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ISSN 1519-7182
7 9 0 8 2 3 4 0 0 2 3 8 4
Vem q í o 3o Congresso Nacional Infanto-Juvenil 
Evento foz porte do celebração dos 80 onos do CPAD
CONVERSA FRANCA
A superintendente da ED em Porto Alegre 
(RS), Marlene Alves, conta suas experiências 
na ED, fala sobre suas viagens missionárias 
e sobre sua intensa dedicação à vida de 
estudos mesmo já na terceira idade, para
A RAÇA ? 
HUMANA: l i* ,i j i i I ;
Origem,
Quedo e Redenção
A Assembléia de Deus em Campos Sales 
(PI) investe no amor, na tecnologia e em 
muita criatividade, contribuindo para 
despertar o interesse dos alunos pela
aperfeiçoar-se na obra de Deus Escola Dominical
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40
CONHEÇA A SÍNTESE 
TEOLÓGICA DE 
GORDON D. FEE 
ACERCA DOS
ENSINOS DE PAULO
SOBREJESUS
CBC;
0 8 0 0 021 73 73
www.cpad.com.br CPAD
PUBLICANDO
A wkiROADê
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O CAWlWfnlfJi
PRODUZINDO
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EXPEDIENTE
Presidente da CGADB
José Wellington Costa Júnior
Presidente do Conselho Administrativo 
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor-executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Editor-chefe 
Silas Daniel
Editora 
Gilda Júlio
Gerente de Publicações 
Alexandre Claudino Coelho
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente Comercial 
Cicero da Silva
Gerente de Produção 
Jarbas Ramires Silva
Chefe de Arte & Design 
Wagner de Almeida
Projeto Gráfico/Designer 
Suzane Barboza
Fotos
Lucyano Correia e Shutterstock
Tratamento de imagem 
Djalma Cardoso
CENTRAL DE VENDAS CPAD
2a ò 6a das 8h às i8h * Sáb das 8h às i4h 
Rio de Janeiro: (21) 3171-2723 
Demais localidades: 0800-021-7373
* Igrejas - ramal 2
* Colportores e seminaristas - ramal 3
* Livreiros - ramal 4
* Pastores/demais consumidores - ramal 5 
■ SAC - ramal 6
LIVRARIA VIRTUAL: www.cpad.com.br 
OUVIDORIA: ouvidoria@cpad.com.br
Ano 2 1 - n° 8 1 - jan/fev/m ar de 20 20
Núm ero avulso: R $ 9,95 
Assinatura bianual: R $ 79,00
Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral 
lançada em novembro de 1999, editada pela Casa 
Publicadora das Assembléias de Deus.
Correspondência para publicação deve ser 
endereçada ao Departamento de Jornalismo. 
As remessas de valor (pagamento de assinatura, 
publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A 
direção é responsável perante a Lei por toda 
matéria publicada. Perante a igreja, os artigos 
assinados são de responsabilidade de seus 
autores, não representando necessariamente 
a opinião da revista. Assegura-se a publicação, 
apenas, das colaborações solicitadas. 0 mesmo 
princípio vale para anúncios.
CASA PUBLICADORA DAS 
ASSEMBLÉIAS DE DEUS
Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
CEP 21852-0 0 2 Rio de Janeiro - RJ 
Fone 2 1 2 4 0 6 - 7 3 7 1 - Fax 2 12 4 0 6 -7 3 7 0 
ensinador@cpad.com.br
Gratidão: 
combustível 
para a 
fidelidade
Gilda Julio
Estamos chegando ao primeiro trimestre de 2020 e muita coi­
sa aconteceu no Brasil, no mundo e em nossas vidas. Quando 
falamos em termos de nação, podemos dizer que enfrentamos 
uma das piores recessões da nossa história, a economia brasileira 
segue a passos lentos e só neste ano é que há uma possibilidade 
de recuperar o nível de PIB (Produto Interno Bruto) que tínhamos 
em 2014, quando a última crise teve início.
Mas, não estou aqui para falar de crises. Quero convidá-ío(a) a 
celebrara vida, a salvação. Às vezes, nos pegamos questionando, 
reclamando, sempre querendo conquistar além do que temos, e 
esquecemos de agradecer o que Deus já nos deu. É tempo de 
sermos mais gratos! A Bíblia diz: "Em tudo, dai graças, porque 
esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1Ts 
5.18). Na gratidão, você reconhece a soberania de Deus, e ela 
nos faz olhar além das circunstâncias.
Comecemos agradecendo a Deus pelos 80 anos que a CPAD 
comemora neste ano. A Casa é conhecida principalmente como 
"A Editora da Escola Dominical". Ela tem se esmerado em cum­
prir seu papel na área da educação cristã com zelo e dedica­
ção. Minha alegria se estende à revista Ensinador Cristão, que 
completa 20 anos e tem sido uma ferramenta de apoio para os 
professores que militam no ministério. Eu louvo a Deus por fazer 
parte desta história, estando à frente desta abençoada revista.
Na realidade, nossa vida deve ser sempre pautada na Palavra de 
Deus. Desta maneira, teremos motivos incontáveis para glorificar 
Seu nome. A irmã Martene Alves que o diga. Ela é superinten­
dentes da ED em Porto Alegre (RS) e tem muitos testemunhos 
lindos para contar sobre suas viagens missionárias e o trabalho 
na Escola Dominical, para a qual tem se dedicado intensamente. 
Mais detalhes você confere na entrevista com ela, na página 11.
Nossa reportagem desta edição destaca a preparação da CPAD 
para o 3o Congresso Nacional Infanto-Juvenil e a preocupação 
dos educadores que trabalham com crianças em meio a essa so­
ciedade tão conturbada.
Estes e outros assuntos você confere na edição deste trimestre. 
E você poderá observar por meio dos conteúdos publicados que 
nós temos motivos de sobra para sermos muitíssimos gratos ao 
Eterno. Que você tenha um ano repleto na presença do Espírito 
Santo e Ele possa te ajudar a dar graças por tudo.
Um abraço!
http://www.cpad.com.br
mailto:ouvidoria@cpad.com.br
mailto:ensinador@cpad.com.br
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do departamento de 
ensino de sua igreja
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Avenida Brasil. 34.401 
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Telefone 21 2406-7371 
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Mensageiro da Paz 
ManuaL do Obreiro 
GeraçãoJC 
Ensinador Cristão
36 Subsídio
Semanal
A RAÇA 
HUMANA:
Origem, Queda 
e Redenção
14 ARTIGO
A Pessoa de Jesus
18 ARTIGO
O Incomparável Jesus
06 CAPA
Estratégias para manter o 
jovem interessado e assíduo 
nas aulas da ED
usem
05 Espaço do Leitor 
10 ED em Foco
11 Converso Franco
22 Reportagem
r y .
25 Entrevisto do comentarista
29 Solo de Leitura
30 O Professor Responde
31 Boas Idéias
44 Artigo
1 46 Em Evidência
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COMUNIQUE-SE COM A
ENSINADOR CRISTÃO
Por carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
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Por fax: 21 2406-7370 
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revisto E n s in a d o r C ris tão 
Suo op in ião é 
im portante p a ra nós! 
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Devido às limitações de espaço, as 
cartas serão selecionadas e transcritas 
na íntegra ou em trechos considerados 
mais significativos. Serão publicadas 
as correspondências assinadas e 
que contenham nome e endereço 
completos e legíveis. No caso de uso 
de fax ou e-mail, só serão publicadas 
as cartas que informarem também a 
cidade e o Estado onde o leitor reside.
Acervo do ED
A Ensinador Cristão é mais 
que uma revista. Ela já faz 
parte do acervo de pesqui­
sa de incontáveis obreiros de Escola 
Dominical. Isso porque, ao longo dos 
anos, os conteúdos publicados por 
meio dos artigos, reportagens, entre­
vistas, dinâmicas e subsídios das Lições 
Bíblicas tornaram-se fundamentais para 
o aprimoramento de superintenden­
tes, professores, secretários; enfim, 
de todos que trabalham na área do 
ensino cristão.
Que o Espírito Santo continue inspi­
rando a cada um que faz essa revista! 
Andréa Saltes - Rio de Janeiro 
Por e-mail
Tempo de crescer
A Revista Ensinador Cristão 
é um manual de vida prática 
que proporciona um profí­
cuo crescimento. Ela corrobora com 
ferramentas didáticas para o ensino 
do Povo de Deus. Fico radiante com 
a seriedade com a qual a revista trata 
os assuntos. Com muita cautela e 
eficiência, preocupa-se em transmitir 
a verdade da Palavra de Deus. Sem ­
pre em uma linguagem que traz mais 
conhecimento e ajuda a mantermos o 
padrão das Escrituras Sagradas. Esse 
manual é sem dúvida um compêndio de 
doutrinas bíblicas que alimenta a nossa 
vida e, à medida que a lemos, nãote­
mos vontade de parar de ler, pois traz 
alegria constante. Eu admiro escritores 
que ao escreverem conseguem tocar 
a alma do leitor de maneira que sua 
vida se transforma, ou seja, acontece 
a metamorfose, uma real mudança. 
A melhor transformação é quando o 
indivíduo consegue mudar seu modo 
de pensar. Consequentem ente, seu 
comportam ento será diferente (Rm 
12. 1-2).
Ev. Roberto Santos (membro - 
AD em Lins de Vasconcelos (RJ) 
Por email
© Nova Roupagem
A revista Ensinador estpa 
com nova roupagem, mas 
com a mesma qualidade. Quero para­
benizar a equipe pelo empenho que 
demonstra através das matérias. Quero 
agradecer pelo zelo em trazer assuntos 
atuais e relevantes para todos os que 
prezam e amam a educação cristã.
Que o Senhor continue inspirando a 
cada um que trabalha nesta estimada 
revista. Que Ele recompense a cada 
um, renovando as forças e susten­
tando. E que mais professores sejam 
alcançados e motivados pelos textos 
aqui publicados. Parabéns a todos! 
Roberta Alves,
Rio de Janeiro (RJ)
Por E-mail
Dinâmica para 
crianças
Sou professora do Depar­
tamento Infantil da minha 
igreja e coleciono exemplares da revista 
Ensinador Cristão. Uso a revista como 
material de auxílio para preparar mi­
nhas aulas. Minha base de apoio são 
as Dinâmicas. Gostaria de ver mais 
artigos relacionados ao Departamento 
de crianças. Cada conteúdo divulgado 
pela Ensinador colabora com o pro­
fessor na sua área específica. Deus 
abençoe ricamente a equipe deste 
valioso veículo de comunicação!
Ana Paulo Gurgel ((MG)
Por email
Prezada Ana 
Paula, a Paz!
A revista Ensinador Cristão 
procura atender a todas as 
faixas etárias em suas publicações. A 
CPAD valoriza o compromisso com a 
qualidade do ensino cristão e a tarefa 
de cooperar o máximo possível com 
as igrejas no país. Ficaremos atentos 
à sua solicitação.
Obrigada pela cooperação.
Deus abençoe!
Recantos do país
É uma satisfação ter a re­
vista Ensinado r Cristão . 
Ela tem chegado aos in­
teriores de nosso país. Foi no interior 
de Pernambuco que adquiri a minha 
primeira revista, ocasião em que um 
artigo muito me chamou a atenção. 
Fiz uma citação do mesmo em minha 
monografia. A revista continua sendo 
um veículo de comunicação importante 
na divulgação da ED. A igreja é um 
órgão socializador e a ED é de suma 
importância para o aprendizado nos 
dias atuais. Parabéns a toda equipe 
pela dedicação.
Inês Moura- Rio de Janeiro 
Por e-mail
mailto:ensinador@cpad.com.br
O contingente jovem do Brasil u ltrapassa 34 
m ilhões de pessoas entre 15 a 24 anos de idade 
(IBGE/2010). Os dados apontam para relevância da 
temática e o tamanho do desafio das Assembléias de 
Deus para com os jovens na Igreja. Em termos gerais, 
a conceituação de juventude refere-se à fase de vida 
situada entre a infância e a idade adulta. Portanto, um 
período com características peculiares de profundas 
transformações de ordem biológica, social, psicológica, 
moral e espiritual. Trata-se de uma etapa em que o 
indivíduo busca afirmação da identidade e a consoli­
dação do caráter. As escolhas realizadas nesse estágio 
implicarão no futuro, tanto como fator de crescimento 
ou limitação da vida adulta. Ciente desta realidade, a 
Escola Dominical deve envidar esforços e se apresentar 
| como segmento de educação norteador na formação 
cristã de nossa juventude. Para alcançar tal objetivo 
é necessário desenvolver estratégias para manter o 
jovem interessado e assíduo nas aulas da ED. Nesse 
artigo, apresentamos três princípios elementares de 
comprovada eficácia:
sam i Estratégias 
ara manter o 
ovem
interessado 
e assíduo nas
a EDauias
miiM »
' s
WmÈí
Reconhecer a com plexidade da faixa etária. Os 
term os s^lolescência e juventude, por vezes, são 
usados no Brasil como se fossem sinônim os. Em 
consequência, suas semelhanças e diferenças nem 
sempre são esclarecidas. Para mostrar a complexidade 
da questão usaremos os parâmetros da Organização 
Mundial de Saúde (OMS), onde a adolescência é vista 
como um processo biológico de desenvolvimento 
cognitivo e estruturação da personalidade que se 
divide em pré-adolescência (10 aos 14 anos) e de 
adolescência propriamente dita (15 a 19 anos). E, a 
juventude é identificada como uma categoria so­
ciológica em processo de preparação para assumir 
o papel de adulto no plano familiar e profissional, 
compreendendo a idade dos 15 aos 24 anos (OMS/ 
OPS, 1985). Percebe-se pela análise do recorte etário 
que a categorização da idade que com preende o 
período da adolescência se sobrepõe e se confunde 
com o da juventude.
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA) estabelece adolescência entre os 12 e 18 anos
incompletos. Esta classificação deixa subentendido 
que a juventude começa depois de completados os 
18 anos, sendo esse o indicador adotado pelo currí­
culo da Casa Publicadora das Assembléias de Deus 
(CPAD). Contudo, não temos uma definição exata, 
em termos etários, que esclareça em que momento 
se encerra o período da adolescência para dar início 
à juventude. O consenso é de que a juventude se 
inicia na adolescência e avança gradativamente até 
a idade adulta. Durante esse processo não existem 
garantias que todos alcançarão a maturidade e nem 
tampouco a suposta idade em que isso acontecerá. 
Afinal, as teorias são subjetivas e a socialização hu­
mana acontece de modo diverso. A relevância do 
entendimento desta com plexidade está em alertar 
o professor para não ficar refém de conceitos es­
tereotipados, e sim, tratar com esmerada atenção 
e respeito os lim ites individuais e a cadência de 
aprendizado de cada um de seus alunos.
Contextualizar as temáticas em sua totalidade. 
Embora, como afirmado acima, não se deve rotular 
e nem formatar o modo como o jovem se desen­
volve, sabemos que a juventude não aprende como 
aprendem os adultos. Em vista disso, contextualizar 
as temáticas abordadas em sala de aula se constitui 
emagente de motivação para o aprendizado entre 
os jovens. Contextualizar significa pôr no contexto, 
ou seja, analisar os fatos dentro do tempo e espaço 
em que aconteceram e ao mesmo tempo aplicá-los 
à realidade atual. Os alunos são desestim ulados e 
perdem o interesse quando o professor limita sua 
aula aos aspectos históricos e doutrinários. Portanto, 
para manter uma turma interessada requer-se do 
professor domínio do tema e aplicação atualizada 
da lição ministrada.
O professor precisa estar ciente que seus alunos 
vivem um período de transição entre a dependência 
e a maturidade, cercados de dúvidas, incertezas e 
esperanças, somadas a necessidade de realizar-se 
pessoal, espiritual e profissionalmente. Por isso, torna- 
-se imperioso apresentar aos alunos questões reais 
e desafiadoras para que possam buscar soluções. 
Os debates acerca da aplicação do texto bíblico a 
realidade pessoal e coletiva são ótimas formas de 
manter os alunos interessados e afastar o enfado e 
o desânimo. Grande parcela da juventude sente-se 
bem em expor suas opiniões e pontos de vista sobre 
assuntos que retratam o seu dia-a-dia. Ao fazer uso 
desta estratég ia, o professor consegue trabalhar 
o conteúdo da lição, estimular a participação, de­
senvolvera compreensão das verdades e princípios
ENSINADOR Cristão 7
b íb licos, e ainda, m anter os alunos m otivados a 
retornarem para a próxima aula.
Ratificamos que a ação do professor no espaço de 
sala de aula é fundamental para conquistar a atenção 
dos alunos, manter a frequência e assiduidade do jovem 
na ED. Nesta tarefa, a escolha das práticas pedagógicas 
tem papel preponderante, pois elas abrangem todo o 
processo ensino-aprendizagem. Como a faixa-etária da 
classe jovem é complexa, as ações pedagógicas precisam 
ser dinâmicas a fim de promover o desenvolvimento dos 
alunos respeitadas as suas características individuais. 
No ambiente da ED o grupo de jovens é heterogêneo 
e o desafio compreende questões culturais, grau de 
instrução, classe social, estrutura familiar, maturidade 
espiritual dentre outrosfatores. Portanto, o entusiasmo, 
o amor pelo conteúdo ministrado, o empenho e a forma 
de dar aula passam a ser o primeiro ponto de contato 
entre professor e aluno.
No m agistério cristão , o professor para além 
do papel de m ediador deve servir de m odelo e
exem plo a ser seguido. Sua atividade pedagógica 
não pode ser balizada apenas pelo uso formal de 
técnicas e métodos educacionais, mas deve pro­
porcionar um clima acolhedor e descontraído no 
âmbito da sala de aula. Por exem plo , alternar os 
momentos de seriedade e descontração e o em ­
prego do bom humor tornam-se boas táticas para 
despertar o interesse da turma. Estimular a solução 
de proposições d ifíceis e a atividade extraclasse 
instiga a pesquisa de novas fontes e mantém os 
alunos motivados. Nesse sentido, como ensina as 
Escrituras, o professor dedicado é com parado ao 
servo útil que faz além do previsto (Lc. 17.10), isto 
é, não restringe sua atuação as paredes da sala de 
aula. Sua prática pedagógica o leva a visitar seus 
alunos, a manter contato e ajudá-los na superação 
de seus conflitos e mazelas. Esta postura faz toda 
a d iferença. Muito mais do que táticas e teorias 
pedagógicas, a melhor forma de atrair e manter o 
interesse de qualquer aluno deve, necessariamente, 
passar pela atitude altruísta e o bom exem plo do 
professor.
8 ENSINADOR Cristão
Portanto, o 
entusiasmo, o amor 
pelo conteúdo 
ministrado, o 
empenho e o formo 
de dor aula possam o 
ser o primeiro ponto 
de contato entre 
professor e aluno.
Considerações Finais
Reafirmamos que o incentivo é fator 
determinante para o sucesso do aprendi­
zado. Esta assertiva é com provada pelo 
Programa Internacional de Avaliação de 
Alunos (Pisa). Respeitar a complexidade da 
faixa etária e a individualidade, usar meto­
dologias que tornam o aluno participante 
e não mero observador e a combinação 
adequada de práticas pedagógicas que 
instigam o aprendizado são estratégias 
fundam entais com forte impacto no de­
sempenho escolar dos alunos.
A monotonia desmotiva o público jovem 
que tem acesso em tempo real às múltiplas 
ferramentas da tecnologia da informação. 
Dessa forma, as aulas na ED precisam ser 
interessantes, cativantes e surpreendentes. 
Lembre-se a motivação ou a falta dela é a 
reação do aluno mercê da atuação de seu 
professor. Por conseguinte, "se o ministério é 
ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.7).
Douglas Roberto de 
Almeida Baptista.■&m . _ i •
Líder da Assembléia 
de Deus de Missão do 
Distrito Federal e do i 
Conselho de Educação j 
e Cultura da CGADB. í 
Graduado emteologia] 
filosofia, sociologia j 
e pedagogia1 
\Especialista em|
1 Docência do Ensino |
^Superior. Mestre em 
: Ciências das Religiões 
e Mestre e Doutor em 
Teologia Sistemática 
Comentarista das
il III'! '.liW W IW W W W W W W i
Lições Bíblicas CPAD.
ENSINADOR Cristõo 9
Criatividade atrai alunos 
para ED em Campos Sales
| A Assembléia de Deus Campos 
1 Sales (CE), presidida pelo pastor Fran- 
cisco Ferreira Henrique, reconhece 
o a importância de ter os membros 
envolvidos com a Escola Dominical 
e, nos últimos anos, tem realizado 
estratégias como forma de captar 
novos alunos.
