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601) Língua Portuguesa para CNJ 2024 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3TbP8 Ordenação: Por Matéria e Assunto (data) www.tecconcursos.com.br/questoes/596174 CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Texto 6A2AAA Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender a conduzir melhor seu carro quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em como abandoná-lo. O estudo de um Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se faz na minha idade, pensa-se em tudo, menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as crianças e a deixam com maior má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos tiveram essa mesma vida por objetivo,veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus cuidados, todos os seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão. Não pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com a morte. Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de minhas reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. Lançado, desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito para viver nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de procurar entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar, minha ardente imaginação já https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3TbP8 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596174 602) saltava por cima da recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno desconhecido, para descansar em uma situação tranquila em que me pudesse fixar. Jean Jacques Rousseau. Terceira caminhada. In: Jean Jacques Rousseau. Os devaneios do caminhante solitário. Organização e tradução de Fúlvia MariaLuíza Moretto. Brasília: Editor a da UnB, 1991, p. 16 (com adaptações). Com relação às estruturas linguísticas do texto 6A2AAA, julgue o item que se segue. No trecho “estado de que meu coração precisava”, a preposição “de” é regida pela formal verbal “precisava”, não pela palavra “estado”. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/596176 CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Texto 6A2AAA Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender a conduzir melhor seu carro quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em como abandoná-lo. O estudo de um Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se faz na minha idade, pensa-se em tudo, menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as crianças e a deixam com maior má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos tiveram essa mesma vida por objetivo,veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus cuidados, todos os seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão. Não pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com a morte. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596176 603) Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de minhas reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. Lançado, desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito para viver nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de procurar entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar, minha ardente imaginação já saltava por cima da recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno desconhecido, para descansar em uma situação tranquila em que me pudesse fixar. Jean Jacques Rousseau. Terceira caminhada. In: Jean Jacques Rousseau. Os devaneios do caminhante solitário. Organização e tradução de Fúlvia MariaLuíza Moretto. Brasília: Editor a da UnB, 1991, p. 16 (com adaptações). Com relação às estruturas linguísticas do texto 6A2AAA, julgue o item que se segue. A regência do verbo restar é diferente nos trechos “resta pensar” e “resta a fazer": neste, o sentido do verbo altera-se em relação ao empregado naquele. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/620614 CEBRASPE (CESPE) - AI (ABIN)/ABIN/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Texto A atividade de inteligência é o exercício de ações especializadas para a obtenção e análise de dados, produção de conhecimentos e proteção de conhecimentos para o país. Inteligência e contrainteligência https://www.tecconcursos.com.br/questoes/620614 604) são os dois ramos dessa atividade. A inteligência compreende ações de obtenção de dados associadas à análise para a compreensão desses dados. A análise transforma os dados em cenário compreensível para o entendimento do passado, do presente e para a perspectiva de como tende a se configurar o futuro. Cabe à inteligência tratar fundamentalmente da produção de conhecimentos com o objetivo específico de auxiliar o usuário a tomar decisões de maneira mais fundamentada. A contrainteligência tem como atribuições a produção de conhecimentos e a realização de ações voltadas à proteção de dados, conhecimentos, infraestruturas críticas — comunicações, transportes, tecnologias de informação — e outros ativos sensíveis e sigilosos de interesse do Estado e da sociedade. O trabalho desenvolvido pela contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças como a espionagem, a sabotagem, o vazamento de informações e o terrorismo, patrocinadas por instituições, grupos ou governos estrangeiros. Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações). Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos do texto. O sentido do texto seria prejudicado, embora sua correção gramatical fosse preservada, caso a preposição presente na expressão “contra ameaças” fosse substituída pela preposição de. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/664168 CEBRASPE (CESPE) - Esp Port (EMAP)/EMAP/Engenharia Mecânica/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Serviço de tráfego de embarcações (vessel traffic service – VTS) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/664168 O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativamente o tráfego aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja intensa movimentação de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções. Internacionalmente, os sistemas de VTS são regulamentados pela International Maritime Organization, sendo seus aspectos técnicos detalhados em recomendações da International Association of Maritime Aids to Navigation and Lighthouse Authorities. No Brasil, cabe à Marinha do Brasil, autoridade marítima do país, definir as normas de execução de VTS e autorizar a sua implantação e operação. Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados. Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição, planejar a movimentação de embarcações e divulgar informações ao navegante. Adicionalmente, o Centro VTS pode fornecer informações que contribuam para o aumento da eficiência das operações portuárias, como a atualização de horários de chegada e partida de embarcações. Internet: <www defenseacom br> (com adaptações) Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue. Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um radar”, fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”. Certo Errado 605) www.tecconcursos.com.br/questoes/666964 CEBRASPE (CESPE) - Ass Port (EMAP)/EMAP/Administrativa/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes avanços nas comunicações, tem exigido mudanças efetivas na atuação do comércio internacional. A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que é por meio da garantia e da possibilidade de entrar no mercado internacional, de estabelecer permanência ou de engendrar saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança o resultado último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e serviços. Defesa da concorrência e defesa comercial são instrumentos à disposição dos Estados para lidar com distintos cenários que afetem a economia. Destaca-se como a principal diferença o efeito que cada instrumento busca neutralizar. A política de defesa da concorrência busca preservar o ambiente competitivo e coibir condutas desleais advindas do exercício de poder de mercado. A política de defesa comercial busca proteger a indústria nacional de práticas desleais de comércio internacional. Elaine Maria Octaviano Martins Curso de direito marítimo Barueri: Manoele, v 1, 2013, p 65 (com adaptações) Acerca de aspectos linguísticos do texto precedente e das ideias nele contidas, julgue o item a seguir. O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” é exigido pela presença de “decorrente”, sendo as inovações uma das quatro causas da crescente internacionalização mencionadas no texto. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/666964 606) Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/684341 CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Texto CB1A1AAA Não há dúvida de que a televisão apresenta ao público uma visão distorcida de como a ciência forense é conduzida e sobre o que ela é capaz, ou não, de realizar. Os atores que interpretam a equipe de investigação, por exemplo, são uma mistura de policial, detetive e cientista forense — esse perfil profissional não existe na vida real. Toda profissão, individualmente, já é complexa o bastante e demanda educação, treinamento e métodos próprios. A especialização dentro dos laboratórios tornou-se uma norma desde o final da década de 80 do século passado. O cientista forense precisa conhecer os recursos das outras subdisciplinas, mas ninguém é especialista em todas as áreas da investigação criminal. Além disso, os laboratórios frequentemente não realizam todos os tipos de análise devido ao custo, à insuficiência de recursos ou à pouca procura. As séries da TV retratam incorretamente os cientistas forenses, mostrando-os como se tivessem tempo de sobra para todos os casos. Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando toda sua atenção a uma investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo. A maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na dificuldade de dar conta de tanto serviço. Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem corretamente o que ocorre na vida real quando o assunto são as técnicas científicas: um cientista forense da Universidade de Maryland estima que cerca de 40% do que é mostrado no CSI não existe. Os investigadores verdadeiros não conseguem https://www.tecconcursos.com.br/questoes/684341 607) ser tão precisos quanto suas contrapartes televisivas. Ao analisar uma amostra desconhecida em um aparelho com telas brilhantes e luzes piscantes, o investigador de um desses seriados pode conseguir uma resposta do tipo “batom da marca X, cor 42, lote A-439”. O mesmo personagem talvez interrogue um suspeito e declare “sabemos que a vítima estava com você, pois identificamos o batom dela no seu colarinho”. No mundo real, os resultados quase nunca são tão exatos, e o investigador forense provavelmente não confrontaria diretamente um suspeito. Esse desencontro entre ficção e realidade pode acarretar consequências bizarras. Em Knoxville, Tennessee, um policial relatou: “Estou com um homem cujo carro foi roubado. Ele viu uma fibra vermelha no banco traseiro e quer que eu descubra de onde ela veio, em que loja foi comprada e qual cartão de crédito foi usado”. A realidade do CSI. In: Scientific American Brazil. Segmento. Internet: <http://www2.uol.com.br> (com adaptações). Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, bem como o disposto no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue. A preposição “de” empregada logo após “dificuldade” poderia ser corretamente substituída por em. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/686652 CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Texto 13A1AAA No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica festa https://www.tecconcursos.com.br/questoes/686652 de punição de condenados foi-se extinguindo. Em algumas dezenas de anos, desapareceu o corpo como alvo principal da repressão penal: o corpo supliciado, esquartejado, amputado, marcado simbolicamente no rosto ou no ombro, exposto vivo ou morto, dado como espetáculo. Ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os juízes com assassinos, invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração. A punição vai-se tornando a parte mais velada do processo penal, provocando várias consequências: deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do crime, e não mais o abominável teatro. Sob o nome de crimes e delitos, são sempre julgados corretamente os objetos jurídicos definidos pelo Código. Porém julgam-se também as paixões, os instintos, as anomalias, as enfermidades, as inadaptações, os efeitos de meio ambiente ou de hereditariedade. Punem-se as agressões, mas, por meio delas, as agressividades, as violações e, ao mesmo tempo, as perversões, os assassinatos que são, também, impulsos e desejos. Dir-se-ia que não são eles que são julgados; se são invocados, é para explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida no crime. As sombras que se escondem por trás dos elementos da causa é que são, na realidade, julgadas e punidas. O juiz de nossos dias — magistrado ou jurado — faz outra coisa, bem diferente de “julgar”. E ele não julga mais sozinho. Ao longo do processo penal, e da execução da pena, prolifera toda uma série de instâncias anexas. Pequenas justiças e juízes paralelos se multiplicaram em torno do julgamento principal: peritos psiquiátricos ou psicológicos, magistrados da aplicação das penas, educadores, funcionários da administração penitenciária fracionam o poder legal de punir. Dir-se-á, no entanto, que 608) nenhum deles partilha realmente do direito de julgar; os peritos não intervêm antes da sentença para fazer um julgamento, mas para esclarecer a decisão dos juízes. Todo o aparelho que se desenvolveu háanos, em torno da aplicação das penas e de seu ajustamento aos indivíduos, multiplica as instâncias da decisão judiciária, prolongando-a muito além da sentença. Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1987, p. 8-26 (com adaptações). A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto 13A1AAA, julgue o item. A supressão da preposição “de” empregada logo após “ferocidade”, no trecho “acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados”, manteria a correção gramatical do texto. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/694817 CEBRASPE (CESPE) - Tec Min (MPE PI)/MPE PI/Administrativa/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada. E eis que passo pela rama nesta fase de meu relato, já que me é impossível dar a exata medida do grau de maluquice que inspiraram tais cartas: infelizmente se perderam e de nenhuma encontrei paradeiro, por maiores que tenham sido os meus esforços em rebuscar coleções, arquivos e alfarrábios em minha terra. Sou forçado, pois, a limitar-me aos elementos de que disponho, encerrando em desventuras as aventuras de Viramundo em Ouro Preto, e dando viço às suas peregrinações. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/694817 609) Fernando Sabino. O grande mentecapto. 62.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2002. Com referência aos sentidos do texto precedente e às estruturas linguísticas nele empregadas, julgue o item a seguir. A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se substituísse, “de que” por os quais. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/699013 CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC SE)/PC SE/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da Polícia Civil de Sergipe atende a um público específico, que frequentemente se torna vítima de diversos tipos de violência. Idosos, homossexuais, mulheres, crianças e adolescentes têm recebido atenção constante no DAGV, onde o atendimento ganha força e se especializa diariamente. A unidade surgiu como delegacia especializada em setembro de 2004. Agentes e delegados de atendimento a grupos vulneráveis realizam atendimento às vítimas, centralizam procedimentos relativos a crimes contra o público vulnerável registrados em outras delegacias, abrem inquéritos e termos circunstanciados e fazem investigações de queixas. Internet: <www.ssp.se.gov.br> (com adaptações). Com relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/699013 610) A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se, no trecho “a um público específico”, a preposição “a” fosse suprimida. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/705025 CEBRASPE (CESPE) - Ana MPU/MPU/Apoio Jurídico/Direito/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Texto A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita a respeito de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de ser capturado por nossa linguagem. Ainda assim, qualquer estudo sobre a injustiça também demanda uma enunciação clara e uma análise arrazoada. A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente sobre um assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação racional. É fácil ficar tentado a pensar nessa linha. Quando nos defrontamos, por exemplo, com uma alastrada fome coletiva, parece natural protestar em vez de raciocinar de forma elaborada sobre a justiça e a injustiça. Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça. Amartya Sen. A ideia de justiça. Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (com adaptações). https://www.tecconcursos.com.br/questoes/705025 611) Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto. A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho “Quando nos defrontamos, por exemplo, com uma alastrada fome coletiva”, a forma pronominal “nos” fosse suprimida. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/705028 CEBRASPE (CESPE) - Ana MPU/MPU/Apoio Jurídico/Direito/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Texto A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita a respeito de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de ser capturado por nossa linguagem. Ainda assim, qualquer estudo sobre a injustiça também demanda uma enunciação clara e uma análise arrazoada. A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente sobre um assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação racional. É fácil ficar tentado a pensar nessa linha. Quando nos defrontamos, por exemplo, com uma alastrada fome coletiva, parece natural protestar em vez de raciocinar de forma elaborada sobre a justiça e a injustiça. Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/705028 612) Amartya Sen. A ideia de justiça. Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (com adaptações). Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto. A substituição de “relacionada com a disciplina” por relacionada à disciplina, embora mantivesse o sentido do texto, prejudicaria sua correção gramatical. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/737719 CEBRASPE (CESPE) - ET (BNB)/BNB/Analista de Sistemas/Desenvolvimento de Sistemas/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Dá licença, dona Rachel, para eu contar o que sucedeu depois daquele dia em que Conceição viu o Vicente “sumir-se no nevoeiro dourado da noite, passando a galope, como um fantasma, por entre o vulto sombrio dos serrotes”. A senhora sabe que eles eram um do outro, desde o começo desta história de ir embora e de ficar. Pois bem. Vicente voltou no mesmo galope para o olhar de Conceição, já que pior do que a seca é a solidão, essa sede que mata a alma da gente. Os dois se casaram, como tinha de ser, em tempo de chuva no Quixadá. E tiveram tantos filhos, seus e das secas, e tantos netos, e tantos descendentes que povoaram o sertão de bem-querer e de coragem. Sim, foi vagaroso até que o “feijão grelasse, enramasse, florasse, que o milho abrisse as palmas, estendesse o pendão, bonecasse, e lentamente endurecesse o caroço; e que ainda por muitos meses a mandioca aprofundasse na terra as raízes negras...”