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Juliana da Silveira Gonçalves - Manual de Prescrição de Fitoterápicos - Cad01

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Manual de
Prescrição de
Fitoterápicos 
pelo Nutricionista
Juliana da Silveira Gonçalves
00_Abertura_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 3 24/09/2019 09:34:50
EDITORA ATHENEU
GONÇALVES, J. D. S.
Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU – São Paulo, Rio de Janeiro, 2019
CAPA/PRODUÇÃO EDITORIAL: Equipe Atheneu
DIAGRAMAÇÃO: Know-How Editorial
São Paulo — Rua Avanhandava, 126 – 8º andar 
 Tel.: (11)2858-8750 
 E-mail: atheneu@atheneu.com.br
Rio de Janeiro — Rua Bambina, 74
 Tel.: (21)3094-1295
 E-mail: atheneu@atheneu.com.br
G626m
Gonçalves, Juliana da Silveira
Manual de prescrição de fitoterápicos pelo nutricionista / Juliana da Silveira 
Gonçalves. – 1. ed. – Rio de Janeiro : Atheneu, 2019.
376 p. ; 24 cm.
Inclui bibliografia e índice
ISBN 978-85-388-1040-7
1. Nutrição. 2. Matéria médica vegetal. 3. Ervas - Uso terapêutico. I. Título.
19-59165 CDD: 615.321
 CDU: 615.01
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária CRB-7/6439
14/08/2019 21/08/2019
00_Abertura_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 4 20/09/2019 15:46:03
Editora
Juliana da Silveira Gonçalves
Nutricionista. Doutora e Mestre em Ciências da Saúde pelo Instituto de Cardiologia do 
Rio Grande do Sul (IC-FUC/RS). Especialista em Fitoterapia e em Nutrição Clínica pela 
Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN). Pós-Graduação em Fitoterapia Clínica pela 
Faculdade Aldeia de Carapicuíba (FALC). Pós-Graduação em Nutrição Aplicada à Estética 
pela Universidade Candido Mendes (UCAM). Pós-Graduação em Nutrição Clínica pela 
Faculdade CBES. Presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia Regional Sul (ABFIT).
00_Abertura_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 5 20/09/2019 15:46:03
Colaboradores
Adriana Scherer Russowsky
Farmacêutica. Mestre em Biociências e Reabilitação pelo Instituto Porto-Alegrense (IPA). 
Pós-Graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). 
Vice-Presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia Regional Sul (ABFIT). 
Amanda Fraga Lencina
Nutricionista. Pós-Graduação em Nutrição Oncológica pelo Instituto de Ensino e Pesquisa 
do Hospital Moinhos de Vento. 
Ana Lúcia Hoefel 
Nutricionista. Mestre em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
(UFRGS). Doutora em Fisiologia pela UFRGS. Pós-Graduação em Nutrição Clínica e 
Hospitalar pelo GANEP Educação. 
Ana Paula Pujol
Nutricionista. Doutora em Educação pela Universidade Católica de Santa Fé (Argentina). 
Pós-Graduação em Nutrição e Qualidade de Vida pela Faculdade Dom Bosco. Pós-
Graduação em Obesidade e Emagrecimento pelas Faculdades Integradas AVM. Pós-
Graduação em Fitoterapia pela Faculdade Unyleya. Diretora de Ensino do Instituto Ana 
Paula Pujol. 
Camila Leandra Bueno de Almeida Spinelli
Nutricionista. Doutora e Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do 
Itajaí (Univali). Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro 
do Sul (Unicsul). Coordenadora do Curso de Nutrição da Universidade Sociedade 
Educacional de Santa Catarina (Unisociesc). 
Camila Mocelin de Luna
Nutricionista. Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia pela Faculdade 
Inspirar. Pós-Graduação em Obesidade e Cirurgia Bariátrica pelo Centro Integrado de 
Nutrição (CIN). 
Caroline Bandeira 
Nutricionista. Doutoranda e Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de 
Santa Catarina (UFSC). Pós-Graduação em Nutrição Materna Infantil pela Faculdade 
de Tecnologia de Curitiba (FatecPR). Pós-Graduação em Nutracêutica pela Universidade 
Lusófona de Lisboa (Portugal). 
00_Abertura_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 7 20/09/2019 15:46:03
VIII  MANUAL DE PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS PELO NUTRICIONISTA
Catharina Schoen de Borba
Nutricionista. Pós-Graduação em Nutrição em Oncologia pelo Instituto de Ensino e 
Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento. Pós-Graduação em Comportamento Alimentar 
pelo Instituto de Pesquisa, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS).
Cícero Florêncio de Arruda
Nutricionista. Pós-Graduação em Fitoterapia pelo Instituto de Pesquisa, Ensino e Gestão 
em Saúde (IPGS).
Cintia Weide
Farmacêutica Bioquímica. Mestre em Biociências e Reabilitação pelo Instituto Porto-
Alegrense (IPA).
