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Apostila de BCM - Parte II - Monitoria_240405_192314

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B I O L O G I A C E L U L A R E M O L E C U L A R
APOST ILA DE BCM
PARTE I I
Anna Beatriz Siqueira Lima
Joselandia Bezerra do Nascimento
Laryssa Maria Coimbra dos Santos
Layanna Pessoa Marcal de Oliveira
Maria Eduarda Fernandes da Silva
Maria Manuella Costa Basto Sobrinho
Marianny Camille Albino de Melo
Pedro Henrique da Silva Chagas
M O N I T O R E S
Docente da matéria
P R O F E S S O R A
E D I L E I N E D E L L A L I B E R A
CICLO 2020 .2
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
03CARACTERÍSTICAS GERAIS -
 FACES CIS, MÉDIA, TRANS -
FUNÇÕES -
VESÍCULAS -
RESUMINHO -
09
13
17 - CARACTERÍSTICAS GERAIS
- COMPOSIÇÃO
- ATUAÇÃO LISOSSOMAL
- VIAS FAGOCÍTICA E AUTOFÁGICA
- ASPECTOS CLÍNICOS
- AUTOFAGIA X AUTÓLISE
- SESSÃO MÍDIA
- RESUMINHO
MITOCÔNDRIA
CARACTERÍSTICAS GERAIS -
MORFOLOGIA -
ASPECTOS FUNCIONAIS -
ASPECTOS CLÍNICOS -
RESUMINHO -
SUMÁRIO
COMPLEXO DE GOLGI
PEROXISSOMO
- CARACTERÍSTICAS GERAIS
- NÚCLEO CRISTALOIDE
- ENZIMAS
- ASPECTOS CLÍNICOS
- RESUMINHO
LISOSSOMO
PÁGINA
PÁGINA
PÁGINA
PÁGINA
22CARACTERÍSTICAS GERAIS -
TIPOS DE CÉLULAS -
CHAPERONAS -
RIBOSSOMOS ACOPLADOS -
RESUMINHO -
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO
PÁGINA
27 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO
- CARACTERÍSTICAS GERAIS
- ASPECTOS DA MEMBRANA
- CITOCROMOS
- ASPECTOS CLÍNICOS
- RESUMINHO
PÁGINA
32
NÚCLEO
 CARACTERÍSTICAS GERAIS -
MORFOLOGIA -
NUCLEOPLASMA -
NUCLÉOLO -
MORTE CELULAR -
APOPTOSE E NECROSE -
ASPECTOS CLÍNICOS -
SESSÃO MÍDIA -
RESUMINHO
PÁGINA
03
01Parte
COMPLEXO DE GOLGI
MONITORIA CICLO 2020.2
No microscópio eletrônico, assemelha-se a um conjunto de vesículas circulares
achatadas (ou sáculos achatados e sobrepostos) de tamanho variável;
Podem estar presentes em posição constante (próxima ao núcleo e aos
centríolos), em determinadas células, ou localizar-se entre a membrana e os
grânulos de secreção, na região mais apical, nas células secretoras. Nessas
últimas, a posição apical facilita sua função de bioprocessamento de substâncias e
do encaminhamento para exportação das mesmas. Em outras células, aparece
sob a forma de vários agregados que circundam o núcleo, como nos neurônios;
Comumente, possui de 3 a 8 cisternas as quais se organizam em faces:
- Face Cis ou Face Proximal: é a região de entrada das substâncias no complexo de
Golgi; está mais próxima do núcleo e dos retículos (de onde recebem proteínas e
lipídeos);
- Porção central (cisternas médias): região intermediária entre as outras duas;
- Face Trans ou Face distal: região de saída das substâncias; encontra-se mais
distante do núcleo e dos retículos.
C A R A C T E R Í S T I C A S G E R A I S
(OU ZONA DE GOLGI OU APARELHO DE GOLGI)
04MONITORIA CICLO 2020.2
Funções:
- Separação e endereçamento de moléculas sintetizadas na célula;
- Encaminhamento das moléculas para vesículas secretoras;
- Modificações estruturais de substâncias: glicosilação; sulfatação; fosforilação. Tais
alterações pós-traducionais modificam profundamente as características funcionais
das moléculas proteicas, contribuindo muito para gerar a variedade de proteínas
existente nas células;
- Síntese de polissacarídeos, proteínas plasmáticas, glicoproteínas e lipoproteínas,
componentes da membrana plasmática e da matriz celular;
- Formação do acrossomo do espermatozóide;
- Formação dos lisossomos.
05MONITORIA CICLO 2020.2
O melhor corte para visualização do complexo de Golgi é o das células do
epidídimo;
C O M P L E X O D E G O L G I A P A R E C E N A P O N T A D A S E T A C O M P L E X O D E G O L G I E M C É L U L A D O T E S T Í C U L O
Vesículas: podem ser observadas em microscópio eletrônico, onde demonstram
formas esféricas, associadas aos sáculos do Golgi. Parte dessas vesículas
transporta material do retículo endoplasmático para o Golgi, enquanto outras
podem estar envolvidas no transporte de uma cisterna do Golgi para outra e,
também, do Golgi para outras organelas. Por suas funções, são genericamente
denominadas vesículas transportadoras. Cada pilha de cisternas com suas
vesículas associadas constitui uma unidade do complexo de Golgi, que recebe o
nome de dictiossomo. São produzidas pelo complexo de Golgi tanto para uso
interno da célula, liberando conteúdo citoplasmático, como para exportação,
sendo armazenadas e liberadas de acordo com a necessidade do organismo.
