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ISSN 1519-7182 7 9 0 8 2 3 4 0 0 2 3 8 4 Vem q í o 3o Congresso Nacional Infanto-Juvenil Evento foz porte do celebração dos 80 onos do CPAD CONVERSA FRANCA A superintendente da ED em Porto Alegre (RS), Marlene Alves, conta suas experiências na ED, fala sobre suas viagens missionárias e sobre sua intensa dedicação à vida de estudos mesmo já na terceira idade, para A RAÇA ? HUMANA: l i* ,i j i i I ; Origem, Quedo e Redenção A Assembléia de Deus em Campos Sales (PI) investe no amor, na tecnologia e em muita criatividade, contribuindo para despertar o interesse dos alunos pela aperfeiçoar-se na obra de Deus Escola Dominical C ód ig o: 3 44 08 9 / fo rm at o: 1 4, 5 x 2 2, 5 cm / pá gi na s: 2 40 CONHEÇA A SÍNTESE TEOLÓGICA DE GORDON D. FEE ACERCA DOS ENSINOS DE PAULO SOBREJESUS CBC; 0 8 0 0 021 73 73 www.cpad.com.br CPAD PUBLICANDO A wkiROADê MOSTRANDO O CAWlWfnlfJi PRODUZINDO http://www.cpad.com.br EXPEDIENTE Presidente da CGADB José Wellington Costa Júnior Presidente do Conselho Administrativo José Wellington Bezerra da Costa Diretor-executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Editor-chefe Silas Daniel Editora Gilda Júlio Gerente de Publicações Alexandre Claudino Coelho Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomfim Gerente Comercial Cicero da Silva Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva Chefe de Arte & Design Wagner de Almeida Projeto Gráfico/Designer Suzane Barboza Fotos Lucyano Correia e Shutterstock Tratamento de imagem Djalma Cardoso CENTRAL DE VENDAS CPAD 2a ò 6a das 8h às i8h * Sáb das 8h às i4h Rio de Janeiro: (21) 3171-2723 Demais localidades: 0800-021-7373 * Igrejas - ramal 2 * Colportores e seminaristas - ramal 3 * Livreiros - ramal 4 * Pastores/demais consumidores - ramal 5 ■ SAC - ramal 6 LIVRARIA VIRTUAL: www.cpad.com.br OUVIDORIA: ouvidoria@cpad.com.br Ano 2 1 - n° 8 1 - jan/fev/m ar de 20 20 Núm ero avulso: R $ 9,95 Assinatura bianual: R $ 79,00 Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral lançada em novembro de 1999, editada pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus. Correspondência para publicação deve ser endereçada ao Departamento de Jornalismo. As remessas de valor (pagamento de assinatura, publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A direção é responsável perante a Lei por toda matéria publicada. Perante a igreja, os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Assegura-se a publicação, apenas, das colaborações solicitadas. 0 mesmo princípio vale para anúncios. CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS Av. Brasil, 34.401 - Bangu CEP 21852-0 0 2 Rio de Janeiro - RJ Fone 2 1 2 4 0 6 - 7 3 7 1 - Fax 2 12 4 0 6 -7 3 7 0 ensinador@cpad.com.br Gratidão: combustível para a fidelidade Gilda Julio Estamos chegando ao primeiro trimestre de 2020 e muita coi sa aconteceu no Brasil, no mundo e em nossas vidas. Quando falamos em termos de nação, podemos dizer que enfrentamos uma das piores recessões da nossa história, a economia brasileira segue a passos lentos e só neste ano é que há uma possibilidade de recuperar o nível de PIB (Produto Interno Bruto) que tínhamos em 2014, quando a última crise teve início. Mas, não estou aqui para falar de crises. Quero convidá-ío(a) a celebrara vida, a salvação. Às vezes, nos pegamos questionando, reclamando, sempre querendo conquistar além do que temos, e esquecemos de agradecer o que Deus já nos deu. É tempo de sermos mais gratos! A Bíblia diz: "Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1Ts 5.18). Na gratidão, você reconhece a soberania de Deus, e ela nos faz olhar além das circunstâncias. Comecemos agradecendo a Deus pelos 80 anos que a CPAD comemora neste ano. A Casa é conhecida principalmente como "A Editora da Escola Dominical". Ela tem se esmerado em cum prir seu papel na área da educação cristã com zelo e dedica ção. Minha alegria se estende à revista Ensinador Cristão, que completa 20 anos e tem sido uma ferramenta de apoio para os professores que militam no ministério. Eu louvo a Deus por fazer parte desta história, estando à frente desta abençoada revista. Na realidade, nossa vida deve ser sempre pautada na Palavra de Deus. Desta maneira, teremos motivos incontáveis para glorificar Seu nome. A irmã Martene Alves que o diga. Ela é superinten dentes da ED em Porto Alegre (RS) e tem muitos testemunhos lindos para contar sobre suas viagens missionárias e o trabalho na Escola Dominical, para a qual tem se dedicado intensamente. Mais detalhes você confere na entrevista com ela, na página 11. Nossa reportagem desta edição destaca a preparação da CPAD para o 3o Congresso Nacional Infanto-Juvenil e a preocupação dos educadores que trabalham com crianças em meio a essa so ciedade tão conturbada. Estes e outros assuntos você confere na edição deste trimestre. E você poderá observar por meio dos conteúdos publicados que nós temos motivos de sobra para sermos muitíssimos gratos ao Eterno. Que você tenha um ano repleto na presença do Espírito Santo e Ele possa te ajudar a dar graças por tudo. Um abraço! http://www.cpad.com.br mailto:ouvidoria@cpad.com.br mailto:ensinador@cpad.com.br Su m ár io Divulgue as atividades do departamento de ensino de sua igreja Entre em contato com E N S IN A D O R C R iS T Á O Avenida Brasil. 34.401 Bangu • Rio de Janeiro • RJ CEP 21852-002 Telefone 21 2406-7371 Fax 212406-7370 ensinador@cpad.com.br R eclam ação , crítica e/ou su g e stã o ? Ligue; 2Z+0 6 - 7 A 1 6 2406-7418 S E T O R DE A SS IN A T U RA S Atendimento a todos os nossos periódicos Mensageiro da Paz ManuaL do Obreiro GeraçãoJC Ensinador Cristão 36 Subsídio Semanal A RAÇA HUMANA: Origem, Queda e Redenção 14 ARTIGO A Pessoa de Jesus 18 ARTIGO O Incomparável Jesus 06 CAPA Estratégias para manter o jovem interessado e assíduo nas aulas da ED usem 05 Espaço do Leitor 10 ED em Foco 11 Converso Franco 22 Reportagem r y . 25 Entrevisto do comentarista 29 Solo de Leitura 30 O Professor Responde 31 Boas Idéias 44 Artigo 1 46 Em Evidência mailto:ensinador@cpad.com.br COMUNIQUE-SE COM A ENSINADOR CRISTÃO Por carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu 21852-002 - Rio de Janeiro/RJ Por fax: 21 2406-7370 Por email: ensinador@cpad.com.br En tre em contato com o revisto E n s in a d o r C ris tão Suo op in ião é im portante p a ra nós! ensinadord^cpad.com.br Devido às limitações de espaço, as cartas serão selecionadas e transcritas na íntegra ou em trechos considerados mais significativos. Serão publicadas as correspondências assinadas e que contenham nome e endereço completos e legíveis. No caso de uso de fax ou e-mail, só serão publicadas as cartas que informarem também a cidade e o Estado onde o leitor reside. Acervo do ED A Ensinador Cristão é mais que uma revista. Ela já faz parte do acervo de pesqui sa de incontáveis obreiros de Escola Dominical. Isso porque, ao longo dos anos, os conteúdos publicados por meio dos artigos, reportagens, entre vistas, dinâmicas e subsídios das Lições Bíblicas tornaram-se fundamentais para o aprimoramento de superintenden tes, professores, secretários; enfim, de todos que trabalham na área do ensino cristão. Que o Espírito Santo continue inspi rando a cada um que faz essa revista! Andréa Saltes - Rio de Janeiro Por e-mail Tempo de crescer A Revista Ensinador Cristão é um manual de vida prática que proporciona um profí cuo crescimento. Ela corrobora com ferramentas didáticas para o ensino do Povo de Deus. Fico radiante com a seriedade com a qual a revista trata os assuntos. Com muita cautela e eficiência, preocupa-se em transmitir a verdade da Palavra de Deus. Sem pre em uma linguagem que traz mais conhecimento e ajuda a mantermos o padrão das Escrituras Sagradas. Esse manual é sem dúvida um compêndio de doutrinas bíblicas que alimenta a nossa vida e, à medida que a lemos, nãote mos vontade de parar de ler, pois traz alegria constante. Eu admiro escritores que ao escreverem conseguem tocar a alma do leitor de maneira que sua vida se transforma, ou seja, acontece a metamorfose, uma real mudança. A melhor transformação é quando o indivíduo consegue mudar seu modo de pensar. Consequentem ente, seu comportam ento será diferente (Rm 12. 1-2). Ev. Roberto Santos (membro - AD em Lins de Vasconcelos (RJ) Por email © Nova Roupagem A revista Ensinador estpa com nova roupagem, mas com a mesma qualidade. Quero para benizar a equipe pelo empenho que demonstra através das matérias. Quero agradecer pelo zelo em trazer assuntos atuais e relevantes para todos os que prezam e amam a educação cristã. Que o Senhor continue inspirando a cada um que trabalha nesta estimada revista. Que Ele recompense a cada um, renovando as forças e susten tando. E que mais professores sejam alcançados e motivados pelos textos aqui publicados. Parabéns a todos! Roberta Alves, Rio de Janeiro (RJ) Por E-mail Dinâmica para crianças Sou professora do Depar tamento Infantil da minha igreja e coleciono exemplares da revista Ensinador Cristão. Uso a revista como material de auxílio para preparar mi nhas aulas. Minha base de apoio são as Dinâmicas. Gostaria de ver mais artigos relacionados ao Departamento de crianças. Cada conteúdo divulgado pela Ensinador colabora com o pro fessor na sua área específica. Deus abençoe ricamente a equipe deste valioso veículo de comunicação! Ana Paulo Gurgel ((MG) Por email Prezada Ana Paula, a Paz! A revista Ensinador Cristão procura atender a todas as faixas etárias em suas publicações. A CPAD valoriza o compromisso com a qualidade do ensino cristão e a tarefa de cooperar o máximo possível com as igrejas no país. Ficaremos atentos à sua solicitação. Obrigada pela cooperação. Deus abençoe! Recantos do país É uma satisfação ter a re vista Ensinado r Cristão . Ela tem chegado aos in teriores de nosso país. Foi no interior de Pernambuco que adquiri a minha primeira revista, ocasião em que um artigo muito me chamou a atenção. Fiz uma citação do mesmo em minha monografia. A revista continua sendo um veículo de comunicação importante na divulgação da ED. A igreja é um órgão socializador e a ED é de suma importância para o aprendizado nos dias atuais. Parabéns a toda equipe pela dedicação. Inês Moura- Rio de Janeiro Por e-mail mailto:ensinador@cpad.com.br O contingente jovem do Brasil u ltrapassa 34 m ilhões de pessoas entre 15 a 24 anos de idade (IBGE/2010). Os dados apontam para relevância da temática e o tamanho do desafio das Assembléias de Deus para com os jovens na Igreja. Em termos gerais, a conceituação de juventude refere-se à fase de vida situada entre a infância e a idade adulta. Portanto, um período com características peculiares de profundas transformações de ordem biológica, social, psicológica, moral e espiritual. Trata-se de uma etapa em que o indivíduo busca afirmação da identidade e a consoli dação do caráter. As escolhas realizadas nesse estágio implicarão no futuro, tanto como fator de crescimento ou limitação da vida adulta. Ciente desta realidade, a Escola Dominical deve envidar esforços e se apresentar | como segmento de educação norteador na formação cristã de nossa juventude. Para alcançar tal objetivo é necessário desenvolver estratégias para manter o jovem interessado e assíduo nas aulas da ED. Nesse artigo, apresentamos três princípios elementares de comprovada eficácia: sam i Estratégias ara manter o ovem interessado e assíduo nas a EDauias miiM » ' s WmÈí Reconhecer a com plexidade da faixa etária. Os term os s^lolescência e juventude, por vezes, são usados no Brasil como se fossem sinônim os. Em consequência, suas semelhanças e diferenças nem sempre são esclarecidas. Para mostrar a complexidade da questão usaremos os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), onde a adolescência é vista como um processo biológico de desenvolvimento cognitivo e estruturação da personalidade que se divide em pré-adolescência (10 aos 14 anos) e de adolescência propriamente dita (15 a 19 anos). E, a juventude é identificada como uma categoria so ciológica em processo de preparação para assumir o papel de adulto no plano familiar e profissional, compreendendo a idade dos 15 aos 24 anos (OMS/ OPS, 1985). Percebe-se pela análise do recorte etário que a categorização da idade que com preende o período da adolescência se sobrepõe e se confunde com o da juventude. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece adolescência entre os 12 e 18 anos incompletos. Esta classificação deixa subentendido que a juventude começa depois de completados os 18 anos, sendo esse o indicador adotado pelo currí culo da Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD). Contudo, não temos uma definição exata, em termos etários, que esclareça em que momento se encerra o período da adolescência para dar início à juventude. O consenso é de que a juventude se inicia na adolescência e avança gradativamente até a idade adulta. Durante esse processo não existem garantias que todos alcançarão a maturidade e nem tampouco a suposta idade em que isso acontecerá. Afinal, as teorias são subjetivas e a socialização hu mana acontece de modo diverso. A relevância do entendimento desta com plexidade está em alertar o professor para não ficar refém de conceitos es tereotipados, e sim, tratar com esmerada atenção e respeito os lim ites individuais e a cadência de aprendizado de cada um de seus alunos. Contextualizar as temáticas em sua totalidade. Embora, como afirmado acima, não se deve rotular e nem formatar o modo como o jovem se desen volve, sabemos que a juventude não aprende como aprendem os adultos. Em vista disso, contextualizar as temáticas abordadas em sala de aula se constitui emagente de motivação para o aprendizado entre os jovens. Contextualizar significa pôr no contexto, ou seja, analisar os fatos dentro do tempo e espaço em que aconteceram e ao mesmo tempo aplicá-los à realidade atual. Os alunos são desestim ulados e perdem o interesse quando o professor limita sua aula aos aspectos históricos e doutrinários. Portanto, para manter uma turma interessada requer-se do professor domínio do tema e aplicação atualizada da lição ministrada. O professor precisa estar ciente que seus alunos vivem um período de transição entre a dependência e a maturidade, cercados de dúvidas, incertezas e esperanças, somadas a necessidade de realizar-se pessoal, espiritual e profissionalmente. Por isso, torna- -se imperioso apresentar aos alunos questões reais e desafiadoras para que possam buscar soluções. Os debates acerca da aplicação do texto bíblico a realidade pessoal e coletiva são ótimas formas de manter os alunos interessados e afastar o enfado e o desânimo. Grande parcela da juventude sente-se bem em expor suas opiniões e pontos de vista sobre assuntos que retratam o seu dia-a-dia. Ao fazer uso desta estratég ia, o professor consegue trabalhar o conteúdo da lição, estimular a participação, de senvolvera compreensão das verdades e princípios ENSINADOR Cristão 7 b íb licos, e ainda, m anter os alunos m otivados a retornarem para a próxima aula. Ratificamos que a ação do professor no espaço de sala de aula é fundamental para conquistar a atenção dos alunos, manter a frequência e assiduidade do jovem na ED. Nesta tarefa, a escolha das práticas pedagógicas tem papel preponderante, pois elas abrangem todo o processo ensino-aprendizagem. Como a faixa-etária da classe jovem é complexa, as ações pedagógicas precisam ser dinâmicas a fim de promover o desenvolvimento dos alunos respeitadas as suas características individuais. No ambiente da ED o grupo de jovens é heterogêneo e o desafio compreende questões culturais, grau de instrução, classe social, estrutura familiar, maturidade espiritual dentre outrosfatores. Portanto, o entusiasmo, o amor pelo conteúdo ministrado, o empenho e a forma de dar aula passam a ser o primeiro ponto de contato entre professor e aluno. No m agistério cristão , o professor para além do papel de m ediador deve servir de m odelo e exem plo a ser seguido. Sua atividade pedagógica não pode ser balizada apenas pelo uso formal de técnicas e métodos educacionais, mas deve pro porcionar um clima acolhedor e descontraído no âmbito da sala de aula. Por exem plo , alternar os momentos de seriedade e descontração e o em prego do bom humor tornam-se boas táticas para despertar o interesse da turma. Estimular a solução de proposições d ifíceis e a atividade extraclasse instiga a pesquisa de novas fontes e mantém os alunos motivados. Nesse sentido, como ensina as Escrituras, o professor dedicado é com parado ao servo útil que faz além do previsto (Lc. 17.10), isto é, não restringe sua atuação as paredes da sala de aula. Sua prática pedagógica o leva a visitar seus alunos, a manter contato e ajudá-los na superação de seus conflitos e mazelas. Esta postura faz toda a d iferença. Muito mais do que táticas e teorias pedagógicas, a melhor forma de atrair e manter o interesse de qualquer aluno deve, necessariamente, passar pela atitude altruísta e o bom exem plo do professor. 8 ENSINADOR Cristão Portanto, o entusiasmo, o amor pelo conteúdo ministrado, o empenho e o formo de dor aula possam o ser o primeiro ponto de contato entre professor e aluno. Considerações Finais Reafirmamos que o incentivo é fator determinante para o sucesso do aprendi zado. Esta assertiva é com provada pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Respeitar a complexidade da faixa etária e a individualidade, usar meto dologias que tornam o aluno participante e não mero observador e a combinação adequada de práticas pedagógicas que instigam o aprendizado são estratégias fundam entais com forte impacto no de sempenho escolar dos alunos. A monotonia desmotiva o público jovem que tem acesso em tempo real às múltiplas ferramentas da tecnologia da informação. Dessa forma, as aulas na ED precisam ser interessantes, cativantes e surpreendentes. Lembre-se a motivação ou a falta dela é a reação do aluno mercê da atuação de seu professor. Por conseguinte, "se o ministério é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.7). Douglas Roberto de Almeida Baptista.