A equipe responsável pela edu­
cação cristã da igreja é composta por 
dois superintendentes, uma secretária 
administrativa, uma financeira, um 
secretário de infraestrutura e oito 
professores, que atendem às quatro 
classes. Recentemente, foi implantada 
a ED em duas congregações peque­
nas, localizadas na zona rural, onde 
funcionam ainda em salas únicas.
O superintendente da ED, Diogo 
Ribeiro, conta que, ao chegar com 
sua esposa em Cam pos Sales em 
janeiro de 2018, encontraram uma 
ED que sobrevivia com pouco mais 
de dez alunos. Todos adultos e em
O departamento infantil faz parte do crescimento 
da Escola Dominical na AD em Campos Sales
Os jovens deixam sua marca na Escola Dominical 
e se destacam pela taxa elevada de assiduidade, 
algo próximo a 90%.
uma sala única, não havendo o ensino 
específico para crianças e jovens. 
Hoje, dois anos depois, ela possui 
mais de 130 alunos matriculados.
"Acredito que a maior dificuldade 
na época foi conscientizar a todos da 
importância de crescer não só na gra­
ça, mas também no conhecimento"
A partir daí, o trabalho foi iniciado, 
e a taxa média de assiduidade dos 
alunos, chegou a 72% ..
Dos oito professores, cinco pos­
suem formação superior. Diogo e sua 
esposa, a também superintenden­
te, líder do departamento infantil 
e professora do maternal, Priscila 
Moura Ribeiro, são graduados em 
Teologia e participam de diversos 
cursos e congressos voltados à área 
da educação cristã com a finalidade 
de repassar todo o conhecimento 
aos demais professores.
"Na nossa região, não dispomos 
de cursos de capacitação. Por essa 
razão, eu mesmo organizo os cursos 
de capacitação e ministro entre nos­
sos professores, e a outras igrejas", 
conta Diogo.
A ED em Campos Sales teve um 
crescimento qu elevou à ampliação 
do espaço de uma sala para quatro 
salas de aula, e a implantação de 
ED em congregações carentes da 
zona rural e de difícil acesso. Isso é 
resultado do esforço da liderança em 
fazer com que o aluno veja algo de 
diferente na ED, algo que cative sua 
atenção, que o estimule a levantar 
da cama e ir até a igreja todos os 
domingos pela manhã,. A ED é mais 
atrativa do que qualquer tipo de lazer 
ou recreação no domingo.
A liderança tem se dedicado à 
criação de estratégias que premiam 
os alunos de acordo com os seus
desempenhos. Na primeira lição de 
cada trimestre, é realizado um grande 
café da manhã, onde é apresentado 
um relatório à igreja com os avanços 
e conquistas do trimestre anterior. 
Na ocasião, são entregues medalhas 
para os alunos e professores que 
mais se destacaram no trimestre, 
nas seguintes categorias; "Aluno 
e Aluna ED" (cada classe tem um 
ganhador e o critério é apenas o 
número de presenças), "Família ED" 
(premia a família com maior número 
de presenças), "Destaque ED" (alunos 
recém-matriculados e que obtiveram 
mais de 9 presenças no trimestre), 
"Professor ED" (professores com o 
maior número de presenças) e, por 
fim, "Classe ED" (premia a classe 
com maior média de presentes em 
relação ao número de matriculados.
Outra estratégia adotada é per­
mitir que os alunos fiquem com os 
celulares ligados e em suas mãos 
na sala, como uma forma de "ter­
mômetro" de retenção da atenção. 
Caso o aluno prefira usar o aparelho 
a assistir a aula, o professor entende 
que precisa se esforçar ainda mais 
para conquistar a atenção dele.
O desenvolvimento das classes é 
elogiado e notado por toda equipe 
de professores, que consideram, 
como as palavras de ordem da ED, 
o amor, a criatividade e a inovação.
"Todas as nossas classes se desta­
cam em uma questão: os adultos pelo 
volume de matriculados, que são 50% 
de toda a ED; os jovens, pela elevada 
taxa de assiduidade, algo próximo a 
90%; e as classes de Maternal e Ju ­
niores pelas suas atividades criativas e 
lúdicas, bem como suas apresentações 
das lições diante das outras salas", se 
orgulha o superintendente.
10 ENSINADOR Cristão
Na dependência 
total do Senhor
Natural de Charqueada de Santa Tereza, interior de Bagé (RS), Mar- 
lene Alves entrou pela primeira vez numa Assembléia de Deus aos 
5 anos de idade, levada pela mãe Cezária Gonçalves. A região 
onde moravam foi alcançada pelos esforços evangelísticos 
dos missionários noruegueses Nils e Mary Taranger.
Desde então, a menina não só passou a frequentar, 
mas a desenvolver seus talentos nos departamentos 
da igreja. "A família de minha mãe converteu-se ao 
Senhor, mas ela permaneceu impassível. Foram 50 
anos de intercessão. Finalmente, aos 84 anos, ela 
decidiu-se por Jesus. Aos 88, minha mãe faleceu", 
lembra Marlene. A conversão do pai aconteceu 
no leito de morte: acompanhado por um cristão,
João Portugal Machado recebeu o Senhor e partiu.
Batizada no Espírito Santo aos 14 anos, sua 
jornada na obra de Deus incluiu a atuação como 
professora de ED, secretária,tesoureira e evangelista 
em presídios. Aos 15 anos, contraiu tuberculose e foi 
desenganada pelos médicos. Naquele momento, a 
adolescente estava concluindo o curso normal a fim de 
ingressar na carreira de magistério, quando ficou doente e 
corria risco de morte. A estudante adorava o Senhor, quando 
Este lhe mostrou dois pulmões sadios. Logo depois, estava boa.
"Foi Deus quem me curou dessa enfermidade", assevera Marlene.
Marlene recorda que, ao longo de sua jornada na Seara do Mestre, ela 
atuou como missionária em Guiné Bissau, Cabo Verde e Senegal. Hoje, aos 
73 anos, milita na superintendência da Escola Dominical da Assembléia 
de Deus em Porto Alegre (RS). Viúva do missionário Antônio Peres Alves, 
ela ainda reserva tempo para os três filhos, sete netos e duas bisnetas.
irma nasceu em lar evanaelico
Meus pais não eram evangélicos, mas criam em Deus com muita 
reverência e até, posso dizer, com temor. Nasci no interior da cidade de 
Bagé (RS), em um lugar chamado Charqueada de Santa Tereza, onde o 
Evangelho entrou pelos missionários Nils e Mary Taranger. Toda a família 
da minha mãe converteu-se, porém minha mãe, não. No entanto, foi 
ela quem me levou ao primeiro culto. Eu tinha 5 anos de idade. Algo 
curioso aconteceu: minha mãe deixou-me na Igreja. Comecei a frequen­
tar a Escola Dominical, sendo a minha primeira professora a missionária 
Mary Taranger. Graças a Deus, permaneço na Casa do Senhor até hoje.
ENSINADOR Cristão 11
C
onversa Franca
Qual q importância da
e m iê b s ê íar aa
A Escola Dominical é de suma 
im portância para a minha vida, 
porque, olhando exem plos bíbli­
cos, constato que somente através 
do ensino correto, fundamentado 
em princípios imutáveis bíblicos, 
teremos verdadeiros avivamentos, 
como aprendemos com o rei Josa- 
fá, em 2 Crônicas 17; e o rei Josias, 
em 2 Reis 22 e 23. A lém d isso , 
tam bém acred ito que som ente 
um ensino de qualidade formará 
cidadãos capazes de serem úteis 
ao país.
pedagógicos. Falta também, para 
muitos, a visão correta de que o en­
sino fundamenta-se em princípios 
imutáveis, gerando um processo 
,e deste um sistema com objetivos 
claros e determinantes. Por outro 
lado, entendo que muitos ensinam 
sem a visão do homem integral: 
criança, adolescente, jovem, adulto 
e idoso. Além disso, falta em alguns 
lugares um conhecimento bíblico 
profundo e também da visão clara 
da sociedade atual em todas as 
áreas, seja a social, a filosófica, a 
educacional etc. E não pode faltar 
a dependência total do Espírito 
Santo (Jo 14.26).
8 1 B E H E E * B S E E a
ministrar na Escola
Considero, em primeiro lugar, 
um grande presente de Deus o 
ministrar a Palavra tanto no Brasil 
como no exterior. Porém, precisa­
mos de uma visão correta sobre 
cultura para não querer tirar o que 
é bom na cultura e implantar aspec­
tos não bíblicos. Também necessi­
tamos de conhecer o sacerdócio 
ao qual pertencem os, conforme
1 Pedro 2.9, pois o nosso dever é 
ensinar sobre Cristo e anunciar a 
todos as Suas virtudes, porque Ele 
nos chamou das trevas para a Sua 
maravilhosa luz. Portanto, ministrar 
no Brasil ou no exte rio r é uma 
experiência m aravilhosa, desde 
que a Palavra seja ensinada com 
conhecimento e graça, conforme,
2 Pedro 3.18, a fim de que em tudo 
Jesus seja glorificado.
J que o senhora acha que 
alta na Éscoía Dominlcotl ̂
Jo ferosil poro motivar a | i 
requència dos jovens nasl
S S S S i
Em muitas Igrejas, faltam espa­
ços físicos adequados, como salas 
apropriadas para o uso de data 
show, mapas e outros m ateriais
experiencio marcante com 
Deus em uma de suasj^ B 
vioaens missionárias■ ! »
Pela bondade do Senhor Jesus 
Cristo, tenho presenciado muitos 
m ilag res, sa lvação , lib e rtação , 
cura divina etc. Mas, como tenho 
que escolher, relatarei um que, eu 
diria, pela graça de Deus, valeu 
muito ter passado naquele lugar. 
Estávamos trabalhando no lindo e 
abençoado país de Cabo Verde. 
Em um sábado, dividíamo-nos em 
equipes para o trabalho de evan- 
gelismo. Em um culto ao ar livre, 
após a mensagem, no momento 
do convite, um senhor por nome 
João dirigiu-se à frente, falando 
na língua criou lo , d izendo : "Eu 
quero o Je su s da m ulher". Não 
interessava quem eu era, mas era 
algo falado com a alma. Refrisei 
o convite . Ele insistia com mais 
força que queria o meu Jesus (era 
a primeira vez que ouvia falar de 
Jesus). Orei com ele. Jesus curou 
sua esposa e filhos e outras pesso­
as. Aleluia! Mas, no próximo culto, 
quando voltamos lá, o Senhor Jesus 
havia levado o irmão João para o 
Céu . É para m editar: uma única 
oportun idade ... Q ue estejam os 
dispostos a obedecerão "Ide" de
Jesus (Mc 16.15). Uma observação: 
na África, em certos países, não 
há desrespeito em usar o nome 
"mulher". Na Bíblia, temos o caso 
de João 2.4.
WBê MSBèSBBM
Ao Senhor toda a glória. Sem ­
pre gostei de aprender; portanto, 
de ler. Éramos muito pobres, mas 
minha mãe presenteava-me com 
livros de histórias. Na escola nor­
mal, ganhei uma bolsa de estudo 
in teg ra l. C ase i-m e ced o , m as, 
como já trabalhava, pagava meus 
cursos superiores e até hoje sigo 
estudando. Recentem ente fiz um 
curso de Arqueologia Bíblica pelo 
Instituto Moriah em parceria com a 
Universidade de Israel. Ainda, se o 
Senhor permitir, farei outros cursos.
• iz m M W ú wmuma
e levou por um caminho
ue t n ^ n
Realm ente , não acho que a 
minha formação tenha levado-me 
por tantos caminhos que eu jamais 
imaginei. Mas o Senhor, sim, tem 
me levado por tantos lugares e 
pa íses que eu nunca p en se i. E 
em cada lugar, rendo graças ao 
Altíssim o, porque não posso es­
quecer das dificuldades financeiras 
que minha família enfrentava e de 
outros problemas. E o Senhor tem 
me agraciado de tal forma que só 
me resta render-lhe louvores por 
tudo. Inclusive, por esta entrevista.
inculado a alguma igre,
Meu traba lho nos p resíd ios 
sem pre foi v in cu lad o à Ig re ja . 
Em Cabo Verde, o Senhor Jesus 
proporcionou-me trabalhar junto 
com a senhora Madalena, secretária 
de ação social do país, abrindo
12 ENSINADOR Cristão
m uitas portas de evange lism o , 
inclusive no presídio.
No detalhamento de suas fun­
çõ es, v im os que fez trab a lh o s 
evangelísticos em m anicôm ios. 
Como surgiu esse desejo? Quando 
o Espírito Santo conscientizou-me 
de minha chamada missionária, o 
meu coração foi inundando por 
uma responsabilidade e um amor 
pelas almas, e isso moveu-me a 
trabalhar até em manicômio, sendo 
um trabalho muito gratificante , 
pois o Senhor faz coisas tão lindas 
que jamais pensamos que possam 
acontecer.
E
mm QiQum momento
ensou em parar pela
em alqum sonho
ue ainda nao foi posto
Parar? Com o desejo sem pre 
ouvir o Espírito Santo, não quero 
fazer o que Ele não quiser, mas 
estou disposta a continuar. Sonhos? 
Fazer um curso de A ram aico e 
continuar e sc reven d o o que o 
Senhor Jesus determinar.
anos, esta ativa na
az parte da equipe de
superintendente da
E
eixe uma mensagem
ara o professor que esta
BE&BEBB
A os p ro fe sso re s que estão 
começando, é preciso ter certeza 
da chamada e da vocação, e fazer 
o que o apóstolo Paulo aconselhou 
em Romanos 12.7: "Se é ministério, 
seja em ministrar; se é ensinar, haja 
dedicação ao ensino". A prove i­
tando, quero agradecer por tão 
honrosa oportunidade e desejar 
as bênçãos do Senhor Jesus sobre 
todos. Deixo Salmos 122.
Quando o Espírito Santo 
conscientizou-me de minha 
chamada missionária, o meu 
coração foi inundando por uma 
responsabilidade e um amor pelas 
almas, e isso moveu-me a 
trabalhar até em manicômio
tt
ENSINADOR Cristão 13
1
mS s l l i l f
O Incomparável Jesus
Vivemos tempos de uma prolongada crise, um 
momento em que os valores tradicionais têm sido 
diluídos em meio a um emaranhado cultural cada vez 
mais cético, humanista e pragmático. A sede e fome 
de Deus tem sido ludibriada por um empanturramento 
de futilidades (as igrejas arquitetonicamente parecem 
cada vez mais shoppings, e os shoppings ganham um 
ar de purezae paz religiosa), um assoberbamento de 
tarefas a cumprir (a adoração genuína e generosa 
é trocada pelo ativismo religioso que se caracteriza 
pela competitividade doentia e arrogância vazia), e 
uma falsa sensação de companhia em virtude das 
múltiplas conexões digitais (são inúmeros aplicativos 
de relacionamentos, alto desenvolvimento tecnológico 
associado às empresas de comunicação, porém, nunca 
as pessoas estiveram tanto tempo solitárias e isoladas, 
mesmo quando estão na mesma mesa para refeições).
E s ta b e le ce -se ass im , uma p e rig o sa ilu são , 
desenvolve-se um Cristianismo difuso.
Para algum as pessoas a sim ples identificação 
com uma determ inada com unidade re lig iosa já 
lhes concedería o direito de se autodefinirem como 
cristãs. Esses indivíduos não conseguem discernir a 
diferença entre seguidor (aquele que em preende 
longas jornadas em busca de interesses pessoais) e 
discípulo (aquele que está disposto a moldar-se de 
acordo com o caráter de Jesus); essa multidão não 
é capaz de diferenciar o frequentador (aquele que 
se declara "evangélico nom inal", cuja participação 
semanal nos cultos tem muito mais uma finalidade 
de "desencargo de consciência" do que de serviço 
e adoração) e a testemunha (aquele que se identi­
fica tão radicalm ente com Cristo que é capaz, se 
necessário, de morrer por seu Mestre).
Fabrica-se uma subcultura pseudoevangélica 
com o intuito de produzir nos cristãos nominais uma 
ilusória sensação de pertença. Daí nasce um dialeto 
próprio - o "evangeliquês" - com gírias e expressões 
inteligíveis apenas para os participantes do gueto 
social; patrocina-se uma moda gospel que, aliada a 
uma produção artística gospel, gera mais rendimentos 
financeiros do que qualquer bem-estar espiritual.
O resumo deste estado-de-coisas é que as pessoas 
vêm às igrejas, mas não tem comunhão (encontramos 
igrejas-shoppings lotadas de pessoas, no entanto cada 
uma destas está solitária em seu próprio mundo de 
ambições, desejos e ganância); os frequentadores de 
cultos cantam e tocam músicas religiosas, porém estão 
bem distantes de qualquer adoração (As igrejas-shop­
pings investem muito em uma sofisticada engenharia 
sonora, porém o interesse parece mais em manipular as 
emoções das pessoas do que levá-las a uma comunhão 
genuína com o salvador); os carros e roupas dessas 
pessoas trazem slogans ou frases religiosas, todavia, 
seus corações e caráteres manifestam a decadência 
de quem nem sabe de fato quem Jesus é.
Nasce assim um perigoso e monstruoso construto 
social deste tempo: um Cristianismo sem Cristo.
Por fim, um dado extrem am ente preocupante 
que caracteriza de modo em blem ático toda essa 
celeuma religiosa de nosso tempo, é que entre os 
jovens tanto cresce o número de ateus como o de 
participantes de igrejas-shoppings que anunciam 
um evangelho-fake. Desta maneira, se nada for feito 
para mudar essa situação alarm ante, em poucas 
gerações enfrentaremos no Brasil um colapso sem 
precedentes, com um esvaziamento das igrejas que 
se comprometem em apresentar o Evangelho com 
seriedade, bem como um efeito social danoso - em 
virtude do esfacelamento de princípios ético-morais 
diretamente associados à vida cristã autêntica.
Sensível a esta situação a CPAD resolveu apre­
sentar à com unidade jovem das Assem blé ias de 
Deus no Brasil uma Lição Bblica concentrada exclu­
sivamente num debate sobre a pessoa bendita de 
Jesus de Nazaré. Serão treze lições nas quais nos 
debruçaremos sobre os mais variados aspectos da 
vida, ministério e natureza do Salvador do mundo.
Pensar sobre Jesus , aprender sobre a vida do 
Mestre, e de modo especial refletir sobre a mara­
vilhosa obra da salvação que ele estabeleceu em 
nosso favor, é uma exigência de nosso tempo, assim 
como um exercício de com prom etim ento com o 
futuro saudável da Igreja.
ENSINADOR Cristão 15
p f - r r i
:
l i H M m
Thiago BraziL, Líder 
da AD em Parque 
Buenos Aires, 
Ministério Templo 
Centrai, em Fortaleza 
(CE), comentarista 
das Lições Bíblicas 
de Jovens, doutor em 
Filosofia, professor 
efetivo da UECE
O Evangelho necessita retornar às suas raízes no 
Brasil, e não há nada mais fundamental no Cristianismo 
que a compreensão plena de quem é nosso Salvador, 
pois é através dele que temos acesso ao máximo daquilo 
que se pode compreender da divindade. Dito de outra 
forma, Jesus - através de sua vida e ensinamentos - é o 
próprio mapa do céu; conhecer o Mestre - em virtude 
de seu amor com que muito nos ama - é a única razão 
pela qual faz sentido enfrentar todos os desafios da 
jornada terrena para chegar no céu.
O próprio Redentor preocupou-se em fazer co­
nhecido e compreendido enquanto viveu conosco; o 
nascimento humilde, a vida comum em Cafarnaum, 
a participação em inúmeros eventos sociais (como 
alm oços, jantares, casam entos etc.) são algum as 
provas inquestionáveis de que Jesus queria que as 
pessoas compreendessem quem ele era. Já o uso 
de metáforas e parábolas para transmissão de sua 
mensagem eterna são manifestações não só da sa­
bedoria divina, mas também da compaixão celestial 
para conosco seus filhos.
Enquanto rodeado de pessoas humildes e sim­
ples socialmente, Jesus anunciava o Reino de Deus 
falando de sementes, pescarias, fermento para bolos; 
já quando estava na presença de fariseus, sacerdo­
tes ou autoridades civis, o Cristo discursava com a 
oratória de quem transbordava sabedoria.
O problema relativo ao entendimento de quem 
era Jesus foi uma questão tão cara ao Mestre que 
ele próprio em determinado momento questionou 
os seus amigos - aqueles que ele escolheu separa­
damente para uma obra específica - sobre o que a 
população em geral e eles mesmos entendiam sobre 
a pessoa do Salvador. A sinceridade da resposta de
Pedro, tanto para apresentar a ignorância popular 
quanto para ressaltar o nível da revelação que já 
tinha alcança dos apóstolos, é algo marcante nas 
páginas do Evangelho.
