos usos e estruturas existentes no mar territo- rial, a fim de conciliar com a exploração de usinas eólicas offshore. Outros usos devem ser mapeados na etapa de desenvolvimento de projetos, a exemplos das áreas de pesca e faixas de navegação específicas. 4.1.7. Aspectos Oceanográficos 4.1.7.1. Caracterização Climática Meteoceanográfica Atuan- te no Rio Grande do Norte É importante que a caracterização do potencial eólico offshore esteja atrelada a aspectos oceanográficos e sejam levados em consideração na etapa de planejamento, na elaboração dos projetos, implantação e ope- ração dos parques eólicos offshore. Compreender as condições extremas de ondas, correntes marítimas, temperatura da superfície do mar e ou- tras variáveis oceanográficas é de interesse não apenas científico para a comunidade de pesquisa, mas também econômico para empreendedores, projetistas e governo enquanto órgão responsável pela regulamentação dos espaços e planejamento espacial. Todos esses parâmetros podem afetar os projetos, seu desempenho e a vida útil das turbinas eólicas of- fshore. Assim, o objetivo deste tópico é fomentar o diálogo e a discussão desses aspectos correlacionando-o com as questões da eólica offshore. Diante do exposto, o Estado do Rio Grande do Norte (RN) situado na região do Oceano Atlântico Sul e próximo à linha do Equador tem suas condições marítimas influenciadas principiante pela Zona de Convergên- cia Intertropical (ZCIT). Portanto, a flutuação meridional (N-S) da ZCIT durante os períodos de inverno (julho a setembro - limite norte, 14N) e verão (fevereiro a abril - limite sul 5S) acarretam mudanças no sistema interação oceano-atmosfera, que por sua vez, provocam alterações nas condições de temperatura superficial do mar (TSM), da salinidade, do padrão das correntes marítimas de superfície e na própria energia de on- das[34]. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 75 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E76 Figura 4.8 – Mapa com as principais estruturas offshore do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 76 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 77 Temperatura da Superfície do Mar (TSM) A variabilidade espaço-temporal da temperatura da superfície do mar próximo ao RN está relacionado com a posição da ZCIT e com o nível de radiação solar. A média climática da temperatura, mostra que a varia- bilidade ao longo do ano é baixa, devido à localização do RN ser próximo ao Oceano Atlântico Tropical. Nos meses de dezembro a fevereiro (verão), a ZCIT está localizada acima da linha do Equador, neste período, a superfície do oceano absorve grandes quantidades de energia solar, em função do nível de radiação ser máximo devido à baixa nebulosidade e precipitação. Os maiores valores de temperatura da superfície do mar são observados nos meses de março a maio (outono), alcançando aproximadamente 29°C. No mesmo período, ocorre a migração da ZCIT para sul, nas proximidades da costa do RN, e, portanto, aumenta a nebulosidade e precipitação, ocasionando menor incidência de radiação solar. Dessa maneira, nos meses de setembro a novembro (primavera) são observados os menores valores da tempera- tura da superfície do mar (26°C) para o RN. Portanto, a TSM apresenta aumento no verão e outono, e decresce no inverno e na primavera, apre- sentando uma variabilidade em média de 3°C entre estações. A de temperatura da superfície do mar contribui significativamente ao longo do ano na variabilidade da precipitação, e em alguns perío- dos sendo mais importante em relação às condições atmosféricas. Nesse caso, as condições marítimas estão diretamente relacionadas a capacida- de e armazenamento de energia e de fonte de umidade para retroalimen- tação do sistema convectivo. Assim, a variabilidade climática pode ocorrer impulsionada pelas condições da TSM[35]. Correntes Marítimas Superficiais A dinâmica das correntes marítimas próximo ao litoral do RN é in- fluenciado pelo sistema de interação dos ventos com o padrão de circu- lação do giro do Atlântico Sul na região do oceano Atlântico. Portanto, os ventos alísios dominantes na região Equatorial sopram de leste para oeste influenciando a Corrente Equatorial Sul Atlântica que ao encontrar a costa brasileira se bifurca (próximo a latitude de 10°S) formando a Corrente do Brasil (CB) e a Corrente Norte do Brasil (CNB). A CB se desloca no sentido sul, enquanto a CNB viaja em direção ao Equador formando a Corrente das Guianas (CG)[36]. A média climática de velocidade da Corrente Norte do Brasil no RN apresenta altos valores de velocidade, entre 0,8 a 1 m/s (Figura 4.9), dis- tribuída na porção norte e noroeste do Estado. Sendo que, essa corrente é fortemente influenciada pelos padrões de circulação atmosférica. Ao longo do ano, o comportamento sazonal das correntes marítimas de superfície no RN é bem definido. No entanto, as direções médias das correntes não apresentam significativa variabilidade, sendo seu sentido principal de leste (E) para oeste (W), enquanto que os valores de veloci- dade são os mais influenciados pela sazonalidade. Nos meses de dezem- bro a fevereiro a média sazonal de velocidade pode atingir 1,5 m/s. Nas estações de outono e primavera, são observados os menores valores de velocidade da corrente. Ondas Marítimas As ondas são geradas a partir da transferência de energia do vento para a superfície do oceano. Basicamente o desenvolvimento delas está conectado a três princípios: I) Força do vento - quanto maior a velocidade do vento, maior vai ser a energia transferida da atmosfera para a super- fície do mar; II) Duração do vento - ventos fortes emum curto espaço de tempo não vão gerar ondas grandes; III) Pista do vento - é região de atuação do vento durante um tempo com baixa variabilidade na direção do vento, ou seja, quanto maior a pista mais tempo para a onda propagar. Portanto, quanto maior for a velocidade e duração do vento numa pista, maior será a altura de onda. Assim, as ondas são caracterizadas em três parâmetros físicos: altura (H em metros), período (T em segundos) e di- reção (Dir em graus). O clima de ondas para o Rio Grande do Norte é influenciado prin- cipalmente por sistemas atmosféricos locais como também distantes. O Nordeste é influenciado por 4 sistemas de ondas dominantes na região, portanto, existem as ondas geradas por ventos locais (Hs=1.0, Tm=4-5 e Dir=NW-ESE), gerados por ventos Alísios de SW (Hs=2, Tm=5-8 e Dir=E- -SE), gerados por ventos Alísios de NE (Hs = 1,1 m, Tm = 8 e 11 s e Dir = N e NE) e os swells originados no Atlântico Norte[37]. A climatologia de ondas para o RN, de maneira geral, é caracteriza- da por alturas de ondas mais elevadas na porção do oceano aberto, em águas profundas e, conforme ela se propaga em direção a costa do RN, a altura das ondas diminui, devido a interação com o fundo submarino. Para os padrões de direção, a climatologia mostra que a porção do lito- ral oriental do RN, há o predomínio de ondas de leste com período entre 8-10 s geradas principalmente pelos ventos alísios de SE. Enquanto que Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 77 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E78 Figura 4.9 - Mapa de velocidade das correntes marinhas, anual e sazonal, do RN. para a região do litoral setentrional do RN, observa-se ondas de predomi- nantemente de N e NE com períodos entre 8 e 9 s, as quais são geradas principalmente, pelos ventos de alísios de NE. No entanto, a sazonalidade da climatologia de ondas destaca os principais sistemas de ondas para cada estação do ano. Nas Figuras 4.10 e 4.11, são apresentadas as médias de Hs e Tm respectivamente, para cada estação do ano. Nos meses de verão as ondas de N e NE atingem valores de Hs entre 1.20-1.80 m, Tm entre 8 - 11 s, tanto na região do li- toral oriental quanto no litoral setentrional do RN. Nas estações de outono e inverno o clima de onda predominante na região norte do estado apre- senta ondas de NE - SE com Hs entre 1.0-1.80 m, Tm 6-10 s, sendo que os meses de JJA onde apresenta os menores valore de Hs e Tm, caracte- rísticos de ondas formatos por ventos locais. No entanto, para o mesmo Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 78 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 79 período de outono e inverno para o litoral oriental do RN são observados maiores valores de Hs entre 1.60-1.95, Tm entre 8-10s e direção entre E -SE, oriundos de sistema característico de ondas geradas por ventos alí- sios de SE. Nos meses de SON, são observadas ondas com Hs entre 1,20 e 1,95 m com período de 8 a 10 s de direção variando de NE e SE. No entan- to, no litoral setentrional do RN, são observadas ondas com Hs 1,2 m e Tm 10 s com direção de N (45°) geradas por sistema atmosféricos originários do Hemisfério Norte e ventos alísios de NE. Enquanto na porção do litoral oriental do RN, próximo da costa, as ondas são geradas por ventos alísios de SE com alturas significativas de 1,5 m e períodos de médios 9 s. Figura 4.10 – Mapa de alturas significativas da onda, anual e sazonal, do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 79 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E80 Figura 4.11 – Mapa de período médio da onda, anual e sazonal, do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 80 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 81 4.1.8. Substrato Marinho A plataforma do Rio Grande do Norte, mais precisamente, a Plata- forma Continental Setentrional, é constituída principalmente por fácies de areia siliciclástica em águas rasas ao longo da costa, plataforma interna, passando transicionalmente, plataforma intermediária, para areias car- bonáticas em águas mais profundas, ou plataforma externa[30][31]. Fácies como lama terrígena, lama carbonáticas, marga carbonática e marga are- nosa, também ocorre na plataforma interna, sobretudo, próximo ao vale inciso do rio Assú[30]. Além do tipo de substrato marinho, uma das características mar- cantes da Plataforma Continental Setentrional do RN, são as formas de fundo, cuja águas claras em determinadas épocas do ano (no período de baixa turbidez), tende a favorecer a obtenção das características do relevo submerso. Diversas feições de fundo (Figura 4.12) ocorrem desde escalas decimétricas a quilométricas nesta costa[32], caracterizadas prin- cipalmente por: I – Rochas praiais (beachrocks), são antigas linhas de costa, ge- radas por carbonato de cálcio[30][32]. Estão distribuídos longitudinalmente entre 20 e 30km de distância da atual linha de costa e profundidades de 10 e 60m; II – Corpos arenosos marinho raso isolados, caracterizados por areia siliciclástica, são formas distribuídas paralelamente à linha de costa, destacando-se a forma “Coroa das Lavadeiras”, na extremidade do Alto de Touros[39], distante em relação à linha de costa cerca de 15 a 20km e, em profundidades médias de 20m; III - Campos de dunas longitudinais simétricas e assimétricas[32], estendem-se ao longo da plataforma interna, entre as profundidades de 5 e 10m, são constituídos predominantemente por areia do tipo siliciclás- tica[30]; IV – Campos de dunas transversais [32] perpendicular à linha de cos- ta, estão distribuídos na plataforma média, entre as profundidades de 15 a 25m, são principalmente constituídos por areia do tipo bioclástica [30] [31]; V – Vales incisos (paleocanais) dos rios Piranhas-Açu e Apodi-Mos- soró[30][32] localizados perpendicularmente à linha de costa, atingem pro- fundidades máximas de 30 e 32m, na plataforma continental e se enten- dem como vales incisos até o talude; Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 81 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E82 Figura 4.12 – Mapa de feições morfológicas do substrato marinho, do Rio Grande do Norte. Fo nt e: M ap a ba se ad o a pa rt ir d a im ag em d e sa té lit e do s en so r m ul ti es pe ct ra l L A N D S AT -O LI 8 / 20 22 . (U S G S , 20 22 )[ 76 ] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 82 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 83 4.2. CONSIDERAÇÕES ACERCA DOS MARCOS RE- GULATÓRIOS E LICENCIAMENTO AMBIENTAL 4.2.1. Marco Regulatório e Licenciamento dos Parques Eóli- cos Onshore e Usinas Fotovoltaicas As principais normas fundamentais para o licenciamento ambiental no Brasil são a Resolução CONAMA nº 001/1986[40] e a Resolução CONAMA nº 237/1997[41]. Ambas estabelecem os procedimentos e definem diretri- zes gerais, tais como: as atividades que dependerão de Estudo de Impac- to Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para obtenção de licença ambiental, as diretrizes gerais e conteúdo míni- mo para elaboração do EIA/RIMA e a definição das competências quanto ao licenciamento pelo órgão ambiental municipal, estadual e federal. Os principais tipos de licenças ambientais são a prévia (LP), instala- ção (LI) e operação (LO). A licença prévia é concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua locali- zação e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação. Esse tipo de licença é a primeira a ser emitida para parques eólicos e usinas solares, sendo uma exigência pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para habilitação do projetoe posterior partici- pação nos leilões de energia. A licença de instalação autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, progra- mas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante. Mesmo o empreendimento já ter LP, é necessário requerer a LI. A licença de ope- ração autoriza a operação da atividade ou empreendimento, e estabelece medidas de controle ambiental e monitoramentos que devem ser continu- adas durante toda a fase de operação. A licença ambiental não tem caráter definitivo, ou seja, as licenças de diferentes tipos estão sujeitas a prazos de validade, bem como de monitoramentos contínuos conforme solicitado pelo órgão licenciador de acordo com as condicionantes das licenças. Os empreendimentos eólicos onshore e offshore e usinas solares estão sujeitos ao licenciamento ambiental e atendimento às legislações no âmbito federal, estadual e municipal. Quando se trata de empreendimen- tos e atividades localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; em terras indígenas; em unidades de conservação federais (exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados, cabe o licenciamento à União, nesse caso, ao Instituto Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Natu- rais Renováveis (IBAMA) (Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011)[42]. Para os casos de licenciamento a nível estadual, cabe ao IDEMA enquanto órgão licenciador do Rio Grande do Norte e entidade executora do Sistema Estadual do Meio Ambiente (SISEMA). Para o licenciamento ambiental voltado especificamente para usinas eólicas onshore, na legislação federal, a Resolução do CONAMA Nº 462 publicada em 24 de julho de 2014[43] estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de energia elé- trica a partir de fonte eólica em superfície terrestre. Essa nova resolução estabelece ainda que empreendimentos eóli- cos considerados de baixo impacto ambiental poderão ser licenciados por meio de procedimento simplificado, contudo, quando o empreendimento se enquadrar em alguns dos casos dispostos no Art. 3º, parágrafo 3º, não será considerado baixo impacto, exigindo a apresentação de EIA/RIMA. Os casos não considerados de baixo impacto ambiental será quando o empreendimento se localizar em: formações dunares; planícies de de- flação; mangues e áreas úmidas; mata atlântica e implicar em supressão de vegetação primária e secundária; zona costeira e implicar em altera- ções significativas; áreas de rota, pouso, descanso, alimentação e repro- dução de aves migratórias; locais que venham a gerar impactos sociocul- turais diretos; áreas com ocorrência de espécies ameaçadas de extinção e; áreas de endemismo restrito. Para o licenciamento ambiental de usinas eólicas fotovoltaicas, en- quadra-se a Resolução CONAMA nº 279, de 27 de julho de 2001[44]. Que estabelece procedimentos específicos para o licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos elétricos com pequeno potencial de im- pacto ambiental, onde se insere as usinas solares. Cabe a cada órgão licenciador estadual o enquadramento quanto ao impacto ambiental dos empreendimentos de geração de energia eólica e solar, considerando o porte, a localização e o potencial poluidor que po- dem variar de estado para estado, bem como determinar particularidades no licenciamento ambiental, levando em consideração as características naturais e sociais de seu território. Para isso, existe um enquadramento quanto ao porte do empreen- Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 83 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E84 dimento que, dependendo, pode alterar a magnitude dos impactos aliado a fatores ambientais que estão relacionados ao potencial poluidor/degra- dador do ambiente. O porte e o potencial poluidor/degradador do RN são definidos pela Resolução CONEMA Nº 04/2006[45]. O porte é considerado segundo a po- tência instalada em Megawatt do empreendimento. O potencial poluidor/ degradador é determinado considerando as variáveis ambientais: ar, água e solo/subsolo subdivididos em pequeno, médio e grande potencial polui- dor. Para o ar, são considerados os poluentes, os efeitos da poluição sonora e a presença de odores. Em relação à água, consideram-se os potenciais dos poluentes presentes. Para o solo, é levado em consideração os efei- tos nos meios biótico e socioeconômico, os tipos de resíduos gerados e a movimentação de terra. A análise individual do potencial poluidor nessas três variáveis resulta no potencial poluidor/degradador geral da atividade. A Tabela 4.5 dispõe das principais legislações federais e estaduais consideradas relevantes para o processo de licenciamento de usinas eóli- cas onshore e solar. Constituição da República Federa- tiva do Brasil de 1988.[46] Art. 225 do Meio Ambiente: é dever do poder público de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981[47] Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e me- canismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012[48] Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. (Novo Código Florestal) Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998[49] Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras provi- dências (Lei de Crimes Ambientais) Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000[1] Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constitui- ção Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conserva- ção da Natureza e dá outras providências Lei nº 13.153, de 30 de julho de 2015[50] Institui a Política Nacional de Combate à Desertificação e Miti- gação dos Efeitos da Seca e seus instrumentos; prevê a criação da Comissão Nacional de Combate à Desertificação; e dá outras providências Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999[51] Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Lei n° 12.305, de 02 de agosto de 2010[52] Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Lei n° 7.661, de 16 de maio de 1988[53] Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e dá outras providências. Lei Complemen- tar nº 140, de 08 de dezembro de 2011[42] Competência comum relativa à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer das suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora Resolução CO- NAMA nº 462, de 24 de julho de 2014[43] Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fonte eólica em superfície terrestre. Resolução CONA- MA, n° 279, de 27 de junho de 2001[44] Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental RESOLUÇÃO CO- NAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986[40] Define as situações e estabelece os requisitos e condições para de- senvolvimento de Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. Resolução CONA- MA nº 237, de 19 de dezembro de 1997[41] Dispõe sobre conceitos, sujeição, e procedimento para obtenção de Licenciamento Ambiental, e dá outras providências Resolução CO- NAMA nº 369,de 28 de março de 2006[54] Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente- -APP. Resolução CO- NAMA nº 275, de 25 de abril de 2001[55] Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. Resolução CO- NAMA nº 307, de 5 de julho de 2002[56] Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Resolução CONA- MA nº 257/1999 e nº 263/1999[57] Dispõe sobre o descarte, coleta, reutilização, reciclagem e trata- mento de pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos. Resolução CONA- MA nº 347, de 10 de setembro de 2004[58]] Dispõe sobre a proteção do patrimônio espeleológico. Portaria INTERMI- NISTERIAL nº 60, de 24 de março de 2015 – MMA[6] Estabelece procedimentos administrativos que disciplinam a atu- ação dos órgãos e entidades da administração pública federal em processos de licenciamento ambiental de competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis- -IBAMA. INSTRUÇÃO NORMATIVA n° 001, de 25 de março de 2015 – IPHAN[59] Estabelece procedimentos administrativos a serem observados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional nos processos de licenciamento ambiental dos quais participe. LEGISLAÇÃO FEDERAL Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 84 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 85 Lei Complementar Estadual nº 272, de 03 de março de 2004[60] Regulamenta os artigos 150 e 154 da Constituição Estadual, revo- ga as Leis Complementares Estaduais nº 140, de 26 de janeiro de 1996, e nº 148, de 26 de dezembro de 1996, dispõe sobre a Políti- ca e o Sistema Estadual do Meio Ambiente, as infrações e sanções administrativas ambientais, as unidades estaduais de conservação da natureza, institui medidas compensatórias ambientais, e dá outras providências - (Política Estadual do Meio Ambiente) Lei Complementar Estadual nº 336, de 12 de dezem- bro de 2006[61] Altera a Lei Complementar Estadual nº 272, de 03 de março de 2004 e dá outras providências. Lei nº 10.154, de 21 de fevereiro de 2017[62] Institui a Política Estadual de Combate e Prevenção à Desertifica- ção no Estado do Rio Grande do Norte e fixa outras providências. Resolução CONE- MA nº 4/2006[45] Estabelece parâmetros e critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor/degradador, dos empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou ainda que, de qualquer forma, possam causar degradação ambiental, para fins estritos de enquadramento visando à determinação do preço para análise dos processos de licenciamento ambiental. Resolução CONE- MA nº 3/2011[63] Averbação de Reserva Legal e Projetos de Reposição Florestal e dá outras providências Instrução Norma- tiva IDEMA nº 1, de 01 de novem- bro de 2018[64] Regulamenta a Lei Complementar Estadual nº 272, de 03 de mar- ço de 2004, no que dispõe sobre critérios e procedimentos para o Licenciamento Ambiental de Centrais de Geração de Energia Elétri- ca por Fonte Solar Fotovoltaica no Estado do Rio Grande do Norte. Tabela 4.5 – Legislação Federal e Estadual relevante no processo de licenciamento ambiental. LEGISLAÇÃO ESTADUAL 4.2.2. Marco Regulatório e Licenciamento dos Parques Eóli- cos Offshore Em relação ao licenciamento ambiental de empreendimentos eólicos offshore, as tratativas sobre o marco regulatório se iniciaram com mais robustez no ano de 2019 com algumas inciativas IBAMA, no qual realizou um Workshop onde convocou especialistas internacionais para discutir a experiência do licenciamento ambiental em seus países de origem. Foi apresentada a experiência de países como Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França e Portugal. Meses após o citado evento, foi publicado o documento intitulo “Mapeamento de modelos decisórios am- bientais aplicados na Europa para empreendimentos eólicos offshore”. O referido documento teve como objetivos: 1) Conhecer o processo de etapas decisórias necessárias para autorização ou licenciamento ambien- tal da Energia Eólica Offshore, por meio de pesquisas em websites de instituições de regulação e organizações do setor dos países, em arti- gos, relatórios técnicos, estudos relacionados à temática etc.; 2) Elaborar o procedimento para concessão, licenciamento, construção, operação e descomissionamento de complexos eólicos offshore dos países, por meio do levantamento e da identificação das organizações dos países europeus responsáveis pelo licenciamento; 3) Levantar e analisar as normas legais utilizadas para avaliação dos impactos ambientais; 4) Identificar como é realizado o monitoramento ambiental nos países selecionados, com res- ponsabilidade, periodicidade, estudos etc.; 5) Identificar como é realizado o descomissionamento nos complexos eólicos offshore nos países selecio- nados, verificando os casos de desmontagem que ocorreram neles. Em dezembro de 2019, foi publicada a primeira versão do Termo de Referência para Elaboração de Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA/RIMA) para Complexos Eólicos Offshore, este documento foi posto para consulta pública no período de janeiro a abril de 2020, apenas em novembro de 2020 é que foi realizada a publi- cação da versão final do Termo de Referência. Importante mencionar que o Termo de Referência se trata de um tipo de sumário para elaboração do EIA/RIMA, estudo elaborado junto com a solicitação da licença ambiental e que servirá para balizar a análise do órgão ambiental quanto a viabili- dade do empreendimento e emissão de autorização e licença ambiental solicitada. Até 02 de agosto de 2022, foram 08 processos abertos com solicitação de licença ambiental junto ao IBAMA na costa do RN. Em relação a outras questões sobre o modelo de concessão ou o modo de exploração, em janeiro de 2022, foi publicado o Decreto Presi- dencial Nº 10.946[65], que dispõe sobre a cessão de uso de espaços físicos e o aproveitamento dos recursos naturais em águas interiores de domínio da União, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e na plataforma continental para a geração de energia elétrica a partir de empreendimento offshore. Esse decreto forneceu o passo inicial no caminho da regulamen- tação dos futuros empreendimentos. Em 19 de outubro de 2022, foram publicados mais dois documen- tos: a Portaria Normativa Nº 52/GM/MME[66] que estabelece as normas e procedimentos complementares relativos à cessão de uso onerosa para exploração de central geradora de energia elétrica offshore no regime de produção independente de energia ou de autoprodução de energia, de que trata o art. 5º, inciso I, do Decreto nº 10.946, de 25 de janeiro de Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 85 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E86 2022 e a Portaria Interministerial MME/MMA Nº 3[67] que define normas e procedimentos complementares relativos à cessão de uso onerosa; trata ainda da delegação da ANEEL das competências para formalização de con- tratos de cessão de uso e estabelece informações sobre prazos e demais condições para emissão das Declarações de Interferências Prévias (DIP). Ainda existe o Projeto de Lei n° 576, de 2021[68], que disciplina a outorga de autorizações para aproveitamento de potencial energético of- fshore e o Projeto de Lei nº 11.247, de 2018[69], que disciplina os requi- sitos e procedimentos necessários à obtenção de outorga de autorização para a exploração de centrais geradoras eólicas offshore, fotovoltaicas, ou que utilizem outras fontes renováveis, nas águas interiores sob o domínio da União, no mar territoriale na zona econômica exclusiva. O primeiro projeto (PL nº 576, 2021) de lei disciplina a exploração e desenvolvimen- to da geração de energia a partir de fontes de instalação offshore, as- sim consideradas as localizadas em área do Mar Territorial, da Plataforma Continental, da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) ou de outros corpos de água sob domínio da União, o segundo (PL nº 11.247, 2021) disciplina os requisitos e procedimentos necessários à obtenção de outorga de au- torização para a exploração de centrais geradoras eólicas offshore, foto- voltaicas, ou que utilizem outras fontes renováveis, nas águas interiores sob o domínio da União, no mar territorial e na zona econômica exclusiva. O processo de regulamentação para ocupação das eólicas offshore avançou significativamente, no entanto, discussões vão continuar para consolidação dessas questões, a fim de aumentar a segurança jurídica, técnica e socioambiental da implantação, operação e manutenção desses empreendimentos. Estudos também devem ocorrer de modo efetivo para os avanços na avaliação dos impactos ambientais e monitoramentos, ao mesmo tem- po, em que os órgãos regulamentadores devem se preparar em novas ferramentas para ordenamento do uso do espaço marinho como o Plane- jamento Espacial Marinho (PEM) e fortalecimento de um banco de dados com informações mais precisas e maior conhecimento do mar territorial. 