■&m . _ i • Líder da Assembléia de Deus de Missão do Distrito Federal e do i Conselho de Educação j e Cultura da CGADB. í Graduado emteologia] filosofia, sociologia j e pedagogia1 \Especialista em| 1 Docência do Ensino | ^Superior. Mestre em : Ciências das Religiões e Mestre e Doutor em Teologia Sistemática Comentarista das il III'! '.liW W IW W W W W W W i Lições Bíblicas CPAD. ENSINADOR Cristõo 9 Criatividade atrai alunos para ED em Campos Sales | A Assembléia de Deus Campos 1 Sales (CE), presidida pelo pastor Fran- cisco Ferreira Henrique, reconhece o a importância de ter os membros envolvidos com a Escola Dominical e, nos últimos anos, tem realizado estratégias como forma de captar novos alunos. A equipe responsável pela edu cação cristã da igreja é composta por dois superintendentes, uma secretária administrativa, uma financeira, um secretário de infraestrutura e oito professores, que atendem às quatro classes. Recentemente, foi implantada a ED em duas congregações peque nas, localizadas na zona rural, onde funcionam ainda em salas únicas. O superintendente da ED, Diogo Ribeiro, conta que, ao chegar com sua esposa em Cam pos Sales em janeiro de 2018, encontraram uma ED que sobrevivia com pouco mais de dez alunos. Todos adultos e em O departamento infantil faz parte do crescimento da Escola Dominical na AD em Campos Sales Os jovens deixam sua marca na Escola Dominical e se destacam pela taxa elevada de assiduidade, algo próximo a 90%. uma sala única, não havendo o ensino específico para crianças e jovens. Hoje, dois anos depois, ela possui mais de 130 alunos matriculados. "Acredito que a maior dificuldade na época foi conscientizar a todos da importância de crescer não só na gra ça, mas também no conhecimento" A partir daí, o trabalho foi iniciado, e a taxa média de assiduidade dos alunos, chegou a 72% .. Dos oito professores, cinco pos suem formação superior. Diogo e sua esposa, a também superintenden te, líder do departamento infantil e professora do maternal, Priscila Moura Ribeiro, são graduados em Teologia e participam de diversos cursos e congressos voltados à área da educação cristã com a finalidade de repassar todo o conhecimento aos demais professores. "Na nossa região, não dispomos de cursos de capacitação. Por essa razão, eu mesmo organizo os cursos de capacitação e ministro entre nos sos professores, e a outras igrejas", conta Diogo. A ED em Campos Sales teve um crescimento qu elevou à ampliação do espaço de uma sala para quatro salas de aula, e a implantação de ED em congregações carentes da zona rural e de difícil acesso. Isso é resultado do esforço da liderança em fazer com que o aluno veja algo de diferente na ED, algo que cative sua atenção, que o estimule a levantar da cama e ir até a igreja todos os domingos pela manhã,. A ED é mais atrativa do que qualquer tipo de lazer ou recreação no domingo. A liderança tem se dedicado à criação de estratégias que premiam os alunos de acordo com os seus desempenhos. Na primeira lição de cada trimestre, é realizado um grande café da manhã, onde é apresentado um relatório à igreja com os avanços e conquistas do trimestre anterior. Na ocasião, são entregues medalhas para os alunos e professores que mais se destacaram no trimestre, nas seguintes categorias; "Aluno e Aluna ED" (cada classe tem um ganhador e o critério é apenas o número de presenças), "Família ED" (premia a família com maior número de presenças), "Destaque ED" (alunos recém-matriculados e que obtiveram mais de 9 presenças no trimestre), "Professor ED" (professores com o maior número de presenças) e, por fim, "Classe ED" (premia a classe com maior média de presentes em relação ao número de matriculados. Outra estratégia adotada é per mitir que os alunos fiquem com os celulares ligados e em suas mãos na sala, como uma forma de "ter mômetro" de retenção da atenção. Caso o aluno prefira usar o aparelho a assistir a aula, o professor entende que precisa se esforçar ainda mais para conquistar a atenção dele. O desenvolvimento das classes é elogiado e notado por toda equipe de professores, que consideram, como as palavras de ordem da ED, o amor, a criatividade e a inovação. "Todas as nossas classes se desta cam em uma questão: os adultos pelo volume de matriculados, que são 50% de toda a ED; os jovens, pela elevada taxa de assiduidade, algo próximo a 90%; e as classes de Maternal e Ju niores pelas suas atividades criativas e lúdicas, bem como suas apresentações das lições diante das outras salas", se orgulha o superintendente. 10 ENSINADOR Cristão Na dependência total do Senhor Natural de Charqueada de Santa Tereza, interior de Bagé (RS), Mar- lene Alves entrou pela primeira vez numa Assembléia de Deus aos 5 anos de idade, levada pela mãe Cezária Gonçalves. A região onde moravam foi alcançada pelos esforços evangelísticos dos missionários noruegueses Nils e Mary Taranger. Desde então, a menina não só passou a frequentar, mas a desenvolver seus talentos nos departamentos da igreja. "A família de minha mãe converteu-se ao Senhor, mas ela permaneceu impassível. Foram 50 anos de intercessão. Finalmente, aos 84 anos, ela decidiu-se por Jesus. Aos 88, minha mãe faleceu", lembra Marlene. A conversão do pai aconteceu no leito de morte: acompanhado por um cristão, João Portugal Machado recebeu o Senhor e partiu. Batizada no Espírito Santo aos 14 anos, sua jornada na obra de Deus incluiu a atuação como professora de ED, secretária,tesoureira e evangelista em presídios. Aos 15 anos, contraiu tuberculose e foi desenganada pelos médicos. Naquele momento, a adolescente estava concluindo o curso normal a fim de ingressar na carreira de magistério, quando ficou doente e corria risco de morte. A estudante adorava o Senhor, quando Este lhe mostrou dois pulmões sadios. Logo depois, estava boa. "Foi Deus quem me curou dessa enfermidade", assevera Marlene. Marlene recorda que, ao longo de sua jornada na Seara do Mestre, ela atuou como missionária em Guiné Bissau, Cabo Verde e Senegal. Hoje, aos 73 anos, milita na superintendência da Escola Dominical da Assembléia de Deus em Porto Alegre (RS). Viúva do missionário Antônio Peres Alves, ela ainda reserva tempo para os três filhos, sete netos e duas bisnetas. irma nasceu em lar evanaelico Meus pais não eram evangélicos, mas criam em Deus com muita reverência e até, posso dizer, com temor. Nasci no interior da cidade de Bagé (RS), em um lugar chamado Charqueada de Santa Tereza, onde o Evangelho entrou pelos missionários Nils e Mary Taranger. Toda a família da minha mãe converteu-se, porém minha mãe, não. No entanto, foi ela quem me levou ao primeiro culto. Eu tinha 5 anos de idade. Algo curioso aconteceu: minha mãe deixou-me na Igreja. Comecei a frequen tar a Escola Dominical, sendo a minha primeira professora a missionária Mary Taranger. Graças a Deus, permaneço na Casa do Senhor até hoje. ENSINADOR Cristão 11 C onversa Franca Qual q importância da e m iê b s ê íar aa A Escola Dominical é de suma im portância para a minha vida, porque, olhando exem plos bíbli cos, constato que somente através do ensino correto, fundamentado em princípios imutáveis bíblicos, teremos verdadeiros avivamentos, como aprendemos com o rei Josa- fá, em 2 Crônicas 17; e o rei Josias, em 2 Reis 22 e 23. A lém d isso , tam bém acred ito que som ente um ensino de qualidade formará cidadãos capazes de serem úteis ao país. pedagógicos. Falta também, para muitos, a visão correta de que o en sino fundamenta-se em princípios imutáveis, gerando um processo ,e deste um sistema com objetivos claros e determinantes. Por outro lado, entendo que muitos ensinam sem a visão do homem integral: criança, adolescente, jovem, adulto e idoso. Além disso, falta em alguns lugares um conhecimento bíblico profundo e também da visão clara da sociedade atual em todas as áreas, seja a social, a filosófica, a educacional etc. E não pode faltar a dependência total do Espírito Santo (Jo 14.26). 8 1 B E H E E * B S E E a ministrar na Escola Considero, em primeiro lugar, um grande presente de Deus o ministrar a Palavra tanto no Brasil como no exterior. Porém, precisa mos de uma visão correta sobre cultura para não querer tirar o que é bom na cultura e implantar aspec tos não bíblicos. Também necessi tamos de conhecer o sacerdócio ao qual pertencem os, conforme 1 Pedro 2.9, pois o nosso dever é ensinar sobre Cristo e anunciar a todos as Suas virtudes, porque Ele nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Portanto, ministrar no Brasil ou no exte rio r é uma experiência m aravilhosa, desde que a Palavra seja ensinada com conhecimento e graça, conforme, 2 Pedro 3.18, a fim de que em tudo Jesus seja glorificado. J que o senhora acha que alta na Éscoía Dominlcotl ̂ Jo ferosil poro motivar a | i requència dos jovens nasl S S S S i Em muitas Igrejas, faltam espa ços físicos adequados, como salas apropriadas para o uso de data show, mapas e outros m ateriais experiencio marcante com Deus em uma de suasj^ B vioaens missionárias■ ! » Pela bondade do Senhor Jesus Cristo, tenho presenciado muitos m ilag res, sa lvação , lib e rtação , cura divina etc. Mas, como tenho que escolher, relatarei um que, eu diria, pela graça de Deus, valeu muito ter passado naquele lugar. Estávamos trabalhando no lindo e abençoado país de Cabo Verde. Em um sábado, dividíamo-nos em equipes para o trabalho de evan- gelismo. Em um culto ao ar livre, após a mensagem, no momento do convite, um senhor por nome João dirigiu-se à frente, falando na língua criou lo , d izendo : "Eu quero o Je su s da m ulher". Não interessava quem eu era, mas era algo falado com a alma. Refrisei o convite . Ele insistia com mais força que queria o meu Jesus (era a primeira vez que ouvia falar de Jesus). Orei com ele. Jesus curou sua esposa e filhos e outras pesso as. Aleluia! Mas, no próximo culto, quando voltamos lá, o Senhor Jesus havia levado o irmão João para o Céu . É para m editar: uma única oportun idade ... Q ue estejam os dispostos a obedecerão "Ide" de Jesus (Mc 16.15). Uma observação: na África, em certos países, não há desrespeito em usar o nome "mulher". Na Bíblia, temos o caso de João 2.4. WBê MSBèSBBM Ao Senhor toda a glória. Sem pre gostei de aprender; portanto, de ler. Éramos muito pobres, mas minha mãe presenteava-me com livros de histórias. Na escola nor mal, ganhei uma bolsa de estudo in teg ra l. C ase i-m e ced o , m as, como já trabalhava, pagava meus cursos superiores e até hoje sigo estudando. Recentem ente fiz um curso de Arqueologia Bíblica pelo Instituto Moriah em parceria com a Universidade de Israel. Ainda, se o Senhor permitir, farei outros cursos. • iz m M W ú wmuma e levou por um caminho ue t n ^ n Realm ente , não acho que a minha formação tenha levado-me por tantos caminhos que eu jamais imaginei. Mas o Senhor, sim, tem me levado por tantos lugares e pa íses que eu nunca p en se i. E em cada lugar, rendo graças ao Altíssim o, porque não posso es quecer das dificuldades financeiras que minha família enfrentava e de outros problemas. E o Senhor tem me agraciado de tal forma que só me resta render-lhe louvores por tudo. Inclusive, por esta entrevista. inculado a alguma igre, Meu traba lho nos p resíd ios sem pre foi v in cu lad o à Ig re ja . Em Cabo Verde, o Senhor Jesus proporcionou-me trabalhar junto com a senhora Madalena, secretária de ação social do país, abrindo 12 ENSINADOR Cristão m uitas portas de evange lism o , inclusive no presídio. No detalhamento de suas fun çõ es, v im os que fez trab a lh o s evangelísticos em m anicôm ios. Como surgiu esse desejo? Quando o Espírito Santo conscientizou-me de minha chamada missionária, o meu coração foi inundando por uma responsabilidade e um amor pelas almas, e isso moveu-me a trabalhar até em manicômio, sendo um trabalho muito gratificante , pois o Senhor faz coisas tão lindas que jamais pensamos que possam acontecer. E mm QiQum momento ensou em parar pela em alqum sonho ue ainda nao foi posto Parar? Com o desejo sem pre ouvir o Espírito Santo, não quero fazer o que Ele não quiser, mas estou disposta a continuar. Sonhos? Fazer um curso de A ram aico e continuar e sc reven d o o que o Senhor Jesus determinar. anos, esta ativa na az parte da equipe de superintendente da E eixe uma mensagem ara o professor que esta BE&BEBB A os p ro fe sso re s que estão começando, é preciso ter certeza da chamada e da vocação, e fazer o que o apóstolo Paulo aconselhou em Romanos 12.7: "Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino". A prove i tando, quero agradecer por tão honrosa oportunidade e desejar as bênçãos do Senhor Jesus sobre todos. Deixo Salmos 122. Quando o Espírito Santo conscientizou-me de minha chamada missionária, o meu coração foi inundando por uma responsabilidade e um amor pelas almas, e isso moveu-me a trabalhar até em manicômio tt ENSINADOR Cristão 13 1 mS s l l i l f O Incomparável Jesus Vivemos tempos de uma prolongada crise, um momento em que os valores tradicionais têm sido diluídos em meio a um emaranhado cultural cada vez mais cético, humanista e pragmático. A sede e fome de Deus tem sido ludibriada por um empanturramento de futilidades (as igrejas arquitetonicamente parecem cada vez mais shoppings, e os shoppings ganham um ar de purezae paz religiosa), um assoberbamento de tarefas a cumprir (a adoração genuína e generosa é trocada pelo ativismo religioso que se caracteriza pela competitividade doentia e arrogância vazia), e uma falsa sensação de companhia em virtude das múltiplas conexões digitais (são inúmeros aplicativos de relacionamentos, alto desenvolvimento tecnológico associado às empresas de comunicação, porém, nunca as pessoas estiveram tanto tempo solitárias e isoladas, mesmo quando estão na mesma mesa para refeições). E s ta b e le ce -se ass im , uma p e rig o sa ilu são , desenvolve-se um Cristianismo difuso. Para algum as pessoas a sim ples identificação com uma determ inada com unidade re lig iosa já lhes concedería o direito de se autodefinirem como cristãs. Esses indivíduos não conseguem discernir a diferença entre seguidor (aquele que em preende longas jornadas em busca de interesses pessoais) e discípulo (aquele que está disposto a moldar-se de acordo com o caráter de Jesus); essa multidão não é capaz de diferenciar o frequentador (aquele que se declara "evangélico nom inal", cuja participação semanal nos cultos tem muito mais uma finalidade de "desencargo de consciência" do que de serviço e adoração) e a testemunha (aquele que se identi fica tão radicalm ente com Cristo que é capaz, se necessário, de morrer por seu Mestre). Fabrica-se uma subcultura pseudoevangélica com o intuito de produzir nos cristãos nominais uma ilusória sensação de pertença. Daí nasce um dialeto próprio - o "evangeliquês" - com gírias e expressões inteligíveis apenas para os participantes do gueto social; patrocina-se uma moda gospel que, aliada a uma produção artística gospel, gera mais rendimentos financeiros do que qualquer bem-estar espiritual. O resumo deste estado-de-coisas é que as pessoas vêm às igrejas, mas não tem comunhão (encontramos igrejas-shoppings lotadas de pessoas, no entanto cada uma destas está solitária em seu próprio mundo de ambições, desejos e ganância); os frequentadores de cultos cantam e tocam músicas religiosas, porém estão bem distantes de qualquer adoração (As igrejas-shop pings investem muito em uma sofisticada engenharia sonora, porém o interesse parece mais em manipular as emoções das pessoas do que levá-las a uma comunhão genuína com o salvador); os carros e roupas dessas pessoas trazem slogans ou frases religiosas, todavia, seus corações e caráteres manifestam a decadência de quem nem sabe de fato quem Jesus é. Nasce assim um perigoso e monstruoso construto social deste tempo: um Cristianismo sem Cristo. Por fim, um dado extrem am ente preocupante que caracteriza de modo em blem ático toda essa celeuma religiosa de nosso tempo, é que entre os jovens tanto cresce o número de ateus como o de participantes de igrejas-shoppings que anunciam um evangelho-fake. Desta maneira, se nada for feito para mudar essa situação alarm ante, em poucas gerações enfrentaremos no Brasil um colapso sem precedentes, com um esvaziamento das igrejas que se comprometem em apresentar o Evangelho com seriedade, bem como um efeito social danoso - em virtude do esfacelamento de princípios ético-morais diretamente associados à vida cristã autêntica. Sensível a esta situação a CPAD resolveu apre sentar à com unidade jovem das Assem blé ias de Deus no Brasil uma Lição Bblica concentrada exclu sivamente num debate sobre a pessoa bendita de Jesus de Nazaré. Serão treze lições nas quais nos debruçaremos sobre os mais variados aspectos da vida, ministério e natureza do Salvador do mundo. Pensar sobre Jesus , aprender sobre a vida do Mestre, e de modo especial refletir sobre a mara vilhosa obra da salvação que ele estabeleceu em nosso favor, é uma exigência de nosso tempo, assim como um exercício de com prom etim ento com o futuro saudável da Igreja. ENSINADOR Cristão 15 p f - r r i : l i H M m Thiago BraziL, Líder da AD em Parque Buenos Aires, Ministério Templo Centrai, em Fortaleza (CE), comentarista das Lições Bíblicas de Jovens, doutor em Filosofia, professor efetivo da UECE O Evangelho necessita retornar às suas raízes no Brasil, e não há nada mais fundamental no Cristianismo que a compreensão plena de quem é nosso Salvador, pois é através dele que temos acesso ao máximo daquilo que se pode compreender da divindade. Dito de outra forma, Jesus - através de sua vida e ensinamentos - é o próprio mapa do céu; conhecer o Mestre - em virtude de seu amor com que muito nos ama - é a única razão pela qual faz sentido enfrentar todos os desafios da jornada terrena para chegar no céu. O próprio Redentor preocupou-se em fazer co nhecido e compreendido enquanto viveu conosco; o nascimento humilde, a vida comum em Cafarnaum, a participação em inúmeros eventos sociais (como alm oços, jantares, casam entos etc.) são algum as provas inquestionáveis de que Jesus queria que as pessoas compreendessem quem ele era. Já o uso de metáforas e parábolas para transmissão de sua mensagem eterna são manifestações não só da sa bedoria divina, mas também da compaixão celestial para conosco seus filhos. Enquanto rodeado de pessoas humildes e sim ples socialmente, Jesus anunciava o Reino de Deus falando de sementes, pescarias, fermento para bolos; já quando estava na presença de fariseus, sacerdo tes ou autoridades civis, o Cristo discursava com a oratória de quem transbordava sabedoria. O problema relativo ao entendimento de quem era Jesus foi uma questão tão cara ao Mestre que ele próprio em determinado momento questionou os seus amigos - aqueles que ele escolheu separa damente para uma obra específica - sobre o que a população em geral e eles mesmos entendiam sobre a pessoa do Salvador. A sinceridade da resposta de Pedro, tanto para apresentar a ignorância popular quanto para ressaltar o nível da revelação que já tinha alcança dos apóstolos, é algo marcante nas páginas do Evangelho. Je su s não pode ser confundido com nada ou ninguém; o Redentor não é um mero agitador de multidões, muito menos um simples sábio do Oriente, ele é o ungido de Deus para promoção da salvação das m ultidões que morreram na expectativa das promessas e daqueles que, ainda não tendo o visto, creem em suas palavras de vida eterna. De que modo o destino da Juventude brasileira poderá ser transformado? Dados recentes de pes quisas sobre crimes violentos no Brasil apontam que mais de 50% das pessoas que são assassinadas em nosso país tem entre 15 e 29 anos - isto significa um verdadeiro genocídio da população jovem . Se refletirmos bem, a estratégia do império das trevas aplicada no Brasil hoje assemelha-se aquela adotada pelas nações que dominavam o povo de Deus no passado - opressão dos mais frágeis, escravização dos sobreviventes e massacre dos mais jovens. É urgente que a Igreja brasileira volte seu olhar para a população jovem, evangelização, discipulado, formação e capacitação ministeriais são deveres que a comunidade dos que servem ao Cristo ressuscita do precisa ter com todos; e em tempos de crise, a prioridade precisa ser concedida àqueles que estão mais vulneráveis e frágeis. Nenhuma igreja local não precisa ser um shop ping, uma boate ou um circo para que a juventude interesse-se em estar lá, basta que cada comunidade cumpra sua natureza missional e comprometa-se em alcançar os carentes de salvação. 