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Revista Ensinador Cristão - 1 Trim 2020

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ISSN 1519-7182
7 9 0 8 2 3 4 0 0 2 3 8 4
Vem q í o 3o Congresso Nacional Infanto-Juvenil 
Evento foz porte do celebração dos 80 onos do CPAD
CONVERSA FRANCA
A superintendente da ED em Porto Alegre 
(RS), Marlene Alves, conta suas experiências 
na ED, fala sobre suas viagens missionárias 
e sobre sua intensa dedicação à vida de 
estudos mesmo já na terceira idade, para
A RAÇA ? 
HUMANA: l i* ,i j i i I ;
Origem,
Quedo e Redenção
A Assembléia de Deus em Campos Sales 
(PI) investe no amor, na tecnologia e em 
muita criatividade, contribuindo para 
despertar o interesse dos alunos pela
aperfeiçoar-se na obra de Deus Escola Dominical
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 1
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 2
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s:
 2
40
CONHEÇA A SÍNTESE 
TEOLÓGICA DE 
GORDON D. FEE 
ACERCA DOS
ENSINOS DE PAULO
SOBREJESUS
CBC;
0 8 0 0 021 73 73
www.cpad.com.br CPAD
PUBLICANDO
A wkiROADê
MOSTRANDO
O CAWlWfnlfJi
PRODUZINDO
http://www.cpad.com.br
EXPEDIENTE
Presidente da CGADB
José Wellington Costa Júnior
Presidente do Conselho Administrativo 
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor-executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Editor-chefe 
Silas Daniel
Editora 
Gilda Júlio
Gerente de Publicações 
Alexandre Claudino Coelho
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente Comercial 
Cicero da Silva
Gerente de Produção 
Jarbas Ramires Silva
Chefe de Arte & Design 
Wagner de Almeida
Projeto Gráfico/Designer 
Suzane Barboza
Fotos
Lucyano Correia e Shutterstock
Tratamento de imagem 
Djalma Cardoso
CENTRAL DE VENDAS CPAD
2a ò 6a das 8h às i8h * Sáb das 8h às i4h 
Rio de Janeiro: (21) 3171-2723 
Demais localidades: 0800-021-7373
* Igrejas - ramal 2
* Colportores e seminaristas - ramal 3
* Livreiros - ramal 4
* Pastores/demais consumidores - ramal 5 
■ SAC - ramal 6
LIVRARIA VIRTUAL: www.cpad.com.br 
OUVIDORIA: ouvidoria@cpad.com.br
Ano 2 1 - n° 8 1 - jan/fev/m ar de 20 20
Núm ero avulso: R $ 9,95 
Assinatura bianual: R $ 79,00
Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral 
lançada em novembro de 1999, editada pela Casa 
Publicadora das Assembléias de Deus.
Correspondência para publicação deve ser 
endereçada ao Departamento de Jornalismo. 
As remessas de valor (pagamento de assinatura, 
publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A 
direção é responsável perante a Lei por toda 
matéria publicada. Perante a igreja, os artigos 
assinados são de responsabilidade de seus 
autores, não representando necessariamente 
a opinião da revista. Assegura-se a publicação, 
apenas, das colaborações solicitadas. 0 mesmo 
princípio vale para anúncios.
CASA PUBLICADORA DAS 
ASSEMBLÉIAS DE DEUS
Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
CEP 21852-0 0 2 Rio de Janeiro - RJ 
Fone 2 1 2 4 0 6 - 7 3 7 1 - Fax 2 12 4 0 6 -7 3 7 0 
ensinador@cpad.com.br
Gratidão: 
combustível 
para a 
fidelidade
Gilda Julio
Estamos chegando ao primeiro trimestre de 2020 e muita coi­
sa aconteceu no Brasil, no mundo e em nossas vidas. Quando 
falamos em termos de nação, podemos dizer que enfrentamos 
uma das piores recessões da nossa história, a economia brasileira 
segue a passos lentos e só neste ano é que há uma possibilidade 
de recuperar o nível de PIB (Produto Interno Bruto) que tínhamos 
em 2014, quando a última crise teve início.
Mas, não estou aqui para falar de crises. Quero convidá-ío(a) a 
celebrara vida, a salvação. Às vezes, nos pegamos questionando, 
reclamando, sempre querendo conquistar além do que temos, e 
esquecemos de agradecer o que Deus já nos deu. É tempo de 
sermos mais gratos! A Bíblia diz: "Em tudo, dai graças, porque 
esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1Ts 
5.18). Na gratidão, você reconhece a soberania de Deus, e ela 
nos faz olhar além das circunstâncias.
Comecemos agradecendo a Deus pelos 80 anos que a CPAD 
comemora neste ano. A Casa é conhecida principalmente como 
"A Editora da Escola Dominical". Ela tem se esmerado em cum­
prir seu papel na área da educação cristã com zelo e dedica­
ção. Minha alegria se estende à revista Ensinador Cristão, que 
completa 20 anos e tem sido uma ferramenta de apoio para os 
professores que militam no ministério. Eu louvo a Deus por fazer 
parte desta história, estando à frente desta abençoada revista.
Na realidade, nossa vida deve ser sempre pautada na Palavra de 
Deus. Desta maneira, teremos motivos incontáveis para glorificar 
Seu nome. A irmã Martene Alves que o diga. Ela é superinten­
dentes da ED em Porto Alegre (RS) e tem muitos testemunhos 
lindos para contar sobre suas viagens missionárias e o trabalho 
na Escola Dominical, para a qual tem se dedicado intensamente. 
Mais detalhes você confere na entrevista com ela, na página 11.
Nossa reportagem desta edição destaca a preparação da CPAD 
para o 3o Congresso Nacional Infanto-Juvenil e a preocupação 
dos educadores que trabalham com crianças em meio a essa so­
ciedade tão conturbada.
Estes e outros assuntos você confere na edição deste trimestre. 
E você poderá observar por meio dos conteúdos publicados que 
nós temos motivos de sobra para sermos muitíssimos gratos ao 
Eterno. Que você tenha um ano repleto na presença do Espírito 
Santo e Ele possa te ajudar a dar graças por tudo.
Um abraço!
http://www.cpad.com.br
mailto:ouvidoria@cpad.com.br
mailto:ensinador@cpad.com.br
Su
m
ár
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Divulgue as atividades 
do departamento de 
ensino de sua igreja
Entre em contato com
E N S IN A D O R C R iS T Á O
Avenida Brasil. 34.401 
Bangu • Rio de Janeiro • RJ 
CEP 21852-002
Telefone 21 2406-7371 
Fax 212406-7370
ensinador@cpad.com.br
R eclam ação , crítica e/ou 
su g e stã o ? Ligue;
2Z+0 6 - 7 A 1 6
2406-7418
S E T O R DE A SS IN A T U RA S 
Atendimento a todos 
os nossos periódicos 
Mensageiro da Paz 
ManuaL do Obreiro 
GeraçãoJC 
Ensinador Cristão
36 Subsídio
Semanal
A RAÇA 
HUMANA:
Origem, Queda 
e Redenção
14 ARTIGO
A Pessoa de Jesus
18 ARTIGO
O Incomparável Jesus
06 CAPA
Estratégias para manter o 
jovem interessado e assíduo 
nas aulas da ED
usem
05 Espaço do Leitor 
10 ED em Foco
11 Converso Franco
22 Reportagem
r y .
25 Entrevisto do comentarista
29 Solo de Leitura
30 O Professor Responde
31 Boas Idéias
44 Artigo
1 46 Em Evidência
mailto:ensinador@cpad.com.br
COMUNIQUE-SE COM A
ENSINADOR CRISTÃO
Por carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
21852-002 - Rio de Janeiro/RJ 
Por fax: 21 2406-7370 
Por email: ensinador@cpad.com.br
En tre em contato com o 
revisto E n s in a d o r C ris tão 
Suo op in ião é 
im portante p a ra nós! 
ensinadord^cpad.com.br
Devido às limitações de espaço, as 
cartas serão selecionadas e transcritas 
na íntegra ou em trechos considerados 
mais significativos. Serão publicadas 
as correspondências assinadas e 
que contenham nome e endereço 
completos e legíveis. No caso de uso 
de fax ou e-mail, só serão publicadas 
as cartas que informarem também a 
cidade e o Estado onde o leitor reside.
Acervo do ED
A Ensinador Cristão é mais 
que uma revista. Ela já faz 
parte do acervo de pesqui­
sa de incontáveis obreiros de Escola 
Dominical. Isso porque, ao longo dos 
anos, os conteúdos publicados por 
meio dos artigos, reportagens, entre­
vistas, dinâmicas e subsídios das Lições 
Bíblicas tornaram-se fundamentais para 
o aprimoramento de superintenden­
tes, professores, secretários; enfim, 
de todos que trabalham na área do 
ensino cristão.
Que o Espírito Santo continue inspi­
rando a cada um que faz essa revista! 
Andréa Saltes - Rio de Janeiro 
Por e-mail
Tempo de crescer
A Revista Ensinador Cristão 
é um manual de vida prática 
que proporciona um profí­
cuo crescimento. Ela corrobora com 
ferramentas didáticas para o ensino 
do Povo de Deus. Fico radiante com 
a seriedade com a qual a revista trata 
os assuntos. Com muita cautela e 
eficiência, preocupa-se em transmitir 
a verdade da Palavra de Deus. Sem ­
pre em uma linguagem que traz mais 
conhecimento e ajuda a mantermos o 
padrão das Escrituras Sagradas. Esse 
manual é sem dúvida um compêndio de 
doutrinas bíblicas que alimenta a nossa 
vida e, à medida que a lemos, nãote­
mos vontade de parar de ler, pois traz 
alegria constante. Eu admiro escritores 
que ao escreverem conseguem tocar 
a alma do leitor de maneira que sua 
vida se transforma, ou seja, acontece 
a metamorfose, uma real mudança. 
A melhor transformação é quando o 
indivíduo consegue mudar seu modo 
de pensar. Consequentem ente, seu 
comportam ento será diferente (Rm 
12. 1-2).
Ev. Roberto Santos (membro - 
AD em Lins de Vasconcelos (RJ) 
Por email
© Nova Roupagem
A revista Ensinador estpa 
com nova roupagem, mas 
com a mesma qualidade. Quero para­
benizar a equipe pelo empenho que 
demonstra através das matérias. Quero 
agradecer pelo zelo em trazer assuntos 
atuais e relevantes para todos os que 
prezam e amam a educação cristã.
Que o Senhor continue inspirando a 
cada um que trabalha nesta estimada 
revista. Que Ele recompense a cada 
um, renovando as forças e susten­
tando. E que mais professores sejam 
alcançados e motivados pelos textos 
aqui publicados. Parabéns a todos! 
Roberta Alves,
Rio de Janeiro (RJ)
Por E-mail
Dinâmica para 
crianças
Sou professora do Depar­
tamento Infantil da minha 
igreja e coleciono exemplares da revista 
Ensinador Cristão. Uso a revista como 
material de auxílio para preparar mi­
nhas aulas. Minha base de apoio são 
as Dinâmicas. Gostaria de ver mais 
artigos relacionados ao Departamento 
de crianças. Cada conteúdo divulgado 
pela Ensinador colabora com o pro­
fessor na sua área específica. Deus 
abençoe ricamente a equipe deste 
valioso veículo de comunicação!
