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06/04/2024, 20:32 U2_Med_nuc_rad
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/202302/WHITE_LABEL/MEDICINA_NUCLEAR_E_RADIOTERAPIA/LIVRO/U2/index.html 1/27
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Aula 1
ESTATÍSTICA APLICADA À MEDICINA NUCLEAR E
RADIOTERAPIA
Esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear
de forma teórica mas também os conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano
em um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto
para diagnóstico.
17 minutos
ESTATÍSTICA
APLICADA À
MEDICINA NUCLEAR;
DETECTORES E
EQUIPAMENTOS DE
MEDICINA NUCLEAR;
ESPECTROMETRIA;
PRODUÇÃO DE
RADIONUCLÍDEOS E
GERADORES
 Aula 1 - Estatística aplicada à medicina
nuclear e radioterapia
 Aula 2 - Detectores de radiação e
controle de qualidade
 Aula 3 - Produção de radionuclídeos e
fontes utilizadas em teleterapia
 Aula 4 - Espectrometria utilizada na
medicina nuclear e radioterapia
 Aula 5 - Revisão da unidade
 Referências
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INTRODUÇÃO
Prezado aluno, esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina
nuclear de forma teórica mas também os conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um
setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico. Para
você que trabalhará com radiação ionizante, conhecer como são os processos de decaimento radioativo, a
estatística por trás da teoria, o cálculo de erro e a radiação de fundo é muito importante para a sua
formação. Esses conceitos estão diretamente ligados ao trabalho diário em um setor de medicina nuclear.
Portanto, essa aula é muito importante para a sua formação.
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MEDICINA NUCLEAR E SEUS CONCEITOS
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) recomenda que, ao fazer o uso de instrumentos nucleares
na medicina, todos os equipamentos devem ser testados com uma frequência pré-determinada. Os testes
de controle de qualidade variam quanto ao desempenho dos equipamentos, e os resultados devem mostrar
a condição funcional do instrumento. Esse procedimento tem como principal objetivo reduzir as doses
recebidas pelo paciente, logo reduzindo a possibilidade de efeitos estocásticos ou determinísticos.
Lembrando que os efeitos estocásticos são aqueles em que não há um limiar de dose para que ocorra, eles
são efeitos probabilísticos. Já os efeitos determinísticos são aqueles que ultrapassam o limiar de dose e, por
isso, causam danos irreversíveis (morte de grande número celular, morte de órgão ou tecido, podendo levar
à morte do indivíduo também).
A área da medicina nuclear (MN) é uma especialidade da medicina que faz o uso de fontes radioativas de
forma não selada. Essas fontes são utilizadas tanto para diagnóstico quanto para tratamento. A medicina
nuclear difere da área do radiodiagnóstico, pois a radiogra�a e a tomogra�a permitem a formação de
imagens estruturais, enquanto a medicina nuclear permite um procedimento funcional, capaz de identi�car
de forma precoce as alterações metabólicas e celulares. A formação de imagem também difere. No
radiodiagnóstico, o equipamento faz o trabalho de emitir a radiação e detectar a radiação atenuada no
corpo do paciente, formando a imagem. Na medicina nuclear, o paciente ingere um radiofármaco ou
marcador radioativo e pequenas quantidades de radiação gama são emitidas de seu corpo, sensibilizando
os detectores do equipamento. Portanto, o paciente se torna uma “fonte radioativa”. 
Dessa forma, é uma área que necessita de muita segurança e controle para a manipulação dos exames e
tratamentos. Para isso, é utilizado o auxílio de ferramentas estatísticas e computacionais. 
Fontes de erro em medicina nuclear 
Quando trabalhamos com radiação ionizante, todas as medições de uma grandeza devem ser
representadas pelo valor obtido, junto à sua respectiva unidade de medida, acompanhado do seu valor de
incerteza. Esse valor de incerteza é determinado com um intervalo de con�ança. Desta forma, um resultado
de medição sem o acompanhamento de sua incerteza não possui valor nem qualidade metrológica. 
Essa incerteza, ou erro, é causada pela precisão dos equipamentos, pela repetitividade e pela
reprodutibilidade das quanti�cações/medições, comparada com as suas exatidões e rastreabilidade. Para
cada tipo de instrumento utilizado na medição, há uma faixa apropriada ou aceitável do valor de erro da
grandeza mensurada.
Metodologias estatísticas 
Como uma ferramenta estatística, temos a distribuição binomial, que é um cálculo estatístico utilizado para
identi�car a probabilidade de ocorrência de um determinado evento, dentro de um sistema fechado,
utilizando uma sequência limitada de tentativas. De forma parecida com a distribuição binomial, a
distribuição de Poisson pode ser aproximada por uma normal, desde que as condições anteriores sejam
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respeitadas. Ocorre em uma distribuição discreta dentro de um intervalo especí�co. Já a distribuição normal
é uma gaussiana, que é uma probabilidade contínua e simétrica, mostrando o comportamento aleatório de
um fenômeno natural.
Contagem e radiação de fundo 
Para realizar essa função, são utilizados detectores de radiação, que são instrumentos capazes de mensurar
ou noti�car a presença de radiação de fundo. A radiação de fundo é a radiação espalhada que não foi
utilizada de forma bené�ca para o tratamento ou diagnóstico do paciente.
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COMO SÃO UTILIZADAS AS FERRAMENTAS DE MEDICINA NUCLEAR
As imagens em medicina nuclear são formadas através da detecção da radiação gama, que é emitida através
dos marcadores radioativos/radiofármacos ingeridos pelo paciente. Quando esses marcadores radioativos
são �xados a marcadores biológicos, eles são direcionados ao órgão de interesse. 
Para essa administração do marcador radiológico no paciente, isso deve ser feito de forma extremamente
calculada e segura. Portanto, para que os testes operacionais consigam garantir o controle e a qualidade da
atividade do composto manipulado, utilizam um auxílio de um instrumento chamado ativímetro. Além de
inúmeros testes físicos, os instrumentos passam por testes qualitativos, através dos quais os resultados são
comparados com padrões com atividades conhecidas. 
No Brasil, há normas de requisitos para que a qualidade das medições dos ativímetros seja garantida. A
frequência desses testes e os limites aceitáveis são embasados de acordo com as leis internacionais.
Tabela 1 | Testes de controle de qualidade no ativímetro estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN-NN-3.05)
Teste Frequência Fontes Limites de aceitação
Repetibilidade Diário 57Co ou 133Ba 5%
Ajuste do zero Diário - -
Radiação de fundo Diário - 20%
Alta voltagem Diário - 1%
Exatidão Semestral 57Co, 133Ba ou 137Cs 10%
Precisão Semestral 57Co, 133Ba ou 137Cs 5%
Linearidade Anual 99mTc 10
Geometria Anual -- -
Fonte: Almeida et al. (2020).
Os valores da tabela são testes realizados na cultura dos setores que utilizam a radiação ionizante,
mostrando a sua periodicidade, junto aos limites/margem de erro aceitável para cada teste realizado. 
Todos esses testes e medições podem acarretar erros, pois estamos falando de radiação ionizante de forma
corpuscular e onda eletromagnética. Radiação ionizantenão tem cheiro, não conseguimos ver, não
conseguimos sentir, apenas sofremos com os danos causados por ela. Sendo assim, precisamos de
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instrumentos que façam essas medições e esse monitoramento, para que consigamos nos precaver e nos
defender dos danos. Porém, todos os instrumentos utilizados até hoje têm uma certa margem de erro,
então utilizamos as estatísticas para conseguirmos deixar os valores o mais próximo do real possível. 
A distribuição binomial é uma ferramenta estatística que faz parte do cotidiano, pois ela busca os valores
exatos. E o que isso signi�ca? Signi�ca que ela demonstrará qual é a probabilidade que um determinado
evento ocorra de verdade. Em um grá�co de histograma, por exemplo, que é um grá�co de frequência por
intensidade, frequência por ocorrência, você utiliza essa modalidade estatística para compreender os dados.
No caso de radiação ionizante, o histograma é bastante utilizado, por consequência, a distribuição binomial
também. 
Enquanto a distribuição binomial descreve um número de ocorrências de forma discreta, a Poisson utiliza
um intervalo contínuo para mostrar as ocorrências observadas. Esse intervalo é determinado pela própria
pessoa que deseja analisar. Essas métricas podem ser, área, tempo, comprimento, entre outras grandezas.