Cristiane Feldman Fidalgo Pereira
Nutricionista. Pós-Graduação em Fitoterapia pela Associação Brasileira de Fitoterapia 
(ABFIT). Pós-Graduação em Nutrição Oncológica pelo Instituto Nacional do Câncer do 
Rio de Janeiro (Inca-RJ). Pós-Graduação em Nutrição Clínica pela Centro Universitário 
São Camilo (CUSC). Membro da Sociedade Brasileira de Nutrição Oncológica (SBNO). 
Daiana Vianna
Nutricionista. Doutora e Mestre em Ciência dos Alimentos pela Faculdade de Ciências 
Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP). 
Flávia Teixeira 
Nutricionista. Pós-Graduação em Nutrição Clínica, Funcional e Fitoterapia pela Faculdade 
Inspirar. 
Janete Corrêa Haider
Nutricionista. Mestre em Ciências da Saúde pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande 
do Sul (IC-FUC/RS). Pós-Graduanda em MBA de Negócios da Gastronomia no Centro 
Universitário Ritter dos Reis (UniRitter).
Jeane Nogueira
Farmacêutica. Mestre em Ciências Aplicadas a Produtos para Saúde pela Universidade 
Federal Fluminense (UFF). Doutora em Biotecnologia Vegetal pela Universidade Federal 
do Rio de Janeiro (UFRJ).
Joyce Moraes Camarneiro 
Nutricionista. Mestre em Ciências Nutricionais pela Universidade Estadual Paulista 
(Unesp). Doutora em Ciências Nutricionais pela Unesp. Pós-Doutora em Nutrição da 
Criança e Adolescente pela Universidade de São Paulo (USP).
Karine Soares Bello
Nutricionista. Pós-Graduação em Nutrição Clínica, Funcional e Fitoterapia pela Faculdade 
Inspirar. 
00_Abertura_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 8 20/09/2019 15:46:03
COLAbORADORES  IX
Keli Vicenzi 
Nutricionista. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos 
(Unisinos). Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade do Cruzeiro 
do Sul (Unicsul). Pós-Graduação em Nutrição Esportiva Funcional pela Unicsul. 
Pós-Graduação em Fitoterapia Funcional pela Unicsul. Pós-Graduação em Nutrição 
Ortomolecular, com ênfase em Nutrogenia e Nutrigenômica, pela Fapes Saúde. 
Lays Arnaud Rosal Lopes Rodrigues 
Nutricionista. Mestre em Alimentos e Nutrição pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). 
Leandro de Albuquerque Medeiros
Farmacêutico. Mestre em Inovação Terapêutica pela Universidade Federal de Pernambuco 
(UFPE). Membro do Grupo de Trabalho em Suplementos Alimentares do Conselho 
Federal de Farmácia (CFF). Membro do Grupo de Trabalho em Suplementos Alimentares 
do Conselho Regional de Nutrição Região 6 (CRN6). 
Luana Bertamoni
Nutricionista. Mestre em Saúde e Gestão do Trabalho pela Universidade do Vale do Itajaí 
(Univali). Pós-Graduação em Nutrição Estética pela Faculdade Inspirar. Pós-Graduação 
em Nutrição Esportiva Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul). 
Luciana Melo de Farias
Nutricionista. Mestre em Alimentos e Nutrição pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). 
Pós-Graduação em Fitoterapia Clínica pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão 
em Saúde (IPGS). Pós-Graduação em Nutrição e Distúrbios Metabólicos pela UFPI. 
Doutoranda em Alimentos e Nutrição pela UFPI.
Luisa Amábile Wolpe Simas
Nutricionista. Técnica em Estética Facial e Corporal. Pós-Graduação em Nutrição Clínica 
pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mestre em Medicina Interna e Ciências da 
Saúde pela UFPR. 
Maria Angélica Fiut 
Nutricionista. Mestre em Psicanálise, Saúde e Sociedade pela Universidade Veiga Almeida 
(UVA). Pós-Graduação em Fitoterapia Aplicada à Nutrição pelo Instituto Brasileiro de 
Plantas Medicinais (IBPM). Pós-Graduação em Nutrição Clínica pela Universidade do Vale 
do Rio dos Sinos (Unisinos).Pós-Graduação em Nutrição Ortomolecular, Biofuncional e 
Fitoterapia pela Faculdade Redentor (UniRedentor). Coordenadora da Pós-Graduação 
em Fitoterapia na Prática Clínica da Faculdade Inspirar. Coordenadora e Professora no 
Ambulatório de Fitoterapia do Hospital Federal do Andaraí/RJ. Presidente da Associação 
Brasileira de Fitoterapia (ABFIT). 
Maricélia Moura Dantas
Nutricionista. Pós-Graduação em Nutrição Clínica, Metabolismo, Prática e Terapia 
Nutricional pela Universidade Gama Filho (UGF). Pós-Graduação em Pediatria, Escolar e 
na Adolescência pela Universidade Estácio de Sá.