Ana Paulo Gurgel ((MG)
Por email
Prezada Ana 
Paula, a Paz!
A revista Ensinador Cristão 
procura atender a todas as 
faixas etárias em suas publicações. A 
CPAD valoriza o compromisso com a 
qualidade do ensino cristão e a tarefa 
de cooperar o máximo possível com 
as igrejas no país. Ficaremos atentos 
à sua solicitação.
Obrigada pela cooperação.
Deus abençoe!
Recantos do país
É uma satisfação ter a re­
vista Ensinado r Cristão . 
Ela tem chegado aos in­
teriores de nosso país. Foi no interior 
de Pernambuco que adquiri a minha 
primeira revista, ocasião em que um 
artigo muito me chamou a atenção. 
Fiz uma citação do mesmo em minha 
monografia. A revista continua sendo 
um veículo de comunicação importante 
na divulgação da ED. A igreja é um 
órgão socializador e a ED é de suma 
importância para o aprendizado nos 
dias atuais. Parabéns a toda equipe 
pela dedicação.
Inês Moura- Rio de Janeiro 
Por e-mail
mailto:ensinador@cpad.com.br
O contingente jovem do Brasil u ltrapassa 34 
m ilhões de pessoas entre 15 a 24 anos de idade 
(IBGE/2010). Os dados apontam para relevância da 
temática e o tamanho do desafio das Assembléias de 
Deus para com os jovens na Igreja. Em termos gerais, 
a conceituação de juventude refere-se à fase de vida 
situada entre a infância e a idade adulta. Portanto, um 
período com características peculiares de profundas 
transformações de ordem biológica, social, psicológica, 
moral e espiritual. Trata-se de uma etapa em que o 
indivíduo busca afirmação da identidade e a consoli­
dação do caráter. As escolhas realizadas nesse estágio 
implicarão no futuro, tanto como fator de crescimento 
ou limitação da vida adulta. Ciente desta realidade, a 
Escola Dominical deve envidar esforços e se apresentar 
| como segmento de educação norteador na formação 
cristã de nossa juventude. Para alcançar tal objetivo 
é necessário desenvolver estratégias para manter o 
jovem interessado e assíduo nas aulas da ED. Nesse 
artigo, apresentamos três princípios elementares de 
comprovada eficácia:
sam i Estratégias 
ara manter o 
ovem
interessado 
e assíduo nas
a EDauias
miiM »
' s
WmÈí
Reconhecer a com plexidade da faixa etária. Os 
term os s^lolescência e juventude, por vezes, são 
usados no Brasil como se fossem sinônim os. Em 
consequência, suas semelhanças e diferenças nem 
sempre são esclarecidas. Para mostrar a complexidade 
da questão usaremos os parâmetros da Organização 
Mundial de Saúde (OMS), onde a adolescência é vista 
como um processo biológico de desenvolvimento 
cognitivo e estruturação da personalidade que se 
divide em pré-adolescência (10 aos 14 anos) e de 
adolescência propriamente dita (15 a 19 anos). E, a 
juventude é identificada como uma categoria so­
ciológica em processo de preparação para assumir 
o papel de adulto no plano familiar e profissional, 
compreendendo a idade dos 15 aos 24 anos (OMS/ 
OPS, 1985). Percebe-se pela análise do recorte etário 
que a categorização da idade que com preende o 
período da adolescência se sobrepõe e se confunde 
com o da juventude.
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA) estabelece adolescência entre os 12 e 18 anos
incompletos. Esta classificação deixa subentendido 
que a juventude começa depois de completados os 
18 anos, sendo esse o indicador adotado pelo currí­
culo da Casa Publicadora das Assembléias de Deus 
(CPAD). Contudo, não temos uma definição exata, 
em termos etários, que esclareça em que momento 
se encerra o período da adolescência para dar início 
à juventude. O consenso é de que a juventude se 
inicia na adolescência e avança gradativamente até 
a idade adulta. Durante esse processo não existem 
garantias que todos alcançarão a maturidade e nem 
tampouco a suposta idade em que isso acontecerá. 
Afinal, as teorias são subjetivas e a socialização hu­
mana acontece de modo diverso. A relevância do 
entendimento desta com plexidade está em alertar 
o professor para não ficar refém de conceitos es­
tereotipados, e sim, tratar com esmerada atenção 
e respeito os lim ites individuais e a cadência de 
aprendizado de cada um de seus alunos.
Contextualizar as temáticas em sua totalidade. 
Embora, como afirmado acima, não se deve rotular 
e nem formatar o modo como o jovem se desen­
volve, sabemos que a juventude não aprende como 
aprendem os adultos. Em vista disso, contextualizar 
as temáticas abordadas em sala de aula se constitui 
emagente de motivação para o aprendizado entre 
os jovens. Contextualizar significa pôr no contexto, 
ou seja, analisar os fatos dentro do tempo e espaço 
em que aconteceram e ao mesmo tempo aplicá-los 
à realidade atual. Os alunos são desestim ulados e 
perdem o interesse quando o professor limita sua 
aula aos aspectos históricos e doutrinários. Portanto, 
para manter uma turma interessada requer-se do 
professor domínio do tema e aplicação atualizada 
da lição ministrada.
O professor precisa estar ciente que seus alunos 
vivem um período de transição entre a dependência 
e a maturidade, cercados de dúvidas, incertezas e 
esperanças, somadas a necessidade de realizar-se 
pessoal, espiritual e profissionalmente. Por isso, torna- 
-se imperioso apresentar aos alunos questões reais 
e desafiadoras para que possam buscar soluções. 
Os debates acerca da aplicação do texto bíblico a 
realidade pessoal e coletiva são ótimas formas de 
manter os alunos interessados e afastar o enfado e 
o desânimo. Grande parcela da juventude sente-se 
bem em expor suas opiniões e pontos de vista sobre 
assuntos que retratam o seu dia-a-dia. Ao fazer uso 
desta estratég ia, o professor consegue trabalhar 
o conteúdo da lição, estimular a participação, de­
senvolvera compreensão das verdades e princípios
ENSINADOR Cristão 7
b íb licos, e ainda, m anter os alunos m otivados a 
retornarem para a próxima aula.
Ratificamos que a ação do professor no espaço de 
sala de aula é fundamental para conquistar a atenção 
dos alunos, manter a frequência e assiduidade do jovem 
na ED. Nesta tarefa, a escolha das práticas pedagógicas 
tem papel preponderante, pois elas abrangem todo o 
processo ensino-aprendizagem. Como a faixa-etária da 
classe jovem é complexa, as ações pedagógicas precisam 
ser dinâmicas a fim de promover o desenvolvimento dos 
alunos respeitadas as suas características individuais. 
No ambiente da ED o grupo de jovens é heterogêneo 
e o desafio compreende questões culturais, grau de 
instrução, classe social, estrutura familiar, maturidade 
espiritual dentre outrosfatores. Portanto, o entusiasmo, 
o amor pelo conteúdo ministrado, o empenho e a forma 
de dar aula passam a ser o primeiro ponto de contato 
entre professor e aluno.
No m agistério cristão , o professor para além 
do papel de m ediador deve servir de m odelo e
exem plo a ser seguido. Sua atividade pedagógica 
não pode ser balizada apenas pelo uso formal de 
técnicas e métodos educacionais, mas deve pro­
porcionar um clima acolhedor e descontraído no 
âmbito da sala de aula. Por exem plo , alternar os 
momentos de seriedade e descontração e o em ­
prego do bom humor tornam-se boas táticas para 
despertar o interesse da turma. Estimular a solução 
de proposições d ifíceis e a atividade extraclasse 
instiga a pesquisa de novas fontes e mantém os 
alunos motivados. Nesse sentido, como ensina as 
Escrituras, o professor dedicado é com parado ao 
servo útil que faz além do previsto (Lc. 17.10), isto 
é, não restringe sua atuação as paredes da sala de 
aula. Sua prática pedagógica o leva a visitar seus 
alunos, a manter contato e ajudá-los na superação 
de seus conflitos e mazelas. Esta postura faz toda 
a d iferença. Muito mais do que táticas e teorias 
pedagógicas, a melhor forma de atrair e manter o 
interesse de qualquer aluno deve, necessariamente, 
passar pela atitude altruísta e o bom exem plo do 
professor.
8 ENSINADOR Cristão
Portanto, o 
entusiasmo, o amor 
pelo conteúdo 
ministrado, o 
empenho e o formo 
de dor aula possam o 
ser o primeiro ponto 
de contato entre 
professor e aluno.
Considerações Finais
Reafirmamos que o incentivo é fator 
determinante para o sucesso do aprendi­
zado. Esta assertiva é com provada pelo 
Programa Internacional de Avaliação de 
Alunos (Pisa). Respeitar a complexidade da 
faixa etária e a individualidade, usar meto­
dologias que tornam o aluno participante 
e não mero observador e a combinação 
adequada de práticas pedagógicas que 
instigam o aprendizado são estratégias 
fundam entais com forte impacto no de­
sempenho escolar dos alunos.
A monotonia desmotiva o público jovem 
que tem acesso em tempo real às múltiplas 
ferramentas da tecnologia da informação. 
Dessa forma, as aulas na ED precisam ser 
interessantes, cativantes e surpreendentes. 
Lembre-se a motivação ou a falta dela é a 
reação do aluno mercê da atuação de seu 
professor. Por conseguinte, "se o ministério é 
ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.7).
Douglas Roberto de 
Almeida Baptista.■&m . _ i •
Líder da Assembléia 
de Deus de Missão do 
Distrito Federal e do i 
Conselho de Educação j 
e Cultura da CGADB. í 
Graduado emteologia] 
filosofia, sociologia j 
e pedagogia1 
\Especialista em|
1 Docência do Ensino |
^Superior. Mestre em 
: Ciências das Religiões 
e Mestre e Doutor em 
Teologia Sistemática 
Comentarista das
il III'! '.liW W IW W W W W W W i
Lições Bíblicas CPAD.
ENSINADOR Cristõo 9
Criatividade atrai alunos 
para ED em Campos Sales
| A Assembléia de Deus Campos 
1 Sales (CE), presidida pelo pastor Fran- 
cisco Ferreira Henrique, reconhece 
o a importância de ter os membros 
envolvidos com a Escola Dominical 
e, nos últimos anos, tem realizado 
estratégias como forma de captar 
novos alunos.
A equipe responsável pela edu­
cação cristã da igreja é composta por 
dois superintendentes, uma secretária 
administrativa, uma financeira, um 
secretário de infraestrutura e oito 
professores, que atendem às quatro 
classes. Recentemente, foi implantada 
a ED em duas congregações peque­
nas, localizadas na zona rural, onde 
funcionam ainda em salas únicas.