Na medicina nuclear e na radioterapia, será utilizada sempre Dose versus Tempo, Exposição versus Tempo e
Atividade versus Área. Será utilizada também a probabilidade de dano que uma radiação pode causar no
indivíduo. 
A distribuição normal ou gaussiana é utilizada em larga escala na estatística, pois ela mensura e compara
eventos correlacionados. A grande utilidade dessa ferramenta estatística está diretamente associada às
curvas de frequência e às medidas físicas. Os parâmetros utilizados para a gaussiana são: média, desvio
padrão e variância. Todas essas ferramentas estatísticas servem muito bem para estimar frequência, níveis
de dose, tempo, amplitude, fatores que se encontram no cotidiano de um setor que utiliza a radiação
ionizante.
O COTIDIANO EM UM SETOR DE MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA 
As pessoas que trabalham em um setor de radioterapia ou medicina nuclear estão sujeitas a cometerem
erros. Os erros humanos sempre ocorrerão e, quando se trata assuntos que causam danos à saúde das
pessoas, devemos criar protocolos que minimizem as chances desses erros ocorrerem ou, caso ocorram,
que sejam minimizados e atenuados rapidamente. Os erros humanos são passíveis de ocorrência em todas
as etapas do planejamento terapêutico. Buscando a redução desse grau de incerteza, diversas organizações
(nacionais e internacionais) recomendam os programas que garantam a qualidade dos serviços. No Brasil,
essas exigências estão cada vez mais presentes e intensi�cadas no decorrer dos anos. A maioria dos
serviços radioterapêuticos está se orientando neste sentido, na relação dos equipamentos, na dosimetria,
na veri�cação dos cálculos de doses e nas medidas estatísticas, com o intuito de maximizar os benefícios,
minimizando os danos. A informática veio para nos ajudar e melhorar ainda mais os protocolos de proteção.
O sistema computadorizado de veri�cação de registro do tratamento previne erros durante as aplicações
diárias, prevenindo a seleção indevida dos diferentes parâmetros do tratamento. Com esse auxílio, algumas
ocorrências com doses mal administradas ou excessivas deixam de existir. 
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Erros para doses são considerados com signi�cância quando os pacientes recebem uma dose superior a
10% da dose que previamente foi calculada e planejada para desempenhar o tratamento em radioterapia ou
medicina nuclear. Erros dessa grandeza podem ocorrer por vários motivos, por exemplo, utilização
equivocada dos dados de entrada da máquina, falha na leitura/interpretação das instruções escritas, erros
de cálculos aritméticos, uso incorreto das constantes nos cálculos, fator de decaimento da fonte radioativa,
sobreposição de campos e mal funcionamento do equipamento. Todos esses fatores são os mais propensos
a ocorrer em um setor de tratamento ou diagnóstico. Portanto, devemos estar em contínuo aprendizado e
implementando novas tecnologias no nosso cotidiano. Essa área sempre estará em constante avanço, pois
ela traz inúmeros benefícios, porém, se utilizada de forma errada, trará também inúmeros malefícios. A
informática na medicina, as estimativas de propagação de erro, as análises estatísticas, os testes de controle
de qualidade e o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) são assuntos que devem ser tratados
com seriedade e jamais negligenciados. Devemos utilizar tudo o que estiver disponível para o nosso bem e a
nossa proteção. Devemos lembrar que um pro�ssional que transita entre as áreas de radiodiagnóstico,
medicina nuclear e radioterapia, quando atento a todos esses tópicos, não estará apenas protegendo a
integridade e a vida dos pacientes mas também a sua própria vida. 
No Brasil, os órgãos de vigilância e os protocolos abordados nos treinamentos e testes de controle de
qualidade se baseiam nas normas internacionais, como a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA). 
VÍDEO RESUMO
Se a área de radioterapia e medicina nuclear te encanta, assim como me encanta, esse vídeo é para você.
Nesta aula, abordaremos temas importantes para a sua formação. O funcionamento dos diferentes modos
estatísticos que auxiliam os pro�ssionais em um ambiente hospitalar, a radiação de fundo e a informática na
medicina são assuntos que farão com que seu cotidiano seja facilitado durante seus planejamentos e,
certamente, garantirão que acidentes não ocorram.
 Saiba mais
Se você �cou entusiasmado com o conteúdo desta aula e queira aprofundar seus conhecimentos na
área de radioterapia e medicina nuclear, tenho uma ótima notícia. Há inúmeros livros e artigos
cientí�cos, inclusive on-line, que você pode usar para explorar sobre esse mundo tão inovador e de
grande importância. 
Através deste link, você terá acesso a um estudo na área de radioterapia relacionado aos erros que
possam ocorrer no setor. 
Caso você queira aprofundar seus conhecimentos sobre as determinações de incertezas das medições
de um detector, acesse o estudo realizado pelo Congresso Brasileiro de Metrologia das Radiações
Ionizantes (CBMRI). 
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https://www.scielo.br/j/rb/a/9HhgvXhRBrJP6pGV4CRhhBz/?lang=pt#:~:text=Estes%20erros%20podem%20ser%20de,campos%20de%20tratamento%20e%20falha
https://cbmri.org.br/site/wp-content/uploads/2020/11/CBMRI-21-1.pdf
https://cbmri.org.br/site/wp-content/uploads/2020/11/CBMRI-21-1.pdf
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INTRODUÇÃO
Prezado aluno, esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina
nuclear de forma teórica mas também os conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um
setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico. Para
você que trabalhará com radiação ionizante, conhecer como são os processos de decaimento radioativo,
como são feitas as medições e calibrações dos equipamentos e como são os detectores de radiação é de
extrema importância. Esses conceitos estão diretamente ligados ao trabalho diário em um setor de medicina
nuclear e radioterapia. Portanto, essa aula é muito importante para a sua formação.
INSTRUMENTOS E DETECÇÃO NA RADIOTERAPIA E MEDICINA NUCLEAR
A área de medicina nuclear e radioterapia faz o uso de radiação ionizante para tratamento e diagnóstico ou
tratamento,respectivamente. Na medicina nuclear, há a utilização de fontes de radiação de forma não
selada, ou seja, os radiofármacos e radioisótopos são administrados sem que haja um envolto de proteção.
Já na radioterapia, equipamentos antigos utilizavam, em seu interior, a fonte de radiação selada, o elemento
radioativo �cava blindado e somente disparava radiação no ato da irradiação. Atualmente, esses
equipamentos de teleterapia estão sendo atualizados para aceleradores lineares, que não utilizam mais a
radiação de forma natural, e sim arti�cial. Portanto, como essas áreas utilizam a radiação ionizante em seu
cotidiano, faz-se necessário o uso de instrumentos que bloqueiem a radiação, façam a leitura da radiação no
ambiente e auxiliem na calibração do equipamento ou na formação da imagem. 
Um detector de radiação é um dispositivo que é colocado em um campo de radiação que pode indicar sua
presença. Existem vários processos através dos quais diferentes radiações podem interagir com o meio
material usado para medir ou indicar as propriedades dessas radiações. Durante esses processos, ocorrem
a geração de carga elétrica, a geração de luz, a sensibilidade do �lme fotográ�co (criando marcas (buracos)
no material), a geração de calor e as mudanças cinéticas de certos processos químicos. Usualmente, os
detectores de radiação consistem em componentes ou materiais sensíveis à radiação e em um sistema que
converte esses efeitos em valores relacionados a uma determinada quantidade para medir esta radiação.
Aula 2
DETECTORES DE RADIAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE
Esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear
de forma teórica mas também os conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano
em um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto
para diagnóstico.
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A gama-câmara é um dispositivo que foi desenvolvido para a geração de imagens de forma planar, ou seja,
bidimensional. Esse processo se difere da radiologia convencional, pois utiliza a emissão de raios gama, que
são emitidos através de radiofármacos que foram administrados no interior do paciente. Esse equipamento
produz as imagens dos órgãos do paciente, sendo formadas por zonas frias, nas quais foram emitidas
poucas radiações gama, e zonas quentes, que são os locais onde foram emitidos muitos raios gama. 
Os exames realizados na área de medicina nuclear permitem que as imagens analisem a funcionalidade dos
tecidos/órgãos em estudo, contrariamente aos métodos radiológicos, que priorizam a análise anatômica dos
órgãos. Desta forma, na medicina nuclear, a imagem é formada pela diferença de distribuição do
radiofármaco no tecido objetivo, sendo analisado por imagens bidimensionais (planares) ou tomográ�cas
(SPECT), através da gama-câmara.