00_Abertura_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 9 20/09/2019 15:46:03
X  MANUAL DE PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS PELO NUTRICIONISTA
Marina Jagielski Goss
Nutricionista. Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí 
(Univali). Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade do Cruzeiro 
do Sul (Unicsul). 
Milena Artifon
Nutricionista. Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia pela Faculdade 
Cenecista de Bento Gonçalves (FACEBG). Mestranda em Ciências do Movimento 
Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Patrícia dos Santos Marques Baldez
Nutricionista. Pós-Graduação em Personal Dietitian em Clínica, Esporte e Fitoterapia 
pelo Centro Universitário de Barra Mansa (UBM). Integrante Fundadora do Grupo 
“Nutris do Bem”.
Priscila Ferreira Haygert 
Farmacêutica. Mestre em Farmacologia pela Universidade Federal de Santa Maria 
(UFSM). Pós-Graduação em Farmacologia e Interações Medicamentosas pelo Centro 
Universitário Internacional (Uninter). 
Rakel Braz Mota Tavares de Almeida
Nutricionista. Pós-Graduação em Nutrição Clínica, Funcional e Fitoterapia pela Faculdade 
Inspirar. 
Renata Trindade Rigon 
Farmacêutica. Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal 
do Rio Grande do Sul (UFRGS). MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio 
Vargas (FGV). 
Thaís Rodrigues Moreira
Nutricionista. Mestre e Doutora da Pós-Graduação em Ciências Médicas pela 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pós-Graduada em Nutrição Clínica 
pela Universidade Gama Filho (UGF). Professora-Adjunta do Departamento de Nutrição 
da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
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Dedicatória
Dedico este livro a todos os amantes da fitoterapia.
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Agradecimentos
Primeiramente, agradeço a Deus por sempre iluminar meu caminho, pelas conquistas 
até o momento, mas peço que continue me dando sabedoria para conquistar muito mais. 
Obrigado por me abençoar muito além do que mereço!
Aos meus pais, obrigada por existirem e por serem meus! Obrigada pelos ensinamen-
tos, pelo amor incondicional e dedicação, mas principalmente pelo incentivo de estudar e 
crescer na Nutrição.
Ao meu marido, Ronaldo, por sempre acreditar em mim! Pelo seu companheirismo, 
paciência e, principalmente, por entender minha ausência. Obrigada por cada palavra de 
incentivo nos momentos que mais precisei. Este livro é nosso!
Aos meus afilhados, verdadeiros pequenos grandes amores, minha alegria e grande 
fonte de inspiração.
A todos os meus familiares e amigos que me apoiaram, contribuindo de diferentes 
formas para a realização deste sonho.
Aos colaboradores desta obra, que acreditaram e aceitaram fazer parte deste lindo 
trabalho.
A todos vocês, meus sinceros agradecimentos.
Beijos nos seus corações,
“Agradeço todos os dias pelo que tenho, mas nunca 
deixarei de lutar pelos sonhos que ainda quero realizar.”
Juliana da Silveira Gonçalves
Editora
00_Abertura_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 13 20/09/2019 15:46:03
Prefácio 1
É com grande satisfação que escrevo o prefácio para o livro Manual de Prescrição 
de Fitoterápicos pelo Nutricionista, organizado pela nutricionista Dra. Juliana da Silveira 
Gonçalves.
A prática milenar de utilizar fitoterápicos como coadjuvantes na prevenção e trata-
mento de doenças vem ganhando destaque e, sobretudo, respaldo científico. Atualmente, 
é possível o conhecimento de mecanismos de ação, dose × resposta, bem como alvos 
genéticos e epigenéticos dos fitoterápicos.
As informações hoje disponíveis trazem aos profissionais um grande leque de fito-
químicos e compostos bioativos para serem aplicados às mais diversas necessidades 
individuais. Paralelamente, também trazem questionamento do “por que usar?” e/ou 
“para quem e qual dosagem utilizar?”, informações imprescindíveis para os que buscam a 
aplicação adequada aos fitoterápicos.
A obra escrita pela Dra. Juliana e seus colaboradores apresenta, didaticamente, o 
essencial, escrito de forma agradável, prazerosa e de fácil compreensão. Estruturada 
de modo a auxiliar a prática clínica, as seções foram divididas considerando as bases do 
uso e prescrição de fitoterápicos nos sistemas orgânicos, bem como suas aplicações em 
situações corriqueiras do exercício profissional.
Um livro essencial para todos aqueles que buscam a otimização da prescrição nu-
tricional de fitoterápicos, um verdadeiro manual de apoio ao profissional. Recomendo a 
leitura desta obra, agradeço a todos os autores pelas informações aqui compartilhadas e 
parabenizo-os pela maneira simplificada de abordar um assunto tão complexo. Ressalto 
que as informações aqui contidas são de extrema importância para todos os profissionais 
da saúde engajados nas práticas de melhor estilo de vida.
