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Fonologia

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Ferdinand de Saussure linguista suíço estabelecer que a linguagem humana que a linguagem humana compreende dois aspectos fundamentais: língua e fala. A língua é um produto social, presente em toda a totalidade dos membros de uma comunidade linguista, a fala por sua vez é individual. 
Trabalhando na visão saussureana a linguagem humana é um sistema de signos formado pela união entre significado e significante. O significante, na fala, é estudado pela Fonética: articulatória e acusticamente. Na língua, o significante é estudado pela Fonologia. Os três linguistas russos Roman Jakobson, Nicolai Trubetzkoy e Serge Karcevsky sentiram necessidade de estabelecer a diferença entre duas ciências, a Fonética que se ocupa dos sons da fala, e a Fonologia que está ligada aos sons da língua.
É necessário considerar a Fonética como ciência que estuda os sons da linguagem humana de forma geral, essa ciência estuda os aspectos físicos da fala, portanto as bases acústicas relacionadas com a percepção, e as bases fisiológicas relacionadas com a produção. A Fonética estuda os sons independentemente da função que elas possam desempenhar em determinada língua. Já a Fonologia se ocupa dos sons da língua que distinguem significado na mesma, ou seja os fonemas (ex:[b]ala/[p]ala), ou seja estuda os fones de acordo com a função que eles desempenham em uma determinada língua, relacionando-os à diferença de significado e a sua inter-relação significativa para formar sílabas, morfemas e palavras. A Fonética e a Fonologia como ciências distintas operam com seus próprios métodos, entretanto, é possível dizer que elas se completam em seu valor e desenvolvimento, ou seja, descrever uma língua com base em apenas em estudos fonológicos sem considerar o aspecto fonético é absurdo.
Apesar de explicada a diferença de cada uma das ciências explicitadas acima, o capitulo quatro do livro Introdução à linguística se aprofundará no estudo sobre a ciência Fonologia. A importância relaciona-se com o desenvolvimento de ortografias, ou seja, empregar um alfabeto para representar a escrita de uma língua. Muitos linguistas que se envolvem com o estudo de línguas sem tradição escrita, um dos trabalhos desses linguistas é justamente propor um sistema ortográfico para língua em questão, dessa forma muitas línguas sem tradição escrita passaram a possuir um sistema ortográfico com base em análises fonológicas. Porém não é só a isso que se restringe a importância da fonologia. Ela ajuda também no conhecimento fonológico da língua materna, recorrendo-se a mesma é possível estabelecer a relação que há entre os fonemas da língua e os símbolos gráficos que os representam. A Fonologia auxilia no aprendizado de uma língua estrangeira e análise fonológica das línguas pode ser aplicada às desordens fônicas presentes na fala das pessoas.
Fonologia estuda o fonema, que são os sons que diferem significado na linguagem humana, como já foi dito acima. Por exemplo, a palavra [‘kasa] diferencia-se de [‘kaza] “casa” pelo uso de uma fricativa alveolar surda [s] em “caça” e de uma sonora [z] em “casa”. Esses tipos de unidades como /s/ e /z/, que permitem diferenciar significados, denominam-se fonemas. De acordo com Trubetzkoy: “ as unidades fonológicas que, desde o ponto de vista da língua em questão, não podem ser analisadas em unidades fonológicas ainda mais pequenas e sucessivas serão chamadas de fonemas”. O fonema é considerado um conceito linguístico e não psicológico.
A identificação de fonemas pode ser feita através de pares mínimos, ou seja, dado dois fones, se a substituição de um pelo resultar em uma diferença lexical, então esses fones podem ser considerados como fonemas, portanto, são dois itens lexicais idênticos que só se diferenciam por um elemento na sequência, exemplos: [m]ar/[p]ar, [b]ar/[m]ar, ve[l]a/ve[ʎ]a, [f]ala/[v]ala... Esses pares nos permitem interpretar os fones [m], [p], [b], [l], [ʎ], [f] e [v] como fonemas consonânticos do português. Quando é impossível identificar pares mínimos a identificação de fonemas pode ser feita também através de pares análogos, são dois fones que ocorrem em ambientes similares, porém, não idênticos caracterizando a oposição em ambiente análogo, desde que as diferenças entre sons não sejam atribuídas aos sons vizinhos. Exemplo: [fᴐʒI] ‘foge’ e [oʒI] ‘hoje’, as vogais [ᴐ] e [o] podem ser fonemas.
Existe casos que não é possível identificar pares mínimos e pares análogos, porém pode ser possível encontrar alofones ou variantes, diferentes realizações fonéticas de um fonema. Os alofones podem ser identificados através de distribuição complementar, se dois fones ocorrem em ambientes mutuamente exclusivos, eles podem ser considerados eventualmente como alofones de um mesmo fonema. Outra forma de identificar alofones é através da variação livre, isso ocorre quando o falante pode usar dois ou mais alofones no mesmo contexto sem destruir a identidade dos itens lexicais. Quando isso ocorre, fala-se que são variantes livres de um mesmo fonema.
Universidade Federal do Pará
Faculdade de Letras e Comunicação
Aluna: Anna Carolina do Amor Divino Rodrigues 
Professora: Eneida Fernandes
Disciplina: Fonética e Fonologia do Português
Data: 13.09.2013
Um estudo sobre Fonologia
 Belém, 2013

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