A radiação ionizante usada neste método de diagnóstico é parecida ou inferior àquela empregada nos
métodos que utilizam raios X, devido à meia-vida dos elementos radioativos administrados ser
relativamente baixa, durando algumas horas ou dias. Além de que o radiofármaco pode ser eliminado na
urina. Desta forma, temos dois processos de eliminação do radiofármaco: o tempo de meia-vida física e o
tempo de meia-vida biológica, reduzindo ainda mais o tempo do medicamento no organismo do paciente.
Na teleterapia, são utilizados três tipos de equipamentos para o tratamento do paciente: os tubos de raios X,
telecobalto e acelerador linear. Nessa modalidade, temos o tratamento pela terapia de contato, que opera a
uma tensão de 30 a 50 kVp; a terapia super�cial, que varia de 50 a 150 kVp, com distância do paciente de 10
a 25 cm; a terapia de ortovoltagem, que utiliza tensão de 150 a 300 kVp, a uma distância de 30 a 50 cm do
paciente. 
COMPREENDENDO AS FUNCIONALIDADES DA INSTRUMENTAÇÃO NO SETOR
DE TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO
Tanto na radioterapia quanto na medicina nuclear, há a utilização do auxílio de detectores de radiação
ionizante para diferentes �nalidades, formação da imagem, calibração dos equipamentos e monitoramento
do local. Portanto, para ser considerado um detector de radiação ionizante, o dispositivo não precisa apenas
noti�car a presença de radiação mas também apresentar uma sequência de características. Para que um
detector seja considerado um detector de radiação ionizante, ele deve apresentar:
Repetitividade: essa classi�cação é dada através da concordância dos resultados obtidos em um
cenário com as mesmas condições de medição.
Reprodutibilidade: essa classi�cação é dada através da concordância dos resultados obtidos em um
cenário com as diferentes condições de medição.
Estabilidade: é a capacidade do dispositivo em conservar suas características de calibração.
Exatidão: grau de concordância dos resultados (valor verdadeiro ou referencial).
Precisão: grau de concordância dos resultados entre si, normalmente expresso pelo desvio padrão em
relação à média.
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Sensibilidade: a razão da resposta do dispositivo correspondente ao estímulo recebido.
E�ciência: capacidade de leitura dos sinais recebidos em sinais quanti�cados (medidos).
A manutenção está incluída quando as condições de medição são estabelecidas. Os mesmos métodos,
procedimentos experimentais, instrumentos, condições de operação, localização, condições ambientais e
repetição em um curto período de tempo. Na de�nição de precisão, “valor verdadeiro” ou “valor referir-se”.
Obviamente, este valor é desconhecido ou indeterminado devido à sua existência signi�car incerteza zero.
Portanto, existe um “valor verdadeiro tradicional”, uma quantidade, que é um valor atribuído, às vezes aceito
por convenção como tendo incerteza adequada para um determinado propósito e obtido por um método de
medição escolher.
Não podemos medir diretamente a radiação ionizante. A detecção da existência dessa radiação é o
resultado da interação da radiação com a parte sensível do detector. A parte sensível do detector é aquela
que determina a presença da radiação e a quantidade de radiação presente em um meio de interesse. A
interação entre a radiação e o sistema de leitura (medidor), como um eletrômetro, é o monitor de radiação.
O dosímetro, conhecido como um dispositivo de monitoramento pessoal dos pro�ssionais de radiologia, é
um detector de radiação total, mostrando a quanti�cação que uma pessoa foi exposta à radiação ionizante
em um período de tempo.
De forma geral, todos os métodos de aquisição de imagem evoluíram com o passar dos anos e, atualmente,
temos a interface de equipamentos, como ressonâncias magnéticas e tomógrafos, que funde imagens de
alta resolução em softwares computacionais. Sendo assim, a gama-câmara não �cou de fora, pois ela
também possui imagens compatíveis aos demais equipamentos utilizados na área de medicina nuclear,
possibilitando a formação de imagens híbridas. Essas imagens híbridas são capazes de juntar a capacidade
de análise anatômica e funcional dos órgãos, melhorando a acurácia do exame e, por consequência, o
diagnóstico. 
Na radioterapia, o instrumento de detecção mais utilizado para o controle de qualidade é a câmara de
ionização, que é um tipo de dosímetro para medidas de precisão. Esse dispositivo é constituído por um
volume em seu interior, preenchido com um gás isolante eletricamente e sensível à radiação. Sendo assim,
quando a radiação passa por esse gás, ela o ioniza, e eletrodos dispostos na parede do equipamento são
responsáveis pela leitura desses íons. 
UTILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS NOS SETORES DE
TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO
Com os equipamentos existentes, a medicina conseguiu avançar e muito no tratamentoe no diagnóstico.
Contudo, essa área está em constante avanço e mudança, para sempre priorizar a melhoria da qualidade de
imagem, utilizando uma dose cada vez mais baixa nos pacientes. A radioterapia utiliza a fonte de radiação
natural, por exemplo, cobalto-60 e césio-137, de forma selada. Fontes radioativas seladas �cam blindadas
em um material isolante, para que não coloquem em risco as pessoas ao redor. Portanto, a radiação é
disparada e aberta somente no momento do exame. Porém, mesmo com uma fonte selada, poderia ocorrer
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problemas de contaminação durante o descarte do material, por exemplo, e causar problemas para a
população ou o ambiente. Pensando nisso, a radioterapia se atualizou e está fazendo o uso de aceleradores
lineares, que são semelhantes aos tubos de raios X, porém com uma energia extremamente alta. Nesse
momento, estamos falando de radiação arti�cial, e não mais de radiação natural. Os equipamentos e
instrumentos que a radioterapia contempla são: teleterapia com cobalto, aceleradores lineares, câmara de
ionização para controle de qualidade, dosímetros individuais e detectores de radiação para levantamento
radiométrico. 
Na medicina nuclear, não há o uso de radiação arti�cial. O tratamento é realizado com fontes não seladas,
ou seja, fontes radioativas naturais, as quais emitem radiação gama e são acopladas em fármacos,
formando os radiofármacos ou radioisótopos. Sendo assim, o paciente, durante o exame ou tratamento,
vira uma fonte radioativa que sensibiliza os detectores do equipamento. A medicina nuclear faz o uso da
Tomogra�a Computadorizada por Emissão de Pósitrons (PET-CT), que é um equipamento semelhante ao
tomógrafo, porém esse é com emissão de pósitrons, e da Tomogra�a Computadorizada por Emissão de
Fóton Único (SPECT), que é uma técnica de imagem em medicina nuclear que utiliza a radiação ionizante
natural, com emissões de radiação gama. Também, faz o uso de detectores de radiação, como Geiger-
Muller, câmara de ionização e dosímetros individuais. 
Em todos os equipamentos ou instrumentos utilizados em setores de radiologia, medicina nuclear e
radioterapia, existem detectores de radiação, os quais são instrumentos que recebem a radiação,
convertem em algum sinal que seja lido e mostram o que queremos analisar. Portanto, os detectores são
responsáveis pela formação da imagem, pela proteção individual, pela calibração dos equipamentos, pelo
controle de qualidade do setor, pelo tratamento e pelo levantamento radiométrico. 
A gama-câmara é constituída por cristais de cintilação, vários tubos fotomultiplicadores, colimadores,
detectores e circuitos eletrônicos, que são responsáveis pela detecção e leitura da radiação ionizante. Esses
constituintes estão no equipamento, porém podemos citar como parte desse conjunto os computadores,
que �cam no workstation, onde os comandos e as análises serão criados e utilizados, além do
armazenamento dos exames. Além disso, em exames que utilizam a gama-câmara, notou-se uma
diminuição da radiação no paciente, preservando a mesma duração do exame e reduzindo a dose pela
metade. Esses avanços tecnológicos causam melhorias na �exibilidade oferecida pelo equipamento, o que
signi�ca um diferencial extremamente importante para aumentar o conforto e a con�ança dos pacientes.
Cabe ressaltar também a qualidade superior da imagem nesse equipamento, quando comparado com
equipamentos mais antigos.
VÍDEO RESUMO
Se a área de radioterapia e medicina nuclear te encanta, assim como me encanta, esse vídeo é para você.