Je su s não pode ser confundido com nada ou 
ninguém; o Redentor não é um mero agitador de 
multidões, muito menos um simples sábio do Oriente, 
ele é o ungido de Deus para promoção da salvação 
das m ultidões que morreram na expectativa das 
promessas e daqueles que, ainda não tendo o visto, 
creem em suas palavras de vida eterna.
De que modo o destino da Juventude brasileira 
poderá ser transformado? Dados recentes de pes­
quisas sobre crimes violentos no Brasil apontam que 
mais de 50% das pessoas que são assassinadas em 
nosso país tem entre 15 e 29 anos - isto significa 
um verdadeiro genocídio da população jovem . Se 
refletirmos bem, a estratégia do império das trevas 
aplicada no Brasil hoje assemelha-se aquela adotada 
pelas nações que dominavam o povo de Deus no 
passado - opressão dos mais frágeis, escravização 
dos sobreviventes e massacre dos mais jovens.
É urgente que a Igreja brasileira volte seu olhar 
para a população jovem, evangelização, discipulado, 
formação e capacitação ministeriais são deveres que 
a comunidade dos que servem ao Cristo ressuscita­
do precisa ter com todos; e em tempos de crise, a 
prioridade precisa ser concedida àqueles que estão 
mais vulneráveis e frágeis.
Nenhuma igreja local não precisa ser um shop­
ping, uma boate ou um circo para que a juventude 
interesse-se em estar lá, basta que cada comunidade 
cumpra sua natureza missional e comprometa-se em 
alcançar os carentes de salvação.
16 ENSINADOR Cristão
A. J. Gordon
Fundador do 
Gordon College, 
renovacionisto e um 
dos mois influentes 
pastores de suo 
geração
j, . TÊÈki .
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W 1ÉÃSm
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Adon iram Ju d so n G ordon (1836-1895), mais 
conhecido como A. J . Gordon, recebeu esse nome 
de seus pais em homenagem ao missionário A do­
niram Judson (1788-1850), o prim eiro evangélico 
norte-americano enviado à Birmânia e que traduziu 
a Bíblia para o birm anês. Autor de vários livros e 
editor de dois hinários, A . J . Gordon é o fundador 
„ jd o Gordon C o llege , um fam ososem inário teo ló­
gico norte-am ericano que recebe esse nome em 
Jjomenagem a ele e que antes se chamava Boston 
Missionary Training Institute.
Aos 15 anos de idade, A. J . Gordon converteu- 
■'* -se e foi batizado. Aos 20 anos, entrou na Brown 
University com o estudante de filo log ia c láss ica , 
tendo conhecid o ali a sua futurg esposa , Maria 
| H ale . Em 1860, entrou na N ew ton T h e o lo g ica l 
| Institution com o objetivo de preparar-se para o 
•^ministério. Sua matéria preferida era Exegese do 
Novo Testamento. Em 1878, criou uma revista mensal 
)! chamada "The W atchword" com o único objetivo 
de edificar os cristãos.
Reconhecido como um dos grandes nomes do 
m ovim ento renovacionista que marcou a Europa 
e os Estados Unidos no século 19, A . J . Gordon é 
considerado tam bém um dos mais influentes pas­
tores de sua geração. Batista, ele liderou a Igreja da 
Claredon Street, considerada uma das mais espiri-
tuais e evangelísticas de sua época nos EUA. Aliás, 
Gordon era muito amigo do maior evangelista do 
século 19, o célebre Dwight Lyman Moody, tendo, 
inclusive, participado de suas campanhas evangelís­
ticas pregando e dando apoio financeiro. Também 
pregou no Tabernáculo de Spurgeon em Londres, 
outro amigo seu.
Gordon trabalhou intensamente na evangelização 
de alcóolatras, tendo criado o Industrial Home, uma 
espécie de cooperativa que fornecia trabalho para 
os novos convertidos. Sua atividade apologética 
também é famosa, tendo se destacado no combate 
à Ciência Cristã de Mary Baker Eddy (1821-1910) e 
ao transcendentalismo de Ralph Waldo Emerson.
Uma curiosidade é que A. J . Gordon é considerado 
também um dos "pais" do Movimento Pentecostal 
moderno, uma vez que entre seus posicionamentos 
teológicos marcantes estava a defesa do batismo no 
Espírito Santo como uma bênção distinta da Salva­
ção, como um revestimento de poder do Alto para 
o serviço a Deus e que normalmente era marcado 
pela m anifestação dos dons esp irituais. Gordon, 
porém, não necessariam ente vinculava as línguas 
ao batismo no Espírito, embora fosse visivelmente 
simpático a esse entendimento.
Conta-se que a última palavra que se ouviu dos 
seus lábios ao morrer foi "V itória!".
A
I
;
i
j
■É9
ENSINADOR Cristão TJ
Exem
plo de M
estre
Jesus Cristo
A liderança e a influência de Je su s na história 
humana é inegável. Cientistas, acadêmicos, filósofos, 
CEO 's e escritores ensinam e publicam sobre seu 
exem plo como um mestre. Entretanto , para nós, 
cristãos, Je su s não foi só uma pessoa inspiradora 
ou simplesmente um grande comunicador. Ao con­
trário, nós entendem os que Ele é o próprio Deus, 
nosso salvador, que não apenas lidera, mas também 
transforma vidas.
Neste trim estre nossos alunos aprenderão um 
pouco mais sobre Jesus: seu exem plo, personali­
dade, sobre a forma como Ele se relacionava com 
as pessoas e principalmente sobre seu ensino aos 
discípulos.
A história de Jesus é bem conhecida: está em na 
Bíblia, em diversos livros, músicas e até nos cinemas. 
Hoje ele é reconhecido como um modelo incrível 
a ser seguido. Entretanto os evangelhos registram 
que, nos anos em que exerceu seu ministério, Jesus 
foi alvo de muitas críticas. Ele enfrentou opositores 
e questionadores. Ele fugiu de uma tentativa de 
assassinato; Ele foi confrontado e ofendido publi­
camente algumas vezes.
Se por um lado Jesus tinha uma alta popularidade 
por causa dos seus milagres, por outro, foi censurado 
até pelos seus discípulos por causa do seu discurso. 
Mas, no geral, quem eram os opositores de Jesus? 
Alguns pequenos grupos de religiosos de diferentes 
correntes do judaísmo não viam com 'bons olhos' o 
comportamento de Jesus.
O problema não era em si o que Jesus ensinava. O 
que de fato incomodava era o que Jesus fazia. Ações 
do tipo: falar com mulheres, tocar em doentes, dar 
mais importância às pessoas do que as posturas e 
cerimônias religiosas, falar com samaritanos, comer 
com cobradores de impostos, curar no sábado etc.
Hoje, nós podem os nos perguntar: por que 
o exem plo de Je su s incom odava tanto? Por que 
despertava críticas?
A cultura judaica estava pautada na observação 
da Lei mosaica. Este zelo em cumprir a Lei, associado 
à religiosidade e manipulação dos poderosos sobre 
os humildes resultou em uma sociedade estratificada 
entre puros e impuros, inclusos na aliança com Deus 
e excluídos, povo de Deus e não povo.
Quando Jesus, que era reconhecidam ente um 
Mestre, surgiu realizando m ilagres e pregando o 
perdão de pecados e acolhendo os chamados 'pe­
cadores' que eram excluídos pelo sistema religioso 
isso foi motivo de espanto e discórdia.
Jesus veio com seu exemplo ensinando algo mais 
poderoso do que a Lei: a Graça. Nas palavras e nas 
ações de Jesus vemos graça e misericórdia, como 
promotoras da Justiça de Deus. Isso escandalizou 
o mundo.
Jesus, ao contrário dos mestres do judaísmo que 
tinham como prioridade não se contaminar com as 
pessoas ou em lugares impuros, importava-se com 
todos. Mesmos os que eram chamados de 'imundos' 
e 'pecadores'. Ele via as pessoas além desses rótulos. 
E mais do que isso: Ele ajudava a estas pessoas. 
Com seu amor, poder e com paixão , Jesu s tocou 
as pessoas, trazendo cura e salvação para muitos.
E hoje, tem os a obrigação de nos perguntar: 
enquanto igreja, estamos seguindo o modelo de 
Jesus? Estamos cuidando de pessoas sem nos preo­
cupar com rótulos? Estamos indo a todo e qualquer 
lugar para ajudar os necessitados? Ou tem lugares 
que deixamos abandonados porque consideramos 
impuro ou pecam inoso? A igreja do século 21 se­
gue o modelo de quem? De Jesus ou dos líderes 
religiosos que faziam oposição ao Cristo?
Nosso mestre nos deixou uma direção: caminho 
do amor. Este foi seu maior exem plo. Sigamos.
Flavianne Vaz 
é Bacharei em História 
(UGF) e TeoLogia 
(FTSA). Pós Graduando 
em TeoLogia do 
Novo Testamento 
(Faecad). É membro da 
AssembLéia de Deus 
- Ministério Crescer 
(RJ). É comentarista 
do currículo de Escola 
Dominical da CPAD. 
Autora de “Liderando 
Adolescentes”, 
publicado pela CPAD.
ENSINADOR Cristão 19
Flavianne Vaz 
é Bacharel em História 
(UGF) e Teologia 
(FTSA). Pós Graduando 
em Teologia do 
Novo Testamento 
(Faecad). É membro da 
Assembléia de Deus 
- Ministério Crescer 
(RJ). É comentarista 
do currículo de Escola 
Dominical da CPAD. 
Autora de “Liderando 
Adolescentes”, 
publicado pela CPAD.
Conselhos Sociois e 
Espirituais dos 
Profetas Menores
Os profetas estão presentes em todo o Antigo 
Testamento. Em diversas épocas diferentes a Bíblia 
mostra homens e mulheres sendo usados por Deus para 
falar com o seu povo. Neste trimestre, os juvenis vão 
estudar especificamente os livros dos profetas menores: 
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, 
Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
Nós sabemos que a categorização como 'profetas 
menores' refere-se apenas ao tamanho do volume da 
obra literária (quando comparada com o volume da 
obra de Isaías, Jeremias e Ezequiel), e não tem nenhum 
tom de inferioridade ou de definição de importância. 
De modo que os chamados 'menores' são livros tão 
importantes na Bíblia quanto qualquer outro.
Feito este prim eiro esclarecim ento , tam bém 
gostaríam os de apresentar um quadro geral das 
obras proféticas no Antigo Testam ento, para que 
seja possível com preender o contexto cronológico 
e atuação destes homens. Vejamos este quadro:
Período Falou a Judá Falou a 
Israel
Falou a outras 
N ações
Profetas
Pré-
exílicos
Joel; Isaías; Miquéias; 
Sofonias; Habacuque; 
Jerem ias;
Am ós;
O séias;
Jonas (Nínive); 
Naum (Nínive);
Profetas 
do Exílio
1 e 2 Samuel foram escritos 
em fins do século X a.C . 
Entre 1.100 e 970 a. C .
O badias (Edom); 
Daniel (Babilônia); 
Ezequiel (Exilados);
Profetas
Pós-
-exílio
O propósito de 1 Samuel é 
descrever o momento da 
história de Israel em que 
o governo passou do juiz 
para o rei. O propósito de 
2 Samuel é narrar a história 
profética do aspecto teocrá-tico da monarquia de Israel.
Nele, podem os perceber que o profetismo foi 
uma marca do final do período da monarquia dos 
reinos de Israel e Judá e que perdurou mesmo após 
o final do exílio. Também fica claro que cada profeta 
se dirigiu especificam ente para uma nação.
A mensagem presente nestes livros é muito con­
tundente. Ao contrário dos que o senso comum pensa, 
o papel do profeta não era revelar o futuro. Mas a voz 
profética do Antigo Testamento denunciava o pecado, 
as injustiças sociais, a corrupção moral dos reis e sacer­
dotes, a pecaminosidade no templo e nos ministérios, 
a idolatria do povo, a necessidade de arrependimento 
e a existência de uma esperança centrada em Deus.
Todos esses temas são mais que urgentes para 
os nossos dias. Notemos: Amós prenuncia o juízo 
sobre Israel por causa da injustiça social e da falta 
de interesse pelos necessitados. Miquéias adverte 
que a corrupção trará um juízo eminente, mas tam­
bém anuncia a esperança do reino do messias. A 
infidelidade da mulher de Oséias ilustra a relação 
entre o povo e Deus. Sofonias fala do juízo universal 
que com eçará em Ju d á , mas tam bém anuncia a 
promessa de restauração. Zacarias conduz o povo 
à reconstrução espiritual do indivíduo; Malaquias 
conclama o arrependimento do povo.
Atualm ente apesar das milhares de igrejas em 
nosso país vivemos um silêncio profético nos púlpitos. 
Há muita pregação de auto-ajuda, motivacional e de 
acolhimento. E pouca ou quase nenhuma denúncia 
de pecado, cham ada ao arrependim ento sincero 
(tanto dos religiosos, como dos que não possuem 
uma vida com Deus).
É tempo de orarmos para que o Espírito Santo use 
os profetas dos nossos dias para pregarem e ensina­
rem sobre arrependimento, ética social, integridade 
de adoração, promoção de justiça entre o povo. E 
especialmente para proclamarem a verdadeira miseri­
córdia de Deus e esperança centrada em Jesus Cristo.
REFERÊNCIAS:
ELW ELL, W. A. Manual bíblico do estudante. Rio de 
Janeiro: CPAD, 1997.
GOWER, R. Novo manual dos usos e costumes dos tempos 
bíblicos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
RICHARDS, L. O. Comentário histórico cultural do Novo 
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
É tempo de orarmos poro que o 
Espírito Santo use os profetas 
dos nossos dias paro pregarem e 
ensinarem sobre arrependimento, 
ético social, integridade de 
adoração, promoção de justiço
20 ENSINADOR Cristão entre o povo.
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CHEGOU A HORA DE
ssjp
VENCER O SEU GIGANTE
Em G olias D eve Cair, o pastor Louie Giglio descobre uma nova 
reviravolta na clássica história de David e Golias. A chave para 
viver livre de nossos gigantes não é ter a melhor mira, mas 
manter nossos olhos no único matador de gigantes - Jesus. 
Deposite sua esperança nEle e veja Golias cair.
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po
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m 3 "CONGRESSO
NACIONAL
DE EDUCAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO* -
Infanto-Iuvenu
empos Difíceis 
Sâo Paulo / SP
12-15 de Março 12020
A Casa Publicadora das Assem bléias de Deus 
(CPAD), em sua missão de divulgar a Palavra por 
meio da educação cristã, com o firme propósito de 
com bater as heresias e demais ensinos contrários 
à sã doutrina, tem como meta para 2020 continuar 
a difundir cronogram as e relevantes projetos que 
sirvam de alerta à igreja e à liderança em relação ao 
momento crítico em que estamos atravessando. E 
para enfrentar o momento conturbado que a socie­
dade hodierna demonstra, a editora mobilizou-se 
para realizar o 3o Congresso Nacional de Educação 
e Evangelização Infanto-Juvenil.
O objetivo é fornecer informações vitais para a 
manutenção da família tradicional e o combate aos 
program as nocivos à integridade humana. Estão 
convidados os professores que militam nesta área 
e que têm como prioridade ensinar e estim ular o 
surgimento de novos talentos, a fim de serrar fileiras 
e evitar a contaminação da Igreja por modismos e 
novidades contrários à Sagrada Escritura.
Sob o tem a "Ensinando em tem pos d ifíce is" 
baseado no livro de 2 Tim óteo 3.1, o evento será 
em São Paulo (SP), na AD Belenzinho, entre os dias 
12 e 15 de março. O d iretor executivo da CPAD, 
Ronaldo Rodrigues de Souza, disse que um dos 
motivos para a Casa realizar o congresso é justa­
mente em função de todo este ataque que a família
vem sentindo de diversas organizações e áreas da 
sociedade. "Percebem os que estão tentando acoar 
a família. Percebe-se uma mudança de pensamento 
que muitas crianças estão tendo devido à orienta­
ção e à formação que elas têm nos colégios. Nos 
últimos anos, as escolas levaram para dentro delas 
uma doutrinação de quebra de valores, quebra da 
família tradicional, inserindo na mente dela princípios 
totalmente contrários a Palavra", atesta o diretor.
Ele informou ainda que o tema escolhido "Ensi­
nando em tempos difíceis", é um retrato dos dias de 
hoje. "Trouxemos preletores que estão vivenciando 
isso no dia a dia não só com base bíblica, mas tam­
bém com uma formação nas suas respectivas áreas. 
Eles orientarão os professores da área infanto-juvenil 
como devem se posicionar diante deste quadro que 
estamos vivendo. E como reverter esta tendência que 
hoje, infelizmente, está estabelecida na nossa socie­
dade e que hoje é uma realidade", pondera Ronaldo.
isposiçoo para aprender
Para Jean Porto dos Santos, pedagogo, coor­
denador dos departam entos Infantil Herança do 
Senhor e do Discipulado Infantil (Joinville), existe uma 
tentativa para desconstruir a fé da próxima geração 
e por isso líderes e professores de crianças estão 
diante de grandes desafios. "Por essa razão, o 3o
22 ENSINADOR Cristão
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Congresso de Educação e Evangelização Infanto - 
Juvenil é fundamental. Por ele receberemos orien­
tações e direcionamentos que serão fundamentais 
no desempenho do nosso ministério. Precisamos de 
ferramentas para poder desenvolver com excelência 
aquilo que o Senhor nos chamou para fazer, educar 
e evangelizar essa geração. Sendo assim, acredito 
que o congresso é de grande relevância para os 
líderes de todo o Brasil", afirma professor Jean .
A p ro fesso ra e co n fe ren c ista Jo an e Ben tes 
participou como palestrante do 2o congresso em 
2009, e acredita que mediante a todos os ataques 
que a criança e a família vêm sofrendo no Brasil, há 
uma urgência na realização do 3o congresso. "Nós, 
educadores cristãos e seculares, homens e mulheres, 
líderes preocupados com a infância no Brasil, preci­
samos de orientação, de informações, de métodos 
criativos de ensino. Nós estam os debaixo de um 
bombardeio no Brasil para destruir a infância. Precisa­
mos urgentemente do 3°congresso Infanto- Juvenil, 
onde possamos ser capacitados, orientados a usar 
métodos criativos de ensino, recursos que possam 
construir nas nossas crianças valores permanentes e 
imutáveis, e nenhuma doutrinação do mal terá poder 
de destruir aquilo que vamos construir a partir da 
primeira infância, a partir do maternal, do berçário 
que é começa a nossa m issão", enfatisa Joane.
Para a gestora e pedagoga G láucia Leal Lima, 
as estratégias precisam vir com urgência. "Conheci­
mento da legislação nacional sobre o ECA , direitos 
e deveres da criança , form ações d irecionadas à 
práticas de leitura bíblica com os filhos, projetos de 
evangelização nas escolas infanto-juvenis, conhecer 
as bases fundam enta is do d esenvo lv im ento da 
criança e do adolescente criar pequenos grupos 
de estudos bíblicos nos lares, envolvendo famílias, 
incentivo à intercessão".
