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Teoria econômica e Economia Digital 
Introdução ao curso 
• O que é inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) 
• O que é moeda (dinheiro) e o que determina a taxa de juros 
• Quanto as firmas escolhem produzir? 
• Como consumidores decidem o que comprar? 
• Economia digital 
 
O que é economia 
Para os economistas clássicos (dos séculos 18 e 19, como Adam Smith), a economia 
é o estudo do processo de produção, distribuição, circulação e consumo dos bens e 
serviços. 
Lionel Robbins (1932): a economia trata da relação entre objetivos dados e os meios 
escassos disponíveis para atingi-los. 
Ambas as definições são importantes e abordam aspectos diferentes da disciplina. 
 
Microeconomia 
A microeconomia é o estudo de como indivíduos tomam decisões de forma a 
maximizar a sua satisfação. 
Os dois tipos mais relevantes de indivíduos para nós são: 
• Consumidores, que decidem o que comprar, e 
• Produtores (firmas), que decidem o que e quanto produzir 
 
Macroeconomia 
Já a macroeconomia é o estudo agregado da economia: quanto todas as firmas 
produzem, todos os consumidores consomem. 
Ela estuda variáveis gerais da economia: o nível de emprego, balança de pagamento. 
Também estuda os preços agregados da economia: a taxa de juros, a taxa de câmbio 
e o nível de preços geral (cujo aumento é a inflação). 
 
Por que a economia é importante para Administradores 
• Entender porque os consumidores compram determinados produtos é 
importante para desenhar estratégias 
• Economia informa sobre como e quanto as firmas deveriam produzir 
• A evolução dos agregados econômicos é informativa sobre perspectivas de 
negócios 
 
QUIZ 
A microeconomia nos ajuda a traçar estratégias corporativas 
 
Os problemas de natureza econômica 
O problema fundamental da economia 
A atividade econômica em uma sociedade é realizada com o propósito de produzir 
bens e serviços que se destinem à satisfação das necessidades individuais ou 
coletivas de seus membros. 
Entretanto, em razão da própria natureza do ser humano, suas necessidades se 
ampliam continuamente, aumentando, em consequência, as exigências do consumo. 
Um número cada vez maior de pessoas procura bens e serviços que atendam às suas 
necessidades de lazer, educação, transporte coletivos etc. mesmo para as 
necessidades puramente biológicas, surgem novos desejos. As pessoas já não se 
satisfazem em aplacar sua sede bebendo apenas água. Quando possível, recorrem a 
refrigerantes ou a outras bebidas mais sofisticadas. Assim, pode-se dizer que, de 
modo geral, as necessidades humanas são ilimitadas. 
Sabemos, por outro lado, que a produção de bens e de serviços exige a organização 
e a combinação dos fatores de produção existentes À disposição da sociedade. 
Entretanto, esses fatores são limitados e escassos, pois não existem na quantidade 
que seria desejável. A área agricultável de um país é limitada, finita, e o mesmo ocorre 
com a quantidade de pessoas que pode trabalhar e em relação a máquinas, 
ferramentas e equipamentos em geral. 
Temos, então, colocado o conflito que explica e justifica a existência da teoria 
econômica. De um lado, observa-se que as necessidades das pessoas são ilimitadas 
e, de outro, que os fatores disponíveis para a produção de bens e de serviços que 
satisfaçam a essas necessidades são limitados. Esse é o problema fundamental da 
economia, que os economistas chamam de lei da escassez. 
Naturalmente, a humanidade não ficou aguardando o surgimento da teoria econômica 
e dos economistas para resolver esse problema, pois sempre foram encontradas 
soluções. Assim, a teoria econômica procura conhecer e sistematizar essas soluções 
pela análise do comportamento dos agentes econômicos envolvidos nesse problema, 
para, posteriormente, propor soluções melhores. 
O problema fundamental da economia: é a impossibilidade de se produzirem bens 
e serviços em quantidades ilimitadas para satisfazer às necessidades humanas 
permanentes ampliadas, pois os fatores da produção existem em quantidades 
limitadas. Este fato também é conhecido como lei da escassez. 
 