16 ENSINADOR Cristão A. J. Gordon Fundador do Gordon College, renovacionisto e um dos mois influentes pastores de suo geração j, . TÊÈki . j d ' fM ■ § W 1ÉÃSm f ^ f i. %y aÜT ; % v' : | i - 4 1 tf i 4 / Adon iram Ju d so n G ordon (1836-1895), mais conhecido como A. J . Gordon, recebeu esse nome de seus pais em homenagem ao missionário A do niram Judson (1788-1850), o prim eiro evangélico norte-americano enviado à Birmânia e que traduziu a Bíblia para o birm anês. Autor de vários livros e editor de dois hinários, A . J . Gordon é o fundador „ jd o Gordon C o llege , um fam ososem inário teo ló gico norte-am ericano que recebe esse nome em Jjomenagem a ele e que antes se chamava Boston Missionary Training Institute. Aos 15 anos de idade, A. J . Gordon converteu- ■'* -se e foi batizado. Aos 20 anos, entrou na Brown University com o estudante de filo log ia c láss ica , tendo conhecid o ali a sua futurg esposa , Maria | H ale . Em 1860, entrou na N ew ton T h e o lo g ica l | Institution com o objetivo de preparar-se para o •^ministério. Sua matéria preferida era Exegese do Novo Testamento. Em 1878, criou uma revista mensal )! chamada "The W atchword" com o único objetivo de edificar os cristãos. Reconhecido como um dos grandes nomes do m ovim ento renovacionista que marcou a Europa e os Estados Unidos no século 19, A . J . Gordon é considerado tam bém um dos mais influentes pas tores de sua geração. Batista, ele liderou a Igreja da Claredon Street, considerada uma das mais espiri- tuais e evangelísticas de sua época nos EUA. Aliás, Gordon era muito amigo do maior evangelista do século 19, o célebre Dwight Lyman Moody, tendo, inclusive, participado de suas campanhas evangelís ticas pregando e dando apoio financeiro. Também pregou no Tabernáculo de Spurgeon em Londres, outro amigo seu. Gordon trabalhou intensamente na evangelização de alcóolatras, tendo criado o Industrial Home, uma espécie de cooperativa que fornecia trabalho para os novos convertidos. Sua atividade apologética também é famosa, tendo se destacado no combate à Ciência Cristã de Mary Baker Eddy (1821-1910) e ao transcendentalismo de Ralph Waldo Emerson. Uma curiosidade é que A. J . Gordon é considerado também um dos "pais" do Movimento Pentecostal moderno, uma vez que entre seus posicionamentos teológicos marcantes estava a defesa do batismo no Espírito Santo como uma bênção distinta da Salva ção, como um revestimento de poder do Alto para o serviço a Deus e que normalmente era marcado pela m anifestação dos dons esp irituais. Gordon, porém, não necessariam ente vinculava as línguas ao batismo no Espírito, embora fosse visivelmente simpático a esse entendimento. Conta-se que a última palavra que se ouviu dos seus lábios ao morrer foi "V itória!". A I ; i j ■É9 ENSINADOR Cristão TJ Exem plo de M estre Jesus Cristo A liderança e a influência de Je su s na história humana é inegável. Cientistas, acadêmicos, filósofos, CEO 's e escritores ensinam e publicam sobre seu exem plo como um mestre. Entretanto , para nós, cristãos, Je su s não foi só uma pessoa inspiradora ou simplesmente um grande comunicador. Ao con trário, nós entendem os que Ele é o próprio Deus, nosso salvador, que não apenas lidera, mas também transforma vidas. Neste trim estre nossos alunos aprenderão um pouco mais sobre Jesus: seu exem plo, personali dade, sobre a forma como Ele se relacionava com as pessoas e principalmente sobre seu ensino aos discípulos. A história de Jesus é bem conhecida: está em na Bíblia, em diversos livros, músicas e até nos cinemas. Hoje ele é reconhecido como um modelo incrível a ser seguido. Entretanto os evangelhos registram que, nos anos em que exerceu seu ministério, Jesus foi alvo de muitas críticas. Ele enfrentou opositores e questionadores. Ele fugiu de uma tentativa de assassinato; Ele foi confrontado e ofendido publi camente algumas vezes. Se por um lado Jesus tinha uma alta popularidade por causa dos seus milagres, por outro, foi censurado até pelos seus discípulos por causa do seu discurso. Mas, no geral, quem eram os opositores de Jesus? Alguns pequenos grupos de religiosos de diferentes correntes do judaísmo não viam com 'bons olhos' o comportamento de Jesus. O problema não era em si o que Jesus ensinava. O que de fato incomodava era o que Jesus fazia. Ações do tipo: falar com mulheres, tocar em doentes, dar mais importância às pessoas do que as posturas e cerimônias religiosas, falar com samaritanos, comer com cobradores de impostos, curar no sábado etc. Hoje, nós podem os nos perguntar: por que o exem plo de Je su s incom odava tanto? Por que despertava críticas? A cultura judaica estava pautada na observação da Lei mosaica. Este zelo em cumprir a Lei, associado à religiosidade e manipulação dos poderosos sobre os humildes resultou em uma sociedade estratificada entre puros e impuros, inclusos na aliança com Deus e excluídos, povo de Deus e não povo. Quando Jesus, que era reconhecidam ente um Mestre, surgiu realizando m ilagres e pregando o perdão de pecados e acolhendo os chamados 'pe cadores' que eram excluídos pelo sistema religioso isso foi motivo de espanto e discórdia. Jesus veio com seu exemplo ensinando algo mais poderoso do que a Lei: a Graça. Nas palavras e nas ações de Jesus vemos graça e misericórdia, como promotoras da Justiça de Deus. Isso escandalizou o mundo. Jesus, ao contrário dos mestres do judaísmo que tinham como prioridade não se contaminar com as pessoas ou em lugares impuros, importava-se com todos. Mesmos os que eram chamados de 'imundos' e 'pecadores'. Ele via as pessoas além desses rótulos. E mais do que isso: Ele ajudava a estas pessoas. Com seu amor, poder e com paixão , Jesu s tocou as pessoas, trazendo cura e salvação para muitos. E hoje, tem os a obrigação de nos perguntar: enquanto igreja, estamos seguindo o modelo de Jesus? Estamos cuidando de pessoas sem nos preo cupar com rótulos? Estamos indo a todo e qualquer lugar para ajudar os necessitados? Ou tem lugares que deixamos abandonados porque consideramos impuro ou pecam inoso? A igreja do século 21 se gue o modelo de quem? De Jesus ou dos líderes religiosos que faziam oposição ao Cristo? Nosso mestre nos deixou uma direção: caminho do amor. Este foi seu maior exem plo. Sigamos. Flavianne Vaz é Bacharei em História (UGF) e TeoLogia (FTSA). Pós Graduando em TeoLogia do Novo Testamento (Faecad). É membro da AssembLéia de Deus - Ministério Crescer (RJ). É comentarista do currículo de Escola Dominical da CPAD. Autora de “Liderando Adolescentes”, publicado pela CPAD. ENSINADOR Cristão 19 Flavianne Vaz é Bacharel em História (UGF) e Teologia (FTSA). Pós Graduando em Teologia do Novo Testamento (Faecad). É membro da Assembléia de Deus - Ministério Crescer (RJ). É comentarista do currículo de Escola Dominical da CPAD. Autora de “Liderando Adolescentes”, publicado pela CPAD. Conselhos Sociois e Espirituais dos Profetas Menores Os profetas estão presentes em todo o Antigo Testamento. Em diversas épocas diferentes a Bíblia mostra homens e mulheres sendo usados por Deus para falar com o seu povo. Neste trimestre, os juvenis vão estudar especificamente os livros dos profetas menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Nós sabemos que a categorização como 'profetas menores' refere-se apenas ao tamanho do volume da obra literária (quando comparada com o volume da obra de Isaías, Jeremias e Ezequiel), e não tem nenhum tom de inferioridade ou de definição de importância. De modo que os chamados 'menores' são livros tão importantes na Bíblia quanto qualquer outro. Feito este prim eiro esclarecim ento , tam bém gostaríam os de apresentar um quadro geral das obras proféticas no Antigo Testam ento, para que seja possível com preender o contexto cronológico e atuação destes homens. Vejamos este quadro: Período Falou a Judá Falou a Israel Falou a outras N ações Profetas Pré- exílicos Joel; Isaías; Miquéias; Sofonias; Habacuque; Jerem ias; Am ós; O séias; Jonas (Nínive); Naum (Nínive); Profetas do Exílio 1 e 2 Samuel foram escritos em fins do século X a.C . Entre 1.100 e 970 a. C . O badias (Edom); Daniel (Babilônia); Ezequiel (Exilados); Profetas Pós- -exílio O propósito de 1 Samuel é descrever o momento da história de Israel em que o governo passou do juiz para o rei. O propósito de 2 Samuel é narrar a história profética do aspecto teocrá-tico da monarquia de Israel. Nele, podem os perceber que o profetismo foi uma marca do final do período da monarquia dos reinos de Israel e Judá e que perdurou mesmo após o final do exílio. Também fica claro que cada profeta se dirigiu especificam ente para uma nação. A mensagem presente nestes livros é muito con tundente. Ao contrário dos que o senso comum pensa, o papel do profeta não era revelar o futuro. Mas a voz profética do Antigo Testamento denunciava o pecado, as injustiças sociais, a corrupção moral dos reis e sacer dotes, a pecaminosidade no templo e nos ministérios, a idolatria do povo, a necessidade de arrependimento e a existência de uma esperança centrada em Deus. Todos esses temas são mais que urgentes para os nossos dias. Notemos: Amós prenuncia o juízo sobre Israel por causa da injustiça social e da falta de interesse pelos necessitados. Miquéias adverte que a corrupção trará um juízo eminente, mas tam bém anuncia a esperança do reino do messias. A infidelidade da mulher de Oséias ilustra a relação entre o povo e Deus. Sofonias fala do juízo universal que com eçará em Ju d á , mas tam bém anuncia a promessa de restauração. Zacarias conduz o povo à reconstrução espiritual do indivíduo; Malaquias conclama o arrependimento do povo. Atualm ente apesar das milhares de igrejas em nosso país vivemos um silêncio profético nos púlpitos. Há muita pregação de auto-ajuda, motivacional e de acolhimento. E pouca ou quase nenhuma denúncia de pecado, cham ada ao arrependim ento sincero (tanto dos religiosos, como dos que não possuem uma vida com Deus). É tempo de orarmos para que o Espírito Santo use os profetas dos nossos dias para pregarem e ensina rem sobre arrependimento, ética social, integridade de adoração, promoção de justiça entre o povo. E especialmente para proclamarem a verdadeira miseri córdia de Deus e esperança centrada em Jesus Cristo. REFERÊNCIAS: ELW ELL, W. A. Manual bíblico do estudante. Rio de Janeiro: CPAD, 1997. GOWER, R. Novo manual dos usos e costumes dos tempos bíblicos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. RICHARDS, L. O. Comentário histórico cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. É tempo de orarmos poro que o Espírito Santo use os profetas dos nossos dias paro pregarem e ensinarem sobre arrependimento, ético social, integridade de adoração, promoção de justiço 20 ENSINADOR Cristão entre o povo. C ó d ig o : 33 54 36 / F or m at o: 1 4, 5 x 22 ,5 c m / P ág in as : 23 2 CHEGOU A HORA DE ssjp VENCER O SEU GIGANTE Em G olias D eve Cair, o pastor Louie Giglio descobre uma nova reviravolta na clássica história de David e Golias. A chave para viver livre de nossos gigantes não é ter a melhor mira, mas manter nossos olhos no único matador de gigantes - Jesus. Deposite sua esperança nEle e veja Golias cair. Golias Deve Cair Ganhando a Batalha Contia os seus Gigantes 0 8 0 0 021 73 73 www.cpad.com.br CPAD PUBLICANDO A VERDADE MOSTRANDO O CAMINHO PRODUZINDO VIDA http://www.cpad.com.br Re po rta ge m 3 "CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO* - Infanto-Iuvenu empos Difíceis Sâo Paulo / SP 12-15 de Março 12020 A Casa Publicadora das Assem bléias de Deus (CPAD), em sua missão de divulgar a Palavra por meio da educação cristã, com o firme propósito de com bater as heresias e demais ensinos contrários à sã doutrina, tem como meta para 2020 continuar a difundir cronogram as e relevantes projetos que sirvam de alerta à igreja e à liderança em relação ao momento crítico em que estamos atravessando. E para enfrentar o momento conturbado que a socie dade hodierna demonstra, a editora mobilizou-se para realizar o 3o Congresso Nacional de Educação e Evangelização Infanto-Juvenil. O objetivo é fornecer informações vitais para a manutenção da família tradicional e o combate aos program as nocivos à integridade humana. Estão convidados os professores que militam nesta área e que têm como prioridade ensinar e estim ular o surgimento de novos talentos, a fim de serrar fileiras e evitar a contaminação da Igreja por modismos e novidades contrários à Sagrada Escritura. Sob o tem a "Ensinando em tem pos d ifíce is" baseado no livro de 2 Tim óteo 3.1, o evento será em São Paulo (SP), na AD Belenzinho, entre os dias 12 e 15 de março. O d iretor executivo da CPAD, Ronaldo Rodrigues de Souza, disse que um dos motivos para a Casa realizar o congresso é justa mente em função de todo este ataque que a família vem sentindo de diversas organizações e áreas da sociedade. "Percebem os que estão tentando acoar a família. Percebe-se uma mudança de pensamento que muitas crianças estão tendo devido à orienta ção e à formação que elas têm nos colégios. Nos últimos anos, as escolas levaram para dentro delas uma doutrinação de quebra de valores, quebra da família tradicional, inserindo na mente dela princípios totalmente contrários a Palavra", atesta o diretor. Ele informou ainda que o tema escolhido "Ensi nando em tempos difíceis", é um retrato dos dias de hoje. "Trouxemos preletores que estão vivenciando isso no dia a dia não só com base bíblica, mas tam bém com uma formação nas suas respectivas áreas. Eles orientarão os professores da área infanto-juvenil como devem se posicionar diante deste quadro que estamos vivendo. E como reverter esta tendência que hoje, infelizmente, está estabelecida na nossa socie dade e que hoje é uma realidade", pondera Ronaldo. isposiçoo para aprender Para Jean Porto dos Santos, pedagogo, coor denador dos departam entos Infantil Herança do Senhor e do Discipulado Infantil (Joinville), existe uma tentativa para desconstruir a fé da próxima geração e por isso líderes e professores de crianças estão diante de grandes desafios. "Por essa razão, o 3o 22 ENSINADOR Cristão SE M IN Á RI O S Congresso de Educação e Evangelização Infanto - Juvenil é fundamental. Por ele receberemos orien tações e direcionamentos que serão fundamentais no desempenho do nosso ministério. Precisamos de ferramentas para poder desenvolver com excelência aquilo que o Senhor nos chamou para fazer, educar e evangelizar essa geração. Sendo assim, acredito que o congresso é de grande relevância para os líderes de todo o Brasil", afirma professor Jean . A p ro fesso ra e co n fe ren c ista Jo an e Ben tes participou como palestrante do 2o congresso em 2009, e acredita que mediante a todos os ataques que a criança e a família vêm sofrendo no Brasil, há uma urgência na realização do 3o congresso. "Nós, educadores cristãos e seculares, homens e mulheres, líderes preocupados com a infância no Brasil, preci samos de orientação, de informações, de métodos criativos de ensino. Nós estam os debaixo de um bombardeio no Brasil para destruir a infância. Precisa mos urgentemente do 3°congresso Infanto- Juvenil, onde possamos ser capacitados, orientados a usar métodos criativos de ensino, recursos que possam construir nas nossas crianças valores permanentes e imutáveis, e nenhuma doutrinação do mal terá poder de destruir aquilo que vamos construir a partir da primeira infância, a partir do maternal, do berçário que é começa a nossa m issão", enfatisa Joane. Para a gestora e pedagoga G láucia Leal Lima, as estratégias precisam vir com urgência. "Conheci mento da legislação nacional sobre o ECA , direitos e deveres da criança , form ações d irecionadas à práticas de leitura bíblica com os filhos, projetos de evangelização nas escolas infanto-juvenis, conhecer as bases fundam enta is do d esenvo lv im ento da criança e do adolescente criar pequenos grupos de estudos bíblicos nos lares, envolvendo famílias, incentivo à intercessão". A professora Anita O yaizu dá algum as d icas básicas. "Referindo-se à sugestão de estratégias para alertar aos professores, não encontramos re ceitas prontas, entretanto, entendem os que, para lidar com as crianças de quaisquer faixas etárias da infância, é necessário acimade tudo ter convicção do propósito e objetivo a ser alcançado. E como sem pre digo, tem os que traçar essas metas com sabedoria, sem jam ais nos esquecer de que nem sempre os fins justificam os m eios". is de combate Para o pastor Jean Porto, o evento trará infor mações necessárias e satisfatórias. "Acredito que esse congresso nos dará idéias, estratég ias e d i recionamentos que facilitarão o desenvolvim ento de projetos na área da educação e evangelização ENSINADOR Cristão 23 I infanto-juvenil. Será um m om ento de troca de tratar estes