. Foram cem anos, até que nascessem Marias e Josés, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/737719 613) rainhas do doce e reis da palma, e outras Inácias, entre fé e semeadura. Foram cem anos até haver a sombra da mandala, a multiplicação do gado, a terra de tudo. Ainda não tem água e há o lamento, mas aconteceu também de o sertanejo aprender a reinventar a lida e semear a felicidade. Essas são as gentes da Conceição e do Vicente — que não envergavam e permaneceram porque o sertão mesmo diz: “Não me deixes”. É assim, dona Rachel,a história que o jornal conta neste quarto ano de “seca encarrilhada”, no dizer do povo. São outros quinze. Internet: <https://especiais.opovo.com.br> (com adaptações). A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue. A substituição de “depois” por após prejudicaria a correção gramatical do texto. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1976286 CEBRASPE (CESPE) - Tec (EBSERH)/EBSERH/Análises Clínicas/2018 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Texto CB2A1AAA O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-natalista. Por cerca de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência de altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do crescimento do mercado interno. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1976286 Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio Vargas, foram adotados dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas: desestímulo ao trabalho feminino; facilidades para a aquisição de casa própria pelos indivíduos que pretendessem se casar; complemento de renda dos casados com filhos e regras que privilegiavam os homens casados e com filhos quanto ao acesso e à promoção no serviço público. O artigo 124 da Constituição Brasileira de 1937 afirmava: “A família, constituída pelo casamento indissolúvel, está sob a proteção especial do Estado. Às famílias numerosas serão atribuídas compensações na proporção de seus encargos”. Naquele período, além dos incentivos ao casamento e à reprodução, vigia uma legislação que proibia o uso de métodos contraceptivos e o aborto: o Decreto Federal n.º 20.291, de 1932, que vedava a prática médica que tivesse por fim impedir a concepção ou interromper a gestação, e a Lei das Contravenções Penais, sancionada em 1941, que proibia “anunciar processo, substância ou objeto destinado a provocar o aborto ou evitar a gravidez”. José Eustáquio Diniz Alves O planejamento familiar no Brasil Internet: <www ecodebate com br> (com adaptações) Com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A1AAA, julgue o item seguinte. Seriam mantidos o sentido e a correção do texto caso o trecho “complemento de renda dos casados com filhos e regras que privilegiavam os homens casados e com filhos” fosse reescrito da seguinte forma: complementar à renda dos casados com filhos e privilegiar aos homens casados e com filhos. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/463346 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/463346 614) CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Língua Portuguesa/2017 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Aula de Português A linguagem na ponta da língua, tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a prima. O português são dois; o outro, mistério. 615) Carlos Drummond de Andrade. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p.1089. A respeito dos aspectos gramaticais desse poema, julgue o item a seguir. Considerando-se as regências do verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta a seguinte reescrita para a oração “Já esqueci a língua”: Já esqueci da língua. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/551436 CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM AL)/CBM AL/Combatente/2017 Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais) Texto O açúcar arrasou o Nordeste. A faixa úmida do litoral, bem regada por chuvas, tinha um solo de grande fertilidade, muito rico em húmus e sais minerais, coberto por matas tropicais da Bahia até o Ceará. Essa região de matas tropicais converteu-se em região de savanas. Naturalmente nascida para produzir alimentos, passou a ser uma região de fome. O latifúndio açucareiro, destrutivo e avassalador, deixou rochas estéreis, solos lavados, terras erodidas. Fizeram-se, a princípio, plantações de laranjas e mangas, que foram abandonadas e se reduziram a pequenas hortas que rodeavam a casa do dono do engenho, exclusivamente reservadas para a família do plantador branco. Os incêndios que abriam terras aos canaviais devastaram a floresta e com ela a fauna; desapareceram os cervos, os javalis, as toupeiras, os coelhos, as pacas e os tatus. A flora e a fauna foram sacrificadas, nos altares da monocultura, à cana-de- açúcar. A produção extensiva esgotou rapidamente os solos. A abundância e a prosperidade eram, como de costume, simétricas à miséria da maioria da população, que vivia em estado crônico de subnutrição. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/551436 616) Daqueles tempos coloniais nasceu o costume, ainda vigente, de comer terra. Antigamente, castigava-se esse “vício africano” colocando-se mordaças nas bocas das crianças ou pendurando-as dentro de cestas a grande distância do solo. A falta de ferro provoca anemia; o instinto leva as crianças a compensar com terra os sais minerais que não encontram em sua comida habitual. O Nordeste brasileiro padece hoje a herança da monocultura do açúcar. Eduardo Galeano. As veias abertas da América Latina. Galeano de Freitas (Trad.). Rio de Janeiro, Paz e Terra (com adaptações). Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto, julgue o item a seguir. A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso a expressão “reservadas para a família” fosse alterada para reservadas à família. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2777781 CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto CG1A1-I Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem, chamada imagem organizacional, pode https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777781 ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização. Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem como na sua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância, ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto internacionalmente. Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as pessoas e as organizações. Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (comadaptações). Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I. É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” em “perante a sociedade” (segundo período do segundo parágrafo). Certo Errado 617) www.tecconcursos.com.br/questoes/2779471 CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024 Língua Portuguesa (Português) - Crase O eucalipto é cortado, e dele se faz o papel. Processo quase alquímico. O inflexível se dobra, o marrom se torna branco, onde cabiam folhas verdes agora cabem ideias maduras. Chegada a obra- prima, alguém trabalha o preenchê-la. E era isso que fascinava tanto o jornalista Pinheiro Júnior — fosse jovem fosse experiente. — Por que arquitetura? Por que arquitetura quando o senhor já havia contribuído tanto com esse talento, com esse dom? — Uma das coisas que mais me atraiu na Última Hora foi a diagramação da UH, a paginação da UH. Enquanto os outros jornais eram jornais duros, feios, a UH era um jornal bonito, era um jornal, inclusive, a cores. Os outros jornais não eram. Arquitetura, em jornalismo, é exatamente a diagramação dos jornais. Bruna Rezende e Victor Gabry. A Arquitetura tem tudo a ver com o Jornalismo! Uma conversa com Pinheiro Júnior, veterano do jornalismo, sobre o que ele ainda não falou. In: Cadernos de reportagem, 2018. Internet: <cadernosdereportagem.wordpress.com>. Com base na leitura e nos sentidos do texto anterior, julgue o item que se segue. Em “Chegada a obra-prima” (quarto período do primeiro parágrafo), o emprego do sinal indicativo de crase é facultativo, de modo que seu emprego manteria os sentidos originais do texto. Certo https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2779471 618) Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2789183 CEBRASPE (CESPE) - Ana Amb (MMA)/MMA/"Sem Área de Concentração"/2024 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto CB1A1 Hoje, a crise hídrica é política — o que significa dizer não inevitável ou necessária, nem além da nossa capacidade de consertá-la — e, logo, opcional, na prática. Esse é um dos motivos para ser, não obstante, terrível como parábola climática: um recurso abundante torna-se escasso pela falta de infraestrutura, pela poluição e pela urbanização e desenvolvimento descuidados. A crise de abastecimento de água não é inevitável, mas presenciamos uma, de um modo ou de outro, e não estamos fazendo muita coisa para resolvê-la. Algumas cidades perdem mais água por vazamentos do que a que é entregue nas casas: mesmo nos Estados Unidos da América (EUA), vazamentos e roubos respondem por uma perda estimada de 16% da água doce; no Brasil, a estimativa é de 40%. Em ambos os casos, assim como por toda parte, a escassez se desenrola tão patentemente sobre o pano de fundo das desigualdades entre pobres e ricos que o drama resultante da competição pelo recurso dificilmente pode ser chamado, de fato, de competição; o jogo está tão arranjado que a escassez de água mais parece um instrumento para aprofundar a desigualdade. O resultado global é que pelo menos 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a água potável segura, e 4,5 bilhões não dispõem de saneamento. David Wallace-Wells. A terra inabitável: uma história do futuro. São Paulo: Cia das Letras, 2019. (com adaptações). Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2789183 619) O acréscimo do sinal indicativo de crase no segmento “a água potável segura” prejudicaria a correção gramatical do texto. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2338522 CEBRASPE (CESPE) - Papis (POLC AL)/POLC AL/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto 1A1 A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos bastante discutidos no cenário estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a permanência da informação por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo. Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem mandados pelo Estado. O propósito básico da quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos contra invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita individualizada da prática de um delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial. A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2338522 620) quando o sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será necessariamente utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca e apreensão com o fim de apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado. Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado. Essas são as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da aplicação da lei, ou quando os interesses do Estado superarem os do particular. Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações). Julgue o item que se segue com base em aspectos linguísticos do texto 1A1. No primeiro período do primeiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase em “à entrega” deve- se à regência do nome “submissão” e à determinação do vocábulo “entrega” por artigo definido. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2341669 CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (POLC AL)/POLC AL/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto CB3A1 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2341669 Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida como Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são notoriamente objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes. Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em partes, eviscerados ou não, e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório, excretor, reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado, largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos, Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores. Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corposhumanos, visto que não haveria o mesmo impacto se os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As exposições de corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido, mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações). 621) A respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1, julgue o item que se segue. Estaria mantida a correção gramatical do quinto período do primeiro parágrafo caso fosse empregado o sinal indicativo de crase no “a” que antecede o nome “formas”. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2368407 CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto 2A1-I O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente, superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas de inteligência artificial. Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368407 622) qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura necessário para a responsabilização com base na culpa. B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais & Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações). Considerando as regras gramaticais e ortográficas da língua portuguesa, julgue o item que se seguem, relativamente ao texto 2A1-I. No início do parágrafo, a substituição de “Perante a” por Perante à comprometeria a correção gramatical do texto. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2395639 CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto CG1A1-I https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395639 A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento, por sua vez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas necessidades básicas com o mínimo de esforço. James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento: considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou ‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e despreocupado, levando uma vida sem ambições materiais, foi utilizado por milhares de conquistadores, administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latina e na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão por dívida. David Graeber e David Wengrow. O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com adaptações). Considerando as estruturas morfossintáticas e os aspectos semânticos do texto CG1A1-I, julgue os seguinte item. 623) No trecho ‘os povos aborígenes tentam submeter os europeus a suas leis’ (segundo parágrafo), a inserção do sinal indicativo de crase no vocábulo ‘a’ resultaria em incorreção gramatical no texto. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2399836 CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto 15A2-I Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos. O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual. Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje paralisadas no Poder Judiciário estadual. Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o instituto da conciliação. Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno. Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399836 624) formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências institucionaispara a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que, segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir demandas judiciárias. Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa. Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações). A respeito das relações de concordância e de regência no texto 15A2-I, julgue o item a seguir. Em “ações que visem à redução da morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais” (segundo parágrafo), o uso do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”, nas suas duas ocorrências, é facultativo. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2459382 CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto CB1A1-I Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2459382 últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet. Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos. Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam retomar a aprendizagem. Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma. Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.” De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”, contextualiza Suelaine. 625) Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão em processo de preparação para o vestibular. Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela. Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações). Em relação aos aspectos gramaticais do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item. No trecho à compreensão e à resolução das tarefas’ (final do quarto parágrafo), a supressão do sinal indicativo de crase no vocábulo ‘à’, em suas duas ocorrências, resultaria em incorreção gramatical no texto Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2520624 CEBRASPE (CESPE) - ATM (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto CG1A1-I https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2520624 Responsabilidade fiscal combina com responsabilidade social? Quando analistas do mercado financeiro e economistas ditos “ortodoxos” referem-se à necessidade de haver responsabilidade fiscal, parece, à primeira vista, que estão se referindo à necessidade de o Estado não realizar gastos (ou abrir mão de receitas públicas) de modo descontrolado, eleitoreiro e ineficiente, aumentando aceleradamente a dívida pública (em proporção do PIB) sem um planejamento econômico- orçamentário de médio e longo prazo. Se fosse somente isso, se fossem somente essas as suas preocupações, não haveria muita polêmica, visto que os políticos e os economistas que questionam a visão do mercado financeiro também concordam com esses parâmetros para qualificar a responsabilidade fiscal. O problema está em alguns diagnósticos e causalidades evocados pelos economistas porta-vozes do mercado financeiro, que podemos sintetizar em duas ideias centrais. A primeira ideia central é a de que a economia brasileira apresentaria historicamente um sério “risco fiscal”, suficiente para tirar o sono daqueles que compram títulos da dívida pública. Exatamente por esse grave risco fiscal, argumenta o economista ortodoxo, é que haveria a necessidade de o Banco Central manter a taxa de juros reais nas alturas, colocando o Brasil quase sempre na posição de país com a maior taxa de juros reais no mundo. Os maiores juros reais do mundo seriam uma espécie de prêmio exigido de modo justo e justificado pelos “investidores” que emprestam seus recursos ao governo: maior risco, maior incerteza, maior prêmio — uma simples e sadia “lei do mercado”. A segunda ideia central é a de que a inflação decorreria de um excesso de demanda na economia. Não adianta apresentar dados objetivos indicando que, em muitos casos, a inflação é gerada por choques de oferta que nada têm a ver com excesso de demanda. A partir desse diagnóstico imutável (e imune aos fatos) de que a inflação — ou o risco de inflação — seria sempre um problema de excesso de demanda, os porta-vozes do mercado estão sempre cobrando do governo que colabore para a redução da demanda e modere seus gastos (exceto o gasto com os juros