Quatro perguntas fundamentais 
Diante da impossibilidade do atendimento pleno das necessidades humanas em 
virtude da escassez de recursos, quatro questões são levantadas, e suas respostas 
envolvem o problema fundamental da economia, isto é, o problema da escassez. 
A primeira pergunta diz respeito à natureza das necessidades humanas: 
 
“O que produzir?” 
A resposta significa identificar as necessidades e, consequentemente, o que irá 
satisfazê-las. dessa forma, a sociedade deve saber que precisa produzir, por exemplo, 
alimentos, roupas, casas, estradas, escolas etc. 
A segunda pergunta implica determinar quantitativamente o produto necessário à 
satisfação das necessidades: 
 
“Quanto produzir?” 
Esta questão complementa a anterior e tem sua importância definida na medida em 
que, como já vimos, é impossível produzir em quantidades ilimitadas todos os bens 
necessários. Se imaginarmos que todos os recursos disponíveis de uma economia 
estão sendo utilizados no processo produtivo, atingiremos um limite na produção de 
bens e de serviços. Nesse caso, se quisermos aumentar a produção de um bem 
qualquer, teremos de diminuir a quantidade de produção de outro ou outros bens. 
A terceira questão envolve um problema de ordem técnica: 
 
“Como produzir?” 
Para que se obtenha um determinado bem ou serviço, é necessário empregar os 
fatores trabalho, capital e recursos naturais. Entretanto, a proporção em que esses 
recursos serão combinados vai depender da abundância ou da escassez de cada um 
deles. Portanto, é natural imaginar que, em uma economia em que o fator trabalho 
seja mais abundante que o fator capital, a produção empregue uma quantidade 
proporcionalmente maior de trabalho. 
A quarta questão está diretamente relacionada ao consumo, à satisfação das 
necessidades dos indivíduos: 
 
"Para quem produzir?" 
A resposta a essa pergunta resolve o último problema da questão da satisfação das 
necessidades humanas. Ela vai nos dizer de que forma será distribuído o produto do 
trabalho coletivo aos elementos da sociedade. 
 
Quatro perguntas fundamentais: 
O que produzir: indica que é necessário identificar a natureza das necessidades 
humanas para saber quais bens e serviços produzir. 
 
Quanto produzir? : reconhece a limitação existente na disponibilidade dos fatores 
produtivos. 
 
Como produzir?: é uma questão técnica, a qual indica que há várias maneiras de 
combinar os fatores de produção para a obtenção de bens e serviços. 
 
Para quem produzir?: envolve a questão da distribuição dos bens e dos serviços 
produzidos entre os elementos da sociedade. 
 
Curva de possibilidades de produção 
Vamos imaginar que uma economia produza apenas dois tipos de bens: alimentos e 
roupas. Se todos os fatores disponíveis fossem destinados à produção de alimentos, 
poderia ser obtida a quantidade de 10 milhões de toneladas de alimentos. 
Naturalmente, nessas circunstâncias, não seria obtida uma única peça de vestuário. 
Por outro lado, se todos os fatores disponíveis fossem alocados na produção de 
roupas, poderiam ser obtidos 20 milhões de peças de vestuário. Neste caso, 
igualmente, não seria produzida uma única tonelada de alimento. 
Esse exemplo esclarece os limites que uma economia tem para produzir o necessário 
ao atendimento das necessidades das pessoas. No entanto, sabe-se que as pessoas 
gostariam de consumir roupas e alimentos. Nesse caso, a economia iria empregar os 
recursos disponíveis na produção de dois tipos de bens e, consequentemente, seriam 
obtidas quantidades menores de alimentos e roupas que as citadas anteriormente. 
Na Figura 3.1, representamos graficamente o exemplo dado. Nela, temos um sistema 
de eixos cartesianos. No eixo das abscissas (horizontal), representamos a quantidade 
de peças de vestuário que a nossa economia hipotética pode produzir.No eixo das 
ordenadas (vertical), representamos a quantidade de alimentos que pode ser 
produzida. 
 