4.3. IMPACTOS AMBIENTAIS E AS ENERGIAS RE- NOVÁVEIS Um dos processos do licenciamento ambiental é a elaboração e aná- lise do estudo de impacto ambiental. O estudo ambiental retrata aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida. O tipo do estudo varia conforme o empre- endimento e sua localização e caberá a cada órgão ambiental a definição do estudo e o termo de referência a ele atribuído. A estrutura mínima do estudo ambiental é prevista em algumas resoluções e também são forne- cidas pelo órgão ambiental através de um Termo de Referência (TR). O impacto ambiental é toda e qualquer modificação no meio ambien- te causada por atividade humana que alteram a qualidade ambiental tanto benéfica ou adversamente do meio ao qual está inserido. Para a avaliação de impactos ambientais, é importante o entendimento das ações ou ati- vidades que serão necessárias para implantação, operação e desativação do empreendimento. Após essa identificação e com o conhecimento mais detalhado da área onde o empreendimento irá ser construído, é feita uma análise sobre quais mecanismos ou processos ocorrerá à ação e assim identifica-se os impactos ambientais. Existem algumas metodologias disponíveis para elaboração da ma- triz de impactos ambientais utilizadas nos estudos de impactos ambien- tais, tais como: - Metodologias espontâneas (Ad hoc): consiste na identificação de impactos através de um “brainstorming” por grupos multidisciplinares com profissionais qualificados em diferentes áreas de atuação[70]; - Listagens (Check-list): consiste na identificação e enumeração dos impactos por meios físico, biológico e socioeconômico, a partir do diag- nóstico socioambiental e sua relação e registro por fases do empreendi- mento (implantação e operação); - Matrizes de interações: são técnicas bidimensionais que relacio- nam ações com impactos ambientais (uma das mais difundida é a Matriz de Leopold); - Redes de interações (Networks): estabelecem relações do tipo causa-condição-efeito, propiciando uma apreciável e sucinta identificação dos impactos e suas inter-relações[71][72]; - Metodologias quantitativas: método rápido para análises de im- pacto, dispõe de uma abordagem sistemática, holística e hierarquizada do meio ambiente[70][73], sendo adequado para análises preliminares e na comparação entre as alternativas de um mesmo projeto[74]; - Modelos de simulação: consistem em modelos de simulações des- tinados a reproduzir o comportamento de parâmetros ambientais ou as inter-relações[73]; Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 86 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 87 - Mapas de superposição (Overlays): a metodologia consiste na so- breposição e integração de uma série de mapas temáticos que objetivam produzir a síntese da situação ambiental de uma determinada área geo- gráfica[70]. Após a identificação, os impactos são classificados conforme atribu- tos (parâmetros ou critérios), tais como: caráter (também encontrado na literatura como condição ou expressão ou natureza ou efeito); possibilida- de de ocorrência; reversibilidade; temporalidade também denominada de duração ou periodicidade ou horizonte de tempo; escala temporal ou pra- zo; escala espacial (ou abrangência territorial); origem; cumulatividade; sinergia; magnitude ou intensidade; significância ou importância; relação causa-efeito e controle[75]. Os impactos ambientais relacionam-se principalmente com a tipolo- gia do empreendimento, o local onde será instalado e o porte. Em relação à localização, os impactos ambientais estão relacionados principalmente a aspectos como vulnerabilidade, fragilidade, resiliência e capacidade de suporte daquele ambiente àquela atividade. Dependendo da área, a rele- vância e magnitude dos impactos pode variar consideravelmente[75]. Os impactos ambientais podem ser positivos e/ou negativos e po- dem ocorrer relacionados ao meio físico, biológico e antrópico. Importan- te mencionar que um dos itens do estudo é a proposição de alternativas locacionais de implantação do empreendimento, no qual o empreendedor avalia áreas em que a construção e operação desencadeei menos impac- tos negativos e conflitos socioambientais. A Tabela 4.6 apresenta os principais impactos na literatura decor- rentes da implantação e operação de empreendimentos eólicos onshore, offshore e usinas solares. IMPACTOS AMBIENTAIS EÓLICA ONSHORE SOLAR EÓLICA OFFSHORE ANTRÓPICOS Geração de expectativas e incertezas na população local Aumento da receita tributária Aumento da renda da população Aumento do desenvolvimento socioeconômico Segurança energética/Oferta de Energia Interferência/Conflito de uso do espaço Incremento tecnológico da região Aumento/Geração de Poluição Sonora/Alteração nos níveis de ruído Aumento/Diminuição na oferta de empregos/mão de obra Alteração/pressão nas condições de tráfego e equipamentos urbanos Alteração/aumento dos problemas sociais Interferência sobre atividade pesqueira e navegação Efeito estroboscópico dos aerogeradores Restrinção de ocupação no entorno da UFV, para evitar sombreamento Geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos Tabela 4.6 – Principais impactos ambientais decorrentes de empreendimentos eólicos e solares. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 87 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E88 FÍSICOS Intensificação/indução dos processos erosivos Alteração da taxa de infiltração/permeabilidade natural Alteração nas características físicas do solo Alteração da dinâmica hídrica Alteração da qualidade do recurso hídrico superficial/subterrâneo Alteração do uso, ocupação e cobertura do solo Alteração da topografia Alteração na dinâmica do ecossistema Alteração da qualidade do ar Incentivo ao desenvolvimento sustentável Redução das emissões de GEE Impacto visual na paisagem Interferências eletromagnéticas Contaminação do solo por óleos e combustíveis. Impacto ocasionado pela sombra dos aerogeradores nas habitações Alteração morfológica do fundo marinho BIOLÓGICOS Interferência na fauna terrestre e flora Afugentamento da fauna Perda/Redução de espécies Riscos de acidentes com animais Perda/Alteração da cobertura vegetal Impacto sobre a avifauna e quirópteros Interferência na comunidade bentônica, mamíferos marinhos, quelônios e outras espécimes marinhas Alteração do estoque de carbono Interrupção localizada das espéciese dos hábitats do fundo do mar Tabela 4.6 – Principais impactos ambientais decorrentes de empreendimentos eólicos e solares. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 88 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 89 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 89 12/15/22 23:27 CAPÍTULO 5 TECNOLOGIA EÓLICA E SOLAR Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 90 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 91 5. TECNOLOGIA 5.1. TECNOLOGIA DE ENERGIA EÓLICA O uso de aerogeradores em prol da humanidade data de mais de 1.000 anos atrás, quando dispositivos menos complexos se utilizavam de energia de fonte eólica para servirem como moinhos de vento. O primeiro avanço significativo para esse tipo de máquina pôde ser observado com a primeira turbina eólica de grande escala para geração de eletricidade, com 12 kW de potência, a baixa velocidade de rotação, instalada em Cleveland, Ohio, em 1888 (Figura 5.1a). Em 1900 existiam, aproximada- mente 2.500 moinhos de vento na Dinamarca, utilizados para trabalhos mecânicos, com potência estimada de 30 MW. Nas décadas de 70 e 80, na Dinamarca foi observado um desenvolvimento gradual da tecnologia eólica, o que levou ao aparecimento de um número maior de máquinas com um pouco mais de 100 kW de potência[1]. Desde a década de 60, máquinas de grande escala foram sendo cada vez mais utilizadas, com a configuração de eixo horizontal (HAWT - Horizontal Axis Wind Turbine – Turbina Eólica de Eixo Horizontal), o uso de 3 (três) pás e o hub sendo instalado à frente da torre de sustentação do aerogerador, chamado de “upwind”. Este modelo de turbina, HAWT, foi o mesmo utilizado no Brasil quando ocorreu a instalação da primeira turbina eólica, no Arquipélago de Fernando de Noronha, em 1992 com a potência de 225 KW, seguido, em território nacional, na praia de Taíba, Estado do Ceará, com a instalação de 10 aerogeradores de 44 m de altura e capaci- dade de 500 KW, todos de configuração HAWT. Nos anos 80 foram utilizadas estruturas de treliça de metal para a torre de suporte, já nos anos 90 passou a se utilizar tubos fabricados em aço e a partir dos anos 2000, as torres de suporte começaram a ser fabri- cadas em aço e/ou concreto[2]. Com relação ao material utilizado para fabricação das pás de aero- geradores, as primeiras turbinas utilizavam predominantemente o aço, mas havia a questão da oxidação em altos níveis de ocorrência, fato este que reduzia consideravelmente a vida útil do componente. O primeiro his- tórico de sucesso de um aerogerador em funcionamento por longo período de tempo foi a turbina Gedser (Figura 5.1b), no qual operou por 11 anos, e suas pás foram fabricadas em material compósito[3], com maior resis- tência à degradação e as cargas mecânicas impostas pela ação do vento, bem como menor peso. Com o crescimento do uso de turbinas eólicas nos últimos 30 anos, os Operadores de Sistemas de Transmissão (TSOs - Transmission System Operators), em cada país, desenvolveram novas exigências de qualidade e controle de energia produzidas por estes tipos de máquinas, e por li- darem com uma fonte energética estocástica, sistemas de Eletrônica de Potência (PE – Power Eletronics) foram sendo desenvolvidos e cada vez mais aperfeiçoados, visando atender as demandas de conexão às diferen- tes redes de transmissão elétricas mundiais[5]. 5.1.1. Aerodinâmica dos Aerogeradores Os primeiros aerogeradores se utilizavam de força de arrasto para a geração de torque nas pás dos rotores de aerogeradores, e, consequen- temente a aplicação de trabalho para o giro do eixo do gerador elétrico. Mas, os aerogeradores comerciais modernos se utilizam de perfis aero- dinâmicos para a geração de torque através de força de sustentação[1], garantindo assim uma melhor eficiência na conversão de energia. Com os avanços tecnológicos na aerodinâmica dos aerogeradores, atualmente, os aerogeradores modernos são baseados na teoria de momento no elemen- to de pá (BEM – Blade Element Theory). A teoria BEM é largamente utilizada para previsão de cargas e ava- liação de performance de rotores de aerogeradores. Através da teoria BEM, a área de varredura do rotor é considerada como um conjunto de FIGURA 5.1 - Modelos de aerogeradores. Fo nt e: W IN D PO W ER [4 ] a) Primeiro cata-vento destinado à geração de energia elétrica, desenvolvido por Charles F. Bruch e b) Primeiro modelo de turbina HAWT, conhecido como turbina Gedser e desenvolvido por Johannes Juul. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 91 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E92 áreas anulares para cada elemento de pá, nas quais o balanço de forças é avaliado, considerando o perfil existente, suas condições dimensionais (ângulo de passo e comprimento de corda), a magnitude da velocidade do vento incidente e a velocidade de rotação do rotor. 5.1.2. Configuração dos Aerogeradores Levando em consideração as configurações de extração de energia cinética do escoamento do vento, os aerogeradores podem ser dividi- dos em duas categorias: aerogerador de eixo vertical (Vertical Axis Wind turbine - VAWT) e aerogerador de eixo horizontal (Horizontal Axis Wind Turbine - HAWT). Os aerogeradores com a configuração VAWT possuem eixo de rota- ção das pás perpendicular ao solo (Figura 5.2). Os VAWT, embora possu- am em geral menor capacidade e eficiência, sendo mais utilizados para aplicações de baixa potência, contam com uma simplicidade em seu pro- jeto, o que possibilita a instalação de componentes mecânicos e elétricos, caixa multiplicadora e gerador no nível do solo, facilitando instalação e manutenção da turbina de modo geral. Dispensam a necessidade de um sistema de yaw para direcionamento das pás, devido ao eixo de rotação perpendicular à direção de incidência do vento, aproveitando ocorrências de todos os setores de direção. Os aerogeradores de eixo horizontal – HAWT, possuem eixo de rota- ção das pás paralelo ao solo (Figura 5.3). Devido as pás facearem o esco- amento do vento de maneira perpendicular, elas se utilizam de forças de sustentação para geração de torque no rotor. São os mais populares den- tre as turbinas de conversão de energia eólica e são os que mais recebem fundos para pesquisa e desenvolvimento, uma vez que estes apresentam vantagens consideravelmente mais significativas do que aerogeradores do tipo VAWT. Os HAWT possuem melhor rendimento aerodinâmico e menor exposição aos esforços mecânicos. Devido a constância dos ventos tanto no Sul do Brasil, quanto no Nordeste, há inúmeros complexos de aeroge- radores de energia eólica de eixo horizontal. Devido às configurações de projeto dos aerogeradores HAWT, a ve- locidade do rotor e a potência gerada podem ser controladas pela mo- dificação do ângulo de passo (pitch) das pás com relação ao seu eixo longitudinal, aumentando a eficiência de extração de energia do vento. Outra vantagem do controle por pitch é a proteção contraventos de alta velocidade, bem como ventos de velocidade extrema, uma vez que esse controle pode “embandeirar” as pás, modificando o ângulo de pitch para uma posição a qual os perfis aerodinâmicos não gerem torque suficientes para o giro do rotor, evitando operação da máquina neste tipo de situação. A configuração perpendicular das pás com relação à direção de in- cidência do vento permite que, ao longo de sua distância longitudinal, FIGURA 5.2 - Exemplo ilustrativo de aerogeradores de eixo vertical (VAWT). FIGURA 5.3 - Exemplo ilustrativo de aerogeradores de eixo horizontal (HAWT). Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 92 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 93 perfis aerodinâmicos sejam escolhidos e projetados de maneira a otimizar a geração de torque em cada seção da pá, aumentando ao máximo a efi- ciência de extração de energia cinética do vento, gerando o máximode torque possível. A Figura 5.4 a seguir apresenta a evolução das dimensões e da po- tência gerada de aerogeradores HAWT ao longo dos anos. Esse avanço ocorreu em conjunto com a diminuição de custos de fabricação e instala- ção[6]. 5.1.3. Tecnologia da Energia Eólica Offshore O interesse pela exploração de energia eó- lica offshore tem aumentado significativamente nos últimos anos. A altíssima demanda de ener- gia, aliado a relevância das energias renováveis no desenvolvimento da indústria e o fato da ocorrência de maiores magnitudes de velocida- de do vento sobre o oceano, o que proporciona uma maior disponibilidade de energia, são al- guns dos motivos que justificam o grande cres- cimento deste setor (Figura 5.5)[7]. A produção energética offshore mundial alcançou 39 TWh em 2015 e 42 TWh em 2016, com uma espera de um aumento da capacidade FIGURA 5.4 - Evolução dos aerogeradores ao longo dos anos. FIGURA 5.5 - Evolução dos aerogeradores offshore, de acordo com a potência, diâmetro e altura das torres. Fo nt e: A da pt ad o de P IS A N Ò [6 ] Fo nt e: A da pt ad o de A N AY A -L A R A e t al .[8 ] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 93 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E94 de potência instalada de 14 GW (2016) para 41 GW em 2022. O setor energético eólico offshore europeu é um dos que mais se desenvolveu, com expectativa de que em 2030, os mares Báltico e do Norte represen- tem uma capacidade total instalada de 8 GW e 45 GW, respectivamente[7]. Em 2021, a capacidade instalada offshore no mundo foi de aproxi- madamente 35,3 GW, com parques eólicos instalados em diferentes paí- ses, com a maioria deles existente na Europa e China[9]. Apesar da tendência dos parques eólicos offshore serem instalados cada vez mais distante da costa continental, visando uma maior disponibi- lidade de energia, a grande maioria dos aerogeradores são instalados em águas com profundidade média entre 1 m e 40 m. Assim, os aerogerado- res instalados conseguem se utilizar de projetos convencionais de máqui- nas onshore contando com sistemas elétricos e de controle de corrosão atualizados para o ambiente marítimo, bem como fundações preparadas para ancorá-los no leito oceânico[7]. Devido à alta demanda energética e a alta disponibilidade de ener- gia eólica em ambiente offshore, a média de potência nominal dos ae- rogeradores instalados atualmente variam ente 4 e 6 MW, com modelos ultrapassando níveis de 10 MW (Figura 5.6). Quanto à altura de hub (eixo do aerogerador), diferente das máqui- nas onshore, os aerogeradores offshore não apresentaram aumento de altitude do centro de seus rotores com o aumento do diâmetro dos roto- res. Isso se dá devido ao fato do ambiente offshore possuir menor nível de rugosidade superficial, comparado com o ambiente onshore, fato este responsável pela característica de um perfil vertical de velocidade do ven- to mais linear, com menor variação da magnitude de velocidade do vento com a altura em relação ao mar. Atualmente, as médias mundiais de distância da costa e profundida- de de instalação de aerogeradores offshore é de 18,8 km e 14,6 m, res- pectivamente. Estes dois parâmetros são entradas de grande importância no projeto de parques eólicos offshore, uma vez que influenciam nos cus- tos de instalação, operação e manutenção. Os custos associados com a instalação das máquinas e o cabeamento necessário para conexão à rede elétrica aumentam quanto maior for a distância da costa. Já a profundi- dade do mar no ponto de instalação dos aerogeradores reflete na escolha, e consequentemente, no custo da fundação necessária para suporte da máquina. Considerando os projetos com solicitação de licença ambiental para o litoral Rio Grande do Norte, as médias da distância em relação à linha de costa variam entre 7,5 km a 10 km, e 30 km a 40 km, em pro- fundidades de 10 a 35 m. De acordo com a profundidade, se define o tipo de fundação necessário para a instalação do aerogerador, cujos modelos mais utilizados no setor eólico offshore são: monopile, tripod, jaqueta, base gravitacional, Suction Bucket e High Rise Pile Cap (Figura 5.7)[10]. Monopile: é adequado para profundidades de 0 a 30 m, sendo ela mais utilizada em parques eólicos offshore devido sua facilidade de insta- lação e o fato de que a maioria dos parques eólicos se encontram neste nível de profundidade. A instalação desse tipo de tecnologia envolve mar- teladas hidráulicas e sua estrutura varia entre 500 a 800 toneladas de peso, com diâmetros entre 5 m e 6 m e comprimentos entre 50 m e 60 m. Tripod: A fundação tripod se trata de uma estrutura de jaqueta de aço, apoiada em três pernas, na qual a coluna central, posicionada logo abai- xo do aerogerador transfere os esforços para as três pernas. Pilares são ins- talados em cada uma das três pernas para garantir a ancoragem do sistema. Este tipo de fundação é recomendado para profundidades ligeiramente mais fundas (30 m a 40 m) do que as de utilização de fundações do tipo monopile. Jaqueta: Jaquetas são estruturas formadas por 4 pilares, interco- nectados por braços estruturais cruzados. Esse tipo de fundação é ade- quado para pontos de instalação mais distantes da costa, com profundi- dades entre 20 m e 50 m. FIGURA 5.6 - Diâmetro do rotor e potência nominal. Fo nt e: G W EC [9 ] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 94 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 95 Base gravitacional: Geralmente fabricada em concreto, esse tipo de fundação consiste em uma estrutura de areia, preenchida por pedra, aço e um eixo central da peça de transição para a tore do aerogerador. Mais utilizada em profundidade maiores do 20 m, esse tipo de fundação apresenta a desvantagem da necessidade de preparação do leito oceânico antes de sua instalação, planificando o local antes do seu recebimento. Suction Bucket: Esse tipo de fundação consiste em uma estrutura em forma de um “balde”, a qual é encostada no leito oceânico e ancorada nele. Depois deste procedimento, a água que se encontra dentro da estru- tura é bombeada para fora, gerando pressão negativa e sugando toda a estrutura no fundo do mar, posicionando o aerogerador. Esse tipo de fun- dação é melhor utilizado para águas profundas e aerogeradores de grande porte. Uma de suas vantagens é que sua instalação pode ser facilmente desfeita e o aerogerador pode ser reinstalado em um posicionamento di- ferente, bombeando água para dentro da estrutura. High Rise Pile Cap: Este tipo de fundação é composto por uma plataforma de suporte de concreto mais alta do que o nível do mar e um grupo de estacas de tubos de aço na parte inferior desta, em que a ex- tremidade inferior da estaca de tubos de aço se inclina ligeiramente para fora. Essa tecnologia é mais adequada para águas rasas (de 0 m a 20 m) com solo macio. 5.2. TECNOLOGIA DA ENERGIA SOLAR A energia solar é a forma mais antiga de energia já utilizada pelo homem. A humanidade está ligada à energia solar desde muitos séculos, quando se utilizava o sol para secar peles e alimentos. Achados históricos de arqueólogos comprovam que, já no século VII A.C se utilizavam sim- ples lentes de vidro para concentrar a luz do sol e desta forma queimar pequenos pedaços de madeira e assim obter fogo[11]. Na atualidade o primeiro marco de origem da tecnologia de ener- gia solar é do ano de 1767, quando o cientista suíço Horace-Benedict de Saussucre inventou o primeiro coletor solar, uma caixa térmica coberta com três camadas de vidro capaz de absorver a energia calorífica, e dessa forma o cientista ficou conhecido como o criador do primeiro forno solar capaz de atingir até 110°C. Enquanto que o segundo grande marco é da- tado do ano de 1839, quando o físico francês Alexandre-Edmond Becque- rel descobriu por acaso, o efeito fotovoltaico[12]. De todos os aproveitamentos que a energia solar pode oferecer, atransformação da radiação solar em energia elétrica é o mais cobiçado. De uma forma geral, a conversão da energia solar em energia elétrica pode ser feita através de duas rotas principais: conversão térmica ou conversão fotovoltaica, conforme apresentado na Figura 5.8. Na conversão fotovol- taica, a energia elétrica é produzida pelo efeito fotovoltaico. A geração solar térmica concentrada utiliza a rota de conversão termodinâmica para a geração de eletricidade. FIGURA 5.7 - Tipos de fundação mais utilizadas no setor eólico offshore. FIGURA 5.8 - Esquemas de conversão de energia solar em energia elétrica. Fo nt e: D ÍA Z , H .; G U ED ES S O A R ES , C .