O superintendente da ED, Diogo 
Ribeiro, conta que, ao chegar com 
sua esposa em Cam pos Sales em 
janeiro de 2018, encontraram uma 
ED que sobrevivia com pouco mais 
de dez alunos. Todos adultos e em
O departamento infantil faz parte do crescimento 
da Escola Dominical na AD em Campos Sales
Os jovens deixam sua marca na Escola Dominical 
e se destacam pela taxa elevada de assiduidade, 
algo próximo a 90%.
uma sala única, não havendo o ensino 
específico para crianças e jovens. 
Hoje, dois anos depois, ela possui 
mais de 130 alunos matriculados.
"Acredito que a maior dificuldade 
na época foi conscientizar a todos da 
importância de crescer não só na gra­
ça, mas também no conhecimento"
A partir daí, o trabalho foi iniciado, 
e a taxa média de assiduidade dos 
alunos, chegou a 72% ..
Dos oito professores, cinco pos­
suem formação superior. Diogo e sua 
esposa, a também superintenden­
te, líder do departamento infantil 
e professora do maternal, Priscila 
Moura Ribeiro, são graduados em 
Teologia e participam de diversos 
cursos e congressos voltados à área 
da educação cristã com a finalidade 
de repassar todo o conhecimento 
aos demais professores.
"Na nossa região, não dispomos 
de cursos de capacitação. Por essa 
razão, eu mesmo organizo os cursos 
de capacitação e ministro entre nos­
sos professores, e a outras igrejas", 
conta Diogo.
A ED em Campos Sales teve um 
crescimento qu elevou à ampliação 
do espaço de uma sala para quatro 
salas de aula, e a implantação de 
ED em congregações carentes da 
zona rural e de difícil acesso. Isso é 
resultado do esforço da liderança em 
fazer com que o aluno veja algo de 
diferente na ED, algo que cative sua 
atenção, que o estimule a levantar 
da cama e ir até a igreja todos os 
domingos pela manhã,. A ED é mais 
atrativa do que qualquer tipo de lazer 
ou recreação no domingo.
A liderança tem se dedicado à 
criação de estratégias que premiam 
os alunos de acordo com os seus
desempenhos. Na primeira lição de 
cada trimestre, é realizado um grande 
café da manhã, onde é apresentado 
um relatório à igreja com os avanços 
e conquistas do trimestre anterior. 
Na ocasião, são entregues medalhas 
para os alunos e professores que 
mais se destacaram no trimestre, 
nas seguintes categorias; "Aluno 
e Aluna ED" (cada classe tem um 
ganhador e o critério é apenas o 
número de presenças), "Família ED" 
(premia a família com maior número 
de presenças), "Destaque ED" (alunos 
recém-matriculados e que obtiveram 
mais de 9 presenças no trimestre), 
"Professor ED" (professores com o 
maior número de presenças) e, por 
fim, "Classe ED" (premia a classe 
com maior média de presentes em 
relação ao número de matriculados.
Outra estratégia adotada é per­
mitir que os alunos fiquem com os 
celulares ligados e em suas mãos 
na sala, como uma forma de "ter­
mômetro" de retenção da atenção. 
Caso o aluno prefira usar o aparelho 
a assistir a aula, o professor entende 
que precisa se esforçar ainda mais 
para conquistar a atenção dele.
O desenvolvimento das classes é 
elogiado e notado por toda equipe 
de professores, que consideram, 
como as palavras de ordem da ED, 
o amor, a criatividade e a inovação.
"Todas as nossas classes se desta­
cam em uma questão: os adultos pelo 
volume de matriculados, que são 50% 
de toda a ED; os jovens, pela elevada 
taxa de assiduidade, algo próximo a 
90%; e as classes de Maternal e Ju ­
niores pelas suas atividades criativas e 
lúdicas, bem como suas apresentações 
das lições diante das outras salas", se 
orgulha o superintendente.
10 ENSINADOR Cristão
Na dependência 
total do Senhor
Natural de Charqueada de Santa Tereza, interior de Bagé (RS), Mar- 
lene Alves entrou pela primeira vez numa Assembléia de Deus aos 
5 anos de idade, levada pela mãe Cezária Gonçalves. A região 
onde moravam foi alcançada pelos esforços evangelísticos 
dos missionários noruegueses Nils e Mary Taranger.
Desde então, a menina não só passou a frequentar, 
mas a desenvolver seus talentos nos departamentos 
da igreja. "A família de minha mãe converteu-se ao 
Senhor, mas ela permaneceu impassível. Foram 50 
anos de intercessão. Finalmente, aos 84 anos, ela 
decidiu-se por Jesus. Aos 88, minha mãe faleceu", 
lembra Marlene. A conversão do pai aconteceu 
no leito de morte: acompanhado por um cristão,
João Portugal Machado recebeu o Senhor e partiu.
Batizada no Espírito Santo aos 14 anos, sua 
jornada na obra de Deus incluiu a atuação como 
professora de ED, secretária,tesoureira e evangelista 
em presídios. Aos 15 anos, contraiu tuberculose e foi 
desenganada pelos médicos. Naquele momento, a 
adolescente estava concluindo o curso normal a fim de 
ingressar na carreira de magistério, quando ficou doente e 
corria risco de morte. A estudante adorava o Senhor, quando 
Este lhe mostrou dois pulmões sadios. Logo depois, estava boa.
"Foi Deus quem me curou dessa enfermidade", assevera Marlene.
Marlene recorda que, ao longo de sua jornada na Seara do Mestre, ela 
atuou como missionária em Guiné Bissau, Cabo Verde e Senegal. Hoje, aos 
73 anos, milita na superintendência da Escola Dominical da Assembléia 
de Deus em Porto Alegre (RS). Viúva do missionário Antônio Peres Alves, 
ela ainda reserva tempo para os três filhos, sete netos e duas bisnetas.
irma nasceu em lar evanaelico
Meus pais não eram evangélicos, mas criam em Deus com muita 
reverência e até, posso dizer, com temor. Nasci no interior da cidade de 
Bagé (RS), em um lugar chamado Charqueada de Santa Tereza, onde o 
Evangelho entrou pelos missionários Nils e Mary Taranger. Toda a família 
da minha mãe converteu-se, porém minha mãe, não. No entanto, foi 
ela quem me levou ao primeiro culto. Eu tinha 5 anos de idade. Algo 
curioso aconteceu: minha mãe deixou-me na Igreja. Comecei a frequen­
tar a Escola Dominical, sendo a minha primeira professora a missionária 
Mary Taranger. Graças a Deus, permaneço na Casa do Senhor até hoje.
ENSINADOR Cristão 11
C
onversa Franca
Qual q importância da
e m iê b s ê íar aa
A Escola Dominical é de suma 
im portância para a minha vida, 
porque, olhando exem plos bíbli­
cos, constato que somente através 
do ensino correto, fundamentado 
em princípios imutáveis bíblicos, 
teremos verdadeiros avivamentos, 
como aprendemos com o rei Josa- 
fá, em 2 Crônicas 17; e o rei Josias, 
em 2 Reis 22 e 23. A lém d isso , 
tam bém acred ito que som ente 
um ensino de qualidade formará 
cidadãos capazes de serem úteis 
ao país.
pedagógicos. Falta também, para 
muitos, a visão correta de que o en­
sino fundamenta-se em princípios 
imutáveis, gerando um processo 
,e deste um sistema com objetivos 
claros e determinantes. Por outro 
lado, entendo que muitos ensinam 
sem a visão do homem integral: 
criança, adolescente, jovem, adulto 
e idoso. Além disso, falta em alguns 
lugares um conhecimento bíblico 
profundo e também da visão clara 
da sociedade atual em todas as 
áreas, seja a social, a filosófica, a 
educacional etc. E não pode faltar 
a dependência total do Espírito 
Santo (Jo 14.26).
8 1 B E H E E * B S E E a
ministrar na Escola
Considero, em primeiro lugar, 
um grande presente de Deus o 
ministrar a Palavra tanto no Brasil 
como no exterior. Porém, precisa­
mos de uma visão correta sobre 
cultura para não querer tirar o que 
é bom na cultura e implantar aspec­
tos não bíblicos. Também necessi­
tamos de conhecer o sacerdócio 
ao qual pertencem os, conforme
1 Pedro 2.9, pois o nosso dever é 
ensinar sobre Cristo e anunciar a 
todos as Suas virtudes, porque Ele 
nos chamou das trevas para a Sua 
maravilhosa luz. Portanto, ministrar 
no Brasil ou no exte rio r é uma 
experiência m aravilhosa, desde 
que a Palavra seja ensinada com 
conhecimento e graça, conforme,
2 Pedro 3.18, a fim de que em tudo 
Jesus seja glorificado.
J que o senhora acha que 
alta na Éscoía Dominlcotl ̂
Jo ferosil poro motivar a | i 
requència dos jovens nasl
S S S S i
Em muitas Igrejas, faltam espa­
ços físicos adequados, como salas 
apropriadas para o uso de data 
show, mapas e outros m ateriais
experiencio marcante com 
Deus em uma de suasj^ B 
vioaens missionárias■ ! »
Pela bondade do Senhor Jesus 
Cristo, tenho presenciado muitos 
m ilag res, sa lvação , lib e rtação , 
cura divina etc. Mas, como tenho 
que escolher, relatarei um que, eu 
diria, pela graça de Deus, valeu 
muito ter passado naquele lugar. 
Estávamos trabalhando no lindo e 
abençoado país de Cabo Verde. 
Em um sábado, dividíamo-nos em 
equipes para o trabalho de evan- 
gelismo. Em um culto ao ar livre, 
após a mensagem, no momento 
do convite, um senhor por nome 
João dirigiu-se à frente, falando 
na língua criou lo , d izendo : "Eu 
quero o Je su s da m ulher". Não 
interessava quem eu era, mas era 
algo falado com a alma. Refrisei 
o convite . Ele insistia com mais 
força que queria o meu Jesus (era 
a primeira vez que ouvia falar de 
Jesus). Orei com ele. Jesus curou 
sua esposa e filhos e outras pesso­
as. Aleluia! Mas, no próximo culto, 
quando voltamos lá, o Senhor Jesus 
havia levado o irmão João para o 
Céu . É para m editar: uma única 
oportun idade ... Q ue estejam os 
dispostos a obedecerão "Ide" de
Jesus (Mc 16.15). Uma observação: 
na África, em certos países, não 
há desrespeito em usar o nome 
"mulher". Na Bíblia, temos o caso 
de João 2.4.
WBê MSBèSBBM
Ao Senhor toda a glória. Sem ­
pre gostei de aprender; portanto, 
de ler. Éramos muito pobres, mas 
minha mãe presenteava-me com 
livros de histórias. Na escola nor­
mal, ganhei uma bolsa de estudo 
in teg ra l. C ase i-m e ced o , m as, 
como já trabalhava, pagava meus 
cursos superiores e até hoje sigo 
estudando. Recentem ente fiz um 
curso de Arqueologia Bíblica pelo 
Instituto Moriah em parceria com a 
Universidade de Israel. Ainda, se o 
Senhor permitir, farei outros cursos.