Luciano Bruno
Nutricionista. Mestre e Doutor em Alimentos e Nutrição 
pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 
Pós-Doutor em Ciência de Alimentos pela Cornell University – NY.
00_Abertura_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 15 20/09/2019 15:46:03
Prefácio 2
A fitoterapia, uma ciência tão antiga e uma das mais usadas no mundo para o manejo 
e controle de diversas condições clínicas, ganhou notório destaque nas últimas décadas. 
Quando tão poucos estudos científicos existiam a respeito desse tema, as plantas medi-
cinais eram uma das poucas estratégias viáveis para remediar problemas de saúde e, por 
vezes, para salvar as populações. O avanço da ciência tornou possível o desenvolvimento 
de soluções e drogas cujo princípio ativo ainda era fundamentado nas plantas. Na nutri-
ção, em que a prescrição dietética decorre do ajuste nutricional das demandas individuais 
para prevenir e tratar doenças, o subsídio da fitoterapia se torna um valioso recurso para 
profissionais e pacientes. 
E hoje, poder dispor de uma obra preciosa tal como é o Manual de Prescrição de 
Fitoterápicos pelo Nutricionista marca uma novo capítulo da Nutrição, no qual teremos, 
em um único compilado, informações tão relevantes para nossa consulta diária. Elaborado 
com dedicação e rigor, é, sem dúvida, um recurso que subsidiará condutas e prescrições, 
bem como trabalhos acadêmicos e científicos. 
Neste compêndio, o interessado encontrará todos os fundamentos disponíveis que 
amparam a prescrição e o uso de fitoterápicos, tanto sob o aspecto regulatório como far-
macêutico. Outra seção de extrema relevância que encontramos na sequência se refere 
às aplicações e cuidados que devem ser observados quanto à utilização da fitoterapia nos 
sistemas corporais. Encontra-se, ainda, um grande diferencial, que são os fitoterápicos 
em condições especiais, no qual estão contemplados os aspectos mais inovadores ou 
pouco explorados em outras obras ou publicações, mas que nos desafiam no cotidiano 
enquanto profissionais. 
Por fim, ao prefaciar este manual, sinto-me extremamente honrada. Acompanho o 
trabalho da editora, Dra. Juliana da Silveira Gonçalves, há muitos anos, profissional alta-
mente qualificada e que foi uma das nutricionistas pioneiras no Brasil a buscar formação 
especializada no tema, quando poucos ainda acreditavamque isso seria uma necessidade 
nos consultórios, clínicas e serviços de nutrição. 
E a você, leitor, independentemente de ser profissional ou usuário, paciente ou clien-
te, aproveite ao máximo as informações contidas neste instrumento, que têm extrema 
qualidade e podem contribuir, juntamente com um estilo saudável, para uma vida com 
mais saúde e mais longevidade. 
Aline Petter Schneider
Nutricionista. Mestre em Agronegócios pela Universidade Federal 
do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutora em Ciências da Saúde 
(Clínica Médica) pela Pontifícia Universidade Católica do 
Rio Grande do Sul (PUCRS). Diretora do Instituto de Pesquisa, 
Ensino e Gestão em Saúde (IPGS – Ensino Superior em Saúde).
00_Abertura_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 17 20/09/2019 15:46:03
Apresentação
É com imensa alegria que apresento às comunidades acadêmica, científica e téc-
nica e aos amantes da fitoterapia o livro Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo 
Nutricionista, elaborado com muito carinho, estudo e dedicação.
A fitoterapia resulta da junção de duas palavras gregas, sendo o estudo das plantas 
medicinais e suas aplicações na prevenção e no tratamento de diferentes patologias. Há 
uma grande diversidade de plantas medicinais em todo o mundo, utilizadas há milhares 
de anos, muitas vezes por meio de mecanismos desconhecidos.
Considerada a forma de medicina mais antiga da civilização humana, a fitoterapia 
existe há cerca de cinco mil anos. Ela surgiu em diversos povos espalhados pelo mundo, 
sendo na China a mais antiga, onde surgiu por volta do ano 3.000 a.C.
Após décadas esquecidos, os fitoterápicos retornam ao uso popular. Nos últimos 
anos, multiplicaram-se as informações sobre os seus benefícios. Paralelamente, ocorreu 
uma substituição de medicamentos sintéticos por medicamentos fitoterápicos e produtos 
de origem natural. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em torno 
de 80% da população de países em desenvolvimento utiliza práticas tradicionais na aten-
ção primária à saúde e, desse total, 85% fazem uso de plantas medicinais.
Com base nas minhas dúvidas e necessidades dentro do atendimento clínico, para 
a prescrição de fitoterápicos com segurança aos meus pacientes, surgiu o desejo de 
elaborar este livro. Uma obra na qual profissionais nutricionistas e da área da saúde 
possam encontrar todas as informações relevantes para realizarem suas prescrições 
seguramente.
