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Aula 3 e 4

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HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO
MUNDO
Profª Ms Macelle Dias de Holanda
Alencar Pascoal
FACULDADE UNINASSAU
CONCEITO DE
SAÚDE
Criticado por ser
considerado não
alcançável e por deixar
de fora concepções
genéticas e hereditárias.
A OMS define saúde como
estado de bem - estar físico,
mental e social completo, e
não apenas ausência de
doenças ou enfermidade.
A saúde pública é a ciência e a arte de prevenir
doenças, prolongar a vida e promover a saúde e
a eficiência com o esforço organizado da
comunidade para obter sanitização do
ambiente, controle de infecções comunicáveis,
educação das pessoas em relação a higiene
pessoal, organização de serviços médicos e de
enfermagem para diagnóstico precoce de
doenças, tratamento preventivo de doenças,
bem como para o desenvolvimento do
maquinário social para garantir a todos um
padrão de vida adequados para manutenção
da saúde, organizando benefícios que permitem
que cada cidadão tenha seu direito de nascer
com saúde e ter longevidade (WINSLOW,
1920). 
INSTITUTE OF MEDICINE
RESUMIU A MISSÃO DA
SAÚDE PÚBLICA ETHM
SEU RELATÓRIO THE
FUTURE OF PUBLIC HEAL
1988
A SAÚDE PÚBLICA DEVE SER CUMPRIDA PELAS AGÊNCIAS,
QUE SÃO COMPREENDIDAS COM OS GOVERNOS OU
ORGANIZAÇÕES MUNDIAIS QUE NORMATIZAM E
EXECUTAM - INTERVENÇÃO PRECOCE E NA PREVENÇÃO
DA DOENÇA COM ESFORÇOS QUE INCLUEM IMUNIZAÇÃO
E PROGRAMAS PARA O CONTROLE DE DOENÇAS
TRANSMISSÍVEIS.
Avaliação
As agências de saúde pública devem regularmente e
sistematicamente coletar, agrupar, analisar, disponibilizar
informações sobre saúde da comunidade, incluindo estatísticas
sobre condição de saúde, necessidades de saúde da comunidade
e outros estudos de problemas de saúde
Cada agência de saúde pública deve
exercitar sua responsabilidade de
atender no interesse público no
desenvolvimento de políticas
abrangentes de saúde pública
promovendo conhecimento cientifico
nas tomadas de decisões sobre
saúde pública, com abordagem
estratégica, desenvolvidas com base
em uma apreciação positiva do
processo político democrático.
Desenvolvimento das
Políticas
Tem interesse em problemas de
saúde que transcendem fronteiras
nacionais ou que tem impacto global e
econômico
Melhorar a saúde global pode
melhorar a saúde de cada país e
apoiar interesses globais e nacionais
ao estimular crescimento econômico,
diplomacia e estabilidade mundial.
Área de estudo, pesquisa e prática que
prioriza a melhoria da saúde e o alcance
da igualdade na saúde para todas as
pessoas no mundo (KOPLAN ET AL, 2009).
Saúde Global 
SAÚDE PÚBLICA
Foco na população.
ATENDIMENTO
CLÍNICO
Modelo voltado no
Assistencialismo
Saúde Global
Aplicação de políticas, programas,
teorias e pesquisa de saúde
pública a comunidades no mundo
inteiro, com objetivo de oferecer
acesso igualitário à saúde, à
acessibilidade e o resultado para
todas as pessoas, independente
do nível socioeconômico,
educação, cultura e ambiente.
Ameaças à
Sáude Global
1 POLUIÇÃO DO AR
2
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO
TRANSMISSÍVEIS
3 CRISE DE INFLUENZA
4
FRAGILIDADES E
VULNERABILIDADES
PRINCIPAIS PROBLEMAS DE
SAÚDE MUNDIAL
Ameaças à
Sáude Global
5
RESISTÊNCIA
ANTIMICROBIANA
6 HIV
7 DENGUE
8 RESISTÊNCIA À VACINAÇÃO
PRINCIPAIS PROBLEMAS DE
SAÚDE MUNDIAL
Ameaças à
Sáude Global
9
FRÁGIL ATENÇÃO PRIMÁRIA
À SAÚDE
1
0 EBOLA
PRINCIPAIS PROBLEMAS DE
SAÚDE MUNDIAL
Desenvolvimento
Sustentável
Propor estratégias para
que os governos garantam
três aspectos
fundamentais do bem-
estar mundial
Aspecto Social
Aspecto Econômico
Aspecto Ambiental
Essas decisões vão beneficiar pobres e
vulneráveis, melhorar qualidade de vida
de toda a sociedade, melhorando o bem-
estar como um todo.
 HISTÓRIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
DE SAÚDE NO BRASIL
Profª Ms Macelle Dias de Holanda
Alencar Pascoal
FACULDADE UNINASSAU
XVI
BRASIL (1500 - 1822)
A Saúde no
Brasil Colônia 
 Paraíso terreno
 Desconhecedores
de graves doenças
do continente
Europeu
 Belezas e Riquezas
 Povo livre de
enfermidades
Europeus x Brasil Explorar riquezas e transformar o
país num instrumento de interesses
econômicos: Pau - Brasil, ouro.
As doenças eram enfermidades como castigo ou provação
BRASIL
MALÁRIA: DOENÇA TROPICAL,
TRANSMITIDA POR MOSQUITOS.
CAUSAVA FEBRE, PERTUBAÇÃO,
CEFALÉIA
EUROPA
PESTE BUBÔNICA: TRASMITIDA POR
PULGAS. BACTÉRIA SE ALOJA NOS
VASOS LINFÁTICOS CAUSANDO
FEBRE E DOR DE CABEÇA.
CÓLERA: ALIMENTOS
CONTAMINADOS - SANEAMENTO
BÁSICO
AFRICA
FILARIOSE: CAUSADA POR PARASITAS,
TRANSMITIDA POR MOSQUITO. CAUSA
INFLAMAÇÃO E ACÚMULO DE LÍQUIDOS EM
VÁRIAS PARTES DO CORPO.
FEBRE AMARELA: TRANSMITIDA POR
MOSQUITO. DIARRÉIA, FEBRE E MAL-ESTAR
VARÍOLA; erradicada desde os anos 80, a oms
considera a doença mais devastadora. Trasmissão
é através do contato com o vírus.
Criou-se um cenário preocupante
pois o conhecimento acerca da
transmissão, controle e tratamento
eram frágeis.
TRATAMENTO:
DIVERSIDADE
CULTURAL E RACIAL
REZAS
FEITIÇOS
PLANTAS
ERVAS
ÚNICO ACESSO À SAÚDE
Quem tinha poderes econômicos utilizavam a
figura do Prático ou Cirurgião Barbeiro que
utilizavam ferramentas avançadas como:
Sangrias, aplicações de sanguessugas.
Os Jesuítas que vinham da Europa traziam o
isolamento para o tratamento dos doentes.
Foram eles que fundaram a Primeira Santa
Casa de Misericórdia, em Santos (1543) e em
Salvador (1949).
1808
1 CHEGADA DA FAMÍLIA REAL
2
VIGILÂNCIA E CONTROLE
DAS EPIDEMIAS
3
POLÍTICAS MÉDICAS DE INTERVENÇÃO
NA CONDIÇÃO DE VIDA E SAÚDE DA
POPULAÇÃO.
4 TEORIA MIASMÁTICA
SAÚDE COM O MODELO
ASSISTENCIALISTA - SANTA CASA DE
MISERICÓRDIA : SAÚDE PRATICADA
COMO CARIDADE
1810
1
CRIAÇÃO DA QUARENTENA :
VIAJANTES E ESCRAVOS
2
CONTROLE DOS PORTOS E
DAS CIDADES 
3
SOMENTE AUTORIDADES SANITÁRIAS
PODERIAM CONCEBER O VISTO DE
ENTRADA DE PESSOAS NAS CIDADES.
ALVARÁ SANITÁRIO
Brasil Império 
(1822 - 1889)
Era Bacteriológica: Invenção
do Microscópio
Fim da Teoria Miasmática
Início da Teoria da
Unicausalidade: a gênese das
doenças eram
microrganismos e baseava-se
na existência apenas de um
agente causador do agravo
ou doença.
Brasil Império 
(1822 - 1889)
Essa concepção estimulou as
ações de prevenção de diversas
doenças infecciosas, trazendo
sucesso no controle de doenças
como cólera, mas apresentava
visão única em relação às
enfermidades em geral.