assuntos. E les não são fa lados com vivências que possibilitarão ampliar nossos conhe- muita naturalidade dentro das nossas igrejas. Muitas cim entos", frisa o pedagogo. vezes nossas igrejas trabalham como se vivéssemos "Em meio a todos esses conflitos que a sociedade num mundo diferente, mas na realidade não é. A enfrenta, em âmbito mundial, reconhecem os que infiltração está acontecendo. As crianças ficam mais nossas famílias, pais, líderes e professores precisam tem po na escola com o professor, que tem toda de suporte em todas as áreas, para que tenham con- essa doutrinação errada, fica as vezes pouco tempo dições de combater as diversas formas de influências na igreja. Praticam ente dom ingo pela manhã e à da mídia, das correntes filosóficas que percorrem as noite. Tem que haver um trabalho da igreja com escolas de nossa nação, como também orientarem seus professores, com total envolvimento dos pais", seus filhos no conhecimento da Palavra. Por isso, a assevera diretor. importância de term os um Congresso em expan- Ele entende que os pais precisam entrar nesta são nacional, onde estejam presentes lideranças e luta e saber o que está acontecendo, mas também famílias de todo o Brasil para juntos colocarmos em precisam ter esta orientação. "Esta é a estratégia práticas estratégias apresentadas por palestrantes que podemos fazer. Mas sem o apoio da igreja, a capacitados que já estejam envolvidos na causa", editora não pode fazer nada. A Casa trabalha com argumenta Gláucia Leal Lima. as igrejas. É um trabalho de dar as mãos. A CPAD A professora Joane Bentes acredita que é um por meio da literatura, eventos, capacitação junto grito e uma urgência. "É para já , nós precisam os com as igrejas, por meio dos seus líderes e pastores ser orientados, capacitados para defender a infância e, da Escola Dom inical. E acima de tudo, somos no Brasil e os valores da família segundo a Palavra e totalmente dependentes da benção de Deus. Que usando também os nossos direitos. Nossas crianças o Senhor possa confirm ar e nos dar vitória neste estão sendo violadas nos seus direitos, o Estatuto propósito", conclui. da Criança e do Adolescente nos traz direito contra Estarão ministrando a Palavra os pastores José abusos, a pornografia, contra a doutrinação do mal Wellington Costa Júnior (SP); José Wellington Bezerra que querem e já está sendo inserida dentro das da Costa (SP); Ronaldo Rodrigues de Souza; (DF); cartilhas e projetos escolares. Precisamos urgente- Guilherme Schelb (PR); Terry Linhart (EUA); Douglas mente levantar e capacitar um exército em defesa Baptista (DF); Alexandre Coelho (RJ); Jamiel Lopes(SP); da infância e da família no Brasil", desabafa Joane. Marcos Tedesco (SC). As professoras Joane Bente Segundo Ronaldo Rodrigues, a Casa vai trabalhar (PR); Marta Costa (SP); (DF) Elaine Cruz (RJ); Valquiria por meio dos preletores a fim de orientar os pais, Salinas (SP); Telma Bueno (RJ); Anita Oyazu (SP), professores e lideranças. "Nós pretendemos trazer Helena Figueiredo (RJ), a ministra Damares Alves a realidade do que está ocorrendo. Não adianta e os adoradores da CPAD Music Lilia Paz, Marcelo imaginar que isso não está acontecendo. Evitamos Santos e Victorino Silva. Ho correntes teologicos conflitantes ouonto humano como, por Moior entendimento sobre o Criação O tema da revista Lições Bíblicas deste trimestre discorre sobre a doutrina bíblica do homem. No decorrer das lições, o autor mostrará o que a Bíblia ensina a respeito do ser humano. Ele vai enfatizar a criação de Adão e Eva, a triste realidade do pecado, a experiência humana fora do Éden e a nossa redenção. A pro posta do com entarista é nos ajudar a entender mais sobre o que é a doutrina do homem. A ta refa coube ao experiente escritor, conferencista e consultor doutrinário e teológico da CPAD, pastor Claudionor de Andrade. Pastor C laudionor escreve com entários para re vista Lições Bíblicas desde 1997. Em seu currículo, encontramos os comentários de Malaquias, Atos dos Apóstolos, Gênesis; Adoração, Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua igreja em Levítico, dentre outros. Confira abaixo entrevista sobre a nova revista. que, por ser o pai da raça humana, acabou por alcançar todos nós; ele o cabeça da raça humana (Rm 5.12). O segundo é o experimental - uma consequência direta e imediata do original (1 Rs 8.46). O pecado origi nal também pode ser chamado de pecado-fonte ou pecado-matriz, pois dele procedem todas as transgres sões e iniquidades. Esclarecemos, porém, que o pe cado original não leva ninguém para o inferno, mas o experimental, sim (Ez 18.4). O recém-nascido, por exemplo, embora traga, em si, a semente do original, ainda não tem a culpa do experimental (1 Rs 14.12,13). Se morrer nessa fase, não perde a alma. Quanto à corrupção total do ser humano, podemos entendê-la dessa forma: em Adão, todos pecaram e foram destituídos da glória de Deus; consequentemente, todo o nosso ser acha-se corrompido não apenas pela iniquidade de Adão, exemplo, o dicotomisto e o tricotomisto. Qual o diferenço entre ambos') E ] qual delas reflete melhor o ensinamento bíblicoVÉHi Quando nos voltamos à Bíblia Sagrada, constatamos que o ser humano é, de fato, constituído tri plamente: corpo, alma e espírito (1 Ts 5.23). Todavia, ressaltamos que o espírito e a alma, em nós, acham-se intimamente ligados; não podem ser apartados um do outro. Somente a Palavra de Deus é capaz de alcançar a divisão entre a alma e o espírito (Hb 4.12). Através da alma, que se utiliza de nossos órgãos sensoriais, entramos em contato com o mundo físico. E, por intermédio do espírito, comun gamos com o mundo espiritual. o constituição do ser Deus assim constituiu-nos, para que tivéssemos condições de viver sobre a face da Terra. Mas, após o arrebatamento, seremos semelhantes ao Senhor Jesus (1 Jo 3.2). É por isso que a nossa santificação tem de ser completa: corpo, alma e espírito. Aliás, o hino cinco de nossa querida Harpa Cristã reflete muito bem este anseio do crente: Espírito, alma e corpo Oferto a Ti, Senhor Como hóstia verdadeira Em oblação de amor Umo doutrino pouco comentado, hoje em dia, e o do pecado original e do consequente corrupção É total do hum o nido deU l Resumidamente, discorro j sobre esses pontos B IIIm do utrino isJBB BB BB M I Consideremos, aqui, dois tipos de pecado: o original e o experimen tal. O primeiro é o pecado de Adão ENSINADOR Cristão 25 Entrevista do Com entarista mas principalmente pelas nossas (Rm 3.23; Is 1.6). Todavia, o homem mantém as condições mentais e intelectuais necessárias para ouvir e crer no Evangelho de Cristo (Jo 3.16). Ressalto que, no Dia do Juízo, ser humano algum poderá desculpar-se no pecado de Adão; todos seremos julgados por nossos próprios atos (Ap 20.11 -15). Não culpemos Adão por nossas transgressões; assumamos nossos pecados e confessemo-los a Deus (Lm 3.39; Jo 1.7). A Bíblia destaca o valor do] ser humano perante Deus, | O senhor poderio discorrer biblicamente sobre esse BÉ O ser humano, compreendendo ambos os sexos, foi criado dire tamente por Deus (Gn 1.26; 2.7). Somos imagem e semelhança do Pai Celeste. Além disso, confiou-nos Ele o governo da Terra, apesar de sermos inferiores aos anjos; de glória e de honra, corou-nos (SI 8.44-6). Não nos esqueçamos de que o Senhor Jesus, sendo Deus de Deus, fez-se carne não apenaspara habitar entre nós, mas principalmente para resgatar-nos do pecado (Jo 1.14; 1 Tm 2.5). Por representarmos a obra- -prima de suas mãos, o Pai Celeste amou-nos singular e grandemente (Jo 3.16). Somos o templo de seu Espírito (1 Co 6.19). Tao importantes somos aos olhos de Deus, que Ele veio a entregar o próprio Filho para salvar-nos. A leluia! Deus almeja habitar conosco. Ele está entre nós, na Pessoa do Divino Consolador. omo o Bíblia descreve a Embora salvos, continuamos neste mundo; ainda não se ma nifestou o que havemos de ser (1 Jo 3.2). Aqui, estamos sujeitos às consequências do pecado original - enfados, doenças e, finalmente, a morte mas, do pecado experi mental, já somos libertos. Glória a Jesus! (Rm 6.14). E, nessa condição, a casa do nosso tabernáculo vai, dia a dia, desfazendo-se (2 Co 5.1). Mas, quando do arrebatamento da Igreja, seremos glorificados com o Filho de Deus (1 Co 15.50-58). Qual o proposito final de Deus para o ser humano' O propósito final de Deus para nós é a nossa completa redenção em Jesus Cristo. Quando isso acontecer, a humanidade redimida terá uma comunhão perfeita com a Santíssima Trindade. Esta, aliás, foi a reivindica ção que o Senhor, em sua oração sacerdotal, apresentou ao Pai, no Jardim da Agonia: "a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17.21). contraditório com o soberania divina. Diga algo O livre-arbítrio pode ser definido como a capacidade humana de tomar livremente uma decisão. Tal atributo é observado em diversas passagens das Escrituras (Gn 13.9; Js 24.15; Hb 4.7). Segundo a Bíblia, o ato de decidir entre o bem e o mal, entre Deus e os ídolos e entre aceitar Jesus e recusá-lo é um direito que o Todo- -Poderoso concedeu-nos (Gn 2.9; 1 Rs 18.21; Mc 15.15,16). Já que Deus confiou-nos o direito de escolha, ajamos com responsa bilidade e discernimento, porque todos seremos responsabilizados por nossas escolhas (Ec 11.9; Rm 14.12). Portanto, o livre-arbítrio humano e a soberania divina não são excludentes; são perfeitamente harmônicos. Qual a relevância em se | estudar o doutrina do H homem durante todo um Na verdade, estam os diante de um assunto tão maravilhoso e profundo, que, no meu entender, um trimestre chega a ser insuficiente. Por isso, temos de aproveitar muito bem o tempo de que dispomos, para nos inteirar, com mais propriedade, das verdades bíblicas acerca do homem. Vejamos, agora, por que deve mos estudar a doutrina do homem, como a encontramos na Bíblia Sa grada. Antes de tudo, a fim de conhe cermos a nossa origem. Embora o ser humano não seja divino, a sua origem é indiscutivelmente divina, porquanto procedemos de Deus (Gn 1.26). Conforme diz o salmista, somos propriedade do Senhor (S1100.2). Em segundo lugar, quando es tudam os a doutrina do homem, piedosa e reflexiva mente, passa mos a com preender claramente o nosso lugar no Reino de Deus e na sociedade humana. A partir daí, agiremos como súditos do Criador e Mantenedor de todas as coisas. E, nesse contexto, veremos todos os nossos semelhantes, até mesmo os mais distantes, como irmãos, por que todos viemos de Deus. Afinal, originamo-nos de um único tronco genético: Adão e Eva. A doutrina bíblica do homem é indispensável para entendermos o plano de salvação. No primeiro Adão (nosso pai genético), todos pecamos. Mas, em Jesus Cristo, o Último Adão (nosso irmão maior, por ter participado plenamente da natureza humana, exceto quanto ao pecado) todos podemos ser salvos e reconciliados com Deus. Como se vê, a doutrina do homem não pode ser dissociada da doutrina da salvação; são íntimas e siamesas. Minha oração é que, duran te o trimestre, no qual estivermos estudando a doutrina do homem, venhamos a glorificar, ainda mais, o Senhor Jesus Cristo - Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus. Aleluia! 26 ENSINADOR Cristão IIP mm W í O tema inclusão das pessoas com deficiência tem sido muito debatido no meio social. As Escrituras Sagradas nos adverte em "Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá" ( I Tm 4.13). O apóstolo Paulo neste versículo instrui Timóteo a fim de que, como líder cristão, persistisse em adquirir conhecimentos por meio da leitura da Palavra de Deus e ensinasse seus liderados com diligência. Assim , este ensina mento dado por Paulo a Timóteo aplica-se também ao professor da Escola Dominical, vez que, este é um líder e necessita estar instruído e atualizado a fim de saber lidar com todos os seus aprendizes. No ambiente da igreja, precisamente da sala de ED , é visível os desafios que a pessoa com defici ência (SDI) tem enfrentado para serem incluídas. Muitas não conseguem chegar até a igreja por não ter quem a conduza. Em outros casos os envolvi dos (fam iliares / igreja) acham que esses sujeitos não precisam ir para ED porque são incapazes de com preender o conteúdo ou vão atrapalhar o andam ento da aula. Outra situação preocupante é estarem na igreja, mas de forma segregada, em um "cantinho som ente para e le " e ser tachado como o "b ich inho", "o co itad inho". A inda há os que para se referir ao aluno não os chama pelos seus nomes, mas pela deficiência que a caracteriza: "Eu tenho um Down em minha sala" se referindo a pessoa com síndrom e de Down. Agindo dessa forma estaremos as excluindo conforme o mundo age. Elas precisam ser respeitadas, chamadas pelo nome e reconhecidas pelas suas conquistas e seus próprios méritos É preciso levar o corpo docente da ED à percepção de que as pessoas com defici ência precisam de fato ser vistas como sujeitos de si e com plenas condições de vivenciarem êxitos. Outra dificuldade a ser mencionadas são as barreiras arquitetônicas que as impedem de desfrutar de um espaço de socialização por não existir acessibilidade. Muitas vezes o aluno consegue chegar até a igreja, no entanto, a falta de acessibilidade as impedem de estarem na sala de aula. De sorte, o professor ne cessita estar informado sobre as leis que asseguram esses direitos as pessoas com deficiência, bem como, manter-se capacitados para acolher sabiamente e com amor esse publico tão especial para o Senhor. Atualm ente vivenciamos em nossas igrejas um expressivo núm ero de pessoas com defic iência que têm desejado aprender sobre as Escrituras. Mas, o que temos feito para acolher essas pessoas tão estigmatizadas pela sociedade? Qual tem sido nossa atitude? Temos olhado indiferentes? Esta mos escolhendo os últimos acentos da igreja para ENSINADOR Cristão 27 Rosilene Silva Sousa, psicopedagoga e coordenadora adjunta do Departamento infantil da Assembléia de Deus em Campina Grande (PB) acomodá-las? Será que a excluímos de participarem de conjuntos de louvor, ou não damos oportunidades no culto por entendermos que não são capazes? Mesmo havendo em nosso ordenamento ju rídico a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), frequentemente esses indivíduos são vítimas de discriminação por fugirem de um contexto social que foi padronizado para atingir os objetivos da queles que são considerados dentro dos padrões da "normalidade". Segundo dados do Censo do IBGE realizado em 2010, 45 milhões de brasileiros disseram ter algum tipo de deficiência, ou seja, quase 24% da população. Precisamos buscar essas pessoas e trazê-las para perto de Cristo. Como está escrito na passagem bíblica: "Sai depressa pelas ruas, campos e vaiados e trazer para o nosso meio: os pobres, mancos, aleijados. (Lucas 14.15). Ao chegarem às salas de ED devem ser bem acolhidas. O professor necessita utilizar estratégias metodológicas que envolva o educando no processo ensino-aprendizagem, tornando-o participante, pois não há aprendizado se o aluno permanece apenas como observador. Toda pessoa com ou sem defici ência dispõe de recursos pessoais que poderãoser investidos numa certa atividade. A forma como vão utilizar esses recursos será diferente de uma pessoa para outra. Cabe ao professor, portanto, estabelecer maneiras de ativá-los em seus alunos estimulando de forma equilibrada, a fim de resultar um processo de aprendizagem bíblico que respeite suas especificidades. Apesar das recorrentes dificuldades enfrentadas pelos professores, como não ter uma sala adequa da e materiais didáticos acessíveis, o Senhor tem despertado em educadores Cristãos o interesse buscar novos conhecimentos por meio de formação. Comunidades evangélicas têm oferecido treina mentos com temas específicos sobre Inclusão, o ingresso em cursos acadêmicos para aperfeiçoar os seus conhecimentos e desenvolver um trabalho com mais eficácia na Obra de Deus. Tais atitudes têm demonstrado que a ED está aberta para receber estas pessoas carentes de ouvir a Palavra de Deus. É fundamental mudarmos os nossos hábitos e ao realizar algum evento, por exemplo, precisamos reservar um lugar que ofereça conforto para SDI e seus familiares. A partir desses gestos podemos quebrar barreiras da indiferença daqueles que recebem e do receio daqueles que chegam à igreja. A pessoa com deficiência não pode ser vista pelo seu déficit, mas sim, a ser entendida como uma pessoa integral plena de significado. Ao chegarem à igreja não querem ser recebidas como objetos de piedade, mas querem sentir-se amadas, acolhidas. Toda essa receptividade está fincada no dever e na prática cristã de amor ao próximo como a si mesmo. Somos chamados pelo Senhor a ensinar e precisamos cumprir esse dever com dedicação conforme Romanos 12.7b "... se é ensinar que haja dedicação ao ensino". Na Bíblia temos vários exemplos de inclusão praticados pelo Mestre dos mestres, o Senhor Jesus. E a maior importância que Ele expressava não era pelo cor po físico, mas pela salvação da alma. O objetivo primordial de Jesus era para que todas as pessoas se achegassem a Ele sem barreiras, nem distinções. Precisamos dar continuidade a essa obra divina, pois essa é uma ordem dada por Jesus nas escrituras sagradas quando afirma: "Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16.15) as pessoas com deficiências estão incluídas no público a ser alcançado. Portanto, a missão do professor de ED vai muito além de ser um mero transmissor de conhecimentos. Assim como um pastor ele deve ser um apascentador conduzindo o seu rebanho por meio da Palavra de Deus, um instrumento usado pelo Espírito Santo, motivador, amigo, procurando relacionar-se bem com os alunos. Deve ser intérprete, traduzindo para os alunos aquilo que lhes é ensinado; planejador, procurando adaptar as lições, os currículos às ne cessidades dos alunos; aprendiz, estando disposto a colocar-se no lugar dos que querem sempre aprender mais para ensinar melhor. Dotando esses sujeitos SDI do pleno desenvolvimento e da participação ativa na vida cotidiana na ED, tornando-os protagonistas, dando vez e voz a eles (Mota Rocha, 2002), agindo assim o professor estará sendo um agente de Deus contribuindo para transformação de vidas. BIBLIOGRAFIA DARKE, Brenda. Título: O Desafio da Inclusão na Igreja. 1o Ed. São Paulo: United Press - Hagnos, 2015. Bíblia. Português. Bíblia Sagrada. Tradução: João Ferreira de Almeida. MOTA ROCHA. S.R. da. Leitores da comunidade e crianças lêem histórias na escola: Programa de integração da criança remanescente à comunidade letrada. (Tese de Doutorado apresentada à Universidade Federal do Ceará), 2002. VILELA, Flávia. 