Esta obra, dividida em 25 capítulos, abrange desde a introdução, conceitos, legisla-
ção e bases farmacêuticas até assuntos relativos à prescrição de fitoterápicos separados 
em sistemas corporais e tópicos especiais em fitoterapia, como fitoterapia no esporte, na 
saúde da mulher, estética, entre outros.
Em cada capítulo desta obra, você encontrará algumas sugestões de formulações 
para indivíduos adultos. Ressalto que são apenas sugestões, pois cada paciente deve 
ser avaliado individualmente, levando em consideração todos os seus aspectos de saúde 
para uma prescrição correta, segura e eficaz. Nesses mesmos capítulos, você encontrará 
informações pertinentes sobre diferentes tipos de plantas medicinais para poder realizar 
suas formulações, com base nas necessidades de cada paciente.
Este livro, embora finalizada sua primeira versão, não pode ser considerado uma 
publicação definitiva, pois há necessidade de constantes pesquisas e atualização sobre 
o tema, que diariamente sugere novas plantas. Espero que ele sirva de incentivo para 
novos estudos com fitoterápicos.
00_Abertura_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 19 20/09/2019 15:46:03
XX  MANUAL DE PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS PELO NUTRICIONISTA
Desejo que os profissionais nutricionistas prescritores de fitoterápicos possam utili-
zar esta obra como uma ferramenta de consulta em seus atendimentos, para nortear suas 
prescrições com plantas medicinais, e que seus pacientes possam usufruir dos benefícios 
que os fitoterápicos podem trazer a nossa saúde e bem-estar. Boa leitura!
“O livro é uma extensão da memória e da imaginação.”
Jorge Luis Borges
Um abraço fraterno,
Juliana da Silveira Gonçalves
Editora
jusg.nutri@gmail.com
@jusg_nutri
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Sumário
Parte 1
Fitoterapia aplicada à nutrição
 1. Introdução à fitoterapia ........................................................................ 3
Juliana da Silveira Gonçalves
 2. Legislação em fitoterapia ..................................................................... 9
Leandro de Albuquerque Medeiros || Cícero Florêncio Arruda
 3. Legislação em fitoterapia para nutricionistas ......................................... 17
Juliana da Silveira Gonçalves || Leandro de Albuquerque Medeiros || 
Patrícia dos Santos Marques Baldez
 4. Nutrição e fitoterapia ........................................................................... 23
Catharina Schoen de Borba || Juliana da Silveira Gonçalves
 5. Farmacologia ...................................................................................... 27
Renata Trindade Rigon || Priscila Ferreira Haygert
 6. Bases farmacêuticas ........................................................................... 41
Juliana da Silveira Gonçalves || Karine Soares Bello
 7. Interações fitoterápicos × medicamentos × nutrientes ............................ 55
Adriana Scherer Russowsky || Cintia Weide
 8. Fitoterapia contemporânea ................................................................... 63
Maria Angélica Fiut
Parte 2
Fitoterapia nos sistemas corporais
 9. Fitoterapia no sistema respiratório ........................................................ 79
Juliana da Silveira Gonçalves
 10. Fitoterapia no sistema cardiovascular ................................................... 91
Camila Mocelin de Luna || Juliana da Silveira Gonçalves
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XXII  MANUAL DE PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS PELO NUTRICIONISTA
 11. Fitoterapia no sistema digestório .......................................................... 105
Juliana da Silveira Gonçalves
 12. Fitoterapia no sistema endócrino .......................................................... 119
Camila Leandra Bueno de Almeida Spinelli || Juliana da Silveira Gonçalves || Marina 
Jagielski Goss
 13. Fitoterapia no sistema urinário .............................................................. 133
Juliana da Silveira Gonçalves || Luciana Melo de Farias || 
Lays Arnaud Rosal Lopes Rodrigues
 14. Fitoterapia no sistema musculoesquelético ............................................ 145
Jeane Nogueira || Juliana da Silveira Gonçalves
Parte 3
Tópicos especiais em fitoterapia
 15. Fitoterapia nas doenças neurológicas ................................................... 157
Flávia Teixeira || Juliana da Silveira Gonçalves || Rakel Braz Mota Tavares de Almeida
 16. Fitoterapia nos distúrbios emocionais ................................................... 171
Ana Lúcia Hoefel || Juliana da Silveira Gonçalves || Maricélia Moura Dantas
 17. Fitoterapia na obesidade ...................................................................... 185
Keli Vicenzi || Milena Artifon || Thaís Rodrigues Moreira
 18. Fitoterapia no paciente oncológico ........................................................ 199
Maria Angélica Fiut || Cristiane Feldman Fidalgo Pereira
 19. Fitoterapia no esporte .......................................................................... 211