C É L U L A D E U M A P L A N Á R I A T E R R E S T R E
06MONITORIA CICLO 2020.2
D O I S E S Q U E M A S D I F E R E N T E S R E P R E S E N T A N D O A C H A M A D A V I A S E C R E T O R A , Q U E R E P R E S E N T A A S E C R E Ç Ã O
D E S U B S T Â N C I A S P A S S A N D O P E L O S R E T Í C U L O S , C O M P L E X O D E G O L G I E V E S Í C U L A S :
07MONITORIA CICLO 2020.2
1 - V E S Í C U L A S S E M O V E M D O R E T Í C U L O E N D O P L A S M Á T I C O P A R A O C O M P L E X O D E G O L G I ;
2 - V E S Í C U L A S A G L U T I N A M P A R A F O R M A R U M A N O V A C I S T E R N A C I S D O C O M P L E X O D E G O L G I ;
3 - M A T U R A Ç Ã O D A C I S T E R N A : A C I S T E R N A D O C O M P L E X O D E G O L G I S E M O V E E M U M A D I R E Ç Ã O
C I S - - > T R A N S ;
4 - V E S Í C U L A S S E F O R M A M E D E I X A M O C O M P L E X O D E G O L G I C A R R E G A N D O P R O T E Í N A S
E S P E C Í F I C A S P A R A O U T R O S L O C A I S O U P A R A M E M B R A N A P L A S M Á T I C A , P A R A S E R E M S E C R E T A D A S ;
5 - A S V E S Í C U L A S T R A N S P O R T A M P R O T E Í N A S E S P E C Í F I C A S D E V O L T A P A R A A S N O V A S C I S T E R N A S
D E G O L G I Q U E S E F O R M A R A M .
A P A R E L H O D E G O L G I E M
M I C R O S C Ó P I O E L E T R Ô N I C O D E
T R A N S M I S S Ã O 
F A C E T R A N S ( L A D O D E T R A N S P O R T E
D O A P A R E L H O D E G O L G I )
08
O QUE É?
FUNÇÕES
MORFOLOGIA
CÉLULAS PRINCIPAIS
RESUMINHO
É UM CONJUNTO DE CISTERNAS ACHATADAS E
SOBREPOSTAS
ARMAZENAMENTO, MODIFICAÇÃO, EMPACOTAMENTO, 
 SECREÇÃO E SÍNTESE DE SUBSTÂNCIAS; FORMAÇÃO DO
ACROSSOMO, DO LISOSSOMO E DAS VESÍCULAS 
FACE CIS, CISTERNAS MÉDIAS E FACE TRANS
SECRETORAS (CG NA PORÇÃO MAIS APICAL DA CÉLULA);
CÉLULAS DO EPIDÍDIMO
MONITORIA CICLO 2020.2
09MONITORIA CICLO 2020.2
02Parte
PEROXISSOMO
É uma organela membranosa;
Pode ser visualizada pela microscopia eletrônica;
C A R A C T E R Í S T I C A S G E R A I S
O fato de possuir uma concentração grande
de enzimas oxidativas (como a catalase e a
urato oxidase) faz com que, em alguma células,
possa-se visualizar uma espécie de núcleo
cristalóide (que significa visível ao microscópio
eletrônico) formado por tais substâncias. Ex.:
A L B E R T S - 6 ª E D I Ç Ã O I N F O E S C O L A
A L B E R T S - 6 ª E D I Ç Ã O
10MONITORIA CICLO 2020.2
O conteúdo enzimático do peroxissomo varia tanto de célula para célula como de
peroxissomo para peroxissomo dentro de uma mesma célula;
As enzimas do peroxissomo são produzidas por polirribossomos do citosol
conforme a necessidade da célula;
São caracterizados pela presença de enzimas oxidativas que captam átomos de
hidrogênio (liberados por certos tipos de substratos e chamados comumente de
RHidrogênio) com ajuda do oxigênio, através de uma reação oxidativa: 
A formação do peróxido de hidrogênio (H202) é importante pois ele irá ser utilizado
pelo peroxissomo para oxidar uma série de compostos que entram na célula. Tal
processo se destaca nos fígados e rins por serem órgãos que desintoxicam o
organismo. Se houver a formação exagerada de H202, a própria enzima catalase atua
para degradação das moléculas em excesso.
Enzimas:
- Catalase celular: converte o peróxido de hidrogênio (quando em em excesso na
célula) em água e oxigênio.
A atividade da catalase é importante porque o peróxido de hidrogênio (H202) que se
forma nos peroxissomos é um oxidante enérgico e prejudicaria a célula se não fosse
eliminado corretamente quando necessário.- D-aminoácido-oxidase: está provavelmente relacionada com a metabolização dos
D-aminoácidos da parede das bactérias que penetram no organismo, pois as
proteínas dos mamíferos são constituídas exclusivamente por L-aminoácidos.
11MONITORIA CICLO 2020.2
Plasmalogênios: uma função essencial dos peroxissomos animais é catalisar as
primeiras reações na formação de plasmalogênios, que são a classe mais
abundante (80% a 90%) dos fosfolipídeos da bainha de mielina. A deficiência
dessas substâncias causa anomalias profundas na mielinização dos axônios das
células nervosas, sendo uma das razões que justificam o porquê de muitos
distúrbios peroxissômicos levarem a doenças neurológicas;
Síndrome de Zellweger (Síndrome cérebro-hepatorrenal): é um distúrbio
hereditário raro, no qual aparecem diversos defeitos neurológicos, hepáticos e
renais que levam à morte muito cedo, geralmente na infância. O fígado e os rins
desses pacientes apresentam peroxissomos vazios, constituídos somente pelas
membranas, sem as enzimas, que aparecem soltas no citosol, onde não podem
funcionar normalmente. Assim, conclui-se que as células desses pacientes
conseguem sintetizar as enzimas típicas dos peroxissomos, mas não conseguem
transferi-las para dentro do espaço peroxossomal;
Adrenoleucodistrofia (ALD): é semelhante a outras doenças hereditárias dos
peroxissomos que ocorrem pela falta de apenas uma enzima, ao contrário do que
acontece na síndrome de Zellweger, onde há a falta de todas as enzimas. A
Adrenoleucodistrofia trata-se de uma mutação no cromossomo X que,
geralmente, manifesta-se nos meninos antes da puberdade, quando aparecem
sintomas de deficiência na secreção da glândula adrenal e disfunções
neurológicas. Os defeitos resultam do acúmulo de numerosas moléculas de
ácidos graxos saturados de cadeia muito longa nos tecidos porque os
peroxissomos desses doentes não conseguem oxidar tais ácidos.