6,2% da População Tem Algum Tipo de Deficiência. Disponível em :<http://agenciabrasil.ebc. com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem- algum-tipo-de-deficiencia>. Acesso em:08 Dez. 2018. 28 ENSINADOR Cristão http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia Nels Nelson Samuel Nelson Claudionor de Andrade O livro que acompanha a revista Lição Bíblica neste trimestre apro funda mais o conteúdo estudado com o mesmo tema e a proposta do autor é evidenciar o que a Bíblia ensina a respeito do ser humano. En tre outros assuntos, Focar a criação de Adão e Eva , a tr is te realidade do pecado, a experiên cia de nossos pais fora do Éden e a nossa própria redenção. E, por fim, mostrar a glorificação eterna dos que receberam a Jesus Cristo -Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus. Nesta obra, pode-se ver o que é a doutrina bíblica do homem. Todos estes assuntos serão abor dados e você professor não pode deixar de adquirir. Flavianne Vaz Os adolescentes estão em constante mudança; corpo, mente, os hábitos, relacionam ento corn os pais, as amizades, os interesses. Este livro foi escrito para ajudar lideres, pro fessores e pais a lidarem com essa nova geração em transformação. Ao trabalhar a liderança de adoles centes sobre quatro eixos (Liderança, Adolescência, Desenvolvimento Integral e as Batalhas Invisíveis da Liderança), Flavianne Vaz mostra que é possível e que vale a pena enfrentar todas as barreiras por eles, a fim de vê-los crescerem e se tornarem homens e mulheres de sucesso e tementes a Deus. Samuel Nelson Do mesmo autor de "Nels Nelson: o apóstolo pentecostal brasileiro", est aobra, escrita pelo filho do missionário Nels Nelson, Samuel Nelson, traz uma compilação de di versos estudos dados pelo saudoso missionário escandinavo pentecostal nas tradicionais Escola Bíblicas Re gionais de Obreiros durante toda a sua vida ministerial aqui no Brasil. Trata-se de uma obra de grande valor histórico e que apresenta um conteúdo edificante para o estudo devocional da Palavra de Deus. 1 4 4 4 4 4 4 4 4 4 é è Alcance todos os seus alunos: Estratégias para uma jornada de aprendizagem Página 128 e 129 "Por séculos, a música tem sido a maneira preferida de se comunicar o evangelho; de evocar o sentimento de reverência para com Deus; e de recordar grandes verdades teológicas. Devemos continuar essa bela tradição enquanto ajudamos nossos alunos a tornarem-se discípulos de Jesus". Clancy P. Hayes 4 4 4 4 4 4 Igreja Saudável: Educando para uma vida plena Página 164 "Troque de posição. Abra um espaço para uma inversão de papéis. Isso mesmo! Pergunte à sua equipe se eles estão satisfeitos com o seu trabalho. É hora de pedir sugestões para que os pontos negativos e de conflito sejam melhorados e solucionados". Telma Bueno ENSINADOR Cristão 29 Que habilidades o professor precisa ter em sala de aula? Telma Carvalho Volta Redonda (RJ) Ismael Ferreira Silva, evangelista na AD em Caracol (PI), Articulista, Membro da (CEADEP e CGADB), Bacharel em Teologia, pós-graduado em Docência no Ensino Superior, Neuropsicologia, Filosofia, História, e Geografia. Acadêmico de Pedagogia. Diretor Geral do Centro Preparatório Para Obreiros (CPPO). O professor é um semeador de Sementes (idéias) e o campo (intelecto do aluno) é o local onde as sementes são plantadas. Quando o docente ministra a aula na classe da Escola Dominical, encontra vários tipos de solo, por isso o professor precisa conhecer de que for ma irar lançar a semente. O pastor e educador Marcos Tuler afirma que: "é necessário diversificar os métodos e adequá-los eficientemente às novas circunstâncias, ou seja, mudar a maneira de comunicar uma verdade sem alterá-la". Jesus conta uma parábola de um seme ador que, saiu a semear em diferentes tipos de solo, porém, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e a comeram. Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. Outra parte caiu entre os espinhos, e os espinhos crescerame a sufocaram. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um. (Mt 13. 3-8). A semente cai em boa terra, quando produz frutos (Mt 13.23). O professor que procura compreender seus alunos, alcança seus objetivos. O ensino da Palavra de Deus transforma com pletam ente a vida do ser humano, pois é viva e eficaz (Hb 4.12).O docente da ED deverá procurar os melhores métodos de ensino diante de sua classe, pois encontrará vários alunos que só entenderá o conteúdo, se o professor se utilizar de um recurso diferente. Os docentes devem conhecer o aluno psicologi camente, ou seja, ter uma noção do seu comporta mento, Jesus conhecia seus alunos (Jo 1.48; 21.15). Por exemplo: "o estudo do cérebro e suas relações com a aprendizagem, poderá ajudar o professor, pois, são muitos alunos que apresentam dificuldades na absorção do conteúdo". O professor vocacionado por Deus entenderá que, deve haver dedicação ao ensino (Rm 12.7). Os recursos didáticos na sala de aula devem ser variados, cabe ao professor a habilidade de saber qual o melhor método usar. Para cada tipo de solo, existe sementes apropriadas. O professor não sabe " ... qual tipo de sem entes prosperará; se esta, se aquela ou ambas igualmente serão boas" (Ec 11.6). Só colhe alegrias de ver as sementes, produzindo, o professor que plantou a sem ente, pois só colhe quem planta! (2Co 9.6; Gl 6.7). Muitas vezes o solo (Discente) é duro, seco e arenoso, por isso, falta-lhe compreensão da aula. Porém, o professor habilidoso jam ais desistirá diante das dificuldades, o intenso desejo de ver o aluno produzindo frutos de conhe cimento e sabedoria, será o seu combustível. REFERÊNCIAS TULER, Marcos A. Manual do Professor de Escola Dominical. 4. Ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005. 30 ENSINADOR Cristão , % ■* - ' t j • Jh T '■ ***' 4 ' * > ̂ v . - X w ' ' • ■ - ’ ’ ’ _L .X t íi Ass/’ v?c; J ~ ,,y‘ ̂ % r̂ ' .-*■*'* ■* -3fí»t>*r - ̂ 'M■ ^ - w - -**. 4, ; ^ - A Raça Humana ..... O ■ , •',. . ' T- >- . ̂ * v> •- v .. ;> V ‘ < • ' m v •* * . . ->k * . . . . .• , - 5 ■ '• !3l í V . ■*>■<. - . 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"Para onde eu vou?" Discuta com os alunos as questões e conclua enfatizando que todos nós, um dia, já fizemos essas perguntas. Explique que o estudo Na lição de hoje, seus alunos vão estudar a respeito da criação da mulher. Deus nos criou; não somos o resultado da evolução das espécies como afirmava Charles Darwin. Viemos de Deus! Ele nos criou, nos ama e nos sustenta. Objetivo: Compreender que Deus criou a mulher. Material: Massa de modelar, quadro branco ou de giz. Procedimento: Distribua massa de modelar para os alunos e peça que eles façam a primeira mulher, Eva. Enfatize a dificuldade de se modelar um bonequinho. Em seguida, ressalte a grandeza e o poder do Criador ao formar o nosso corpo de uma forma tão perfeita. Nosso corpo é a "má quina" mais perfeita que existe. Explique que, ao formar Adão e Eva, Deus não disse "haja". O ser humano foi formado diretamente pelas mãos de Deus. Escreva os tópicos abaixo no quadro e mostre o que Deus, ao formar o homem e a mulher, lhes concedeu: ffcrx* S x ’à ..X - 1 i ■ Lr- -Jv E*. ■ , . ■ ■ * *■; S . -r-Hr ‘f -■£ . ç r ÍVX :• m ’ ’ ÈNSINADOR Cristão 31 da doutrina bíblica do homem, tema do trimestre, vai nos ajudar a responder a essas questões que tanto inquietam a humanidade. - Fôlego de vida (Gn 2.7); - A sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27); - O direito de governar a criação como repre sentante de Deus (Gn 1.26,28-30); -A responsabilidade moral de obedecer às ordens divinas (Gn 2.16,17). Explique que a mulher foi formada de uma parte do homem (costela); logo, a mulher e o homem foram feitos da mesma matéria-prima. Diga que, segundo o Guia do Leitor da Bíblia (CPAD), "Deus não tirou Eva do pé do Adão para que ele não tentasse dominá-la; ou da cabeça, para que ela se visse acima. Em vez, disso, Deus tirou da costela de Adão, para que os dois pudessem caminhar lado a lado ao longo da vida". :%V íX* se ia pi se og SEXUALIDADE h u m a n a LIÇÃO 6 ENSINADQR Cristão Na sétima lição, estudaremos a respeito da Queda do ser humano. O pecado entrou no mundo pela desobediência de Adão e Eva e afetou toda a humanidade, tornando todo ser humano um pecador. A punição para o pecado é uma só — a morte (Rm 3.23). Objetivo: Mostrar como se deu a Queda do ser humano. Material: Uma maçã bem bonita. Procedimento: Apresente a maçã aos alunos. Em seguida, faça a seguida pergunta: "O fruto proibido que Adão e Eva comeram era uma maçã?". Explique que o fruto que Adão e Eva desejaram e comeram deveria ser um fruto bonito e apetitoso, pois despertou os sentidos físicos deles. Porém, este fruto não estava na macieira, mas na árvore da "ciência do bem e do mal" (Gn 3.17). Satanás tentou o primeiro casal e com isso podemos ver o quanto somos vulneráveis ao pecado. Precisamos estar sempre vigilantes e atentos às tentações do Maligno. Em seguida, escreva no quadro os passos de Satanás ao tentar Adão e Eva. Analise esses passos com seus alunos e diga o quanto precisamos estar vigilantes, pois Satanás continua a usar essas estratégias para nos levar ao pecado. PASSOS DO MAUGNO NA TENTAÇÃO 1) Primeiro Satanás deturpou a Palavra de Deus (Gn 3.1; cf. 2.16,17); 2) Depois, negou-a diretamente (Gn 3.4); 3) Em seguida, questionou os motivos de Deus (Gn 3.5). Na sexta lição, estudaremos um tema de extrema relevância para os nossos dias: a sexualidade humana. Temos visto, em especial na mídia, a banalização e a deturpação da sexualidade. Sabemos que Deus criou apenas dois sexos — homem e mulher — e que Ele nos deu a sexualidade com alguns propósitos específicos. Os propositos da sexualidade humana é o que vamos enfatizar. Objetivo: Explicar os propósitos da sexuali dade humana. Material: Uma laranja bem bonita e outra com mofo ou imprópria para comer (estragada). Procedimento: Apresente aos alunos a laranja que esta boa. Pergunte se gostam da fruta ou do suco. Fale que a laranja possui vitamina C e que essa vitamina age em nosso organismo como um protetor contra a baixa imunidade. Também auxilia no combate das doenças cardiovasculares, doenças dos olhos e até ajuda na prevenção do envelheci mento da pele. Depois, mostre a laranja que não está boa para o consumo e pergunte se alguém gostaria de experimentar essa fruta. Diga que, embora o consumo de laranja seja saudável, não devemos ingerir uma fruta que esteja mofada, com fungos, já passada, pois pode provocar problemas sérios de saúde. Aproveite o gancho para explicar que o sexo foi criado por Deus; logo, ele é bom e salutar para o ser humano. Todavia, o homem tem deturpado o sexo. Deus criou o sexo com objetivos específicos e tudo que vai contra esses propósitos prejudica o homem e seu relacionamento com Deus. Aponte os objetivos da sexualidade humana (procriaçào, união conjugal e satisfação) ediscuta com os alunos cada um deles. • ÈNSINADOR Cristão 3 3 ■ - i# ' c ■ :r v- • * • j -■a < o PRIMEIRO p r o jet o d e g lo b a lism o r -• * v • • ■ ' *• . í4,c ' ik ■. J*’1*'* <*§(■. JB? §* V 1- - ^ #" - ■■ ' ■ " ' ' *WV. v •. A DE JE y % f i í * 'h ’* *£»"» LIÇAO 9 PRIMÁRIOS Na lição de hoje, estudaremos a respeito do globa lismo, que teve início na construção da Torre de Babel. Veremos que um dos fatores que contribuíram para que a depravação da humanidade viesse a crescer de forma vertiginosa foi o monolinguismo. Aterra havia sido purificada pelas águas do Dilúvio, mas a semente do pecado estava em Noé e em seus descendentes. Não demorou muito para que o pecado se alastrasse novamente. Já que não havia impedimento quanto à língua, homens cheios de soberba e com um espí rito de rebelião se unem para fazer um monumento que seria símbolo da sua empáfia. Deus não estava preocupado com a construção ou com o tamanho da torre, mas com a arrogância que dominava, mais uma vez, o coração do homem. Objetivo: Compreender o que é globalismo. Material: Alguns livros e quadro branco ou de giz. Procedimento: Mostre os livros para os alunos, peça que formem duplas. Em duplas, eles terão que fazer uma pilha de livros sobre uma mesa. Quem conseguir fazer a pilha mais alta, sem deixar cair, e em 2 minutos, ganha um brinde. Enfatize a dificuldade para erguer uma pilha de livros alta e em pouco tempo. Depois diga que a lição de hoje trata da construção de uma torre onde todos se uniram nesse intento. Depois, faça a seguinte pergunta: "O que é globalismo?". Explique que segundo o autor das lições, Pr. Claudionor de Andrade, o glo balismo "é uma doutrina que afronta os propósitos de Deus quanto ao povoamento e ao governo da Terra, a partir dos filhos de Noé". A seguir, escreva as questões abaixo no quadro e discuta com os alu nos. Se desejar, você poderá elaborar mais questões para serem analisadas com os alunos. As questões apresentadas são apenas uma sugestão. 1. O que levou os descendentes de Noé a cons truírem a torre de Babel? Eles queriam fama e desejavam segurança e foram movidos pelo orgulho. 2. Qual foi o objetivo da confusão das línguas? O objetivo foi colocar um ponto final no projeto da torre. 3. O que teria acontecido se eles tivessem al cançado o seu intento? Revelar quem era Jesus humano, como nas ceu, como cresceu e todas as informações que o cercam é fundamental para os nossos alunos. Só assim poderemos entender que, no ministério de Jesus, o foco principal eram as pessoas, cuidar delas e apontar sempre o caminho da Salvação. Como Ele mesmo disse: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim", João 14.6 Objetivo: Introdução à lição 10 - Jesus veio salvar quem está perdido Materiais: Uma venda para os olhos, um cartaz com o título "SALVAÇÃO". Atividade: Esta é uma brincadeira bem conhe cida e pode ser aplicada aos nossos alunos, pois eles amam desafios. Você vai colocar o cartaz no chão a uma certa distância do aluno, que colocará a venda nos seus olhos. Ele vai rodar três vezes e caminhar até ficar encima do cartaz, apenas seguindo as orientações dos seus colegas, que tentarão dificultá-lo. Se a turma for grande, você poderá colocar mais de um aluno com as vendas. Faça aplicação e inicie a lição. V m m : ISSfí . .d*®- l í m a r a v il h o s o p l a n o da SALVAÇAO a m ig o s d e JESU S JUNIORES 3 4 ENSINADOR Cristão ' -■ . v**"’ % * JrW... Caro professor, os laços de amizades devem sempre ser valorizados em nossas lições, pois o relacionamento foi muito valorizado por Jesus. Durante o seu ministério, Jesus possuía doze amigos que O auxiliavam em tudo. Por isso, é importante que seus alunos saibam quem são estes amigos, a importância da amizade e como era o relacionamento entre eles e Jesus. Convide- -os para conhecê-los. Objetivo: Introduzir a lição. Material: Papel sulfite A4, tesoura e canetinha. Atividade: Nossa proposta é que o aluno grave os nomes dos amigos de Jesus. Dobre umas 2 folhas no sentido vertical no formato de sanfona com ócm de largura. Recorte o modelo abaixo e copie na folha dobrada e recorte. Ao total, você precisará ter 12 homenzinhos de mãos dadas. No verso de cada um você escreverá um nome de um amigo de Jesus (os 12 apóstolos). Apresente os homenzinhos recortados e inicie a aula contando assim: "Jesus tinha uma amizade mais próxima com João, o discípulo amado, e também com Pedro e Tiago, filho de Zebedeu (aponte para). Em algumas ocasiões, Jesus levou apenas esses três consigo (Mateus 17.1-2). Ele tinha uma intimidade especial com eles e con fiava na discrição deles. Além dos 12 apóstolos, havia outros amigos como Lázaro, Marta e Maria, por exemplo. Hoje, Jesus convida para que nós sejamos seus amigos também. Quem aqui quer ser amigo de Jesus?" Faça a aplicação e encerre. «* '4̂ JESU S CRISTO O MELHOR MODELO Professor, os adolescentes estão vivencian- do um período onde os relacionamentos são fundamentais para a construção de quem ele será. Por isso é tão importante ensinar-lhes a compreenderem o poder da unidade da igreja. É * : •<* <s ' v, 'Si-, i \kif- j.Vr- ; ^ \ ■0'H \ I . -HWS& ™ ■" 'sM, '■W»- i ,'-kvír ■ f ■ u n a E iíj* * ■ . . * . H . .*C,Ç , isso que a Bíblia nos ensina: "O Deus que concede perseverança e ânimo dê a vocês um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só voz vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 15.5-6). Material: Papel ofício e caneta esferográfica Objetivo: Introdução da lição 5 - A unidade na Diferença Atividade: Recorte o papel em pequenos pe daços e, sem que ninguém veja, escreva o mesmo ENSINADOR Cristão 35 número em todos os pedaços de papel, dobre-os e coloque-os em um copo. Cada aluno deverá tirar um papel, abrir e ver sem deixar o colega saber. Eles terão o mesmo número, porém não sabem. Você deverá orientá-los que, ao ouvir o seu número, deverão escolher alguém e abraçá-lo. C o m ece cham ando núm eros aleatórios, menos o número que está nos papéis. Quando você finalmente disser o número, todos deverão se abraçar, pois têm o mesmo número. Texto sugerido: "Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa" (Fp 2.1.2). Faça a conclusão e encerre. Ip s p M9R & §111 \ v : PROFETAS O que anunciaram ou denunciaram? Como foram conhecidos Oseías O mau relacionam ento de Deus com 0 seu povo. O profeta do amor Joel O Pentecoste O Profeta do Pentecoste Am ós A corrupção na política e a falta de justiça social. O Profeta da Justiça Obadias Que vontade de Deus é soberana! 