Nesta aula, abordaremos temas importantes para a sua formação. O funcionamento dos diferentes modos
de controle de qualidade, o funcionamento e a utilização dos detectores de radiação e a gama-câmara são
assuntos que farão com que seu cotidiano seja facilitado durante seus planejamentos e, certamente,
garantirão melhoria na sua qualidade de trabalho.
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 Saiba mais
Se você �cou entusiasmado com o conteúdo desta aula e quer aprofundar seus conhecimentos na área
de radioterapia e medicina nuclear, tenho uma ótima notícia. Há inúmeros livros e artigos cientí�cos,
inclusive on-line, que você pode usar para explorar ainda mais esse mundo tão inovador e de grande
importância. 
Através deste link, você terá acesso a um estudo realizado na UNESP na área hospitalar, intitulado
Instrumentação em Medicina Nuclear, relacionado aos equipamentos utilizados no setor. 
Caso você queira aprofundar seus conhecimentos sobre os detectores de radiação, esse texto foi feito
pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA). 
INTRODUÇÃO
Prezado aluno, esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina
nuclear de forma teórica mas também conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um
setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico. Para
você que trabalhará com radiação ionizante, conhecer como são produzidos os radionuclídeos e suas
origens e saber diferenciá-los em naturais e arti�ciais e as suas aplicações é de extrema importância. Esses
conceitos estão diretamente ligados ao trabalho diário em um setor de medicina nuclear e radioterapia.
Portanto, essa aula é muito importante para a sua formação.
RADIAÇÃO NATURAL E RADIAÇÃO ARTIFICIAL
O conceito de radiação é energia em trânsito, sendo de�nida de duas formas: ondas eletromagnéticas ou
partículas, que se propagam a uma certa velocidade. Elas contêm energia, carga elétrica e carga magnética,
e podem ser produzidas a partir de fontes naturais, elementos radioativos encontrados na natureza ou
através de equipamentos feitos pelo homem. A radioatividade tem energia variável, indo de valores
pequenos a valores muito altos. As radiações eletromagnéticas mais conhecidas são: luz, micro-ondas,
Aula 3
PRODUÇÃO DE RADIONUCLÍDEOS E FONTES UTILIZADAS
EM TELETERAPIA
Esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear
de forma teórica mas também conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em
um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para
diagnóstico.
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https://www.scielo.br/j/rb/a/9HhgvXhRBrJP6pGV4CRhhBz/?lang=pt#:~:text=Estes%20erros%20podem%20ser%20de,campos%20de%20tratamento%20e%20falha
https://inis.iaea.org/collection/NCLCollectionStore/_Public/45/073/45073471.pdf
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ondas de rádio, radar, lasers, raios X e radiação gama. As formas mais comuns de radiação de partículas,
que têm massa, carga elétrica e carga magnética, são os feixes de elétrons, feixes de prótons, radiação beta
e radiação alfa. 
Dependendo dos níveis de energia, a radiação é classi�cada como não ionizante ou ionizante. A radiação
ionizante é aquela que obtém energia su�ciente para ionizar os átomos do material em que esteja
atravessando, dessa forma, retirando os elétrons dos orbitais atômicos. Essa radiação pode ter característica
corpuscular (radiações alfa e beta) ou natureza eletromagnética (raios X e gama).
A energia de uma onda é calculada através da multiplicação da constante de Planck ( ), que é igual a 
, e a frequência da onda, dada pela letra grega , como mostra a equação a seguir:
Se a onda eletromagnética tiver energia su�ciente para retirar elétrons de átomos e moléculas, ela é
ionizante; caso contrário, não é ionizante. 
Quanto à radiação corpuscular, para que ocorra a ionização, as partículas devem se mover com velocidadesaltíssimas, superiores a 1% da velocidade da luz.
Fontes de radiação arti�cial, como o próprio nome diz, é uma radiação produzida arti�cialmente. Os
aceleradores lineares e os reatores nucleares são ferramentas que utilizamos para que consigamos os
mesmos efeitos das radiações naturais. A radiação arti�cial, como no caso de uma ampola de raios X, não
oferece risco à população, se não estiver sendo alimentada por uma fonte de eletricidade. Podemos citar,
nesse momento, os aceleradores lineares, que utilizam a mesma metodologia. O descarte desse material é
mais simples do que quando utilizamos equipamentos com elemento natural selado. Como exemplo,
podemos citar os equipamentos de radioterapia (teleterapia) de cobalto, que utilizavam fontes naturais de
radiação. 
As fontes naturais de radiação ionizante são os raios cósmicos e os radionuclídeos da crosta terrestre, que
são encontrados no solo, em rochas, em materiais de construção, na água potável e no corpo humano. Na
medicina, as fontes naturais de radiação são utilizadas na medicina nuclear.
Fontes não naturais são fontes arti�ciais de radiação ionizante, comumente encontradas na área médica e
usadas em equipamentos de raios X, tomogra�a computadorizada, densitometria óssea e tratamentos de
câncer, como radioterapia. 
O cíclotron é um equipamento utilizado para produzir radionuclídeos através da aceleração e da colisão de
partículas. Um feixe de partículas sofre a ação de um campo elétrico com uma frequência alta e constante e
um campo magnético perpendicular estático. Esse equipamento teve seu desenvolvimento no ano de 1929,
pelo cientista nuclear Ernest Lawrence, que fez experimentos com níveis de energia de 1 MeV.
ℏ
6,63 × 10−34
E = ℏ × υ
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COMPREENDENDO OS CONCEITOS E INTERPRETANDO AS FORMAS DE
APLICAÇÃO
A radioterapia é utilizada para curar, tratar ou aliviar os sintomas originados por certos tipos de câncer. Usa-
se a radiação ionizante com o intuito de retardar o crescimento das células cancerosas ou até mesmo causar
a morte do tecido tumoral. Embora existam diferentes formas de tratamento em radioterapia, todas
trabalham de maneira semelhante: a ionização causa danos nas células cancerosas e impede o avanço da
doença, evitando, assim, a metástase. Como qualquer tratamento, traz alguns efeitos desnecessários, como
perda de peso, queda de cabelo, perda de paladar, cansaço etc. 
A radioterapia pode ser atribuída ao paciente externamente ou internamente. Na radioterapia a distância
(teleterapia), os aceleradores lineares produzem feixes de raios X de alta energia, focalizados
cautelosamente e direcionados no centro do tumor. Os feixes são, normalmente, produzidos por elétrons
que desaceleram quando colidem com um alvo metálico a uma velocidade próxima à da luz.
A radioterapia interna tem duas aplicações: braquiterapia e terapia com radioisótopos ou aceleradores
lineares. A braquiterapia envolve o implante de fontes radioativas perto de tumores cancerígenos, com o
intuito de minimizar os danos causados em tecidos sadios. 
A radioterapia externa é feita por meio de aceleradores lineares que geram radiação ionizante. Cada tipo de
câncer tem um tipo de resposta diferente à radiação ionizante, sendo assim, em alguns momentos, é
necessário utilizar diferentes formas de terapia utilizando a radiação, para obter os melhores 
Efeitos das radiações ionizantes e não ionizantes
Os efeitos da radiação ionizante são o desenvolvimento de neoplasias malignas, vermelhidão na pele
(queimaduras), infertilidade, alterações menstruais, morte de tecidos e órgãos e, dependendo da gravidade,
até mesmo do indivíduo.
Os fatores que in�uenciam na potência dos efeitos são o tipo da fonte radioativa, o tempo em que o
indivíduo foi exposto, a distância da irradiação entre o indivíduo e a fonte, a falta de um equipamento de
blindagem e a susceptibilidade individual. 
Os efeitos das radiações não ionizantes são câncer de pele, envelhecimento precoce e cansaço. Os fatores
que podem in�uenciar nos danos são o tempo em que o indivíduo foi exposto, a ausência de um protetor
solar e a susceptibilidade individual.
Na medicina nuclear, as fontes radioativas utilizadas são de origem natural e abertas, ou seja, são oriundas
de elementos radioativos não selados. Portanto, os pro�ssionais do setor devem ter cuidado extremo com a
manipulação dos radiofármacos. Esse tipo de fonte radioativa é comumente utilizado como traçador para
marcar compostos ou moléculas, ou marcar um seguimento de um sistema biológico. Ao utilizar um
radioisótopo como traçador, faz-se necessária a utilização externa de um detector sensível que possa
acompanhar o caminho desse composto radioativo. Os detectores que receberão essa radiação para a
formação da imagem são PET-CT, SPECT-CT e gama-câmara. Cabe ressaltar que, na medicina nuclear, temos
o tratamento e o diagnóstico, e na radioterapia, somente tratamento.