Daiana Vianna || Juliana da Silveira Gonçalves
 20. Fitoterapia – da gestação à pediatria .................................................... 231
Joyce Moraes Camarneiro || Juliana da Silveira Gonçalves
 21. Fitoterapia em nutrição estética ............................................................ 251
Juliana da Silveira Gonçalves || Luisa Amábile Wolpe Simas
 22. Fitoterapia na saúde da mulher............................................................. 267
Ana Paula Pujol || Juliana da Silveira Gonçalves || Luana Bertamoni
 23. Plantas alimentícias não convencionais (PANCs) ..................................... 283
Amanda Fraga Lencina || Janete Corrêa Haider || Juliana da Silveira Gonçalves
 24. Fitogastronomia .................................................................................. 299
Caroline Bandeira
 25. Nutrição magistral ............................................................................... 307
Galena Química e Farmacêutica
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Sumário  XXIII
Parte 4
Anexos
Anexo I – Lista de plantas de registro simplificado de medicamentos 
fitoterápicos e produtos tradicionais fitoterápicos (adaptado da IN 02/2014) .... 335
Anexo II – Critérios para enquadramento de medicamentos como isentos de 
prescrição médica (adaptado da RDC 98/2016, da Anvisa) .............................. 347
Anexo III – Resolução CFN n. 402/2007.......................................................... 349
Anexo IV – Resolução CFN n. 525/2013 ......................................................... 353
Anexo V – Resolução CFN n. 556/2015 .......................................................... 357
Anexo VI – Modelos de prescrição .................................................................. 361
Anexo VII – Resolução RDC n. 10/2010 – Diretoria colegiada ........................... 367
Anexo VIII – Tabela de uso tradicional de fitoterápicos ...................................... 399
Índice Remissivo ................................................................................................. 441
00_Abertura_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 23 24/09/2019 09:28:56
Parte 1
FITOTERAPIA APLICADA 
À NUTRIÇÃO
“Alimentos que para alguns são remédio 
e para outros, amargo veneno.”
(Lucrécius)
01_Seção 01_Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricionista.indd 1 20/09/2019 15:53:37
A utilização de produtos naturais como recurso terapêutico é tão antiga quanto a 
civilização humana1. Desde a Antiguidade, as plantas são utilizadas como produtos te-
rapêuticos há, aproximadamente, mais de 3.000 anos a.C. Tais espécies utilizadas na 
Mesopotâmia eram usadas como forma de prevenir, curar e aliviar diversas doenças2 
(Oliveira et al., 2006).
A palavra fitoterapia tem origem grega, resultante da junção das palavras phito (plan-
ta) e therapia (tratamento). É o método mais antigo utilizado para tratamento de doenças 
por meio de plantas medicinais em suas diferentes preparações3.
A descoberta humana das propriedades úteis ou nocivas dos vegetais tem suas raízes 
no conhecimento empírico. O conhecimento sobre plantas tem sempre acompanhado a 
evolução do homem através dos tempos. As primitivas civilizações perceberam cedo a 
existência de plantas comestíveis, de outras dotadas de maior ou menor toxidade, que, 
ao serem experimentadas no combate às doenças, revelaram o seu potencial curativo. 
A descoberta empírica das propriedades curativas das plantas foi pela observação dos 
animais que buscavam nas ervas a cura para suas afecções4.
A história do uso de plantas medicinais tem mostrado que elas fazem parte da 
evolução humana e foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados pelos povos. A 
utilização de plantas medicinais pelo homem como forma terapêutica na pré-história era 
utilizado como instinto. As antigas civilizações têm suas próprias referências históricas 
acerca das plantas medicinais e, muito antes de aparecer qualquer forma de escrita, 
o homem já utilizava as plantas e, entre elas, algumas como alimento e outras como 
remédio. Nas suas experiências com ervas, houve sucessos e fracassos: muitas vezes 
estas curavam, e em outras matavam ou produziam efeitos colaterais severos5,6. Alguns 
alimentos e especiarias também são considerados plantas medicinais, além de fontes de 
sabores diferenciados na culinária e na gastronomia, e têm função importante da fitotera-
pia pela incontestável presença de fitoquímicos7.
Introdução à fitoterapiaIntrodução à fitoterapiaIntrodução à fitoterapia 1
Juliana da Silveira Gonçalves
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4  PARTE 1 – FITOTERAPIA APLICADA À NUTRIÇÃO
O ser humano utiliza as espécies vegetais para avaliar ou tratar suas enfermida-
des em todas as culturas. Cada povo, cada grupo, traz consigo conhecimento de seus 
ancestrais sobre plantas medicinais. No decorrer dos anos, no século XX, os recursos 
terapêuticos de origem natural passaram a ser considerados os recursos mais utilizados 
como alternativa para os níveis mais baixos5,6.