A professora Anita O yaizu dá algum as d icas 
básicas. "Referindo-se à sugestão de estratégias 
para alertar aos professores, não encontramos re­
ceitas prontas, entretanto, entendem os que, para 
lidar com as crianças de quaisquer faixas etárias da 
infância, é necessário acimade tudo ter convicção 
do propósito e objetivo a ser alcançado. E como 
sem pre digo, tem os que traçar essas metas com 
sabedoria, sem jam ais nos esquecer de que nem 
sempre os fins justificam os m eios".
is de combate
Para o pastor Jean Porto, o evento trará infor­
mações necessárias e satisfatórias. "Acredito que 
esse congresso nos dará idéias, estratég ias e d i­
recionamentos que facilitarão o desenvolvim ento 
de projetos na área da educação e evangelização
ENSINADOR Cristão 23
I
infanto-juvenil. Será um m om ento de troca de tratar estes assuntos. E les não são fa lados com 
vivências que possibilitarão ampliar nossos conhe- muita naturalidade dentro das nossas igrejas. Muitas 
cim entos", frisa o pedagogo. vezes nossas igrejas trabalham como se vivéssemos
"Em meio a todos esses conflitos que a sociedade num mundo diferente, mas na realidade não é. A
enfrenta, em âmbito mundial, reconhecem os que infiltração está acontecendo. As crianças ficam mais
nossas famílias, pais, líderes e professores precisam tem po na escola com o professor, que tem toda
de suporte em todas as áreas, para que tenham con- essa doutrinação errada, fica as vezes pouco tempo
dições de combater as diversas formas de influências na igreja. Praticam ente dom ingo pela manhã e à
da mídia, das correntes filosóficas que percorrem as noite. Tem que haver um trabalho da igreja com
escolas de nossa nação, como também orientarem seus professores, com total envolvimento dos pais",
seus filhos no conhecimento da Palavra. Por isso, a assevera diretor.
importância de term os um Congresso em expan- Ele entende que os pais precisam entrar nesta
são nacional, onde estejam presentes lideranças e luta e saber o que está acontecendo, mas também 
famílias de todo o Brasil para juntos colocarmos em precisam ter esta orientação. "Esta é a estratégia 
práticas estratégias apresentadas por palestrantes que podemos fazer. Mas sem o apoio da igreja, a 
capacitados que já estejam envolvidos na causa", editora não pode fazer nada. A Casa trabalha com 
argumenta Gláucia Leal Lima. as igrejas. É um trabalho de dar as mãos. A CPAD
A professora Joane Bentes acredita que é um por meio da literatura, eventos, capacitação junto
grito e uma urgência. "É para já , nós precisam os com as igrejas, por meio dos seus líderes e pastores
ser orientados, capacitados para defender a infância e, da Escola Dom inical. E acima de tudo, somos
no Brasil e os valores da família segundo a Palavra e totalmente dependentes da benção de Deus. Que
usando também os nossos direitos. Nossas crianças o Senhor possa confirm ar e nos dar vitória neste
estão sendo violadas nos seus direitos, o Estatuto propósito", conclui.
da Criança e do Adolescente nos traz direito contra Estarão ministrando a Palavra os pastores José 
abusos, a pornografia, contra a doutrinação do mal Wellington Costa Júnior (SP); José Wellington Bezerra
que querem e já está sendo inserida dentro das da Costa (SP); Ronaldo Rodrigues de Souza; (DF); 
cartilhas e projetos escolares. Precisamos urgente- Guilherme Schelb (PR); Terry Linhart (EUA); Douglas 
mente levantar e capacitar um exército em defesa Baptista (DF); Alexandre Coelho (RJ); Jamiel Lopes(SP); 
da infância e da família no Brasil", desabafa Joane. Marcos Tedesco (SC). As professoras Joane Bente
Segundo Ronaldo Rodrigues, a Casa vai trabalhar (PR); Marta Costa (SP); (DF) Elaine Cruz (RJ); Valquiria
por meio dos preletores a fim de orientar os pais, Salinas (SP); Telma Bueno (RJ); Anita Oyazu (SP), 
professores e lideranças. "Nós pretendemos trazer Helena Figueiredo (RJ), a ministra Damares Alves
a realidade do que está ocorrendo. Não adianta e os adoradores da CPAD Music Lilia Paz, Marcelo
imaginar que isso não está acontecendo. Evitamos Santos e Victorino Silva.
Ho correntes teologicos
conflitantes ouonto
humano como, por
Moior entendimento 
sobre o Criação
O tema da revista Lições Bíblicas deste trimestre discorre 
sobre a doutrina bíblica do homem. No decorrer das 
lições, o autor mostrará o que a Bíblia ensina a respeito 
do ser humano. Ele vai enfatizar a criação de Adão 
e Eva, a triste realidade do pecado, a experiência 
humana fora do Éden e a nossa redenção. A pro­
posta do com entarista é nos ajudar a entender 
mais sobre o que é a doutrina do homem. A ta­
refa coube ao experiente escritor, conferencista e 
consultor doutrinário e teológico da CPAD, pastor 
Claudionor de Andrade.
Pastor C laudionor escreve com entários para re­
vista Lições Bíblicas desde 1997. Em seu currículo, 
encontramos os comentários de Malaquias, Atos dos 
Apóstolos, Gênesis; Adoração, Santidade e Serviço: os 
princípios de Deus para a sua igreja em Levítico, dentre 
outros. Confira abaixo entrevista sobre a nova revista.
que, por ser o pai da raça humana, 
acabou por alcançar todos nós; ele 
o cabeça da raça humana (Rm 5.12). 
O segundo é o experimental - uma 
consequência direta e imediata do 
original (1 Rs 8.46). O pecado origi­
nal também pode ser chamado de 
pecado-fonte ou pecado-matriz, pois 
dele procedem todas as transgres­
sões e iniquidades.
Esclarecemos, porém, que o pe­
cado original não leva ninguém para 
o inferno, mas o experimental, sim (Ez 
18.4). O recém-nascido, por exemplo, 
embora traga, em si, a semente do 
original, ainda não tem a culpa do 
experimental (1 Rs 14.12,13). Se morrer 
nessa fase, não perde a alma.
Quanto à corrupção total do ser 
humano, podemos entendê-la dessa 
forma: em Adão, todos pecaram 
e foram destituídos da glória de 
Deus; consequentemente, todo o 
nosso ser acha-se corrompido não 
apenas pela iniquidade de Adão,
exemplo, o dicotomisto 
e o tricotomisto. Qual o 
diferenço entre ambos') E ] 
qual delas reflete melhor o 
ensinamento bíblicoVÉHi
Quando nos voltamos à Bíblia 
Sagrada, constatamos que o ser 
humano é, de fato, constituído tri­
plamente: corpo, alma e espírito (1 
Ts 5.23). Todavia, ressaltamos que o 
espírito e a alma, em nós, acham-se 
intimamente ligados; não podem ser 
apartados um do outro. Somente a 
Palavra de Deus é capaz de alcançar 
a divisão entre a alma e o espírito 
(Hb 4.12).
Através da alma, que se utiliza de 
nossos órgãos sensoriais, entramos 
em contato com o mundo físico. E, 
por intermédio do espírito, comun­
gamos com o mundo espiritual.
o constituição do ser
Deus assim constituiu-nos, para 
que tivéssemos condições de viver 
sobre a face da Terra. Mas, após o 
arrebatamento, seremos semelhantes 
ao Senhor Jesus (1 Jo 3.2). É por isso 
que a nossa santificação tem de ser 
completa: corpo, alma e espírito. 
Aliás, o hino cinco de nossa querida 
Harpa Cristã reflete muito bem este 
anseio do crente:
Espírito, alma e corpo 
Oferto a Ti, Senhor 
Como hóstia verdadeira 
Em oblação de amor
Umo doutrino pouco 
comentado, hoje em dia, e 
o do pecado original e do 
consequente corrupção É 
total do hum o nido deU l 
Resumidamente, discorro j 
sobre esses pontos B IIIm 
do utrino isJBB BB BB M I
Consideremos, aqui, dois tipos 
de pecado: o original e o experimen­
tal. O primeiro é o pecado de Adão
ENSINADOR Cristão 25
Entrevista do Com
entarista
mas principalmente pelas nossas 
(Rm 3.23; Is 1.6). Todavia, o homem 
mantém as condições mentais e 
intelectuais necessárias para ouvir e 
crer no Evangelho de Cristo (Jo 3.16).
Ressalto que, no Dia do Juízo, ser 
humano algum poderá desculpar-se 
no pecado de Adão; todos seremos 
julgados por nossos próprios atos (Ap 
20.11 -15). Não culpemos Adão por 
nossas transgressões; assumamos 
nossos pecados e confessemo-los 
a Deus (Lm 3.39; Jo 1.7).
A Bíblia destaca o valor do] 
ser humano perante Deus, | 
O senhor poderio discorrer 
biblicamente sobre esse BÉ
O ser humano, compreendendo 
ambos os sexos, foi criado dire­
tamente por Deus (Gn 1.26; 2.7). 
Somos imagem e semelhança do 
Pai Celeste. Além disso, confiou-nos 
Ele o governo da Terra, apesar de 
sermos inferiores aos anjos; de glória 
e de honra, corou-nos (SI 8.44-6).
Não nos esqueçamos de que o 
Senhor Jesus, sendo Deus de Deus, 
fez-se carne não apenaspara habitar 
entre nós, mas principalmente para 
resgatar-nos do pecado (Jo 1.14; 1 
Tm 2.5). Por representarmos a obra- 
-prima de suas mãos, o Pai Celeste 
amou-nos singular e grandemente 
(Jo 3.16). Somos o templo de seu 
Espírito (1 Co 6.19). Tao importantes 
somos aos olhos de Deus, que Ele 
veio a entregar o próprio Filho para 
salvar-nos. A leluia! Deus almeja 
habitar conosco. Ele está entre nós, 
na Pessoa do Divino Consolador.
omo o Bíblia descreve a
Embora salvos, continuamos 
neste mundo; ainda não se ma­
nifestou o que havemos de ser (1 
Jo 3.2). Aqui, estamos sujeitos às 
consequências do pecado original 
- enfados, doenças e, finalmente, 
a morte mas, do pecado experi­
mental, já somos libertos. Glória a 
Jesus! (Rm 6.14). E, nessa condição, 
a casa do nosso tabernáculo vai, dia 
a dia, desfazendo-se (2 Co 5.1). Mas, 
quando do arrebatamento da Igreja, 
seremos glorificados com o Filho de 
Deus (1 Co 15.50-58).
Qual o proposito final de 
Deus para o ser humano'
O propósito final de Deus para 
nós é a nossa completa redenção em 
Jesus Cristo. Quando isso acontecer, 
a humanidade redimida terá uma 
comunhão perfeita com a Santíssima 
Trindade. Esta, aliás, foi a reivindica­
ção que o Senhor, em sua oração 
sacerdotal, apresentou ao Pai, no 
Jardim da Agonia: "a fim de que 
todos sejam um; e como és tu, ó Pai, 
em mim e eu em ti, também sejam 
eles em nós; para que o mundo 
creia que tu me enviaste" (Jo 17.21).
contraditório com o 
soberania divina. Diga algo
O livre-arbítrio pode ser definido 
como a capacidade humana de 
tomar livremente uma decisão. Tal 
atributo é observado em diversas 
passagens das Escrituras (Gn 13.9; 
Js 24.15; Hb 4.7).
Segundo a Bíblia, o ato de decidir 
entre o bem e o mal, entre Deus e 
os ídolos e entre aceitar Jesus e 
recusá-lo é um direito que o Todo- 
-Poderoso concedeu-nos (Gn 2.9; 1 
Rs 18.21; Mc 15.15,16).
Já que Deus confiou-nos o direito 
de escolha, ajamos com responsa­
bilidade e discernimento, porque 
todos seremos responsabilizados por 
nossas escolhas (Ec 11.9; Rm 14.12). 
Portanto, o livre-arbítrio humano e a 
soberania divina não são excludentes; 
são perfeitamente harmônicos.
Qual a relevância em se | 
estudar o doutrina do H 
homem durante todo um
Na verdade, estam os diante 
de um assunto tão maravilhoso e 
profundo, que, no meu entender, um 
trimestre chega a ser insuficiente. Por 
isso, temos de aproveitar muito bem 
o tempo de que dispomos, para nos 
inteirar, com mais propriedade, das 
verdades bíblicas acerca do homem.
Vejamos, agora, por que deve­
mos estudar a doutrina do homem, 
como a encontramos na Bíblia Sa­
grada.
Antes de tudo, a fim de conhe­
cermos a nossa origem. Embora o 
ser humano não seja divino, a sua 
origem é indiscutivelmente divina, 
porquanto procedemos de Deus (Gn 
1.26). Conforme diz o salmista, somos 
propriedade do Senhor (S1100.2).
Em segundo lugar, quando es­
tudam os a doutrina do homem, 
piedosa e reflexiva mente, passa­
mos a com preender claramente 
o nosso lugar no Reino de Deus e 
na sociedade humana. A partir daí, 
agiremos como súditos do Criador 
e Mantenedor de todas as coisas. 
E, nesse contexto, veremos todos 
os nossos semelhantes, até mesmo 
os mais distantes, como irmãos, por­
que todos viemos de Deus. Afinal, 
originamo-nos de um único tronco 
genético: Adão e Eva.
A doutrina bíblica do homem 
é indispensável para entendermos 
o plano de salvação. No primeiro 
Adão (nosso pai genético), todos 
pecamos. Mas, em Jesus Cristo, o 
Último Adão (nosso irmão maior, 
por ter participado plenamente da 
natureza humana, exceto quanto ao 
pecado) todos podemos ser salvos e 
reconciliados com Deus. Como se vê, 
a doutrina do homem não pode ser 
dissociada da doutrina da salvação; 
são íntimas e siamesas.
Minha oração é que, duran­
te o trimestre, no qual estivermos 
estudando a doutrina do homem, 
venhamos a glorificar, ainda mais, 
o Senhor Jesus Cristo - Verdadeiro 
Homem e Verdadeiro Deus. Aleluia!
26 ENSINADOR Cristão
IIP
mm
W í
O tema inclusão das pessoas com deficiência tem 
sido muito debatido no meio social. As Escrituras 
Sagradas nos adverte em "Persiste em ler, exortar e 
ensinar, até que eu vá" ( I Tm 4.13). O apóstolo Paulo 
neste versículo instrui Timóteo a fim de que, como 
líder cristão, persistisse em adquirir conhecimentos 
por meio da leitura da Palavra de Deus e ensinasse 
seus liderados com diligência. Assim , este ensina­
mento dado por Paulo a Timóteo aplica-se também 
ao professor da Escola Dominical, vez que, este é um 
líder e necessita estar instruído e atualizado a fim de 
saber lidar com todos os seus aprendizes.
No ambiente da igreja, precisamente da sala de 
ED , é visível os desafios que a pessoa com defici­
ência (SDI) tem enfrentado para serem incluídas. 
Muitas não conseguem chegar até a igreja por não 
ter quem a conduza. Em outros casos os envolvi­
dos (fam iliares / igreja) acham que esses sujeitos 
não precisam ir para ED porque são incapazes 
de com preender o conteúdo ou vão atrapalhar o 
andam ento da aula. Outra situação preocupante 
é estarem na igreja, mas de forma segregada, em 
um "cantinho som ente para e le " e ser tachado 
como o "b ich inho", "o co itad inho". A inda há os 
que para se referir ao aluno não os chama pelos 
seus nomes, mas pela deficiência que a caracteriza:
"Eu tenho um Down em minha sala" se referindo 
a pessoa com síndrom e de Down. Agindo dessa 
forma estaremos as excluindo conforme o mundo 
age. Elas precisam ser respeitadas, chamadas pelo 
nome e reconhecidas pelas suas conquistas e seus 
próprios méritos É preciso levar o corpo docente 
da ED à percepção de que as pessoas com defici­
ência precisam de fato ser vistas como sujeitos de 
si e com plenas condições de vivenciarem êxitos.
Outra dificuldade a ser mencionadas são as barreiras 
arquitetônicas que as impedem de desfrutar de um 
espaço de socialização por não existir acessibilidade. 
Muitas vezes o aluno consegue chegar até a igreja, 
no entanto, a falta de acessibilidade as impedem de 
estarem na sala de aula. De sorte, o professor ne­
cessita estar informado sobre as leis que asseguram 
esses direitos as pessoas com deficiência, bem como, 
manter-se capacitados para acolher sabiamente e 
com amor esse publico tão especial para o Senhor.
Atualm ente vivenciamos em nossas igrejas um 
expressivo núm ero de pessoas com defic iência 
que têm desejado aprender sobre as Escrituras. 
Mas, o que temos feito para acolher essas pessoas 
tão estigmatizadas pela sociedade? Qual tem sido 
nossa atitude? Temos olhado indiferentes? Esta­
mos escolhendo os últimos acentos da igreja para
ENSINADOR Cristão 27
Rosilene 
Silva Sousa, 
psicopedagoga 
e coordenadora 
adjunta do 
Departamento 
infantil da 
Assembléia de 
Deus em Campina 
Grande (PB)
acomodá-las? Será que a excluímos de participarem 
de conjuntos de louvor, ou não damos oportunidades 
no culto por entendermos que não são capazes?
Mesmo havendo em nosso ordenamento ju­
rídico a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com 
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), 
frequentemente esses indivíduos são vítimas de 
discriminação por fugirem de um contexto social 
que foi padronizado para atingir os objetivos da­
queles que são considerados dentro dos padrões 
da "normalidade".
Segundo dados do Censo do IBGE realizado em 
2010, 45 milhões de brasileiros disseram ter algum 
tipo de deficiência, ou seja, quase 24% da população. 
Precisamos buscar essas pessoas e trazê-las para perto 
de Cristo. Como está escrito na passagem bíblica: "Sai 
depressa pelas ruas, campos e vaiados e trazer para 
o nosso meio: os pobres, mancos, aleijados. (Lucas 
14.15). Ao chegarem às salas de ED devem ser bem 
acolhidas. O professor necessita utilizar estratégias 
metodológicas que envolva o educando no processo 
ensino-aprendizagem, tornando-o participante, pois 
não há aprendizado se o aluno permanece apenas 
como observador. Toda pessoa com ou sem defici­
ência dispõe de recursos pessoais que poderãoser 
investidos numa certa atividade. A forma como vão 
utilizar esses recursos será diferente de uma pessoa 
para outra. Cabe ao professor, portanto, estabelecer 
maneiras de ativá-los em seus alunos estimulando de 
forma equilibrada, a fim de resultar um processo de 
aprendizagem bíblico que respeite suas especificidades.
Apesar das recorrentes dificuldades enfrentadas 
pelos professores, como não ter uma sala adequa­
da e materiais didáticos acessíveis, o Senhor tem 
despertado em educadores Cristãos o interesse 
buscar novos conhecimentos por meio de formação. 
Comunidades evangélicas têm oferecido treina­
mentos com temas específicos sobre Inclusão, o 
ingresso em cursos acadêmicos para aperfeiçoar 
os seus conhecimentos e desenvolver um trabalho 
com mais eficácia na Obra de Deus.
Tais atitudes têm demonstrado que a ED está 
aberta para receber estas pessoas carentes de 
ouvir a Palavra de Deus. É fundamental mudarmos 
os nossos hábitos e ao realizar algum evento, por 
exemplo, precisamos reservar um lugar que ofereça 
conforto para SDI e seus familiares. A partir desses 
gestos podemos quebrar barreiras da indiferença 
daqueles que recebem e do receio daqueles que 
chegam à igreja. A pessoa com deficiência não pode 
ser vista pelo seu déficit, mas sim, a ser entendida 
como uma pessoa integral plena de significado.
Ao chegarem à igreja não querem ser recebidas 
como objetos de piedade, mas querem sentir-se 
amadas, acolhidas. Toda essa receptividade está 
fincada no dever e na prática cristã de amor ao 
próximo como a si mesmo. Somos chamados pelo 
Senhor a ensinar e precisamos cumprir esse dever 
com dedicação conforme Romanos 12.7b "... se é 
ensinar que haja dedicação ao ensino". Na Bíblia 
temos vários exemplos de inclusão praticados pelo 
Mestre dos mestres, o Senhor Jesus. E a maior 
importância que Ele expressava não era pelo cor­
po físico, mas pela salvação da alma. O objetivo 
primordial de Jesus era para que todas as pessoas 
se achegassem a Ele sem barreiras, nem distinções. 
Precisamos dar continuidade a essa obra divina, pois 
essa é uma ordem dada por Jesus nas escrituras 
sagradas quando afirma: "Ide por todo mundo, 
pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16.15) as 
pessoas com deficiências estão incluídas no público 
a ser alcançado.
Portanto, a missão do professor de ED vai muito 
além de ser um mero transmissor de conhecimentos. 
Assim como um pastor ele deve ser um apascentador 
conduzindo o seu rebanho por meio da Palavra de 
Deus, um instrumento usado pelo Espírito Santo, 
motivador, amigo, procurando relacionar-se bem 
com os alunos. Deve ser intérprete, traduzindo para 
os alunos aquilo que lhes é ensinado; planejador, 
procurando adaptar as lições, os currículos às ne­
cessidades dos alunos; aprendiz, estando disposto a 
colocar-se no lugar dos que querem sempre aprender 
mais para ensinar melhor. Dotando esses sujeitos SDI 
do pleno desenvolvimento e da participação ativa 
na vida cotidiana na ED, tornando-os protagonistas, 
dando vez e voz a eles (Mota Rocha, 2002), agindo 
assim o professor estará sendo um agente de Deus 
contribuindo para transformação de vidas.
BIBLIOGRAFIA
DARKE, Brenda. Título: O Desafio da Inclusão na Igreja. 
1o Ed. São Paulo: United Press - Hagnos, 2015.
Bíblia. Português. Bíblia Sagrada. Tradução: João Ferreira 
de Almeida.
MOTA ROCHA. S.R. da. Leitores da comunidade e crianças 
lêem histórias na escola: Programa de integração da criança 
remanescente à comunidade letrada. (Tese de Doutorado 
apresentada à Universidade Federal do Ceará), 2002.