• iz m M W ú wmuma
e levou por um caminho
ue t n ^ n
Realm ente , não acho que a 
minha formação tenha levado-me 
por tantos caminhos que eu jamais 
imaginei. Mas o Senhor, sim, tem 
me levado por tantos lugares e 
pa íses que eu nunca p en se i. E 
em cada lugar, rendo graças ao 
Altíssim o, porque não posso es­
quecer das dificuldades financeiras 
que minha família enfrentava e de 
outros problemas. E o Senhor tem 
me agraciado de tal forma que só 
me resta render-lhe louvores por 
tudo. Inclusive, por esta entrevista.
inculado a alguma igre,
Meu traba lho nos p resíd ios 
sem pre foi v in cu lad o à Ig re ja . 
Em Cabo Verde, o Senhor Jesus 
proporcionou-me trabalhar junto 
com a senhora Madalena, secretária 
de ação social do país, abrindo
12 ENSINADOR Cristão
m uitas portas de evange lism o , 
inclusive no presídio.
No detalhamento de suas fun­
çõ es, v im os que fez trab a lh o s 
evangelísticos em m anicôm ios. 
Como surgiu esse desejo? Quando 
o Espírito Santo conscientizou-me 
de minha chamada missionária, o 
meu coração foi inundando por 
uma responsabilidade e um amor 
pelas almas, e isso moveu-me a 
trabalhar até em manicômio, sendo 
um trabalho muito gratificante , 
pois o Senhor faz coisas tão lindas 
que jamais pensamos que possam 
acontecer.
E
mm QiQum momento
ensou em parar pela
em alqum sonho
ue ainda nao foi posto
Parar? Com o desejo sem pre 
ouvir o Espírito Santo, não quero 
fazer o que Ele não quiser, mas 
estou disposta a continuar. Sonhos? 
Fazer um curso de A ram aico e 
continuar e sc reven d o o que o 
Senhor Jesus determinar.
anos, esta ativa na
az parte da equipe de
superintendente da
E
eixe uma mensagem
ara o professor que esta
BE&BEBB
A os p ro fe sso re s que estão 
começando, é preciso ter certeza 
da chamada e da vocação, e fazer 
o que o apóstolo Paulo aconselhou 
em Romanos 12.7: "Se é ministério, 
seja em ministrar; se é ensinar, haja 
dedicação ao ensino". A prove i­
tando, quero agradecer por tão 
honrosa oportunidade e desejar 
as bênçãos do Senhor Jesus sobre 
todos. Deixo Salmos 122.
Quando o Espírito Santo 
conscientizou-me de minha 
chamada missionária, o meu 
coração foi inundando por uma 
responsabilidade e um amor pelas 
almas, e isso moveu-me a 
trabalhar até em manicômio
tt
ENSINADOR Cristão 13
1
mS s l l i l f
O Incomparável Jesus
Vivemos tempos de uma prolongada crise, um 
momento em que os valores tradicionais têm sido 
diluídos em meio a um emaranhado cultural cada vez 
mais cético, humanista e pragmático. A sede e fome 
de Deus tem sido ludibriada por um empanturramento 
de futilidades (as igrejas arquitetonicamente parecem 
cada vez mais shoppings, e os shoppings ganham um 
ar de purezae paz religiosa), um assoberbamento de 
tarefas a cumprir (a adoração genuína e generosa 
é trocada pelo ativismo religioso que se caracteriza 
pela competitividade doentia e arrogância vazia), e 
uma falsa sensação de companhia em virtude das 
múltiplas conexões digitais (são inúmeros aplicativos 
de relacionamentos, alto desenvolvimento tecnológico 
associado às empresas de comunicação, porém, nunca 
as pessoas estiveram tanto tempo solitárias e isoladas, 
mesmo quando estão na mesma mesa para refeições).
E s ta b e le ce -se ass im , uma p e rig o sa ilu são , 
desenvolve-se um Cristianismo difuso.
Para algum as pessoas a sim ples identificação 
com uma determ inada com unidade re lig iosa já 
lhes concedería o direito de se autodefinirem como 
cristãs. Esses indivíduos não conseguem discernir a 
diferença entre seguidor (aquele que em preende 
longas jornadas em busca de interesses pessoais) e 
discípulo (aquele que está disposto a moldar-se de 
acordo com o caráter de Jesus); essa multidão não 
é capaz de diferenciar o frequentador (aquele que 
se declara "evangélico nom inal", cuja participação 
semanal nos cultos tem muito mais uma finalidade 
de "desencargo de consciência" do que de serviço 
e adoração) e a testemunha (aquele que se identi­
fica tão radicalm ente com Cristo que é capaz, se 
necessário, de morrer por seu Mestre).
Fabrica-se uma subcultura pseudoevangélica 
com o intuito de produzir nos cristãos nominais uma 
ilusória sensação de pertença. Daí nasce um dialeto 
próprio - o "evangeliquês" - com gírias e expressões 
inteligíveis apenas para os participantes do gueto 
social; patrocina-se uma moda gospel que, aliada a 
uma produção artística gospel, gera mais rendimentos 
financeiros do que qualquer bem-estar espiritual.
O resumo deste estado-de-coisas é que as pessoas 
vêm às igrejas, mas não tem comunhão (encontramos 
igrejas-shoppings lotadas de pessoas, no entanto cada 
uma destas está solitária em seu próprio mundo de 
ambições, desejos e ganância); os frequentadores de 
cultos cantam e tocam músicas religiosas, porém estão 
bem distantes de qualquer adoração (As igrejas-shop­
pings investem muito em uma sofisticada engenharia 
sonora, porém o interesse parece mais em manipular as 
emoções das pessoas do que levá-las a uma comunhão 
genuína com o salvador); os carros e roupas dessas 
pessoas trazem slogans ou frases religiosas, todavia, 
seus corações e caráteres manifestam a decadência 
de quem nem sabe de fato quem Jesus é.
Nasce assim um perigoso e monstruoso construto 
social deste tempo: um Cristianismo sem Cristo.
Por fim, um dado extrem am ente preocupante 
que caracteriza de modo em blem ático toda essa 
celeuma religiosa de nosso tempo, é que entre os 
jovens tanto cresce o número de ateus como o de 
participantes de igrejas-shoppings que anunciam 
um evangelho-fake. Desta maneira, se nada for feito 
para mudar essa situação alarm ante, em poucas 
gerações enfrentaremos no Brasil um colapso sem 
precedentes, com um esvaziamento das igrejas que 
se comprometem em apresentar o Evangelho com 
seriedade, bem como um efeito social danoso - em 
virtude do esfacelamento de princípios ético-morais 
diretamente associados à vida cristã autêntica.
Sensível a esta situação a CPAD resolveu apre­
sentar à com unidade jovem das Assem blé ias de 
Deus no Brasil uma Lição Bblica concentrada exclu­
sivamente num debate sobre a pessoa bendita de 
Jesus de Nazaré. Serão treze lições nas quais nos 
debruçaremos sobre os mais variados aspectos da 
vida, ministério e natureza do Salvador do mundo.
Pensar sobre Jesus , aprender sobre a vida do 
Mestre, e de modo especial refletir sobre a mara­
vilhosa obra da salvação que ele estabeleceu em 
nosso favor, é uma exigência de nosso tempo, assim 
como um exercício de com prom etim ento com o 
futuro saudável da Igreja.
ENSINADOR Cristão 15
p f - r r i
:
l i H M m
Thiago BraziL, Líder 
da AD em Parque 
Buenos Aires, 
Ministério Templo 
Centrai, em Fortaleza 
(CE), comentarista 
das Lições Bíblicas 
de Jovens, doutor em 
Filosofia, professor 
efetivo da UECE
O Evangelho necessita retornar às suas raízes no 
Brasil, e não há nada mais fundamental no Cristianismo 
que a compreensão plena de quem é nosso Salvador, 
pois é através dele que temos acesso ao máximo daquilo 
que se pode compreender da divindade. Dito de outra 
forma, Jesus - através de sua vida e ensinamentos - é o 
próprio mapa do céu; conhecer o Mestre - em virtude 
de seu amor com que muito nos ama - é a única razão 
pela qual faz sentido enfrentar todos os desafios da 
jornada terrena para chegar no céu.
O próprio Redentor preocupou-se em fazer co­
nhecido e compreendido enquanto viveu conosco; o 
nascimento humilde, a vida comum em Cafarnaum, 
a participação em inúmeros eventos sociais (como 
alm oços, jantares, casam entos etc.) são algum as 
provas inquestionáveis de que Jesus queria que as 
pessoas compreendessem quem ele era. Já o uso 
de metáforas e parábolas para transmissão de sua 
mensagem eterna são manifestações não só da sa­
bedoria divina, mas também da compaixão celestial 
para conosco seus filhos.
Enquanto rodeado de pessoas humildes e sim­
ples socialmente, Jesus anunciava o Reino de Deus 
falando de sementes, pescarias, fermento para bolos; 
já quando estava na presença de fariseus, sacerdo­
tes ou autoridades civis, o Cristo discursava com a 
oratória de quem transbordava sabedoria.
O problema relativo ao entendimento de quem 
era Jesus foi uma questão tão cara ao Mestre que 
ele próprio em determinado momento questionou 
os seus amigos - aqueles que ele escolheu separa­
damente para uma obra específica - sobre o que a 
população em geral e eles mesmos entendiam sobre 
a pessoa do Salvador. A sinceridade da resposta de
Pedro, tanto para apresentar a ignorância popular 
quanto para ressaltar o nível da revelação que já 
tinha alcança dos apóstolos, é algo marcante nas 
páginas do Evangelho.
Je su s não pode ser confundido com nada ou 
ninguém; o Redentor não é um mero agitador de 
multidões, muito menos um simples sábio do Oriente, 
ele é o ungido de Deus para promoção da salvação 
das m ultidões que morreram na expectativa das 
promessas e daqueles que, ainda não tendo o visto, 
creem em suas palavras de vida eterna.
De que modo o destino da Juventude brasileira 
poderá ser transformado? Dados recentes de pes­
quisas sobre crimes violentos no Brasil apontam que 
mais de 50% das pessoas que são assassinadas em 
nosso país tem entre 15 e 29 anos - isto significa 
um verdadeiro genocídio da população jovem . Se 
refletirmos bem, a estratégia do império das trevas 
aplicada no Brasil hoje assemelha-se aquela adotada 
pelas nações que dominavam o povo de Deus no 
passado - opressão dos mais frágeis, escravização 
dos sobreviventes e massacre dos mais jovens.
É urgente que a Igreja brasileira volte seu olhar 
para a população jovem, evangelização, discipulado, 
formação e capacitação ministeriais são deveres que 
a comunidade dos que servem ao Cristo ressuscita­
do precisa ter com todos; e em tempos de crise, a 
prioridade precisa ser concedida àqueles que estão 
mais vulneráveis e frágeis.
Nenhuma igreja local não precisa ser um shop­
ping, uma boate ou um circo para que a juventude 
interesse-se em estar lá, basta que cada comunidade 
cumpra sua natureza missional e comprometa-se em 
alcançar os carentes de salvação.