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O cíclotron tem uma importância muito grande, e não somente na área da medicina, pois através dele
podemos fazer com que a aceleração de prótons, nêutrons e elétrons bombardeie núcleos de átomos,
conseguindo deixá-los com uma radioatividade útil para cada �nalidade. Sendo assim, não precisamos �car
encontrando elementos na natureza e expondo-nos a possíveis acidentes. É um equipamento com eletrodos
de alta voltagem, utilizado para realizar a aceleração de partículas carregadas. 
COMO ESSES CONCEITOS SÃO UTILIZADOS NO TRATAMENTO E NO
DIAGNÓSTICO?
A utilização de fontes radioativas arti�ciais, como na radioterapia, diminui as chances de erros por
manuseio, e a ocorrência de um acidente com o elemento radioativo é zero, ou seja, a radiação arti�cial foi
uma forma de otimizar o procedimento, diminuindo possíveis danos.
Fontes arti�ciais de radiação
Os chamados geradores de radiação são aqueles que produzem a radiação de forma arti�cial:
Tubos de raios X, aceleradores de partículas, fonte de nêutrons e irradiadores de radioisótopos.
Fontes seladas: não há contato direto com a fonte. O material radioativo está encapsulado de tal forma
que não dispersa o material em condições normais de uso.
Geradores de raios X
Geram radiação sem o uso de elementos radioativos. Equipamentos que produzem radiação sem o uso de
materiais radioativos possuem como a eletricidade como fonte de alimentação, que é utilizada para acelerar
partículas.
Principais fontes radioativas arti�ciais
Radiação gama: Cobalto-60, Césio-137 e Irídio-192.
Radiação beta: Estrôncio-90, Fósforo-32 e Crípton-85.
Radiação alfa: Polônio-210, Frâncio-227 e Amerício-241.
Aplicação na medicina nuclear
As fontes não seladas são utilizadas como traçadores ou para marcarem compostos, são fracionadas e
utilizadas em medicina nuclear.
Principais fontes que podem ser fracionadas: 
Carbono-14.
Hidrogênio-3.
Tecnécio-99m.
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Fósforo
Enxofre-35.
Flúor-18.
Iodo-313.
Gálio-778.
A radioterapia fazia o uso de elementos radioativos de forma selada, ou seja, o elemento radioativo �cava
encapsulado. Um feixe era disparado de acordo com a abertura de uma janela do equipamento, por
exemplo, o Cs-137 (Césio). Porém, com o avanço da tecnologia, o uso predominante para tratamento é com
aceleradores lineares. Esses equipamentos utilizam feixes eletromagnéticos (raios X de alta energia), que
são capazes de destruir ou impedir que células tumorais se multipliquem. Eles se assemelham a um
equipamento de raio-X no radiodiagnóstico. O que diferenciaessas modalidades é a faixa de energia
empregada e a aplicação: radiodiagnóstico é para diagnóstico, e radioterapia, para tratamento. Nesse caso,
você deverá conhecer que tipo de material é mais empregado para blindar esse tipo de radiação.
Normalmente, nas clínicas e nos hospitais, é utilizado o colete de chumbo, acompanhado de protetor de
gônadas, de tireoide e de córnea.
As aplicações de elementos radioativos (radiação natural) são utilizadas na medicina nuclear. Um técnico
que trabalhará nesse setor deve conhecer e muito os tipos de decaimento radioativo, o tempo de meia-vida
de uma amostra e os tipos de blindagens adequados para aquele tipo de radiação, pois é o setor que
manipula radiofármacos, ou seja, que tem contato direto com o elemento radioativo. O cíclotron é uma
forma de obtenção de elementos radioativos para a medicina nuclear. As fontes radioativas e a geração de
radionuclídeos são produzidas dentro deste equipamento que é fornecido para centros que têm medicina
nuclear.
Toda e qualquer fonte radioativa requer uma licença autorizada pelos órgãos de vigilância para que possa
ser utilizada. Os três princípios da proteção radiológica são uma diretriz de conduta, para que, em um
primeiro momento, seja respondido o porquê da utilização dessas fontes radioativas. Além dessas
justi�cativas, o setor deve ter placas de aviso de perigo; portas e paredes que blindam a radiação ionizante;
um supervisor de proteção radiológica no local. A �scalização e o monitoramento das calibrações dos
equipamentos precisam estar em dia, assim como o monitoramento individual dos trabalhadores. 
VÍDEO RESUMO
Se a área de radioterapia e medicina nuclear te encanta, assim como me encanta, esse vídeo é para você.
Nesta aula, abordaremos temas importantes para a sua formação. O funcionamento das diferentes formas
de obtenção da radioatividade, a diferenciação das fontes seladas e não seladas e as suas aplicações na
medicina nuclear e na radioterapia são assuntos que farão com que seu cotidiano seja facilitado durante
seus planejamentos e, certamente, garantirão melhoria na sua qualidade de trabalho.
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Se você �cou entusiasmado com o conteúdo desta aula e queira aprofundar seus conhecimentos na
área de radioterapia e medicina nuclear, tenho uma ótima notícia. Há inúmeros livros e artigos
cientí�cos, inclusive on-line, que você pode usar para explorar ainda mais esse mundo tão inovador e
de grande importância. 
Através deste link, você terá acesso a um estudo realizado no Instituto de Pesquisas Energéticas e
Nucleares (IPEN) sobre o Cíclotron, intitulado Estudo de parâmetros relevantes na irradiação de 124Xe,
visando à otimização na obtenção de 123i ultra puro no cíclotron Cyclone-30 do IPEN-CNEN/SP.
Um site muito interessante quanto aos conteúdos e às formas de abordagem dos conceitos em física
radiológica é o Radioproteção na Prática. O conceito dessa aula pode ser acessado neste link. 
Caso você queira aprofundar seus conhecimentos sobre proteção radiológica, aconselho a ler o livro
Princípios básicos de segurança e proteção radiológica, que aborda grande parte dos assuntos
relacionados à física das radiações, à produção de radiação, às blindagens, à proteção radiológica,
entre outros assuntos.
INTRODUÇÃO
Prezado aluno, esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina
nuclear de forma teórica mas também conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em um
setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para diagnóstico. Para
você que trabalhará com radiação ionizante, é de extrema importância conhecer como são detectados os
diferentes tipos de radiação e as suas origens e saber diferenciá-los e como e quando aplicá-los. Esses
conceitos estão diretamente ligados ao trabalho diário em um setor de medicina nuclear e radioterapia.
Portanto, essa aula é muito importante para a sua formação.
CONHECENDO A ESPECTROMETRIA
Aula 4
ESPECTROMETRIA UTILIZADA NA MEDICINA NUCLEAR E
RADIOTERAPIA
Esta aula servirá para que você aprenda não somente conceitos novos sobre medicina nuclear
de forma teórica mas também conceitos que servirão para você utilizar no seu cotidiano em
um setor que utiliza a aplicação de radiações ionizantes tanto para tratamento quanto para
diagnóstico.
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https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85131/tde-06062007-164028/publico/LuizCarlosASumiya.pdf
https://radioprotecaonapratica.com.br/fontes-seladas-e-nao-seladas/
https://www.gov.br/cnen/pt-br/acesso-rapido/centro-de-informacoes-nucleares/material-didatico-1/principios-basicos-de-seguranca-e-protecao-radiologica-terceira-edicao-revisada.pdf
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Com a crescente atuação da tecnologia, tanto no tratamento quanto no diagnóstico, houve um aumento nas
certi�cações de segurança e na calibração dos equipamentos. Nos dias de hoje, é de extrema importância a
certi�cação dos métodos analíticos, que visam buscar maior exatidão e precisão nas análises de seus dados.
O avanço das tecnologias de detectores proporcionou uma otimização no processo de análises, fornecendo
parâmetros mais con�áveis para a instrumentação nuclear. Neste ínterim, os instrumentos de detecção que
estão sendo mais utilizados são o detector, o contador de cintilação NaI (Tl) e os detectores de Germânio
Hiper Puro (HPGe) – este último é devido à alta resolução, a qual está associada à alta e�ciência do NaI (Tl),
justamente com o uso de parâmetros estatísticos. Dessa forma, conseguimos estabelecer critérios com alta
con�abilidade nos procedimentos de análise.