VILELA, Flávia. 6,2% da População Tem Algum Tipo de 
Deficiência. Disponível em :<http://agenciabrasil.ebc. 
com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem- 
algum-tipo-de-deficiencia>. Acesso em:08 Dez. 2018.
28 ENSINADOR Cristão
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia
Nels Nelson
Samuel Nelson
Claudionor de Andrade
O livro que acompanha a revista 
Lição Bíblica neste trimestre apro­
funda mais o conteúdo estudado 
com o mesmo tema e a proposta 
do autor é evidenciar o que a Bíblia 
ensina a respeito do ser humano. 
En tre outros assuntos, Focar a 
criação de Adão e Eva , a tr is te 
realidade do pecado, a experiên­
cia de nossos pais fora do Éden e 
a nossa própria redenção. E, por 
fim, mostrar a glorificação eterna 
dos que receberam a Jesus Cristo 
-Verdadeiro Homem e Verdadeiro 
Deus. Nesta obra, pode-se ver o 
que é a doutrina bíblica do homem. 
Todos estes assuntos serão abor­
dados e você professor não pode 
deixar de adquirir.
Flavianne Vaz
Os adolescentes estão em constante 
mudança; corpo, mente, os hábitos, 
relacionam ento corn os pais, as 
amizades, os interesses. Este livro 
foi escrito para ajudar lideres, pro­
fessores e pais a lidarem com essa 
nova geração em transformação. 
Ao trabalhar a liderança de adoles­
centes sobre quatro eixos (Liderança, 
Adolescência, Desenvolvimento 
Integral e as Batalhas Invisíveis da 
Liderança), Flavianne Vaz mostra 
que é possível e que vale a pena 
enfrentar todas as barreiras por 
eles, a fim de vê-los crescerem e se 
tornarem homens e mulheres de 
sucesso e tementes a Deus.
Samuel Nelson
Do mesmo autor de "Nels Nelson:
o apóstolo pentecostal brasileiro", 
est aobra, escrita pelo filho do 
missionário Nels Nelson, Samuel 
Nelson, traz uma compilação de di­
versos estudos dados pelo saudoso 
missionário escandinavo pentecostal 
nas tradicionais Escola Bíblicas Re­
gionais de Obreiros durante toda 
a sua vida ministerial aqui no Brasil. 
Trata-se de uma obra de grande 
valor histórico e que apresenta um 
conteúdo edificante para o estudo 
devocional da Palavra de Deus.
1 4 4 4 4 4 4 4 4 4 é è
Alcance todos os seus alunos:
Estratégias para uma jornada 
de aprendizagem
Página 128 e 129
"Por séculos, a música tem sido a maneira preferida de se 
comunicar o evangelho; de evocar o sentimento de reverência 
para com Deus; e de recordar grandes verdades teológicas. 
Devemos continuar essa bela tradição enquanto ajudamos 
nossos alunos a tornarem-se discípulos de Jesus".
Clancy P. Hayes
4 4 4 4 4 4
Igreja Saudável: Educando 
para uma vida plena
Página 164
"Troque de posição. Abra um espaço para uma inversão de 
papéis. Isso mesmo! Pergunte à sua equipe se eles estão 
satisfeitos com o seu trabalho. É hora de pedir sugestões 
para que os pontos negativos e de conflito sejam melhorados 
e solucionados".
Telma Bueno
ENSINADOR Cristão 29
Que habilidades o professor 
precisa ter em sala de aula?
Telma Carvalho
Volta Redonda (RJ)
Ismael Ferreira 
Silva, evangelista 
na AD em Caracol 
(PI), Articulista, 
Membro da 
(CEADEP e 
CGADB), Bacharel 
em Teologia, 
pós-graduado 
em Docência no 
Ensino Superior, 
Neuropsicologia, 
Filosofia, História, 
e Geografia. 
Acadêmico de 
Pedagogia. Diretor 
Geral do Centro 
Preparatório Para 
Obreiros (CPPO).
O professor é um semeador de Sementes (idéias) e 
o campo (intelecto do aluno) é o local onde as sementes 
são plantadas. Quando o docente ministra a aula na 
classe da Escola Dominical, encontra vários tipos de 
solo, por isso o professor precisa conhecer de que for­
ma irar lançar a semente. O pastor e educador Marcos 
Tuler afirma que: "é necessário diversificar os métodos 
e adequá-los eficientemente às novas circunstâncias, 
ou seja, mudar a maneira de comunicar uma verdade 
sem alterá-la". Jesus conta uma parábola de um seme­
ador que, saiu a semear em diferentes tipos de solo, 
porém, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, 
e vieram as aves, e a comeram. Outra parte caiu em 
solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, 
visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, 
a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. Outra 
parte caiu entre os espinhos, e os espinhos crescerame a sufocaram. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu 
fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um. (Mt 13. 3-8).
A semente cai em boa terra, quando produz frutos 
(Mt 13.23). O professor que procura compreender seus 
alunos, alcança seus objetivos. O ensino da Palavra 
de Deus transforma com pletam ente a vida do ser 
humano, pois é viva e eficaz (Hb 4.12).O docente da 
ED deverá procurar os melhores métodos de ensino 
diante de sua classe, pois encontrará vários alunos 
que só entenderá o conteúdo, se o professor se 
utilizar de um recurso diferente.
Os docentes devem conhecer o aluno psicologi­
camente, ou seja, ter uma noção do seu comporta­
mento, Jesus conhecia seus alunos (Jo 1.48; 21.15). 
Por exemplo: "o estudo do cérebro e suas relações 
com a aprendizagem, poderá ajudar o professor, pois, 
são muitos alunos que apresentam dificuldades na 
absorção do conteúdo". O professor vocacionado 
por Deus entenderá que, deve haver dedicação ao 
ensino (Rm 12.7).
Os recursos didáticos na sala de aula devem ser 
variados, cabe ao professor a habilidade de saber 
qual o melhor método usar. Para cada tipo de solo, 
existe sementes apropriadas. O professor não sabe 
" ... qual tipo de sem entes prosperará; se esta, se 
aquela ou ambas igualmente serão boas" (Ec 11.6). 
Só colhe alegrias de ver as sementes, produzindo, 
o professor que plantou a sem ente, pois só colhe 
quem planta! (2Co 9.6; Gl 6.7). Muitas vezes o solo 
(Discente) é duro, seco e arenoso, por isso, falta-lhe 
compreensão da aula. Porém, o professor habilidoso 
jam ais desistirá diante das dificuldades, o intenso 
desejo de ver o aluno produzindo frutos de conhe­
cimento e sabedoria, será o seu combustível.
REFERÊNCIAS
TULER, Marcos A. Manual do Professor de Escola Dominical. 
4. Ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005.
30 ENSINADOR Cristão
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A CRIAÇÃO DE | 
FVA A PRIMEIRA f e
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Neste trimestre, teremos a oportunidade ím­
par de estudar a respeito da doutrina bíblica do 
homem, a obra-prima de Deus no seu processo 
de criação. Diferente de tudo que foi criado, 
fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. 
Na primeira lição, estudaremos a respeito do 
primeiro homem, Adão.
Objetivo: Sondar o conhecimento prévio 
dos alunos a respeito do tema do trimestre e 
introduzir a primeira lição.
Material: Quadro e caneta.
Procedimento: Converse com seus alunos e 
apresente o tema do trimestre e a nova revista 
de aluno. Desenhe a silhueta de um homem no 
quadro. Em seguida, escreva dentro da silhueta 
as seguintes perguntas: "Quem sou eu?" "De 
onde vim?" "O que represento?" "Para onde 
eu vou?" Discuta com os alunos as questões e 
conclua enfatizando que todos nós, um dia, já 
fizemos essas perguntas. Explique que o estudo
Na lição de hoje, seus alunos vão estudar a 
respeito da criação da mulher. Deus nos criou; 
não somos o resultado da evolução das espécies 
como afirmava Charles Darwin. Viemos de Deus! 
Ele nos criou, nos ama e nos sustenta.
Objetivo: Compreender que Deus criou a mulher.
Material: Massa de modelar, quadro branco 
ou de giz.
Procedimento: Distribua massa de modelar 
para os alunos e peça que eles façam a primeira 
mulher, Eva. Enfatize a dificuldade de se modelar 
um bonequinho. Em seguida, ressalte a grandeza 
e o poder do Criador ao formar o nosso corpo 
de uma forma tão perfeita. Nosso corpo é a "má­
quina" mais perfeita que existe. Explique que, 
ao formar Adão e Eva, Deus não disse "haja". O 
ser humano foi formado diretamente pelas mãos 
de Deus. Escreva os tópicos abaixo no quadro 
e mostre o que Deus, ao formar o homem e a 
mulher, lhes concedeu:
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’ ’ ÈNSINADOR Cristão 31
da doutrina bíblica do homem, tema do trimestre, 
vai nos ajudar a responder a essas questões que 
tanto inquietam a humanidade.
- Fôlego de vida (Gn 2.7);
- A sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27);
- O direito de governar a criação como repre­
sentante de Deus (Gn 1.26,28-30);
-A responsabilidade moral de obedecer às 
ordens divinas (Gn 2.16,17).
Explique que a mulher foi formada de uma parte 
do homem (costela); logo, a mulher e o homem 
foram feitos da mesma matéria-prima. Diga que, 
segundo o Guia do Leitor da Bíblia (CPAD), "Deus 
não tirou Eva do pé do Adão para que ele não 
tentasse dominá-la; ou da cabeça, para que ela se 
visse acima. Em vez, disso, Deus tirou da costela 
de Adão, para que os dois pudessem caminhar 
lado a lado ao longo da vida".
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SEXUALIDADE
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LIÇÃO 6
ENSINADQR Cristão
Na sétima lição, estudaremos a respeito da 
Queda do ser humano. O pecado entrou no mundo 
pela desobediência de Adão e Eva e afetou toda 
a humanidade, tornando todo ser humano um 
pecador. A punição para o pecado é uma só — a 
morte (Rm 3.23).
Objetivo: Mostrar como se deu a Queda do 
ser humano.
Material: Uma maçã bem bonita.
Procedimento: Apresente a maçã aos alunos. 
Em seguida, faça a seguida pergunta: "O fruto 
proibido que Adão e Eva comeram era uma maçã?". 
Explique que o fruto que Adão e Eva desejaram e 
comeram deveria ser um fruto bonito e apetitoso, 
pois despertou os sentidos físicos deles. Porém, 
este fruto não estava na macieira, mas na árvore 
da "ciência do bem e do mal" (Gn 3.17). Satanás 
tentou o primeiro casal e com isso podemos ver o 
quanto somos vulneráveis ao pecado. Precisamos 
estar sempre vigilantes e atentos às tentações do 
Maligno. Em seguida, escreva no quadro os passos 
de Satanás ao tentar Adão e Eva. Analise esses 
passos com seus alunos e diga o quanto precisamos 
estar vigilantes, pois Satanás continua a usar essas 
estratégias para nos levar ao pecado.
PASSOS DO MAUGNO NA TENTAÇÃO
1) Primeiro Satanás deturpou a Palavra de Deus
(Gn 3.1; cf. 2.16,17);
2) Depois, negou-a diretamente (Gn 3.4);
3) Em seguida, questionou os motivos de Deus
(Gn 3.5).
Na sexta lição, estudaremos um tema de extrema 
relevância para os nossos dias: a sexualidade humana. 
Temos visto, em especial na mídia, a banalização e 
a deturpação da sexualidade. Sabemos que Deus 
criou apenas dois sexos — homem e mulher — e que 
Ele nos deu a sexualidade com alguns propósitos 
específicos. Os propositos da sexualidade humana 
é o que vamos enfatizar.
Objetivo: Explicar os propósitos da sexuali­
dade humana.
Material: Uma laranja bem bonita e outra 
com mofo ou imprópria para comer (estragada).
Procedimento: Apresente aos alunos a laranja 
que esta boa. Pergunte se gostam da fruta ou do 
suco. Fale que a laranja possui vitamina C e que 
essa vitamina age em nosso organismo como um 
protetor contra a baixa imunidade. Também auxilia 
no combate das doenças cardiovasculares, doenças 
dos olhos e até ajuda na prevenção do envelheci­
mento da pele. Depois, mostre a laranja que não 
está boa para o consumo e pergunte se alguém 
gostaria de experimentar essa fruta. Diga que, 
embora o consumo de laranja seja saudável, não 
devemos ingerir uma fruta que esteja mofada, com 
fungos, já passada, pois pode provocar problemas 
sérios de saúde. Aproveite o gancho para explicar 
que o sexo foi criado por Deus; logo, ele é bom e 
salutar para o ser humano. Todavia, o homem tem 
deturpado o sexo. Deus criou o sexo com objetivos 
específicos e tudo que vai contra esses propósitos 
prejudica o homem e seu relacionamento com 
Deus. Aponte os objetivos da sexualidade humana 
(procriaçào, união conjugal e satisfação) ediscuta 
com os alunos cada um deles.
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LIÇAO 9 PRIMÁRIOS
Na lição de hoje, estudaremos a respeito do globa­
lismo, que teve início na construção da Torre de Babel. 
Veremos que um dos fatores que contribuíram para 
que a depravação da humanidade viesse a crescer de 
forma vertiginosa foi o monolinguismo. Aterra havia 
sido purificada pelas águas do Dilúvio, mas a semente 
do pecado estava em Noé e em seus descendentes. 
Não demorou muito para que o pecado se alastrasse 
novamente. Já que não havia impedimento quanto 
à língua, homens cheios de soberba e com um espí­
rito de rebelião se unem para fazer um monumento 
que seria símbolo da sua empáfia. Deus não estava 
preocupado com a construção ou com o tamanho 
da torre, mas com a arrogância que dominava, mais 
uma vez, o coração do homem.
Objetivo: Compreender o que é globalismo. 
Material: Alguns livros e quadro branco ou de giz. 
Procedimento: Mostre os livros para os alunos, 
peça que formem duplas. Em duplas, eles terão 
que fazer uma pilha de livros sobre uma mesa. 
Quem conseguir fazer a pilha mais alta, sem deixar 
cair, e em 2 minutos, ganha um brinde. Enfatize a 
dificuldade para erguer uma pilha de livros alta e em 
pouco tempo. Depois diga que a lição de hoje trata 
da construção de uma torre onde todos se uniram 
nesse intento. Depois, faça a seguinte pergunta: 
"O que é globalismo?". Explique que segundo o 
autor das lições, Pr. Claudionor de Andrade, o glo­
balismo "é uma doutrina que afronta os propósitos 
de Deus quanto ao povoamento e ao governo da 
Terra, a partir dos filhos de Noé". A seguir, escreva 
as questões abaixo no quadro e discuta com os alu­
nos. Se desejar, você poderá elaborar mais questões 
para serem analisadas com os alunos. As questões 
apresentadas são apenas uma sugestão.
1. O que levou os descendentes de Noé a cons­
truírem a torre de Babel?
Eles queriam fama e desejavam segurança e 
foram movidos pelo orgulho.
2. Qual foi o objetivo da confusão das línguas? O 
objetivo foi colocar um ponto final no projeto 
da torre.
3. O que teria acontecido se eles tivessem al­
cançado o seu intento?
Revelar quem era Jesus humano, como nas­
ceu, como cresceu e todas as informações que o 
cercam é fundamental para os nossos alunos. Só 
assim poderemos entender que, no ministério de 
Jesus, o foco principal eram as pessoas, cuidar 
delas e apontar sempre o caminho da Salvação. 
Como Ele mesmo disse: "Eu sou o caminho, e 
a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão 
por mim", João 14.6
Objetivo: Introdução à lição 10 - Jesus veio 
salvar quem está perdido
Materiais: Uma venda para os olhos, um cartaz 
com o título "SALVAÇÃO".
Atividade: Esta é uma brincadeira bem conhe­
cida e pode ser aplicada aos nossos alunos, pois 
eles amam desafios. Você vai colocar o cartaz no 
chão a uma certa distância do aluno, que colocará 
a venda nos seus olhos. Ele vai rodar três vezes 
e caminhar até ficar encima do cartaz, apenas 
seguindo as orientações dos seus colegas, que 
tentarão dificultá-lo. Se a turma for grande, você 
poderá colocar mais de um aluno com as vendas. 
Faça aplicação e inicie a lição.
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3 4 ENSINADOR Cristão
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Caro professor, os laços de amizades devem 
sempre ser valorizados em nossas lições, pois o 
relacionamento foi muito valorizado por Jesus. 
Durante o seu ministério, Jesus possuía doze 
amigos que O auxiliavam em tudo. Por isso, é 
importante que seus alunos saibam quem são 
estes amigos, a importância da amizade e como 
era o relacionamento entre eles e Jesus. Convide- 
-os para conhecê-los.
Objetivo: Introduzir a lição.
Material: Papel sulfite A4, tesoura e canetinha.
Atividade: Nossa proposta é que o aluno 
grave os nomes dos amigos de Jesus. Dobre 
umas 2 folhas no sentido vertical no formato de 
sanfona com ócm de largura. Recorte o modelo 
abaixo e copie na folha dobrada e recorte. Ao 
total, você precisará ter 12 homenzinhos de mãos 
dadas. No verso de cada um você escreverá um 
nome de um amigo de Jesus (os 12 apóstolos). 
Apresente os homenzinhos recortados e inicie a 
aula contando assim: "Jesus tinha uma amizade 
mais próxima com João, o discípulo amado, e 
também com Pedro e Tiago, filho de Zebedeu 
(aponte para). Em algumas ocasiões, Jesus levou 
apenas esses três consigo (Mateus 17.1-2). Ele 
tinha uma intimidade especial com eles e con­
fiava na discrição deles. Além dos 12 apóstolos, 
havia outros amigos como Lázaro, Marta e Maria, 
por exemplo. Hoje, Jesus convida para que nós 
sejamos seus amigos também. Quem aqui quer 
ser amigo de Jesus?"
Faça a aplicação e encerre.
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JESU S CRISTO 
O MELHOR 
MODELO
Professor, os adolescentes estão vivencian- 
do um período onde os relacionamentos são 
fundamentais para a construção de quem ele 
será. Por isso é tão importante ensinar-lhes a 
compreenderem o poder da unidade da igreja. É
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isso que a Bíblia nos ensina: "O Deus que concede 
perseverança e ânimo dê a vocês um espírito de 
unidade, segundo Cristo Jesus, para que com 
um só coração e uma só voz vocês glorifiquem 
ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" 
(Rm 15.5-6).
Material: Papel ofício e caneta esferográfica
Objetivo: Introdução da lição 5 - A unidade 
na Diferença
Atividade: Recorte o papel em pequenos pe­
daços e, sem que ninguém veja, escreva o mesmo
ENSINADOR Cristão 35
número em todos os pedaços de papel, dobre-os 
e coloque-os em um copo. Cada aluno deverá 
tirar um papel, abrir e ver sem deixar o colega 
saber. Eles terão o mesmo número, porém não 
sabem. Você deverá orientá-los que, ao ouvir o 
seu número, deverão escolher alguém e abraçá-lo.
C o m ece cham ando núm eros aleatórios, 
menos o número que está nos papéis. Quando 
você finalmente disser o número, todos deverão 
se abraçar, pois têm o mesmo número. Texto 
sugerido: "Portanto, se há algum conforto em 
Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma 
comunhão no Espírito, se alguns entranháveis 
afetos e compaixões, completai o meu gozo, 
para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, 
o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa" (Fp 
2.1.2). Faça a conclusão e encerre.
Ip s p
M9R
&
§111 \ v :
PROFETAS O que anunciaram ou 
denunciaram?
Como foram 
conhecidos
Oseías O mau relacionam ento de Deus 
com 0 seu povo. O profeta do amor
Joel O Pentecoste O Profeta do Pentecoste
Am ós A corrupção na política e a falta 
de justiça social. O Profeta da Justiça
Obadias Que vontade de Deus é soberana! 0 que fez cessar a zombaria
Jonas O Orgulho humano O Profeta Missionário
Miquéias A Misericórdia de Deus O Profeta dos Pobres
, Naum O Juízo de Deus O Poeta
Habacuque A s queixas de um profeta O filósofo
Sofonias O juízo de Deus é para todos! O Orador
| Ageu O povo da aliança tem responsa­
bilidades com Deus
O Profeta da construção 
do templo
Zacarias O reino do M essias está por vir! O vidente
Malaquias O valor da família O conferencista
#
J. Telma Bueno 
Pedagoga, jornalista, 
Bacharel em Teologia e 
editora das revistas de 
Jovens e Maternal da 
CPAD. Palestrante dasSr ' «fe*
conferências da CPAD,
■CAPED e autora da Casa.