A linha que une os pontos P e Q é denominada curva de possibilidades de 
produção. Essa curva indica as diferentes quantidades dos dois bens que podem ser 
produzidos em uma economia, quando todos os recursos disponíveis são utilizados. 
Imaginemos, inicialmente, que a nossa economia se encontre no ponto A. Nesse 
ponto, são produzidos 10 milhões de peças de roupas e 5 milhões de toneladas de 
alimentos, que são as quantidade disponíveis para satisfazer Às necessidades dessa 
sociedade. Se essa sociedade quisesse consumir mais alimentos, a economia 
deslocaria para a posição B, onde se produziriam 7,5 milhões de toneladas de 
alimentos. Entretanto, esses aumento na produção de alimentos. Entretanto, esse 
aumento na produção de alimentos só seria possível porque uma parte dos recursos 
que anteriormente estavam destinados à produção de peças de vestuário foi desviada 
para a produção de alimentos. Consequentemente, teria havido uma diminuição na 
produção de roupas, que cairia de 10 milhões de peças para 5 milhões de peças, 
conforme indica o ponto B. 
É importante observar que esse exemplo é bastante simplificado. Não é possível a 
existência de uma economia que produza apenas dois tipos de bens, pelo simples fato 
de que as pessoas têm mais do que dois tipos de necessidades. Por isso, o raciocínio 
desenvolvido anteriormente deve ser estendido para um grande e diversificado 
número de bens. 
É importante frisar também que a curva de possibilidades de produção pressupõe o 
pleno emprego dos fatores de produção disponíveis, ou seja, todos os fatores, em 
toda a sua extensão, devem estar empregados no processo de produção. Em razão 
disso, nenhuma quantidade pode estar indicada acima da linha que une os pontos P 
e Q, pois essa linha estabelece o limite máximo de disponibilidade e de emprego dos 
fatores de produção. 
Agora vamos introduzir o conceito de custo de oportunidade. Para uma economia 
que se encontra em pleno emprego, qual o custo de se produzir determinado bem? 
Tomemos o exemplo da economia que produz roupas e alimentos. Se as quantidades 
produzidas por essa economia encontram-se acima da curva de possibilidade de 
produção (como A ou B, na figura), o custo de oportunidade de se produzir uma 
unidade a mais é a quantidade de alimentos que devemos deixar de produzir. no caso, 
para produzir uma peça de roupa a mais, temos de reduzir nossa produção de 
alimentos em 0,5 unidade. Esse é o custo de oportunidade de uma peça de roupa. 
 
Curva de possibilidades de produção: indica as quantidades máximas de bens e 
de serviços que podem ser produzidas em uma economia quando todos os fatores de 
produção disponíveis estiverem empregados. 
 
QUIZ 
Sobre a escassez e escolhas econômicas: a sociedade estar na curva de 
possibilidades de produção significa que para produzir uma unidade a mais de 
um bem, terá que produzir menos de um produto. 
 
Os problemas econômicos 
O problema fundamental da economia 
Como vimos, a economia é o estudo de como a sociedade produz, distribui e consome 
os bens e serviços desejados pelas pessoas. Mas quanto mais as necessidades 
humanas são satisfeitas, mais as pessoas desejam! Elas são insaciáveis. 
Por outro lado, a quantidade de fatores: trabalho, terra e capital disponíveis é limitada 
– essa é a lei da escassez: não é possível satisfazer todos os desejos ao mesmo 
tempo. 
Assim, é necessário fazer escolhas, e a economia (principalmente microeconomia) é 
a ciência que estuda como fazemos essas escolhas. 
 
Quatro Questões 
• O que produzir? O sistema precisa identificar necessidades e desejos 
• Quanto produzir? Pela lei da escassez, é impossível produzir os bens 
necessários em quantidades ilimitadas: precisamos escolher 
• Como produzir? Precisamos empregar os fatores: capital, trabalho e recursos 
naturais 
• Para quem produzir? Todo esse produto social tem que ser distribuído pela 
sociedade, e será de forma mais ou menos desigual 
 
Curva de possibilidades de produção 
 
A lei da escassez implica que há um limite para quanto a sociedade pode produzir, 
então produzir mais de um bem implica produzir menos do outro. 
Isso pode ser representado graficamente por uma curva de possibilidades de 
produção. 
Ela será sempre negativamente inclinada, pois produzir mais de um bem implica 
produzir menos do outro. 
 