16 ENSINADOR Cristão
A. J. Gordon
Fundador do 
Gordon College, 
renovacionisto e um 
dos mois influentes 
pastores de suo 
geração
j, . TÊÈki .
j d ' fM
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W 1ÉÃSm
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Adon iram Ju d so n G ordon (1836-1895), mais 
conhecido como A. J . Gordon, recebeu esse nome 
de seus pais em homenagem ao missionário A do­
niram Judson (1788-1850), o prim eiro evangélico 
norte-americano enviado à Birmânia e que traduziu 
a Bíblia para o birm anês. Autor de vários livros e 
editor de dois hinários, A . J . Gordon é o fundador 
„ jd o Gordon C o llege , um fam ososem inário teo ló­
gico norte-am ericano que recebe esse nome em 
Jjomenagem a ele e que antes se chamava Boston 
Missionary Training Institute.
Aos 15 anos de idade, A. J . Gordon converteu- 
■'* -se e foi batizado. Aos 20 anos, entrou na Brown 
University com o estudante de filo log ia c láss ica , 
tendo conhecid o ali a sua futurg esposa , Maria 
| H ale . Em 1860, entrou na N ew ton T h e o lo g ica l 
| Institution com o objetivo de preparar-se para o 
•^ministério. Sua matéria preferida era Exegese do 
Novo Testamento. Em 1878, criou uma revista mensal 
)! chamada "The W atchword" com o único objetivo 
de edificar os cristãos.
Reconhecido como um dos grandes nomes do 
m ovim ento renovacionista que marcou a Europa 
e os Estados Unidos no século 19, A . J . Gordon é 
considerado tam bém um dos mais influentes pas­
tores de sua geração. Batista, ele liderou a Igreja da 
Claredon Street, considerada uma das mais espiri-
tuais e evangelísticas de sua época nos EUA. Aliás, 
Gordon era muito amigo do maior evangelista do 
século 19, o célebre Dwight Lyman Moody, tendo, 
inclusive, participado de suas campanhas evangelís­
ticas pregando e dando apoio financeiro. Também 
pregou no Tabernáculo de Spurgeon em Londres, 
outro amigo seu.
Gordon trabalhou intensamente na evangelização 
de alcóolatras, tendo criado o Industrial Home, uma 
espécie de cooperativa que fornecia trabalho para 
os novos convertidos. Sua atividade apologética 
também é famosa, tendo se destacado no combate 
à Ciência Cristã de Mary Baker Eddy (1821-1910) e 
ao transcendentalismo de Ralph Waldo Emerson.
Uma curiosidade é que A. J . Gordon é considerado 
também um dos "pais" do Movimento Pentecostal 
moderno, uma vez que entre seus posicionamentos 
teológicos marcantes estava a defesa do batismo no 
Espírito Santo como uma bênção distinta da Salva­
ção, como um revestimento de poder do Alto para 
o serviço a Deus e que normalmente era marcado 
pela m anifestação dos dons esp irituais. Gordon, 
porém, não necessariam ente vinculava as línguas 
ao batismo no Espírito, embora fosse visivelmente 
simpático a esse entendimento.
Conta-se que a última palavra que se ouviu dos 
seus lábios ao morrer foi "V itória!".
A
I
;
i
j
■É9
ENSINADOR Cristão TJ
Exem
plo de M
estre
Jesus Cristo
A liderança e a influência de Je su s na história 
humana é inegável. Cientistas, acadêmicos, filósofos, 
CEO 's e escritores ensinam e publicam sobre seu 
exem plo como um mestre. Entretanto , para nós, 
cristãos, Je su s não foi só uma pessoa inspiradora 
ou simplesmente um grande comunicador. Ao con­
trário, nós entendem os que Ele é o próprio Deus, 
nosso salvador, que não apenas lidera, mas também 
transforma vidas.
Neste trim estre nossos alunos aprenderão um 
pouco mais sobre Jesus: seu exem plo, personali­
dade, sobre a forma como Ele se relacionava com 
as pessoas e principalmente sobre seu ensino aos 
discípulos.
A história de Jesus é bem conhecida: está em na 
Bíblia, em diversos livros, músicas e até nos cinemas. 
Hoje ele é reconhecido como um modelo incrível 
a ser seguido. Entretanto os evangelhos registram 
que, nos anos em que exerceu seu ministério, Jesus 
foi alvo de muitas críticas. Ele enfrentou opositores 
e questionadores. Ele fugiu de uma tentativa de 
assassinato; Ele foi confrontado e ofendido publi­
camente algumas vezes.
Se por um lado Jesus tinha uma alta popularidade 
por causa dos seus milagres, por outro, foi censurado 
até pelos seus discípulos por causa do seu discurso. 
Mas, no geral, quem eram os opositores de Jesus? 
Alguns pequenos grupos de religiosos de diferentes 
correntes do judaísmo não viam com 'bons olhos' o 
comportamento de Jesus.
O problema não era em si o que Jesus ensinava. O 
que de fato incomodava era o que Jesus fazia. Ações 
do tipo: falar com mulheres, tocar em doentes, dar 
mais importância às pessoas do que as posturas e 
cerimônias religiosas, falar com samaritanos, comer 
com cobradores de impostos, curar no sábado etc.
Hoje, nós podem os nos perguntar: por que 
o exem plo de Je su s incom odava tanto? Por que 
despertava críticas?
A cultura judaica estava pautada na observação 
da Lei mosaica. Este zelo em cumprir a Lei, associado 
à religiosidade e manipulação dos poderosos sobre 
os humildes resultou em uma sociedade estratificada 
entre puros e impuros, inclusos na aliança com Deus 
e excluídos, povo de Deus e não povo.
Quando Jesus, que era reconhecidam ente um 
Mestre, surgiu realizando m ilagres e pregando o 
perdão de pecados e acolhendo os chamados 'pe­
cadores' que eram excluídos pelo sistema religioso 
isso foi motivo de espanto e discórdia.
Jesus veio com seu exemplo ensinando algo mais 
poderoso do que a Lei: a Graça. Nas palavras e nas 
ações de Jesus vemos graça e misericórdia, como 
promotoras da Justiça de Deus. Isso escandalizou 
o mundo.
Jesus, ao contrário dos mestres do judaísmo que 
tinham como prioridade não se contaminar com as 
pessoas ou em lugares impuros, importava-se com 
todos. Mesmos os que eram chamados de 'imundos' 
e 'pecadores'. Ele via as pessoas além desses rótulos. 
E mais do que isso: Ele ajudava a estas pessoas. 
Com seu amor, poder e com paixão , Jesu s tocou 
as pessoas, trazendo cura e salvação para muitos.
E hoje, tem os a obrigação de nos perguntar: 
enquanto igreja, estamos seguindo o modelo de 
Jesus? Estamos cuidando de pessoas sem nos preo­
cupar com rótulos? Estamos indo a todo e qualquer 
lugar para ajudar os necessitados? Ou tem lugares 
que deixamos abandonados porque consideramos 
impuro ou pecam inoso? A igreja do século 21 se­
gue o modelo de quem? De Jesus ou dos líderes 
religiosos que faziam oposição ao Cristo?
Nosso mestre nos deixou uma direção: caminho 
do amor. Este foi seu maior exem plo. Sigamos.
Flavianne Vaz 
é Bacharei em História 
(UGF) e TeoLogia 
(FTSA). Pós Graduando 
em TeoLogia do 
Novo Testamento 
(Faecad). É membro da 
AssembLéia de Deus 
- Ministério Crescer 
(RJ). É comentarista 
do currículo de Escola 
Dominical da CPAD. 
Autora de “Liderando 
Adolescentes”, 
publicado pela CPAD.
ENSINADOR Cristão 19
Flavianne Vaz 
é Bacharel em História 
(UGF) e Teologia 
(FTSA). Pós Graduando 
em Teologia do 
Novo Testamento 
(Faecad). É membro da 
Assembléia de Deus 
- Ministério Crescer 
(RJ). É comentarista 
do currículo de Escola 
Dominical da CPAD. 
Autora de “Liderando 
Adolescentes”, 
publicado pela CPAD.
Conselhos Sociois e 
Espirituais dos 
Profetas Menores
Os profetas estão presentes em todo o Antigo 
Testamento. Em diversas épocas diferentes a Bíblia 
mostra homens e mulheres sendo usados por Deus para 
falar com o seu povo. Neste trimestre, os juvenis vão 
estudar especificamente os livros dos profetas menores: 
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, 
Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
Nós sabemos que a categorização como 'profetas 
menores' refere-se apenas ao tamanho do volume da 
obra literária (quando comparada com o volume da 
obra de Isaías, Jeremias e Ezequiel), e não tem nenhum 
tom de inferioridade ou de definição de importância. 
De modo que os chamados 'menores' são livros tão 
importantes na Bíblia quanto qualquer outro.
Feito este prim eiro esclarecim ento , tam bém 
gostaríam os de apresentar um quadro geral das 
obras proféticas no Antigo Testam ento, para que 
seja possível com preender o contexto cronológico 
e atuação destes homens. Vejamos este quadro:
Período Falou a Judá Falou a 
Israel
Falou a outras 
N ações
Profetas
Pré-
exílicos
Joel; Isaías; Miquéias; 
Sofonias; Habacuque; 
Jerem ias;
Am ós;
O séias;
Jonas (Nínive); 
Naum (Nínive);
Profetas 
do Exílio
1 e 2 Samuel foram escritos 
em fins do século X a.C . 
Entre 1.100 e 970 a. C .
O badias (Edom); 
Daniel (Babilônia); 
Ezequiel (Exilados);
Profetas
Pós-
-exílio
O propósito de 1 Samuel é 
descrever o momento da 
história de Israel em que 
o governo passou do juiz 
para o rei. O propósito de 
2 Samuel é narrar a história 
profética do aspecto teocrá-tico da monarquia de Israel.
Nele, podem os perceber que o profetismo foi 
uma marca do final do período da monarquia dos 
reinos de Israel e Judá e que perdurou mesmo após 
o final do exílio. Também fica claro que cada profeta 
se dirigiu especificam ente para uma nação.
A mensagem presente nestes livros é muito con­
tundente. Ao contrário dos que o senso comum pensa, 
o papel do profeta não era revelar o futuro. Mas a voz 
profética do Antigo Testamento denunciava o pecado, 
as injustiças sociais, a corrupção moral dos reis e sacer­
dotes, a pecaminosidade no templo e nos ministérios, 
a idolatria do povo, a necessidade de arrependimento 
e a existência de uma esperança centrada em Deus.
Todos esses temas são mais que urgentes para 
os nossos dias. Notemos: Amós prenuncia o juízo 
sobre Israel por causa da injustiça social e da falta 
de interesse pelos necessitados. Miquéias adverte 
que a corrupção trará um juízo eminente, mas tam­
bém anuncia a esperança do reino do messias. A 
infidelidade da mulher de Oséias ilustra a relação 
entre o povo e Deus. Sofonias fala do juízo universal 
que com eçará em Ju d á , mas tam bém anuncia a 
promessa de restauração. Zacarias conduz o povo 
à reconstrução espiritual do indivíduo; Malaquias 
conclama o arrependimento do povo.
Atualm ente apesar das milhares de igrejas em 
nosso país vivemos um silêncio profético nos púlpitos. 