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Simone Maia 
‘ Bacharel em Pedagogia 
i (UCB) e Teologia 
(IBADERJ), professora 
de ED e assistente de 
redação da CPAD
A RAÇA 
HUMANA:
O R IG E M , 
D O U T R IN A E 
R E D E N Ç Ã O
Envie sua carta ou email para CPAD 
Suas críticas e sugestões são muito 
importantes para a equipe de produção 
de Ensínador Cristão.
Av. Brasil, 34.401, Bangu - 21852-000 - Rio de janeiro 
ensinador@cpad.com.br
TeL;212406-7371 / Fax: 212406-7370
Iniciaremos mais um trimestre. O primeiro do pre­
sente ano. É um momento importante para a reflexão 
do que foi feito ao longo do ano passado o que deve 
ser feito em relação ao ano que inicia.
O assunto do nosso trimestre é sobre da doutrina 
bíblica do homem, um tema importante da Teologia 
Sistemática. Para isso, você deve reunir bons livros de 
Teologia Sistemática, de preferência sob a perspectiva 
pentecostal, bem como uma boa Teologia Bíblica do 
Antigo Testamento. Planeje suas aulas para o trimestre e 
aprofunde a sua pesquisa acerca do tema. Assim, você 
e seus alunos crescerão ao longo do trimestre.
Resumo trim estre
Ao longo de 13 lições, estudaremos a doutrina bíblica 
do homem. De maneira geral, veremos que Deus criou 
o homem e este caiu; todavia, em seguida, o Altíssimo 
prometeu-lhe a salvação. A história do homem é uma 
história de criação, queda e redenção.
Nesse sentido, a primeira lição é uma introdução ao 
tema, focando logo em seguida em Adão, o primeiro 
ser humano. A segunda lição versa sobre a criação da 
mulher, Eva. A terceira, a respeito da natureza humana, 
sua constituição: corpo, alma e espírito. A quarta, dos 
atributos do ser humano: espiritualidade, racionalidade, 
sociabilidade, liberdade e criatividade. A quinta, da 
unidade da Raça Humana, com ênfase em sua unidade 
linguística original. A sexta, da sexualidade humana: 
objetivos e distorções da sexualidade. A sétima, da 
Queda do ser humano: livre-arbítrio e consequências. 
A oitava, da fundação da civilização humana, ou seja, 
sua origem, conflito e intervenção divina. A nona, o pri­
meiro projeto global: Babel e a intervenção de Deus. A 
décima, do Evangelho que pode transformar a cultura. 
A lição 11, acerca do homem do pecado e sua missão.
A lição l2, de Jesus o homem perfeito: verdadeiro 
Deus e verdadeiro homem. Finalmente, a lição 13 aborda 
o Novo Homem em Jesus Cristo, ou seja, conversão, 
justificação e santificação. Assim, você pode planejar 
o trimestre a partir do olhar o todo da lição.
Liçõo 1
A primeira lição tem o objetivo de apresentar os con­
ceitos e os objetivos da doutrina bíblica do homem. Por 
isso, ela introduz o assunto. Entretanto, a lição perpassa 
a criação dos Céus e da Terra, a criação do homem e 
sua missão. É possível, aqui, fazer uma reflexão bíblica 
acerca do sentido da vida. Por que o homem foi criado?
36 ENSÍNADOR Cristão
mailto:ensinador@cpad.com.br
Esta lição tem como tema central Eva, a primeira 
mulher. É muito importante ter uma visão bíblica e correta 
acerca da mulher. Sua posição na criação, na família e 
na sociedade. Aos olhos de Deus, não há diferença de 
valor entre homem e mulher.
Resumo do lição
A lição procura mostrar que a mulher foi um projeto 
executado por Deus desde o princípio. Para isso, a 
lição apresenta o primeiro tópico a respeito da mulher 
no plano de Deus. Em seguida, no segundo tópico, 
descreve a criação da mulher. E, finalmente, no terceiro 
tópico, aponta a missão da mulher.
Para apresentar a mulher no plano de Deus, o pri­
meiro tópico ressalta que a criação da mulher não foi 
um ato improvisado de Deus, mas planejado desde o 
início. O tópico enfatiza a decisão de Deus em criar a 
mulher e sua constituição como pessoa.
Para descrever a criação da mulher, o segundo 
tópico traz o relato de Gênesis em expressão médica, 
objetivando dar clareza à compreensão do relato bíblico: 
o uso de uma "anestesia" natural, um procedimento 
cirúrgico e a inauguração da engenharia genética.
Para apontar a missão da mulher, o terceiro tópico 
enfatiza que Deus criou a mulher para cumprir a missão 
de mãe, de esposa e de súdita no Reino de Deus.
Assim, a lição conclui que tanto o homem quanto 
a mulher se complementam e igualmente são impres­
cindíveis ao Reino de Deus.
Uma sugestão
Para aprofundar em seus estudos, leve em conta este 
fragmento: "Como historiador e estudioso da Bíblia, posso 
afirmar que, se há lugares onde mulheres desfrutem de muitas 
das mesmas liberdades atuais que os homens, isso só foi 
possível por causa de Jesus Cristo e sua influência no mundo. 
Quando Jesus veio, Ele enalteceu as mulheres. Jesus não foi 
um político revolucionário, como alguns de seus seguidores 
desejavam. [...] Ele não superaria os poderes do mal por 
meio da força bruta, mas através do amor e da igualdade, 
ao mudar o DNA espiritual central da sociedade. Foi sua 
mensagem que cativou corações e mentes, reprimiu os 
preconceitos sociais e revolucionou as práticas antigas, 
dentre as quais estava o tratamento horrendo dado às 
mulheres. Sem a influência de Jesus, as mulheres provavel­
mente teriam permanecido sem liberdade" (JOHNSTON, 
Jeremiah J. Inimaginável: o que nosso mundo seria sem o 
cristianismo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.195).
O ser humano é um ser tricotômico. Ele não é só 
corpo, nem muito menos só alma ou só espírito. Ele é 
constituído de corpo, alma e espírito; portanto, um ser 
integral. É assim que as Escrituras mostram o ser humano.
Resumo do lição
Nesta lição, temos os objetivos de mostrar a comple­
xidade do ser humano, bem como elencar as caracte­
rísticas do corpo humano; destacar que alma é o nosso 
elo com o mundo exterior; e relacionar o espírito com o 
nosso contato direto com Deus. Esses objetivos suprirão 
o propósito de afirmar a complexidade humana, que 
passa pela materialidade e imaterialidade do ser que 
se revelam na constituição do corpo, alma e espírito, 
isto é, da pessoa humana.
Assim, para mostrar a com plexidade humana e 
elencar as características do corpo humano respectiva­
mente, em primeiro lugar, o primeiro tópico mostra que 
a natureza do ser humano é distinta tanto em relação a 
Deus quanto em relação aos anjos; em segundo lugar, 
o segundo tópico elenca as seguintes características do 
corpo humano: materialidade, visibilidade e mortalidade.
O terceiro tópico destaca que a alma é o nosso elo 
com o mundo exterior, revelando que a sua separação 
do corpo provoca a morte. Nesse sentido, não há pessoa 
humana sem a união da alma (e do espírito) e do corpo.
O quarto tópico relaciona o espírito como a sede da 
nossa comunhão com Deus, o elemento que faz com 
que nos liguemos com as coisas espirituais e divinas.
Aprofundando o temo
Com base em 1 Tessalonicenses 5.23 e Hebreus4.12, 
nós, os assembleianos, compreendemos que o ser humano 
é corpo, alma e espírito. Mas há irmãos que entendem 
que ele não é tricotômico (composto de três partes), mas 
dicotômico (composto de duas partes). Acerca disso, o 
teólogo pentecostal, Myer Pearman, em "Conhecendo 
as Doutrinas da Bíblia", escreve: "Embora distintos, o 
espírito e a alma são inseparáveis, pois permeiam e in- 
terpenetram um ao outro. Por estarem tão interligados, 
as palavras 'espírito' e 'alma' muitas vezes confundem-se 
(Ec 12.7; Ap 6.9), de maneira que um trecho descreve-se 
a substância espiritual do homem como alma (Mt 10.28) 
e em outra passagem, como espírito (Tg 2.26)". Logo, a 
razão de os termos alternarem-se entre si, não significa que 
ambos sejam sinônimos, como bem demonstra Pearman. 
Entretanto, como alma e espírito são inseparáveis, só a 
Palavra de Deus pode distingui-los (Hb 4.12).
ENSINADOR Cristão 37
O dicionário Caldas Aulete conceitua a palavra 
atributo como "aquilo que é próprio de alguém ou de 
algo, [...] característica, qualidade, condição de algo ou 
alguém". Esta lição tem o propósito de explorar alguns 
dos atributos humanos que são perceptíveis com o seu 
desenvolvimento. Assim, veremos que o ser humano 
espiritual, racional, livre e criativo.
Resumo do lição
Os objetivos da presente lição passam explicar a 
espiritualidade humana, radiografar a racionalidade 
humana, expor a sociabilidade humana, aclarar a li­
berdade humana e pontuar o trabalho e a criatividade 
humana. Todos esses objetivos têm o propósito mostrar 
a complexidade do ser humano.
O primeiro tópico explica a origem divina do espírito 
humano e, por isso, a pessoa humana anseia pelo Pai 
Celeste. O segundotópico radiografa a racionalidade, 
apresentando Deus como um ser racional e, afirmando 
assim, a perfeita harmonia entre a genuína razão e a 
fé bíblica. O terceiro tópico expõe que Deus criou os 
seres humanos gregários e sociais; assim, a solidão é 
contrária à natureza humana. O quarto tópico mostra 
aclara a questão do livre-arbítrio, mostrando Deus o 
concedeu ao ser humano para que ele escolhesse entre 
o bem e o mal. E, finalmente, o quinto tópico pontua 
que através do trabalho, e por meio de sua criatividade, 
o ser humano transforma e preserva a terra.
Espiritualidade, racionalidade, sociabilidade, liberda­
de e criatividade são palavras que revelam os atributos 
humanos concedidos pelo Criador a fim de que ele se 
desenvolva no mundo.
Para apro fundar o tema
Para aprofundar melhor o tema do trabalho, destaca­
mos aqui uma reflexão acerca da vocação para o trabalho 
que pode ser um excelente ponto de partida para uma 
cosmovisão pentecostal a respeito da vida em sociedade. 
Com a palavra Miroslav Volf, da obra "Panorama do Pensa­
mento Critão": "Todos os tipos de trabalho têm dignidade 
igual. O trabalho religioso (como pregar ou ensinar num 
seminário) não é melhor que o trabalho secular (como 
assar pão ou construir pontes); ambos são igualmente 
bons se forem feitos em resposta ao dom e chamada do 
Espírito de Deus" (p.229). Assim, se fomos chamados à 
"andar no Espírito", isso passa também pelo trabalho 
que executamos. Uma cosmovisão do crente pentecostal 
deve levar em conta que tudo o que ele fizer no mundo 
tem a ver com a sua vocação oriunda do Espírito Santo.
As Sagradas Escrituras mostram que o ser humano 
veio de um único casal: Adão e Eva. Neles está a origem 
de nossa raça. A historicidade de Adão e Eva mostra a 
unidade racial do ser humano, sua unidade linguística 
e, por intermédio da cruz, a unidade com nosso Senhor 
Jesus Cristo.
Resumo da lição
Não se pode perder de vista o objetivo geral da 
lição que é o de esclarecer que toda humanidade pro­
vém de um único casal: Adão e Eva. Para atingir esse 
objetivo, a lição precisa cumprir outros três específicos. 
No primeiro tópico, apresentar a unidade racial do 
ser humano. No segundo, discorrer sobre a unidade 
linguística original da humanidade. No terceiro, refletir 
sobre a unidade em Cristo.
O ponto central, como mencionamos anteriormente, 
é que toda a humanidade provém de Adão e Eva. Para 
isso converge toda a lição.
Nesse sentido, para atingir o primeiro objetivo, o 
tópico um apresenta que a origem divina do homem, 
sua unidade racial e psicológica corroboram a unidade 
humana. No tópico dois, está presente a perspectiva 
de que houve uma língua primeva, seguida de uma 
confusão linguística. E que é possível perceber seus 
indícios nos diversos idiomas presentes. Finalmente, 
no terceiro tópico, há a reflexão de que todos os seres 
humanos acham-se ligados em Adão quanto ao pecado, 
e em Cristo quanto à redenção.
Para a ap ro fundar o tema
Se em Adão todos pecaram, em Jesus todos têm a 
oportunidade de obter a vida eterna. Essa correlação 
entre o Adão do Antigo e o Adão do Novo, Jesus 
Cristo, estabelece o fundamento teológico de uma 
das doutrinas mais importantes do evangelicalismo: 
a salvação. A Bíblia mostra que Jesus se entregou por 
todos e que Deus quer todos os homens sejam salvos 
(1 Tm 2.4,6). Que Jesus é a propiciação para o mundo 
(1 Tm 2.2). Entretanto, há um ponto importante. Embora 
a salvação esteja disponível a todos, ela só é eficaz aos 
que se arrependem e creem.
Nessa relação soteriológica vemos a unidade racial 
do ser humano. Em Adão estávamos ligados pelo 
pecado. Em Cristo, estamos ligados pela redenção. 
Essa é uma correlação maravilhosa. Pois em Cristo, 
os que se arrependem e creem estão predestinados 
à vida eterna. Se o pecado veio por Adão, a redenção 
veio por Cristo.
38 ENSINADOR Cristão
Deus formou o homem e a mulher e constituiu o 
sexo para que ambos pudessem desfrutá-lo dentro 
do matrimônio. Esse foi o projeto original do Criador. 
Qualquer relação humana que subverta esse padrão 
toma o caminho da contrariedade ao plano divino. 
Nesse sentido, podemos afirmar que o sexo tem o 
objetivo biológico, no sentido de garantir a procriação; 
mas também o objetivo recreativo para que o homem 
e a mulher se alegrem no matrimônio; e, finalmente, 
tem o objetivo de, como em tudo na vida do crente, 
glorificar a Deus.
Atenção poro os objetivos
Neste lição, temos o objetivo geral de mostrar ao 
aluno que o sexo foi criado por Deus para ser desfruta­
do dentro do matrimônio. Para alcançar esse objetivo 
macro, devemos priorizar os objetivos micros. Ou seja, 
em primeiro lugar, conceituar a palavra sexo e enfatizar 
que Deus criou apenas dois sexos; em segundo lugar, 
elencar os objetivos da sexualidade humana; e, final­
mente, apontar as distorções da sexualidade. Tudo 
isso está amarrado para atingir o ponto central da 
lição: a sexualidade humana tem por objetivo a união 
do homem e da mulher, a reprodução da espécie e a 
glorificação a Deus.
Resumo e perspectivas da lição
Por isso, no primeiro tópico, está claro que ao criar o 
ser humano, o Criador estabeleceu apenas dois sexos: 
o masculino e o feminino. Esse tópico quer deixar bem 
claro que a distinção entre homem e mulher, masculino 
e feminino, é algo feito pelo o próprio Criador. No 
segundo tópico, os objetivos do sexo são elencados: 
a procriação, a união conjugal e a glória de Deus. Na 
perspectiva divina, o sexo tem o objetivo de perpetuar 
a espécie humana, de garantir a recreação e o prazer 
entre o homem e a mulher no matrimônio e, finalmen­
te, glorificar a Deus por tão maravilhosa bênção. No 
terceiro e último tópico, é expostas as distorções da 
sexualidade, mostrando que elas perpassam a forni- 
cação, o adultério, o homossexualismo e a ideologia 
de gênero. O que significa dizer que o sexo entre 
solteiros vai contra o plano de Deus para o homem e 
a mulher; que o sexo fora do casamento, entre casado 
com solteiros ou com outras pessoas casadas, é uma 
afronta a Deus e ao cônjuge; que a relação homossexual 
viola o padrão da santidade divina; e que, finalmente, 
Deus criou o homem e a mulher com sexos e papéis 
plausivelmente distintos.
A perspectiva das Escrituras quanto a natureza 
humana é realista: o ser humano é inclinado ao mal. A 
Bíblia diz que o ser humano foi manchado totalmente 
pelo pecado. Seu interior foi corrompido pela malda­
de. A natureza humana, nesse sentido, é má por causa 
do pecado. As Escrituras revelam que só por meio de 
Jesus Cristo há redenção para o ser humano caído. 
A Bíblia diz que Deus quer todo o homem seja salvo. 
Só o Evangelho pode remover a mancha do pecado.
Não ignore as objetivos
Para mostrar essa realidade a lição deseja cons­
cientizar os alunos acerca da gravidade do pecado. 
Para realizar essa conscientização temos três objetivos 
específicos para atingir. O primeiro, relacionar o livre- 
-arbítrio com a soberania divina. O segundo, apresentar 
a Queda como um evento histórico e literal. Em terceiro, 
pontuar as consequências da queda de Adão. Assim, 
podemos perceber que tudo na lição concorre para o 
seguinte ponto: a queda humana representou a perda 
do completo domínio do homem sobre a criação e o 
tornou vulnerável à morte.
Resumo da lição e perspectivas
O primeiro tópico relaciona o livre-arbítrio com a so­
berania divina, mostrando que entre os dois encontra-se 
a responsabilidade humana. Isso significa reconhecer que 
a soberania divina não anula a responsabilidade humana.
O segundo tópico, ao apresentar a literalidade da 
Queda, destaca a possibilidade da queda, a realidade da 
tentação e a historicidade da queda. Ou seja, a Queda 
humana foi literal, sua história narrada no Gênesis é 
realista. Como disse um grande pensador cristão: "a 
doutrina do pecado original talvez seja a única doutrina 
do cristianismo que pode ser provada empiricamente". 
Ora, em cada esquina é possível ver a maldade humana 
manifestada no homicídio, na imoralidade,no roubo.
E, finalm ente, o terceiro tópico, ao pontuar as 
consequências do pecado, destaca: a consciência do 
pecado, a perda da comunhão com Deus, a transmissão 
do pecado às gerações subsequentes, a enfermidade da 
terra e, finalmente, a morte física. Todos esses pontos 
mostram a universalidade do pecado. Sua perspectiva 
psicológica, a consciência do pecado; a inclinação para 
a idolatria, a perda da comunhão com Deus; a conde­
nação da humanidade, a transmissão do pecado para 
gerações; a poluição do Meio Ambiente e o sofrimento 
da Terra, a enfermidade da Terra; e a morte como o 
salário do pecado, a morte física.
ENSINADOR Cristão 39
O IN IC ÍO DÁ C IVILIZACA
■ H H H h u m à TTÃ I
O PRIMEIRO PROJETO
■ d e ó l ò b ã l is W S ,
"E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, 
e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a" é o 
que está escrito em Gênesis 1,28a. Do casal primevo, 
Deus planejou a raça humana. Sua ordem: frutificar e 
multiplicar. Aqui, está implícito a fundação da civilização 
humana. O que significa criar cultura, estabelecer um 
conjunto de realizações espirituais, morais e materiais.
Atenção poro os objetivos
O objetivo geral da lição é esclarecer que Deus 
intervém na civilização humana. Para promover esse 
objetivo a lição traz mais três que apresentam o as­
sunto de maneira específica. O primeiro, conceituar a 
origem da civilização humana. O segundo, correlacionar 
civilização e conflito. E o terceiro, demonstrar o Deus 
que intervém na civilização. Assim, uma das principais 
funções do ser humano é fundar uma sociedade que 
glorifique a Deus. Ao menos essa deveria ser a grande 
missão da civilização humana.
Resumo do lição e perspectivos
No primeiro tópico, para conceituar a expressão 
"civilização humana", você deve expor que a civilização 
é o conjunto de realizações espirituais, morais, sociais, 
materiais e econômicas da vida humana num lugar. Ou 
seja, tudo o que foi produzido ao longo dos séculos, 
em perspectiva religiosa, política e cultural, constitui a 
civilização humana.
No segundo tópico, há a correlação entre civilização 
e conflito. A Bíblia mostra a civilização de Caim, na 
pessoa de Enoque, neto de Caim, conflitos violentos 
enormes. Ainda que tal civilização fosse tecnologica- 
mente avançada para a época, o conflito humano vem 
desde o início da civilização humana. As guerras foram 
uma tendência na história do ser humano. Isso mostra o 
quanto o pecado que atingiu o ser humano o desabilitou 
a fazer a vontade de Deus.
No terceiro tópico, Deus é Aquele que continua 
a intervir na história humana em Cristo. Mediante seu 
Filho, Deus salvou homens e mulheres, imputando-lhe 
uma nova natureza. A maneira de pensar e agir se faz 
outra. Em Cristo, o ser humano tem a oportunidade de 
fazer a vontade de Deus, cultivar cultura, valores morais 
e espirituais que honrem e glorifiquem a Deus.