A S P E C T O S C L Í N I C O S
- Enzimas da β-oxidação dos ácidos graxos: os peroxissomos participam, como as
mitocôndrias, da β-oxidação dos ácidos graxos, assim chamada porque os ácidos
graxos são rompidos no carbono da posição dois (posição beta). Essas organelas
catalisam a degradação dos ácidos graxos produzindo acetil-CoA, que pode penetrar
nas mitocôndrias, na qual irá participar da síntese de ATP por meio do ciclo do ácido
cítrico (ciclo de Krebs), ou ser utilizada em outros compartimentos citoplasmáticos
para a síntese de moléculas diversas.
12
S Í N D R O M E D E Z E L L W E G E R A D R E N O L E U C O D I S T R O F I A
O QUE É?
FUNÇÕES
ENZIMAS
CÉLULAS PRINCIPAIS
CLÍNICA
Desintoxicação: os peroxissomos têm um papel na desintoxicação celular,
metabolizando substâncias agressivas, como álcool e fármacos. Por exemplo, 25%
de todo o álcool etílico (etanol) consumido por uma pessoa é oxidado a
acetaldeído nos peroxissomos, principalmente os do fígado e dos rins.
RESUMINHO
É UMA ORGANELA MEMBRANOSA EM FORMATO MEIO
CIRCULAR
REALIZAÇÃO DE REAÇÕES OXIDATIVAS; DESINTOXICAÇÃO
CELULAR; METABOLIZAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS.
CATALASE; ENZIMAS DA BETA-OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS
GRAXOS; D-AMINOÁCIDO-OXIDASE; URATO-OXIDASE
HEPÁTICAS, RENAIS E NERVOSAS
DEGRADAÇÃO DE FÁRMACOS E ÁLCOOL; SÍNDROME DE
ZELLWEGER; ADRENOLEUCODISTROFIA; PRODUÇÃO DE
PLASMALOGÊNIOS.
13MONITORIA CICLO 2020.2
É uma organela que apresenta bimembrana e morfologia de cilindros alongados;
Participa dos processos de respiração aeróbia e fornecimento de energia para a
célula, por isso, em células com alto consumo energético, como musculares
estriadas e cardíacas, se apresentam em alta quantidade;
Em espermatozoides, por exemplo, as mitocôndrias se realocam para a peça
intermediária, de modo a fornecer a energia adequada para a movimentação
do flagelo.
Também participa da ativação intermediária da apoptose, beta-oxidação de ácidos
graxos e síntese de esteroides.
03Parte
MITOCÔNDRIA
C A R A C T E R Í S T I C A S G E R A I S
S U P E R A B R I L
Disposição das mitocôndrias no
espermatozoide
MITOCÔNDRIAS
Disposição das mitocôndrias na
célula muscular
U F F
14MONITORIA CICLO 2020.2
Bimembrana
Membrana externa: semelhante a dos eucariontes com alta permeabilidade,
pois apresenta a proteína transportadora porina, e presença de colesterol;
Também apresenta enzimas de degradação de lipídios e ácidos graxos.
Espaço intermembranar: possui enzimas que acumulam prótons transportados
da matriz mitocondrial;
Membrana interna: menos permeável que a externa, dessa vez rica em
cardiolipina, que dificulta a passagem de partículas com carga elétrica através
da membrana, fazendo com que haja a manutenção da concentração de íons
na matriz mitocondrial.
Invaginações: análogos às microvilosidades, mas nesse caso, aumenta a
produção de ATP pelo aumento da superfície de contato;
Cristas em prateleiras: aumenta a superfície da membrana
Cristas tubulares: sintetiza esteroides 
As cristas tubulares estarão presentes em protozoários ou
células que sintetizam esteroides
Cadeia transportadora de elétrons: 
Mecanismos de apoptose
Citocromo C;
Fator indutor da apoptose;
Caspases.
Matriz mitocondrial: composta por DNA circular (próprio da mitocôndria), RNA,
ribossomos (próprios, menores que os do citoplasma/RER) e enzimas. É na
matriz mitocondrial onde ocore o ciclo de Krebs.
M O R F O L O G I A
Algumas das estruturas presentes
em uma mitocôndria
B Y J U ' S
15MONITORIA CICLO 2020.2
Síntese de esteroides
Realizado nas cristas tubulares da membrana interna da mitocôndria. Essas
cristas estão presentes apenas em protozoários e em células que sintetizam
esteroides. Nesse caso, a mitocôndria apresenta tanto cristas tubulares quanto
cristas em prateleiras.
Ativação da via intracelular de apoptose
Há a abertura de canais não específicos localizados na membrana interna da
mitocôndria, onde há a liberação de mecanismos da apoptose, como o
citocromo C, as caspases e o fator indutor de apoptose;
As caspases são um conjunto de 9 enzimas que iniciam o processo de morte
celular programada, caso algum erro ocorra nesse processo, existe a via
alternativa do citocromo C, que ativa a rota das caspases, mas de um ponto
intermediário.
Miopatia mitocondrial: A principal característica é o aumento do número de
mitocôndrias na fibra muscular, aumento de tamanho ou a existência de inclusões
cristalinianas anormais nestas mitocôndrias, formando um anel externo e espesso,
visível ao microscópio. Esse aumento exarcebado e desnecessário para a célula
desencadeia lesões no músculo esquelético e disfunção renal.
A S P E C T O S F U N C I O N A I S
A S P E C T O S C L Í N I C O S
Miopatia mitocondrial visível
ao microscópio
A N A T P A T - U N I C A M P
Sinais da miopatia mitocondrial presente em paciente
S C I E L O
16MONITORIA CICLO 2020.2
O QUE É?