A espectrometria de absorção atômica tem como princípio fundamental o envolvimento da medida da
absorção da intensidade de uma radiação eletromagnética que seja oriunda de uma fonte radioativa
primária. A Atomic Absorption Spectrometry (AAS), traduzida do inglês como espectrometria de absorção
atômica, utiliza essa metodologia para determinar de forma quantitativa os elementos, sejam eles metais,
semimetais ou não metais, em um composto com ampla variedade de amostras. Essas amostras podem ser
de origem biológica (tecidos ou �uidos), ambientais (plantas, solo, sedimentos, águas), tecnológicos,
geológicos e alimentos. 
O crescimento de procedimentos que fazem o uso da tomogra�a por emissão de pósitrons (PET-CT) causou
uma necessidade de criação de soluções que padronizem a calibração dos sistemas de medição dos
radiofármacos, por exemplo, os ativímetros, dentro dos setores de medicina nuclear, como nas
radiofarmácias. Como uma alternativa para essa padronização das fontes radioativas, pensou-se na
utilização da espectrometria gama, que é amplamente utilizada para radionuclídeos que têm tempo de
meia-vida relativamente baixo. O intuito deste trabalho foi colocar em prática a metodologia de
padronização das soluções de Fósforo (F-18) por espectrometria gama. 
Radionuclídeos com curto tempo de meia-vida, como C-11, N-13, F-18, Ga-68 e Rg-82, estão sendo utilizados
na área de medicina nuclear de forma crescente ao longo dos anos, devido ao aumento da disponibilidade
deles, que são emissores de pósitrons, e paralelamente ao avanço da tomogra�a por emissão de pósitrons
(PET-CT). Portanto, torna-se necessário que os equipamentos utilizados para as mensurações das atividades
dos radionuclídeos (ativímetros) sejam calibrados com acurácia, exatidão e alta e�ciência, garantindo a
con�abilidade destas medições.
A espectrometria gama é um método analítico que é capaz de fornecer as informações de forma
quantitativa e qualitativa, através da análise dos espectros de radionuclídeos que emitem radiação
eletromagnéticatipo gama. Como se trata de uma metodologia con�ável em seus resultados, permite a
calibração de amostras de referência, independentemente de possíveis níveis de impurezas que possam
existir naquela amostra. Cabe ressaltar que há a possibilidade de ser utilizada diversas vezes em várias
geometrias de quanti�cação. Sendo assim, essa metodologia é padrão ouro na medicina nuclear
atualmente, para padronizar radionuclídeos com tempo de meia-vida curta. 
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BENEFÍCIOS TRAZIDOS PELA ESPECTROMETRIA
A de�nição de espectro – a radiação eletromagnética, por exemplo – consiste em todas as frequências que
fazem parte daquele conjunto de radiações, que variam de ondas com baixa frequência, como ondas de
rádio, até ondas com altas frequências, como as radiações gama. 
Espectros ideais são aqueles em que a radiação proveniente é de forma monoenergética e com alta energia,
pois, dessa forma, a leitura do equipamento se torna mais precisa, con�ável e exata. Como a radiação de
elementos naturais é proveniente de compostos ou elementos que estão na natureza, os espectros reais
são polienergéticos, dessa forma, o equipamento precisa conter, em seu interior, dispositivos capazes de
fazer a correção ou a multiplicação do sinal, para que toda radiação incidente seja convertida e lida. Os
detectores de radiação, embora sempre sejam construídos com materiais com sensibilidade alta à radiação,
necessitam de um outro dispositivo, chamado fotomultiplicador. Quando uma partícula de baixa energia
atinge o material, muitas vezes, se não houvesse esse dispositivo, ele não seria lido, pois não teria
capacidade su�ciente para sensibilizar o material. A tecnologia sempre busca fazer com que um detector
tenha 100% de e�ciência. O que isso signi�ca? Signi�ca que todo sinal recebido no material sensível deve ser
convertido e lido em sua totalidade, mas sabemos que todo material tem perdas, e não conseguimos
garantir 100% de e�ciência. Logo, precisamos de equipamentos que façam as devidas correções e
conversões, para que o espectro real seja analisado e registrado com a maior e�ciência possível. 
Funcionamento do detector de iodeto de sódio dopado com tálio - NaI (Tl)
Esse detector de radiação utiliza um efeito conhecido como cintilação, a qual acontece no cristal NaI (Tl),
utilizado na dosimetria da radiação. 
Um contador de cintilação, como o próprio nome diz, faz a contagem de �ash de luz que é produzido no
material (normalmente, transparente), quando uma partícula passa através dele. Essa partícula pode ser um
elétron, uma partícula alfa, um íon ou até mesmo um fóton de alta energia. Essa cintilação acontece na parte
do equipamento chamada cintilador, que podemos dizer que é a parte mais importante do equipamento.
De modo geral, o detector de cintilação consiste em:
Cintilador: gerador de fótons que trabalham em resposta de uma radiação incidente.
Fotodetector: é um equipamento sensível (com um fotomultiplicador (PMT) e um fotodiodo), que faz a
conversão da luz em um sinal elétrico, sendo lido, quanti�cado e registrado.
De modo bem básico, a operação desse equipamento consiste na interação da radiação incidente com o
equipamento de cintilação, o qual, através dessa interação, produz uma série de �ashes de intensidade
variável. Essa intensidade variável se dá devido à energia da radiação incidente ser variável, portanto a
intensidade do �ash é proporcional à energia da partícula incidente, por isso, esses equipamentos são muito
utilizados para espectrometria da radiação gama. Por causa da alta energia da onda eletromagnética, esse
equipamento consegue manter um alto grau de con�abilidade, exatidão e precisão em seus resultados
mensurados. 
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O detector de radiação é um dispositivo que, quando colocado em um meio que há a presença de radiação
ionizante, é capaz de informar a sua presença. Contudo, esse não é o único fator determinante para que um
dispositivo seja classi�cado como detector de radiação. Para isso, o detector deve ter: repetitividade,
reprodutibilidade, estabilidade, exatidão, precisão, sensibilidade e e�ciência.
APLICAÇÃO DA ESPECTROMETRIA EM DIVERSOS EQUIPAMENTOS DE
MEDIÇÃO DA RADIAÇÃO IONIZANTE
Detectores de radiação ionizante devem preencher aqueles requisitos citados no bloco anterior. Contudo,
como dito nesta aula, a e�ciência de um dispositivo de detecção de radiação nunca é 100%, logo precisamos
sempre utilizar ferramentas que sejam mais precisas para aquele tipo de necessidade. Antes de utilizar um
detector de radiação, para que você consiga garantir a maior segurança de e�ciência possível, você deve se
perguntar antes:
Qual tipo de radiação eu quero mensurar (radiação alfa, beta, gama, raios-X)?
Qual o intervalo de interesse que eu necessito (medição instantânea ou acumulada)?
Qual a precisão, a exatidão e a resolução são ideais (níveis de incertezas aceitáveis)?
Qual a condição de trabalho do detector (móvel, �xo, pressão)?
Qual o tipo de informação que eu desejo (exposição, atividade, energia)?
Quais são as características operacionais e o custo (fácil manuseio e transporte e custo)?
Para o intervalo de interesse, a espectrometria se faz presente, pois, para medições em que a atividade do
radionuclídeo é extremamente baixa, na maioria das vezes, é necessário acumular o espectro durante um
período de várias horas ou até mesmo vários dias, mesmo utilizando uma geometria de fonte apropriada. 
A gama-câmara, citada em aulas anteriores desta unidade, faz o uso de detectores NaI (Tl), devido à
funcionalidade do equipamento ser com a aplicação de fontes emissoras de radiação gama. 
Detectores de germânio, como o GE(Li), são extremamente utilizados na medicina nuclear devido ao alto
poder de resolução na espectrometria gama. Contudo, cabe ressaltar que esse tipo de detector tem
di�culdades operacionais e, por isso, com o avanço da tecnologia, é substituído. É exigido que ele seja
mantido em refrigeração à temperatura de nitrogênio líquido, ou seja, 770 K, independentemente se está
em funcionamento ou não, devido à migração do lítio do material, para evitar que o equipamento seja
descalibrado. Sendo assim, a sua característica operacional se torna um fator limitante. Diante disso,
atualmente, ele está sendo substituído pelos detectores de germânio de alta pureza (HPGe), que apenas
necessitam de refrigeração no momento de operação e, quando não utilizados, podem �car em
temperatura ambiente por longos períodos, sem causar danos ao material. Esse tipo de detector é
construído com geometria cilíndrica ou coaxial, o que permite a obtenção de volumes maiores e necessários
para a espectrometria gama. 