Custo de oportunidade 
Se temos que a todo momento fazer escolhas, então cada decisão implica deixar de 
escolher alguma outra coisa. 
É isso que chamamos de custo de oportunidade: as outras opções a que temos que 
renunciar para fazermos aquilo que queremos. 
Custos de oportunidade podem ser monetários, mas não precisam ser! Sempre 
poderíamos fazer outra coisa em vez do que escolhemos. 
 
QUIZ 
A curva de possibilidades de produção diz que para a sociedade produzir mais de 
algo, precisa produzir menos de alguma outra coisa. 
 
Sistema Econômico 
Definição do sistema econômico 
Nas sociedades modernas, em que é produzido um grande número de bens e 
serviços, podemos observar que o consumo de uma pessoa é composto por bens e 
serviços produzidos em áreas de atividade econômica diferentes daquela em que 
exerce seu trabalho. Um operário que trabalhe em uma metalúrgica, por exemplo, 
produz chapas de aço, mas necessita de alimentos, roupas, casa, transporte etc. 
Entretanto, na economia em que esse operário vive, é permitido que ele troque sua 
força de trabalho (um fator de produção que concorre para a produção das chapas de 
aço) por um salário que lhe permite adquirir os bens e serviços de que necessita. Isto 
ocorre em razão do funcionamento daquilo que chamamos de sistema econômico. 
Um sistema econômico pode ser definido como a reunião dos diversos elementos 
participantes da produção e do consumo de bens e serviços que satisfazem às 
necessidades da sociedade, organizados não apenas do ponto de vista econômico, 
mas também social, jurídico, institucional etc. observe que os elementos integrantes 
de um sistema econômico não são apenas pessoas, mas todos os fatores de 
produção: trabalho, capital e recursos naturais. 
Entretanto, para que esses fatores façam parte do processo produtivo, eles precisam 
estar organizados de tal forma que sua combinação resulte em algum bem ou serviço. 
As instituições em que são organizados os fatores de produção são denominadas 
unidades produtoras. Uma fábrica de automóveis, um banco e uma fazenda são 
exemplos de unidades produtoras, pois, em cada um desses lugares, os fatores de 
produção, trabalho, capital e recursos naturais estão organizados para a produção de 
algum bem ou serviço. 
No entanto, não devemos pensar que tudo aquilo que for obtido pelas unidades 
produtoras será destinado diretamente ao consumo. Uma fábrica de chapas de aço, 
por exemplo, não tem as pessoas, em geral, como consumidores diretos dos seus 
produtos, o que também ocorre com uma empresa de processamento de dados. As 
chapas de aço e os serviços de computação são apenas um bem e um serviço que 
entram na produção de outros bens e serviços. 
Essa complexidade da produção é uma característica fundamental dos modernos 
sistemas econômicos e explica como as pessoas que desempenham uma tarefa 
específica, como o operário que mencionamos anteriormente, podem adquirir as 
coisas necessárias à satisfação de suas necessidades. 
A produção econômica pode ser classificada em 3 categorias, de acordo com sua 
destinação: 
• Bens e serviços de consumo: são os bens e serviços que satisfazem às 
necessidades das pessoas quando consumidos no estado em que se 
encontram, como alimentos, roupas, serviços médicos etc 
• bens e serviços intermediários: são os bens e serviços que não atendem 
diretamente às necessidades das pessoas, pois precisam ser transformados 
para atingir sua forma definitiva. Como exemplo, podemoscitar as chapas de 
aço empregadas na produção de automóveis, os serviços de computação oque 
preparam folhas de pagamentos para as empresas etc 
• bens de capital: também não atendem diretamente às necessidades dos 
consumidores, mas destinam-se a aumentar a eficiência do trabalho humano 
no processo produtivo, como as máquinas, as estradas etc 
 
 
Sistema econômico: é a reunião dos diversos elementos (os fatores de produção) 
que participam da produção de bens e serviços para atender às necessidades da 
sociedade. 
 
Unidade produtora: é a instituição que reúne e organiza os fatores da produção com 
o objetivo de produzir um determinado bem ou serviço. 
 