República Velha 
(1889 - 1930)
Introdução da Indústria e da lógica
capitalista de produção
Cidades eram planejadas
Concentração de pessoas
Condições precárias de higiene
Impacto econômico
Destaque internacional do Brasil
por surtos de doenças infecciosas
Os estrangeiros não queriam
embarcar para o Brasil
República Velha 
(1889 - 1930)
Medicina Higienicista :
Enfrentamento à crise
Tentativa de melhorar a imagem do
Brasil no exterior
Planejamento de cidades com
adoção de medidas de saneamento
República Velha 
(1889 - 1930)
Desafio: Implementar medidas de
controle dos surtos de Varíola
Brigada Sanitária entrava nas casas
das pessoas e vacinavam
compulsoriamente 
MARCO 1903: Oswaldo Cruz - Diretor de
Saúde Pública
1904: REVOLTA DA VACINA
República Velha 
(1889 - 1930)
Vacinação obrigatória
Vigilância Sanitária
Notificação de Doenças
Saneamento e Higiene Urbana
Modelo Sanitarista - Campanhista para
a assistência à saúde.
República Velha 
(1889 - 1930)
Criação do Departamento Nacional
de Saúde Pública (DNSP)
Direção: Médico Carlos Chagas
ATRIBUIÇÕES:
Conhecer e Realizar registro
demográfico da população
Introdução do Laboratório como
auxiliar no diagnóstico
1920: Extinta a Diretoria Geral de Saúde
Pública
República Velha 
(1889 - 1930)
Fabricação de Produtos Profiláticos:
soro e vacina
Ações de propaganda e educação
sanitária
Expansão das atividades de
saneamento para outros Estados e
interior do Brasil
República Velha 
(1889 - 1930)
Capacitar os profissionais de saúde
e pesquisadores para atuarem como
sanitaristas.
Promulgação da Lei Eloy Chaves:
1923: CONVÊNIO ENTRE BRASIL E A
FUNDAÇÃO ROCKFELLER
Caixas de Aposentaria e Pensão
Marco na Previdência Social
Lei Eloy Chaves 
(DECRETO LEGISLATIVONº 4.682,
24 DE JANEIRO DE 1923
Criação das Caixas de
Aposentadorias e Pensõespara
empregados das empresas
ferroviárias
Início da Previdência Social no Brasil
O Estado não participava da
seguridade social
Gerido por trabalhadores e
empresas
Lei Eloy Chaves 
(DECRETO LEGISLATIVO Nº 4.682,
24 DE JANEIRO DE 1923
A partir desta Lei, foram ampliando o
cenário de proteção previdenciária
para empregados de outros setores:
portuários,serviços telegráficos, etc.
Década de 30 
Extinção dos partidos políticos com
uma cerimônia cívica de queima das
bandeiras
Institucionalização das políticas
trabalhistas
ESTADO NOVO: Regime ditatorial
presidido por Getúlio Vargas que
concentrava o poder em suas mãos
Garantiam o direito a
assistência médica e
farmacêutica, porém
apresentava um modelo
excludente, que até a década
de 60, não atendia a população
rural.
As CAPS foram substituídas pelos
Institutos de Aposentadorias e
Pensões (IAPS), funcionavam
semelhante às CAPS, porém
compulsórios e com participação
efetiva do Estado.
1
CRIAÇÃO DO INSTITUTO
NACIONAL DA PREVIDÊNCIA
SOCIAL 
2
AMPLIAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA PASSANDO A
ATENDER O FIUNDO DE
ASSISTÊNCIA AO
TRABALHADOR RURAL
(FUNRURAL)
3
DECRETO LEI Nº 200 -
EXTINÇÃO DO IAPS
1967
POSTERIORMENTE CRIADO O INAMPS - INSTITUTO
NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL). BENEFICIAVA SOMENTE OS
TRABALHADORES COM REGISTRO DE TRABALHO E
PREVIDÊNCIA (CTPS) E SEUS DEPENDENTES.