Hoje, a fitoterapia tem adeptos em todo o mundo e seu uso é cada vez mais difundido 
pelos profissionais de saúde. Ela é cada vez mais procurada pelas pessoas e se caracte-
riza pelo tratamento de diversas patologias por meio da utilização de substratos naturais 
de origem botânica8 (Kurian et al., 2007).
Apesar do grande avanço e evolução da medicina a partir da segunda metade do 
século XX, as plantas ainda têm uma grande contribuição para a manutenção da saúde 
e alívio das enfermidades em países em desenvolvimento9. Entre os principais motivos, 
estão as condições de pobreza e falta de acesso aos medicamentos, associados à fácil 
obtenção e tradição do uso de plantas com fins medicinais10.
O uso indiscriminado, influenciado muitas vezes pela interpretação equivocada da 
mídia do que é um produto natural, constitui uma preocupação para a saúde11, uma vez 
que pode ocasionar casos de superdosagem, intoxicação, interação com outros medica-
mentos/alimentos, além dos potenciais efeitos colaterais e adversos12.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da humanidade não tem aces-
so ao atendimento primário de saúde, por estar muito distante dos centros de saúde ou 
por não possuir recursos para adquirir os medicamentos prescritos. Para essa população, 
as terapias alternativas são as principais formas de tratamento, e as plantas medicinais, 
os principais medicamentos13.
O Brasil tem uma rica história de uso das plantas medicinais no tratamento dos pro-
blemas de saúde da população, uso este construído com base na experiência e transmiti-
do de forma oral14. A partir da segunda metade dos anos 1970 e década de 1980, tem-se 
verificado o crescimento das “medicinas alternativas” e, entre elas, a fitoterapia4.
É o país que apresenta a maior diversidade genética vegetal do mundo, contando com 
mais de 55.000 espécies diferentes catalogadas. A busca da população pelas plantas 
incentivou os pesquisadores e a indústria farmacêutica a investirem mais nas pesquisas 
de novos fármacos15.
No Brasil, a história da utilização de plantas no tratamento de doenças apresenta 
influências das culturas africana, indígena e europeia. A contribuição dos escravos africa-
nos com a tradição do uso de plantas medicinais no país se deu por meio das plantas que 
trouxeram consigo, que eram utilizadas em rituais religiosos e também por suas proprie-
dades farmacológicas, empiricamente descobertas. Os índios que aqui viviam, dispostos 
em inúmeras tribos, utilizavam grande quantidade de plantas medicinais e, por intermédio 
dos pajés, esse conhecimento das ervas locais e seus usos foi transmitido e aprimorado 
de geração em geração. Os primeiros europeus que chegaram ao Brasil depararam-se 
com esses conhecimentos, que foram absorvidos por aqueles que passaram a viver no 
país e a sentir a necessidade de viver do que a natureza tinha a lhes oferecer. Tais fatos 
fizeram com que os europeus ampliassem seu contato com a flora medicinal brasileira e a 
utilizassem para satisfazer suas necessidades alimentares e medicamentosas4.
O principal órgão responsável pela regulamentação de plantas medicinais e seus 
derivados no Brasil é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autarquiado 
Ministério da Saúde (MS) que tem como papel proteger e promover a saúde da população, 
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CAPÍTULO 1 • INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA  5
garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços e participando da construção de 
seu acesso16.
De acordo com a legislação em vigor no país, entende-se como fitoterápico “aquele 
medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas vegetais. E carac-
terizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos do seu uso, assim como pela reprodu-
tibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança são validadas através 
de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecno-científicas em 
publicações ou ensaios clínicos fase 3”17. A Anvisa tem elaborado normas para regula-
mentação do uso da fitoterapia com plantas medicinais, antes de serem utilizadas pela 
população.
Segundo o Ministério da Saúde, não se considera medicamento fitoterápico aquele 
que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as 
associações delas com extratos vegetais18.
Quase 95% da população brasileira depende de terapias tradicionais, ou seja, inser-
ção de plantas medicinais na atenção básica de saúde, por falta de acesso da população 
às assistências médica e o alto custo de medicamentos industrializados. Com a inser-
ção da fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) pela Política Nacional de Práticas 
Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, em 2006, assegura-se a utilização de 
fitoterápicos pela rede pública de saúde, visando à manutenção, promoção e prevenção 
da saúde e contribuindo para o fortalecimento dos princípios do SUS19.
Medicamentos procedentes de fitoterápicos têm menos chances de causar efeitos 
colaterais e são mais ativos que os medicamentos alopáticos, além de serem de baixo 
custo. Porém, sabe-se que os fitoterápicos ocasionam efeitos colaterais e possuem con-
traindicação, e, por conta disso, é conveniente ter um conhecimento necessário sobre 
seus princípios ativos, a qualidade da planta e a origem para uma prescrição correta. 
Muitas vezes os pacientes optam por outros tipos de modalidades terapêuticas em busca 
da cura, além de amenizar os desconfortos ocasionados pela doença20.