Bens e serviços de consumo: são os bens e serviços que se destinam ao 
atendimento direto das necessidades das pessoas. 
 
Bens e serviços intermediários: são os bens e serviços que entram na produção de 
outros bens e serviços. 
 
Bens de capital: são os bens que aumentam a eficiência do trabalho humano. 
 
Composição do sistema econômico 
No sistema econômico de uma nação, encontramos um grande e diversificado número 
de unidades produtoras, cada qual organizando os fatores de produção para a 
obtenção de um determinado produto ou para a prestação ode um serviço. Entretanto, 
apesar da diversidade de objetivos das inúmeras unidades produtoras, podemos 
classifica-las de acordo com as características fundamentais de sua produção. 
Utilizando esse critério, veremos que as unidades produtoras podem ser agrupadas 
em 3 setores básicos que compõem o sistema econômico: 
• setor primário: constituído pelas unidades produtoras que utilizam 
intensamente os recursos naturais e não introduzem transformações 
substanciais em seus produtos. Fazem parte deste setor as unidades 
produtoras que desenvolvem atividades agrícolas, pecuárias e extrativas, 
sejam elas minerais, animais ou vegetais. 
• setor secundário: constituído pelas unidades produtoras dedicadas às 
atividades industriais, por meio das quais os bens são transformados. 
Caracteriza-se pela intensa utilização do fator de produção capital, sob a forma 
de máquinas e equipamentos. Indústrias de automóveis, de refrigerantes e de 
roupas são exemplos de unidades produtoras incluídas no setor secundário 
• setor terciário: este setor se diferencia dos outros pelo fato de seu produto 
não ser tangível, concreto, embora seja de grande importância no sistema 
econômico. É composto pelas unidades produtoras que prestam serviços, 
como as instituições bancárias, as escolas, as empresas de transporte, o 
comércio etc 
Podemos ter uma ideia do grau de desenvolvimento de um país se observarmos a 
importância relativa dos 3 setores em seu sistema econômico. Uma economia em que 
o setor primário tem maior peso revela, quase sempre, um bom nível de 
desenvolvimento, enquanto aquelas em que os setores secundários e terciário são 
preponderantes apresentam um maior grau de desenvolvimento. Há, entretanto, 
exceções a essa regra. Na Dinamarca, por exemplo, a agricultura (setor primário) tem 
um peso bastante elevado na economia, e esse país é desenvolvido e apresenta boa 
qualidade de vida. Por outro lado, em alguns países subdesenvolvidos, como o Brasil, 
o setor terciário apresenta uma importância significativa, decorrente da excessiva 
aglomeração urbana e do subemprego daí resultante. Sem emprego nos setores 
tradicionais, as pessoas acabam encontrando colocação precária em outras 
atividades, como no comércio informal. 
 
Setor primário: constituído pelas unidades produtoras que utilizam intensamente os 
recursos naturais, voltadas para atividades agrícolas, pecuárias e extrativa 
 
Setor secundário: constituído pelas unidades produtoras dedicadas às atividades 
industriais, por meio das quais os bens são transformados. 
 
Setor terciário: formado pelas unidades produtoras que prestam serviços, como 
instituições bancárias, empresas de transporte, hospitais, comércio etc. 
 