[7 ] Fo nt e: A da pt ad o de K A M A L[ 13 ] . Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 95 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E96 5.2.1. Geração Solar Fotovoltaica Após a observação do efeito fotovoltaico por Edmond Becquerel em 1839, em 1877, dois inventores norte-americanos, W. G. Adams e R. E. Day, utilizaram as propriedades fotocondutoras do selénio para desenvol- ver o primeiro dispositivo sólido de produção de eletricidade por exposição à luz[14]. Contudo, a consolidação da energia fotovoltaica somente foi pos- sível com os avanços tecnológicos do século XX. A consolidação primeiro ocorreu no setor de telecomunicações, com o acesso à energia em locais remotos, e, posteriormente, com a corrida espacial, pois a energia solar fotovoltaica constitui ainda nos dias atuais a melhor forma de alimentação energética no espaço. A Figura 5.9 mostra a imagem do Vanguard I, o primeiro satélite com células solares lançado em marco de 1958. Contudo, com a crise do petróleo na década de 70 foi quando o interesse se mostrou efetivo, motivado também pela redução nos custos de produção, que foram substancialmente reduzidos, atrain- do investidores, incluindo petrolíferas com o objetivo de diversificar suas áreas de negócios[12]. A partir dos anos 90, mercados consumidores como a Alemanha e o Japão se destacaram neste setor, impulsionados pelos compromissos firmados com o Protocolo de Quioto. O crescimento deste mercado foi expressivo com a inclusão da produção chinesa a partir dos anos 2000, considerando a sua política econômica favorável baseada em mão-de-o- bra barata[17]. Existem 3 grupos comerciais de células fotovoltaicas, também co- nhecidos como gerações de dispositivo fotovoltaico (Figura 5.10). A pri- meira geração é composta por células de sílicio monocristalino (mc-Si) e policristalino (p-Si), que representam mais de 85% do mercado, por ser considerada uma tecnologia consolidada, e por possuir a melhor eficiência comercialmente disponível. A segunda geração é comercialmente denomi- nada de filmes finos é dividida em três cadeias produtivas: Silício amorfo (a-Si), disseleneto de cobre e índio (CIS) ou disseleneto de cobre, índio e gálio (CIGS) e telureto de cádmio (CdTe). Possui menor eficiência quando comparada a primeira geração associadas à disponibilidade dos materiais, vida útil, rendimento das células e, no caso do cádmio por ser tóxico. E a terceira geração composta por células de multijunção e células para con- centração, ou seja, constituem-se por diversas sobreposições de células, garantindo absorção de luz de várias faixas do espectro eletromagnético. Por fim, células de concentração, como o próprio nome sugere, concentram raios solares sobre células fotovoltaicas com o uso de espelhos ou lentes. A evolução das maiores eficiências de conversão das células fotovol- taicas confirmadas em laboratórios de testes reconhecidos internacional- mente é atualizada e publicada com periodicidade pelo National Renewa- ble Energy Laboratory – NREL, conforme Figura 5.11. Figura 5.9 - Imagem do Vanguard I, o primeiro satélite com células solares lançado em marco de 1958, levando a bordo um pequeno painel solar com 100 cm² visível na janela em cima à esquerda. FIGURA 5.10 - (a) módulos de primeira geração, (b) módulos de segunda geração e (c) módulos de terceira geração. (a) (b) (c)Fo nt e: N A S A , 19 58 .[1 6] Fo to : IS I- ER Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 96 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 97 FIGURA 5.11 - Gráfico das melhores eficiências de células fotovoltaicas em pesquisas. F on te : A da pt ad o de N R EL .[1 8] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 97 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E98 Os sistemas fotovoltaicos geralmente são constituídos por módulos convencionais monofaciais[19][20][21]. Na última década, foram desenvolvi- dos módulos com células solares de silício bifaciais, isto é, ativas em am- bas as faces[22]. Os módulos bifaciais (Figura 5.12) produzem mais energia elétrica, com a mesma quantidade de material semicondutor utilizada nos módulos convencionais. A mesma técnica utilizada para fabricar módulos convencionais, com células monofaciais, pode ser utilizada para a mon- tagem de módulos com células solares bifaciais. Os módulos com células solares bifaciais podem ser desenvolvidos com refletor difuso[23] ou espe- cular[24] ou com vidro em ambas as faces, de tal forma que o módulo pode receber radiação solar na face frontal e a refletida pelo entorno na face posterior[25][21][26]. 5.2.2. Geração Solar Fotovoltaica Distribuída e Centralizada A geração de energia solar fotovoltaica pode ser classificada pelo seu tamanho como Geração Centralizada e Geração Distribuída. A geração de energia solar fotovoltaica centralizada se caracteriza pela implanta- ção de projetos de grande porte e alta capacidade operacional, instala- dos preferencialmente em locais com atributos técnicos que otimizem a produção, geralmente distantes dos centros consumidores. Esse modelo necessita da conexão com uma rede de transmissão de alta tensão, para transportar a eletricidade gerada até os centros de distribuições, e então aos consumidores finais. No Brasil, regulado pela ANEEL, atualmente com as resolu- ções n° 482, n° 687 e n° 1000, a geração solar fotovoltaica distribuída é constituída por sistemas de pequeno porte com potência limitada, que permitem gerar a energia elétrica no próprio local de consumo ou em sua proximidade, desde que dentro dos limites da área de concessão de uma única empresa distribuidora e pode ser subdividida em microgeração com sistemas com potência menor ou igual a 75 kW e minigeração com sis- temas maiores que 75 kW e menor ou igual a 5MW. Ambas modalidades de geração necessitam da rede de distribuição, mas cada qual apresenta características próprias quanto à sua utilização. Na geração centralizada, a energia percorre um fluxo unidirecional, das subestações de distribui- ção ao consumidor, enquanto na geração distribuída para autoconsumo, a eletricidade não consumida no próprio local, é injetada pelas diversas unidades geradoras diretamente na rede de distribuição, e flui em sentido inverso à energia consumida da rede[27][28]. 5.2.3. Geração Solar Fotovoltaica Flutuante A utilização dos espelhos d’água dos reservatórios de Usinas Hidrelé- tricas – UHE para instalação de Usinas Fotovoltaicas Flutuantes (UFVF) já é uma realidade, inclusive no Brasil. Nos últimos anos, alguns sistemas fotovoltaicos flutuantes foram instalados com a finalidade de pesquisa e desenvolvimento, o mais conhecido deles, tem capacidade de 1 MW e foi instalado no reservatório de Sobradinho (Figura 5.13), na região semiá- rida do Estado da Bahia, de propriedade da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF). Uma característica que as fontes de geração hidrelétrica e fotovol- taica têm em comum é a necessidade de grandes áreas para instalação. Nesse âmbito, os reservatórios de UHE podem ser aproveitados para ins- talação de UFVF[29]. Uma das vantagens econômicas na implantação desse modelo de solução, é a ausência de custocom a aquisição de terreno, po- dendo em alguns casos compartilhar a subestação de elevação de tensão, FIGURA 5.12 - Esquema simplificado de aproveitamento da radiação solar por um módulo bifacial. Figura 5.13 - Usina fotovoltaica flutuante do Lago de Sobradinho. Fo to : IS I- ER Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 98 12/15/22 23:27 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 99 o sistema de transmissão e a mão de obra para manutenção. Por estar em operação, essas áreas já possuem licenciamento ambiental, e seu proces- so de autorização ambiental pode ser menos complexo, contribuindo com a utilização dessa tecnologia nessa modalidade consorciada[30][31]. A utilização das usinas fotovoltaicas flutuantes (UFVF) é bastante re- cente. Países como Itália, Estados Unidos, França, Espanha, China, Japão e Coreia começaram a testar essa tecnologia a partir do ano de 2007. Nos países asiáticos, devido ao grande adensamento populacional, limitações para o uso de terras, grande disponibilidade de corpos d’água e economia de água pela redução da evaporação, a aplicação de UFVF teve um cres- cimento acelerado e aplicações em grande escala[32][33][34]. Segundo Trapani e Santafé (2014), até o ano de 2014 nenhuma UFVF havia sido instalada em lagos de usinas hidrelétricas (UHE) e a ca- pacidade instalada mundial era de 2,4 MWp. Esse número chegou a 242,4 MWp no ano de 2016 (SAHU e YADAV, 2016). No estudo apresentado pelo Grupo Banco Mundial[35] verifica-se que a capacidade instalada de UFVF no mundo saltou de 528 MWp em 2017 para 1.314 MWp em 2018. Como pro- jeção para os próximos anos, a GTM Research (2018) prevê incrementos da ordem de 1.500 MWp por ano até 2022[36]. 5.2.4. Geração Solar Térmica A tecnologia solar térmica abrange três tipos de conversão de ener- gia: de radiação para calor, de calor para energia térmica e de ener- gia mecânica para eletricidade. Os coletores solares térmicos podem ser divididos em duas categorias, de concentração ou não, conforme visto na Figura 5.14. Os coletores de concentração solar concentram a luz solar em um ponto ou em uma linha, aquecendo os fluidos de trabalho a altas tempe- raturas. São utilizados tanto para geração de energia elétrica quanto para dessalinização de água salobra. Os coletores que não concentram a luz solar convertem a radiação solar diretamente em calor e são comumente utilizados para aquecimento de água residencial. Essa tecnologia de con- versão solar térmica é a mais difundida no mercado[37][38]. Os coletores de placa plana, comumente conhecidos como Flat Plate Collectors (FPC), sua faixa de temperatura de aquecimento de água varia de 30°C a 80°C e são compostos por tubos absorvedores, por onde circula o fluido a ser aquecido, por um vidro situado à uma certa distância dos tu- bos absorvedores, afim de reduzir as perdas por convecção e radiação para a atmosfera, e por um isolamento de fundo, afim de reduzir as perdas por condução dos tubos para o fundo do coletor. Esse tipo de tecnologia mais difundida no Brasil e amplamente utilizada para aquecimento residencial. Os Coletores Tubo de Vácuo, conhecidos com Evacuated Tube Collector (ETC), são compostos por tubos de vidro duplo concêntrico evacuados que envolvem um tubo de cobre, por onde circula a água a ser aquecida. Esse sistema é capaz de aquecer a água até 200°C. Os Coletores Parabólicos Com- postos, conhecidos como Compound Parabolic Collector (CPC), conseguem aquecer a água à uma temperatura maior do que os coletores FPC e ETC, podendo chegar até 240°C. Assim como os demais coletores, são compostos por tubos absorvedores, por onde circula a água a ser aquecida, e possuem um vidro situado acima da estrutura, que permite a entrada de luz solar e que reduz as perdas por convecção e radiação para a atmosfera. O tubo absorvedor está situado na linha focal de superfícies refletoras parabólicas. A Tabela 5.1 apresenta os tipos de coletores existentes no mercado, como é a estrutura característica do absorvedor, qual a faixa de temperatura de aquecimento do fluido de trabalho e o tipo de movimentação da estrutura. FIGURA 5.14 - Esquema simplificado de aproveitamento da radiação solar por um módulo bifacial. Tabela 5.1 - Tipos de coletores solares térmicos. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 99 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E100 A geração solar térmica concentrada ou heliotérmica ou ainda Con- centrated Solar Power (CSP) utiliza a rota de conversão termodinâmica para a geração de eletricidade. Nesse tipo de geração, a conversão pode ser realizada através de ciclos termodinâmicos de combustão externa, do tipo Rankine, Brayton ou Stirling. O ciclo Rankine utiliza turbina a vapor, o ciclo Brayton utiliza turbina a gás e o ciclo Stirling utiliza um motor Stir- ling, onde a energia solar substitui a energia do combustível fóssil[13]. O primeiro registro de experiência com coletor parabólico varia en- tre 1864 e 1870, quando o engenheiro John Ericsson construiu um coletor que abastecia um motor de 373 W através de vapor direto gerado no co- letor. Diversas outras experiências foram feitas por Ericsson e em 1907 é datado o primeiro registro de patente de um coletor parabólico com gera- ção de vapor direto por Wilhem Maier e Adolf Remshardt na Alemanha[39]. Após a Primeira Guerra Mundial, os avanços tecnológicos na área do petróleo e combustíveis fósseis foram notáveis, colocando em segundo plano o investimento em tecnologia solar. Esforços na área solar foram revividos na Europa e Estados Unidos nos anos 70, com a Energy Resear- ch and Development Administration (ERDA), International Energy Agency (IEA) e U.S. Department of Energy (DOE). Baharoon et al.[40] cita o início da criação em 1976 da planta com tecnologia de torre solar chamada EU- RELIOS, em Sicília, na Itália, com parceria da Commission of the European Communties (CEC). Nos anos 80 foram construídas duas plantas que mar- caram a volta das pesquisas, sendo a mais famosa, a planta SEGS I (Solar Energy Generating Systems), na California, Estados Unidos, com tecnolo- gia de cilindro parabólico. Por mais de 15 anos os investimentos e pesqui- sas na área solar, ênfase na parte de concentração, praticamente não exis- tiram. Em 2006, grandes projetos na Espanha e Estados Unidos reviveram a heliotermia, que desde então, foi objeto de estudos mais aprofundados. A Espanha lidera o mercado de heliotermia, seguido pelos Estados Unidos. 5.2.4.1. Planta Heliotérmica do Tipo Torre Solar O sistema de torre de receptor central (Figura 5.15), também co- nhecido como “Central Receiver System” (CRS), utiliza um receptor cen- tral (absorvedor), localizado na parte superior de uma torre, a qual está rodeada por espelhos (heliostatos) móveis dispostos no solo os quais ras- treiam o sol em dois eixos concentrando a radiação solar no receptor da torre convertendo-a em energia térmica ao aquecer um fluido de trans- ferência de calor circulante podendo ser armazenado ou utilizado para produzir trabalho[41]. A topologia de torre solar é caracterizada por coletores tridimensio- nais e por um receptor único e fixo. Além disso, o ciclo usualmente aplica- do para conversão da energia térmica em mecânica é o de rankine, uma vez que, usualmente, o sal fundido é empregado como fluido de transfe- rência de calor para aquecer água e gerar vapor de alta temperatura. De maneira geral, para melhor entendimento do funcionamento da tecnologia costuma-se dividir a planta em três grupos, sendo eles, campo solar, re- ceptor e ciclo de potência[42]. A Figura 5.15 apresenta um esquemático de uma planta de torre solar. 5.2.4.2. Planta Heliotérmica do Tipo Calha Parabólica A tecnologia de coletor cilindro-parabólico (Parabolic Trough Con- centrators – PTC) é a mais madura tecnologia CSP com a maior parte da capacidade instalada no mundo e permite o aquecimento de fluidos a temperaturas de até 400ºC(Figura 5.16). A energia deste fluido pode ser usada para geração elétrica ou para calor de processo[43][44]. O coletor é formado por um espelho parabólico que foca os feixes de luz na direção do tubo absorvedor, o qual está montado na linha de ponto focal do espelho. O movimento e o posicionamento dos coletores seguem o sol de forma a manter o foco no tubo e esse movimento se dá Norte- -Sul ou Leste-Oeste[45]. O tubo absorvedor é conectado as extremidades da seção dos espelhos, de forma que esse se move juntamente com os espelhos. Esse tubo é normalmente formado por diversas camadas para aumentar a absortividade e diminuir as perdas de calor. O fluido de trans- FIGURA 5.15 - Esquema de funcionamento de uma heliotérmica do tipo torre solar. Fo nt e: A da pt ad o de A N EE L[ 43 ] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 100 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 101 ferência de calor passa dentro do tubo absorvedor e o mesmo pode chegar a temperaturas de 390°C até 650°C[46][47]. 5.2.4.3. Planta Heliotérmica do Tipo Disco Parabólico A tecnologia heliotérmica de disco parabólico (PDR) também co- nhecido como prato parabólico, é caracterizada por possuir foco pontual e receptor móvel, ou seja, o receptor rastreia o sol junto com o coletor em dois eixos e assim é capaz de apontar diretamente para o sol desde o nascer até o poente[49][43][50]. É uma unidade autônoma de geração podendo operar de forma in- dependente (indicado para uso em regiões isoladas) ou como parte de uma planta composta por vários discos. É composto (Figura 5.17) pelo coletor (espelhos em formato de disco), com tamanho típico de 5 m a 15 m de diâmetro, um receptor e um motor Stirling (ou uma micro turbina), que se conecta a um alternador[44]. FIGURA 5.16 - Esquema de funcionamento de uma heliotérmica do tipo concentrador cilindro-parabólico. FIGURA 5.17 - Desenho esquemático de concentrador disco-parabólico. Fo nt e: A da pt ad o de G A Z O LI e t al [4 8] Fo nt e: A da pt ad o de G IZ [5 1] . Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 101 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E102 5.2.4.4. Planta Heliotérmica do Tipo Refletor Linear de Fresnel A tecnologia de refletores Fresnel, conhecida também com LFR (Linear Fresnel Reflectors) (Figura 5.18) é a que apresenta maior simplicidade na sua concepção de funcionamento em relação às outras tecnologias de concentração solar, sendo essa tal- vez sua principal vantagem[43]. A forma de desenvolvimento do refletor linear Fresnel, se aproxima do sistema cilindro-parabólico, porém são utilizadas longas fileiras de refletores no nível do solo, podendo ser planos ou ligeiramente curvos, que refletem a radiação solar na direção de um receptor linear central fixo localizado em uma torre acima do plano de espelhos[52]. 5.3. SISTEMAS HÍBRIDOS Nos últimos anos tem ganhado cada vez mais atenção a hibridização de projetos fotovoltaicos com geração heliotérmica (Figura 5.19). Nesses projetos uma planta fotovoltaica e uma planta heliotérmica são instalados em um mesmo local, o que faz com que a intermitência da geração fotovol- taica possa ser significativamente reduzida, além disso como a energia é armazenada na forma de calor na planta heliotérmica há também geração de energia elétrica durante período noturno ou mesmo em condições de nebulosidade extrema. Esse tipo de tecnologia é uma solução para resolver o problema da intermitência da fonte solar e do armazenamento de energia. Várias tipo- logias estão sendo pesquisadas e comparadas, por exemplo, com o uso de baterias. Atualmente a expectativa é que ocorra uma redução dos custos de geração na próxima década que viabilize amplamente a utilização dessa tecnologia nas regiões com alta incidência da radiação global e direta[54]. Figura 5.19 – Usinas fotovoltaicas híbridas. FIGURA 5.18 - Desenho esquemático de refletor linear de Fresnel. Fo nt e: A da pt ad o de J U N IO R [5 3] . Fo nt e: A da pt ad o de I Ñ IG O -L A B A IR U , J. [5 4] Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 102 12/15/22 23:28 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 103 12/15/22 23:28 CAPÍTULO 6 METODOLOGIA Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 104 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 105 6. METODOLOGIA 6.1. ASPECTOS METODOLÓGICOS PARA GERAÇÃO DO RECURSO EÓLICO O mapeamento eólico do Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte foi obtido a partir do uso da modelagem numérica da atmosfera em duas escalas espaciais: mesoescala (modelo Weather Research and Forecasting Model – WRF) acoplado ao modelo de microescala (WindMap). A simulação de mesoescala foi obtida a partir do modelo meteoroló- gico WRF versão 4.2.2[1] configurado com três domínios 27 km, 9 km e 3 km em suas resoluções espaciais na horizontal aninhadas e 61 níveis na vertical com saídas a cada 30 minutos, e núcleo dinâmico Advanced Re- search WRF-ARW. O WRF é um modelo compressível e não hidroestático baseado no downscaling dinâmico que utiliza as equações primitivas da meteorologia por meio do método da matemática diferenças finitas para simular a dinâmica da atmosfera, em uma malha de pontos de grade ho- rizontal Arakawa-C e coordenadas verticais que acompanham o terreno. Durante o processo das resoluções matemáticas das equações fundamen- tais da meteorologia para o escoamento do fluxo foi utilizado um método ajuste, por meio da técnica assimilação de dados[2]. Essa simulação caracterizou o recurso eólico para um ano típico de- finido por meio da técnica estatística “Análises de Agrupamento”[3] dos dados de reanálises ERA-5 da velocidade do vento a 100 m ao longo de 21 anos. As condições iniciais e de contorno dos principais dados meteoroló- gicos para entrada do modelo foram provenientes da reanálise ERA-5[4]. A partir dessas condições, o modelo simulou a evolução das condições me- teorológicas dentro da região de estudo, com base nas interações entre os distintos elementos da atmosfera e entre a atmosfera, oceano e superfície terrestre. As principais características dos domínios da simulação são apresen- tadas na Tabela 6.1. As opções físicas (parametrizações) determinadas podem ser consultadas na Tabela 6.2. A partir dos resultados do modelo WRF com parametrizações de estabilidade e modelos digitais de elevação (relevo) e modelo de rugosi- dade, foi utilizado uma metodologia[5] para os cálculos do produto final das velocidades médias, direções de vento e outros parâmetros. O Modelo de Elevação do Rio Grande do Norte, foi elaborado a partir do produto disponibilizado pela Copernicus DEM, este, derivado do Worl- dDEM™ comercializado pela Airbus Defence and Space, com 30m de re- solução espacial para todo o planeta. A resolução espacial da Copernicus DEM é compatível com a escala de mapeamento do recurso eólico do RN, cujas principais características do relevo (rios, drenagens, planícies, pla- tôs e as serras) são fortemente mapeadas e evidenciadas como apresen- tado no mapa de altimetria da Figura 1. O mapa de elevação do terreno (Figura 6.1) é importante parâmetro para as simulações de microescala, uma vez que, a microescala é sensí- vel as características do relevo, bem como, às definições das novas áreas aptas para novos empreendimentos para as energias eólicas. Assim, o modelo de elevação, como importante parâmetro para as simulações de microescala, também, é parâmetro essencial para a elaboração do mapa de rugosidade do terreno. O modelo de rugosidade do terreno (Figura6.2), também conhecido como Rugosidade Aerodinâmica (Z0m), é muito importante para a mode- lagem de microescala. O modelo foi elaborado a partir da parametrização de um conjunto de condições de contorno e considerações termodinâ- micas na atmosfera e da sua interação com a superfície. O modelo de Domínio Resolução Horizontal(km) Pontos de Grade na Malha D01 27 148 x 98 D02 9 204 x 187 D03 3 304 x 265 Tabela 6.1 – Configuração dos domínios do modelo WRF com suas resoluções e pontos de grade. Opção Física Parametrização Microfísica WSM 5-class scheme Radiação de Onda Longa RRTMG scheme Radiação de Onda Curta RRTMG scheme Camada Superficial Revised MM5 Monin-Obukhov scheme Superfície Terrestre Unified Noah land-surface model Camada Limite Shin-Hong ‘scale-aware’ PBL scheme Cumulus No cumulus Cumulus rasos No Shallow Cumulus scheme Tabela 6.2 – Parametrizações físicas adotadas para simulação do modelo mesoescala WRF. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 105 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E106 rugosidade é determinado pela altura, espaçamento e características dos elementos distribuídos sobre a superfície do terreno. Na prática, em escalas regionais, a elaboração da rugosidade aerodinâ- mica para a modelagem de fluxo do vento em microescala, se dá com base nas classes do uso e cobertura da terra e do tipo de vegetação, que normal- mente são derivados a partir de imagens de satélites orbitais e das áreas de elevadas declividades, elaboradas a partir do modelo de elevação de terreno. A metodologia consiste primeiramente na classificação do uso e co- bertura da terra por meio do Índice de Vegetação, criado a partir da série de imagens do satélite multiespectral MODIS (Moderate Resolution Ima- Figura 6.1 – Mapa de Altimetria do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 106 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 107 ging Spectroradiometer), da série temporal do sensor PROBA-Vegetation, juntamente com as imagens do satélite Landsat OLI-8. As imagens dos sensores orbitais, também foram apoiadas nas interpretações dos mapas de uso e cobertura da terra do projeto MapBiomas, compatíveis sobre- tudo, com a resolução espacial de 30m do satélite Landsat. A partir da classificação do uso e cobertura e do tipo de vegetação, são atribuídos valores de rugosidade (Zom) associado a cada classe, que a partir de uma grade numérica regular de resolução espacial de 100m x 100m, para cada elemento da grade são extraídos o tipo de vegetação, fração de cobertura vegetal do mês e a rugosidade média anual, conforme é apresentado no mapa da Figura 2, que mostra o modelo de rugosidade aerodinâmica anu- al média do estado do Rio Grande do Norte. Figura 6.2 – Mapa de rugosidade aerodinâmica anual média (Z0m) do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 107 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E108 6.1.1. Medições Anemométricas Dentro do âmbito do Atlas do RN, duas estações anemométricas fo- ram projetadas, fabricadas e instaladas em ambientes onshore e offshore. Uma delas se trata de uma torre anemométrica de grande porte, instalada no município de Jandaíra (5°17’51,24”S e 36°16’18,36”), a 140km de dis- tância da capital Natal. A segunda é uma torre anemométrica de pequeno porte, instalada no Terminal Salineiro de Areia Branca, em ambiente of- fshore, a uma distância da costa de aproximadamente 20 km. A estação anemométrica onshore, possui altura final de medição de velocidade do vento de 170 m acima do solo. Sua estrutura é composta por 28 módulos de 6 m de comprimento, e cada um destes possui especi- ficações variáveis de acordo com seus posicionamentos. Com relação aos sensores de medição, na torre onshore foram insta- lados 7 (sete) anemômetros para medição de velocidade do vento, sendo 6 (seis) de copos e um do tipo ultrassônico; 2 (dois) sensores de direção do vento, 2 termo higrômetros, para medição de temperatura e umidade; e um barômetro para medição de pressão atmosférica. A Tabela 6.3 a se- guir apresenta a altura de instalação dos sensores. A grande quantidade de anemômetros instalados permite uma me- lhor caracterização do perfil vertical de velocidade do vento, proporcio- nando um melhor entendimento do comportamento do escoamento de ar no local de medição. Já a instalação de 2 (dois) termo higrômetros em alturas distintas possibilita o estudo e avaliação da variação da estabili- dade atmosférica local, a qual influencia consideravelmente no regime de fluxo do vento. A torre anemométrica offshore possui altura final de medição de 30 m acima do nível médio do mar, uma vez que se trata de uma torre com altura de 10 m instalada na plataforma do Terminal Salineiro, a qual pos- sui altura de 20 m acima do mar. Nesta, foram instalados 2 (dois) anemômetros de copos, um sensor de direção do vento, um termo higrômetro e um barômetro. A Tabela 6.4 a seguir apresenta a altura de instalação dos sensores. A Figura 6.3 a seguir faz uma representação da torre anemométrica e descreve os modelos, funcionamento e variáveis específicas de cada um dos sensores instalados em ambas as torres. Sensor Altura de instalação [m] Variável medida Anemômetro de copos 170 Velocidade do vento Anemômetro de copos Sensor de direção 166 Velocidade do vento Direção do vento Anemômetro de copos 150 Velocidade do vento Anemômetro ultrassônico 135 Velocidade do vento Direção do vento Anemômetro de copos Sensor de direção 120 Velocidade do vento Direção do vento Termo higrômetro Barômetro 120 Temperatura do ar Umidade relativa do ar Pressão do ar atmosférico Anemômetro de copos 60 Velocidade do vento Anemômetro de copos 34 Velocidade do vento Termo higrômetro 2 Temperatura do ar Umidade relativa do ar Sensor Altura de instalação [m] Variável medida Anemômetro de copos 30 Velocidade do vento Anemômetro de copos Sensor de direção 28 Velocidade do vento Direção do vento Termo higrômetro Barômetro 27 Temperatura do ar Umidade relativa do ar Pressão do ar atmosférico Tabela 6.3 – Relação de sensores instalados na torre anemométrica offshore. Tabela 6.4 – Relação de sensores instalados na torre anemométrica offshore Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 108 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 109 Figura 6.3 – Representação dos sensores e instrumentos da torre anemométrica. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 109 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E110 6.1.2. Metodologia de Integração O mapeamento das áreas aptas para instalação de projetos, uso do solo e topografia foram consideradas no cálculo das capacidades instala- das. A delimitação dessas áreas utilizou técnicas de geoprocessamento de diferentes fontes tais como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís- tica –IBGE, Agência Nacional de Águas – ANA, Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -DNITGeo, Comando da Aeronáutica -DCEA, Agência Na- cional de Energia Elétrica -ANEEL SIGEL, EPE -WEBMAP, MapBiomas -Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil, além das fontes ilustradas na Tabela 6.5 e a partir dessas informações a integra- ção de todos os dados de áreas aptas e recurso eólicos foram reprojetados. Para a metodologia de integração e áreas aptas do Potencial Eólico Onshore, adotou-se • Exclusão de áreas urbanas, vilas, povoados, construções artificiais (como vias e linhas de transmissão, subestações), dunas, praias, formações florestais, silvicultura e florestas plantadas, rodovias, vias, mangues, áreas inundáveis, lagos, rios e cursos d’água, áreas de proteção integral, monumentos naturais, cavernas e áreas de quilombolas; • Exclusão das áreas com declividade acima de 15% com área con- tínua mínima de 2 hectares (ha); • Taxa de ocupação de 4.5 MW/km2, considerando as características dos aerogeradores atuais e o espaçamento típico lateral 3D e 12D longitudinal na direção do vento predominante. • Cálculo de perdas elétricas a partir daSE do parque, considerando a estimativa de distância linear até a subestação ou linha de trans- missão mais próxima, utilizando para isso o sistema elétrico exis- tente e planejado. • Áreas de aeródromos homologados considerando as restrições im- postas na Zona de Proteção de Aeródromos e Helipontos disponibi- lizadas pelo DCEA. • Parques eólicos existentes, em construção e construção não ini- ciada e áreas frontais na direção do vento predominante segundo posição disponível no SIGEL-ANEEL. O mapeamento anual do recurso eólico permitiu o cálculo da produ- ção anual de energia a partir de curvas de potência públicas de turbinas eólicas idealizadas, com desempenho próximo aos aerogeradores comer- cialmente disponíveis. A integração da energia onshore, levou em consi- deração as seguintes condições de perdas e indisponibilidades: • Indisponibilidade, rede, aerogerador e manutenção: 4,68%; • Perdas elétricas até o ponto de conexão:2,5% a 3% a depender da distância das subestações planejadas e em operação; • Perdas por degradação de pás e desempenho:1,3%; • Perdas aerodinâmicas: 6%. Para a metodologia de integração e áreas aptas do Potencial Eólico Offshore, adotou-se • Exclusão de áreas de plataforma de petróleo, oleodutos, poços perfurados ativos ou monitorados, ancoradouros, linhas de cabota- gem, boias sinalizadoras, áreas de naufrágios; • Taxa de ocupação de 5.5 MW/km2, considerando o uso de toda faixa costa, direção do vento predominante e elaboração de grandes fileiras de projetos, espaçamento típico lateral 3D e 15D longitudinal na direção do vento predominante. • Cálculo de perdas elétricas a partir do inversor considerando a es- timativa de distância linear até a subestação ou linha de transmissão posicionada na linha de costa. • Limitação da batimetria de 2m a 100m de profundidade calcula- das a partir dos dados do projeto General Bathymetric Chart of the Oceans - GEBCO. • Distância da linha de costa de 2km a 45km, equivalente a distância da linha de base ao mar territorial e zona contígua; Fontes Produtos MapBiomas Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil IDEMA Dados de Unidades de Conservação Federal, Estadual e Municipal MARINHA Limites do Mar Territorial e cartas náuticas disponibilizadas Informações geológicas e de exploração mineral GeoANP da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Agência Espacial Européia-ESA-DEM 30 metros [6] mapas de declividade, derivados dos dados de topografia Tabela 6.5 – Algumas fontes utilizadas para a delimitação do mapeamento das áreas aptas. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 110 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 111 A seguir, são listadas as premissas de perdas e indisponibilidades consideradas na integração da energia offshore: • Indisponibilidade, rede, aerogerador e manutenção: 5%; • Perdas elétricas até o ponto de conexão:3 a 4,5%, a depender da batimetria e distância da linha de costa, assumindo subestações na linha de costa; • Perdas por degradação de pás e desempenho:2%; • E perdas aerodinâmicas: 8%. 6.2. ASPECTOS METODOLÓGICOS PARA GERAÇÃO DO RECURSO SOLAR O mapeamento do potencial solar do Rio Grande do Norte - RN foi obtido a partir de simulação de mesoescala realizada, ajustada e valida- da por dados solarimétricos. Os dados utilizados foram provenientes de 6 estações solarimétricas viabilizadas exclusivamente para a elaboração desse atlas e 15 Estações Meteorológicas Automáticas – EMAs do INMET. Para a produção do potencial do recurso solar do Atlas Eólico e Solar do Estado do Rio Grande do Norte, usou-se o modelo WRF-Solar (Weather Research and Forecasting Model, versão 4.3.3) o modelo WPS (WRF - Preprocessing System, versão 4.3.1) e o núcleo ARW (Advanced Research WRF). A simulação do recurso solar contou com uma simulação realística, parametrizada e nivelada a partir de um conjunto de três domínios geo- gráficos conforme Tabela 6.6. A Tabela exibe os detalhes de cada domínio selecionado. Os domínios possuem 45 camadas na vertical com o topo do modelo situado em 50 hPa, conforme a configuração de referência do WRF Solar. As condições laterais do domínio mais interno (D03) são fornecidas pelo domínio D02, que por sua vez é alimentado com condições laterais pelo domínio D01. As condições do domínio mãe (D01), como para todo modelo de área limitada, são fornecidas pelos dados de um modelo exter- no, no presente caso, utilizou-se dados da reanálise do ERA5 (Figura 6.4). Nas simulações alguns processos foram parametrizados e a Tabela 6.7 apresenta os esquemas físicos para as principais parametrizações uti- lizadas. Pela resolução dos domínios, < 10 km, não foi utilizada parame- trização de cumulus. No entanto, para os domínios D01 e D02, utilizou-se a parametrização para cumulus rasos[7], que também considera a con- vecção profunda e, em geral, funciona adequadamente para resoluções de 3 e 9 km. A parametrização de Deng considera o efeito de nuvens de subgrade (não-resolvidas) na radiação de onda curta. As simulações consideraram a climatologia mensal de propriedades ópticas médias dos aerossóis[8] para representar o seu efeito direto na radiação. Domínios Pontos de grade (Leste-Oeste) x (Norte-Sul) Espaçamento horizontal D01 211 x 198 9 km D02 484 x 484 3 km D03 532 x 358 1 km Tabela 6.6 - Domínios da simulação Figura 6.4 - Posição das três grades D01, D02 e D03 das simulações. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 111 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E112 6.2.1. Modelo de Superfície Terrestre e Dados Estáticos O modelo de superfície terrestre é muito importante para a con- dução da modelagem do recurso solar, pois os fluxos de calor sensível e latente são fornecidos para a camada limite planetária (CLP) por meio do modelo de superfície terrestre, portanto, a caracterização precisa da superfície do RN tor- na-se uma etapa essencial para esta simulação. Embora o modelo WRF disponibilize um conjunto de dados de superfície: uso e cobertura do solo, albedo, índice de área foliar, fração de vegeta- ção, além de outros dados, para a modelagem do recurso solar do Atlas, gerou-se um novo con- junto de dados de superfície, através do modelo NOAH-LSM (Land Surface Model), que melhor caracterizam o estado do Rio Grande do Norte, Para definir as classes de uso e ocupação do solo e tipos de vegetação no LSM durante a integração do modelo de superfície, foi utilizado as classes do projeto MapBiomas (compondo um conjunto de 21 classes de uso e ocupação do solo) e os dados mensais climatológico de al- bedo de superfície, fração de vegetação verde (FPAR) e índice de área foliar (LAI) derivados do sensor MODIS[9][10][11]. O modelo de superfície é interpolado para representar a topografia em cada domínio geográfico: D01, 9 km de resolução; D02, 3 km de reso- lução; e, D03, 1 km de resolução, sendo este uma resolução mais refinada e com melhor detalhamento do relevo. 6.2.2. Ajuste e Validação das Simulações do Recurso Solar Para os ajustes e validações das simulações do recurso solar do RN, foram utilizados os dados observacionais de radiação global originários das estações automáticas meteorológicas do INMET e as 06 estações so- larimétricas instaladas para tal propósito. O mapa de localização das estações (meteorológicas e solarimétri- cas) está ilustrado na Figura 6.5. O ISI-ER e INMET forneceram juntas 21 estações de dados para a etapa de validação das simulações numéricas. Opção Física Parametrização Microfísica Thompson scheme (8) Radiação de Onda Longa RRTMG scheme (4) Radiação de Onda Curta RRTMG scheme (4) Camada Superficial Revised MM5 Monin-Obukhov scheme (1) Superfície Terrestre Unifed Noah land-surface model (2) Camada Limite MYNN 2.5 level TKE scheme (5) Cumulus No Cumulus (0) Cumulus Rasos Deng cumulusscheme(5) Tabela 6.7 - Esquemas de parametrização utilizados. Figura 6.5 – Mapa das estações solarimétricas e meteorológicas do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 112 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 113 6.2.3. Estações Meteorológicas Automáticas do INMET – EMA O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) possui, atualmente, 8 estações automáticas localizadas dentro do Estado do Rio Grande do Norte, foram consideradas, além das estações situadas dentro do território potiguar, as estações de estados vizinhos incluídas no domínio, D03 das simula- ções do WRF totalizando 15 estações. Dentre as estações apresentadas, 11 foram utilizadas para validação da Irradiância Global fornecida pelo WRF. A partir da Figura 6.6 é possível verificar a disponibilidade de dados de Radiação Global para cada estação utilizada, essas informações são refe- rentes aos dados que foram filtrados para remoção de inconsistências. A escala de cores se refere aos valores diários de Radiação Global. As medições mais antigas datam do ano de 2007. As estações de Calcanhar/RN, Ipanguaçu/RN e Morada Nova/CE possuem uma quantidade menor de dados em relação às demais estações, o que foi levado em consideração durante a validação dos dados do WRF. Erros em simulações numéricas ocorrem, pois, os modelos meteo- rológicos não conseguem resolver completamente todos os processos na atmosfera (como a formação de nuvens complexas), também devido a existência de erros nas condições iniciais e erros de arredondamento que se acumulam durante o processo de integração[12][13]. Desta forma, faz-se necessário a aplicação de metodologias para a redução do viés presente nos dados simulados. Realizaram-se correções do viés nas simulações para o ano mete- orológico típico. A correção se baseou nas diferenças das medianas ho- rárias do WRF e do INMET. Dessa forma, para cada mês do ano típico foi gerada uma curva de ajuste, que foi aplicada nos dados do modelo com resolução temporal de 5 minutos. A comparação dos dados observados com os simulados se deu na escala mensal e anual. Utilizaram-se pontos de grade mais próximos de cada estação meteorológica do INMET. As médias anuais de irradiação para cada estação são apresentadas na Tabela 6.8. Calcanhar possui um erro maior em relação às demais estações, com 6,03%. O que pode estar relacionado com uma baixa disponibilidade de dados observacionais. To- das as demais estações possuem erros menores que 5%. Figura 6.6 - Disponibilidade de medições de radiação global para cada estação do INMET utilizada. O mapa de calor apresenta os valores diários de radiação global em kWh/m²dia. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 113 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E114 Estação INMET WRF Erro (%) Apodi 6,45 6,13 -4,34 Caicó 6,18 6,28 1,91 Calcanhar 6,40 6,00 -6,03 Ipanguaçu 5,79 6,01 3,94 Jaguaruana 5,89 5,81 -1,59 Macau 5,80 5,88 1,38 Morada Nova 6,10 6,10 0,35 Mossoró 6,19 5,93 -4,25 Natal 5,95 6,14 3,21 Patos 6,26 6,38 2,31 São Gonçalo 6,25 6,40 2,25 Instrumentos Variável medida Sigla Unidade Datalogger CR300-CELL215 – Campbell Scientific Aquisição de dados – – Piranômetro CPM 6 – Kipp & Zonen Irradiância Global Horizontal GHI W/m² Termohigrômetro Hygro VUE10 – Campbell Scientific Temperatura do ar Temp °C Umidade Relativa do ar UR % Anemômetro Wind SPD Sen- sor – Met One Instruments Velocidade do Vento Vel m/s Painel Fotovoltaico 20M-V – Electrical Raiting Geração de Energia – V Antena Unidirecional TRA6927M3PW-001 - Laird Amplificar Sinal 4G – – Tabela 6.8 - Irradiação Global média anual para cada estação (INMET) e para o ponto de grade do WRF mais próximo de cada estação. As diferenças entre os valores observacionais e simulados são apresentadas em percentual. Tabela 6.9 – Especificação técnica das estações solarimétricas ISI-ER. 6.2.4. Estações Solarimétricas – ISI-ER As medições fornecidas pelo ISI-ER foram uma das grandes contribuições do Atlas do RN, onde foram instaladas seis estações compostas por medições de irradiância global horizontal, velocidade do vento, temperatura e umidade re- lativa do ar. O detalhamento das especificações técnicas dos equipamentos e instrumentação usadas nas estações solarimétricas estão conti- dos na Tabela 6.9, enquanto que o modelo das estações é mostrado na Figura 6.7. A disponibilidade de dados para cada esta- ção do ISI-ER é apresentada na Figura 6.8. Figura 6.7 – Modelo das estações solarimétricas ISI-ER instaladas. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 114 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 115 Figura 6.8 - Disponibilidade de medições de radiação global para cada estação do ISI-ER utilizada. O mapa de calor representa os valores diários de radiação global em kWh/m²/dia. 6.2.5. Metodologia de Integração A integração do potencial solar foi realizada utilizando dois cenários focados em geração centralizada e aplicações em geração distribuída, fo- ram adotadas premissas tipicamente utilizadas em projetos fotovoltaicos. As capacidades instaladas foram calculadas considerando o mapeamento das áreas aptas para instalação de projetos fotovoltaicos considerando o uso do solo e topografia. A delimitação dessas áreas utilizou técnicas de geoprocessamento de diferentes fontes, tais como: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Agência Nacional de Águas – ANA, Depar- tamento Nacional de Infraestrutura e Transporte Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNITGeo, Comando da Aeronáutica - DCEA, Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL SIGEL, EPE - WE- BMAP, MapBiomas - Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil, dados de Unidades de Conservação Federal, Estadual e Municipal fornecidos pelo Estado do IDEMA e dados dos imóveis públi- cos Subcoordenadoria de Patrimônio Imobiliário (SUPAT) da Secretaria de Estado da Administração (SEAD), assim como de mapas de declividade, derivados dos dados de topografia disponibilizados pela Agência Espacial Européia - ESA-DEM 30 metros[6]. Para o cálculo do potencial solar em projetos fotovoltaicos centrali- zados, adotou-se: • exclusão de áreas urbanas, vilas, povoados, construções artificiais (como vias e linhas de transmissão, subestações), áreas agrícolas, dunas, praias, formações florestais, silvicultura e florestas planta- das, rodovias, vias, mangues, áreas inundáveis, lagos, rios e cursos d’água, áreas de proteção integral, monumentos naturais, cavernas e áreas de quilombolas; • exclusão das áreas com declividade acima de 8%, considerando-se somente terrenos planos (0% a 3%) e planos e suave ondulados (0% a 8%) e com área contínua mínima de 100 ha; • taxa de ocupação de 55 MW/km2, considerando o tamanho médio das usinas com licença ambiental aprovadas no estado disponíveis pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente[14]; • Cálculo de perdas elétricas a partir do inversor considerando a es- timativa de distância linear até a subestação ou linha de transmissão mais próxima, considerando para isso o sistema elétrico existente e planejado. Além do potencial nas áreas de terreno plano e ondulado, foi integrado o potencial solar para projetos flutuantes nas áreas de açudes e lagos moni- torados com o contorno dessas superfícies sendo disponibilizados pela ANA. Para o cálculo de potencial nessas áreas considerou-se uma ocupação de 10% da área inundada do reservatório para instalação de projetos flutuantes. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 115 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E116 Para o cálculo do potencial solar em projetos fotovoltaicos distribu- ídos adotou-se: • integração somente em áreas urbanas, núcleos rurais e lugarejos, delimitadas conforme dados do IBGE de setor censitário de2021 e áreas urbanas uso e cobertura da terra para o ano de 2021 dis- ponibilizados pelo projeto MapBiomas. excluindo-se nessas áreas, corpos d’água, floresta, dunas e açudes; • taxa de ocupação de 150 W/m² típica de projetos fotovoltaicos distribuídos considerando a área dos painéis e afastamentos entre painéis para evitar sombreamento. • Geração de cenários com percentual da área urbanizada de 0,5%, 1% e 5% de aproveitamento da área total classificada como urbana; • Geração de cenários com diferentes inclinações de painéis fixos para o norte, cenário ótimo (10ºN ), cenário base (20ºN ) e pior cenário (45º N). A estimativa da produtividade fotovoltaica foi calculada consideran- do premissas típicas de projetos com a tecnologia de silício monocristalino e o ângulo de inclinação de 10° orientado para o Norte. A produtividade nesse ângulo é bem próxima a produtividade no ângulo de inclinação teó- rico ótimo, que no RN varia entre 3° a 9°, em geral, é recomendado pelo fabricante uma inclinação mínima de instalação de 10°, para auxiliar a autolimpeza dos painéis. Além dessas estimativas foram calculados o potencial para as áreas dos imóveis públicos do Estado disponibilizados pela Subcoordenadoria de Patrimônio Imobiliário (SUPAT) da Secretaria de Estado da Administração (SEAD), a fim de estimar o potencial solar considerando a delimitação dos terrenos do Estado e uma premissa de ocupação de 10% da área total desses imóveis para geração distribuída de energia. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 116 12/15/22 23:28 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 117 12/15/22 23:28 CAPÍTULO 7 MAPAS EÓLICOS E SOLARES Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 118 12/15/22 23:28 7.1. MAPAS EÓLICOS E SOLARES ..........................................118 7.1. MAPAS EÓLICOS ...............................................................120 7.1.1. Mapas Eólicos Onshore ....................................................120 7.1.1.1. Potencial Eólico Onshore Anual a 100 m de altura ............120 7.1.1.2. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 100 m de altura .........121 7.1.1.3. Potencial Eólico Onshore Anual a 120 m de altura ............122 7.1.1.4. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 120 m de altura .........123 7.1.1.5. Potencial Eólico Onshore Anual a 140 m de altura ............124 7.1.1.6. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 140 m de altura .........125 7.1.1.7. Potencial Eólico Onshore Mensal a 140 m de altura...........126 7.1.1.8. Potencial Eólico Onshore Anual a 200 m de altura ............128 7.1.1.9. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 200 m de altura .........129 7.1.2. Mapas Eólicos Offshore ...................................................130 7.1.2.1. Potencial Eólico Offshore Anual a 100 m de altura ............130 7.1.2.2. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 100 m de altura .........131 7.1.2.3. Potencial Eólico Offshore Anual a 120 m de altura ............132 7.1.2.4. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 120 m de altura .........133 7.1.2.5. Potencial Eólico Offshore Anual a 140 m de altura ............134 7.1.2.6. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 140 m de altura .........135 7.1.2.7. Potencial Eólico Offshore Mensal a 140 m de altura ..........136 7.1.2.8. Potencial Eólico Offshore Anual a 200 m de altura ............138 7.1.2.9. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 200 m de altura .........139 7.1.1.10. Mapa de Áreas Aptas Onshore .....................................140 7.1.2.10. Mapa de Áreas Aptas Offshore .....................................141 7.1.3. Outras Variáveis Onshore e Offshore ................................142 7.1.3.1. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Frequência X Direção ..142 7.1.3.2. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Velocidade X Direção ..143 7.1.3.3. Densidade Média Anual do Ar a 140 m ............................144 7.1.3.4. Fator de Forma de Weibull Anual a 140m ........................145 7.1.3.5. Regimes Horários e Mensais ..........................................146 7.1.3.6. Regime Diurno de Vento – Média Anual a 140 m de altura .147 7.2. MAPAS SOLARES ...............................................................148 7.2.1. Irradiação Global Horizontal ............................................148 7.2.1.1. Irradiação Global Horizontal Anual ................................148 7.2.1.2. Irradiação Global Horizontal Sazonal ..............................149 7.2.1.3. Irradiação Global Horizontal Mensal................................150 7.2.2. Irradiação Difusa Horizontal .............................................152 7.2.2.1. Irradiação Difusa Horizontal Anual ................................152 7.2.2.2. Irradiação Difusa Horizontal Sazonal ..............................153 7.2.2.3. Irradiação Difusa Horizontal Mensal................................154 7.2.3. Irradiação Normal Direta .................................................156 7.2.3.1. Irradiação Normal Direta Anual ......................................156 7.2.3.2. Irradiação Normal Direta Sazonal ...................................157 7.2.3.3. Irradiação Normal Direta Mensal ...................................158 7.2.4. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° ...........................160 7.2.4.1. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Anual ..............160 7.2.4.2. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Sazonal ...........161 7.2.4.3. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Mensal ..............162 7.2.5. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° ...164 7.2.5.1. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Anual .....................................................................................164 7.2.5.2. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Sazonal ..................................................................................165 7.2.5.3. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Mensal ...................................................................................166 7.2.5.4. Mapa Áreas Aptas - Plano e Suave Ondulado ...................168 7.2.5.5. Mapa Áreas Aptas - Urbanas .........................................169 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 119 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E120 7.1. MAPAS EÓLICOS 7.1.1. Mapas Eólicos Onshore 7.1.1.1. Potencial Eólico Onshore Anual a 100 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 120 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 121 7.1.1.2. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 100 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 121 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E122 7.1.1.3. Potencial Eólico Onshore Anual a 120 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 122 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 123 7.1.1.4. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 120 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 123 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E124 7.1.1.5. Potencial Eólico Onshore Anual a 140 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 124 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 125 7.1.1.6. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 140 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 125 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E126 7.1.1.7. Potencial Eólico Onshore Mensal a 140 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 126 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 127 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 127 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E128 7.1.1.8. Potencial Eólico Onshore Anual a 200 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd128 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 129 7.1.1.9. Potencial Eólico Onshore Sazonal a 200 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 129 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E130 7.1.2. Mapas Eólicos Offshore 7.1.2.1. Potencial Eólico Offshore Anual a 100 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 130 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 131 7.1.2.2. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 100 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 131 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E132 7.1.2.3. Potencial Eólico Offshore Anual a 120 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 132 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 133 7.1.2.4. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 120 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 133 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E134 7.1.2.5. Potencial Eólico Offshore Anual a 140 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 134 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 135 7.1.2.6. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 140 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 135 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E136 7.1.2.7. Potencial Eólico Offshore Mensal a 140 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 136 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 137 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 137 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E138 7.1.2.8. Potencial Eólico Offshore Anual a 200 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 138 12/15/22 23:28 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 139 7.1.2.9. Potencial Eólico Offshore Sazonal a 200 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 139 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E140 7.1.1.10. Mapa de Áreas Aptas Onshore Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 140 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 141 7.1.2.10. Mapa de Áreas Aptas Offshore Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 141 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E142 7.1.3. Outras Variáveis Onshore e Offshore 7.1.3.1. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Frequência X Direção Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 142 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 143 7.1.3.2. Rosas dos Ventos Anual a 140 m – Velocidade X Direção Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 143 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E144 7.1.3.3. Densidade Média Anual do Ar a 140 m Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 144 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 145 7.1.3.4. Fator de Forma de Weibull Anual a 140m Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 145 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E146 7.1.3.5. Regimes Horários e Mensais Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 146 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 147 7.1.3.6. Regime Diurno de Vento – Média Anual a 140 m de altura Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 147 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E148 7.2. MAPAS SOLARES 7.2.1. Irradiação Global Horizontal 7.2.1.1. Irradiação Global Horizontal Anual Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 148 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 149 7.2.1.2. Irradiação Global Horizontal Sazonal Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 149 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E150 7.2.1.3. Irradiação Global Horizontal Mensal Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 150 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 151 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 151 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E152 7.2.2. Irradiação Difusa Horizontal 7.2.2.1. Irradiação Difusa Horizontal Anual Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 152 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 153 7.2.2.2. Irradiação Difusa Horizontal Sazonal Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 153 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E154 7.2.2.3. Irradiação Difusa Horizontal Mensal Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 154 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 155 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 155 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E156 7.2.3. Irradiação Normal Direta 7.2.3.1. Irradiação Normal Direta Anual Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 156 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 157 7.2.3.2. Irradiação Normal Direta Sazonal Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 157 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E158 7.2.3.3. Irradiação Normal Direta Mensal Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 158 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 159 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 159 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E160 7.2.4. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° 7.2.4.1. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Anual Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 160 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 161 7.2.4.2. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Sazonal Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 161 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E162 7.2.4.3. Irradiação Total no Plano Inclinado a 10° Mensal Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 162 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 163 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 163 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E164 7.2.5. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° 7.2.5.1. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Anual Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 164 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 165 7.2.5.2. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Sazonal Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 165 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E166 7.2.5.3. Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 10° Mensal Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 166 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 167 Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 167 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E168 7.2.5.4. Mapa Áreas Aptas - Plano e Suave Ondulado Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 168 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I OG R A N D E D O N O R T E 169 7.2.5.5. Mapa Áreas Aptas - Urbanas Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 169 12/15/22 23:29 CAPÍTULO 8 ANÁLISES E DIAGNÓSTICOS Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 170 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 171 8. ANÁLISES E DIAGNÓSTICOS: O POTENCIAL EÓ- LICO E SOLAR DO RIO GRANDE DO NORTE Esse capítulo apresenta as análises e diagnósticos obtidos a partir da interpretação do potencial eólico e solar do Rio Grande do Norte. Para as análises, levou-se em consideração: • as áreas aptas consideradas viáveis para implantação de novos projetos, ou seja, excluindo-se áreas de restrições e áreas com recurso não viáveis; • análise por região geográficas: intermediária, imediata e municí- pios, conforme delimitação do IBGE em sua última classificação (Figura 8.1); • a taxa de ocupação para o cálculo do potencial, considerando-se a capacidade instalável por unidade de área, e; • o cálculo de produção anual de energia utilizando dados de fator de capacidade, multiplicando o valor pela taxa de ocupação e o número de horas para a produção solar e utilizando curvas de potência públicas de turbinas eólicas idealizadas com desempenho próximo aos aerogeradores comercialmente disponíveis para a produção eólica. 8.1. O POTENCIAL EÓLICO DO RIO GRANDE DO NORTE 8.1.1. O Potencial Eólico Onshore Os resultados corroboram a aptidão privilegiada do RN para a ener- gia eólica onshore, já demonstrada pelos atuais números da capacidade instalada, no qual o Estado ocupa a primeira posição no ranking nacional de geração eólica. Para as análises, três níveis de magnitude de velocidade foram ado- tados para a avaliação, sendo o primeiro deles para áreas com velocidade mínima de 7 m/s, áreas com velocidade mínima de 7,5 m/s e áreas com velocidade mínima de 8 m/s. Para o potencial eólico onshore, com velocidade de vento acima de 7,0 m/s e considerando as áreas aptas para geração de energia, o RN dispõe de uma capacidade instalável de 56,50 GW a 100 m de altura, se considerar- mos 140 m de altura, há um aumento de 46,69%, registrando uma capaci- dade instalável de 82,88 GW, a 200 m de altura esse valor atinge 93,91 GW. Em termos de produção de energia, a 100 m de altura tem-se um valor esti- mado de 199,55 GWh/ano, a 200m de altura o valor ultrapassa os 380 GWh/ ano, o que representa mais de 50% de toda a energia no Brasil em 2021[2]. Se considerarmos o aproveitamento das áreas aptas para o desen- volvimento de novos projetos eólicos competitivos com vento superior a 7,5 m/s a 140 m de altura, a capacidade instalada estimada é de 58,5 GW. Essas áreas aptas equivalem a aproximadamente 25% de todo o território do Estado, considerando, para isso, o afastamento entre aerogeradores devido aos efeitos de esteira aerodinâmica entre rotores de turbinas, ou seja, a área efetiva de uso do solo ocupada por um aerogerador é uma fração desse valor, uma vez que a capacidade instalável das turbinas tem aumentado muito ao longo dos últimos anos. Hoje já é uma realidade tur- binas eólicas com mais de 6 MW de potência nominal. Em áreas com velocidade de ventos maiores que 8 m/s na altura de 200 m, mais de 26% da área territorial do Estado apresenta condições óti- mas para geração eólica. A curto prazo, considerando o desenvolvimento do potencial para ventos acima de 8 m/s a 140 m, estima-se uma capaci- dade instalável de 24,4 GW, o dobro da capacidade instalada e contratada atual do RN (12,2 GW). A produção anual na faixa de velocidade acima de 8 m/s a 140 m, é estimada em 104,6 TWh/ano, o que representa mais de 70% de toda energia elétrica gerada na região nordeste durante o ano de 2021 (147,5 TWh[3]), e mais de 4 vezes a energia eólica atualmente gerada no Estado pela fonte eólica (24,1 TWh[3]), se elevarmos a altura de Figura 8.1 – Subdivisões das regiões geográficas do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 171 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E172 200 m, esse valor sobe para 286,06 TWh/ano. Em todos as alturas, é possível notar um aumento mais expressivo na produção energética anual na altura de 100 m para 120 m, estimando um crescimento de 57,34 %, já a partir de 120 m, o crescimento é mais suave. Ao analisar entre as alturas de 120 m e 140 m, ocorre um decrésci- mo na estimativa da produção anual, já entre as alturas de 140 m e 200 m, o aumento é de 26,43 %. Tal fato demonstra que os aerogeradores de 120 m de altura de hub ainda podem representar uma eficiência de produção considerável quando comparados com tecnologias de maiores alturas, possibilitando altos níveis de geração com meno- res custos relacionados à fabricação e instalação. Todo esse potencial deve fomentar a im- plantação de novas linhas de transmissão e in- centivar a instalação de projetos voltados ao mercado livre que possam gerar energia a um custo competitivo, capaz de incentivar a instala- ção de novas indústrias no Estado e fomentar a geração de novos empregos. De maneira geral, o Estado possui muitas áreas aptas para expansão do potencial eólico existente. Todas as regiões intermediárias do estado possuem potencial eólico viável, desta- cando-se as regiões imediatas de Açu e Mosso- ró, Currais Novos e João Câmara, e Natal. Essas regiões possuem as maiores áreas aptas para o desenvolvimento de novos projetos. Cabe des- tacar a região imediata de Natal que apresenta um grande potencial de desenvolvimento eólico para a altura de 200 metros, sendo que mais de 50% dessas áreas podem ser viáveis para insta- lação de parques eólicos no futuro. A Figura 8.2 apresenta os dados de áreas aptas, capacidade instalável e produção anual de energia, segmentadas por alturas (100 m, 120 m, 140 m e 200 m) e faixas de velocidade (a partir de 7,0 m/s, 7,5 m/s e 8,0 m/s). Figura 8.2 – Dados de áreas aptas, capacidade instalável e produção anual de energia. 56.50436 487 72.06011 099 82.88309 215 93.91799 336 0 20 40 60 80 100 100m 120m 140m 200m CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima de 7 m/s 21.06224 766 40.97229 089 58.50400 332 81.40835 36 0 20 40 60 80 100 100m 120m 140m 200m CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima de 7,5 m/s 6.143724 477 13.96057 68 24.42921 12 63.89006 243 0 10 20 30 40 50 60 70 100m 120m 140m 200m CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima de 8 m/s 199.5489 146 313.0637 509 303.2343 054 383.3834 493 0 100 200 300 400 500 100m 120m 140m 200m PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) - Acima de 7 m/s 82.98483 091 189.4840 42 229.1140 582 348.4159 416 0 100 200 300 400 100m 120m 140m 200m PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) - Acima de 7,5 m/s 26.55942 328 68.85285 183 104.6388 825 286.0605 844 0 50 100 150 200 250 300 350 100m 120m 140m 200m PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) - Acima de 8 m/s 23.78264 965 30.33005 27 34.88543 844 39.53002 102 0 10 20 30 40 50 100m 120m 140m 200m ÁREA APTA (km²) - Acima de 7 m/s 8.865086 137 17.24521 24.62429 632 34.26472 203 0 10 20 30 40 100m 120m 140m 200m ÁREA APTA (km²) - Acima de 7,5 m/s 2.585889 557 5.875997 539 10.28223 868 26.89128 469 0 5 10 15 20 25 30 100m 120m 140m 200m ÁREA APTA (km²) - Acima de 8 m/s 56.50436 487 72.06011 099 82.88309 215 93.91799 336 0 20 40 60 80 100 100m 120m 140m 200m CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima de 7 m/s 21.06224 766 40.97229 089 58.50400 332 81.40835 36 0 20 40 60 80 100 100m 120m 140m 200m CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima de 7,5 m/s 6.143724 477 13.96057 68 24.42921 12 63.89006 243 0 10 20 30 40 50 60 70 100m 120m 140m 200m CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima de 8 m/s 199.5489 146 313.0637 509 303.2343 054 383.3834 493 0 100 200 300 400 500 100m 120m 140m 200m PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) - Acima de 7 m/s 82.98483 091 189.4840 42 229.1140 582 348.4159 416 0 100 200 300 400 100m 120m 140m 200m PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano)- Acima de 7,5 m/s 26.55942 328 68.85285 183 104.6388 825 286.0605 844 0 50 100 150 200 250 300 350 100m 120m 140m 200m PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) - Acima de 8 m/s 23.78264 965 30.33005 27 34.88543 844 39.53002 102 0 10 20 30 40 50 100m 120m 140m 200m ÁREA APTA (km²) - Acima de 7 m/s 8.865086 137 17.24521 24.62429 632 34.26472 203 0 10 20 30 40 100m 120m 140m 200m ÁREA APTA (km²) - Acima de 7,5 m/s 2.585889 557 5.875997 539 10.28223 868 26.89128 469 0 5 10 15 20 25 30 100m 120m 140m 200m ÁREA APTA (km²) - Acima de 8 m/s 56.50436 487 72.06011 099 82.88309 215 93.91799 336 0 20 40 60 80 100 100m 120m 140m 200m CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima de 7 m/s 21.06224 766 40.97229 089 58.50400 332 81.40835 36 0 20 40 60 80 100 100m 120m 140m 200m CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima de 7,5 m/s 6.143724 477 13.96057 68 24.42921 12 63.89006 243 0 10 20 30 40 50 60 70 100m 120m 140m 200m CAPACIDADE INSTALADA (GW) - Acima de 8 m/s 199.5489 146 313.0637 509 303.2343 054 383.3834 493 0 100 200 300 400 500 100m 120m 140m 200m PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) - Acima de 7 m/s 82.98483 091 189.4840 42 229.1140 582 348.4159 416 0 100 200 300 400 100m 120m 140m 200m PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) - Acima de 7,5 m/s 26.55942 328 68.85285 183 104.6388 825 286.0605 844 0 50 100 150 200 250 300 350 100m 120m 140m 200m PRODUÇÃO DE ENERGIA (TWh/ano) - Acima de 8 m/s 23.78264 965 30.33005 27 34.88543 844 39.53002 102 0 10 20 30 40 50 100m 120m 140m 200m ÁREA APTA (km²) - Acima de 7 m/s 8.865086 137 17.24521 24.62429 632 34.26472 203 0 10 20 30 40 100m 120m 140m 200m ÁREA APTA (km²) - Acima de 7,5 m/s 2.585889 557 5.875997 539 10.28223 868 26.89128 469 0 5 10 15 20 25 30 100m 120m 140m 200m ÁREA APTA (km²) - Acima de 8 m/s Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 172 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 173 Ao analisar o potencial eólico conforme regiões geográficas, todas as regiões intermediárias do Estado possuem potencial eólico viável, des- tacando-se as regiões imediatas de Açu e Mossoró, Currais Novos e João Câmara, e Natal. Essas regiões possuem as maiores áreas aptas para o desenvolvimento de novos projetos. Cabe destacar a região imediata de Natal que apresenta um grande potencial de desenvolvimento eólico para a altura de 200 metros, sendo que mais de 50% por cento dessas áreas podem ser viáveis para instalação de parques eólicos no futuro. A região geográfica intermediária de Natal compreende 75 muni- cípios, totalizando mais de 34% da área do Estado. Com velocidade do vento a partir de 7 m/s a 100 m de altura estima-se uma capacidade ins- talável de 34,95 GW, já na altura de 120 m, há um acréscimo de aproxi- madamente 10 GW. Em 200 m de altura a capacidade instalável da região intermediária de Natal pode chegar a 51,23 GW com velocidade a partir de 7 m/s com uma área apta disponível de 11.385 km². Nesta região, destacam-se as áreas imediatas de Natal e João Câmara que possuem grandes áreas aptas para o desenvolvimento de novos projetos. Na altura de 140 m e velocidade mínima de 7,0 m/s, estima-se 3.965 km² de área apta em Natal e 2.109 km² na região imediata de Joao Câmara, com ca- pacidade instalável de 17,84 GW e 9,49 GW, respectivamente. Em relação a produção anual de energia, essas duas regiões juntas podem gerar um total estimado de 109,49 TWh/ano. A região geográfica intermediária de Caicó é composta por 24 mu- nicípios, totalizando mais de 17% da área do estado e divide-se em duas regiões imediatas: Caicó e Currais Novos. Nessa região, registra-se em algumas áreas de serras, ventos acima de 9 m/s a 100m de altura, poden- do chegar acima de 11 m/s em alguns locais específicos. Parte da Serra de Santana localiza-se nessa região, local com a ocorrência de muitos projetos. A 100 m de altura e velocidade mínima de 7 m/s, a capacidade instalável pode chegar a 6,74 GW e produção anual de energia de 23,81 TWh com uma área apta de 1.497 km². Já a 140 m de altura, estima-se uma capacidade de 10,37 GW e produção anual de energia de 32,76 TWh e área apta de 2.304 km². A região intermediária de Mossoró é composta por 68 municípios, destacando-se as regiões imediatas de Mossoró e Açu. Contabiliza-se que 30% das áreas aptas, em uma altura de 140 m dispõem de velocidade média do vento acima de 8 m/s, o que torna a região muita propícia para o desenvolvimento de novos projetos, com um potencial estimado so- mente nessa região de mais de 14 GW de capacidade instalável ou 1,2x a potência instalada e contratada até 2022 no Estado (~12,2 GW). Nessa região, destacam-se as grandes extensões de áreas planas, facilitando a instalação de novos projetos quando comparados a regiões de terreno complexo. Ao realizar a análise por municípios, a 140 m de altura e velocidade mínima de 7 m/s, destacam-se os municípios de Mossoró, Pedro Avelino, Touros, Afonso Bezerra e Ceará-Mirim. Mossoró apresenta a maior ca- pacidade instalável sendo 4.287,05 MW e a 200 m de altura, estima-se 5.579,36 MW. As Tabelas 8.1, 8.2 e 8.3 dispõem dos dados de áreas aptas em km², capacidade instalável em GW e produção anual de energia em TWh segmentadas por alturas (100 m, 120 m, 140 m e 200 m) e faixas de velocidade (a partir de 7,0 m/s, 7,5 m/s e 8,0 m/s) por região geográfica definida pelo IBGE (regiões intermediárias e imediatas). O apêndice C apresenta esses dados por municípios do RN. > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s 3,967.4 3,967.2 3,632.5 1,565.3 1,564.7 1,429.5 891.0 889.0 595.4 1,338.9 1,293.8 910.5 2,109.3 2,109.3 2,109.3 1,512.9 1,476.6 1,303.9 11,384.9 11,300.6 9,981.2 1,465.0 839.6 404.4 1,562.7 1,165.8 621.4 3,027.7 2,005.4 1,025.8 2,436.1 1,566.8 1,045.5 116.4 30.9 4.4 3,905.6 3,186.9 2,140.9 6,458.1 4,784.7 3,190.8 20,870.7 18,090.7 14,197.8 Área Apta (km²) 200 m > 7 m/s Natal 6,312.6 2,983.5 Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.7 832.9 Canguaretama 1,361.8 105.8 Santa Cruz 2,141.4 618.8 João Câmara 3,966.8 2,108.6 São Paulo do Potengi 2,584.3 1,116.2 TOTAL 18,416.5 7,765.8 Caicó 6,057.6 735.8 Currais Novos 3,316.8 761.2 TOTAL 9,374.3 1,497.0 Mossoró 10,934.1 971.8 Pau dos Ferros 4,819.9 45.2 Açu 9,264.7 2,276.7 TOTAL 25,018.7 3,293.7 52,809.6 12,556.5 Natal Região Intermediária Região Imediata Área Total IBGE (km²) Área Apta (km²) 100 m Caicó Mossoró TOTAL DO ESTADO > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s 963.6 144.4 3,835.9 2,041.5 638.7 3,964.7 3,262.6 1,162.3 159.2 21.8 1,312.4 578.9 88.9 1,553.9 982.2 234.4 1.8 0.0 482.5 29.4 0.8 826.5 271.6 4.1 207.4 52.2 952.5 479.0 136.9 1,226.7 739.8 279.2 1,561.5 508.5 2,109.3 2,063.8 1,165.3 2,109.3 2,109.2 1,755.2 134.3 40.7 1,318.6 687.3 87.7 1,414.7 1,196.2 183.5 3,027.8 767.7 10,011.3 5,880.0 2,118.2 11,095.8 8,561.7 3,618.7 194.6 35.0 927.7 372.8 74.1 1,088.6 559.1 138.3 425.4 194.7 970.3 537.9 311.3 1,215.5 682.3 401.0 620.0 229.7 1,898.0 910.8 385.4 2,304.1 1,241.4 539.4 372.2 209.9 1,358.3 694.5 300.4 1,697.8 971.9 434.5 19.1 3.9 47.9 18.1 3.0 62.5 24.8 4.7 641.4 154.0 2,748.5 1,679.3 327.1 3,258.2 2,201.1 831.4 1,032.8 367.9 4,154.6 2,391.9 630.6 5,018.5 3,197.8 1,270.6 4,680.5 1,365.3 16,064.0 9,182.7 3,134.2 18,418.5 13,000.9 5,428.7 Área Apta (km²) 100 m 120 m 140 m Área Apta (km²) Área Apta (km²) Tabela 8.1 – Dados de áreas aptas do potencial eólico por região geográfica do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 173 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E174 8.1.2. O Potencial Eólico Offshore A nova fronteira a ser explorada da energia eólica é em mar. Tra- tativas seguem em desenvolvimento, a exemplo do marco regulatório, para viabilização da energia eólica offshore e mais uma vez o Brasil está à frente dispondo dos melhores locais para implantação dessa nova ener- gia.O Rio Grande do Norte, sem dúvida, apresenta os melhores locais e se destaca por sua localização privilegiada, aliada a uma plataforma continental extensa com profundidades adequadas para a instalação das turbinas eólicas. Para o potencial eólico offshore, a avaliação foi realizada conside- rando diferentes níveis de batimetria, para faixas de -2 m a -100 m de profundidade, ao longo o mar territorial e zona contígua, totalizando 24 milhas náuticas em uma faixa de distância da linha de costa de 2 km até 45 km. Os resultados