0 que fez cessar a zombaria Jonas O Orgulho humano O Profeta Missionário Miquéias A Misericórdia de Deus O Profeta dos Pobres , Naum O Juízo de Deus O Poeta Habacuque A s queixas de um profeta O filósofo Sofonias O juízo de Deus é para todos! O Orador | Ageu O povo da aliança tem responsa bilidades com Deus O Profeta da construção do templo Zacarias O reino do M essias está por vir! O vidente Malaquias O valor da família O conferencista # J. Telma Bueno Pedagoga, jornalista, Bacharel em Teologia e editora das revistas de Jovens e Maternal da CPAD. Palestrante dasSr ' «fe* conferências da CPAD, ■CAPED e autora da Casa. ■ * JSh' ' * * Bí Simone Maia ‘ Bacharel em Pedagogia i (UCB) e Teologia (IBADERJ), professora de ED e assistente de redação da CPAD A RAÇA HUMANA: O R IG E M , D O U T R IN A E R E D E N Ç Ã O Envie sua carta ou email para CPAD Suas críticas e sugestões são muito importantes para a equipe de produção de Ensínador Cristão. Av. Brasil, 34.401, Bangu - 21852-000 - Rio de janeiro ensinador@cpad.com.br TeL;212406-7371 / Fax: 212406-7370 Iniciaremos mais um trimestre. O primeiro do pre sente ano. É um momento importante para a reflexão do que foi feito ao longo do ano passado o que deve ser feito em relação ao ano que inicia. O assunto do nosso trimestre é sobre da doutrina bíblica do homem, um tema importante da Teologia Sistemática. Para isso, você deve reunir bons livros de Teologia Sistemática, de preferência sob a perspectiva pentecostal, bem como uma boa Teologia Bíblica do Antigo Testamento. Planeje suas aulas para o trimestre e aprofunde a sua pesquisa acerca do tema. Assim, você e seus alunos crescerão ao longo do trimestre. Resumo trim estre Ao longo de 13 lições, estudaremos a doutrina bíblica do homem. De maneira geral, veremos que Deus criou o homem e este caiu; todavia, em seguida, o Altíssimo prometeu-lhe a salvação. A história do homem é uma história de criação, queda e redenção. Nesse sentido, a primeira lição é uma introdução ao tema, focando logo em seguida em Adão, o primeiro ser humano. A segunda lição versa sobre a criação da mulher, Eva. A terceira, a respeito da natureza humana, sua constituição: corpo, alma e espírito. A quarta, dos atributos do ser humano: espiritualidade, racionalidade, sociabilidade, liberdade e criatividade. A quinta, da unidade da Raça Humana, com ênfase em sua unidade linguística original. A sexta, da sexualidade humana: objetivos e distorções da sexualidade. A sétima, da Queda do ser humano: livre-arbítrio e consequências. A oitava, da fundação da civilização humana, ou seja, sua origem, conflito e intervenção divina. A nona, o pri meiro projeto global: Babel e a intervenção de Deus. A décima, do Evangelho que pode transformar a cultura. A lição 11, acerca do homem do pecado e sua missão. A lição l2, de Jesus o homem perfeito: verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Finalmente, a lição 13 aborda o Novo Homem em Jesus Cristo, ou seja, conversão, justificação e santificação. Assim, você pode planejar o trimestre a partir do olhar o todo da lição. Liçõo 1 A primeira lição tem o objetivo de apresentar os con ceitos e os objetivos da doutrina bíblica do homem. Por isso, ela introduz o assunto. Entretanto, a lição perpassa a criação dos Céus e da Terra, a criação do homem e sua missão. É possível, aqui, fazer uma reflexão bíblica acerca do sentido da vida. Por que o homem foi criado? 36 ENSÍNADOR Cristão mailto:ensinador@cpad.com.br Esta lição tem como tema central Eva, a primeira mulher. É muito importante ter uma visão bíblica e correta acerca da mulher. Sua posição na criação, na família e na sociedade. Aos olhos de Deus, não há diferença de valor entre homem e mulher. Resumo do lição A lição procura mostrar que a mulher foi um projeto executado por Deus desde o princípio. Para isso, a lição apresenta o primeiro tópico a respeito da mulher no plano de Deus. Em seguida, no segundo tópico, descreve a criação da mulher. E, finalmente, no terceiro tópico, aponta a missão da mulher. Para apresentar a mulher no plano de Deus, o pri meiro tópico ressalta que a criação da mulher não foi um ato improvisado de Deus, mas planejado desde o início. O tópico enfatiza a decisão de Deus em criar a mulher e sua constituição como pessoa. Para descrever a criação da mulher, o segundo tópico traz o relato de Gênesis em expressão médica, objetivando dar clareza à compreensão do relato bíblico: o uso de uma "anestesia" natural, um procedimento cirúrgico e a inauguração da engenharia genética. Para apontar a missão da mulher, o terceiro tópico enfatiza que Deus criou a mulher para cumprir a missão de mãe, de esposa e de súdita no Reino de Deus. Assim, a lição conclui que tanto o homem quanto a mulher se complementam e igualmente são impres cindíveis ao Reino de Deus. Uma sugestão Para aprofundar em seus estudos, leve em conta este fragmento: "Como historiador e estudioso da Bíblia, posso afirmar que, se há lugares onde mulheres desfrutem de muitas das mesmas liberdades atuais que os homens, isso só foi possível por causa de Jesus Cristo e sua influência no mundo. Quando Jesus veio, Ele enalteceu as mulheres. Jesus não foi um político revolucionário, como alguns de seus seguidores desejavam. [...] Ele não superaria os poderes do mal por meio da força bruta, mas através do amor e da igualdade, ao mudar o DNA espiritual central da sociedade. Foi sua mensagem que cativou corações e mentes, reprimiu os preconceitos sociais e revolucionou as práticas antigas, dentre as quais estava o tratamento horrendo dado às mulheres. Sem a influência de Jesus, as mulheres provavel mente teriam permanecido sem liberdade" (JOHNSTON, Jeremiah J. Inimaginável: o que nosso mundo seria sem o cristianismo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.195). O ser humano é um ser tricotômico. Ele não é só corpo, nem muito menos só alma ou só espírito. Ele é constituído de corpo, alma e espírito; portanto, um ser integral. É assim que as Escrituras mostram o ser humano. Resumo do lição Nesta lição, temos os objetivos de mostrar a comple xidade do ser humano, bem como elencar as caracte rísticas do corpo humano; destacar que alma é o nosso elo com o mundo exterior; e relacionar o espírito com o nosso contato direto com Deus. Esses objetivos suprirão o propósito de afirmar a complexidade humana, que passa pela materialidade e imaterialidade do ser que se revelam na constituição do corpo, alma e espírito, isto é, da pessoa humana. Assim, para mostrar a com plexidade humana e elencar as características do corpo humano respectiva mente, em primeiro lugar, o primeiro tópico mostra que a natureza do ser humano é distinta tanto em relação a Deus quanto em relação aos anjos; em segundo lugar, o segundo tópico elenca as seguintes características do corpo humano: materialidade, visibilidade e mortalidade. O terceiro tópico destaca que a alma é o nosso elo com o mundo exterior, revelando que a sua separação do corpo provoca a morte. Nesse sentido, não há pessoa humana sem a união da alma (e do espírito) e do corpo. O quarto tópico relaciona o espírito como a sede da nossa comunhão com Deus, o elemento que faz com que nos liguemos com as coisas espirituais e divinas. Aprofundando o temo Com base em 1 Tessalonicenses 5.23 e Hebreus4.12, nós, os assembleianos, compreendemos que o ser humano é corpo, alma e espírito. Mas há irmãos que entendem que ele não é tricotômico (composto de três partes), mas dicotômico (composto de duas partes). Acerca disso, o teólogo pentecostal, Myer Pearman, em "Conhecendo as Doutrinas da Bíblia", escreve: "Embora distintos, o espírito e a alma são inseparáveis, pois permeiam e in- terpenetram um ao outro. Por estarem tão interligados, as palavras 'espírito' e 'alma' muitas vezes confundem-se (Ec 12.7; Ap 6.9), de maneira que um trecho descreve-se a substância espiritual do homem como alma (Mt 10.28) e em outra passagem, como espírito (Tg 2.26)". Logo, a razão de os termos alternarem-se entre si, não significa que ambos sejam sinônimos, como bem demonstra Pearman. Entretanto, como alma e espírito são inseparáveis, só a Palavra de Deus pode distingui-los (Hb 4.12). ENSINADOR Cristão 37 O dicionário Caldas Aulete conceitua a palavra atributo como "aquilo que é próprio de alguém ou de algo, [...] característica, qualidade, condição de algo ou alguém". Esta lição tem o propósito de explorar alguns dos atributos humanos que são perceptíveis com o seu desenvolvimento. Assim, veremos que o ser humano espiritual, racional, livre e criativo. Resumo do lição Os objetivos da presente lição passam explicar a espiritualidade humana, radiografar a racionalidade humana, expor a sociabilidade humana, aclarar a li berdade humana e pontuar o trabalho e a criatividade humana. Todos esses objetivos têm o propósito mostrar a complexidade do ser humano. O primeiro tópico explica a origem divina do espírito humano e, por isso, a pessoa humana anseia pelo Pai Celeste. O segundotópico radiografa a racionalidade, apresentando Deus como um ser racional e, afirmando assim, a perfeita harmonia entre a genuína razão e a fé bíblica. O terceiro tópico expõe que Deus criou os seres humanos gregários e sociais; assim, a solidão é contrária à natureza humana. O quarto tópico mostra aclara a questão do livre-arbítrio, mostrando Deus o concedeu ao ser humano para que ele escolhesse entre o bem e o mal. E, finalmente, o quinto tópico pontua que através do trabalho, e por meio de sua criatividade, o ser humano transforma e preserva a terra. Espiritualidade, racionalidade, sociabilidade, liberda de e criatividade são palavras que revelam os atributos humanos concedidos pelo Criador a fim de que ele se desenvolva no mundo. Para apro fundar o tema Para aprofundar melhor o tema do trabalho, destaca mos aqui uma reflexão acerca da vocação para o trabalho que pode ser um excelente ponto de partida para uma cosmovisão pentecostal a respeito da vida em sociedade. Com a palavra Miroslav Volf, da obra "Panorama do Pensa mento Critão": "Todos os tipos de trabalho têm dignidade igual. O trabalho religioso (como pregar ou ensinar num seminário) não é melhor que o trabalho secular (como assar pão ou construir pontes); ambos são igualmente bons se forem feitos em resposta ao dom e chamada do Espírito de Deus" (p.229). Assim, se fomos chamados à "andar no Espírito", isso passa também pelo trabalho que executamos. Uma cosmovisão do crente pentecostal deve levar em conta que tudo o que ele fizer no mundo tem a ver com a sua vocação oriunda do Espírito Santo. As Sagradas Escrituras mostram que o ser humano veio de um único casal: Adão e Eva. Neles está a origem de nossa raça. A historicidade de Adão e Eva mostra a unidade racial do ser humano, sua unidade linguística e, por intermédio da cruz, a unidade com nosso Senhor Jesus Cristo. Resumo da lição Não se pode perder de vista o objetivo geral da lição que é o de esclarecer que toda humanidade pro vém de um único casal: Adão e Eva. Para atingir esse objetivo, a lição precisa cumprir outros três específicos. No primeiro tópico, apresentar a unidade racial do ser humano. No segundo, discorrer sobre a unidade linguística original da humanidade. No terceiro, refletir sobre a unidade em Cristo. O ponto central, como mencionamos anteriormente, é que toda a humanidade provém de Adão e Eva. Para isso converge toda a lição. Nesse sentido, para atingir o primeiro objetivo, o tópico um apresenta que a origem divina do homem, sua unidade racial e psicológica corroboram a unidade humana. No tópico dois, está presente a perspectiva de que houve uma língua primeva, seguida de uma confusão linguística. E que é possível perceber seus indícios nos diversos idiomas presentes. Finalmente, no terceiro tópico, há a reflexão de que todos os seres humanos acham-se ligados em Adão quanto ao pecado, e em Cristo quanto à redenção. Para a ap ro fundar o tema Se em Adão todos pecaram, em Jesus todos têm a oportunidade de obter a vida eterna. Essa correlação entre o Adão do Antigo e o Adão do Novo, Jesus Cristo, estabelece o fundamento teológico de uma das doutrinas mais importantes do evangelicalismo: a salvação. A Bíblia mostra que Jesus se entregou por todos e que Deus quer todos os homens sejam salvos (1 Tm 2.4,6). Que Jesus é a propiciação para o mundo (1 Tm 2.2). Entretanto, há um ponto importante. Embora a salvação esteja disponível a todos, ela só é eficaz aos que se arrependem e creem. Nessa relação soteriológica vemos a unidade racial do ser humano. Em Adão estávamos ligados pelo pecado. Em Cristo, estamos ligados pela redenção. Essa é uma correlação maravilhosa. Pois em Cristo, os que se arrependem e creem estão predestinados à vida eterna. Se o pecado veio por Adão, a redenção veio por Cristo. 38 ENSINADOR Cristão Deus formou o homem e a mulher e constituiu o sexo para que ambos pudessem desfrutá-lo dentro do matrimônio. Esse foi o projeto original do Criador. Qualquer relação humana que subverta esse padrão toma o caminho da contrariedade ao plano divino. Nesse sentido, podemos afirmar que o sexo tem o objetivo biológico, no sentido de garantir a procriação; mas também o objetivo recreativo para que o homem e a mulher se alegrem no matrimônio; e, finalmente, tem o objetivo de, como em tudo na vida do crente, glorificar a Deus. Atenção poro os objetivos Neste lição, temos o objetivo geral de mostrar ao aluno que o sexo foi criado por Deus para ser desfruta do dentro do matrimônio. Para alcançar esse objetivo macro, devemos priorizar os objetivos micros. Ou seja, em primeiro lugar, conceituar a palavra sexo e enfatizar que Deus criou apenas dois sexos; em segundo lugar, elencar os objetivos da sexualidade humana; e, final mente, apontar as distorções da sexualidade. Tudo isso está amarrado para atingir o ponto central da lição: a sexualidade humana tem por objetivo a união do homem e da mulher, a reprodução da espécie e a glorificação a Deus. Resumo e perspectivas da lição Por isso, no primeiro tópico, está claro que ao criar o ser humano, o Criador estabeleceu apenas dois sexos: o masculino e o feminino. Esse tópico quer deixar bem claro que a distinção entre homem e mulher, masculino e feminino, é algo feito pelo o próprio Criador. No segundo tópico, os objetivos do sexo são elencados: a procriação, a união conjugal e a glória de Deus. Na perspectiva divina, o sexo tem o objetivo de perpetuar a espécie humana, de garantir a recreação e o prazer entre o homem e a mulher no matrimônio e, finalmen te, glorificar a Deus por tão maravilhosa bênção. No terceiro e último tópico, é expostas as distorções da sexualidade, mostrando que elas perpassam a forni- cação, o adultério, o homossexualismo e a ideologia de gênero. O que significa dizer que o sexo entre solteiros vai contra o plano de Deus para o homem e a mulher; que o sexo fora do casamento, entre casado com solteiros ou com outras pessoas casadas, é uma afronta a Deus e ao cônjuge; que a relação homossexual viola o padrão da santidade divina; e que, finalmente, Deus criou o homem e a mulher com sexos e papéis plausivelmente distintos. A perspectiva das Escrituras quanto a natureza humana é realista: o ser humano é inclinado ao mal. A Bíblia diz que o ser humano foi manchado totalmente pelo pecado. Seu interior foi corrompido pela malda de. A natureza humana, nesse sentido, é má por causa do pecado. As Escrituras revelam que só por meio de Jesus Cristo há redenção para o ser humano caído. A Bíblia diz que Deus quer todo o homem seja salvo. Só o Evangelho pode remover a mancha do pecado. Não ignore as objetivos Para mostrar essa realidade a lição deseja cons cientizar os alunos acerca da gravidade do pecado. Para realizar essa conscientização temos três objetivos específicos para atingir. O primeiro, relacionar o livre- -arbítrio com a soberania divina. O segundo, apresentar a Queda como um evento histórico e literal. Em terceiro, pontuar as consequências da queda de Adão. Assim, podemos perceber que tudo na lição concorre para o seguinte ponto: a queda humana representou a perda do completo domínio do homem sobre a criação e o tornou vulnerável à morte. Resumo da lição e perspectivas O primeiro tópico relaciona o livre-arbítrio com a so berania divina, mostrando que entre os dois encontra-se a responsabilidade humana. Isso significa reconhecer que a soberania divina não anula a responsabilidade humana. O segundo tópico, ao apresentar a literalidade da Queda, destaca a possibilidade da queda, a realidade da tentação e a historicidade da queda. Ou seja, a Queda humana foi literal, sua história narrada no Gênesis é realista. Como disse um grande pensador cristão: "a doutrina do pecado original talvez seja a única doutrina do cristianismo que pode ser provada empiricamente". Ora, em cada esquina é possível ver a maldade humana manifestada no homicídio, na imoralidade,no roubo. E, finalm ente, o terceiro tópico, ao pontuar as consequências do pecado, destaca: a consciência do pecado, a perda da comunhão com Deus, a transmissão do pecado às gerações subsequentes, a enfermidade da terra e, finalmente, a morte física. Todos esses pontos mostram a universalidade do pecado. Sua perspectiva psicológica, a consciência do pecado; a inclinação para a idolatria, a perda da comunhão com Deus; a conde nação da humanidade, a transmissão do pecado para gerações; a poluição do Meio Ambiente e o sofrimento da Terra, a enfermidade da Terra; e a morte como o salário do pecado, a morte física. ENSINADOR Cristão 39 O IN IC ÍO DÁ C IVILIZACA ■ H H H h u m à TTà I O PRIMEIRO PROJETO ■ d e ó l ò b ã l is W S , "E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a" é o que está escrito em Gênesis 1,28a. Do casal primevo, Deus planejou a raça humana. Sua ordem: frutificar e multiplicar. Aqui, está implícito a fundação da civilização humana. O que significa criar cultura, estabelecer um conjunto de realizações espirituais, morais e materiais. Atenção poro os objetivos O objetivo geral da lição é esclarecer que Deus intervém na civilização humana. Para promover esse objetivo a lição traz mais três que apresentam o as sunto de maneira específica. O primeiro, conceituar a origem da civilização humana. O segundo, correlacionar civilização e conflito. E o terceiro, demonstrar o Deus que intervém na civilização. Assim, uma das principais funções do ser humano é fundar uma sociedade que glorifique a Deus. Ao menos essa deveria ser a grande missão da civilização humana. Resumo do lição e perspectivos No primeiro tópico, para conceituar a expressão "civilização humana", você deve expor que a civilização é o conjunto de realizações espirituais, morais, sociais, materiais e econômicas da vida humana num lugar. Ou seja, tudo o que foi produzido ao longo dos séculos, em perspectiva religiosa, política e cultural, constitui a civilização humana. No segundo tópico, há a correlação entre civilização e conflito. A Bíblia mostra a civilização de Caim, na pessoa de Enoque, neto de Caim, conflitos violentos enormes. Ainda que tal civilização fosse tecnologica- mente avançada para a época, o conflito humano vem desde o início da civilização humana. As guerras foram uma tendência na história do ser humano. Isso mostra o quanto o pecado que atingiu o ser humano o desabilitou a fazer a vontade de Deus. No terceiro tópico, Deus é Aquele que continua a intervir na história humana em Cristo. Mediante seu Filho, Deus salvou homens e mulheres, imputando-lhe uma nova natureza. A maneira de pensar e agir se faz outra. Em Cristo, o ser humano tem a oportunidade de fazer a vontade de Deus, cultivar cultura, valores morais e espirituais que honrem e glorifiquem a Deus. A história do ser humano nas Escrituras mostra que o homem falhou nesse propósito. Mas, em Cristo, com uma natureza regenerada pelo Espírito Santo, isso é possível. Há pessoas tão ricas e poderosas que acreditam piamente que podem influenciar e, até mesmo, determi nar fatos no mundo. Isso não é novo, pois as Escrituras revelam homens que intentaram construir um "mundo particular" em que Deus não faria mais parte dele. Seria o primeiro projeto global de poder narrado em Gênesis e denominado de a Torre de Babel. Nesta oportunidade, queremos evidenciar que o globalismo afronta os propósitos de Deus no mun do. Esse é o nosso ponto central da lição. Todos os outros objetivos convergem para isso. Nesse sen tido, o primeiro objetivo específico de nossa lição é apresentar a segunda civilização humana a partir de Noé, pois é a partir de nosso querido patriarca que os seres humanos se multiplicam no mundo. O segundo, explicar o globalismo de Babel, no que ele consistiu e se ele foi bem-sucedido no seu intento. O terceiro é mostrar, que a despeito da rebelião do ser humano, Deus intervém em sua história como fez no episódio da Torre de Babel. Resumo do lição e perspectivas Para apresentar a segunda civilização humana a partir de Noé, o primeiro tópico mostra que o filho mais novo do patriarca rebelou-se e inaugurou outro período de decadência e apostasia aos mandamentos divinos. Sim, a segunda civilização humana, a que veio depois da geração do dilúvio, seria marcada pela decadência e apostasia. Uma sociedade que, de maneira deliberada, afrontaria os planos de Deus. Para explicar o globalismo de Babel, no que ele consistiu, o segundo tópico informa que a civilização de Noé dispunha de grandes elementos para forjar uma sociedade globalista: uma só língua, um só povo e uma só cultura. Era tudo o que aquela sociedade precisava para se fechar em si mesma e dar seguimento ao mais ousado plano de poder global no mundo. Deus não assistiría a esse plano de maneira passiva. Assim, para mostrar que Deus interviu no episódio da Torre de Babel, contra a rebelião dos homens, o ter ceiro tópico destaca que a intervenção divina consistiu na confusão de língua, fazendo gerar a partir desse fenômeno várias outras línguas e, consequentemente, a dispersão dos descendentes de Noé. Deus continua soberano no mundo. Ainda que os intentos humanos tenha aparência de resiliência, eles duram até o próprio Deus intervir soberanamente. 