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Na radioterapia, devido ao avanço tecnológico e, hoje, serem utilizados aceleradores lineares para o
tratamento de câncer, não se faz necessário o uso de equipamentos detectores com espectrometria. A
radiação utilizada nesse equipamento é de origem arti�cial e com ajuste de energia no feixe de saída. Um
tipo de detector que faz a leitura de radiação X é o detector de silício-lítio, que não é recomendável para uso
em espectrometria gama, em função do baixo número atômico do silício (Z=14), quando comparado com o
germânio. Portanto, torna-se conveniente para a espectrometria de raios-X, que são de baixa energia, para a
detecção de elétrons. 
O detector utilizado na radioterapia é a câmara de ionização, que tem um principio de quanti�cação
diferente. 
VÍDEO RESUMO
Se a área de radioterapia e medicina nuclearte encanta, assim como me encanta, esse vídeo é para você.
Nesta aula, abordaremos temas importantes para a sua formação. Conhecer como funcionam as diferentes
formas de detecção da radioatividade e saber o que é espectro e espectrometria e como essas ferramentas
são utilizadas na área hospitalar são assuntos que farão com que seu cotidiano seja facilitado durante seus
planejamentos e, certamente, garantirão melhoria na sua qualidade de trabalho.
 Saiba mais
Se você �cou entusiasmado com o conteúdo desta aula e queira aprofundar seus conhecimentos na
área de radioterapia e medicina nuclear, tenho uma ótima notícia. Há inúmeros livros e artigos
cientí�cos, inclusive on-line, que você pode usar para explorar ainda mais esse mundo tão inovador e
de grande importância. 
Através deste link, você terá acesso a um estudo publicado na Scielo, intitulado Preparações
radiofarmacêuticas e suas aplicações. O estudo fala sobre a produção de radionuclídeos para
tratamento e diagnóstico, bem como noções de radioatividade e os métodos de obtenção de imagens. 
Um estudo muito interessante publicado na Scielo, intitulado Redução de incertezas em radioterapia
utilizando simulação Monte Carlo: análise espectral aplicada à correção de dose absorvida, fala sobre o
conteúdo da aula, pois traz a determinação por um método estatístico (Monte Carlo) que busca prever
todas as possibilidades de ocorrência, com espectros de feixes em cobaltoterapia.
Aula 5
REVISÃO DA UNIDADE
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CONHECENDO O FUNCIONAMENTO DA MEDICINA NUCLEAR E
RADIOTERAPIA
A área médica avançou signi�cativamente nas últimas décadas devido à tecnologia, principalmente, nas
áreas de diagnóstico e tratamento, com a aquisição de novos equipamentos inseridos no cotidiano
hospitalar. Como é sabido, a radiação ionizante utilizada nas áreas hospitalares, mesmo sendo utilizada de
forma responsável e com o intuito de trazer sempre o máximo de benefícios aos pacientes, causa danos aos
seres vivos. Com isso, houve a necessidade de inúmeros dispositivos que mensuram, quanti�cam,
bloqueiam e noti�cam a presença de radiação, formação de imagem e tratamento. Como a radiação não é
notada pelos sentidos humanos (visão, audição, tato e olfato), necessitamos desses equipamentos para nos
auxiliar cotidianamente. Paralelamente a isso, temos radiação ionizante oriunda de diversas fontes, ondas
eletromagnéticas (radiação X e gama) e partículas (alfa, beta, elétrons, pósitrons). Logo, para cada fonte
radioativa, devemos escolher equipamentos que sejam mais precisos para aquela �nalidade. Com isso, os
equipamentos contam com o auxílio de cálculos estatísticos, fatores de correção, fatores de calibração e
características de leitura intrínsecas de cada equipamento (cintilação, contador, ionização). 
Na radioterapia, o equipamento utilizado atualmente é o acelerador linear, que é uma fonte de radiação
arti�cial. Essa área é destinada apenas para tratamento, e não diagnóstico. Logo, os equipamentos de
detecção são utilizados para calibração do equipamento, por exemplo: fantom (instrumento simulador de
atenuação do corpo humano) e câmara de ionização. Já na medicina nuclear, a área contempla tanto o
diagnóstico quanto o tratamento. No diagnóstico, temos equipamentos, como Tomogra�a Computadorizada
por Emissão de Pósitrons (PET-CT), Tomogra�a por Emissão de Pósitrons com Emissão Única (SPECT-CT) e
gama câmara. Esses equipamentos contam com detectores de radiação, com a �nalidade de formação da
imagem. Nessa área, é utilizada a radiação ionizante natural, ou seja, elementos radioativos são
manipulados em radiofármacos e inseridos no paciente, para que o equipamento detecte essa radiação
(radiação gama) e forme a imagem a partir do somatório de intensidades de cada pósitron que atingiu o
detector. Como nesse setor há a manipulação de radiofármacos, há a utilização de outros tipos de
detectores que servem para calibração dos equipamentos e para fazer o monitoramento local, do ambiente,
para que não ocorra nenhum acidente de exposição desnecessária para as pessoas que transitam por ali.
Exemplos de detectores utilizados em medicina nuclear são: iodeto de sódio dopado de tálio (NaI(Tl)) e
detector de germânio hiper puro HPGe. Os radiofármacos utilizados nesta área são oriundos de geradores
de radionuclídeos, que nada mais são do que um local, onde é colocado o elemento radioativo (pai) que,
devido ao decaimento radioativo, gera elementos radioativos (�lhos), e esses �lhos, quando têm um tempo
de meia-vida baixa, são utilizados nos exames. Por exemplo, N-13, Ga-68, Tc-99m, I-131 e Rg-82. 
REVISÃO DA UNIDADE
Se a área de radioterapia e medicina nuclear te encanta, assim como me encanta, esse vídeo é para você.
Nesta aula, abordaremos temas importantes para a sua formação. Conhecer como funcionam as diferentes
formas de detecção da radioatividade e saber o que é espectro e a espectrometria, bem como a estatística e
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como essas ferramentas são utilizadas na área hospitalar, são assuntos que farão com que seu cotidiano
seja facilitado durante seus planejamentos e, certamente, garantirão melhoria na sua qualidade de trabalho.
ESTUDO DE CASO
Imagine que você seja um estudante com o objetivo de trabalhar em um hospital de grande porte, que
tenha a área de medicina nuclear bem de�nida e com equipamentos de última geração.
Ao terminar seu curso, você mandou seu currículo para um hospital de referência, e você foi selecionado
para trabalhar no centro de medicina nuclear, assim, você iniciou seu trabalho nesta instituição.
Ocorreram dois eventos no setor que você trabalha: 
Evento 1: logo no início de sua carreira, por volta de quatro meses de trabalho, ocorre um acidente com um
radionuclídeo no setor de medicina nuclear. Um físico médico havia utilizado o gerador de radionuclídeo e,
com isso, preparado alguns radiofármacos com tecnécio 99 meta estável para ser administrado a um
paciente que iniciaria seus tratamentos no setor. Durante o transporte desse radiofármaco nos corredores
do hospital, a enfermeira responsável, por um descuido, deixou-o cair e, dessa forma, espalhou o elemento
no chão do setor, causando, naquele local, um problema de contaminação com elemento radioativo. De
imediato, a engenharia clínica, ou núcleo de radioproteção do hospital, foi acionada para que tomasse
ciência do que havia ocorrido e iniciasse o processo de proteção radiológica, com isolamento da área e
descontaminação. Contudo, antes de irem para o setor em que ocorreu o acidente, seus superiores te
chamaram para ajudar neste processo, pois havia um pessoal ocupado com outras tarefas, enquanto outros
não estavam naquele momento no hospital. Você é uma pessoa recém-formada na área de radiologia, com
os estudos a�ados e recentemente contratado em um hospital referenciado, onde você sonhava em
trabalhar. Como se portaria nesse caso? 