Há muita pregação de auto-ajuda, motivacional e de 
acolhimento. E pouca ou quase nenhuma denúncia 
de pecado, cham ada ao arrependim ento sincero 
(tanto dos religiosos, como dos que não possuem 
uma vida com Deus).
É tempo de orarmos para que o Espírito Santo use 
os profetas dos nossos dias para pregarem e ensina­
rem sobre arrependimento, ética social, integridade 
de adoração, promoção de justiça entre o povo. E 
especialmente para proclamarem a verdadeira miseri­
córdia de Deus e esperança centrada em Jesus Cristo.
REFERÊNCIAS:
ELW ELL, W. A. Manual bíblico do estudante. Rio de 
Janeiro: CPAD, 1997.
GOWER, R. Novo manual dos usos e costumes dos tempos 
bíblicos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
RICHARDS, L. O. Comentário histórico cultural do Novo 
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
É tempo de orarmos poro que o 
Espírito Santo use os profetas 
dos nossos dias paro pregarem e 
ensinarem sobre arrependimento, 
ético social, integridade de 
adoração, promoção de justiço
20 ENSINADOR Cristão entre o povo.
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CHEGOU A HORA DE
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VENCER O SEU GIGANTE
Em G olias D eve Cair, o pastor Louie Giglio descobre uma nova 
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viver livre de nossos gigantes não é ter a melhor mira, mas 
manter nossos olhos no único matador de gigantes - Jesus. 
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m 3 "CONGRESSO
NACIONAL
DE EDUCAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO* -
Infanto-Iuvenu
empos Difíceis 
Sâo Paulo / SP
12-15 de Março 12020
A Casa Publicadora das Assem bléias de Deus 
(CPAD), em sua missão de divulgar a Palavra por 
meio da educação cristã, com o firme propósito de 
com bater as heresias e demais ensinos contrários 
à sã doutrina, tem como meta para 2020 continuar 
a difundir cronogram as e relevantes projetos que 
sirvam de alerta à igreja e à liderança em relação ao 
momento crítico em que estamos atravessando. E 
para enfrentar o momento conturbado que a socie­
dade hodierna demonstra, a editora mobilizou-se 
para realizar o 3o Congresso Nacional de Educação 
e Evangelização Infanto-Juvenil.
O objetivo é fornecer informações vitais para a 
manutenção da família tradicional e o combate aos 
program as nocivos à integridade humana. Estão 
convidados os professores que militam nesta área 
e que têm como prioridade ensinar e estim ular o 
surgimento de novos talentos, a fim de serrar fileiras 
e evitar a contaminação da Igreja por modismos e 
novidades contrários à Sagrada Escritura.
Sob o tem a "Ensinando em tem pos d ifíce is" 
baseado no livro de 2 Tim óteo 3.1, o evento será 
em São Paulo (SP), na AD Belenzinho, entre os dias 
12 e 15 de março. O d iretor executivo da CPAD, 
Ronaldo Rodrigues de Souza, disse que um dos 
motivos para a Casa realizar o congresso é justa­
mente em função de todo este ataque que a família
vem sentindo de diversas organizações e áreas da 
sociedade. "Percebem os que estão tentando acoar 
a família. Percebe-se uma mudança de pensamento 
que muitas crianças estão tendo devido à orienta­
ção e à formação que elas têm nos colégios. Nos 
últimos anos, as escolas levaram para dentro delas 
uma doutrinação de quebra de valores, quebra da 
família tradicional, inserindo na mente dela princípios 
totalmente contrários a Palavra", atesta o diretor.
Ele informou ainda que o tema escolhido "Ensi­
nando em tempos difíceis", é um retrato dos dias de 
hoje. "Trouxemos preletores que estão vivenciando 
isso no dia a dia não só com base bíblica, mas tam­
bém com uma formação nas suas respectivas áreas. 
Eles orientarão os professores da área infanto-juvenil 
como devem se posicionar diante deste quadro que 
estamos vivendo. E como reverter esta tendência que 
hoje, infelizmente, está estabelecida na nossa socie­
dade e que hoje é uma realidade", pondera Ronaldo.
isposiçoo para aprender
Para Jean Porto dos Santos, pedagogo, coor­
denador dos departam entos Infantil Herança do 
Senhor e do Discipulado Infantil (Joinville), existe uma 
tentativa para desconstruir a fé da próxima geração 
e por isso líderes e professores de crianças estão 
diante de grandes desafios. "Por essa razão, o 3o
22 ENSINADOR Cristão
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Congresso de Educação e Evangelização Infanto - 
Juvenil é fundamental. Por ele receberemos orien­
tações e direcionamentos que serão fundamentais 
no desempenho do nosso ministério. Precisamos de 
ferramentas para poder desenvolver com excelência 
aquilo que o Senhor nos chamou para fazer, educar 
e evangelizar essa geração. Sendo assim, acredito 
que o congresso é de grande relevância para os 
líderes de todo o Brasil", afirma professor Jean .
A p ro fesso ra e co n fe ren c ista Jo an e Ben tes 
participou como palestrante do 2o congresso em 
2009, e acredita que mediante a todos os ataques 
que a criança e a família vêm sofrendo no Brasil, há 
uma urgência na realização do 3o congresso. "Nós, 
educadores cristãos e seculares, homens e mulheres, 
líderes preocupados com a infância no Brasil, preci­
samos de orientação, de informações, de métodos 
criativos de ensino. Nós estam os debaixo de um 
bombardeio no Brasil para destruir a infância. Precisa­
mos urgentemente do 3°congresso Infanto- Juvenil, 
onde possamos ser capacitados, orientados a usar 
métodos criativos de ensino, recursos que possam 
construir nas nossas crianças valores permanentes e 
imutáveis, e nenhuma doutrinação do mal terá poder 
de destruir aquilo que vamos construir a partir da 
primeira infância, a partir do maternal, do berçário 
que é começa a nossa m issão", enfatisa Joane.
Para a gestora e pedagoga G láucia Leal Lima, 
as estratégias precisam vir com urgência. "Conheci­
mento da legislação nacional sobre o ECA , direitos 
e deveres da criança , form ações d irecionadas à 
práticas de leitura bíblica com os filhos, projetos de 
evangelização nas escolas infanto-juvenis, conhecer 
as bases fundam enta is do d esenvo lv im ento da 
criança e do adolescente criar pequenos grupos 
de estudos bíblicos nos lares, envolvendo famílias, 
incentivo à intercessão".
A professora Anita O yaizu dá algum as d icas 
básicas. "Referindo-se à sugestão de estratégias 
para alertar aos professores, não encontramos re­
ceitas prontas, entretanto, entendem os que, para 
lidar com as crianças de quaisquer faixas etárias da 
infância, é necessário acimade tudo ter convicção 
do propósito e objetivo a ser alcançado. E como 
sem pre digo, tem os que traçar essas metas com 
sabedoria, sem jam ais nos esquecer de que nem 
sempre os fins justificam os m eios".
is de combate
Para o pastor Jean Porto, o evento trará infor­
mações necessárias e satisfatórias. "Acredito que 
esse congresso nos dará idéias, estratég ias e d i­
recionamentos que facilitarão o desenvolvim ento 
de projetos na área da educação e evangelização
ENSINADOR Cristão 23
I
infanto-juvenil. Será um m om ento de troca de tratar estes assuntos. E les não são fa lados com 
vivências que possibilitarão ampliar nossos conhe- muita naturalidade dentro das nossas igrejas. Muitas 
cim entos", frisa o pedagogo. vezes nossas igrejas trabalham como se vivéssemos
"Em meio a todos esses conflitos que a sociedade num mundo diferente, mas na realidade não é. A
enfrenta, em âmbito mundial, reconhecem os que infiltração está acontecendo. As crianças ficam mais
nossas famílias, pais, líderes e professores precisam tem po na escola com o professor, que tem toda
de suporte em todas as áreas, para que tenham con- essa doutrinação errada, fica as vezes pouco tempo
dições de combater as diversas formas de influências na igreja. Praticam ente dom ingo pela manhã e à
da mídia, das correntes filosóficas que percorrem as noite. Tem que haver um trabalho da igreja com
escolas de nossa nação, como também orientarem seus professores, com total envolvimento dos pais",
seus filhos no conhecimento da Palavra. Por isso, a assevera diretor.
importância de term os um Congresso em expan- Ele entende que os pais precisam entrar nesta
são nacional, onde estejam presentes lideranças e luta e saber o que está acontecendo, mas também 
famílias de todo o Brasil para juntos colocarmos em precisam ter esta orientação. "Esta é a estratégia 
práticas estratégias apresentadas por palestrantes que podemos fazer. Mas sem o apoio da igreja, a 
capacitados que já estejam envolvidos na causa", editora não pode fazer nada. A Casa trabalha com 
argumenta Gláucia Leal Lima. as igrejas. É um trabalho de dar as mãos. A CPAD
A professora Joane Bentes acredita que é um por meio da literatura, eventos, capacitação junto
grito e uma urgência. "É para já , nós precisam os com as igrejas, por meio dos seus líderes e pastores
ser orientados, capacitados para defender a infância e, da Escola Dom inical. E acima de tudo, somos
no Brasil e os valores da família segundo a Palavra e totalmente dependentes da benção de Deus. Que
usando também os nossos direitos. Nossas crianças o Senhor possa confirm ar e nos dar vitória neste
estão sendo violadas nos seus direitos, o Estatuto propósito", conclui.
da Criança e do Adolescente nos traz direito contra Estarão ministrando a Palavra os pastores José 
abusos, a pornografia, contra a doutrinação do mal Wellington Costa Júnior (SP); José Wellington Bezerra
que querem e já está sendo inserida dentro das da Costa (SP); Ronaldo Rodrigues de Souza; (DF); 
cartilhas e projetos escolares. Precisamos urgente- Guilherme Schelb (PR); Terry Linhart (EUA); Douglas 
mente levantar e capacitar um exército em defesa Baptista (DF); Alexandre Coelho (RJ); Jamiel Lopes(SP); 
da infância e da família no Brasil", desabafa Joane. Marcos Tedesco (SC). As professoras Joane Bente
Segundo Ronaldo Rodrigues, a Casa vai trabalhar (PR); Marta Costa (SP); (DF) Elaine Cruz (RJ); Valquiria
por meio dos preletores a fim de orientar os pais, Salinas (SP); Telma Bueno (RJ); Anita Oyazu (SP), 
professores e lideranças. "Nós pretendemos trazer Helena Figueiredo (RJ), a ministra Damares Alves
a realidade do que está ocorrendo. Não adianta e os adoradores da CPAD Music Lilia Paz, Marcelo
imaginar que isso não está acontecendo. Evitamos Santos e Victorino Silva.
Ho correntes teologicos
conflitantes ouonto
humano como, por
Moior entendimento 
sobre o Criação
O tema da revista Lições Bíblicas deste trimestre discorre 
sobre a doutrina bíblica do homem. No decorrer das 
lições, o autor mostrará o que a Bíblia ensina a respeito 
do ser humano. Ele vai enfatizar a criação de Adão 
e Eva, a triste realidade do pecado, a experiência 
humana fora do Éden e a nossa redenção. A pro­
posta do com entarista é nos ajudar a entender 
mais sobre o que é a doutrina do homem. A ta­
refa coube ao experiente escritor, conferencista e 
consultor doutrinário e teológico da CPAD, pastor 
Claudionor de Andrade.