A história do ser humano nas Escrituras mostra que 
o homem falhou nesse propósito. Mas, em Cristo, com 
uma natureza regenerada pelo Espírito Santo, isso é 
possível.
Há pessoas tão ricas e poderosas que acreditam 
piamente que podem influenciar e, até mesmo, determi­
nar fatos no mundo. Isso não é novo, pois as Escrituras 
revelam homens que intentaram construir um "mundo 
particular" em que Deus não faria mais parte dele. Seria 
o primeiro projeto global de poder narrado em Gênesis 
e denominado de a Torre de Babel.
Nesta oportunidade, queremos evidenciar que o 
globalismo afronta os propósitos de Deus no mun­
do. Esse é o nosso ponto central da lição. Todos os 
outros objetivos convergem para isso. Nesse sen­
tido, o primeiro objetivo específico de nossa lição 
é apresentar a segunda civilização humana a partir 
de Noé, pois é a partir de nosso querido patriarca 
que os seres humanos se multiplicam no mundo. O 
segundo, explicar o globalismo de Babel, no que ele 
consistiu e se ele foi bem-sucedido no seu intento. 
O terceiro é mostrar, que a despeito da rebelião do 
ser humano, Deus intervém em sua história como fez 
no episódio da Torre de Babel.
Resumo do lição e perspectivas
Para apresentar a segunda civilização humana a 
partir de Noé, o primeiro tópico mostra que o filho mais 
novo do patriarca rebelou-se e inaugurou outro período 
de decadência e apostasia aos mandamentos divinos. 
Sim, a segunda civilização humana, a que veio depois 
da geração do dilúvio, seria marcada pela decadência e 
apostasia. Uma sociedade que, de maneira deliberada, 
afrontaria os planos de Deus.
Para explicar o globalismo de Babel, no que ele 
consistiu, o segundo tópico informa que a civilização 
de Noé dispunha de grandes elementos para forjar uma 
sociedade globalista: uma só língua, um só povo e uma 
só cultura. Era tudo o que aquela sociedade precisava 
para se fechar em si mesma e dar seguimento ao mais 
ousado plano de poder global no mundo. Deus não 
assistiría a esse plano de maneira passiva.
Assim, para mostrar que Deus interviu no episódio 
da Torre de Babel, contra a rebelião dos homens, o ter­
ceiro tópico destaca que a intervenção divina consistiu 
na confusão de língua, fazendo gerar a partir desse 
fenômeno várias outras línguas e, consequentemente, 
a dispersão dos descendentes de Noé.
Deus continua soberano no mundo. Ainda que os 
intentos humanos tenha aparência de resiliência, eles 
duram até o próprio Deus intervir soberanamente.
4 0 ENSINADOR Cristão
Liçõo 10
A CULTURA HUMANA
Wmm
A cultura manifesta o que predomina na natureza do 
ser humano. Ali estão o seu olhar, pensamento, desejo 
e sentimento. Há uma inclinação clara para o mal na 
cultura do homem, pois este é manchado pelo pecado. 
Entretanto, há também sinais de coisas boas porque o 
ser humano carrega consigo a imagem de Deus. Por 
isso, esta lição tem o objetivo geral de demonstrar 
que a cultura pode ser transformada pelo Evangelho. 
Ora, o Evangelho redime o ser humano todo e, como 
consequência, faz com que ele produza cultura que 
glorifique maravilhosamente a Deus.
Para mostrar isso, temos ao menos três objetivos 
a atingir. O primeiro, definir a cultura. Trata-se de um 
conceito complexo, por isso, é preciso atenção para 
expor esse conceito. Segundo, tem o objetivo de des­
crever uma cultura dominada pela iniquidade, ou seja, 
suas marcas e características. E, finalmente, o último 
objetivo é mostrar que o Evangelho transforma a cultura.
Resumo do liçõo e perspectivas
No sentido de definir a palavra cultura, o primeiro 
tópico apresenta a palavra como a soma de todas as 
realizações humanas: espirituais, intelectuais, materiais 
etc. Em seguida, há um contraste entre a cultura gentílica 
e cultura do povo de Deus, destacando que este vive 
sempre para a glória de Deus.
Para descrever uma cultura dominada pela iniqui­
dade, o segundo tópico mostra que o homem foi feito 
para lavrar a terra e fazer cultura, mas, por causa do 
pecado, a cultura humana pôs-se contra Deus. O ser 
humano rebelou-se contra o seu Criador. A civilização 
pós-diluviana tinha como marca cultural o homicídio, o 
erotismo e o consumo irrefreado. Ou seja, seu pensa­
mento resumia-se ao aqui e o agora. Tudo isso revelado 
num modo de vida puramente materialista.
Para pontuar o poder transformador do Evange­
lho, o último tópico demonstra que Evangelho pode 
transformar a cultura dominada pela iniquidade. Para 
isso, o tópico apresenta que Jesus Cristo nasceu num 
contexto cultural oposto ao desígnio de Deus. A partir 
do exemplo dos crentes de Corinto, é possível perce­
ber o impacto que o Evangelho traz à vida de pessoas 
simples. A partir dessas pessoas qualquer instância 
pode ser transformada.
O Evangelho é poderoso para fazer coisas extraor­
dinárias. Ainda que vivamos em uma cultura oposta a 
nossa fé, Deus pode salvar pessoas e por meio delas 
recuperar uma cultura.
O Anticristo é o assunto central desta lição. É a en­
carnação do que há de mais maligno no mundo. Ele se 
opõe a tudo que está entorno de Cristo. Nesse sentido, 
apresentaremos o homem do pecado, o Anticristo,estudaremos sua missão na Terra e apontaremos sua 
destruição por ocasião da vinda de Jesus.
Resumo da Liçõo
Para atingir a esses objetivos, o primeiro tópico 
apresentará o anticristo como o "ungido" do Diabo, 
bem como a sua natureza. A Bíblia revela que essa 
natureza é maligna.
No segundo tópico é descrita a missão do homem 
do pecado. Essa missão passa pela oposição a Deus, a 
Israel, a Jesus Cristo e à Igreja. É o aprofundamento de 
toda perversidade contra o plano de Deus. O trabalho 
do Anticristo se resume em fazer oposição ferrenha 
a Deus e ao seu plano redentor para a humanidade.
O terceiro tópico apresenta a destruição do Anticris­
to, passando pela sua ascensão, auge e ruína imperial.
Aprofundando o tema
O Anticristo, o homem do pecado, é um personagem 
central no tempo da Grande Tribulação. Enquanto está 
ocorrendo no céu o Tribunal de Cristo e as Bodas do 
Cordeiro, na terra, após o Arrebatamento da Igreja, 
dar-se-á o início da Grande Tribulação. Será um período 
histórico de sete anos entre o Arrebatamento da Igreja 
de Cristo e a Segunda Vinda gloriosa de Jesus Cristo ao 
mundo. As Escrituras mostram que o tempo da Grande 
Tribulação será marcado como o tempo da "ira de Deus", 
da "indignação do Senhor", da "tentação", da "angús­
tia", de "destruição", de "trevas", de "desolação", de 
"transtorno" e de "punição" (1 Ts 1.10; Is 26.20,21; Ap 
3.10; Dn 12.1; 1 Ts 5.3; Am 5.18; Dn 9.27; Is 24.1-4,20,21). 
Será o tempo em que o Altíssimo intensificará os seus 
juízos àqueles que, conscientemente, se rebelaram 
contra o criador. Nesse sentido, podemos dizer que os 
propósitos da Grande Tribulação são: (1) fazer justiça, 
(2) preservar um pequeno grupo de pessoas fiéis, que 
sobreviveram aos ataques do Anticristo.
Deus derramará a sua ira na Grande Tribulação por 
intermédio da abertura dos selos (Ap 6), do toque das 
trombetas (que é o desdobramento do sétimo selo El Ap 
8 - 11) e do derramamento das taças (Ap 16). Então, a 
Grande Tribulação terá fim por ocasião da manifestação 
gloriosa do Filho de Deus nos Montes das Oliveiras (Zc 
14.1-7; Mt 24.22,29,30).
ENSINADOR Cristão 41
Marcelo Oliveira, 
revisor do Setor de 
Educação Cristã, 
comentarista do 
currículo Infanto- 
Juvenil e da revista 
Discipulando, 
bacharel em 
Teologia, licenciado 
em Letras e pós- 
graduando em 
Educação
Jesus é a pessoa mais importante que existiu no 
mundo. Ele veio em forma de uma criança, cresceu na 
graça e no conhecimento, diante de Deus e dos homens. 
Jesus iniciou o seu ministério com doze discípulos, pre­
gando o Reino de Deus por toda a Antiga Palestina. É 
impossível alguém ficar indiferente em relação ao seu 
ministério. Se os nossos alunos o conhecerem como 
descrevem as Escrituras, "rios de águas vivas fluirão 
do seu interior".
Jesus chamado “Cristo*
Jesus (que quer dizer "o salvador") é o "Messias" 
de Israel, isto é, o ungido de Deus Pai para redimir 
o povo de Israel e o "Cristo" para redimir o mundo: 
"Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a 
esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor 
e Cristo" (At 2.36). Jesus Cristo é o evento anunciado 
por João Batista: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o 
pecado do mundo" (Jo 1.29). Nele, a condenação eterna 
é apagada, as prisões psicológicas e emocionais são 
abertas. Nossa natureza humana pecaminosa, egoísta 
e perversa é completamente transformada.
O *10 9 0 5 “
O Evangelho afirma que só há verdadeira vida por in­
termédio do verbo vivo de Deus: Jesus Cristo, a vida eterna 
que pulsa de Deus para nós. É vida verdadeira que dá conta 
de todas as interrogações, questionamentos e dúvidas 
humanas. Mas o mundo não compreendeu o significado 
dessa vida, desse verbo e desse sentido último (Jo 1.5).
Para descrever esse evento extraordinário o apóstolo 
João usou um termo bem peculiar em o Novo Testamento, 
Logos, que quer dizer "verbo" ou "palavra". O apóstolo 
escreveu assim o primeiro versículo no seu Evangelho: 
"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e 
o Verbo era Deus" (Jo 1.1). Esse versículo descreve Jesus 
como o início de todas as coisas e o significado último 
da vida: "Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele 
nada do que foi feito se fez. Nele, estava a vida e a vida 
era a luz dos homens" (Jo 1.3,4). Segundo o Evangelho, 
só há verdadeira vida por intermédio do verbo vivo de 
Deus: Jesus Cristo, a vida que pulsa de Deus para nós. 
Só ele quem pode doar vida verdadeira. Só Ele quem 
dá conta de todas as interrogações, questionamentos 
e dúvidas humanas. Mas o mundo não compreendeu o 
significado dessa vida, desse verbo e desse sentido último 
(Jo 1.5). Mas para nós, os que cremos, o servo Jesus é 
Senhor e Cristo. Sejamos servos disponíveis no serviço, 
olhando sempre para o autor e consumador da nossa fé.
Nesta lição é preciso ressaltar que pela fé em Cristo o 
ser humano pode se tornar nova criatura. Nesse aspecto, 
o passado fica para trás e em Cristo tudo se faz novo. 
Então, passamos ter um novo olhar, uma nova atitude, 
um novo comportamento. Assim, ocorre a verdadeira 
conversão no Senhor.
O novo nascimento é uma das mais importantes 
doutrinas cristãs, pois ninguém pode fazer parte de 
Reino de Deus se não passar pelo processo de sincera 
conversão (Jo 3.3). É quando pela fé em Jesus experi­
mentamos uma metanoia, isto é, uma transformação 
que se inicia do interior para transbordar para o exterior. 
Os sentimentos egoístas do coração são substituídos 
por aquilo que agrada a Deus, os pensamentos passam 
pela renovação da nossa mente por ação do Espírito 
Santo, por isso, temos a mente de Cristo (1 Co 2.16). 
De fato, uma nova vida é implantada em nós. Destacar, 
exemplificar e explorar as verdades desse ensino deve 
ser o objetivo maior da presente aula.
O Novo Nascimento
Quando o ser humano é regenerado, o que acontece 
é uma ação decisiva e instantânea do Espírito Santo 
no ser humano. Podemos dizer que ocorre uma nova 
criação no interior humano: "Assim que, se alguém está 
em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; 
eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17). Chama-nos a 
atenção a expressão "nova criatura é". Significa que 
não "será", muito menos há qualquer ideia relativizada 
acerca da natureza do novo nascimento. Simplesmente 
a pessoa que está em Cristo "é uma nova criatura". De 
maneira decidida e espontânea ela foi regenerada pelo 
Espírito Santo e reconciliada com Deus por intermédio 
de Cristo Jesus (2 Co 5.19). Aqui está a garantia da real 
conversão, da marca de nova criação. Tal experiência é 
que traz na vida do novo convertido a certeza de que 
agora ele está seguro em Deus e nada poderá abalar 
a sua fé.
Um convite a desfrutar da presença de Deus
Deus fez tudo novo em nós. O que Ele faz é bom, 
agradável e perfeito. O nosso maior desafio é jamais 
deixar de convivermos diariamente com a presença dEle. 
É o elemento mais importante para a nossa sobrevivência 
espiritual. Por isso, não permitir que a frieza espiritual 
bata a porta da vida nem que a incredulidade invada 
a mente e escravize o coração, e que o Espírito Santo 
ensine a quem nasceu de novo são reflexões que devem 
ser exploradas ao longo da presente lição.
Z+2 ENSINADOR Cristõo
mm mm ® i mmmmmmm
. R M M K M Ü I W»K MWWMM: A M »
Cremos que as Escrituras 
foram inspiradas por Deus, 
dadas pelo seu Santo Espírito
A Bíblia Assembléias de Deus, além do texto sagrado e da Harpa Cristã, traz em um encarte 
colorido a história e a importância da denominação e também o resumo de sua Declaração de Fé. 
Em duas versões de capa e com quatro cores à escolha, esta Bíblia é ideal para aqueles que congregam 
e querem saber mais acerca das Assembléias de Deus no Brasil.
Conteúdo
Texto Bíblico na versão Almeida Revista e Corrigida; 
Harpa Cristã;
Encarte com:
História das Assembléias de Deus: Há mais de 100 anos servindo a Deus; 
Escola Dominical: a maior escola do mundo;
A organização das Assembléias de Deus no Brasil;
Resumo da Declaração de Fé.
Dois m odelosde capa;
Tamanho: 13,8 x 21 cm;
Capas couro simulado nas cores preta, vinho, marrom e rosa; 
Beira dourada e /ou prateada.
bíblia
ASSEMBLÉIA——-Dl ———
DEUSDEUS
• HARPA ÇRfSTÃ 
•QUEM SOMOS
RESUMO DA DECLARAÇÃO DE tà > HARPA CRISTÃ 
/ -QUEM SOMOS 
RESUMO DA DECLARAÇÃO DE Pê
DDD® 0800 021 73 73
www.cpad.com.br CPAD
PUBLICANDO
MOSTRANDO
© CAMINHO
PRODUZINDO
VIDA
http://www.cpad.com.br
Ar
tig
o A ED como promotora 
do Identidode j 
Pentescotal I i i ° i,
"De que maneira poderá 
o homem guardar puro o 
seu caminho? [...]"S1119.9.
1.0 que é identidade
Apesar da identidade ser en­
tendida como um elemento que 
fixa o com portam ento hegem ô­
nico de um grupo, o desenrolar 
da vida no âmbito cristão ou fora 
dele, acontece na esfera social, no 
espaço público, nos lugares onde 
as mais variadas perspectivas de 
vida se encontram , conflitam e/ 
ou sobrepõe-se umas nas outras. 
A ex istência humana acontece 
num cruzam ento de ideologias 
marcadas pelo espírito de época, 
fruto do quadro social, político, 
econôm ico e religioso que con­
figuram os contextos nos quais 
estamos inseridos. Nesse sentido, 
a identidade é algo inconcluso e 
tem caráter d inâm ico ,
A Escola Dominical é um espa­
ço de aprendizagem que prioriza 
o estudo da Bíblia, tendo como 
principal enfoque a vida cristã 
prática. Para alcançar este objetivo 
lança mão da Teologia Pentecostal 
explicada de forma simples e clara 
aos seus alunos. Essa sistemática de 
ensino tem sido a principal causa 
das Assembléias de Deus no Brasil 
conseguirem manter uma hegemo­
nia doutrinária e conseguirem ter, 
ainda que com alguns percalços, 
uma identidade pentecostal.
C laro que nas id en tid ad es, 
tanto de pessoas quanto de ins­
titu ições, não existem som ente 
características positivas, também 
estão embutidas algumas falhas 
e p ro b lem as, e tudo pode se 
cristalizar com a tradição, neste 
sen tid o , é p rec iso sem pre de 
novo ap licar um dos p rece itos 
da Reforma Protestante: "Igreja 
reformada, sempre se reforman­
d o " , é p reciso sem pre rever a 
identidade da igreja e verificar se 
ela reflete o evangelho de Cristo 
em todas as dimensões. Por esse 
motivo, é preciso pensar a iden­
tidade Assem bleiana a partir da
nos convoca a reafirmar as boas 
características da identidade e nos 
coloca diante dos nossos erros 
e nos convoca a uma constante 
renúncia e abandono de toda 
e qualquer prática que fere os 
princípios éticos que Deus requer 
do seu povo.
2.1 A importância do 
estudo bíblico
A leitura bíblica pentecostal 
não é feita somente com pressu­
postos racionais, mas com equi­
líbrio desde sempre foi efetuada 
na dinâmica da experiência com 
o Espírito Santo, neste sentido, 
cabe deixar que o Espírito Santo 
leve o coração do crente e da 
comunidade ao quebrantamento 
d iante de suas ve rd ad es, bem 
como ao conforto , tão peculiar 
à pessoa do Espírito Santo, pois 
o sola scriptura não existiría sem 
a iluminação e inspiração do so- 
lusSpiritu Sanctus,pois o Espírito
precário 
em bora sem pre de novo ela se 
fixa em valores comuns e duráveis 
do grupo social, para em seguida 
se modificar novamente.
2. Identidades o serem 
mantidos
Afirm ar a identidade pente­
costal é fazer a m anutenção do 
nosso sentido de ex istên c ia . E 
constantem ente d e ixa r que as 
nossas vidas, de modo individual, 
e a vida da igreja como um todo, 
sejam continuamente confrontadas
ED , fo rta lecendo o que é bom com a ve rd ad e do evan g e lho , Santo ,sendo Deus, é m aior do
e transform ando o que requer única id en tid ad e d igna de se r que a escritura, mas ambos são
mudança. p reservad a . Uma verdad e que maiores do que a experiência.
2.2 - O cuidado com os 
doutrinos calvinistas
O calvin ism o é um ramo da 
igreja cristã muito piedoso e apli­
cado aos estudos bíblicos e teoló­
gicos, entretanto algumas idéias 
centrais deste modelo teológico 
estão em confronto com as idéias 
pentecostais e são irreconciliáveis. 
Neste sentido, deve-se respeitar o 
que eles pensam, livre de atitudes 
combativas ou beligerantes, mas 
ensinar corretamente as verdades 
p en teco sta is , tão be lam ente 
esb o çad as na d ec la ração de 
fé lançada pela Editora CPAD. 
Este perigo é presente especial­
mente entre os jovens Assem- 
bleianos, que ficam encantados 
com a organização sistemática 
das doutrinas calvinistas, pois 
gera lm ente não veem esta 
organização em sua igreja.
2.3- Incentivo às expe­
riências pentecostais
Como consequência dire­
ta do item anterior,
su rg e o cessa- 
cionismo, amplamente 
d ivu lgado pelos irm ãos 
calvinistas, fazendo com 
que uma parte das AD's 
co m ecem a e n xe rg a r 
com desconfiança e/ou 
medo as manifestações 
extáticas da experiência 
pentecostal. Em nome 
da ordem no culto e 
para evitar meninices 
e b izarrices, que d e­
vem ser com batidas 
mesmo, usam-se ar­
gumentos que inibem 
qualquer demonstra­
ção de êxtase ou ex­
periência que possa
acontecer no culto ou fora dele. 
Se engessarm os a liberdade do 
Espírito Santo nada sobrará da 
vivacidade do pentecostalism o. 
Isso é ind icativo de que na ED 
pode-se ensinar nosso povo a 
se render à influência do Espírito 
Santo de forma inteligente.
No livro de João 3.8, Jesus diz 
"o vento sopra onde quer, ouves 
a sua voz, mas não sabes donde 
vem , nem para onde vai, assim 
é todo que é nascido do Espíri­
to " , dando-nos a entender que 
o Espírito Santo é incontrolável, 
imprevisível, seus direcionamen­
tos não podem ser ca lcu lados 
e transpassam a inteligibilidade 
humana, mas ao mesmo tem po 
age em simbiose com a inteligên­
cia humana.