FUNÇÕES
MORFOLOGIA
CÉLULAS PRINCIPAIS
CLÍNICA
RESUMINHO
É UMA ORGANELA BIMEMBRANOSA EM FORMATO DE
CILINDRO ALONGADO
BETA-OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS, SÍNTESE DE
ESTEROIDES, PRODUÇÃO DE ENERGIA E ATIVAÇÃO DA
APOPTOSE
MEMBRANA INTERNA, ESPAÇO INTERMEMBRANAR,
MEMBRANA EXTERNA E MATRIZ MITOCONDRIAL
MUSCULARES ESTRIADAS ESQUELÉTICAS E CARDÍACAS,
ALÉM DE ESPERMATOZOIDES
MIOPATIA MITOCONDRIAL
17
04Parte
LISOSSOMO
É uma organela membranosa, com morfologia e dimensões variáveis;
É uma organela chave no processo de homeostase celular pois é responsável
pela digestão intracelular de organelas obsoletas, células vizinhas em processo de
apoptose e de organismos celulares estranhos, pela digestão enzimática;
São formadas no complexo de Golgi, no qual suas enzimas são sintetizadas no
RER (Retículo Rugoso);
Presente em todas as células animais, com exceção das hemácias;
C A R A C T E R Í S T I C A S G E R A I S
MONITORIA CICLO 2020.2
C O M P O S I Ç Ã O
Membrana
Composta por fosfolipídios, glicolipídios e colesterol;
Possui proteínas estruturais altamente glicosiladas, dessas, os oligossacarídeos
representam maioria;
Algumas proteínas atuam como transportadoras de substâncias para dentro do
lisossomo
Proteína cistinosina:transporta cistina para o interior do lisossomo;
Proteína sialina: transporta ácido siálico
Presença de complexo multienzimático, com atividade de ATPase, sendo
reconhecida, portanto, como uma bomba de prótons;
18MONITORIA CICLO 2020.2
Nucleases
Proteases
Catepsinas
Fosfolipases
Enzimas hidrolíticas
É importante destacar que a presença de determinadas enzimas no lisossomo
depende exclusivamente da atuação da célula no organismo.
- Como já foi citado anteriormente, a digestão intracelular desempenhada pelos
lisossomos é feita através de enzimas, que estão contidas dentro desse espaço
membranar e que possuem atividade máxima em pH ácido. denominadas, por
isso, de hidrolases ácidas. Dentro dos lisossomos encontramos cerca de 40
hidrolases diferentes, dentre elas:
F O N T E : C E D E R J - B I O L O G I A C E L U L A R I
A T U A Ç Ã O L I S O S S O M A L
Por que essas enzimas não digerem o próprio lisossomo?
- Lembra quando dissemos que a maioria das proteínas estruturais são
oligossacarídeos? Esses oligossacarídeos se associam ainda com ácido
siálico, que fica na extremidade dessas cadeias. A única enzima
responsável pela retirada desse ácido e consequente destruição da
membrana é a sialidase (diferente da proteína sialina!) que é a única
glicosidase que não está presente na membrana, impedindo assim, a
autodigestão.
Internalização de organismos estranhos;
 Projeções da membrana envolvem o alvo e vias intracelulares de sinalização são
ativadas, levando a reorganização do citoesqueleto de actina e à formação do
fagossomo;
 Os fagossomos fundem-se com os lisossomos formando os fagolisossomos;
 As bombas de prótons da membrana do lisossomos degradam o ATP e liberam
prótons dentro do fagolisossomo, tornando seu interior ácido e favorecendo a
atividade enzimática;
 Com o meio ácido, ideal para a atividade máxima enzimática, as hidrolases
desempenham seu papel de digestão desse fagolisossomo.
- Recebem substâncias extracelulares por endocitose e material intracelular pela via
biossintética e por autofagia;
VIA FAGOCÍTICA
Processo
1.
2.
3.
4.
19MONITORIA CICLO 2020.2
Degradação de componentes citoplasmáticos, ou por já terem cumprido seu
tempo de vida média, ou porque são estruturas a serem degradadas no processo
de diferenciação e de desenvolvimento embrionário.
 Os componentes são envolvidos por uma dupla membrana, formando uma
vesícula, o autofagossomo;
 O autofagossomo se associa com o lisossomo formando o autolisossomo;
 Durante a associação, a membrana externa do autofagossomo torna-se parte da
membrana do autolisossomo, que está em processo de formação, nesse período
as enzimas do lisossomo são liberadas na vesícula, degradando seu conteúdo;
VIA AUTOFÁGICA
Processo
1.
2.
3.
Células do sistema imune, como basófilos, eosinófilos, mastócitos e linfócitos,
possuem especializações de lisossomos chamados de lisossomos secretores que
secretam suas enzimas de forma regulada, a partir apenas de estímulos externos;
LISOSSOMOS SECRETORES
A S P E C T O S C L Í N I C O S
Síndrome de Hurler: ausência da enzima alfa-L-iduronidase (IDUA), levando o
acúmulo de dermatan sulfato e heparan sulfato;
- O produto que entra no lisossomo é degradado formando um subproduto,
entretanto, se há a ausência ou ineficácia na ação de algumas dessas enzimas, não há
a formação desse subproduto, fazendo com que acumule substratos não digeridos, 
 desenvolvendo aspectos patológicos;
J U N Q U E I R A E C A R N E I R O [ A D A P T A D O ] - 9 ª E D I Ç Ã O
Via fagocítica e autofágica na mesma imagem
20MONITORIA CICLO 2020.2
Mostra, de maneira resumida, como ocorre o processo de digestão feito pelas vias
fagocíticas e autofágicas no lisossomo.
VÍDEO - YOUTUBE: LISOSSOMAS
Síndrome da inclusão celular: mutação no gene GNPTAB, que são
responsáveis pela marcação do lisossomo com manose-6-fosfato. Essa manose
é reponsável por ativar as enzimas presentes no lisossomo, ou seja, problemas
nessa marcação faz com que as enzimas lisossomais não sejam funcionais.
SESSÃO MÍDIA
P A C I E N T E C O M S Í N D R O M E D E H U R L E R P A C I E N T E C O M S Í N D R O M E D A I N C L U S Ã O C E L U L A R
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A U T O F A G I A X A U T Ó L I S E
Diferente da autofagia, a autólise não é feita de maneira programada pela célula,
por isso, a digestão é incontrolada e pode alcançar até mesmo a membrana
plasmática, que delimita o espaço celular. Nesse nível, a célula passa agora a
sofrer um processo de necrose, que como será visto na unidade a seguir, atinge
tecidos adjacentes estimulando uma resposta inflamatória por essas células.