4 0 ENSINADOR Cristão Liçõo 10 A CULTURA HUMANA Wmm A cultura manifesta o que predomina na natureza do ser humano. Ali estão o seu olhar, pensamento, desejo e sentimento. Há uma inclinação clara para o mal na cultura do homem, pois este é manchado pelo pecado. Entretanto, há também sinais de coisas boas porque o ser humano carrega consigo a imagem de Deus. Por isso, esta lição tem o objetivo geral de demonstrar que a cultura pode ser transformada pelo Evangelho. Ora, o Evangelho redime o ser humano todo e, como consequência, faz com que ele produza cultura que glorifique maravilhosamente a Deus. Para mostrar isso, temos ao menos três objetivos a atingir. O primeiro, definir a cultura. Trata-se de um conceito complexo, por isso, é preciso atenção para expor esse conceito. Segundo, tem o objetivo de des crever uma cultura dominada pela iniquidade, ou seja, suas marcas e características. E, finalmente, o último objetivo é mostrar que o Evangelho transforma a cultura. Resumo do liçõo e perspectivas No sentido de definir a palavra cultura, o primeiro tópico apresenta a palavra como a soma de todas as realizações humanas: espirituais, intelectuais, materiais etc. Em seguida, há um contraste entre a cultura gentílica e cultura do povo de Deus, destacando que este vive sempre para a glória de Deus. Para descrever uma cultura dominada pela iniqui dade, o segundo tópico mostra que o homem foi feito para lavrar a terra e fazer cultura, mas, por causa do pecado, a cultura humana pôs-se contra Deus. O ser humano rebelou-se contra o seu Criador. A civilização pós-diluviana tinha como marca cultural o homicídio, o erotismo e o consumo irrefreado. Ou seja, seu pensa mento resumia-se ao aqui e o agora. Tudo isso revelado num modo de vida puramente materialista. Para pontuar o poder transformador do Evange lho, o último tópico demonstra que Evangelho pode transformar a cultura dominada pela iniquidade. Para isso, o tópico apresenta que Jesus Cristo nasceu num contexto cultural oposto ao desígnio de Deus. A partir do exemplo dos crentes de Corinto, é possível perce ber o impacto que o Evangelho traz à vida de pessoas simples. A partir dessas pessoas qualquer instância pode ser transformada. O Evangelho é poderoso para fazer coisas extraor dinárias. Ainda que vivamos em uma cultura oposta a nossa fé, Deus pode salvar pessoas e por meio delas recuperar uma cultura. O Anticristo é o assunto central desta lição. É a en carnação do que há de mais maligno no mundo. Ele se opõe a tudo que está entorno de Cristo. Nesse sentido, apresentaremos o homem do pecado, o Anticristo,estudaremos sua missão na Terra e apontaremos sua destruição por ocasião da vinda de Jesus. Resumo da Liçõo Para atingir a esses objetivos, o primeiro tópico apresentará o anticristo como o "ungido" do Diabo, bem como a sua natureza. A Bíblia revela que essa natureza é maligna. No segundo tópico é descrita a missão do homem do pecado. Essa missão passa pela oposição a Deus, a Israel, a Jesus Cristo e à Igreja. É o aprofundamento de toda perversidade contra o plano de Deus. O trabalho do Anticristo se resume em fazer oposição ferrenha a Deus e ao seu plano redentor para a humanidade. O terceiro tópico apresenta a destruição do Anticris to, passando pela sua ascensão, auge e ruína imperial. Aprofundando o tema O Anticristo, o homem do pecado, é um personagem central no tempo da Grande Tribulação. Enquanto está ocorrendo no céu o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro, na terra, após o Arrebatamento da Igreja, dar-se-á o início da Grande Tribulação. Será um período histórico de sete anos entre o Arrebatamento da Igreja de Cristo e a Segunda Vinda gloriosa de Jesus Cristo ao mundo. As Escrituras mostram que o tempo da Grande Tribulação será marcado como o tempo da "ira de Deus", da "indignação do Senhor", da "tentação", da "angús tia", de "destruição", de "trevas", de "desolação", de "transtorno" e de "punição" (1 Ts 1.10; Is 26.20,21; Ap 3.10; Dn 12.1; 1 Ts 5.3; Am 5.18; Dn 9.27; Is 24.1-4,20,21). Será o tempo em que o Altíssimo intensificará os seus juízos àqueles que, conscientemente, se rebelaram contra o criador. Nesse sentido, podemos dizer que os propósitos da Grande Tribulação são: (1) fazer justiça, (2) preservar um pequeno grupo de pessoas fiéis, que sobreviveram aos ataques do Anticristo. Deus derramará a sua ira na Grande Tribulação por intermédio da abertura dos selos (Ap 6), do toque das trombetas (que é o desdobramento do sétimo selo El Ap 8 - 11) e do derramamento das taças (Ap 16). Então, a Grande Tribulação terá fim por ocasião da manifestação gloriosa do Filho de Deus nos Montes das Oliveiras (Zc 14.1-7; Mt 24.22,29,30). ENSINADOR Cristão 41 Marcelo Oliveira, revisor do Setor de Educação Cristã, comentarista do currículo Infanto- Juvenil e da revista Discipulando, bacharel em Teologia, licenciado em Letras e pós- graduando em Educação Jesus é a pessoa mais importante que existiu no mundo. Ele veio em forma de uma criança, cresceu na graça e no conhecimento, diante de Deus e dos homens. Jesus iniciou o seu ministério com doze discípulos, pre gando o Reino de Deus por toda a Antiga Palestina. É impossível alguém ficar indiferente em relação ao seu ministério. Se os nossos alunos o conhecerem como descrevem as Escrituras, "rios de águas vivas fluirão do seu interior". Jesus chamado “Cristo* Jesus (que quer dizer "o salvador") é o "Messias" de Israel, isto é, o ungido de Deus Pai para redimir o povo de Israel e o "Cristo" para redimir o mundo: "Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" (At 2.36). Jesus Cristo é o evento anunciado por João Batista: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29). Nele, a condenação eterna é apagada, as prisões psicológicas e emocionais são abertas. Nossa natureza humana pecaminosa, egoísta e perversa é completamente transformada. O *10 9 0 5 “ O Evangelho afirma que só há verdadeira vida por in termédio do verbo vivo de Deus: Jesus Cristo, a vida eterna que pulsa de Deus para nós. É vida verdadeira que dá conta de todas as interrogações, questionamentos e dúvidas humanas. Mas o mundo não compreendeu o significado dessa vida, desse verbo e desse sentido último (Jo 1.5). Para descrever esse evento extraordinário o apóstolo João usou um termo bem peculiar em o Novo Testamento, Logos, que quer dizer "verbo" ou "palavra". O apóstolo escreveu assim o primeiro versículo no seu Evangelho: "No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo 1.1). Esse versículo descreve Jesus como o início de todas as coisas e o significado último da vida: "Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens" (Jo 1.3,4). Segundo o Evangelho, só há verdadeira vida por intermédio do verbo vivo de Deus: Jesus Cristo, a vida que pulsa de Deus para nós. Só ele quem pode doar vida verdadeira. Só Ele quem dá conta de todas as interrogações, questionamentos e dúvidas humanas. Mas o mundo não compreendeu o significado dessa vida, desse verbo e desse sentido último (Jo 1.5). Mas para nós, os que cremos, o servo Jesus é Senhor e Cristo. Sejamos servos disponíveis no serviço, olhando sempre para o autor e consumador da nossa fé. Nesta lição é preciso ressaltar que pela fé em Cristo o ser humano pode se tornar nova criatura. Nesse aspecto, o passado fica para trás e em Cristo tudo se faz novo. Então, passamos ter um novo olhar, uma nova atitude, um novo comportamento. Assim, ocorre a verdadeira conversão no Senhor. O novo nascimento é uma das mais importantes doutrinas cristãs, pois ninguém pode fazer parte de Reino de Deus se não passar pelo processo de sincera conversão (Jo 3.3). É quando pela fé em Jesus experi mentamos uma metanoia, isto é, uma transformação que se inicia do interior para transbordar para o exterior. Os sentimentos egoístas do coração são substituídos por aquilo que agrada a Deus, os pensamentos passam pela renovação da nossa mente por ação do Espírito Santo, por isso, temos a mente de Cristo (1 Co 2.16). De fato, uma nova vida é implantada em nós. Destacar, exemplificar e explorar as verdades desse ensino deve ser o objetivo maior da presente aula. O Novo Nascimento Quando o ser humano é regenerado, o que acontece é uma ação decisiva e instantânea do Espírito Santo no ser humano. Podemos dizer que ocorre uma nova criação no interior humano: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17). Chama-nos a atenção a expressão "nova criatura é". Significa que não "será", muito menos há qualquer ideia relativizada acerca da natureza do novo nascimento. Simplesmente a pessoa que está em Cristo "é uma nova criatura". De maneira decidida e espontânea ela foi regenerada pelo Espírito Santo e reconciliada com Deus por intermédio de Cristo Jesus (2 Co 5.19). Aqui está a garantia da real conversão, da marca de nova criação. Tal experiência é que traz na vida do novo convertido a certeza de que agora ele está seguro em Deus e nada poderá abalar a sua fé. Um convite a desfrutar da presença de Deus Deus fez tudo novo em nós. O que Ele faz é bom, agradável e perfeito. O nosso maior desafio é jamais deixar de convivermos diariamente com a presença dEle. É o elemento mais importante para a nossa sobrevivência espiritual. Por isso, não permitir que a frieza espiritual bata a porta da vida nem que a incredulidade invada a mente e escravize o coração, e que o Espírito Santo ensine a quem nasceu de novo são reflexões que devem ser exploradas ao longo da presente lição. Z+2 ENSINADOR Cristõo mm mm ® i mmmmmmm . R M M K M Ü I W»K MWWMM: A M » Cremos que as Escrituras foram inspiradas por Deus, dadas pelo seu Santo Espírito A Bíblia Assembléias de Deus, além do texto sagrado e da Harpa Cristã, traz em um encarte colorido a história e a importância da denominação e também o resumo de sua Declaração de Fé. Em duas versões de capa e com quatro cores à escolha, esta Bíblia é ideal para aqueles que congregam e querem saber mais acerca das Assembléias de Deus no Brasil. Conteúdo Texto Bíblico na versão Almeida Revista e Corrigida; Harpa Cristã; Encarte com: História das Assembléias de Deus: Há mais de 100 anos servindo a Deus; Escola Dominical: a maior escola do mundo; A organização das Assembléias de Deus no Brasil; Resumo da Declaração de Fé. Dois m odelosde capa; Tamanho: 13,8 x 21 cm; Capas couro simulado nas cores preta, vinho, marrom e rosa; Beira dourada e /ou prateada. bíblia ASSEMBLÉIA——-Dl ——— DEUSDEUS • HARPA ÇRfSTà •QUEM SOMOS RESUMO DA DECLARAÇÃO DE tà > HARPA CRISTà / -QUEM SOMOS RESUMO DA DECLARAÇÃO DE Pê DDD® 0800 021 73 73 www.cpad.com.br CPAD PUBLICANDO MOSTRANDO © CAMINHO PRODUZINDO VIDA http://www.cpad.com.br Ar tig o A ED como promotora do Identidode j Pentescotal I i i ° i, "De que maneira poderá o homem guardar puro o seu caminho? [...]"S1119.9. 1.0 que é identidade Apesar da identidade ser en tendida como um elemento que fixa o com portam ento hegem ô nico de um grupo, o desenrolar da vida no âmbito cristão ou fora dele, acontece na esfera social, no espaço público, nos lugares onde as mais variadas perspectivas de vida se encontram , conflitam e/ ou sobrepõe-se umas nas outras. A ex istência humana acontece num cruzam ento de ideologias marcadas pelo espírito de época, fruto do quadro social, político, econôm ico e religioso que con figuram os contextos nos quais estamos inseridos. Nesse sentido, a identidade é algo inconcluso e tem caráter d inâm ico , A Escola Dominical é um espa ço de aprendizagem que prioriza o estudo da Bíblia, tendo como principal enfoque a vida cristã prática. Para alcançar este objetivo lança mão da Teologia Pentecostal explicada de forma simples e clara aos seus alunos. Essa sistemática de ensino tem sido a principal causa das Assembléias de Deus no Brasil conseguirem manter uma hegemo nia doutrinária e conseguirem ter, ainda que com alguns percalços, uma identidade pentecostal. C laro que nas id en tid ad es, tanto de pessoas quanto de ins titu ições, não existem som ente características positivas, também estão embutidas algumas falhas e p ro b lem as, e tudo pode se cristalizar com a tradição, neste sen tid o , é p rec iso sem pre de novo ap licar um dos p rece itos da Reforma Protestante: "Igreja reformada, sempre se reforman d o " , é p reciso sem pre rever a identidade da igreja e verificar se ela reflete o evangelho de Cristo em todas as dimensões. Por esse motivo, é preciso pensar a iden tidade Assem bleiana a partir da nos convoca a reafirmar as boas características da identidade e nos coloca diante dos nossos erros e nos convoca a uma constante renúncia e abandono de toda e qualquer prática que fere os princípios éticos que Deus requer do seu povo. 2.1 A importância do estudo bíblico A leitura bíblica pentecostal não é feita somente com pressu postos racionais, mas com equi líbrio desde sempre foi efetuada na dinâmica da experiência com o Espírito Santo, neste sentido, cabe deixar que o Espírito Santo leve o coração do crente e da comunidade ao quebrantamento d iante de suas ve rd ad es, bem como ao conforto , tão peculiar à pessoa do Espírito Santo, pois o sola scriptura não existiría sem a iluminação e inspiração do so- lusSpiritu Sanctus,pois o Espírito precário em bora sem pre de novo ela se fixa em valores comuns e duráveis do grupo social, para em seguida se modificar novamente. 2. Identidades o serem mantidos Afirm ar a identidade pente costal é fazer a m anutenção do nosso sentido de ex istên c ia . E constantem ente d e ixa r que as nossas vidas, de modo individual, e a vida da igreja como um todo, sejam continuamente confrontadas ED , fo rta lecendo o que é bom com a ve rd ad e do evan g e lho , Santo ,sendo Deus, é m aior do e transform ando o que requer única id en tid ad e d igna de se r que a escritura, mas ambos são mudança. p reservad a . Uma verdad e que maiores do que a experiência. 2.2 - O cuidado com os doutrinos calvinistas O calvin ism o é um ramo da igreja cristã muito piedoso e apli cado aos estudos bíblicos e teoló gicos, entretanto algumas idéias centrais deste modelo teológico estão em confronto com as idéias pentecostais e são irreconciliáveis. Neste sentido, deve-se respeitar o que eles pensam, livre de atitudes combativas ou beligerantes, mas ensinar corretamente as verdades p en teco sta is , tão be lam ente esb o çad as na d ec la ração de fé lançada pela Editora CPAD. Este perigo é presente especial mente entre os jovens Assem- bleianos, que ficam encantados com a organização sistemática das doutrinas calvinistas, pois gera lm ente não veem esta organização em sua igreja. 2.3- Incentivo às expe riências pentecostais Como consequência dire ta do item anterior, su rg e o cessa- cionismo, amplamente d ivu lgado pelos irm ãos calvinistas, fazendo com que uma parte das AD's co m ecem a e n xe rg a r com desconfiança e/ou medo as manifestações extáticas da experiência pentecostal. Em nome da ordem no culto e para evitar meninices e b izarrices, que d e vem ser com batidas mesmo, usam-se ar gumentos que inibem qualquer demonstra ção de êxtase ou ex periência que possa acontecer no culto ou fora dele. Se engessarm os a liberdade do Espírito Santo nada sobrará da vivacidade do pentecostalism o. Isso é ind icativo de que na ED pode-se ensinar nosso povo a se render à influência do Espírito Santo de forma inteligente. No livro de João 3.8, Jesus diz "o vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem , nem para onde vai, assim é todo que é nascido do Espíri to " , dando-nos a entender que o Espírito Santo é incontrolável, imprevisível, seus direcionamen tos não podem ser ca lcu lados e transpassam a inteligibilidade humana, mas ao mesmo tem po age em simbiose com a inteligên cia humana. 