2.4 - Profundidade 
teológico nos pregações e 
ensinos
Com tod o 
o acesso à teo lo g ia 
que temos hoje não cabe mais 
a desculpa de que muita gente 
não considera uma instrução bem 
elaborada como sendo da parte 
de Deus. O acesso e facilidade 
com que hoje se tem à Teologia 
deveria serv ir de incentivo aos 
líderes e pastores de promoverem 
um amplo acesso à uma teologia 
pentecostal. Isso levaria à ensinos e 
pregações melhor fundamentadas 
nas escrituras e consequentemente 
geraria um melhor aproveitamento 
por parte do povo. A educação 
teológica deve ser vista com se­
riedade, pois sua pouca im por­
tância perm ite a ascensão dos 
teólogos cessacionistas, liberais e 
tradicionalistas, que geram atraso 
para o crescim ento saudável do 
movimento pentecostal.
CONCLUSÃO
A preservação da iden­
tidade pentecostal tem 
resultados abrangentes 
entre os crentes, pois 
a m arca p rin c ip a l da 
Assembléia de Deus foi 
a democratização do Es­
pírito, conferindo novo 
sentido de existência , 
todos sentem-se auto­
rizados a falar, porque 
é o Espírito quem fala 
por todos, consequen­
tem en te , o senso de 
re levância pessoal na 
sociedade preenche a 
existência de cada um.
Assim , cabe à educa­
ção proporcionada nas 
classes de Esco la D o­
minical preservarem e 
incentivarem as boas 
condutas da identidade 
pentecostal, permitindo 
que as novas gerações 
sigam o legado deixa­
do por esta igreja que 
incluiu milhões de pes­
soas no Reino de Deus. 
Isso sem esq uecer as 
novas dinâmicas sociais 
e espirituais que exigem 
novos modelos contex- 
tualizados de ser igreja
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ENSINADOR Cristão 4 5
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AD em CqcoqI: uma igreja 
que respira a essência da 
Escola Dominical
mÈSBÊÊÈÊISÊmí.
iscolQ D om inical e um instrum ento oe
oro as tam iüas e poro o socieaaae ron s É
i n m
í S f i a a s i a
....................
A Classe Ester é de irmãs casadas. Elas pnom 
zam a união e o amor ao próxrmo. Sao alunas
assíduas e criativas
Em 1971, a Assembléia de Deus 
em Cacoal (RO) foi fundada e, com 
ela, iniciava a Escola Dom inical. 
Hoje, o templo sede possui 1.117 
alunos matriculados, 105 professores 
e 20 colaboradores que todos os 
domingos dão suporte à ED. Sem 
contar as congregações. Todas 
possuem classes de ED também. 
Com 26 turmas, a Escola Dominical 
em Cacoalatende do berçário à 
terceira idade. Ela é liderada por 
dois superintendentes, o presbítero 
Claudinei da Rosa e o evangelista 
Daniel Muniz.
O presbítero Claudinei da Rosa, 
nos contou que o pastor anterior, 
Nelson Luchtenberg, presidente 
da Convenção de M inistros das 
Assem bléias de Deus em Rondô­
nia (Cem aderon), foi um grande 
impulsionador da ED em Cacoal, 
"ele nos deu a visão do potencial 
da Escola Dom inical para trans­
formar vidas".
Seg u nd o C la u d in e i, o p a s­
tor atual, Roberto A lves Varjão, 
"também é um amante da Escola 
Dom inical, investe, se envolve e 
apoia as ações. E le fala que 'o
pastor presidente é o aluno número 
1 da Escola Dominical' e sempre 
está presente. É notável que essa 
prontidão e vontade de ver esta 
escola crescendo e sem pre m e­
lhorando é um grande diferencial".
Estratégias que deram certo
A ED em Cacoal usa algumas 
estratégias para manter a assidui­
dade e interesse dos alunos. Dentre 
elas, o superintendente destaca o 
acolhimento e o reconhecimento. 
"N a abertura de cada trim estre, 
é oferecido um café da manhã a 
todas as classes com o objetivo de 
melhor integração entre o corpo 
docente, discente e visitantes. O 
departamento infantil serve lanche 
aos alunos todos os domingos antes 
do início das aulas. São desenvol­
vidos projetos como gincana ao 
final do trimestre relacionada ao 
tema estudado; para os menores 
há projeto para incentivar a criança 
a ter assiduidade, bem como trazer 
consigo Bíblia, oferta e visitantes; 
ao final de cada trimestre, os alunos 
que recebem maior pontuação são 
prem iados pelas professoras da 
classe. Também são realizadas pre- 
miações para alunos que não tem 
nenhuma falta durante o trimestre. 
São organizados encontros regula­
res com todos os departamentos 
e prem iações e reconhecim ento 
aos alunos que se destacam no 
em penho de estar na ED , como: 
culto de ação de graças com os 
alunos que concluem o discipulado; 
valorização das principais datas 
comemorativas, tais como: Missões,
Dia do Pastor, Dia da Bíblia, Dos 
Avós, Das Mães, dos Pais, Páscoa, 
Semana da Pátria etc".
Outra estratégia utilizada é o 
fortalecim ento espiritual e culto 
doméstico. "Para fortalecer a fé, a 
comunhão, o vínculo familiar e manter 
o bom princípio do culto doméstico, 
o departamento infantil trabalha o 
projeto 'Minha família é um projeto de 
Deus'. Ao final de cada ED um aluno 
da classe do departamento infantil 
é sorteado para levar uma maleta 
para casa contendo atividades que 
devem realizar durante a semana e 
que envolvem toda a família no culto 
dom éstico", explica o presbítero 
Claudinei.
O utro quesito utilizado por 
eles é a comunhão. "O departa­
mento Juvenil sempre está atento 
aos valores cristãos e fam iliares. 
A lém de palestras sobre o tema 
da família, este ano realizaram uma 
semana denominada 'Encontro de 
Gerações', em que os irmãos das 
classes da terceira idade realiza­
ram atividades em conjunto com 
os adolescentes. Foi uma grande 
bênção! Durante a semana aconte­
ceram oficinas, conversas e trocas 
de experiências entre as gerações. 
Curiosidades e perguntas. Adoles­
centes e anciãos saíram gratificados 
pelos m om entos de unidade e 
com unhão v iv idos", alegra-se o 
superintendente e diz que essas 
são só algumas estratégias.
Diferencial na ED
A ED em Cacoal tem algumas 
ações e s itu açõ es que são um
■I M
4 6 ENSINADOR Cristão
^mtZíZd°efZ2 Zam Clas~°lsaqu(
f r e q u e n te s e ^ t e r e s s a d o s n o T o m e ú d t 
m inistrado m e u d c
d iferencia l. C laud ine i lista para 
gente algum as. "Com o a igreja 
é mantenedora da Escola Daniel 
Berg , ela nos d isp on ib iliza sua 
estrutura para realização da ED , 
com ambiente climatizado e salas 
amplas, equipadas com recursos 
tecnológicos, que são utilizados 
pelos professores como meio de 
tornar as aulas atrativas; as clas­
ses são frequentadas por alunos 
membros da igreja e pessoas não 
evangélicas. Muitos dos frequentes, 
trazem membros da família ou vizi­
nhos, e motivados em aprender a 
Palavra; a estrutura organizacional 
é com posta pe lo pasto r p re s i­
dente, superintendência, equipe 
pedagógica e de planejam ento, 
coordenações específicas para os 
departam entos infantil e juvenil, 
secretários e equipes de apoio; 
realizamos um seminário de Escola 
Dominical anual com plenárias e 
oficinas, organizado com base nas 
necessidades d idático-pedagó- 
gicas, identificadas por meio de 
pesquisa feita com nossos pro­
fessores; Cacoal tem um histórico 
de líderes que sempre valorizaram 
a ED , sem pre foram aguerridos 
d e fe n so re s do ensino com o a 
principal form a de transm issão 
das ordenanças bíblicas".
"Não podemos dizer que a nos­
sa ED seja a maior ou melhor. Esse 
não é o nosso objetivo. Estamos 
trabalhando com afinco para que a 
Palavra do Senhor seja propagada 
e incutida na mente e no coração 
dos que a frequentam . A p esa r
de ter uma excelente estrutura e 
uma quantidade considerável de 
alunos matriculados, acreditamos 
que um dos d ife re n c ia is além 
da estrutura física , seja a q ua li­
ficação e dedicação dos nossos 
professores, são pessoas cheias do 
Espírito Santo e grande parte têm 
formação pedagógica e atuam na 
área educacional. Outro fator que 
muito nos ajuda são as equipes de 
apoio a escola, no organograma 
da nossa ED cada equ ipe sabe 
o que precisa ser feito para que 
o professor esteja suprido para 
uma aula no dom ingo", jubila o 
presbítero.
C laudinei diz que ainda tem 
pro jetos à serem im p lan tados. 
"Alm ejam os ter um momento de 
form ação continuada para pro­
fessores e colaboradores de toda 
nossa ED . Temos uma secretaria 
de Evangelismo atuante em nossa 
igreja e futuram ente querem os 
trabalhar mais com evangelism o 
na Escola. Com o dizia o saudoso 
pastor Antônio G ilberto 'a Escola 
Dom inical evangeliza enquanto 
ensina'. Q uerem os aproveitar o 
potencial dos alunos para ganhar­
mos mais almas para Cristo".
O líder da igreja, pastor Ro­
berto, fala sobre a importância da 
ED : "Uma igreja espiritualm ente 
saudável, prioriza o ensino. A ED 
em Cacoal tem com o m issão o 
ensino sistemático da Palavra para 
o fo rta lecim ento e crescim ento 
da vida espiritual de cada aluno. 
Acred itam os que assim a igreja
A cla sse F i^ o s d o R e i é form xri*
Escola Dominical;eles estão sempre ^
aos valores cristãos e familiares que a rgreja | 
tem ensinado por meio de palestras e e s t u d ^ f c
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A Classe R a q u e l ta m b é m é c o m p o s ta p o r l
m u lh eres ca sa da s. Elas in vestem no c o m p a - 1 
n heirism o e sã o alunas f re q u e n te s na E sc o
Dominical.
pmãè.
contribuirá na formação de prin­
cíp ios e valores na com unidade 
a qual está inserida. A ED é um 
instrumento de bênçãos para as 
famílias e consequentemente para 
a cidade. A grande importância que 
vejo é que podemos alcançar toda 
a família, e isso é extraordinário, 
pois se conseguirmos reunir todos 
para o aprendizado sistem ático 
da Palavra com certeza terem os 
famílias melhores, igrejas melhores 
e uma sociedade melhor".
■
ENSINADOR Cristõo Z+7
até mesmo leitores mais aprofundados em sua È
leitura e uso da Bíblia" (GORM AN, p. 19). Neste 
artigo, defenderei a posição de que todo professor .
de ED pode interpretar as Escrituras — com a ajuda do 
Espírito Santo — , desde que conheça alguns pressupostos 
hermenêuticos ortodoxos (cf. Mt 13.11; At 17.10,11).
Um entendimento claro desses princípios, relacionados com o méto­
do histórico-gramatical, "proporciona uma perspectiva mais equilibrada 
e uma capacidade para um diálogo mais significativo com os que creem 
de modo diferente" (VIRKLER, p. 35). Esse método, originado em Jesus 
e os apóstolos, sistematizado pelos pais da Igreja e aperfeiçoado pelos 
reform adores, tem sido adotado pelos exegetas p iedosos. Para estes, 
interpretar uma passagem bíblica corretam ente não denota dizer o que 
pensa dela, e simdescobrir seu sentido primário, literal, após um traba­
lho que inclui pesquisa, análise (contextual, formal e detalhada), síntese, 
reflexão, aprimoramento e ampliação.
Z+8 ENSINADOR Cristão
Quando lemos um texto , não podemos forçá- 
-lo a dizer que o que não diz. Valer-se do método 
histórico-gramatical significa examinar as passagens 
bíblicas como históricas e literais, a menos que seu 
próprio contexto indique que elas são alegóricas. 
Assim , quem faz exegese , além de contar com a 
indispensável ajuda do Paráclito, o Intérprete das 
Escrituras por excelência (Mt 22.29; 1 Co 2.9,10; 1 
Jo 2.20), precisa conhecer ferramentas epistemoló- 
gicas e metodológicas, como a Teologia (Exegética, 
Bíblica, Sistemática e Histórica) e a Crítica (Textual, 
Histórica e Literária).
Imaginemos que uma bula de remédio prescreva 
o seguinte: "Caso tome mais que a dose máxima 
diária (50 gotas), poderá ter um infarto". Podemos 
relativizar isso e dizer: "Eu interpreto que posso 
tomar 70 gotas"? Claro que não! Isso também vale 
para a interpretação das Escrituras. Diante disso, a 
fim de compreendermos melhor a importância do 
método histórico-gramatical — que sempre parte 
do pressuposto de que a Bíblia é a Palavra de Deus 
— , examinemos um pouco da História da Exegese.
Em Neemias 8.8 vemos o primeiro exemplo de 
professores fazendo exegese do texto sagrado. Como 
os israelitas, no período do exílio , provavelmente 
perderam a compreensão do hebraico, Esdras e sua
plenária (2 Tm 3.16,17)
equipe traduziam porções das Escrituras para o ara- 
maico e acrescentavam explicações para esclarecer 
o sentido. Mas, ainda naqueles dias, alguns escribas 
com eçaram a alegorizar o texto b íb lico . Embora 
tivessem grande reverência ao copiá-lo, passaram 
a usar um método heterodoxo, pelo qual atribuíam 
significado a cada detalhe incidental desse texto. 
Com isso, menosprezavam o sentido que o autor 
sagrado teve em mente, ao escrever.
No primeiro século d .C ., os exegetas judaicos 
acred itavam que cada passagem das Escrituras 
estava cheia de significado. Nesse caso, quando 
o Senhor andou na terra, deparou com essa ten­
dência alegorista, que se baseava na ideia de que 
o verdadeiro sentido do texto bíblico jaz sob seu 
significado literal. O Novo Testamento — a começar 
por Jesus Cristo — "lança a base para o método 
histórico-gramatical (gramático-histórico) da moderna 
hermenêutica evangélica" (VIRKLER, p. 43).
De modo geral, o Mestre tratava narrativas, in­
clusive as de Gênesis, como eventos históricos (Mt 
12.40; 19.4-6; 24.37,38). Quando fazia aplicações, as 
extraía do significado normal do texto, contrariando 
o alegorismo. Ele priorizou o que está escrito, e não 
a tradição (Mc 7.6-13; Mt 15.1-9; 7.28,29). Quanto aos 
apóstolos, consideravam as Escrituras como a Palavra
mssmmm
Ciro Sanches Zibordi, 
pastor, escritor 
membro da Casa 
de Letras Emílio 
Conde e da Academia 
Evangélica de Letras 
do Brasil. Autor de 
best-seller “Erros 
que os pregadores 
devem evitar” e das 
obras “Erros que os 
adoradores devem 
evitar", “Evangelhos 
que Paulo jamais 
p rega r ia ” en tre ou tros, 
todos os títu lo s 
da CPAD. Ea inda 
co-autor da obra 
“Teologia Sistem ática 
Pentecostal”, também 
da CPAD.--JsSÉÉfefc..
de Deus e as citavam literalmente (2 Tm 3.16,17; 2 
Pe 1.21; 3.16). Para eles, história era história, poesia 
era poesia, símbolos eram símbolos (cf. At 13.16-22; 
Hb 11; Tg 5.11,17; 1 Pe 3.5,6,20).
Os pais da Igreja (100-600 d.C.) valorizaram pouco 
o legado apostólico. Clemente de Alexandria (150- 
215 d .C .) desenvolveu a teoria de que cada texto 
tem cinco sentidos: histórico, doutrinai, profético, 
filosófico e místico. O rígenes (185-254) acreditava 
que o Antigo Testamento era uma vasta alegoria. 
Agostinho (354-430), maior erudito de sua época, 
embora tenha formulado regras hermenêuticas que 
vigoram até hoje, inclinou-se ao alegorism o. Mas 
alguns pais, como Teodoro de M opsuéstia (350- 
428), defenderam o método que seria chamado de 
histórico-gramatical (BRAY, p. 77-128).
Na Idade Média (séculos V a XV), a intepretação 
foi am arrada pela trad ição ; o que se destacava 
era o método alegorista: "aceitou-se geralm ente 
o princípio de que qualquer interpretação de um 
texto bíblico devia adaptar-se à tradição e à dou­
trina da igreja" (VIRKLER, p. 46-47). Mas, no século 
XVI, contrapondo-se ao dogma de que a Bíblia é 
tão obscura que somente a Igreja pode revelar seu 
verdadeiro significado, os reformadores resgataram 
o método histórico-gramatical. Eles acreditavam que 
a fé e a iluminação do Espírito eram indispensáveis 
ao exegeta e defendiam que a fonte primacial de 
autoridade são as Escrituras, e não a razão, a tradição 
ou a experiência.
Os princípios de interpretação adotados pelos 
reformadores, especialm ente Lutero e Calvino, se 
tornaram os grandes pressupostos ortodoxos da 
Hermenêutica. Segundo a regra preferida de Calvi­
no — "A Escritura interpreta a Escritura" — , a tarefa 
principal do exegeta é permitir que o texto sagrado 
diga o que realmente diz. Exegetas pentecostais têm 
divergido do calvinismo no campo soteriológico, mas 
em geral adotam o método histórico-gramatical.
Depois da Reforma, surgiram algumas escolas 
perigosas, que não consideram as Escrituras infalíveis 
e inerrantes, como o racionalismo, o liberalismo e 
a neo-ortodoxia. Hoje, a maior ameaça ao método 
histórico-gramatical é a "nova hermenêutica" pós- 
-IiberaI, que é ideológica e não vê a Hermenêutica 
prioritariam ente como form uladora de normas e 
regras. Com o exem plo podem os citar a "H erm e­
nêutica Fem in ista", para a qual pouco importa a 
intenção autoral; ela lê o texto sagrado com as lentes 
do feminismo e o adapta a essa ideologia.
Quais são os pressupostos do método histórico- 
-gramatical? Em síntese, podemos enumerar doze: 
(1) o intérprete deve possuir fé cristã autêntica; (2) 
a Palavra de Deus é infalível e inerrante; (3) não 
tem contradições; (4) deve-se ter em alta conta o 
significado literal e histórico das Escrituras; (5) o 
significado verdadeiro de cada passagem é o que 
o autor quis transmitir; (6) não compete ao exegeta 
introduzir no texto o significado que quer lhe dar; (7) 
ele deve consultar o credo ortodoxo; (8) um versículo 
deve ser estudado em seu contexto; (9) o Espírito 
não toma o lugar do aprendizado necessário para 
se entender as Escrituras; (10) o exegeta deve levar 
em consideração que a revelação é progressiva; (11) 
as figuras de linguagem devem ser identificadas e 
interpretadas como tais; e (12) as Escrituras inter­
pretam as Escrituras.
Diante do exposto, mesmo que o pro­
fessor de ED conheça outros 
métodos de interpretação, 
com o o h istórico-crítico 
e a "nova h erm enêu ti­
ca", deve saber que os 
p ressupostos h erm e­
nêuticos ortodoxos — 
inspirados na maneira 
como o Senhor Jesus 
e os apóstolos inter­
p re ta ram o A n tig o 
Testam ento — não 
podem ser d e sp re ­
zados. Que o Espíri­
to Santo nos ajude a 
termos compromisso 
com as Escritu ras , 
defendendo, assim, 
sua in sp ira ç ã o 
plenária (2Tm 
3.16,17). . Á É 1
jáÉ-gjm
50 ENSINADOR Cristõo
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C i r o S a n c h e s Z i b o r d i
6a obra da 
série de 
sucesso de 
Ciro Zibordi
PAULO
O PRÍNCIPE DOS 
PREGADORES 
ITINERANTES
Usando o seu já consagrado estilo leve e 
bem-humorado, Zibordi nos brinda com 
um estudo abrangente da vida de Paulo - que 
depois do Sumo Apóstolo Jesus Cristo, Mestre 
dos mestres e Pregador dos pregadores - é, 
sem dúvida, o maior dentre todos os apóstolos 
e mestres, o mais destacado pregador de todos 
os tempos. Uma abordagem, ao mesmo tempo 
historiográfica, teológica e inspirativa, centrada 
na conduta de Paulo como pregador do evangelho 
e no conteúdo de sua mensagem.
PAULO
príncipe dos pregadores
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