- A autólise é o processo de digestão celular, de maneira desordenada, que ocorre
pelo rompimento da membrana do lisossomo
https://www.youtube.com/watch?v=NsDBDUoFoT8
21MONITORIA CICLO 2020.2
O QUE É?
FUNÇÕES
ENZIMAS
VIAS DE ATUAÇÃO
CLÍNICA
AUTÓLISE X AUTOFAGIA
RESUMINHO
ORGANELA MEMBRANOSA COM MORFOLOGIA E
DIMENSÕES VARIÁVEIS
HOMEOSTASE CELULAR PELA DIGESTÃO DE ORGANISMOS
ESTRANHOS, CÉLULAS EM APOPTOSE E CÉLULAS EM
GERAL,
AO TODO SÃO 40, DENTRE ELAS, PROTEASES, NUCLEASES,
CATEPSINAS E FOSFOLIPASES
FAGOCÍTICA, QUANDO DIGERE MATERIAL
EXTRACELULAR, E AUTOFÁGICA, QUANDO DEGRADA
ESTRUTURAS CITOPLASMÁTICAS
SÍNDROME DE HURLER E SÍNDROME DA INCLUSÃO
CELULAR
AUTÓLISE É DESCONTROLADA E OCORRE PELO
ROMPIMENTO DA MEMBRANA DO LISOSSOMO E A
AUTOFAGIA É ORDENADA E OCORRE DENTRO DO
LISOSSOMO
22
05Parte
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
GRANULAR OU RUGOSO (RER)
Morfologia: é uma rede de membranas que se estendem a partir do envoltório
nuclear, formadas principalmente por água e proteínas, as quais delimitam
cavidades com formas variadas. Essas cavidades podem ser chamadas também de
cisternas, lúmen ou luz. Diferente do REL, o rugoso possui suas membranas como
espécie de lâminas achatadas e paralelas;
Ribossomos: associam-se às membranas do retículo na forma de polirribossomos,
ou seja, quando estão unidos por meio de uma molécula de mRNA e, portanto,
encontram-se em plena atividade de síntese proteica. É a subunidade maior do
ribossomo que se prende à membrana do retículo, enquanto a menor fica
voltada ao acoplamento com o mRNA.
As proteínas produzidas no retículo são destinadas a permanecer no próprio
retículo, onde serão transportadas para o complexo de Golgi, formarão lisossomo,
irão compor a membrana plasmática ou serão secretadas da célula;
C A R A C T E R Í S T I C A S G E R A I S
MONITORIA CICLO 2020.2
23MONITORIA CICLO 2020.2
CURIOSIDADE: levando-se em consideração o local de produção das proteínas e o
tipo de síntese proteica, é possível classificar as células em quatro tipos gerais:
- Células que sintetizam proteínas que permanecem no citosol, ou seja, não
ficam presas nas cisternas do RER: nessas células, as proteínas são sintetizadas em
polirribossomos livres no citosol, não presos ao retículo, que ocupam grande parte do
citoplasma. São exemplos desses tipos celulares os eritroblastos, as células
embrionárias e as de tumores de crescimento rápido;
- Células que sintetizam e segregam proteínas nas cisternas do RER e exportam
essas proteínas diretamente, sem acumulá-las em grânulos: nessas células, a
síntese proteica é realizada por polirribossomos aderidos à membrana do RER. Elas
apresentam complexo de Golgi desenvolvido, e, nelas, não há grânulos de secreção.
São exemplos desse tipo celular os fibroblastos, que secretam matriz extracelular, e
os plasmócitos, que secretam anticorpos;
- Células que sintetizam proteínas que ficam presas nas cisternas do RER,
passam para o complexo de Golgi e, depois, são acumuladas em grânulos, que
geralmente permanecem nas células para uso posterior: é o caso dos leucócitos
eosinófilos, neutrófilos e monócitos, assim como dos macrófagos, que apresentam,
no citoplasma, grânulos que contêm proteínas e enzimas com diversas funções;
- Células que sintetizam, segregam e acumulam proteínas em grânulos de
secreção, que serão exportados por exocitose: são exemplos as células secretoras
exócrinas do pâncrease da glândula salivar parótida, que produzem enzimas
digestivas empacotadas em vesículas ou grânulos envoltos por membrana que, sob o
estímulo apropriado, serão secretadas para digerir os alimentos.
24MONITORIA CICLO 2020.2
O RER é visível apenas no microscópio eletrônico, porém sua presença pode ser
notada no microscópio de luz, desde que a célula seja corada com corantes
básicos. Por causa disso, o RER foi primeiro chamado de "regiões basófilas da
célula" e, depois, de ergastoplasma. No tecido nervoso, era chamado de
Corpúsculos de Nissl. Até que, enfim, descobriu-se que tudo isso se tratava de
apenas uma organela, o RER;
A localização do RER na célula é variável, porém costuma se dá mais próxima ao
núcleo;
A composição proteica da membrana dos retículos endoplasmáticos são parecidas,
porém também podem possuir proteínas específicas, como o RER que possui
proteínas relacionadas à associação com os ribossomos;
Devido à sua função de produção de proteínas, o RER chega a ocupar mais da
metade do citoplasma de células que secretam proteínas ativamente. Como visto
anteriormente, as proteínas formadas aqui são exportadas em vesículas de
transporte que brotam das membranas do retículo e se fundem com as
membranas do complexo de Golgi. As vesículas brotam de uma região
especializada do RER que não apresenta polirribossomos acoplados às
membranas, denominada elemento transicional ou retículo endoplasmático
transicional;
Chaperonas: são proteínas que auxiliam na produção de outras proteínas, pois
garantem o dobramento correto da cadeia polipeptídica, impedem a agregação e
asseguram que pontes dissulfeto sejam estabelecidas entre os aminoácidos
sulfatados. São responsáveis, ainda, pelo "controle de qualidade" das proteínas
sintetizadas no retículo. Aquelas proteínas que são dobradas ou reunidas
incorretamente retornam ao citosol, onde são degradadas por complexos
multienzimáticos. Exemplo de chaperonas: Calnexina; Calreticulina.