Os fluxos do sistema econômico 
Durante o processo de produção, em que são obtidos bens e serviços, as unidades 
produtoras remuneram os fatores de produção por elas empregados: pagam salários 
aos seus funcionários, aluguel pelas instalações que ocupam, juros pelos 
financiamentos obtidos e distribuem lucros aos seus proprietários. Essa remuneração 
é recebida pelos proprietários dos fatores de produção e permite-lhes adquirir os bens 
e os serviços de que necessitam. 
Este é um aspecto fundamental do sistema econômico e garante sua eficiência: as 
unidades produtoras, ao mesmo tempo que produzem bens e serviços, remuneram 
os fatores de produção por elas empregados, permitindo que as pessoas adquiram 
bens e serviços produzidos por toas as outras unidades produtoras. 
Uma pessoa que trabalha em uma fábrica de roupas, por exemplo, não vai adquirir 
apenas o produto de seu trabalho (roupas) com o salário que recebe. Precisa, 
também, comprar alimentos, alugar ou comprar uma casa, usar transporte coletivo 
etc. é por meio da remuneração de sua força de trabalho (fator de produção que 
concorreu para a produção das roupas) que ela poderá adquirir as coisas de que 
necessita para viver. 
Pode-se dizer, portanto, que em um sistema econômico existem 2 fluxos: fluxo do 
produto/fluxo real formado pelos bens e serviços produzidos no sistema econômico 
e fluxo de renda/fluxo monetário/fluxo nominal formado pelo pagamento que os 
fatores de produção recebem durante o processo produtivo. 
Esses dois fluxos tem um significado muito importante para a teoria econômica. O 
fluxo de produto, formado por bens e serviços produzidos, constitui a oferta da 
economia, ou seja, tudo aquilo que tiver sido produzido e estiver à disposição dos 
consumidores. O fluxo de renda, formado pelo total da remuneração dos fatores 
produtivos, constitui o montante de que as pessoas dispõem para satisfazer Às suas 
necessidades e desejos. Esse fluxo confunde-se, em geral, como a despesa que os 
agentes realizam, representando a demanda ou a procura da economia. Portanto, 
temos a seguinte igualdade: 
 
Produto = renda = despesa 
 
A oferta e a procura são as duas funções mais importantes de um sistema econômico. 
Essas duas funções formam o mercado em que as pessoas que querem vender se 
encontram com as pessoas que querem comprar. 
É importante observar que o termo mercado, na teoria econômica, não significa 
apenas o lugar físico onde as pessoas estão localizadas, como uma feira livre, por 
exemplo. Seu significado é mais amplo, refere-se a todas as compras e vendas 
realizadas no sistema econômico, tanto de bens de consumo, intermediários e de 
capital como de serviços. Em suma, sintetiza a essência do sistema econômico, em 
que as necessidades são satisfeitas por meio da venda e da compra de mercadorias 
e serviços. 
Os fluxos monetário e real do sistema econômico e a formação do mercado estão 
sintetizados no esquema da Figura 4.1 
 
 
Fluxo de produto ou real: é a totalidade dos bens e serviços finais produzidos pelas 
unidades produtoras. Constitui a oferta da economia. 
 
Fluxo de renda ou nominal ou monetário: é a totalidade da remuneração dos 
fatores de produção empregados pelas unidades produtoras. Constitui a demanda ou 
a procura da economia. 
 
Mercado: é formado pelos fluxo de produto e de renda, respectivamente, a oferta e a 
demanda da economia. 
 