também foram separados considerando a parte do mar ao norte do estado (litoral setentrional) e a porção do mar oriental, essa divisão utilizou a posição do Farol de Calcanhar para traçar um meri- diano, dividindo os resultados em duas áreas. O potencial total do Estado, considerando somente as áreas aptas po- (aproximadamente 651TWh)[3], sendo a capacidade instalável de 54,48 GW. A costa do RN possui uma grande extensão de águas rasas (profun- didade de 20 m a 50 m), a qual representa, em percentual de área apta avaliada, um total de 40,1% do litoral em sua totalidade. Esta porção re- presenta 40% de todo o potencial do Estado, o que torna o Estado ainda mais atrativo, uma vez que projetos atualmente são instalados em áreas com profundidade maior que 20 m, devido ao calado das embarcações, logística e segurança da montagem. Por outro lado, o desenvolvimento de novas tecnologias pode no futuro permitir a instalação de turbinas em águas mais rasas, nesse aspecto, estados como o Rio Grande do Norte, Tabela 8.2 – Dados de capacidade instalável por região geográfica do Rio Grande do Norte. Tabela 8.3 – Dados de produção anual de energia por região geográfica do Rio Grande do Norte. > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s 17.85 17.85 16.35 7.04 7.04 6.43 4.01 4.00 2.68 6.02 5.82 4.10 9.49 9.49 9.49 6.81 6.64 5.87 51.23 50.85 44.92 6.59 3.78 1.82 7.03 5.25 2.80 13.62 9.02 4.62 10.96 7.05 4.70 0.52 0.14 0.02 17.58 14.34 9.63 29.06 21.53 14.36 93.92 81.41 63.89 Capacidade Instalável (GW) 200 m > 7 m/s Natal 6,312.57 13.43 Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.72 3.75 Canguaretama 1,361.75 0.48 Santa Cruz 2,141.35 2.78 João Câmara 3,966.81 9.49 São Paulo do Potengi 2,584.32 5.02 TOTAL 18,416.52 34.95 Caicó 6,057.57 3.31 Currais Novos 3,316.78 3.43 TOTAL 9,374.35 6.74 Mossoró 10,934.14 4.37 Pau dos Ferros 4,819.91 0.20 Açu 9,264.69 10.25 TOTAL 25,018.73 14.82 52,809.60 56.50 Região Intermediária Região Imediata 100 m Mossoró TOTAL DO ESTADO Capacidade Instalável (GW) Área Total IBGE (km²) Natal Caicó > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s 4.34 0.65 17.26 9.19 2.87 17.84 14.68 5.23 0.72 0.10 5.91 2.61 0.40 6.99 4.42 1.05 0.01 0.00 2.17 0.13 0.00 3.72 1.22 0.02 0.93 0.23 4.29 2.16 0.62 5.52 3.33 1.26 7.03 2.29 9.49 9.29 5.24 9.49 9.49 7.90 0.60 0.18 5.93 3.09 0.39 6.37 5.38 0.83 13.62 3.45 45.05 26.46 9.53 49.93 38.53 16.28 0.88 0.16 4.17 1.68 0.33 4.90 2.52 0.62 1.91 0.88 4.37 2.42 1.40 5.47 3.07 1.80 2.79 1.03 8.54 4.10 1.73 10.37 5.59 2.43 1.67 0.94 6.11 3.13 1.35 7.64 4.37 1.96 0.09 0.02 0.22 0.08 0.01 0.28 0.11 0.02 2.89 0.69 12.37 7.56 1.47 14.66 9.90 3.74 4.65 1.66 18.70 10.76 2.84 22.58 14.39 5.72 21.06 6.14 72.29 41.32 14.10 82.88 58.50 24.43 Capacidade Instalável (GW) Capacidade Instalável (GW) 100 m 120 m 140 m Capacidade Instalável (GW) > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s 80.51 80.51 74.67 30.90 30.89 28.51 16.64 16.61 11.48 25.62 24.96 18.44 45.72 45.72 45.72 29.33 28.80 25.88 228.7 227.5 204.7 20.15 13.06 6.96 25.96 20.50 12.14 46.1 33.6 19.1 39.10 28.11 20.09 1.18 0.39 0.06 68.26 58.87 42.09 Produção Anual de Energia (TWh/ano) 200 m > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s 16.87 2.75 78.21 44.11 14.84 68.60 58.16 22.91 2.76 0.43 26.39 12.28 2.03 25.46 17.12 4.51 0.03 0.00 9.42 0.62 0.02 12.40 4.45 0.08 3.63 1.03 19.18 10.22 3.10 19.95 13.07 5.39 28.11 9.93 45.72 44.85 26.14 40.89 40.89 34.73 2.39 0.80 26.14 14.10 1.93 23.74 20.60 3.53 53.8 14.9 205.1 126.2 48.1 191.0 154.3 71.1 3.25 0.66 13.95 6.23 1.42 14.26 8.20 2.33 7.67 3.83 17.46 10.64 6.57 18.50 11.65 7.47 10.9 4.5 31.4 16.9 8.0 32.8 19.9 9.8 6.77 4.04 24.92 13.94 6.35 26.28 16.62 8.10 0.31 0.07 0.57 0.23 0.04 0.72 0.32 0.07 11.19 3.01 52.01 33.82 7.11 52.43 38.04 15.53 Produção Anual de Energia (TWh/ano) Produção Anual de Energia (TWh/ano) Produção Anual de Energia (TWh/ano) 100 m 120 m 140 m > 7 m/s Natal 6,312.57 46.60 Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.72 12.55 Canguaretama 1,361.75 1.51 Santa Cruz 2,141.35 9.62 João Câmara 3,966.81 36.51 São Paulo do Potengi 2,584.32 16.80 TOTAL 18,416.52 123.6 Caicó 6,057.57 11.22 Currais Novos 3,316.78 12.59 TOTAL 9,374.35 23.8 Mossoró 10,934.14 15.70 Pau dos Ferros 4,819.91 0.69 Açu 9,264.69 35.76 TOTAL 25,018.73 Região Intermediária Região Imediata Natal Caicó Mossoró TOTAL DO ESTADO Área Total IBGE (km²) Produção Anual de Energia (TWh/ano) 100 m Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 174 12/15/22 23:29 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 175 Ceará, Piauí e Maranhão, apresentam um grande diferencial em relação às demais regiões da América do Sul, uma vez que a direção anual do vento é praticamente unidirecional devido aos ventos alísios. É possível observar que a alteração da altura do rotor de 120 m para as demais alturas de hub avaliadas não acarreta em uma variação significativa na produção energé- tica anual. Isto ocorre porque o expoente vertical do perfil de velocidade do vento (wind shear) sobre o oceano é baixo, consequência da baixa rugosidade aerodinâmica do mar e ausência de complexidade topográfica, não justificando economicamente a adoção de turbinas com torres muito altas sobre o ambiente marinho. Ao considerar a distância da linha de costa, os maiores fatores de capacidade médios são observados a partir de 15 km da linha de costa, indicando que há uma intensificação da velocidade do vento para dentro do mar. O desenvolvimento do potencial de 10 km a 15 km de distância de costa agregaria uma potência instalada estimada de 8,5 GW, e repre- sentaria uma energia gerada de 38,2 TWh/ano na altura de 200 m, mais de 2 vezes a energia gerada pelo estado do RN no ano de 2020 (17.896 GWh/ano) [3]. As áreas de maior potencial eólico estão localizadas no litoral nor- te, o aproveitamento para a faixa de distância de linha de costa entre 2 a 45 km é estimado em 32,8 GW. Aproveitando-se apenas 20% desse potencial, ou aproximadamente 6,5GW, já representaria quase o triplo da capacidade eólica offshore atualmente instalada na Dinamarca (2,31 GW). Embora o litoral norte apresente as áreas de maior velocidade do vento e, consequentemente, maior fator de capacidade bruto, o potencial do litoral oriental tem sua potencialidade, sendo necessárias campanhas de medição para confirmar as velocidades do vento nessa região; ainda assim, os fatores de capacidade bruto são superiores a 55%, o que pode tornar os projetos muito atrativos quando comparados a outras regiões da costa brasileira fora do nordeste. Ao se considerar 50% das áreas aptas com profundidade entre 20 e 50m, é possível construir mais de 10 GW de eólica offshore no litoral do estado, ocupando uma área equivalente a menos de 25% de todo o litoral. instalada offshore na Europa até 2021, 28,3 GW[4]. O desenvolvimento desse potencial equivale à cerca de 90% da capacidade instalada offsho- re esperada para a Dinamarca (3,5GW) e a Holanda (7,3GW) no ano de 2026. Porém, cabe ressaltar que o fator de capacidade médio líquido da Europa é aproximadamente 42% e os de projetos na costa do Rio Grande Norte devem ser acima de 50%. Considerando apenas o litoral norte, a capacidade instalável é es- timada em 32,8 GW (profundidades de -2 a -100m), sendo o dobro da estimativa oficial do Governo Brasileiro constante no Plano Nacional de Energia 2050[5], queconsidera uma inserção de 16GW de energia eólica offshore em todos mercado eólico brasileiro de energia elétrica até 2050. Este cenário de capacidade instalável no plano energético nacional já considera a competitividade entre as outras fontes de energia, deman- da e custos de energia. Nesse sentido, o Estado do Rio Grande do Norte pode se tornar um grande atuante no setor eólico offshore nacional e in- ternacional, uma vez que o seu potencial é muito maior que o considerado no Plano Nacional de Energia no horizonte de 2050. As Tabelas 8.4, 8.5 e 8.6 dispõem dos dados de áreas aptas em km², capacidade instalável em MW, fator de capacidade anual bruto e produção anual de energia em TWh/ano segmentadas por alturas (120 m, 140 m e 200 m) considerando faixas de batimetria de -2 m a -100 m e as Tabelas 8.7, 8.8 e 8.9 dispõem desses mesmos dados estando segmentadas por distância da linha de costa em faixas variando de 2 km até 45 km. Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) -2 a -10 1,719 17.4% 9,452 64.2% 43.9 64.6% 44.1 64.4% 44.0 -10 a -20 3,509 35.4% 19,298 63.5% 88.5 63.6% 88.7 63.2% 88.0 -20 a -35 2,304 23.3% 12,672 62.9% 57.5 63.0% 57.5 62.4% 57.0 -35 a -50 1,664 16.8% 9,154 65.1% 42.9 65.1% 42.8 64.4% 42.4 -2 a -50 9,196 92.9% 50,577 63.8% 232.7 63.9% 233.2 63.4% 231.4 -50 a -100 708 7.1% 3,894 63.7% 17.8 63.7% 17.8 63.0% 17.7 -2 a -100 9,904 100.0% 54,471 63.8% 250.5 63.9% 251.0 63.4% 249.1 TODO O LITORAL Profundidade (m) Área Apta (km²) Percentual da Área Apta Capacidade Instalável (MW) 120 m 140 m 200 m Tabela 8.4 – Dados do potencial eólico offshore, considerando faixas de batimetria, de todo o litoral do Rio Grande do Norte. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 175 12/15/22 23:30 108,5 87,4 62,2 383,38 348,42 286,06 18,3 7,1 77,5 48,0 13,5 79,4 55,0 23,7 82,98 26,56 313,97 191,04 69,56 303,23 229,11 104,64 52,1 52.809,60 199,55 deria gerar aproximadamente 1/3 de toda energia elétrica brasileira em 2020 Esse potencial é equivalente a aproximadamente 1/3 de toda a potência A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E176 Tabela 8.6 – Dados do potencial eólico offshore, considerando faixas de batimetria, do litoral oriental do Rio Grande do Norte. Tabela 8.7 – Dados do potencial eólico offshore, considerando a distância da linha de costa, de todo o litoral do Rio Grande do Norte. Tabela 8.8 – Dados do potencial eólico offshore, considerando a distância da linha de costa, do litoral setentrional do Rio Grande do Norte. Tabela 8.5 – Dados do potencial eólico offshore, considerando faixas de batimetria, do litoral setentrional do Rio Grande do Norte. Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) -2 a -10 1,647 27.6% 9,059 64.5% 42.2 64.9% 42.5 64.7% 42.4 -10 a -20 2,294 38.5% 12,617 65.9% 59.9 66.0% 60.0 65.6% 59.7 -20 a -35 1,090 18.3% 5,994 66.3% 28.6 66.3% 28.6 65.9% 28.4 -35 a -50 558 9.4% 3,069 67.7% 15.0 67.7% 14.9 67.1% 14.8 -2 a -50 5,589 93.7% 30,740 65.7% 145.7 65.9% 146.1 65.6% 145.4 -50 a -100 374 6.3% 2,058 67.1% 9.9 67.0% 9.9 66.5% 9.8 -2 a -100 5,963 100.0% 32,797 65.8% 155.7 65.9% 156.0 65.6% 155.2 LITORAL SETENTRIONAL Profundidade (m) Área Apta (km²) Percentual da Área Apta Capacidade Instalável (MW) 120 m 140 m 200 m Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) -2 a -10 71 1.8% 393 58.2% 1.7 58.4% 1.7 57.7% 1.6 -10 a -20 1,215 30.8% 6,681 59.1% 28.6 59.3% 28.6 58.6% 28.3 -20 a -35 1,214 30.8% 6,678 59.9% 28.8 60.0% 28.9 59.3% 28.5 -35 a -50 1,106 28.1% 6,085 63.8% 27.9 63.8% 27.9 63.1% 27.6 -2 a -50 3,607 91.5% 19,837 60.8% 87.0 60.9% 87.1 60.2% 86.1 -50 a -100 334 8.5% 1,837 59.8% 7.9 59.9% 7.9 59.1% 7.8 -2 a -100 3,941 100.0% 21,674 60.7% 94.9 60.8% 95.0 60.1% 93.9 LITORAL ORIENTAL Profundidade (m) Área Apta (km²) Percentual da Área Apta Capacidade Instalável (MW) 120 m 140 m 200 m Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) 2 a 10 2,368 23.9% 13,026 59.9% 56.6 60.4% 57.0 60.1% 56.8 10 a 15 1,552 15.7% 8,535 62.1% 38.3 62.4% 38.4 61.9% 38.2 15 a 25 2,733 27.6% 15,032 64.8% 70.2 64.9% 70.3 64.3% 69.7 25 a 45 3,250 32.8% 17,877 66.5% 85.4 66.4% 85.3 65.7% 84.5 2 a 45 9,904 100.0% 54,471 63.8% 250.5 63.9% 251.0 63.4% 249.1 TODO O LITORAL Distância da Linha de Costa (km) Área Apta (km²) Percentual da Área Apta Capacidade Instalável (MW) 120 m 140 m 200 m Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) 2 a 10 1,435 24.1% 7,892 62.3% 35.7 62.9% 36.0 62.9% 36.0 10 a 15 951 15.9% 5,228 65.0% 24.6 65.2% 24.6 65.0% 24.6 15 a 25 1,816 30.5% 9,987 67.1% 48.3 67.1% 48.3 66.7% 48.0 25 a 45 1,762 29.5% 9,690 67.7% 47.2 67.6% 47.1 67.1% 46.7 2 a 45 5,963 100.0% 32,797 65.8% 155.7 65.9% 156.0 65.6% 155.2 LITORAL SETENTRIONAL Distância da Linha de Costa (km) Área Apta (km²) Percentual da Área Apta Capacidade Instalável (MW) 120 m 140 m 200 m Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 176 12/15/22 23:30 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 177 Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) Fator de Capacidade Anual Bruto Produção Anual de Energia (TWh/ano) 2 a 10 934 23.7% 5,135 56.3% 20.9 56.5% 21.0 55.9% 20.8 10 a 15 601 15.3% 3,307 57.6% 13.8 57.8% 13.8 57.0% 13.6 15 a 25 917 23.3% 5,045 60.4% 22.0 60.5% 22.0 59.7% 21.7 25 a 45 1,489 37.8% 8,187 64.9% 38.2 64.9% 38.2 64.2% 37.7 2 a 45 3,941 100.0% 21,674 60.7% 94.9 60.8% 95.0 60.1% 93.9 LITORAL ORIENTAL Distância da Linha de Costa (km) Área Apta (km²) Percentual da Área Apta Capacidade Instalável (MW) 120 m 140 m 200 m Tabela 8.9 – Dados do potencial eólico offshore, considerando a distância da linha de costa, do litoral oriental do Rio Grande do Norte. 8.2. O POTENCIAL SOLAR DO RIO GRANDE DO NORTE Os resultados do potencial solar estão segmentados em potencial solar fotovoltaico centralizado e geração distribuída. Esses resultados re- mentem-se as áreas consideradas aptas e estão segmentados por regiões geográficas conforme delimitação do IBGE: regiões intermediárias, ime- diatas e municípios. Na análise da geração centralizada, além das áreas em terreno plano e ondulado, foram considerados também integração do potencial solar para projetos flutuantes nas áreas de açudes e lagos moni- torados pela Agência Nacional de Águas (ANA). Para a análise da geração distribuída, considerou-se as áreas urbanas e a integração foi realizada por meio de cenários de ocupação em percentual de utilização da área urbanizada. Também foi realizada a análise do potencial para as áreas ocupadas por imóveis públicos do Estado. É importante ressaltar que as estimativas geradas e dispostas nesse capítulo têm o objetivo de apresentar os números gerais do potencial do Estado e representam a produtividade média ba- seados nos projetos atuais. A produtividade real de um projeto depende da tecnologia dos painéis solares, do uso ou não de rastreadores solares, perdas ambientais, das perdas elétricas, das perdas por sujidade e de perdas elétricas que estão diretamente relacionadas à topologia elétrica dos arranjos dos painéise inversores. 8.2.1. Geração Centralizada A integração da Geração Centralizada considerando a utilização de 10% das áreas aptas e somente em terrenos planos e pouco ondulados, totalizam a produção anual de energia de 213 TWh/ano com uma potência instalável de 82 GWp, este valor de produção de energia é mais de 2,5 ve- zes o consumo de energia elétrica de todo nordeste brasileiro em 2019 que foi de 83,5 TWh/ano[3]. Se considerarmos apenas os terrenos planos, esse potencial totaliza 57 GWp de capacidade instalável e 146 TWh/ano de pro- dução de energia. Este potencial equivale a aproximadamente 25 vezes o consumo total de energia do estado no ano de 2019 que foi 5,78 TWh/ano. Em geral, todas as áreas do Estado do RN são muito promissoras para geração de energia centralizada, com fatores de capacidade anuais acima de 30% na maioria das regiões. Destaca-se a região intermediária de Mossoró que detém de mais de 50% (45,3 GW) da capacidade insta- lável total, considerando a utilização de 10% das áreas aptas e somente em terrenos planos e pouco ondulados. Somente a região imediata de Mossoró concentra 26,6 GW da capacidade instalável com produção anual de energia de 68,7 TWh/ano, em segundo lugar está a região imediata de Assu (13,2 GW) e em terceiro a região imediata de Natal com 11,0 GW de capacidade instalável e 33,9 TWh/ano de produção de energia. Além da integração do potencial em todo Estado foi respeitada a premissa do potencial considerando apenas as áreas aptas localizadas num raio de distância de 10 km das linhas de transmissão e das subes- tações existentes e planejadas. Essa integração tem o objetivo de ava- liar o potencial solar considerando que projetos localizados próximos às subestações e linhas de transmissão dispõe de um maior diferencial com menores custos de integração ao SIN. Mesmo neste cenário restritivo, o potencial fotovoltaico do Estado ainda é bastante significativo com potencial de mais de 17 GWp de capa- cidade instalável e produção de energia de 43,5 TWh/ano, considerando terrenos planos e ondulados e 10% das áreas aptas, tal valor equivale a aproximadamente duas vezes toda energia elétrica gerada pelo Estado em 2020 (17,896 TWh/ano)[3], considerando todas fontes de energia. Essa avaliação corrobora para as condições favoráveis do RN para o desenvolvimento e instalação de grandes projetos fotovoltaicos cen- Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 177 12/15/22 23:30 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E178 Tabela 8.10 - Integração Solar por Regiões Imediatas do Estado do RN considerando apenas a utilização de 10% das áreas aptas ao desenvolvimento de projetos. Tabela 8.11 - Integração solar centralizada somente no raio de 10 km de distância das subestações de transmissão de energia planejadas e existentes. tralizados, fomentando o reforço do sistema de transmissão existente e planejado, mas também a construção de novas linhas de transmissão em subestações. Algumas regiões com potencial solar expressivo a ser explorado, como Pau dos Ferros, Caicó e Currais Novos estão limitadas a ter conexões próximas para viabilização de grandes projetos solares. Por outro lado, regiões como João Câmara e Mossoró podem viabilizar proje- tos híbridos eólicos-solar uma vez que já existem muitos projetos eólicos em operação na região. Além da integração do potencial solar fotovoltaico sobre as áreas aptas em superfície, foi realizada a integração sobre lagoas e açudes mo- nitorados. Neste cenário, utilizou-se 10% da área útil desses reservató- rios, uma vez que há uma sazonalidade na área de lâmina d’água e isso pode inviabilizar a instalação de flutuantes na superfície do reservatório. A capacidade instalável em 10% da área dos reservatórios é de 5.374 MWp e a energia anual é de mais de 4 TWh/ano, o que equivale a 80% do consumo do residencial, comercial, rural e industrial em 2019 (~5 TWh). As Tabelas 8.10 e 8.11 dispõem dos dados de áreas aptas em km², capacidade instalável em MWp e produção anual de energia em GWh/ ano, considerando a energia produzida em áreas com relevo plano e on- dulado e somente plano por região geográfica definida pelo IBGE (regiões intermediárias e imediatas). A Tabela 8.12 apresenta os resultados da in- tegração solar centralizada somente em lagos e açudes monitorados con- siderando um aproveitamento de 10% das áreas. A Figura 8.2 apresenta a localização das lagoas e açudes considerados no cálculo. O apêndice D e E apresenta os dados de dados de geração por municípios do RN e por reservatórios monitorados, respectivamente. Total de 10% das Áreas Aptas (km²) Percentual da área total utilizada Capacidade Instalável (MWp) Produção Anual de Energia (GWh/ano) Total de 10% das Áreas Aptas (km²) Percentual da área total utilizada Capacidade Instalável (MWp) Natal 6,312.6 200.2 3.17% 11,012.5 28,110.5 148.1 2.35% 8,147.6 João Câmara 3,966.8 167.0 4.21% 9,186.6 23,368.6 137.0 3.45% 7,536.7 Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.7 94.9 4.63% 5,217.3 13,477.4 51.4 2.51% 2,828.3 São Paulo do Potengi 2,584.3 67.3 2.61% 3,704.1 9,556.7 31.0 1.20% 1,705.0 Santa Cruz 2,141.4 38.2 1.79% 2,102.9 5,529.8 9.9 0.46% 542.3 Canguaretama 1,361.8 8.4 0.62% 461.8 1,191.8 2.9 0.21% 157.7 TOTAL 18,416.5 576.1 31,685.2 81,234.8 380.3 20,917.5 Caicó 6,057.6 73.8 1.22% 4,057.9 10,786.8 24.9 0.41% 1,368.8 Currais Novos 3,316.8 29.4 0.89% 1,615.0 4,323.9 9.0 0.27% 494.6 TOTAL 9,374.3 103.1 5,672.9 15,110.7 33.9 1,863.5 Mossoró 10,934.1 483.8 4.42% 26,607.9 68,705.9 409.8 3.75% 22,538.0 Açu 9,264.7 240.5 2.60% 13,226.0 33,923.6 183.9 1.99% 10,115.8 Pau dos Ferros 4,819.9 101.1 2.10% 5,558.6 15,015.5 29.4 0.61% 1,614.4 TOTAL 25,018.7 825.3 45,392.5 117,645.1 623.1 34,268.2 Natal Região Intermediária Região Imediata Área Territorial Oficial IBGE (km²) Área com Relevo Plano e Ondulado Área com Relevo Plano Caicó Mossoró TOTAL DO ESTADO Produção Anual de Energia (GWh/ano) 20,746.1 19,105.8 7,300.0 4,394.1 1,426.1 406.7 53,378.7 3,629.2 1,326.1 4,955.3 58,038.3 25,867.8 4,349.6 88,255.8 Área com Relevo Plano Total de 10% das Áreas Aptas (km²) Percentual da área total utilizada Capacidade Instalável (MWp) Produção Anual de Energia (GWh/ano) Total de 10% das Áreas Aptas (km²) Percentual da área total utilizada Capacidade Instalável (MWp) Natal 6,312.6 81.1 1.28% 4,461.3 11,337.9 69.0 1.09% 3,795.2 João Câmara 2,049.7 0.0 0.00% 0.0 0.0 0.0 0.00% 0.0 Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 1,361.8 0.0 0.00% 0.0 0.0 0.0 0.00% 0.0 São Paulo do Potengi 2,141.4 5.7 0.27% 315.2 825.9 0.7 0.03% 38.5 Santa Cruz 3,966.8 77.7 1.96% 4,276.2 10,837.6 69.0 1.74% 3,794.5 Canguaretama 2,584.3 4.0 0.15% 218.3 564.8 0.8 0.03% 46.5 TOTAL 18,416.5 168.6 9,271.1 23,566.3 139.5 7,674.7 Caicó 6,057.6 3.5 0.06% 192.2 521.1 0.6 0.01% 34.4 Currais Novos 3,316.8 3.4 0.10% 188.3 501.0 1.0 0.03% 57.4 TOTAL 9,374.3 6.9 380.6 1,022.1 91.9 Mossoró 10,934.1 67.6 0.62% 3,718.5 9,522.4 55.3 0.51% 3,039.3 Açu 4,819.9 0.0 0.00% 0.0 0.0 0.0 0.00% 0.0 Pau dos Ferros 9,264.7 66.1 0.71% 3,638.0 9,360.6 48.6 0.52% 2,671.7 TOTAL 25,018.7 133.8 7,356.5 18,883.0 103.8 5,711.0 Área Territorial Oficial IBGE (km²) Área com Relevo Plano e Ondulado Área com Relevo Plano Natal Caicó Mossoró TOTAL DO ESTADO Região Intermediária Região Imediata Produção Anual de Energia (GWh/ano) 9,634.3 0.0 0.0 100.6 9,589.5 119.5 19,444.0 93.4 152.0 245.4 7,769.2 0.0 6,845.2 14,614.4 Área com Relevo Plano Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 178 12/15/22 23:30 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 179 Região Intermediária Quantidade Área Total (km²) Aproveitamento de 10% das áreas de lagos e açudes (km²) Percentual da área total territorial utilizada em relação ao Estado Capacidade Instalável (MWp) Produção Anual de Energia (GWh/ano) Lagoas Monitoradas 3 15.0 1.5 0.003% 82 214Açudes Monitorados 51 5575.0 557.5 1.06% 5292 3825 Total 54 5590.0 559.0 1.059% 5374 4039 Tabela 8.12 - Integração solar centralizada somente em lagos e açudes monitorados considerando um aproveitamento de 10% das áreas. Figura 8.2- Localização dos açudes e lagoas monitorados. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 179 12/15/22 23:30 3,13% 2% 1,10% 0,36% 3,30% 2,49% 52.809,6 1.504,6 2,85% 82.750,6 213.990,6 1.037,3 1,96% 57.049,2 146.589,8 0,92% 0,76% 0.07% 1.7 0,02% 0,53% 0,42% 52.809,6 309,2 0.59% 17.008,2 43.471,3 245,0 0.46% 13.477,5 34.303,7 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E180 8.2.2. Geração Distribuída A geração distribuída fotovoltaica no Estado representa um outro potencial com grande possibilidade de crescimento e, ao considerar di- ferentes cenários de ocupação das áreas urbanas, é possível verificar o abundante potencial de geração no Estado. Foram analisados o potencial de geração distribuída em três cenários: 1) 0,5% do percentual da área urbanizada ocupada por GD; 2) 1% do percentual da área urbanizada ocu- pada por GD e; 3) 5% do percentual da área urbanizada ocupada por GD. Ao considerar uma área de apenas 0,5% de todas as áreas urbanas o potencial de capacidade instalada é mais de 718 MWp o que é o dobro do que, hoje em 2022, tem instalado no Estado, neste cenário é possível gerar entre 1 a 1,3 TWh de energia que representa quase 20% da ener- gia consumida no estado em 2019 (5,78 TWh). Em um cenário futuro de intensificação do uso de GD, utilizando apenas 5% das áreas urbanas, ou seja, para geração distribuída, esse potencial de geração é de 7.182,3 MWp (produção anual de energia de 13.162,2 GWh), ou seja, o dobro do consumo de energia total do Estado em 2019. A fim de ilustrar o potencial de geração distribuída, foi calculado o potencial solar fotovoltaico para cada localização e imóvel público do Es- tado do RN, considerando um aproveitamento de apenas 10% das áreas totais desses imóveis, somente neste cenário hipotético, a produção de energia total pode variar entre 234 e 289 GWh/ano o que representaria aproximadamente 50% de todo consumo do poder público e iluminação pública do Estado, o que totaliza 494 GWh/ano em 2019. Ou seja, o cenário de uso intenso de GD nos imóveis públicos pode reduzir o custo de energia elétrica do Estado. A partir dos valores calculados para cada imóvel, pode ser estabelecida uma estratégia de inserção da GD nos imóveis considerando kits de GD com diferentes capacidades instaladas bem como imóveis prioritários em que o consumo diurno de energia seja elevado. As Tabelas 8.13, 8.14 e 8.15 dispõem dos dados de áreas aptas em km², capacidade instalável em MWp e produção anual de energia em GWh/ano, considerando a geração distribuída em três cenários de ocu- pação por região geográfica definida pelo IBGE (regiões intermediárias e imediatas). A Tabela 8.16 apresenta o potencial solar fotovoltaico para os imóveis públicos do Estado do RN e a Figura 8.3 apresenta a localização dos imóveis públicos pertencentes ao Estado do RN. O apêndice F apre- senta os dados de dados de geração distribuída por municípios do RN. GTI10 graus - 0,5% da área urbana total (GWh) GTI20 graus - 0,5% da área urbana total (GWh) GTI45 graus - 0,5% da área urbana total (GWh) Natal 6,312.6 208.8 313.3 588.3 572.7 475.1 Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.7 19.2 28.8 53.3 52.0 43.2 Canguaretama 1,361.8 17.2 25.8 48.7 47.5 39.3 Santa Cruz 2,141.4 10.8 16.2 30.6 29.9 24.8 João Câmara 3,966.8 13.8 20.7 38.1 37.1 30.7 São Paulo do Potengi 2,584.3 10.8 16.2 30.1 29.3 24.4 TOTAL 18,416.5 280.6 420.9 789.2 768.5 637.6 Caicó 6,057.6 22.6 33.8 65.2 63.8 53.4 Currais Novos 3,316.8 16.4 24.6 47.4 46.3 38.6 TOTAL 9,374.3 38.9 58.4 112.6 110.1 92.0 Mossoró 10,934.1 87.4 131.0 242.4 236.1 195.8 Pau dos Ferros 4,819.9 34.5 51.7 102.0 99.9 83.8 Açu 9,264.7 37.5 56.2 104.3 101.7 84.5 TOTAL 25,018.7 159.3 238.9 448.8 437.6 364.0 Produção Anual de Energia Região Intermediária Área Territorial Oficial IBGE (km²) Área Apta - 0,5% da area urbana total (ha) Capacidade Instalável - 0,5% da área utbana total (MWp) Região Imediata Total Geral Natal Caicó Mossoró Tabela 8.13 – Dados de áreas aptas, capacidade instalável e produção anual de energia para 0,5% da área urbana. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 180 12/15/22 23:30 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 181 GTI10 graus - 1% da área urbana total (GWh) GTI20 graus - 1% da área urbana total (GWh) GTI45 graus - 1% da área urbana total (GWh) Natal 6,312.6 417.7 626.5 1,176.5 1,145.4 950.2 Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.7 38.3 57.5 106.7 104.0 86.4 Canguaretama 1,361.8 34.4 51.6 97.5 94.9 78.6 Santa Cruz 2,141.4 21.6 32.3 61.2 59.8 49.7 João Câmara 3,966.8 27.6 41.4 76.2 74.1 61.5 São Paulo do Potengi 2,584.3 21.6 32.4 60.2 58.7 48.7 TOTAL 18,416.5 561.2 841.8 1,578.4 1,536.9 1,275.1 Caicó 6,057.6 45.1 67.7 130.3 127.6 106.8 Currais Novos 3,316.8 32.8 49.2 94.9 92.7 77.2 TOTAL 9,374.3 77.9 116.8 225.2 220.2 184.0 Mossoró 10,934.1 174.7 262.1 484.8 472.1 391.6 Pau dos Ferros 4,819.9 68.9 103.4 204.1 199.8 167.6 Açu 9,264.7 74.9 112.4 208.7 203.4 168.9 TOTAL 25,018.7 318.6 477.9 897.5 875.3 728.1 Produção Anual de Energia Área Apta - 1% da área urbana total (ha) Capacidade Instalável - 1% da área urbana total (MWp) Região Intermediária Região Imediata Área Territorial Oficial IBGE (km²) Total Geral Natal Caicó Mossoró Tabela 8.14 – Dados de áreas aptas, capacidade instalável e produção anual de energia para 1% da área urbana. Tabela 8.15 – Dados de áreas aptas, capacidade instalável e produção anual de energia para 5% da área urbana. Tabela 8.16 - Integração solar fotovoltaica distribuída em imóveis públicos do Estado considerando um aproveitamento de 10% da área total do imóvel para instalação de projetos GD. GTI10 graus - 5% da área urbana total (GWh) GTI20 graus - 5% da área urbana total (GWh) GTI45 graus - 5% da área urbana total (GWh) Natal 6,312.6 2,088.4 3,132.5 5,882.7 5,727.1 4,750.8 Santo Antônio - Passa e Fica - Nova Cruz 2,049.7 191.7 287.5 533.4 519.9 432.2 Canguaretama 1,361.8 172.0 258.0 487.4 474.6 393.2 Santa Cruz 2,141.4 107.8 161.6 306.2 298.8 248.4 João Câmara 3,966.8 138.0 207.0 380.8 370.7 307.3 São Paulo do Potengi 2,584.3 108.1 162.1 301.1 293.4 243.6 TOTAL 18,416.5 2,805.8 4,208.8 7,891.8 7,684.6 6,375.7 Caicó 6,057.6 225.5 338.3 651.6 637.8 534.1 Currais Novos 3,316.8 163.9 245.9 474.3 463.4 386.0 TOTAL 9,374.3 389.5 584.2 1,125.8 1,101.2 920.1 Mossoró 10,934.1 873.6 1,310.3 2,424.0 2,360.6 1,957.8 Pau dos Ferros 4,819.9 344.7 517.0 1,020.3 999.0 837.8 Açu 9,264.7 374.7 562.0 1,043.4 1,016.9 844.6 TOTAL 25,018.7 1,592.9 2,389.3 4,487.6 4,376.4 3,640.3 Total Geral Área Apta - 5% da área urbana total (ha) Capacidade Instalável - 5% da área urbana total (MWp) Produção Anual de Energia Região Intermediária Região Imediata Área Territorial Oficial IBGE (km²) Natal Caicó Mossoró GTI10 graus Melhor Cenário (GWh/ano) GTI20 graus Típico (GWh/ano) GTI45 graus Pior Cenário (GWh/ano) 2217.0 1026.0 10.2 153.0 289.0 282.0 234.0 Total de Imóveis Produção Anual de Energia Capacidade Instalável (MWp) Área Apta - 10% da area do imóvel (ha) Área Total (ha) Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 181 12/15/22 23:30 52.809,6 478,8 718,2 1350,5 1316,2 1.093,6 52.809,6 957,6 1436,5 2701,0 2632,4 2187,2 52.809,6 4.788,2 7.182,3 13.505,2 13.162,2 10.936,1 Type your text A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E182 Figura 8.3 apresenta a localização dos imóveis públicos pertencentes ao Estado do RN. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 182 12/15/22 23:30 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 183 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como discutido ao longode todo o Atlas, o RN é destaque nacional e internacional na produção de energias renováveis e seu potencial é ainda maior, como aponta os números apresentados nos resultados. O Estado do RN possui um potencial para geração de energia foto- voltaica centralizada muito elevado sem grandes alterações no uso do solo do Estado. Com apenas a utilização de áreas aptas para solar e a ocupa- ção de 0,5% das áreas territoriais do Estado o potencial de geração já é o dobro de toda geração de energia elétrica do Estado em 2020 (17,8 TWh) (EPE-BEM, 2021). Esse potencial é ainda mais perceptivo quando apresentado os da- dos do potencial solar para geração distribuída, que já é uma realidade com impacto significativo na vida dos potiguares. Hoje, já são 33.637 usi- nas instaladas e somam mais de 320 MW de produção de energia. A apresentação do recurso solar mapeado pode incentivar novos desenvolvimentos de projetos fotovoltaicos no Estado, bem como auxiliar os órgãos públicos e privados para o direcionamento de políticas públicas e investimentos regionais. Além do desenvolvimento de grandes projetos, que podem contribuir positivamente para o Estado e sociedade em ge- ração de empregos e desenvolvimento regional, os potiguares podem se beneficiar da economia energética decorrente da implantação de unidades de geração distribuída em atendimento a demandas pontuais seja pela demanda rural, residencial, comercial ou industrial. Já o potencial para geração eólica no Estado, mesmo com toda a produção atualmente existente, é muito elevado, no qual dispõe de todas as condições que favorecem o desenvolvimento da indústria eólica: áreas aproveitáveis abrangentes, recurso eólico onshore e offshore excepcionais e, no ambiente offshore, o RN dispõe de plataforma continental rasa. Em relação ao desenvolvimento de projetos onshore, considerando o desenvolvimento do potencial em áreas com velocidade média anual do vento acima de 8m/s à 140m, estima-se uma capacidade instalável de 24,4 GW, o dobro da capacidade instalada atual de ~12GW (ANEEL-SIGA, 2022), se consideramos ventos à 200 m de altura, o aproveitamento futu- ro para as áreas aptas com velocidades anuais acima de 8m/s, estima-se uma capacidade instalável de 63,9 GW, mais de 5x a capacidade instalada e contratada atualmente no Estado. Este potencial garante o desenvolvimento e o crescimento da in- dústria eólica no Estado, principalmente com o avanço tecnológico das turbinas eólicas, no qual expande a área de exploração quando conside- ra ventos em alturas maiores, concomitantemente a repotenciação como uma das frentes que podem vir a serem exploradas nas áreas de projetos existentes, quando contratos de compra e venda de energia finalizarem, essas áreas podem ser submetidas e novos leilões e suas máquinas troca- das para continuação da geração eólica. Esses fatores são impulsionado- res para a movimentação da indústria eólica e abertura de novas fábricas em território potiguar. Ao considerarmos o potencial eólico offshore, o Estado se destaca pelo enorme potencial no litoral setentrional, com área de fatores de ca- pacidade bruto anuais estimadas acima de 65% em meio a uma platafor- ma continental extensa e rasa. O potencial eólico offshore, somente em áreas aptas e com profundidades variando entre -2 a -50 metros, atinge 50,5 GW ou 231 TWh/ano, se considerarmos ventos a uma altura de 200 m, representando cerca de ⅓ de toda a energia elétrica brasileira em 2020 (~651TWh, Fonte: BEN 2021). O desenvolvimento de 25% do potencial offshore já representa toda a capacidade instalável em operação e cons- trução no RN até o ano de 2022~12GW (ANEEL-SIGA, 2022). Dessa forma, o Estado pode atrair muitos investimentos para a in- dústria eólica offshore, aliado ao desenvolvimento da infraestrutura logís- tica, fábricas de turbinas e cadeia de suprimentos, podendo se tornar um grande hub de projetos eólicos offshore no Nordeste. Essa energia renovável abundante pode incentivar o uso de outras formas de energia elétrica para aplicações de armazenamento de energia e produção do hidrogênio verde. O hidrogênio verde é um vetor energéti- co estratégico para a descarbonização da economia e aumento da seguri- dade energética com aplicações que podem alcançar uma diversidade de segmentos industriais (química, siderurgia, cimento, entre outros), bem como logística/mobilidade desde aplicações em veículos pesados aos de passeio. O Atlas Eólico e Solar do Rio Grande do Norte irá contribuir para o desenvolvimento e direcionamento das melhores áreas para novos inves- timentos em energia eólica onshore e offshore e energia solar, por meio de informações sólidas e integradas a aspectos infraestruturais e socio- ambientais. Este documento visa dar continuidade ao desenvolvimento e incentivo ao uso de energias renováveis, elevando o RN em um patamar de liderança no ramo das energias limpas e no caminho para o desenvol- vimento sustentável. Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 183 12/15/22 23:30 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E184 REFERÊNCIAS CAPÍTULO 1 [1] - AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL. Relação de empreendimentos de Geração Distribuída. 2022. Disponível em: <ht- tps://dadosabertos.aneel.gov.br/ > Acesso em: nov. de 2022. [2] - AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL. SI- GEL – Sistema de Informações Georreferenciadas do Setor Elétrico. 2022. Disponível em: <https://sigel.aneel.gov.br/Down/ > Acesso em: nov. de 2022. [3] - AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL. SIGA – Sistema de Informações de Geração da ANEEL. 2022. Disponível em: <www.aneel.gov.br> Acesso em: nov. de 2022. [4] - AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL. Resulta- dos dos Leilões de Geração no Ambiente Regulado. 2022. Disponível em: <www.aneel.gov.br> Acesso em: nov. de 2022. CAPÍTULO 2 [1] - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. IBGE Cidades. 2021. 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Estabelece procedimentos administrativos que disciplinam a atuação dos órgãos e entidades da administração pú- blica federal em processos de licenciamento ambiental de competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Reno- váveis-IBAMA. Disponível em: < https://www.gov.br/ >. Acesso em: set. de 2022. [7] Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Acervo Fundiário. Disponível em: < https:incra.gov.br/>. Acesso em: nov. de 2022. [8] Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Cadastro de Sítios Arqueológicos. 2022. Disponível em: < https://www. gov.br/iphan/>. Acesso em: nov. de 2022. [9] Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Bancos de Dados -Patrimônio Arqueológico. Disponível em: < http://por- tal.iphan.gov.br/ >. Acesso em: nov. de 2022. [10] Fundação Nacional do Índio – FUNAI. Terras Indígenas. Ge- oprocessamento e Mapas. 2021. Disponível em: < https://www.gov.br/ funai>. Acesso em: nov. de 2022. [11] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Base de Informações Geográficas e Estatísticas sobre os indígenas e quilombolas para enfrentamento à Covid-19. Notas Técnicas, v. especial, Rio de Janei- ro, 2020. Disponível em: < www.ibge.gov.br>. Acesso em: nov. de 2022. [12] BRASIL. Presidência da República. Decreto n° 1.775, de 8 de Janeiro de 1996. Dispõe sobre o procedimento administrativo de demar- cação das terras indígenas e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br >. Acesso em: set. de 2022. [13] CENTRO DE ESTRATÉGIAS EM RECURSOS NATURAIS E ENER- GIA – CERNE. Caderno Técnico Ventos Que Transformam Vidas. Estudo da Viabilidade de Exploração do Potencial Eólico em Áreas de Projetos de Assentamento de Reforma Agrária. 2020. Disponível em: <https://cerne. org.br/>. Acesso em: set. de 2022. [14] BRASIL. Câmara dos Deputados. PL 3266/2021 (Nº Anterior: PLS 384/2016). Altera a Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, que “dispõe sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, previstos no Capítulo III, Título VII, da Constituição Fe- deral”. Disponível em: < https://www.camara.leg.br/>. Acesso em: nov. de 2022. [15] LAGO, C. et al. PART V - ENVIRONMENTAL ISSUES. In: WIND ENERGY - THE FACTS. EWEA/European Wind Energy Association. 2009. p. 307–411. [16] WISER, R. et al. Wind Energy. In: IPCC Special Report on Re- newable Energy Sources and Climate Change Mitigation. IPCC/Intergover- nmental Panel on Climate Change. Cambridge University Press, Cambrid- ge, United Kingdom and New York, NY, USA, 2011. [17] INSTITUTO CHICO MENDES. Relatório de rotas de concentra- ção de aves migratórias no Brasil. Cabedelo-PB: CEMAVE/ICMABIO, 2020, 54p. [18] AZEVEDO-JÚNIOR, S.M.; LARRAZÁBAL, M.E. Pontal do Peba, p.159-162. In: VALENTE, R.; SILVA, J.M.C.; STRAUBE, F.C.; NASCIMEN- TO, J.L.X. (org). 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Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 193 12/15/22 23:30 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E194 APENDICE A - LSTA DE SIGLAS E UNIDADES ° – Grau °C – Graus Celsius ANA – Agência Nacional de Águas ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis APA – Área de Proteção Ambiental APCBIO – Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade Art. – Artigo ARW – Advanced Research WRF As – Clima Tropical Com Verão Seco ASAS – Alta Subtropical do Atlântico Sul a-Si – Silício amorfo BEM – Teoria do Momento no Elemento da Pá (Blade Element Theory) BR – Rodovia Federal BSh – Clima Semiárido CAINE – Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas CB – Corrente do Brasil CdTe – Telureto de cádmio CE – Ceará CEC – Commission of the European Communties CECAV – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas CERNE – Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia CG – Corrente das Guianas CHESF – Companhia Hidroelétrica do São Francisco CIGS – Disseleneto de cobre, índio e gálio CIS – Disseleneto de cobre e índio CLP – Camada Limite Planetária CNA – Centro Nacional de Arqueologia CNB – Corrente Norte do Brasil CNSA – Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos CODER – Coordenadoria de Desenvolvimento Energético CODERN – Companhia Docas do Rio Grande do Norte COERE – Comissão Temática de Energias Renováveis CONEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente COSERN – Companhia Energética do Rio Grande do Norte CPC – Coletores Parabólicos Compostos (Compound Parabolic Collector) CRS – Central Receiver System CSP – Geração Solar Térmica Concentrada ou Heliotérmica (Concentrated Solar Power) CTGAS-ER – Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis D – Domínio DCEA – Comando da Aeronáutica DEM – Digital Elevation Model DHI – Irradiância Difusa Horizontal DIP – Declarações de Interferências Prévias Dir – Direção DNI – Irradiância Normal Direta DNITGeo – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte DOE – U.S. Department of Energy DOL – Distúrbios Ondulatórios de Leste E – Leste EE – Estação Eólica EIA – Estudo de Impacto Ambiental EMA – Estação Meteorológica Automática EPE – Empresa de Pesquisas Energética ERA-5 – ECMWF Re-Analysis 5th Generation ERDA – Energy Research and Development Administration ESA – Agência Espacial Européia ETC – Coletores Tubo de Vácuo (Evacuated Tube Collector) EVTEA – Estudos de Viabilidade Técnico- Econômica-Ambiental FIERN – Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte FLONA – Floresta Nacional FPAR – Fração de Vegetação Verde FPC – Coletores de Placa Plana (Flat Plate Collectors) FUNAI – Fundação Nacional do Índio GCM – Global Climate Model GD – Geração distribuída GEBCO – General Bathymetric Chart of the Oceans GEE – Gases do Efeito Estufa GHI – Irradiância Global Horizontal GW – Gigawatt GWh – Gigawatt hora GWh/ano – Gigawatt hora por ano GWp – Gigawatt pico H – Altura hab – Habitantes ha – Hectare hab/km² – Habitantes por quilômetro quadrado HAWT – Aerogerador de Eixo Horizontal (Horizontal Axis Wind Turbine) hPa – Hectopascal IATA – Associação Internacional de Transportes Aéreos (International Air Transport Association) IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBENBRASIL – Iberdrola Empreendimentos do Brasil S.A. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICAO – Organização da Aviação Civil International (International Civil Aviation Organization) IDEMA – Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente IEA – International Eneregy Agency INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INMET – Instituto Nacional de Meteorologia INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 194 12/15/22 23:30 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 195 ISI-ER – Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis kg/m³ - Quilograma por metro cúbico km – Quilômetro km² – Quilômetro quadrado kV – Quilovolt kW – Quilowatt kWh/m² – Quilowatt hora por metro quadrado kWh/m²/dia - Quilowatt hora por metro quadrado por dia LAI – Índice de Área Foliar LandSat – Land Remote Sensing Satellite LFR – Refletores Lineares Fresnel (Linear Fresnel Reflectors) LI - Licença de Instalação LO - Licença de Operação LP - Licença Prévia m – Metro m/s – Metro por segundo mc-Si – Silício monocristalino mm – Milímetro mm mês-¹ – Milímetro por mês MM5 – Modelo de Mesoescala 5° Geração MMA – Ministério do Meio Ambiente MME - Ministério de Minas e Energia MODIS – Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer MW – Megawatt MW/km² – Megawatt por quilômetro quadrado MWh – Megawatt hora MWp – Megawatt pico MYNN – Mellor-Yamada-Nakanishi-Niino N – Norte n° – Número NAT – Natal NE – Nordeste NEB – Nordeste do Brasil nm – Nanômetro NOAH-LSM – Land Surface Model NREL – National Renewable Energy Laboratory NS – Norte-Sul NUC – Núcleo de Unidades de Conservação NW – Noroeste NW – Norte-Oeste OLI – Operational Land Imager P&D – Pesquisa e Desenvolvimento PBL – Planetary boundary Layer PCH – Pequenas Centrais Hidrelétricas PD&I – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação PDR – Disco Parabólico ou Prato Parabólico (Parabolic Dish Reflector) PE – Eletrônica de potência (Power Electronics) PE – Parque Estadual PEM – Planejamento Espacial Marinho PL – Projeto de Lei PN – Parque Nacional PNM – Parque Natural Municipal POA – Irradiância no Plano Inclinado Press – Pressão PROBA-Vegetation – Project for On-Board Autonomy-Vegetation PROEÓLICA – Programa Emergencial de Energias Eólica PROINFA – Programa de Incentivo às Fontes de Energia Elétrica p-Si – Silício policristalino PTC – Coletor Cilíndrico-Parabólico (Parabolic Trough Concentrators) RB – Reserva Biológica RDS – Reserva de Desenvolvimento Sustentável RIMA - Relatório de Impacto Ambiental RMN – Região Metropolitana de Natal RN – Rio Grande do Norte RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural RRTMG – Rapid Radiative Transfer Model for GCM s – Segundo S – Sul SBSG – Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves SCM – Sistemas Convectivos de Mesoescala SE – Subestação SEAD – Secretaria de Estado da Administração SEDEC – Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte SEGS – Solar Energy Generating Systems SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SIBBr – Sistema de Informação sobre a biodiversidade Brasileira SICG – Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão SIGEL – Sistema Integrado de Gestão Educacional SIN – Sistema Integrado Nacional SISEMA – Sistema Estatual do Meio Ambiente SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza SUPAT – Subcoordenadoria de Patrimônio Imobiliário SW – Sudoeste SWERA – Solar and Wind Energy Resource Assessment T - Período Temp – Temperatura TKE – Turbulent Kinetic Energy TR – Termo de Referência TSM – Temperatura da Superfície do Mar TSO – Operadores de Sistemas de Transmissão (Transmission System Operators) TWh – Terawatt hora TWh/ano – Terawat hora por ano UC – Unidade de Conservação UCPI – Unidades de ProteçãoIntegral UCUS – Unidades de Uso Sustentável UFVF – Usinas Fotovoltaicas Flutuantes UHE – Usinas Hidrelétricas UR – Umidade Relativa USCG – Levantamento Geológico dos Estados Unidos (United States Geological Survey) UV – Ultravioleta V – Volt VAWT – Aerogerador de Eixo Vertical (Vertical Axis Wind Turbine) VCAN – Vórtice Ciclônico de Altos Níveis Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 195 12/15/22 23:30 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E196 Vel – Velocidade W – Watt W/m² – Watt por metro quadrado W/m²/nm – Watt por metro quadrado por nanômetro WPS – WRF Preprocessing System WRF – Weather Research and Forecast Model WSM5 – WRF Single-Moment 5-Class Z0m – Rugosidade ZCIT – Zona de Convergência Intertropical ZCM – Zona Costeira e Marinha ZEE – zona Econômica Exclusiva APENDICE B - LISTA DOS EMPREENDIMENTOS ENERGÉTICOS EM OPERAÇÃO DO RN Nome do Empreendimento Fonte/ Combustível Potência Outorgada (kW) Município Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa Estivas Biomassa 21000.0 Arês Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré Angicos I Eólica 25200.0 Macau Angicos II Eólica 29400.0 Macau Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara Aventura II Eólica 21000.0 Touros Aventura III Eólica 25200.0 Touros Aventura IV Eólica 29400.0 Touros Aventura V Eólica 29400.0 Touros Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó Camilo Pontes I (Antiga Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes II (Antiga Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes III (Antiga Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes IV (Antiga Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes V (antiga Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso Nome do Empreendimento Fonte/ Combustível Potência Outorgada (kW) Município Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa Estivas Biomassa 21000.0 Arês Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré Angicos I Eólica 25200.0 Macau Angicos II Eólica 29400.0 Macau Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara Aventura II Eólica 21000.0 Touros Aventura III Eólica 25200.0 Touros Aventura IV Eólica 29400.0 Touros Aventura V Eólica 29400.0 Touros Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó Camilo Pontes I (Antiga Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes II (Antiga Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes III (Antiga Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes IV (Antiga Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes V (antiga Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso Nome do Empreendimento Fonte/ Combustível Potência Outorgada (kW) Município Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa Estivas Biomassa 21000.0 Arês Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré Angicos I Eólica 25200.0 Macau Angicos II Eólica 29400.0 Macau Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara Aventura II Eólica 21000.0 Touros Aventura III Eólica 25200.0 Touros Aventura IV Eólica 29400.0 Touros Aventura V Eólica 29400.0 Touros Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó Camilo Pontes I (Antiga Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes II (Antiga Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes III (Antiga Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes IV (Antiga RenascençaIV) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes V (antiga Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso Costa Branca Eólica 20700.0 João Câmara Costa das Dunas Eólica 28400.0 Touros Cumaru I Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso Cumaru II Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso Cumarú III Eólica 42000.0 Pedra Grande Cumarú IV Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso Cumarú V Eólica 37800.0 São Miguel do Gostoso Dreen Boa Vista Eólica 14000.0 Pedra Grande Dreen Cutia Eólica 23100.0 Pedra Grande Dreen Guajiru Eólica 21000.0 Pedra Grande, São Bento do Norte Dreen Olho D Água Eólica 30000.0 São Bento do Norte Dreen São Bento do Norte Eólica 30000.0 São Bento do Norte Esperança do Nordeste Eólica 27300.0 São Bento do Norte Eurus I Eólica 30000.0 João Câmara Eurus II Eólica 30000.0 João Câmara Eurus III Eólica 30000.0 João Câmara Eurus IV Eólica 27000.0 Parazinho Eurus VI Eólica 8000.0 Parazinho Farol Eólica 20000.0 São Bento do Norte Farol de Touros Eólica 24850.0 Touros Figueira Branca Eólica 10650.0 Touros Filgueira I Eólica 39050.0 Areia Branca Filgueira II Eólica 28400.0 Areia Branca Gameleira Eólica 17750.0 Touros GE Jangada Eólica 27300.0 São Bento do Norte GE Maria Helena Eólica 27300.0 São Bento do Norte Jandaira I Eólica 10395.0 Jandaíra Jandaira II Eólica 24255.0 Jandaíra Jandaíra III Eólica 27720.0 Jandaíra Jandaíra IV Eólica 27720.0 Jandaíra Jericó Eólica 32900.0 Jandaíra Junco I Eólica 24000.0 Serra do Mel Junco II Eólica 24000.0 Serra do Mel Juremas Eólica 16100.0 João Câmara Lanchinha Eólica 28000.0 Tenente Laurentino Cruz Macacos Eólica 20700.0 João Câmara Macambira I Eólica 18000.0 Santana do Matos Macambira II Eólica 18000.0 Lagoa Nova Macau Eólica 1800.0 Macau Mangue Seco 1 Eólica 26000.0 Guamaré Mangue Seco 2 Eólica 26000.0 Guamaré Mangue Seco 3 Eólica 26000.0 Guamaré Mangue Seco 5 Eólica 26000.0 Guamaré Mar e Terra Eólica 23100.0 Areia Branca Mel 02 Eólica 20000.0 Areia Branca Miassaba 3 Eólica 68470.0 Macau Miassaba II Eólica 14400.0 Guamaré Modelo I Eólica 30550.0 João Câmara Modelo II Eólica 25850.0 João Câmara Morro dos Ventos I Eólica 28800.0 João Câmara Morro dos Ventos II Eólica 29160.0 João Câmara Morro dos Ventos III Eólica 28800.0 João Câmara Morro dos Ventos IV Eólica 28800.0 João Câmara