2.4 - Profundidade teológico nos pregações e ensinos Com tod o o acesso à teo lo g ia que temos hoje não cabe mais a desculpa de que muita gente não considera uma instrução bem elaborada como sendo da parte de Deus. O acesso e facilidade com que hoje se tem à Teologia deveria serv ir de incentivo aos líderes e pastores de promoverem um amplo acesso à uma teologia pentecostal. Isso levaria à ensinos e pregações melhor fundamentadas nas escrituras e consequentemente geraria um melhor aproveitamento por parte do povo. A educação teológica deve ser vista com se riedade, pois sua pouca im por tância perm ite a ascensão dos teólogos cessacionistas, liberais e tradicionalistas, que geram atraso para o crescim ento saudável do movimento pentecostal. CONCLUSÃO A preservação da iden tidade pentecostal tem resultados abrangentes entre os crentes, pois a m arca p rin c ip a l da Assembléia de Deus foi a democratização do Es pírito, conferindo novo sentido de existência , todos sentem-se auto rizados a falar, porque é o Espírito quem fala por todos, consequen tem en te , o senso de re levância pessoal na sociedade preenche a existência de cada um. Assim , cabe à educa ção proporcionada nas classes de Esco la D o minical preservarem e incentivarem as boas condutas da identidade pentecostal, permitindo que as novas gerações sigam o legado deixa do por esta igreja que incluiu milhões de pes soas no Reino de Deus. Isso sem esq uecer as novas dinâmicas sociais e espirituais que exigem novos modelos contex- tualizados de ser igreja o y mm . m .BLaiiyHIrmJftai ENSINADOR Cristão 4 5 KW» íí%;m' ' 'I • I ^ • Em Ev id en cia ■ ii , AD em CqcoqI: uma igreja que respira a essência da Escola Dominical mÈSBÊÊÈÊISÊmí. iscolQ D om inical e um instrum ento oe oro as tam iüas e poro o socieaaae ron s É i n m í S f i a a s i a .................... A Classe Ester é de irmãs casadas. Elas pnom zam a união e o amor ao próxrmo. Sao alunas assíduas e criativas Em 1971, a Assembléia de Deus em Cacoal (RO) foi fundada e, com ela, iniciava a Escola Dom inical. Hoje, o templo sede possui 1.117 alunos matriculados, 105 professores e 20 colaboradores que todos os domingos dão suporte à ED. Sem contar as congregações. Todas possuem classes de ED também. Com 26 turmas, a Escola Dominical em Cacoalatende do berçário à terceira idade. Ela é liderada por dois superintendentes, o presbítero Claudinei da Rosa e o evangelista Daniel Muniz. O presbítero Claudinei da Rosa, nos contou que o pastor anterior, Nelson Luchtenberg, presidente da Convenção de M inistros das Assem bléias de Deus em Rondô nia (Cem aderon), foi um grande impulsionador da ED em Cacoal, "ele nos deu a visão do potencial da Escola Dom inical para trans formar vidas". Seg u nd o C la u d in e i, o p a s tor atual, Roberto A lves Varjão, "também é um amante da Escola Dom inical, investe, se envolve e apoia as ações. E le fala que 'o pastor presidente é o aluno número 1 da Escola Dominical' e sempre está presente. É notável que essa prontidão e vontade de ver esta escola crescendo e sem pre m e lhorando é um grande diferencial". Estratégias que deram certo A ED em Cacoal usa algumas estratégias para manter a assidui dade e interesse dos alunos. Dentre elas, o superintendente destaca o acolhimento e o reconhecimento. "N a abertura de cada trim estre, é oferecido um café da manhã a todas as classes com o objetivo de melhor integração entre o corpo docente, discente e visitantes. O departamento infantil serve lanche aos alunos todos os domingos antes do início das aulas. São desenvol vidos projetos como gincana ao final do trimestre relacionada ao tema estudado; para os menores há projeto para incentivar a criança a ter assiduidade, bem como trazer consigo Bíblia, oferta e visitantes; ao final de cada trimestre, os alunos que recebem maior pontuação são prem iados pelas professoras da classe. Também são realizadas pre- miações para alunos que não tem nenhuma falta durante o trimestre. São organizados encontros regula res com todos os departamentos e prem iações e reconhecim ento aos alunos que se destacam no em penho de estar na ED , como: culto de ação de graças com os alunos que concluem o discipulado; valorização das principais datas comemorativas, tais como: Missões, Dia do Pastor, Dia da Bíblia, Dos Avós, Das Mães, dos Pais, Páscoa, Semana da Pátria etc". Outra estratégia utilizada é o fortalecim ento espiritual e culto doméstico. "Para fortalecer a fé, a comunhão, o vínculo familiar e manter o bom princípio do culto doméstico, o departamento infantil trabalha o projeto 'Minha família é um projeto de Deus'. Ao final de cada ED um aluno da classe do departamento infantil é sorteado para levar uma maleta para casa contendo atividades que devem realizar durante a semana e que envolvem toda a família no culto dom éstico", explica o presbítero Claudinei. O utro quesito utilizado por eles é a comunhão. "O departa mento Juvenil sempre está atento aos valores cristãos e fam iliares. A lém de palestras sobre o tema da família, este ano realizaram uma semana denominada 'Encontro de Gerações', em que os irmãos das classes da terceira idade realiza ram atividades em conjunto com os adolescentes. Foi uma grande bênção! Durante a semana aconte ceram oficinas, conversas e trocas de experiências entre as gerações. Curiosidades e perguntas. Adoles centes e anciãos saíram gratificados pelos m om entos de unidade e com unhão v iv idos", alegra-se o superintendente e diz que essas são só algumas estratégias. Diferencial na ED A ED em Cacoal tem algumas ações e s itu açõ es que são um ■I M 4 6 ENSINADOR Cristão ^mtZíZd°efZ2 Zam Clas~°lsaqu( f r e q u e n te s e ^ t e r e s s a d o s n o T o m e ú d t m inistrado m e u d c d iferencia l. C laud ine i lista para gente algum as. "Com o a igreja é mantenedora da Escola Daniel Berg , ela nos d isp on ib iliza sua estrutura para realização da ED , com ambiente climatizado e salas amplas, equipadas com recursos tecnológicos, que são utilizados pelos professores como meio de tornar as aulas atrativas; as clas ses são frequentadas por alunos membros da igreja e pessoas não evangélicas. Muitos dos frequentes, trazem membros da família ou vizi nhos, e motivados em aprender a Palavra; a estrutura organizacional é com posta pe lo pasto r p re s i dente, superintendência, equipe pedagógica e de planejam ento, coordenações específicas para os departam entos infantil e juvenil, secretários e equipes de apoio; realizamos um seminário de Escola Dominical anual com plenárias e oficinas, organizado com base nas necessidades d idático-pedagó- gicas, identificadas por meio de pesquisa feita com nossos pro fessores; Cacoal tem um histórico de líderes que sempre valorizaram a ED , sem pre foram aguerridos d e fe n so re s do ensino com o a principal form a de transm issão das ordenanças bíblicas". "Não podemos dizer que a nos sa ED seja a maior ou melhor. Esse não é o nosso objetivo. Estamos trabalhando com afinco para que a Palavra do Senhor seja propagada e incutida na mente e no coração dos que a frequentam . A p esa r de ter uma excelente estrutura e uma quantidade considerável de alunos matriculados, acreditamos que um dos d ife re n c ia is além da estrutura física , seja a q ua li ficação e dedicação dos nossos professores, são pessoas cheias do Espírito Santo e grande parte têm formação pedagógica e atuam na área educacional. Outro fator que muito nos ajuda são as equipes de apoio a escola, no organograma da nossa ED cada equ ipe sabe o que precisa ser feito para que o professor esteja suprido para uma aula no dom ingo", jubila o presbítero. C laudinei diz que ainda tem pro jetos à serem im p lan tados. "Alm ejam os ter um momento de form ação continuada para pro fessores e colaboradores de toda nossa ED . Temos uma secretaria de Evangelismo atuante em nossa igreja e futuram ente querem os trabalhar mais com evangelism o na Escola. Com o dizia o saudoso pastor Antônio G ilberto 'a Escola Dom inical evangeliza enquanto ensina'. Q uerem os aproveitar o potencial dos alunos para ganhar mos mais almas para Cristo". O líder da igreja, pastor Ro berto, fala sobre a importância da ED : "Uma igreja espiritualm ente saudável, prioriza o ensino. A ED em Cacoal tem com o m issão o ensino sistemático da Palavra para o fo rta lecim ento e crescim ento da vida espiritual de cada aluno. Acred itam os que assim a igreja A cla sse F i^ o s d o R e i é form xri* Escola Dominical;eles estão sempre ^ aos valores cristãos e familiares que a rgreja | tem ensinado por meio de palestras e e s t u d ^ f c V • , llll l lll --* * * .... . % I t • A Classe R a q u e l ta m b é m é c o m p o s ta p o r l m u lh eres ca sa da s. Elas in vestem no c o m p a - 1 n heirism o e sã o alunas f re q u e n te s na E sc o Dominical. pmãè. contribuirá na formação de prin cíp ios e valores na com unidade a qual está inserida. A ED é um instrumento de bênçãos para as famílias e consequentemente para a cidade. A grande importância que vejo é que podemos alcançar toda a família, e isso é extraordinário, pois se conseguirmos reunir todos para o aprendizado sistem ático da Palavra com certeza terem os famílias melhores, igrejas melhores e uma sociedade melhor". ■ ENSINADOR Cristõo Z+7 até mesmo leitores mais aprofundados em sua È leitura e uso da Bíblia" (GORM AN, p. 19). Neste artigo, defenderei a posição de que todo professor . de ED pode interpretar as Escrituras — com a ajuda do Espírito Santo — , desde que conheça alguns pressupostos hermenêuticos ortodoxos (cf. Mt 13.11; At 17.10,11). Um entendimento claro desses princípios, relacionados com o méto do histórico-gramatical, "proporciona uma perspectiva mais equilibrada e uma capacidade para um diálogo mais significativo com os que creem de modo diferente" (VIRKLER, p. 35). Esse método, originado em Jesus e os apóstolos, sistematizado pelos pais da Igreja e aperfeiçoado pelos reform adores, tem sido adotado pelos exegetas p iedosos. Para estes, interpretar uma passagem bíblica corretam ente não denota dizer o que pensa dela, e simdescobrir seu sentido primário, literal, após um traba lho que inclui pesquisa, análise (contextual, formal e detalhada), síntese, reflexão, aprimoramento e ampliação. Z+8 ENSINADOR Cristão Quando lemos um texto , não podemos forçá- -lo a dizer que o que não diz. Valer-se do método histórico-gramatical significa examinar as passagens bíblicas como históricas e literais, a menos que seu próprio contexto indique que elas são alegóricas. Assim , quem faz exegese , além de contar com a indispensável ajuda do Paráclito, o Intérprete das Escrituras por excelência (Mt 22.29; 1 Co 2.9,10; 1 Jo 2.20), precisa conhecer ferramentas epistemoló- gicas e metodológicas, como a Teologia (Exegética, Bíblica, Sistemática e Histórica) e a Crítica (Textual, Histórica e Literária). Imaginemos que uma bula de remédio prescreva o seguinte: "Caso tome mais que a dose máxima diária (50 gotas), poderá ter um infarto". Podemos relativizar isso e dizer: "Eu interpreto que posso tomar 70 gotas"? Claro que não! Isso também vale para a interpretação das Escrituras. Diante disso, a fim de compreendermos melhor a importância do método histórico-gramatical — que sempre parte do pressuposto de que a Bíblia é a Palavra de Deus — , examinemos um pouco da História da Exegese. Em Neemias 8.8 vemos o primeiro exemplo de professores fazendo exegese do texto sagrado. Como os israelitas, no período do exílio , provavelmente perderam a compreensão do hebraico, Esdras e sua plenária (2 Tm 3.16,17) equipe traduziam porções das Escrituras para o ara- maico e acrescentavam explicações para esclarecer o sentido. Mas, ainda naqueles dias, alguns escribas com eçaram a alegorizar o texto b íb lico . Embora tivessem grande reverência ao copiá-lo, passaram a usar um método heterodoxo, pelo qual atribuíam significado a cada detalhe incidental desse texto. Com isso, menosprezavam o sentido que o autor sagrado teve em mente, ao escrever. No primeiro século d .C ., os exegetas judaicos acred itavam que cada passagem das Escrituras estava cheia de significado. Nesse caso, quando o Senhor andou na terra, deparou com essa ten dência alegorista, que se baseava na ideia de que o verdadeiro sentido do texto bíblico jaz sob seu significado literal. O Novo Testamento — a começar por Jesus Cristo — "lança a base para o método histórico-gramatical (gramático-histórico) da moderna hermenêutica evangélica" (VIRKLER, p. 43). De modo geral, o Mestre tratava narrativas, in clusive as de Gênesis, como eventos históricos (Mt 12.40; 19.4-6; 24.37,38). Quando fazia aplicações, as extraía do significado normal do texto, contrariando o alegorismo. Ele priorizou o que está escrito, e não a tradição (Mc 7.6-13; Mt 15.1-9; 7.28,29). Quanto aos apóstolos, consideravam as Escrituras como a Palavra mssmmm Ciro Sanches Zibordi, pastor, escritor membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Autor de best-seller “Erros que os pregadores devem evitar” e das obras “Erros que os adoradores devem evitar", “Evangelhos que Paulo jamais p rega r ia ” en tre ou tros, todos os títu lo s da CPAD. Ea inda co-autor da obra “Teologia Sistem ática Pentecostal”, também da CPAD.--JsSÉÉfefc.. de Deus e as citavam literalmente (2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.21; 3.16). Para eles, história era história, poesia era poesia, símbolos eram símbolos (cf. At 13.16-22; Hb 11; Tg 5.11,17; 1 Pe 3.5,6,20). Os pais da Igreja (100-600 d.C.) valorizaram pouco o legado apostólico. Clemente de Alexandria (150- 215 d .C .) desenvolveu a teoria de que cada texto tem cinco sentidos: histórico, doutrinai, profético, filosófico e místico. O rígenes (185-254) acreditava que o Antigo Testamento era uma vasta alegoria. Agostinho (354-430), maior erudito de sua época, embora tenha formulado regras hermenêuticas que vigoram até hoje, inclinou-se ao alegorism o. Mas alguns pais, como Teodoro de M opsuéstia (350- 428), defenderam o método que seria chamado de histórico-gramatical (BRAY, p. 77-128). Na Idade Média (séculos V a XV), a intepretação foi am arrada pela trad ição ; o que se destacava era o método alegorista: "aceitou-se geralm ente o princípio de que qualquer interpretação de um texto bíblico devia adaptar-se à tradição e à dou trina da igreja" (VIRKLER, p. 46-47). Mas, no século XVI, contrapondo-se ao dogma de que a Bíblia é tão obscura que somente a Igreja pode revelar seu verdadeiro significado, os reformadores resgataram o método histórico-gramatical. Eles acreditavam que a fé e a iluminação do Espírito eram indispensáveis ao exegeta e defendiam que a fonte primacial de autoridade são as Escrituras, e não a razão, a tradição ou a experiência. Os princípios de interpretação adotados pelos reformadores, especialm ente Lutero e Calvino, se tornaram os grandes pressupostos ortodoxos da Hermenêutica. Segundo a regra preferida de Calvi no — "A Escritura interpreta a Escritura" — , a tarefa principal do exegeta é permitir que o texto sagrado diga o que realmente diz. Exegetas pentecostais têm divergido do calvinismo no campo soteriológico, mas em geral adotam o método histórico-gramatical. Depois da Reforma, surgiram algumas escolas perigosas, que não consideram as Escrituras infalíveis e inerrantes, como o racionalismo, o liberalismo e a neo-ortodoxia. Hoje, a maior ameaça ao método histórico-gramatical é a "nova hermenêutica" pós- -IiberaI, que é ideológica e não vê a Hermenêutica prioritariam ente como form uladora de normas e regras. Com o exem plo podem os citar a "H erm e nêutica Fem in ista", para a qual pouco importa a intenção autoral; ela lê o texto sagrado com as lentes do feminismo e o adapta a essa ideologia. Quais são os pressupostos do método histórico- -gramatical? Em síntese, podemos enumerar doze: (1) o intérprete deve possuir fé cristã autêntica; (2) a Palavra de Deus é infalível e inerrante; (3) não tem contradições; (4) deve-se ter em alta conta o significado literal e histórico das Escrituras; (5) o significado verdadeiro de cada passagem é o que o autor quis transmitir; (6) não compete ao exegeta introduzir no texto o significado que quer lhe dar; (7) ele deve consultar o credo ortodoxo; (8) um versículo deve ser estudado em seu contexto; (9) o Espírito não toma o lugar do aprendizado necessário para se entender as Escrituras; (10) o exegeta deve levar em consideração que a revelação é progressiva; (11) as figuras de linguagem devem ser identificadas e interpretadas como tais; e (12) as Escrituras inter pretam as Escrituras. Diante do exposto, mesmo que o pro fessor de ED conheça outros métodos de interpretação, com o o h istórico-crítico e a "nova h erm enêu ti ca", deve saber que os p ressupostos h erm e nêuticos ortodoxos — inspirados na maneira como o Senhor Jesus e os apóstolos inter p re ta ram o A n tig o Testam ento — não podem ser d e sp re zados. Que o Espíri to Santo nos ajude a termos compromisso com as Escritu ras , defendendo, assim, sua in sp ira ç ã o plenária (2Tm 3.16,17). . Á É 1 jáÉ-gjm 50 ENSINADOR Cristõo J r ■u ,,, fâ»ll C i r o S a n c h e s Z i b o r d i 6a obra da série de sucesso de Ciro Zibordi PAULO O PRÍNCIPE DOS PREGADORES ITINERANTES Usando o seu já consagrado estilo leve e bem-humorado, Zibordi nos brinda com um estudo abrangente da vida de Paulo - que depois do Sumo Apóstolo Jesus Cristo, Mestre dos mestres e Pregador dos pregadores - é, sem dúvida, o maior dentre todos os apóstolos e mestres, o mais destacado pregador de todos os tempos. Uma abordagem, ao mesmo tempo historiográfica, teológica e inspirativa, centrada na conduta de Paulo como pregador do evangelho e no conteúdo de sua mensagem. PAULO príncipe dos pregadores b a r n a b éFILPEDí ZlEORI»C iro S aNCICiro Sano C iro S ancheC iro S anches O®0 - ÍJD D D 0 8 0 0 021 73 73 www.cpad.com.br CBO PUBLICANDO MOSTRANDO PRODUZINDOD E S D E 1 9 4 0 C ó d ig o : 34 50 90 / F or m at o: 1 4 x 21 c m / P ág .: 27 2 http://www.cpad.com.br Dr. Kevin Leman É h o ra d e m u d a r a c o n v e rsa so b re e d u c a ç ã o , d e o lh a r a esco la com o um local o n d e a c ria n ça te m a su a c ria tiv id ad e e h ab ilid ad e s e s tim u la d a s . Ter um boletim re p le to d e n o ta s 10 n ã o significa u m a e d u c a ç ã o d e q u a lid a d e . E o q u e é u m a e d u c a ç ã o d e q u a lid a d e ? AS MELHORES OPÇÕES DE EDUCAÇAO Dr. Kevin Leman 4 utor òm-,fe//er do jor. t)DO® 0 8 0 0 021 73 73 www.cpad.com.br CPAD PUBLICANDO MOSTRANDO PRODUZINDO http://www.cpad.com.br