25MONITORIA CICLO 2020.2
R E T Í C U L O E N D O P L A S M Á T I C O R U G O S O - A C E R V O U F R J
26MONITORIA CICLO 2020.2
A C E R V O U N I C A M P
O QUE É?
FUNÇÕES
PARTES DIFERENCIAIS
PROTEÍNAS AMIGAS
RESUMINHO
É UMA REDE DE MEMBRANAS QUE FORMAM LÂMINAS
ACHATADAS E PARALELAS
SÍNTESE, SEGREGAÇÃO E PROCESSAMENTO DE PROTEÍNAS
DE MEMBRANA E PROTEÍNAS DE SECREÇÃO
- RIBOSSOMOS ACOPLADOS À MEMBRANA; 
- REGIÃO ESPECÍFICA SEM RIBOSSOMO (ELEMENTO
TRANSICIONAL)
CHAPERONAS
27
06Parte
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
AGRANULAR OU LISO (REL)
Morfologia: os REL mostram-se como vesículas globulares ou como túbulos
contorcidos;
Funções: 
- Síntese de lipídios: nas membranas do retículo endoplasmático liso, ocorre a
síntese de praticamente todos os lipídios que compõem as membranas celulares,
incluindo os fosfolipídios e o colesterol. Alguns dos lipídios das membranas são
inicialmente produzidos no REL e suas moléculas são completadas no complexo de
Golgi. Isso acontece com a esfingomielina e com os glicolipídios, cujas porções
glicídicas são produzidas com a colaboração de Golgi.
Obs.: nas células epiteliais de absorção do intestino delgado, o REL sintetiza
triglicerídios a partir dos ácidos graxos e glicerol provenientes dos nutrientes
encontrados no lúmen do intestino delgado e absorvidos por essas células. Em
seguida, as moléculas de triglicerídios sintetizadas no REL são transferidas para o
meio extracelular do tecido conjuntivo subjacente às células epiteliais, sendo de lá
carregadas pelo sangue e pela linfa para serem distribuídas pelo organismo.
C A R A C T E R Í S T I C A S G E R A I S
MONITORIA CICLO 2020.2
28MONITORIA CICLO 2020.2
A membrana do REL é mais fina que a plasmática e apresenta uma porção maior
de proteínas que de lipídeos. Entre a composição dos fosfolipídeos, destaca-se a
presença da fosfatidilcolina;
Dentre as proteínas que compõe a membrana, destacam-se as enzimas,
representadas por:
- Hidrolases;
- As que participam da síntese de fosfolipídeos e esteroides;
- Glicosiltransferases: catalisam a adição de oligossacarídios a proteínas e lipídios.
 Além disso, a membrana ainda conta com duas cadeias transportadoras de
elétrons, cada uma com um citocromo específico:
- Citocromo P450 (metaloprotease): a capacidade de converter substâncias tóxicas,
como herbicidas, desfolhantes, conservantes e corantes alimentares, medicamentos
ou dejetos industriais, em substâncias inócuas ou de fácil excreção ocorre no fígado,
na pele, nos rins e nos pulmões e dela participam o citocromo P450 e sua redutase,
que contém um grupamento Fe-S. Isso porque o citocromo P450 catalisa reações de
hidroxilação nas quais um substrato orgânico (RH) é hidroxilado a R-OH, pela
incorporação de um átomo de oxigênio (Oi). A hidroxilação de um composto tóxico
aumenta sua solubilidade em água e, consequentemente, facilita sua eliminação
do corpo.
- Citocromo b5: participa da formação de colesterol e ceramidas na membrana do
retículo. Além disso, também participa da elongação (inserção de pares de carbonos)
e dessaturação (inserção de ligações duplas e triplas) de ácidos graxos. 
Obs.: as ceramidas (esfingolipídeos) são as principais constituintes do estrato córneo
da pele - a camada mais externa da epiderme -, representando a “gordura” 
que reveste as células.
A S P E C T O S D A M E M B R A N A
- Desintoxicação celular;
- Degradação de glicogênio;
- Na célula muscular estriada, o REL recebe o nome de retículo sarcoplasmático e
é responsável pelo controle na concentração do Ca2+ envolvido na contração
muscular.
29MONITORIA CICLO 2020.2
- Barbitúricos: são substâncias utilizadas, desde o início do século XX, para o
tratamento da ansiedade e agitação de pacientes, principalmente por indivíduos com
problemas psiquiátricos. Hoje, sabe-se que a ingestão de barbitúricos promove
acentuado aumento na quantidade de retículo liso das células hepáticas (e suas
respectivas enzimas) e faz até o RER perder os ribossomos acoplados às suas
membranas para se transformar em REL;
- Fármacos: o aumento do REL por ação de fármacos contribui para a redução do
efeito de determinados medicamentos após determinado tempo de uso. Nesses
casos, ocorre um aumento tal na atividade das enzimas do sistema de desintoxicação
que há necessidade de doses maiores para promover o mesmo efeito obtido
anteriormente com doses pequenas, pois uma parte considerável do fármaco é
destruída já no fígado;
- Bilirrubina: é no retículo liso das células do fígado que é solubilizado o pigmento da
bile (bilirrubina) em razão da ação da enzima reticular glicuronil-transferase, tornando
possível que a bilirrubina, na sua forma solúvel, seja secretada pelas células
hepáticas, sendo eliminada do fígado pela bile. Quando há deficiência de glicuronil-
transferase, os pacientes acumulam bilirrubina insolúvel no sangue e tornam-se
ictéricos (esse tipo de icterícia chama-se doença de Crigler-Najjar). 