Pastor C laudionor escreve com entários para re­
vista Lições Bíblicas desde 1997. Em seu currículo, 
encontramos os comentários de Malaquias, Atos dos 
Apóstolos, Gênesis; Adoração, Santidade e Serviço: os 
princípios de Deus para a sua igreja em Levítico, dentre 
outros. Confira abaixo entrevista sobre a nova revista.
que, por ser o pai da raça humana, 
acabou por alcançar todos nós; ele 
o cabeça da raça humana (Rm 5.12). 
O segundo é o experimental - uma 
consequência direta e imediata do 
original (1 Rs 8.46). O pecado origi­
nal também pode ser chamado de 
pecado-fonte ou pecado-matriz, pois 
dele procedem todas as transgres­
sões e iniquidades.
Esclarecemos, porém, que o pe­
cado original não leva ninguém para 
o inferno, mas o experimental, sim (Ez 
18.4). O recém-nascido, por exemplo, 
embora traga, em si, a semente do 
original, ainda não tem a culpa do 
experimental (1 Rs 14.12,13). Se morrer 
nessa fase, não perde a alma.
Quanto à corrupção total do ser 
humano, podemos entendê-la dessa 
forma: em Adão, todos pecaram 
e foram destituídos da glória de 
Deus; consequentemente, todo o 
nosso ser acha-se corrompido não 
apenas pela iniquidade de Adão,
exemplo, o dicotomisto 
e o tricotomisto. Qual o 
diferenço entre ambos') E ] 
qual delas reflete melhor o 
ensinamento bíblicoVÉHi
Quando nos voltamos à Bíblia 
Sagrada, constatamos que o ser 
humano é, de fato, constituído tri­
plamente: corpo, alma e espírito (1 
Ts 5.23). Todavia, ressaltamos que o 
espírito e a alma, em nós, acham-se 
intimamente ligados; não podem ser 
apartados um do outro. Somente a 
Palavra de Deus é capaz de alcançar 
a divisão entre a alma e o espírito 
(Hb 4.12).
Através da alma, que se utiliza de 
nossos órgãos sensoriais, entramos 
em contato com o mundo físico. E, 
por intermédio do espírito, comun­
gamos com o mundo espiritual.
o constituição do ser
Deus assim constituiu-nos, para 
que tivéssemos condições de viver 
sobre a face da Terra. Mas, após o 
arrebatamento, seremos semelhantes 
ao Senhor Jesus (1 Jo 3.2). É por isso 
que a nossa santificação tem de ser 
completa: corpo, alma e espírito. 
Aliás, o hino cinco de nossa querida 
Harpa Cristã reflete muito bem este 
anseio do crente:
Espírito, alma e corpo 
Oferto a Ti, Senhor 
Como hóstia verdadeira 
Em oblação de amor
Umo doutrino pouco 
comentado, hoje em dia, e 
o do pecado original e do 
consequente corrupção É 
total do hum o nido deU l 
Resumidamente, discorro j 
sobre esses pontos B IIIm 
do utrino isJBB BB BB M I
Consideremos, aqui, dois tipos 
de pecado: o original e o experimen­
tal. O primeiro é o pecado de Adão
ENSINADOR Cristão 25
Entrevista do Com
entarista
mas principalmente pelas nossas 
(Rm 3.23; Is 1.6). Todavia, o homem 
mantém as condições mentais e 
intelectuais necessárias para ouvir e 
crer no Evangelho de Cristo (Jo 3.16).
Ressalto que, no Dia do Juízo, ser 
humano algum poderá desculpar-se 
no pecado de Adão; todos seremos 
julgados por nossos próprios atos (Ap 
20.11 -15). Não culpemos Adão por 
nossas transgressões; assumamos 
nossos pecados e confessemo-los 
a Deus (Lm 3.39; Jo 1.7).
A Bíblia destaca o valor do] 
ser humano perante Deus, | 
O senhor poderio discorrer 
biblicamente sobre esse BÉ
O ser humano, compreendendo 
ambos os sexos, foi criado dire­
tamente por Deus (Gn 1.26; 2.7). 
Somos imagem e semelhança do 
Pai Celeste. Além disso, confiou-nos 
Ele o governo da Terra, apesar de 
sermos inferiores aos anjos; de glória 
e de honra, corou-nos (SI 8.44-6).
Não nos esqueçamos de que o 
Senhor Jesus, sendo Deus de Deus, 
fez-se carne não apenaspara habitar 
entre nós, mas principalmente para 
resgatar-nos do pecado (Jo 1.14; 1 
Tm 2.5). Por representarmos a obra- 
-prima de suas mãos, o Pai Celeste 
amou-nos singular e grandemente 
(Jo 3.16). Somos o templo de seu 
Espírito (1 Co 6.19). Tao importantes 
somos aos olhos de Deus, que Ele 
veio a entregar o próprio Filho para 
salvar-nos. A leluia! Deus almeja 
habitar conosco. Ele está entre nós, 
na Pessoa do Divino Consolador.
omo o Bíblia descreve a
Embora salvos, continuamos 
neste mundo; ainda não se ma­
nifestou o que havemos de ser (1 
Jo 3.2). Aqui, estamos sujeitos às 
consequências do pecado original 
- enfados, doenças e, finalmente, 
a morte mas, do pecado experi­
mental, já somos libertos. Glória a 
Jesus! (Rm 6.14). E, nessa condição, 
a casa do nosso tabernáculo vai, dia 
a dia, desfazendo-se (2 Co 5.1). Mas, 
quando do arrebatamento da Igreja, 
seremos glorificados com o Filho de 
Deus (1 Co 15.50-58).
Qual o proposito final de 
Deus para o ser humano'
O propósito final de Deus para 
nós é a nossa completa redenção em 
Jesus Cristo. Quando isso acontecer, 
a humanidade redimida terá uma 
comunhão perfeita com a Santíssima 
Trindade. Esta, aliás, foi a reivindica­
ção que o Senhor, em sua oração 
sacerdotal, apresentou ao Pai, no 
Jardim da Agonia: "a fim de que 
todos sejam um; e como és tu, ó Pai, 
em mim e eu em ti, também sejam 
eles em nós; para que o mundo 
creia que tu me enviaste" (Jo 17.21).
contraditório com o 
soberania divina. Diga algo
O livre-arbítrio pode ser definido 
como a capacidade humana de 
tomar livremente uma decisão. Tal 
atributo é observado em diversas 
passagens das Escrituras (Gn 13.9; 
Js 24.15; Hb 4.7).
Segundo a Bíblia, o ato de decidir 
entre o bem e o mal, entre Deus e 
os ídolos e entre aceitar Jesus e 
recusá-lo é um direito que o Todo- 
-Poderoso concedeu-nos (Gn 2.9; 1 
Rs 18.21; Mc 15.15,16).
Já que Deus confiou-nos o direito 
de escolha, ajamos com responsa­
bilidade e discernimento, porque 
todos seremos responsabilizados por 
nossas escolhas (Ec 11.9; Rm 14.12). 
Portanto, o livre-arbítrio humano e a 
soberania divina não são excludentes; 
são perfeitamente harmônicos.
Qual a relevância em se | 
estudar o doutrina do H 
homem durante todo um
Na verdade, estam os diante 
de um assunto tão maravilhoso e 
profundo, que, no meu entender, um 
trimestre chega a ser insuficiente. Por 
isso, temos de aproveitar muito bem 
o tempo de que dispomos, para nos 
inteirar, com mais propriedade, das 
verdades bíblicas acerca do homem.
Vejamos, agora, por que deve­
mos estudar a doutrina do homem, 
como a encontramos na Bíblia Sa­
grada.
Antes de tudo, a fim de conhe­
cermos a nossa origem. Embora o 
ser humano não seja divino, a sua 
origem é indiscutivelmente divina, 
porquanto procedemos de Deus (Gn 
1.26). Conforme diz o salmista, somos 
propriedade do Senhor (S1100.2).
Em segundo lugar, quando es­
tudam os a doutrina do homem, 
piedosa e reflexiva mente, passa­
mos a com preender claramente 
o nosso lugar no Reino de Deus e 
na sociedade humana. A partir daí, 
agiremos como súditos do Criador 
e Mantenedor de todas as coisas. 
E, nesse contexto, veremos todos 
os nossos semelhantes, até mesmo 
os mais distantes, como irmãos, por­
que todos viemos de Deus. Afinal, 
originamo-nos de um único tronco 
genético: Adão e Eva.
A doutrina bíblica do homem 
é indispensável para entendermos 
o plano de salvação. No primeiro 
Adão (nosso pai genético), todos 
pecamos. Mas, em Jesus Cristo, o 
Último Adão (nosso irmão maior, 
por ter participado plenamente da 
natureza humana, exceto quanto ao 
pecado) todos podemos ser salvos e 
reconciliados com Deus. Como se vê, 
a doutrina do homem não pode ser 
dissociada da doutrina da salvação; 
são íntimas e siamesas.
Minha oração é que, duran­
te o trimestre, no qual estivermos 
estudando a doutrina do homem, 
venhamos a glorificar, ainda mais, 
o Senhor Jesus Cristo - Verdadeiro 
Homem e Verdadeiro Deus. Aleluia!
26 ENSINADOR Cristão
IIP
mm
W í
O tema inclusão das pessoas com deficiência tem 
sido muito debatido no meio social. As Escrituras 
Sagradas nos adverte em "Persiste em ler, exortar e 
ensinar, até que eu vá" ( I Tm 4.13). O apóstolo Paulo 
neste versículo instrui Timóteo a fim de que, como 
líder cristão, persistisse em adquirir conhecimentos 
por meio da leitura da Palavra de Deus e ensinasse 
seus liderados com diligência. Assim , este ensina­
mento dado por Paulo a Timóteo aplica-se também 
ao professor da Escola Dominical, vez que, este é um 
líder e necessita estar instruído e atualizado a fim de 
saber lidar com todos os seus aprendizes.
No ambiente da igreja, precisamente da sala de 
ED , é visível os desafios que a pessoa com defici­
ência (SDI) tem enfrentado para serem incluídas. 
Muitas não conseguem chegar até a igreja por não 
ter quem a conduza. Em outros casos os envolvi­
dos (fam iliares / igreja) acham que esses sujeitos 
não precisam ir para ED porque são incapazes 
de com preender o conteúdo ou vão atrapalhar o 
andam ento da aula. Outra situação preocupante 
é estarem na igreja, mas de forma segregada, em 
um "cantinho som ente para e le " e ser tachado 
como o "b ich inho", "o co itad inho". A inda há os 
que para se referir ao aluno não os chama pelos 
seus nomes, mas pela deficiência que a caracteriza:
"Eu tenho um Down em minha sala" se referindo 
a pessoa com síndrom e de Down. Agindo dessa 
forma estaremos as excluindo conforme o mundo 
age. Elas precisam ser respeitadas, chamadas pelo 
nome e reconhecidas pelas suas conquistas e seus 
próprios méritos É preciso levar o corpo docente 
da ED à percepção de que as pessoas com defici­
ência precisam de fato ser vistas como sujeitos de 
si e com plenas condições de vivenciarem êxitos.