A circulação no sistema econômico 
No item anterior foram apresentados os elementos fundamentais do sistema 
econômico: o fluxo de produto, o fluxo de renda e o mercado para onde os fluxos se 
dirigem. Falaremos agora a respeito do funcionamento do sistema econômico, que se 
caracteriza pelo permanente transito dos fluxos de produto e de renda, tanto no 
sentido do mercado como no sentido contrário. Entretanto, para discutir melhor esse 
fenômeno, que corresponde à circulação no sistema econômico, é necessário que 
se introduzam mais alguns conceitos importantes. 
Inicialmente,vamos admitir que nosso sistema econômico seja fechado, ou seja, não 
mantém relações econômicas com outros sistemas. Como um sistema econômico 
corresponde a um país, o que estamos dizendo é que esse país não realiza 
transações de importação ou exportação de bens e serviços com outros países. 
Admitamos, ainda, que esse sistema econômico não possua setor público, ou seja, 
governo. Essa suposição não é de natureza política, mas econômica, pois o governo 
tem um papel importante no sistema econômico. E sua exclusão, assim como a das 
relações com outros sistemas econômicos. E sua exclusão, assim como a das 
relações com outros sistemas econômicos, tem como única finalidade tornar mais 
simples o raciocínio. Convém dizer, ainda, que nesse sistema econômico toda a renda 
recebida pelos proprietários dos fatores de produção é gasta em bens e serviços de 
consumo, e que toda a produção das empresas é vendida, não havendo formação de 
estoques. Dessa forma, nosso sistema econômico será formado pelas empresas e 
pelas famílias. 
As empresas e as famílias são entidades econômicas, formadas pelas unidades 
produtivas, no caso das empresas, e pelas pessoas que consomem bens e serviços 
possuem os fatores de produção, no caso das famílias. Normalmente, um sistema 
econômico é formado por mais duas entidades: o setor público, ou governo, e os 
outros países, ou setor externo. Entretanto, para facilitar o raciocínio, consideraremos 
apenas as empresas, cujo conjunto vamos chamar de aparelho produtivos, e as 
famílias. 
Agora, podemos recolocar a discussão do sistema econômico em termos dessas duas 
entidades econômicas. O aparelho produtivo contrata, junto às famílias, os fatores de 
produção (trabalho, capital etc), originando-se aí o fluxo de renda. Por outro lado, o 
aparelho produtivo organiza os fatores de produção de que agora dispõe e estabelece 
o fluxo de produto, que equivale À oferta de bens e de serviços produzidos. Esses 
dois fluxos se encontram no mercado, no qual as famílias trocam sua renda (ou fluxo 
de renda) pelo produto (ou fluxo de produto) para satisfazer às suas necessidades. 
Entretanto, o funcionamento do sistema econômico não termina aqui. 
Observemos que, no mercado, os fluxos trocam de mãos: o fluxo de produto passa 
para as mãos das famílias onde será consumido, pois se tratam de bens e serviços, 
enquanto o fluxo de renda passa para as mãos do aparelho produtivo, como 
pagamento pelos bens e serviços vendidos. Quando as famílias tiverem consumido 
os bens e serviços adquiridos no mercado, precisarão oferecer novamente os seus 
fatores de produção ao setor produtivo, para receber em troca a renda que lhes 
permitirá dirigir-se novamente ao mercado. Ness ínterim, as empresas podem 
contratar novamente os fatores de produção com as famílias, pois agora estão de 
posse do fluxo de renda, que foi obtido no mercado com a venda de sua produção de 
bens e de serviços. Tivemos, portanto, uma volta completa dos fluxos de renda e de 
produto, que saíram, no primeiro instante, das mãos das famílias e empresas, 
dirigiram-se ao mercado, trocaram de mãos e, novamente pela contratação dos 
fatores de produção, estão nas mãos das entidades originais, ou seja, o fluxo de renda 
com as famílias e o de produto com o aparelho produtivo. A partir daí, eles se dirigem 
novamente para o mercado, onde o processo é reiniciado. 
É importante observar que, na realidade, os fluxos de renda e de produto estão, ao 
mesmo tempo, tanto com as famílias e empresários como no mercado, não sendo 
necessário haver uma volta completa para que se reiniciem. Portanto, cumpre 
destacar o caráter dinâmico do sistema econômico, em que todos os agentes 
econômicos exercem seu papel ininterruptamente. 
Essa movimentação dos fluxos é o processo de circulação do sistema econômico, 
que é importantíssimo para que esse sistema cumpra seu papel, produzindo bens e 
serviços e fazendo-os chegar às pessoas para satisfazer às suas necessidades. 
O processo de circulação no sistema econômico está esquematizado na Figura 4.2, 
na qual os fluxos de produto são representados por linhas contínuas e os fluxos de 
renda, por linhas segmentadas. 
 
 
Circulação: é o processo pelo qual os fluxos de renda e de produto circulam entre as 
entidades do sistema econômico, possibilitando-lhes adequadamente o seu papel. 
 