Com base na observação de que os barbitúricos estimulam a síntese das enzimas do
retículo endoplasmático liso, a administração de barbitúricos pode ser utilizada no
tratamento desse tipo de icterícia. Nessa doença, que pode ser decorrente de
diversas causas, há um aumento de bilirrubina no sangue, com acúmulo desse
pigmento na pele e em outros locais, tornando a aparência do doente amarelada.
- Hepatócitos: outra função importante do REL de hepatócitos e de células renais é a
glicogenólise, ou seja, a obtenção de glicose a partir do glicogênio. Esse processo
ocorre pela ação consecutiva de quatro enzimas, das quais uma está localizada no
REL, enquanto as demais etapas são citosólicas. A glicose-6-fosfato obtida do
glicogênio pela ação de enzimas citosólicas é transportada para o interior da cisterna
do REL por um transportador específico. Uma vez na cisterna, a glicose-6-fosfatase
remove o fosfato da glicose-6-fosfato, liberando glicose e fosfato inorgânico (Pi),
que são transportados de volta para o citosol. A glicose assim formada pode, então,
deixar a célula. Esse processo é importante para isolar e liberar,para a corrente
sanguínea, a glicose que será utilizada como fonte de energia em outros tecidos.
A S P E C T O S C L Í N I C O S
30MONITORIA CICLO 2020.2
A C E R V O U N I C A M P
31MONITORIA CICLO 2020.2
S Í N D R O M E D E C R I G L E R - N A J J A R N A C R I A N Ç A À D I R E I T A
E S Q U E M A I L U S T R A T I V O D O C O N J U N T O C I T O C R O M O P 4 5 0 E B 5 A T U A N D O N A H I D R O X I L A Ç Ã O D E C O M P O S T O S ( N Ã O P R E C I S A D E C O R A R )
O QUE É?
FUNÇÕES
COMPONENTES ESPECÍFICOS
CÉLULAS PRINCIPAIS
CLÍNICA
RESUMINHO
SÃO VESÍCULAS GLOBULARES; ESPÉCIE DE TÚBULOS
CONTORCIDOS;
SÍNTESE DE LIPÍDEOS; DESINTOXICAÇÃO CELULAR;
DEGRADAÇÃO DE GLICOGÊNIO; ARMAZENAMENTO DE
CA+2 EM FIBRAS MUSCULARES
ENZIMAS: HIDROLASES; GLICOSILTRANSFERASES;
CITOCROMOS: P450; B5
HEPATÓCITOS; CÉLULAS MUSCULARES
BARBITÚRICOS; BILIRRUBINA; FÁRMACOS;
GLICOGENÓLISE
32
07Parte
NÚCLEO
É uma das características que diferencia as células eucariontes das procariontes;
Protege o material genético de danos e garante sua permanência em um
compartimento distinto que auxilia no controle ao seu acesso;
Coordena as atividades celulares, como a apoptose, e determina em qual estágio a
célula se encontra (pelo ciclo celular);
Normalmente se localizam no centro da célula, com exceção das células
secretoras, no qual o núcleo admite posição basal para dar espaço ao Golgi que
tem como função a secreção de substâncias.
Geralmente apenas um núcleo é visto na célula, entretanto, em células com alta
atividade metabólica, podemos observar dois ou mais núcleos, como é o caso
das células do fígado, os hepatócitos, e as fibras da musculatura estriada
esquelética.
C A R A C T E R Í S T I C A S G E R A I S
MONITORIA CICLO 2020.2
33MONITORIA CICLO 2020.2
Bicamada nuclear
A porção interna possui bainha de lâmina nuclear, DNA e RNA dissolvidos no
nucleoplasma (equivale ao citoplasma, mas do núcleo da célula);
A porção externa associa-se com ribossomos na membrana, uma vez que
apresenta continuidade com o RER (Retículo Rugoso)
O espaço perinuclear é delimitado por essas duas membranas e contém
proteínas solúveis.
Poros transmembranares
Complexo de poros
Anel citoplasmático: voltado para o citoplasma
Anel nuclear: voltado para o núcleo
Filamentos proteicos: no anel citoplasmático prolongam-se em direção ao
citosol e na porção nuclear são responsáveis pela formação da cesta de
basquete.
- É semelhante a uma cesta de basquete, dessa forma, resguarda o DNA,
impedindo que haja interferência externas diretas no núcleo, como a entrada
de macromoléculas;
M O R F O L O G I A
J U N Q U E I R A E C A R N E I R O [ A D A P T A D O ] - 9 ª E D I Ç Ã O
Estrutura de um poro transmembranar
34MONITORIA CICLO 2020.2
Lâmina nuclear
É formada por filamentos intermediários justapostos;
Nucleoplasma
Enzimas que participam dos processos de duplicação e transcrição gênica,
como DNA-polimerases, RNA-polimerases, helicases e topoisomerases,
estão dispostas nessa solução aquosa.
Cromatina: é constituída por DNA associadas com diversas proteínas, que
cora-se e é visível ao microscópio de luz. O grau de condensação da
cromatina indica em qual fase do ciclo celular a célula encontra-se, na fase
da intérfase mais descompactada e na divisão celular compactada, sendo
chamada agora de cromossomos.
Nucleossomos: É a unidade funcional da cromatina e nada mais é que a
associação do DNA com histonas, proteínas que auxiliam no
enovelamento do material genético fazendo com que toda a sequência
genética filamentar caiba dentro do núcleo
Heterocromatina: porção da cromatina altamente condensada, por isso
aparece mais escura na visualização microscópica;
Eucromatina: porção da cromatina menos condensada que a
heterocromatina, por isso sua coloração é menos intensa quando
visualizamos pelo microscópio.
- Confere forma e estabilidade ao envoltório nuclear
- É constituído por RNA, nucleosídeos, íons, nucléolos e cromatina (histonas
associadas com DNA)
J U N Q U E I R A E C A R N E I R O [ A D A P T A D O ] - 9 ª E D I Ç Ã O
Estruturas gerais do núcleo
Heterocromatina e eucromatina
U F R G S
Legenda
Eu: Eucromatina
H: Heterocromatina
L: Limite nuclear
Nu: Nucléolo
Cp: Citoplasma
35MONITORIA CICLO 2020.2
Nucléolo
Diferentemente da própria estrutura nuclear no geral, os nucléolos em sua
maioria das vezes apresenta-se como uma estrutura única.