Outra dificuldade a ser mencionadas são as barreiras 
arquitetônicas que as impedem de desfrutar de um 
espaço de socialização por não existir acessibilidade. 
Muitas vezes o aluno consegue chegar até a igreja, 
no entanto, a falta de acessibilidade as impedem de 
estarem na sala de aula. De sorte, o professor ne­
cessita estar informado sobre as leis que asseguram 
esses direitos as pessoas com deficiência, bem como, 
manter-se capacitados para acolher sabiamente e 
com amor esse publico tão especial para o Senhor.
Atualm ente vivenciamos em nossas igrejas um 
expressivo núm ero de pessoas com defic iência 
que têm desejado aprender sobre as Escrituras. 
Mas, o que temos feito para acolher essas pessoas 
tão estigmatizadas pela sociedade? Qual tem sido 
nossa atitude? Temos olhado indiferentes? Esta­
mos escolhendo os últimos acentos da igreja para
ENSINADOR Cristão 27
Rosilene 
Silva Sousa, 
psicopedagoga 
e coordenadora 
adjunta do 
Departamento 
infantil da 
Assembléia de 
Deus em Campina 
Grande (PB)
acomodá-las? Será que a excluímos de participarem 
de conjuntos de louvor, ou não damos oportunidades 
no culto por entendermos que não são capazes?
Mesmo havendo em nosso ordenamento ju­
rídico a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com 
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), 
frequentemente esses indivíduos são vítimas de 
discriminação por fugirem de um contexto social 
que foi padronizado para atingir os objetivos da­
queles que são considerados dentro dos padrões 
da "normalidade".
Segundo dados do Censo do IBGE realizado em 
2010, 45 milhões de brasileiros disseram ter algum 
tipo de deficiência, ou seja, quase 24% da população. 
Precisamos buscar essas pessoas e trazê-las para perto 
de Cristo. Como está escrito na passagem bíblica: "Sai 
depressa pelas ruas, campos e vaiados e trazer para 
o nosso meio: os pobres, mancos, aleijados. (Lucas 
14.15). Ao chegarem às salas de ED devem ser bem 
acolhidas. O professor necessita utilizar estratégias 
metodológicas que envolva o educando no processo 
ensino-aprendizagem, tornando-o participante, pois 
não há aprendizado se o aluno permanece apenas 
como observador. Toda pessoa com ou sem defici­
ência dispõe de recursos pessoais que poderãoser 
investidos numa certa atividade. A forma como vão 
utilizar esses recursos será diferente de uma pessoa 
para outra. Cabe ao professor, portanto, estabelecer 
maneiras de ativá-los em seus alunos estimulando de 
forma equilibrada, a fim de resultar um processo de 
aprendizagem bíblico que respeite suas especificidades.
Apesar das recorrentes dificuldades enfrentadas 
pelos professores, como não ter uma sala adequa­
da e materiais didáticos acessíveis, o Senhor tem 
despertado em educadores Cristãos o interesse 
buscar novos conhecimentos por meio de formação. 
Comunidades evangélicas têm oferecido treina­
mentos com temas específicos sobre Inclusão, o 
ingresso em cursos acadêmicos para aperfeiçoar 
os seus conhecimentos e desenvolver um trabalho 
com mais eficácia na Obra de Deus.
Tais atitudes têm demonstrado que a ED está 
aberta para receber estas pessoas carentes de 
ouvir a Palavra de Deus. É fundamental mudarmos 
os nossos hábitos e ao realizar algum evento, por 
exemplo, precisamos reservar um lugar que ofereça 
conforto para SDI e seus familiares. A partir desses 
gestos podemos quebrar barreiras da indiferença 
daqueles que recebem e do receio daqueles que 
chegam à igreja. A pessoa com deficiência não pode 
ser vista pelo seu déficit, mas sim, a ser entendida 
como uma pessoa integral plena de significado.
Ao chegarem à igreja não querem ser recebidas 
como objetos de piedade, mas querem sentir-se 
amadas, acolhidas. Toda essa receptividade está 
fincada no dever e na prática cristã de amor ao 
próximo como a si mesmo. Somos chamados pelo 
Senhor a ensinar e precisamos cumprir esse dever 
com dedicação conforme Romanos 12.7b "... se é 
ensinar que haja dedicação ao ensino". Na Bíblia 
temos vários exemplos de inclusão praticados pelo 
Mestre dos mestres, o Senhor Jesus. E a maior 
importância que Ele expressava não era pelo cor­
po físico, mas pela salvação da alma. O objetivo 
primordial de Jesus era para que todas as pessoas 
se achegassem a Ele sem barreiras, nem distinções. 
Precisamos dar continuidade a essa obra divina, pois 
essa é uma ordem dada por Jesus nas escrituras 
sagradas quando afirma: "Ide por todo mundo, 
pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16.15) as 
pessoas com deficiências estão incluídas no público 
a ser alcançado.
Portanto, a missão do professor de ED vai muito 
além de ser um mero transmissor de conhecimentos. 
Assim como um pastor ele deve ser um apascentador 
conduzindo o seu rebanho por meio da Palavra de 
Deus, um instrumento usado pelo Espírito Santo, 
motivador, amigo, procurando relacionar-se bem 
com os alunos. Deve ser intérprete, traduzindo para 
os alunos aquilo que lhes é ensinado; planejador, 
procurando adaptar as lições, os currículos às ne­
cessidades dos alunos; aprendiz, estando disposto a 
colocar-se no lugar dos que querem sempre aprender 
mais para ensinar melhor. Dotando esses sujeitos SDI 
do pleno desenvolvimento e da participação ativa 
na vida cotidiana na ED, tornando-os protagonistas, 
dando vez e voz a eles (Mota Rocha, 2002), agindo 
assim o professor estará sendo um agente de Deus 
contribuindo para transformação de vidas.
BIBLIOGRAFIA
DARKE, Brenda. Título: O Desafio da Inclusão na Igreja. 
1o Ed. São Paulo: United Press - Hagnos, 2015.
Bíblia. Português. Bíblia Sagrada. Tradução: João Ferreira 
de Almeida.
MOTA ROCHA. S.R. da. Leitores da comunidade e crianças 
lêem histórias na escola: Programa de integração da criança 
remanescente à comunidade letrada. (Tese de Doutorado 
apresentada à Universidade Federal do Ceará), 2002.
VILELA, Flávia. 6,2% da População Tem Algum Tipo de 
Deficiência. Disponível em :<http://agenciabrasil.ebc. 
com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem- 
algum-tipo-de-deficiencia>. Acesso em:08 Dez. 2018.
28 ENSINADOR Cristão
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia
Nels Nelson
Samuel Nelson
Claudionor de Andrade
O livro que acompanha a revista 
Lição Bíblica neste trimestre apro­
funda mais o conteúdo estudado 
com o mesmo tema e a proposta 
do autor é evidenciar o que a Bíblia 
ensina a respeito do ser humano. 
En tre outros assuntos, Focar a 
criação de Adão e Eva , a tr is te 
realidade do pecado, a experiên­
cia de nossos pais fora do Éden e 
a nossa própria redenção. E, por 
fim, mostrar a glorificação eterna 
dos que receberam a Jesus Cristo 
-Verdadeiro Homem e Verdadeiro 
Deus. Nesta obra, pode-se ver o 
que é a doutrina bíblica do homem. 
Todos estes assuntos serão abor­
dados e você professor não pode 
deixar de adquirir.
Flavianne Vaz
Os adolescentes estão em constante 
mudança; corpo, mente, os hábitos, 
relacionam ento corn os pais, as 
amizades, os interesses. Este livro 
foi escrito para ajudar lideres, pro­
fessores e pais a lidarem com essa 
nova geração em transformação. 
Ao trabalhar a liderança de adoles­
centes sobre quatro eixos (Liderança, 
Adolescência, Desenvolvimento 
Integral e as Batalhas Invisíveis da 
Liderança), Flavianne Vaz mostra 
que é possível e que vale a pena 
enfrentar todas as barreiras por 
eles, a fim de vê-los crescerem e se 
tornarem homens e mulheres de 
sucesso e tementes a Deus.
Samuel Nelson
Do mesmo autor de "Nels Nelson:
o apóstolo pentecostal brasileiro", 
est aobra, escrita pelo filho do 
missionário Nels Nelson, Samuel 
Nelson, traz uma compilação de di­
versos estudos dados pelo saudoso 
missionário escandinavo pentecostal 
nas tradicionais Escola Bíblicas Re­
gionais de Obreiros durante toda 
a sua vida ministerial aqui no Brasil. 
Trata-se de uma obra de grande 
valor histórico e que apresenta um 
conteúdo edificante para o estudo 
devocional da Palavra de Deus.
1 4 4 4 4 4 4 4 4 4 é è
Alcance todos os seus alunos:
Estratégias para uma jornada 
de aprendizagem
Página 128 e 129
"Por séculos, a música tem sido a maneira preferida de se 
comunicar o evangelho; de evocar o sentimento de reverência 
para com Deus; e de recordar grandes verdades teológicas. 
Devemos continuar essa bela tradição enquanto ajudamos 
nossos alunos a tornarem-se discípulos de Jesus".
Clancy P. Hayes
4 4 4 4 4 4
Igreja Saudável: Educando 
para uma vida plena
Página 164
"Troque de posição. Abra um espaço para uma inversão de 
papéis. Isso mesmo! Pergunte à sua equipe se eles estão 
satisfeitos com o seu trabalho. É hora de pedir sugestões 
para que os pontos negativos e de conflito sejam melhorados 
e solucionados".
Telma Bueno
ENSINADOR Cristão 29
Que habilidades o professor 
precisa ter em sala de aula?
Telma Carvalho
Volta Redonda (RJ)
Ismael Ferreira 
Silva, evangelista 
na AD em Caracol 
(PI), Articulista, 
Membro da 
(CEADEP e 
CGADB), Bacharel 
em Teologia, 
pós-graduado 
em Docência no 
Ensino Superior, 
Neuropsicologia, 
Filosofia, História, 
e Geografia. 
Acadêmico de 
Pedagogia. Diretor 
Geral do Centro 
Preparatório Para 
Obreiros (CPPO).
O professor é um semeador de Sementes (idéias) e 
o campo (intelecto do aluno) é o local onde as sementes 
são plantadas. Quando o docente ministra a aula na 
classe da Escola Dominical, encontra vários tipos de 
solo, por isso o professor precisa conhecer de que for­
ma irar lançar a semente. O pastor e educador Marcos 
Tuler afirma que: "é necessário diversificar os métodos 
e adequá-los eficientemente às novas circunstâncias, 
ou seja, mudar a maneira de comunicar uma verdade 
sem alterá-la". Jesus conta uma parábola de um seme­
ador que, saiu a semear em diferentes tipos de solo, 
porém, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, 
e vieram as aves, e a comeram. Outra parte caiu em 
solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, 
visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, 
a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. Outra 
parte caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram

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