Quase todas as drogas causam efeitos secundários. No entanto, não somos capazes 
de provar se todos que utilizam medicamentos sentirão efeitos colaterais, uma vez que 
cada organismo reage de forma diversificada. Os medicamentos fitoterápicos, apesar 
de naturais, também podem causar efeitos secundários caso entrem em conflito com 
patologias já em tratamento por determinados pacientes, pois são vários os tipos de 
medicamentos fitoterápicos que podem causar interação19.
Estudos referem que indivíduos optam pela fitoterapia como forma de tratamento de 
algumas patologias, e muitos relatam não haver dependência dos medicamentos alopá-
ticos e efeitos colaterais, observando que obtiveram benefícios ao tratar da doença sem 
agredir outros órgãos. A busca de se tratar problemas de saúde de forma natural vem 
sendo vivenciada há séculos, e o tratamento feito pela fitoterapia oferece não apenas a 
cura da doença, mas também promove no indivíduo mudanças referentes aos hábitos de 
vida que culminam na satisfação com a melhora da saúde15,21-23.
A fitoterapia baseada em evidências enfatiza a necessidade da avaliação crítica das 
informações sobre medicamentos fitoterápicos. A literatura científica tem disponibiliza-
do, atualmente, com acesso facilitado, informações sobre plantas medicinais nas áreas 
de botânica, química, farmacologia, farmacotécnica e outras disciplinas correlatas que 
vêm sendo divulgadas em artigos científicos, livros técnicos e monografias especializa-
das, como as farmacopeias. Mesmo assim, a indústria não tem feito menção a essas 
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6  PARTE 1 – FITOTERAPIA APLICADA À NUTRIÇÃO
informações obrigatórias, seja por negligência ou falta de exigências legais, implicando 
um problema sanitário21.
A fitoterapia, como medicina alternativa ou complementar, é um fenômeno social 
no mundo atual, caracterizado pelas suas inter-relações biológicas, sociais, culturais e 
econômicas, estando a fitoterapia clássica presente há muito tempo no tratamento e 
prevenção de patologias, porém sendo necessário ao profissional de saúde o respaldo 
científico para orientação deste tratamento24.
É um tema amplamente discutido por diversos profissionais da área clínica, pois, ape-
sar de seu uso tradicional e seguro na medicina popular, está sendo aceito por diversas 
categorias profissionais no Brasil como uma linha de aplicação prática há poucos anos e, 
entre os profissionais nutricionistas, há aproximadamente uma década7.
A utilização de plantas medicinais em atendimentos à população deve estar vinculada 
ao conhecimento prévio do profissional de saúde referente ao tratamento. Diferentes 
profissionais procuram alternativas mais naturais, com efeitos benéficos, em busca da 
melhor qualidade da vida de seus pacientes3.
O profissional nutricionista é responsável pela alimentação de cada indivíduo, pres-
crevendo dietas de acordo com sua necessidade nutricional, buscando a melhora do 
estado nutricional de seus pacientes25. A intervenção do nutricionista deve ser voltada à 
prescrição de alimentos de acordo com suas necessidades nutricionais, inserindo fitoterá-
pico quando necessário, de acordo com a sua restrição e especificidades estabelecidas na 
legislação vigente14. Os fitoterápicos prescritos pelos nutricionistas são aqueles isentos 
de prescrição médica, que tenham indicação terapêutica exigida no seu campo de conhe-
cimento específico.
O nutricionista, enquanto profissional da saúde, tem papel relevante na utilização dos 
recursos oferecidos pela fitoterapia. Entretanto, a adoção dessa prática implica a reflexão 
de alguns aspectos relativos ao seu desempenho profissional, tendo em vista tratar-se de 
um amplo conjunto de conhecimentos e habilidades3. O nutricionista pode complementar 
a sua prescrição dietética com a adoção do embasamento científico da fitoterapia quando 
houver indicações terapêuticas relacionadas às suas atribuições legais26.
A fitoterapia oferece caminhos alternativos às terapias tradicionais, focando a natu-
reza como objeto de escolha para a melhoria da saúde global dos pacientes. O medica-
mento fitoterápico, cuja eficácia e qualidade são comprovadas cientificamente junto ao 
órgão federal competente, por ocasião do registro, em que há uma identificação botânica, 
uma caracterização química e bibliografia consultada, vem como mais uma ferramenta no 
tratamento de saúde24.
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CAPÍTULO 1 • INTRODUÇÃO À FITOTERAPIA  7
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Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial, Brasília, 18 de maio.
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25. Brasil. Conselho Federal dos Nutricionistas – CFN. Resolução CFN n. 380 de 2005. Sobre a definição 
das áreas do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de 
atuação, e dá outras providências. Brasília, DF.
26. Brasil. Conselho Federal de Nutricionistas – CFN. Resolução CFN n. 402 de 2007. Regulamenta a prescri-
ção fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes 
formas farmacêuticas, e dá outras providências. Brasília, DF.
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