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Contextualização sobre os Pilares do Sistema Único de Saúde O SUS é embasado em três documentos: A Constituição Federal de 1988, a lei nº 8.080/1990 e a lei 8.142/1990. O SUS representa o sistema de saúde do Brasil idealizado e implementado com a finalidade de reduzir as desigualdades históricas no acesso da população aos serviços de saúde. O SUS garante acesso integral, universal e igualitário a todo q qualquer cidadão brasileiro (BRASIL, 2011b; COELHO, 2012). Para o SUS funcionar, ele foi montado em cima de pilares e diretrizes com doutrinas e organização estrutural, são eles: Universalidade; Equidade; Integralidade (Princípios doutrinários). A Universalidade garante, a todo e qualquer cidadão, acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. A equidade assegura que todo cidadão será atendido conforme suas necessidades, sem privilégios e sem barreiras, princípio que objetiva mitigar as desigualdades. A integralidade garante a prática indivisível dos serviços de saúde para cada pessoa, configurando um sistema capaz de prestar assistência integral, combinada e voltada para a promoção, prevenção e reabilitação (BRASIL, 1990a; BRASIL, 1990c; BRASIL, 2011b; MATTA, 2007; COSTA et al; 2014). Descentralização; Regionalização e hierarquização; Resolubilidade; Participação Social; Complementação do setor privado (Princípios organizacionais). A Descentralização é a redistribuição de responsabilidades políticas financeiras quanto às ações e aos serviços de saúde, respeitando as organizações, municipal, estadual e federal (BRASIL, 1990a; BRASIL, 1990c; BRASIL, 2011b; MATTA, 2007). Regionalização e hierarquização, garantem que os serviços de saúde sejam atendidos, de forma integral, que atenda a particularidade de cada região, área, população específica (BRASIL, 1990c; MATTA, 2007). A resolubilidade, é uma diretriz para solucionar um problema de impacto coletivo da saúde, em qualquer nível de complexidade (BRASIL, 1990c; MATTA, 2007). A participação da população, garante a participação da comunidade na gestão do SUS. Essa participação pode ocorrer várias formas, audiências públicas, ações populares, ações civis públicas e elas são capazes de influenciar na elaboração e fiscalização das políticas públicas de saúde (BRASIL, 1990c; MATTA, 2007). A complementação do setor privado , acontece quando existe uma insuficiência do setor público, e para que isso ocorra deve ser ter um contrato de direito público ou convênio, em que o interesse público prevaleça acima do particular (BRASIL, 1988; BRASIL, 1990a; BRASIL, 1990c). Analisando de forma pessoal e crítica os princípios e as diretrizes com base na trajetória da história da saúde desde a quando o Brasil foi descoberto, onde só tinham acesso a um tratamento básico de saúde, eram as pessoas com posse, pessoas ricas, e o restante ficava a deriva, em mão de curandeiros e serviços filantrópicos, tivemos uma melhoria gigantesca, que eu acredito que o fator principal dessa evolução, tenha sido fortemente motivado, por força de trabalho, quem vai ser a mão de obra operária, se a maioria morrer? É claro, que isso é uma visão simples, é muito mais complexo que isso, mas vendo o desenvolver da humanidade, não para acreditar que as melhoras foram feitas pensando somente na benevolência de quem está no poder de enxergar o outro como seu próximo. No meu ponto de vista, é importante ter essa visão, pois, apesar de toda melhora conquistada até hoje, os princípios e diretrizes não são cumpridos em sua totalidade, por diversos fatores, a corrupção, falta de entendimento por maioria da população de como funciona, cultura e outros. Com isso, mesmo com força de lei, sabemos como é frágil, por isso conhecer a história como esses direitos foram conseguidos, ter noção de classe a qual se pertence, e tentar ter um pensamento crítico é importante para que não se perda o que foi conquistado e que possamos melhorar o que temos hoje. REFERÊNCIAS: BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm). Acesso em: 14 novembro 2023. BRASIL. Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1990a. Disponível em: (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm). Acesso em: 14 novembro 2023 BRASIL. ABC do SUS: doutrinas e princípios. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 1990c. Disponível em: (http://www.pbh.gov.br/smsa/bibliografia/abc_do_sus_doutrinas_e_principios.pdf). Acesso em: 14 novembro 2023 BRASIL. SUS: a saúde do Brasil. Brasília, DF: Editora do Ministério da Saúde, 2011b. Disponível em: (https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_saude_brasil_3ed.pdf). Acesso em: 14 novembro 2023 COELHO, J. S. Construindo a participação social no SUS: um constante repensar em busca de equidade e transformação. Saúde Soc., São Paulo, v. 21, Supl. 1, p. 138-151, 2012. Disponível em: (https://www.scielo.br/pdf/sausoc/v21s1/12.pdf). Acesso em: 14 novembro 2023 COSTA, J. P. et al. Resolubilidade do cuidado na atenção primária: articulação multiprofissional e rede de serviços. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 38, n. 103, p. 733-743, 2014. Disponível em: (https://www.scielo.br/j/sdeb/a/gXKyw3Jsx4RsTvrLdGwBCsp/?format=pdf&lang=pt) Acesso em: 14 novembro 2023. MATTA, G. C. Princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. In: MATTA, G. C.; MOURA, A. L. Políticas de saúde: a organização e a operacionalização do Sistema Único de Saúde. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2007.
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