- Estruturas esféricas não membranosas envolvidas nos processos de transcrição
de RNA ribossômico (RNAr ou rRNA), e é por isso que nesse nível, o DNA
responsável pela decodificação dessas estruturas é chamado de DNA ribossômico
(DNAr ou rDNA);
- São estruturas fáceis de serem vistas no microscópio devido ao seu tamanho. Em
células ativas, com alta taxa metabólica, ou seja, aquelas que apresentam alta
produção de proteínas, os nucléolos são ainda mais evidentes, uma vez que irão
sintetizar os ribossomos, que por sua vez formarão as proteínas. 
N E U P A T I M A G E M - U N I C A M P
Microscopia eletrônica evidenciando o nucléolo
M O R T E C E L U L A R
É a morte celular programada, viável para a manutenção de processos fisiológicos,
como renovação de células epiteliais e hematopoiéticas. É um processo necessário
e ativado pela própria célula, por isso é um mecanismo de autodestruição;
Por ser um processo controlado, não há o rompimento da membrana
plasmática, fazendo com que o conteúdo não extravase para o interstício,
evitando inflamação na região. O que ocorre é a fragmentação do conteúdo celular
e compactação em vesículas, as apoptossomas, que serão digeridas por
macrófagos adjacentes.
APOPTOSE
36MONITORIA CICLO 2020.2
O mecanismo de apoptose é iniciado pelas caspases, 9 enzimas diferentes, que
atuam em cascata, geralmente encontradas de forma inativa. Quando a primeira
enzima é ativada a cascata toda ocorre sem que haja como interromper.
O estímulo para que as caspases atuem pode ser extrínsecos, através dos
linfócitos T, e intrísecos, pela própria mitocôndria
Em casos de problemas na ativação da morte celular programada, a célula utiliza
outras ferramentas como a liberação do citocromo C no citoplasma pela
mitocôndria, que é um mecanismo intermediário, e por isso, inicia a cascata de
apoptose na metade.
Caso a ativação intermediária da apoptose também falhe, a célula libera citocina,
que atua como um receptor de morte e induz a apoptose a ocorrer mais rápido,
uma vez que inicia a cascata pela parte final.
NECROSE
- É uma morte celular não programada, que ocorre por estímulo agudo, como
traumas, no qual ocorre o rompimento da membrana e extravasamento de
todo o conteúdo celular, ativando uma resposta inflamatória nas células
adjacentes. O rompimento da membrana ocorre devido à autólise dos lisossomos,
no qual a sua membrana é rompida e passa a digerir o conteúdo celular e se
espalha pelo tecido adjacente.
A L B E R T S - 9 ª E D I Ç Ã O
Apoptose vs. Necrose
Célula
fagocítica
Célula morta
engolfada
A S P E C T O S C L Í N I C O S
Em células cancerígenas, há diversas mutações que interferem nos mecanismos
que ativam a apoptose, ou seja, conseguem evitar a morte celular programada. A
falta de manutenção da quantidade dessas células faz com que ocorra o
desenvolvimento do tumor;
37MONITORIA CICLO 2020.2
A L B E R T S - 9 ª E D I Ç Ã O
A U T O F A G I A V S . A P O P T O S E
Como vimos acima, a apoptose é um mecanismo de morte controlada feito pela
célula quando ela cumpre seu papel e/ou está obsoleta. Na unidade anterior
também discutimos uma forma de regulação celular, dessa vez intra celular, feita
pelos lisossomo. Para esclarecer melhor os dois processos é importante
considerar que:
A apoptose a autofagia são processos bioquimicamente distintos. Enquanto a
apoptose ocorre via enzimas caspases, a autofagia ocorre pela ação de
enzimas lisossomais;
A autofagia é um mecanismo que atua dentro da célula, digerindo
microorganismos estranhos ou organelas que não estão mais
desempenhando seu papel. Jána apoptose, toda a célula é destruída sendo
digerida por macrófagos presentes em locais adjacentes;
A autofagia e apoptose são processos que vão em vias contrárias, e a inibição
de uma via pode induzir a outra. Isso ocorre porque, quando a autofagia está
diminuída, ou seja, a célula não consegue mais controlar seus componentes
citoplasmáticos, há uma indução para que ela entre na apoptose, impedindo
que ela se torne uma célula anormal, podendo evoluir para um câncer, por
exemplo.
A formação de tumor, esse crescimento anormal de células, pode acontecer
tanto pela apoptose diminuída, quanto ao aumento da divisão celular. Ambos os
eventos ocorrem pelas mutações celulares que ocorrem no quadro de cânceres.
38MONITORIA CICLO 2020.2
O QUE É?
FUNÇÕES
ESTRUTURAS
MORTE CELULAR
CLÍNICA
AUTOFAGIA X APOPTOSE
RESUMINHO
COMPARTIMENTO DISTINTO E CENTRAL DA CÉLULA
PROTEÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO, DETERMINAÇÃO DA
FASE CELULAR E ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS
CELULARES
MEMBRANAS NUCLEARES, COMPLEXO DE POROS, LÂMINA
NUCLEAR, NUCLEOPLASMA E NUCLÉOLO
APOPTOSE E NECROSE
RESISTÊNCIA À APOPTOSE PELAS CÉLULAS
CANCERÍGENAS
A APOPTOSE É A MORTE PROGRAMADA DE TODA A
CÉLULA, ENQUANTO A AUTOFAGIA É APENAS A
MANUTENÇÃO DE COMPONENTES CITOPLASMÁTICOS
Animação de como funciona a ativação da morte celular programda, além de figurar ainda
como ocorre a proliferação de células cancerígenas
VÍDEO - YOUTUBE: "O QUE É APOPTOSE?" OS CAMINHOS APÓPTICOS E A
CASCATA CASPASE.
SESSÃO MÍDIA
CLIQUE AQUI
https://www.youtube.com/watch?v=-vmtK-bAC5E
FIM

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