Morro dos Ventos IX Eólica 30000.0 João Câmara Morro dos Ventos VI Eólica 28800.0 João Câmara Paraíso dos Ventos do Nordeste Eólica 27300.0 São Bento do Norte Pedra Preta Eólica 20700.0 João Câmara Pedra Rajada Eólica 20000.0 Cerro Corá Pedra Rajada II Eólica 20000.0 Cerro Corá Pelado Eólica 20000.0 Bodó Potiguar Eólica 27300.0 São Bento do Norte Potiguar B 31 Eólica 45045.0 Serra do Mel Potiguar B 32 Eólica 48510.0 Serra do Mel Potiguar B 33 Eólica 58905.0 Serra do Mel Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 196 12/15/22 23:30 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E 197 Nome do Empreendimento Fonte/ Combustível Potência Outorgada (kW) Município Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa Estivas Biomassa 21000.0 Arês Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré Angicos I Eólica 25200.0 Macau Angicos II Eólica 29400.0 Macau Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara Aventura II Eólica 21000.0 Touros Aventura III Eólica 25200.0 Touros Aventura IV Eólica 29400.0 Touros Aventura V Eólica 29400.0 Touros Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó Camilo Pontes I (Antiga Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes II (Antiga Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes III (Antiga Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes IV (Antiga Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes V (antiga Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso Nome do Empreendimento Fonte/ Combustível Potência Outorgada (kW) Município Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa Estivas Biomassa 21000.0 Arês Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré Angicos I Eólica 25200.0 Macau Angicos II Eólica 29400.0 Macau Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara Aventura II Eólica 21000.0 Touros Aventura III Eólica 25200.0 Touros Aventura IV Eólica 29400.0 Touros Aventura V Eólica 29400.0 Touros Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó Camilo Pontes I (Antiga Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes II (Antiga Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes III (Antiga Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes IV (Antiga Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes V (antiga Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 JoãoCâmara Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso Costa Branca Eólica 20700.0 João Câmara Costa das Dunas Eólica 28400.0 Touros Cumaru I Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso Cumaru II Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso Cumarú III Eólica 42000.0 Pedra Grande Cumarú IV Eólica 42000.0 São Miguel do Gostoso Cumarú V Eólica 37800.0 São Miguel do Gostoso Dreen Boa Vista Eólica 14000.0 Pedra Grande Dreen Cutia Eólica 23100.0 Pedra Grande Dreen Guajiru Eólica 21000.0 Pedra Grande, São Bento do Norte Dreen Olho D Água Eólica 30000.0 São Bento do Norte Dreen São Bento do Norte Eólica 30000.0 São Bento do Norte Esperança do Nordeste Eólica 27300.0 São Bento do Norte Eurus I Eólica 30000.0 João Câmara Eurus II Eólica 30000.0 João Câmara Eurus III Eólica 30000.0 João Câmara Eurus IV Eólica 27000.0 Parazinho Eurus VI Eólica 8000.0 Parazinho Farol Eólica 20000.0 São Bento do Norte Farol de Touros Eólica 24850.0 Touros Figueira Branca Eólica 10650.0 Touros Filgueira I Eólica 39050.0 Areia Branca Filgueira II Eólica 28400.0 Areia Branca Gameleira Eólica 17750.0 Touros GE Jangada Eólica 27300.0 São Bento do Norte GE Maria Helena Eólica 27300.0 São Bento do Norte Jandaira I Eólica 10395.0 Jandaíra Jandaira II Eólica 24255.0 Jandaíra Jandaíra III Eólica 27720.0 Jandaíra Jandaíra IV Eólica 27720.0 Jandaíra Jericó Eólica 32900.0 Jandaíra Junco I Eólica 24000.0 Serra do Mel Junco II Eólica 24000.0 Serra do Mel Juremas Eólica 16100.0 João Câmara Lanchinha Eólica 28000.0 Tenente Laurentino Cruz Macacos Eólica 20700.0 João Câmara Macambira I Eólica 18000.0 Santana do Matos Macambira II Eólica 18000.0 Lagoa Nova Macau Eólica 1800.0 Macau Mangue Seco 1 Eólica 26000.0 Guamaré Mangue Seco 2 Eólica 26000.0 Guamaré Mangue Seco 3 Eólica 26000.0 Guamaré Mangue Seco 5 Eólica 26000.0 Guamaré Mar e Terra Eólica 23100.0 Areia Branca Mel 02 Eólica 20000.0 Areia Branca Miassaba 3 Eólica 68470.0 Macau Miassaba II Eólica 14400.0 Guamaré Modelo I Eólica 30550.0 João Câmara Modelo II Eólica 25850.0 João Câmara Morro dos Ventos I Eólica 28800.0 João Câmara Morro dos Ventos II Eólica 29160.0 João Câmara Morro dos Ventos III Eólica 28800.0 João Câmara Morro dos Ventos IV Eólica 28800.0 João Câmara Morro dos Ventos IX Eólica 30000.0 João Câmara Morro dos Ventos VI Eólica 28800.0 João Câmara Paraíso dos Ventos do Nordeste Eólica 27300.0 São Bento do Norte Pedra Preta Eólica 20700.0 João Câmara Pedra Rajada Eólica 20000.0 Cerro Corá Pedra Rajada II Eólica 20000.0 Cerro Corá Pelado Eólica 20000.0 Bodó Potiguar Eólica 27300.0 São Bento do Norte Potiguar B 31 Eólica 45045.0 Serra do Mel Potiguar B 32 Eólica 48510.0 Serra do Mel Potiguar B 33 Eólica 58905.0 Serra do Mel Reduto Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso Rei dos Ventos 1 Eólica 58450.0 Galinhos Rei dos Ventos 3 Eólica 60120.0 Galinhos Renascença V Eólica 30000.0 Parazinho Riachão I Eólica 29700.0 Ceará-Mirim Riachão II Eólica 27000.0 Ceará-Mirim Riachão IV Eólica 29700.0 Ceará-Mirim Riachão VI Eólica 29700.0 Ceará-Mirim Riachão VII Eólica 29700.0 Ceará-Mirim RN 15 - Rio do Fogo Eólica 49300.0 Rio do Fogo Santa Clara I Eólica 30000.0 Parazinho Santa Clara II Eólica 30000.0 Parazinho Santa Clara III Eólica 30000.0 Parazinho Santa Clara IV Eólica 30000.0 Parazinho Santa Clara V Eólica 30000.0 Parazinho Santa Clara VI Eólica 30000.0 Parazinho Santa Helena Eólica 29700.0 João Câmara Santa Mônica Eólica 29400.0 Touros Santa Rosa e Mundo Novo I Eólica 33600.0 São Tomé Santa Rosa e Mundo Novo II Eólica 29400.0 São Tomé Santa Rosa e Mundo Novo III Eólica 33600.0 Lajes Santa Rosa e Mundo Novo IV Eólica 33600.0 Cerro Corá Santa Rosa e Mundo Novo V Eólica 25200.0 São Tomé Santa Úrsula Eólica 27300.0 Touros Santana I Eólica 30000.0 Bodó Santana II Eólica 24000.0 Lagoa Nova Santo Cristo Eólica 27465.0 Touros São Bento do Norte I Eólica 23100.0 São Bento do Norte São Bento do Norte II Eólica 23100.0 São Bento do Norte São Bento do Norte III Eólica 23100.0 São Bento do Norte São Domingos Eólica 25200.0 São Miguel do Gostoso São Fernando 1 Eólica 76230.0 São Bento do Norte São Fernando 2 Eólica 72765.0 São Bento do Norte São Fernando 3 Eólica 24255.0 São Bento do Norte São Fernando 4 Eólica 83160.0 São Bento do Norte São João Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso São Miguel I Eólica 21000.0 São Bento do Norte São Miguel II Eólica 21000.0 São Bento do Norte São Miguel III Eólica 21000.0 São Bento do Norte Serra de Santana I Eólica 20000.0 Lagoa Nova Serra de Santana II Eólica 30000.0 Lagoa Nova Serra de Santana III Eólica 30000.0 Bodó SM Eólica 29700.0 João Câmara Terra Santa I Eólica 60350.0 Caiçara do Norte Terra Santa II Eólica 31950.0 Caiçara do Norte Terral Eólica 30000.0 Areia Branca Toda Energia do Brasil Eólica 27720.0 Areia Branca Umbuzeiros Eólica 32900.0 Jandaíra União dos Ventos 1 Eólica 22400.0 Pedra Grande União dos Ventos 10 Eólica 14400.0 Pedra Grande União dos Ventos 12 Eólica 25200.0 Pedra Grande União dos Ventos 13 Eólica 18900.0 Pedra Grande União dos Ventos 14 Eólica 21000.0 Pedra Grande União dos Ventos 15 Eólica 31500.0 São Miguel do Gostoso União dos Ventos 16 Eólica 28875.0 São Miguel do Gostoso União dos Ventos 2 Eólica 22400.0 Pedra Grande União dos Ventos 3 Eólica 22400.0 Pedra Grande União dos Ventos 4 Eólica 11200.0 Pedra Grande União dos Ventos 5 Eólica 24000.0 São Miguel do Gostoso União dos Ventos 6 Eólica 12800.0 São Miguel do Gostoso União dos Ventos 7 Eólica 14400.0 São Miguel do Gostoso União dos Ventos 8 Eólica 14400.0 Pedra Grande União dos Ventos 9 Eólica 11200.0 Pedra Grande Ventos de Santa Martina 01 Eólica 63000.0 Caiçara do Rio do Vento Ventos de Santa Martina 09 Eólica 63000.0 Riachuelo, Ruy Barbosa Ventos de Santa Martina 10 Eólica 63000.0 Ruy Barbosa Ventos de Santa Martina 11 Eólica 63000.0 Riachuelo Reduto Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso Rei dos Ventos 1 Eólica 58450.0 Galinhos Rei dos Ventos 3 Eólica 60120.0 Galinhos Renascença V Eólica 30000.0 Parazinho Riachão I Eólica 29700.0 Ceará-Mirim Riachão II Eólica 27000.0 Ceará-Mirim Riachão IV Eólica 29700.0 Ceará-Mirim Riachão VI Eólica 29700.0 Ceará-Mirim Riachão VII Eólica 29700.0 Ceará-Mirim RN 15 - Rio do Fogo Eólica 49300.0 Rio do Fogo Santa Clara I Eólica 30000.0 Parazinho Santa Clara II Eólica 30000.0 Parazinho Santa Clara III Eólica 30000.0 Parazinho Santa Clara IV Eólica 30000.0 Parazinho Santa Clara V Eólica 30000.0 Parazinho Santa Clara VI Eólica 30000.0 Parazinho Santa Helena Eólica 29700.0 João Câmara Santa Mônica Eólica 29400.0 Touros Santa Rosa e Mundo Novo I Eólica 33600.0 São Tomé Santa Rosa e Mundo Novo II Eólica 29400.0 São Tomé Santa Rosa e Mundo Novo III Eólica 33600.0 Lajes Santa Rosa e Mundo Novo IV Eólica 33600.0 Cerro Corá Santa Rosa e Mundo Novo V Eólica 25200.0 São Tomé Santa Úrsula Eólica 27300.0 Touros Santana I Eólica 30000.0 Bodó Santana II Eólica 24000.0 Lagoa Nova Santo Cristo Eólica 27465.0 Touros São Bento do Norte I Eólica 23100.0 São Bento do Norte São Bento do Norte II Eólica 23100.0 São Bento do Norte São Bento do Norte III Eólica 23100.0 São Bento do Norte São Domingos Eólica 25200.0 São Miguel do Gostoso São Fernando 1 Eólica 76230.0 São Bento do Norte São Fernando 2 Eólica 72765.0 São Bento do Norte São Fernando 3 Eólica 24255.0 São Bento do Norte São Fernando 4 Eólica 83160.0 São Bento do Norte São João Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso São Miguel I Eólica 21000.0 São Bento do Norte São Miguel II Eólica 21000.0 São Bento do Norte São Miguel III Eólica 21000.0 São Bento do Norte Serra de Santana I Eólica 20000.0 Lagoa Nova Serra de Santana II Eólica 30000.0 Lagoa Nova Serra de Santana III Eólica 30000.0 Bodó SM Eólica 29700.0 João Câmara Terra Santa I Eólica 60350.0 Caiçara do Norte Terra Santa II Eólica 31950.0 Caiçara do Norte Terral Eólica 30000.0 Areia Branca Toda Energia do Brasil Eólica 27720.0 Areia Branca Umbuzeiros Eólica 32900.0 Jandaíra União dos Ventos 1 Eólica 22400.0 Pedra Grande União dos Ventos 10 Eólica 14400.0Pedra Grande União dos Ventos 12 Eólica 25200.0 Pedra Grande União dos Ventos 13 Eólica 18900.0 Pedra Grande União dos Ventos 14 Eólica 21000.0 Pedra Grande União dos Ventos 15 Eólica 31500.0 São Miguel do Gostoso União dos Ventos 16 Eólica 28875.0 São Miguel do Gostoso União dos Ventos 2 Eólica 22400.0 Pedra Grande União dos Ventos 3 Eólica 22400.0 Pedra Grande União dos Ventos 4 Eólica 11200.0 Pedra Grande União dos Ventos 5 Eólica 24000.0 São Miguel do Gostoso União dos Ventos 6 Eólica 12800.0 São Miguel do Gostoso União dos Ventos 7 Eólica 14400.0 São Miguel do Gostoso União dos Ventos 8 Eólica 14400.0 Pedra Grande União dos Ventos 9 Eólica 11200.0 Pedra Grande Ventos de Santa Martina 01 Eólica 63000.0 Caiçara do Rio do Vento Ventos de Santa Martina 09 Eólica 63000.0 Riachuelo, Ruy Barbosa Ventos de Santa Martina 10 Eólica 63000.0 Ruy Barbosa Ventos de Santa Martina 11 Eólica 63000.0 Riachuelo Ventos de Santa Martina 12 Eólica 63000.0 Bento Fernandes, Riachuelo Ventos de Santa Martina 13 Eólica 67200.0 Bento Fernandes, Riachuelo Ventos de Santa Martina 14 Eólica 63000.0 Caiçara do Rio do Vento, Riachuelo Ventos de Santo Dimas Eólica 29400.0 São Miguel do Gostoso Ventos de Santo Uriel Eólica 16200.0 João Câmara Ventos de São Benedito Eólica 29400.0 São Miguel do Gostoso Ventos de São Januário 23 Eólica 58800.0 Ruy Barbosa Ventos de São Martinho Eólica 14700.0 Touros Ventos de Vila Acre II Eólica 31185.0 Serra do Mel Ventos de Vila Ceará I (Antiga Vila Paraíba I) Eólica 31185.0 Serra do Mel Ventos de Vila Ceará II Eólica 31185.0 Serra do Mel Ventos de Vila Mato Grosso I (Antiga Vila Alagoas III) Eólica 58905.0 Serra do Mel Ventos de Vila Paraíba I (Antiga Vila Paraíba III) Eólica 34650.0 Serra do Mel Ventos de Vila Paraíba II (Antiga Vila Paraíba II) Eólica 34650.0 Serra do Mel Vila Acre I Eólica 27300.0 Serra do Mel Vila Alagoas II Eólica 21000.0 Serra do Mel Vila Amazonas V Eólica 24000.0 Serra do Mel Vila Ceará I Eólica 31950.0 Serra do Mel Vila Espírito Santo I (Antiga Potiguar B21) Eólica 33600.0 Serra do Mel Vila Espírito Santo II (Antiga Potiguar B22) Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Espírito Santo III (Antiga Potiguar B23) Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Espírito Santo IV (Antiga Potiguar B24) Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Espírito Santo V (Antiga Potiguar B25) Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Maranhão I Eólica 31950.0 Serra do Mel Vila Maranhão II Eólica 31950.0 Serra do Mel Vila Maranhão III Eólica 31950.0 Serra do Mel Vila Pará I Eólica 27000.0 Serra do Mel Vila Pará II Eólica 24000.0 Serra do Mel Vila Pará III Eólica 24000.0 Serra do Mel Vila Piauí I Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Piauí II Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Piauí III Eólica 42000.0 Serra do Mel Vila Rio Grande do Norte I Eólica 25200.0 Serra do Mel Vila Rio Grande do Norte II Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Sergipe I Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Sergipe II Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Sergipe III Eólica 16800.0 Serra do Mel Aeroporto Internacional Augusto Severo - CUT Fóssil 720.0 Parnamirim Aeroporto Internacional Augusto Severo - SCI Fóssil 32.0 Parnamirim Aeroporto Internacional Augusto Severo - Sub- Fóssil 64.0 Parnamirim Alesat Combustíveis Fóssil 365.0 Guamaré Atacadão SA Mossoró Fóssil 720.0 Mossoró Atacadão SA Natal Fóssil 720.0 Natal Contur Fóssil 134.0 Santa Maria Extra Parnamirim Fóssil 800.0 Parnamirim Hotel Vila do Mar Fóssil 538.2 Natal Laminor Fóssil 500.0 Parnamirim Macaíba (Antiga Termo Toalia) Fóssil 5680.0 Macaíba MARE CIMENTO Fóssil 400.0 Baraúna NATAL - 1 Fóssil 349.6 Natal Natal Shopping Center Fóssil 636.0 Natal Nordestão 01 Fóssil 400.0 Natal Nordestão 02 Fóssil 400.0 Natal Atlas_Solar_e_Eolico_RN_30x30cm.indd 197 12/15/22 23:30 A T L A S E Ó L I C O E S O L A R D O R I O G R A N D E D O N O R T E198 Nome do Empreendimento Fonte/ Combustível Potência Outorgada (kW) Município Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa Estivas Biomassa 21000.0 Arês Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré Angicos I Eólica 25200.0 Macau Angicos II Eólica 29400.0 Macau Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara Aventura II Eólica 21000.0 Touros Aventura III Eólica 25200.0 Touros Aventura IV Eólica 29400.0 Touros Aventura V Eólica 29400.0 Touros Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel Caiçara II Eólica 18000.0 Serra do Mel Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó Camilo Pontes I (Antiga Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes II (Antiga Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes III (Antiga Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes IV (Antiga Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes V (antiga Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso Nome do Empreendimento Fonte/ Combustível Potência Outorgada (kW) Município Baía Formosa Biomassa 40000.0 Baía Formosa Estivas Biomassa 21000.0 Arês Afonso Bezerra I Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra II Eólica 29400.0 Macau Afonso Bezerra III Eólica 29400.0 Afonso Bezerra Afonso Bezerra IV Eólica 16800.0 Macau Alegria I Eólica 51000.0 Guamaré Alegria II Eólica 100650.0 Guamaré Angicos I Eólica 25200.0 Macau Angicos II Eólica 29400.0 Macau Aratuá I Eólica 14400.0 Guamaré Areia Branca Eólica 27300.0 Areia Branca Arizona 1 Eólica 28000.0 Rio do Fogo Aroeira Eólica 32900.0 Jandaíra Asa Branca I Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca II Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca III Eólica 27000.0 Parazinho Asa Branca IV Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca V Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VI Eólica 32000.0 João Câmara Asa Branca VII Eólica 32000.0 Parazinho Asa Branca VIII Eólica 32000.0 Parazinho Aventura I Eólica 28200.0 João Câmara Aventura II Eólica 21000.0 Touros Aventura III Eólica 25200.0 Touros Aventura IV Eólica 29400.0 Touros Aventura V Eólica 29400.0 Touros Baixa do Feijão I Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão II Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão III Eólica 30000.0 Jandaíra Baixa do Feijão IV Eólica 30000.0 Jandaíra Boa Esperança I Eólica 30800.0 Jardim de Angicos Cabeço Preto Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto III Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto IV Eólica 19800.0 João Câmara Cabeço Preto V Eólica 26000.0 João Câmara Cabeço Preto VI Eólica 18000.0 João Câmara Cabeço Vermelho Eólica 28600.0 Jardim de Angicos Cabeço Vermelho II Eólica 16800.0 João Câmara Caiçara I Eólica 27000.0 Serra do Mel Caiçara II Eólica 18000.0 Serra doMel Calango 1 Eólica 30000.0 Bodó Calango 2 Eólica 30000.0 Bodó Calango 3 Eólica 30000.0 Bodó Calango 4 Eólica 30000.0 Bodó Calango 5 Eólica 30000.0 Bodó Calango 6 Eólica 30000.0 Bodó Camilo Pontes I (Antiga Renascença I) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes II (Antiga Renascença II) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes III (Antiga Renascença III) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes IV (Antiga Renascença IV) Eólica 30000.0 Parazinho Camilo Pontes V (antiga Ventos de São Miguel) Eólica 30000.0 Parazinho Campo dos Ventos I Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos II Eólica 30000.0 João Câmara Campo dos Ventos III Eólica 25200.0 João Câmara Campo dos Ventos V Eólica 25200.0 Parazinho Carcará I Eólica 30000.0 Areia Branca Carcará II Eólica 30000.0 Areia Branca Carnaúbas Eólica 27000.0 São Miguel do Gostoso Ventos de Santa Martina 12 Eólica 63000.0 Bento Fernandes, Riachuelo Ventos de Santa Martina 13 Eólica 67200.0 Bento Fernandes, Riachuelo Ventos de Santa Martina 14 Eólica 63000.0 Caiçara do Rio do Vento, Riachuelo Ventos de Santo Dimas Eólica 29400.0 São Miguel do Gostoso Ventos de Santo Uriel Eólica 16200.0 João Câmara Ventos de São Benedito Eólica 29400.0 São Miguel do Gostoso Ventos de São Januário 23 Eólica 58800.0 Ruy Barbosa Ventos de São Martinho Eólica 14700.0 Touros Ventos de Vila Acre II Eólica 31185.0 Serra do Mel Ventos de Vila Ceará I (Antiga Vila Paraíba I) Eólica 31185.0 Serra do Mel Ventos de Vila Ceará II Eólica 31185.0 Serra do Mel Ventos de Vila Mato Grosso I (Antiga Vila Alagoas III) Eólica 58905.0 Serra do Mel Ventos de Vila Paraíba I (Antiga Vila Paraíba III) Eólica 34650.0 Serra do Mel Ventos de Vila Paraíba II (Antiga Vila Paraíba II) Eólica 34650.0 Serra do Mel Vila Acre I Eólica 27300.0 Serra do Mel Vila Alagoas II Eólica 21000.0 Serra do Mel Vila Amazonas V Eólica 24000.0 Serra do Mel Vila Ceará I Eólica 31950.0 Serra do Mel Vila Espírito Santo I (Antiga Potiguar B21) Eólica 33600.0 Serra do Mel Vila Espírito Santo II (Antiga Potiguar B22) Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Espírito Santo III (Antiga Potiguar B23) Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Espírito Santo IV (Antiga Potiguar B24) Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Espírito Santo V (Antiga Potiguar B25) Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Maranhão I Eólica 31950.0 Serra do Mel Vila Maranhão II Eólica 31950.0 Serra do Mel Vila Maranhão III Eólica 31950.0 Serra do Mel Vila Pará I Eólica 27000.0 Serra do Mel Vila Pará II Eólica 24000.0 Serra do Mel Vila Pará III Eólica 24000.0 Serra do Mel Vila Piauí I Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Piauí II Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Piauí III Eólica 42000.0 Serra do Mel Vila Rio Grande do Norte I Eólica 25200.0 Serra do Mel Vila Rio Grande do Norte II Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Sergipe I Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Sergipe II Eólica 37800.0 Serra do Mel Vila Sergipe III Eólica 16800.0 Serra do Mel Aeroporto Internacional Augusto Severo - CUT Fóssil 720.0 Parnamirim Aeroporto Internacional Augusto Severo - SCI Fóssil 32.0 Parnamirim Aeroporto Internacional Augusto Severo - Sub- Fóssil 64.0 Parnamirim Alesat Combustíveis Fóssil 365.0 Guamaré Atacadão SA Mossoró Fóssil 720.0 Mossoró Atacadão SA Natal Fóssil 720.0 Natal Contur Fóssil 134.0 Santa Maria Extra Parnamirim Fóssil 800.0 Parnamirim Hotel Vila do Mar Fóssil 538.2 Natal Laminor Fóssil 500.0 Parnamirim Macaíba (Antiga Termo Toalia) Fóssil 5680.0 Macaíba MARE CIMENTO Fóssil 400.0 Baraúna NATAL - 1 Fóssil 349.6 Natal Natal Shopping Center Fóssil 636.0 Natal Nordestão 01 Fóssil 400.0 Natal Nordestão 02 Fóssil 400.0 Natal Nordestão 03 Fóssil 1360.0 Natal Nordestão 04 Fóssil 960.0 Natal Nordestão 05 Fóssil 800.0 Natal Nordestão 06 Fóssil 560.0 Natal Nordestão 07 Fóssil 1080.0 Natal Nordestão Central Fóssil 760.0 Parnamirim Nordestão Nova Parnamirim Fóssil 1200.0 Parnamirim Nordestão Superfacil Fóssil 1120.0 Parnamirim NTL-JU Fóssil 640.0 Natal Pct Areal Fóssil 250.0 Macau Pct Itaipava Fóssil 1200.0 Macau Pct Petrópolis Fóssil 3500.0 Macau Potiguar Fóssil 53120.0 Macaíba Potiguar III Fóssil 66400.0 Macaíba Praiamar Fóssil 113.0 Natal Vale do Açú (Antiga Jesus Soares Pereira) Fóssil 322967.2 Alto do Rodrigues Walmart Santa Maria Fóssil 1000.0 Santa Maria Armando Ribeiro Hídrica 4700.0 Açu Assú V Solar 34000.0 Açu Ferreira Costa Natal Solar 700.0 Natal Filial Polpa De Frutas Solar 168.0 Macaíba Floresta I Solar 32000.0 Areia Branca Floresta II Solar 32000.0 Areia Branca Floresta III Solar 22000.0 Areia Branca Francisca das Chagas da Silva Solar 82.0 Ceará-Mirim Industrias Becker I Solar 419.3 São José de Mipibu Juliano Carvalho Dantas Solar 5.0 Natal Oca Do Açaí I Solar 480.0 São José de Mipibu Serra do Mel I Solar 137480.0 Serra do Mel Serra do Mel II Solar 103110.0 Serra do Mel Solar Alto do Rodrigues Solar 1100.0 Alto do Rodrigues Ster Bom Filial Casquinho Solar 553.0 Macaíba Sterbom Matriz Solar 360.0 Parnamirim Supermercado Nordestão Ponta Negra Solar 400.0 Natal Supermercado Nordestão Superfacil Rodoviaria Solar 960.0 Natal APENDICE C - EÓLICA ONSHORE - ÁREAS APTAS, CAPACIDADE INSTALÁVEL E PRODUÇÃO ANUAL DE ENERGIA POR MUNICÍPIO DO RN > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s Acari 120.6 13.2 7.0 203.7 30.1 Açu 48.4 0.0 0.0 126.8 6.6 Afonso Bezerra 391.0 68.4 0.1 429.0 238.7 Água Nova 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Alexandria 0.5 0.2 0.1 0.9 0.2 Almino Afonso 0.2 0.0 0.0 0.2 0.0 Alto do Rodrigues 88.3 4.7 0.0 126.6 40.6 Angicos 284.7 82.3 16.5 357.6 140.7 Antônio Martins 6.0 0.8 0.3 8.6 1.2 Apodi 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Areia Branca 90.7 90.7 84.0 90.7 90.7 Arês 4.9 0.0 0.0 26.6 2.4 Augusto Severo 13.4 1.4 0.6 13.4 1.6 Baía Formosa 53.7 0.0 0.0 137.8 11.1 Baraúna 9.1 0.0 0.0 70.2 0.0 Barcelona 59.3 2.5 0.6 100.9 26.8 Bento Fernandes 239.9 55.9 4.9 244.4 172.9 Bodó 63.6 61.4 52.6 63.9 63.5 Bom Jesus 96.8 3.1 0.0 98.2 80.8 Brejinho 5.2 0.0 0.0 40.4 0.1 Caiçara do Norte 155.2 153.7 1.6 155.2 155.2 Caiçara do Rio do Vento 82.4 74.5 28.0 84.6 79.7 Caicó 140.0 47.9 11.8 171.0 68.8 Campo Redondo 96.7 46.4 10.4 112.2 80.3 Canguaretama 5.6 0.7 0.0 87.8 2.0 Caraúbas 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Carnaúba dos Dantas 63.8 28.5 9.0 74.4 46.8 Carnaubais 32.2 0.0 0.0 135.7 10.3 Ceará-Mirim 317.9 105.1 1.8 422.6 228.2 Cerro Corá 82.9 64.6 39.6 98.1 70.7 Coronel Ezequiel 52.1 33.9 12.6 58.5 47.0 Coronel João Pessoa 0.4 0.2 0.0 0.4 0.1 Cruzeta 3.8 2.0 1.1 6.0 2.5 Currais Novos 190.3 108.0 27.8 237.6 151.0 Doutor Severiano 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Encanto 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Equador 59.4 15.5 3.4 78.9 43.6 Espírito Santo 1.3 0.0 0.0 38.2 0.1 Extremoz 53.3 22.2 1.6 55.2 49.7 Felipe Guerra 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Fernando Pedroza 142.4 101.3 28.7 170.2 122.3 Florânia 174.0 93.1 32.2 209.3 115.2 Francisco Dantas 1.8 1.5 0.5 1.9 1.5 Frutuoso Gomes 0.1 0.0 0.0 0.2 0.0 Galinhos 207.4 82.4 0.1 207.4 207.3 Goianinha 1.1 0.0 0.0 45.6 0.0 Governador Dix-Sept Rosado 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Grossos 59.5 16.5 0.8 59.5 56.1 Guamaré 92.3 0.5 0.0 93.5 57.8 Ielmo Marinho 123.2 0.0 0.0 229.6 14.6 Ipanguaçu 8.4 0.0 0.0 43.7 0.0 Ipueira 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Itajá 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Itaú 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Jaçanã 34.8 31.7 15.9 35.8 34.2 Jandaíra 219.9 218.0 75.8 219.9 219.9 Janduís 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Januário Cicco 133.4 1.1 0.0 149.2 69.8 Japi 88.7 45.3 7.5 104.5 81.4 Jardim de Angicos 170.9 73.7 1.7 170.9 168.3 Jardim de Piranhas 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 Jardim do Seridó 131.4 1.3 0.0 168.2 23.2 Município Área Apta (km²) 100 m 120 m > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s > 7 m/s > 7,5 m/s > 8 m/s 8.4 285.4 78.6 10.1 372.2 240.2 30.5 0.0 264.7 61.6 0.0 528.7 284.4 86.6 6.2 451.8 357.3 52.8 456.6 450.3 277.2 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1 1.5 0.2 0.1 11.8 0.2 0.1 0.0 0.2 0.0 0.0 0.4 0.0 0.0 0.0 135.5 87.0 4.3 136.0 135.6 88.8 52.2 435.9 214.9 82.0 554.1 350.0 150.2 0.3 11.7 1.8 0.3 24.0 3.1 0.3 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 90.1 90.7 90.7 90.7 90.7 90.7 90.7 0.0 55.6 11.1 0.1 61.9 60.5 34.3 0.6 14.4 2.8 0.7 39.2 7.3 0.8 0.0 138.8 123.9 0.5 138.8 138.8 138.5 0.0 183.4 1.7 0.0 397.9 76.2 0.7 1.3 107.1 75.8 3.6 107.3 107.3 102.0 22.7