Evento 2: agora, imagine que você iniciou seus trabalhos no mesmo hospital e no mesmo centro de
medicina nuclear. Uma paciente chegou para fazer seus exames de imagem e você está acompanhando o
pro�ssional responsável por fazer a manipulação dos radiofármacos. Como você é recém-contratado, está
passando por diversos testes e, antes de começar a fazer a manipulação do radiofármaco, o pro�ssional
resolve te fazer o seguinte questionamento: “A paciente veio fazer um exame na gama-câmara e eu preciso,
agora, manipular um radiofármaco que seja compatível com o tipo de exame. Que tipo de elemento
radioativo/fonte radioativa vocêutilizaria no caso dessa paciente?”. 
De acordo com os seus conhecimentos em medicina nuclear, contaminação, descontaminação,
radioatividade dos elementos químicos, fontes radioativas, instrumentação médica e dispositivos que
detectam a radiação, o que você faria para solucionar esses problemas?
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 Re�ita
Se você �cou entusiasmado com o conteúdo desta aula e quer aprofundar seus conhecimentos na área
de radioterapia e medicina nuclear, tenho uma ótima notícia. Há inúmeros livros e artigos cientí�cos,
inclusive on-line, que você pode usar para explorar ainda mais esse mundo tão inovador e de grande
importância.
Através deste link, você terá acesso a um estudo publicado na Scielo, intitulado Teste de pro�ciência
para medições de radioatividade na medicina nuclear:
Um estudo muito interessante publicado na Scielo, intitulado Veri�cação do fator de calibração e
indicador da qualidade do feixe de aceleradores lineares, fala sobre o conteúdo desta unidade, pois
mostra fatores de calibração e indicadores de controle de qualidade nos feixes de radiação em
aceleradores lineares.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Resposta para o Evento 1:
Antes de qualquer coisa, se você foi solicitado para trabalhar nesse “acidente radioativo”, você deve ter em
mente que o hospital está colocando em suas mãos uma con�ança muito grande, pois se trata de um
acidente de alta gravidade e coloca muitas pessoas em risco, tanto com os efeitos estocásticos quanto com
os efeitos determinísticos da radiação, dependendo de sua atividade e do tempo de meia-vida do elemento
radioativo. Antes de qualquer coisa, deve-se ter em mente o tipo de fonte radioativa com a qual você está
trabalhando. O tecnécio 99m (metaestável) é um emissor de radiação gama, que é uma fonte radioativa
natural, de características eletromagnéticas, com alto poder de penetrabilidade e capaz de causar inúmeros
danos biológicos. Tendo esse conhecimento da fonte, deve-se saber a atividade dela. Como você fará isso?
Através de um dispositivo de detecção da radiação. Logo, temos que lembrar dos fatores que in�uenciam na
escolha do detector de radiação. Neste caso, você precisa de um detector que quanti�que fontes radioativas
emissoras de radiação gama (podendo ser um detector a gás, detectores de cintilador, detectores
semicondutores ou Geiger-Muller); em seguida, deve pensar que a resposta desse detector deve ser de
forma rápida, precisa e de fácil manuseio operacional. Após a escolha do detector para mensurar e
quanti�car a radiação ionizante, devemos conhecer o tempo de meia-vida do composto que contaminou o
solo do setor. O tempo de meia-vida do tecnécio 99m é de apenas seis horas. Logo, deve ser feito o
isolamento do ambiente, para que não se coloque em risco as pessoas que transitam pelo setor, e fazer a
descontaminação local. Essas são as providências a serem tomadas em um setor, quando há um problema
ou acidente radioativo.
Resposta para o Evento 2:
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https://www.scielo.br/j/rb/a/qFcMDhShhhnwqLTCPLSszxn/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/rb/a/W9nhs8HkbvtdxjdwhbGRgqC/?lang=pt
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Nesse momento, você deve ter em mente que as fontes radioativas utilizadas em medicina nuclear são do
tipo natural, ou seja, não são produzidas arti�cialmente, como aceleradores nucleares (radioterapia) ou
equipamentos de radiologia. Considerando isso, você deve se lembrar que as fontes naturais de radiação
podem ser corpusculares (alfa, beta, elétrons) ou eletromagnéticas (radiação gama). No equipamento gama-
câmara, a radiação detectada pelo equipamento é a radiação gama. Portanto, nesta pergunta do
responsável, você deve responder apenas elementos radioativos que emitem radiação gama, pois é através
do contato da radiação gama com os detectores do equipamento que a imagem será formada.
RESUMO VISUAL
Aula 1
ALMEIDA, M.O; SOUSA, C. H. S; PEIXOTO, J.G.P. Determinação das Incertezas das Medições de um
Detector Capacitado Portátil. Congresso Brasileiro de Metrologia das Radiações Ionizantes (CBMRI-2020). 
Disponível em: https://cbmri.org.br/site/wp-content/uploads/2020/11/CBMRI-21-1.pdf. Acesso em: 06 mar.
2023. 
BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e proteção. Houston, Texas:
Professor of Radiology Center, 2008. 1580p. 
KUAHARA, L. T. Desenvolvimento de uma metodologia de calibração "in situ " de medidores de
atividade. 2017. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Nuclear – Aplicações) – Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2017. 
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo, SP: O�cina e Textos, 2010. 296p. 
REFERÊNCIAS
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SOUSA, C. H. S. de. Estimativa das Incertezas Associadas aos Testes de Desempenho de Calibradores de
Doses. Rio de Janeiro, RJ: IRD, 2013. 
TAUHATA, L. et al. Radioproteção e Dosimetria: fundamentos. Rio de Janeiro, RJ: IRD/CNEN, 2014. 
IAEA, International Atomic Energy Agency. Quality Control Of Nuclear Medicine Instruments, IAEA-
TECDOC-317. Austria, November 1984. Disponível em: https://www-
pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/te_317_prn.pdf. Acesso em: 07 mar. 2023.
Aula 2
BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e proteção. Houston, Texas:
Professor of Radiology Center, 2008. 1580p. 
KUAHARA, L. T. Desenvolvimento de uma metodologia de calibração "in situ " de medidores de
atividade. 2017. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Nuclear – Aplicações) – Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2017. 
MORAES, A. F. Manual de Medicina Nuclear. São Paulo, SP: Atheneu, 2007. 
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo, SP: O�cina e Textos, 2010. 296p. 
TAUHATA, L. et al. Radioproteção e Dosimetria: fundamentos. Rio de Janeiro, RJ: IRD/CNEN, 2014.
Aula 3
BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e proteção. Houston, Texas:
Professor of Radiology Center, 2008. 1580p. 
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atividade. 2017. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Nuclear – Aplicações) – Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2017. 
MORAES, A. F. Manual de Medicina Nuclear. São Paulo, SP: Atheneu, 2007. 
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo, SP: O�cina e Textos, 2010. 296p. 
TAUHATA, L. et al. Radioproteção e Dosimetria: fundamentos. Rio de Janeiro, RJ: IRD/CNEN, 2014.
Aula 4
BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e proteção. Houston, Texas:
Professor of Radiology Center, 2008. 1580p.
KNOLL, G. F. Radiation detection and measurement. 4. ed. Hoboken, NJ: Wiley, 2010.
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https://www-pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/te_317_prn.pdf
https://www-pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/te_317_prn.pdf
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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
KUAHARA, L. T. Desenvolvimento de uma metodologia de calibração "in situ " de medidores de
atividade. 2017. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Nuclear – Aplicações) – Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2017.
LEDERER, C. M.; SHIRLEY, V. S.; BROWNE, E. Table of isotopes. 7. ed. New York: Wiley, 1978.
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo, SP: O�cina e Textos, 2010. 296p.
TAUHATA, L. et al. Radioproteção e Dosimetria: fundamentos.Rio de Janeiro, RJ: IRD/CNEN, 2014.
Aula 5
BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e proteção. Houston, Texas:
Professor of Radiology Center, 2008. 1580p.
KNOLL, G. F. Radiation detection and measurement. 4. ed. Hoboken, NJ: Wiley, 2010.
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atividade. 2017. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Nuclear – Aplicações) – Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2017.
LEDERER, C. M.; SHIRLEY, V. S.; BROWNE, E. Table of isotopes. 7. ed. New York: Wiley, 1978.
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo, SP: O�cina e Textos, 2010. 296p.
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Professor of Radiology Center, 2008. 1580p.
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TAUHATA, L. et al. Radioproteção e Dosimetria: fundamentos. Rio de Janeiro, RJ: IRD/CNEN, 2014.
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