ERA VARGAS
(1930 - 1964)
NO CAMPO DA SAÚDE:
1
Redução da mortalidade das
doenças infecciosas2
Prevalência de doençs da
pobreza e surgimento de
doenças crônicas : Problemas
cardíacos e neoplasias
3
Aumento de acidentes e
violências 4
Aumento da expectativa de vida
ERA VARGAS
(1930 - 1964)
CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO E SAÚDE (MESP)
Assumir a responsabilidade pela
prestação de serviços de saúde
chamados: pré-cidadãos: pessoas
que não estavam cobertas pela
medicina previdenciária - pobres,
desempregados e trabalhadores
informais
1964 - 1985
Eleição de Tancredo Neves x
Paulo Maluf - Fim da ditadura
Posse - José Sarney
Crise Burocrática Administrativa
: Diretas Já (1983 - 1984)
Condições precárias de saúde
Golpe Militar (1964): Veto da
participação dos eleitores para
escolha do presidente - voto
colegiado eleitoral
1964 - 1985
Saúde Pública limitada e de
baixa qualidade
1974: Criado o Ministério da
Previdência - Assistência Social
que implementou o Plano de
Pronta Ação
Clínicas e hospitais privados
contratados pela Previdência
atendiam casos de urgência de
qualquer indivíduo, segurados ou
não.
1964 - 1985
OPOSIÇÃO DOS EMPRESÁRIOS DE SAÚDE
1975: PROPOSTA A CRIAÇÃO DO SISTEMA
NACIONAL DE SAÚDE ATRAVES DA LEI 6.229/75
DURANTE A V CONFERÊNCIA NACIONAL 
1978: GOVERNO FIGUEREDO: INTENÇÃO DE
ELABORAR O PREV-SAÚDE NA AMBICIOSA
TENTATIVA DE ENFATIZAR AÇÕES DA ATENÇÃO
PRIMÁRIA COM PARTICIPAÇÃO DA
COMUNIDADE, REGIONALIZAÇÃO E
HIERARQUIZAÇÃO.
O PLANO NÃO FOI ELABORADO POR BOICOTE
DOS EMPRESÁRIOS DE SAÚDE E DIRIGENTES DO
INAMPS.
1964 - 1985
IMPLANTOU AS AUTORIZAÇÕES PARA
INTERNAÇÃO HOSPITALAR (AIH)
ACESSO AOS SERVIÇOS PRVIDENCIÁRIOS E
DE SAÚDE PÚBLICA PARA A POPULAÇÃO
NÃO SEGURADA
1982: INSTITUÍDO O PLANO CONASP -
EXTINGUIU O PAGAMENTO POR UNIDADES DE
SERVIÇOS AO SETOR PRIVADO PELO INAMPS
Décadas 70 - 80
1
MOVIMENTOS DE REFORMA
SANITÁRIA BRASILEIRA 
2
AMPLIAÇÃO DOS DEBATES
SOBRE A NECESSIDADE DA
CRIAÇÃO DO SUS
3
ESTUDANTES,
PROFISSIONAIS DE SAÚDE,
ASSOCIAÇÃO DE
MORADORES E
INTELECTUAIS
4
CEBES - CENTRO
BRASILEIRO DE ESTUDOS DE
SAÚDE
ABRASCO
VIII ICONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE
SAÚDE DIREITO DE TODOS E DEVER DO
ESTADO
INSTITUIÇÃO DO SUS NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DE 1988
PRIMEIRA VEZ QUE HOUVE PARTICIPAÇÃO
CIVIL NA CONSTRUÇÃO DE UM MODELO DE
SAÚDE
Nova República
(1985 - 1988)
1987: DISCUSSÃO SOBRE O
FINANCIAMENTO DO SUS
CRIAÇÃO DE UM SISTEMA
DESCENTRALIZADO QUE NORTEAVA
PRINCÍPIOS DE UNIVERSALIZAÇÃO,
EQUIDADE, REGIONALIZAÇÃO,
HIERARQUIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
DA COMUNIDADE
Nova República
(1985 - 1988)
1988: A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DEFINE A SAÚDE COMO DIREITO
DE TODOS E DEVER DO ESTADO,
CRIANDO O SUS ATRAVÉS DOS
ARTIGOS 194 A 200.
1990: REGULAMENTAÇÃO DO
SUS POR MEIO DAS LEIS 8080/90
E 8142/90
Nova República
(1985 - 1988)
ATÉ A PRÓXIMA AULA 
OBRIGADA!
O BRASIL PRECISA EXPLORAR COM URGÊNCIA A SUA
RIQUEZA
PORQUE A POBREZA NÃO AGUENTA MAIS SER
EXPLORADA

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