Macroeconomia e microeconomia 
Agora que já temos uma ideia do que é um sistema econômico e de como nele se 
produzem e se distribuem os bens e os serviços, trataremos dos esforços dos 
economistas para entender mais profundamente, e em detalhes, o funcionamento de 
um sistema econômico. 
Atualmente, a teoria econômica é dividia em dois ramos básicos que não se excluem, 
mas, pelo contrário, complementam-se. O primeiro é a microeconomia, que se 
preocupa em estudar os elementos mais simples do sistema econômico, como o 
consumidor individual, ou seja, a pessoa que se dirige ao mercado com uma 
determinada renda para adquirir bens e serviços. Outro exemplo do objeto de estudo 
da microeconomia é a unidade produtora tomada isoladamente, que passaremos a 
chamar de empresa. 
A microeconomia estuda a maneira como o consumidor gasta sua renda, de forma a 
ter o maior grau de satisfação possível. Estuda, também, a maneira como a empresa 
emprega os fatores de produção para obter o maior lucro possível. 
O segundo ramo, a macroeconomia, preocupa-se em estudar o conjunto dos 
consumidores de uma sociedade, assim como o conjunto de empresas dessa mesma 
sociedade. Seu interesse é determinar os fatores que influenciam o nível total de renda 
e do produto do sistema econômico. 
No esquema da Figura 4.3, podem-se visualizar melhor a divisão da teoria econômica 
e o objeto de estudo de cada um de seus ramos. 
 
 
Microeconomia: é a parte da teoria econômica que estuda os agentes econômicos 
individualmente, como o consumidor e a empresa. 
 
Macroeconomia: é a parte da teoria econômica que estuda os agentes econômicos 
em seu conjunto. Tem como principal objetivo determinar os fatores que interferem no 
nível total da renda e do produto de uma economia. 
 
QUIZ 
Sobre o fluxo circular da renda: o capital é ofertado às firmas pelas famílias. 
 
Sistema Econômico 
O sistema econômico e seus fluxos 
O sistema econômico é a forma que a sociedade se organiza para produzir bens e 
serviços. 
Vivemos em uma economia capitalista, em que tanto o produto social quanto os 
fatores de produção são transacionados em mercado. 
Os fatores de produção são organizados em unidades produtoras, que no mundo atual 
geralmente são de propriedade privada. 
 
Composição do sistema 
O setor primário é o setor de produção que utiliza-se de recursos naturais para 
produzir bens (frequentemente intermediários): agricultura, pecuária e extrativa. 
O setor secundário é formado pelas atividades industriais. 
Já o setor terciário é o setor de serviços, que produz bens não tangíveis, como 
finanças, comércio, transporte e educação. 
 
Fluxos no sistema econômico 
A oferta e procura de bens e serviços forma o mercado, “onde” esses bens são 
transacionados. 
Há também o mercado de fatores de produção, e nele são comercializados o trabalho, 
o capital e os recursos naturais. 
Em um sistema fechado, a oferta de bens (produto) tem que ser igual à demanda 
(renda) da economia. 
 
Circulação do Sistema Econômico 
Há dois tipos de fluxos na circulação do sistema econômico: o fluxo de renda e o fluxo 
de produtos. 
Famílias ofertam fatores de produção ao sistema produtivo, que retornam com bens e 
serviços pelo mercado às famílias. 
Na mão inversa, famílias pagam por bens e serviços às firmas, que retornam esse 
dinheiro às famílias na forma de salários e lucros. 
 
 
QUIZ 
Os problemas econômicos: na sociedade atual, a maior parte das unidades produtoras 
é de propriedade privada. 
 
AVALIATIVA 
1- Sobre fluxo circular econômico: o fluxo circularda renda envolve dois 
mercados, o de fatores e o de bens finais. 
2- Leia este depoimento de uma aluna na reportagem da BBC Brasil “Por que 
brasileiros que sonham em ser médicos estão indo para Argentina”, publicada 
em 01/12/2022. 
“Eu estava muito longe do conteúdo do ensino médio. Não tinha uma base boa 
e teria que fazer muito tempo de cursinho. As particulares começavam em R$ 
8 mil e tinha algumas que chegavam a custar R$ 12 mil”, afirma. 
Foi então que ela começou a procurar por faculdades na Argentina e se mudou 
para o país em 2018. No início, entrou na UBA (Universidade de Buenos Aires), 
uma das principais referências em ensino público na América Latina. 
Assim como as particulares, não é necessário prestar vestibular para ingressar 
na instituição de ensino”. 
A partir da leitura do trecho e, com base no conceito de custo de oportunidade, 
já que não é um custo monetário como o custo da: cursar uma universidade, 
mesmo que gratuita, tem maior custo quanto maior é o salário do 
indivíduo no mercado de trabalho.

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