da dívida pública), e estão sempre cobrando do 626) Banco Central que aumente a taxa básica de juros diante de qualquer tipo de sinal de pressão inflacionária, pois o aumento dos juros causa refluxo da demanda — demissões, queda nos investimentos — e esse refluxo da demanda combateria eficazmente a inflação. Podemos agora formular com precisão: o mercado financeiro não vê antagonismo entre responsabilidade fiscal e responsabilidade social porque, em sua visão, a primeira é sempre uma pré- condição para a segunda. Como o mercado financeiro sempre vê um risco fiscal significativo na economia brasileira, nunca estará satisfeito com o nível de responsabilidade fiscal demonstrado pelo governo, nunca achará que já estamos em condições de avançar com segurança nas tarefas sociais e sempre tachará de “populista” ou “demagógica” qualquer alternativa que signifique abandonar esse beco sem saída ao qual o país foi condenadonas últimas décadas. Internet: <anima.pucminas.br> (com adaptações). No que se refere a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item. Conforme a norma gramatical, é facultativo o uso do sinal indicativo de crase na expressão “têm a ver” (segundo período do quinto parágrafo). Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2534423 CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto 8A2-I https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534423 Os mediadores de leitura são aquelas pessoas que estendem pontes entre os livros e os leitores, ou seja, que criam as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem. A experiência de encontrar os livros certos nos momentos certos da vida, esses livros que nos fascinam e que nos vão transformando em leitores paulatinamente, não tem uma rota única nem uma metodologia específica; por isso, os mediadores de leitura não são fáceis de definir. No entanto, basta lembrar como descobrimos, nos primeiros anos da vida, esses livros que deixaram rastros em nossa infância e, talvez, aparecerão nítidas algumas figuras que foram nossos mediadores de leitura: esses adultos íntimos que deram vida às páginas de um livro, essas vozes que liam para nós, essas mãos e esses rostos que nos apresentavam os mundos possíveis e as emoções dos livros. Os mediadores de leitura, consequentemente, não estão somente na escola, mas no lar, nas bibliotecas e nos espaços não convencionais, como os parques, os hospitais e as ludotecas, entre outros lugares. Durante a primeira infância, quando a criança não lê sozinha, a leitura é um trabalho em parceria e o adulto é quem vai dando sentido a essas páginas que, para o bebê, não seriam nada, sem sua presença e sua voz. Então, os primeiros mediadores de leitura são os pais, as mães, os avós e os educadores da primeira infância e, aos poucos, à medida que as crianças se aproximam da língua escrita, vão se somando outros professores, a exemplo dos bibliotecários, dos livreiros e dos diversos adultos que acompanham a leitura das crianças. Não é fácil reduzir o trabalho do mediador de leitura a um manual de funções. Seu ofício essencial é ler de muitas formas possíveis: em primeiro lugar, para si mesmo, porque um mediador de leitura é um leitor sensível e perspicaz, que se deixa tocar pelos livros, que desfruta e que sonha em compartilhá-los com outras pessoas. Em segundo lugar, um mediador cria rituais, momentos e atmosferas propícias para facilitar os encontros entre livros e leitores. Às vezes, pode fazer a hora do conto e ler em voz alta uma ou várias histórias a um grupo, mas, outras vezes, propicia leituras íntimas e solitárias ou encontros em pequenos grupos. Assim, em certas ocasiões, conversa ou recomenda algum livro; em outras, permanece em silêncio ou se oculta para deixar que livro e leitor conversem. 627) Por isso, além de livros, um mediador de leitura lê seus leitores: quem são, o que sonham e o que temem, e quais são esses livros que podem criar pontes com suas perguntas, com seus momentos vitais e com essa necessidade de construir sentido que nos impulsiona a ler, desde o começo e ao longo da vida. Internet:<https://www.ceale.fae.ufmg.br/> (com adaptações). Julgue o item a seguir, referente às estruturas linguísticas do texto 8A2-I. O emprego do sinal indicativo de crase em “às páginas de um livro” (último período do primeiro parágrafo) é facultativo, já que sua supressão não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido original do texto. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2535775 CEBRASPE (CESPE) - Ana (SERPRO)/SERPRO/Tecnologia/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto Os pais pediram que o menino fosse dormir cedo para que pudesse acordar à hora da passagem do ano. A julgar pela insistência da recomendação, o ano não passaria se ele não se deitasse. O que seria, francamente, um problemão — e para o mundo todo. Se o ano não virasse, tudo o que estava para acontecer a partir da meia-noite bruscamente ficaria retido nas malas, nos pacotes, na escuridão. Por respeito à humanidade, o garoto acatou. Quer dizer, mais ou menos — ficaria na cama de olhos https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2535775 fechados, igual quando brincava de morto, mas dormir mesmo não dormiria. Só estando acordado seria possível devassar de vez o mistério da passagem do ano. Os adultos mentem muito, sabia. Até mesmo sua mãe, que lhe pede não mentir nunca, inventava histórias quando ele perguntava “como era a cara do ano velho e do ano novo”. Sempre lhe respondiam, com sorrisos enigmáticos que não esclarecem nada, que tudo dependia da sua maneira de olhar. Mas olhar o quê? O ano velho indo embora tal qual um balão, “subindo, perdendo gás, perdendo gás, até acabar muito chocho”? Ou a chegada do novo, que descia de paraquedas na praça General Osório, trazendo uma mochila munida de “talco, escova de dentes e pombas”, para soltar em sinal de paz e alegria? Pouca coisa fazia sentido naquela cabeça de menino. Confinado em seu quarto, correu para a janela depois do beijo materno de boa noite e ali ficou, vigia do réveillon. Era preciso guardar o céu, pois com certeza “o ano passa no ar”. Mas o que faria, então, tanta gente na rua, tanto carro buzinando, sem ninguém olhando para cima? Já estavam, decerto, acostumados. “É ruim, ficar acostumado: não se vê mais nada, as coisas vão se apagando”, concluiu a criança da crônica de Drummond. Ninguém ia perceber a passagem do ano. Desiludido, o menino pegou no sono e acordou no chão, apavorado com o estrondo da virada. Foi correndo para a sala, onde os adultos, falando um pouco arrastado, tinham perdido o jeito comum, o jeito diurno. “Ele passou?”, quis saber. Carinhosa, a mãe levou-o de volta para o quarto, encostou o rosto em seu rosto e rogou-lhe que dormisse outra vez. O ano passara sem que ele o visse. Bem que sua mãe tinha alertado: só dependia da maneira de olhar... e ele não acertara com a maneira. Guilherme Tauil. Para o ano que chega. Internet: < https://cronicabrasileira.org.br> (com adaptações). Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto. O emprego do sinal indicativo de crase em “à hora da passagem do ano” (primeiro período do primeiro 628) parágrafo) é facultativo, ou seja, a sua retirada não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido original do texto. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2613722 CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Laboratório/Biologia/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase O papel fundante da memória dos mortos para o desenvolvimento da cultura teve algo de acidental, pois o mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos comportamentos dos ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa espécie. Isso não aconteceu sem contradições, é claro. Com o amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a Papua-Nova Guiné, em distintos momentos e lugares, floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto os mortos que cadáveres eram mutilados e queimados para se garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a queima dos pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres. A Igreja Católica até hoje considera que os restos mortais dos santos são valiosas relíquias religiosas. A propagação dos memes de entidades espirituais foi, portanto, impulsionada pelos afetos positivos e negativos em relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos conhecimentos carregados pelos avós e pais falecidos que transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro círculo virtuoso simbólico. Não é exagero dizer que o motor essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos mortos. A crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou a umacúmulo acelerado de conhecimentos empíricos sobre o mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas, rituais e práticas. Ainda que apoiada em coincidências e superstições de todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2613722 629) racionalidade. Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou não da eficácia dos símbolos religiosos. Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história da ciência e do sonho. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações). A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue. A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse inserido o sinal indicativo de crase no vocábulo “a” empregado no trecho “levou a um acúmulo” (antepenúltimo período do segundo parágrafo). Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2614649 CEBRASPE (CESPE) - TAE (MEC)/MEC/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto CB1A1-I À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando, recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas. Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614649 outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes. Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas. A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de preservação. Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria busca de plenitude que fazem estes temas. Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção, característica dessas fases de transição. Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações). Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item. 630) No trecho “correspondem a novas ansiedades emergentes” (final do segundo parágrafo), seria gramaticalmente correta a inserção do acento indicativo de crase no vocábulo “a”, haja vista a regência do verbo corresponder e a flexão da palavra “novas” no feminino. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2637229 CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais, aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de computadores, agora é uma realidade tangível. Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que brechas sejam exploradas por agentes maliciosos. Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637229 631) características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para mitigar ameaças específicas. Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados. Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de carro: deve-se investir na prevenção para minimizar os danos de um eventual incidente. Internet: <economiasc.com> (com adaptações). Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto precedente. É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” presente no trecho “pode expor empresas a riscos substanciais” (segundo período do segundo parágrafo). Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/2704947 CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto CB1A1-II Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua, 2022), 18,3% dos jovens de 14 a 29 anos não concluíram alguma das etapas da educação básica seja por abandono, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704947 seja por nunca terem frequentado a escola. Sabe-se que a evasão é multifatorial, uma vez que são várias as razões que conduzem ao abandono escolar. A necessidade de trabalhar e o desinteresse pelo estudo foram os principais motivos apontados na pesquisa. O público da educação de jovens e adultos (EJA) é caracterizado pela diversidade: diversidade de experiências escolares e de vivências no mundo do trabalho, diversidade geracional, além daquelas presentes em todas as salas de aula, como a diversidade étnico-racial e de gênero. Defendemos a inserção do termo “idosos”, porque reconhece e enfatiza a necessidade de oferecer oportunidades educacionais a todas as faixas etárias que não tiveram acesso à educação formal ou que desejam retomar seus estudos. Utilizar a expressão completa — educação de jovens, adultos e idosos (EJAI) — busca promover a igualdade de oportunidades, o que pode ajudar a combater e evitar preconceitos e estereótipos. Paula Cobucci; Weruska Machado. Educação linguística para jovens e adultos. São Paulo: Editora Contexto, p. 7-8 (com adaptações). Julgue o item que se segue, em relação a estruturas linguísticas do texto CB1A1-II. A inserção do acento grave em “a escola” (primeiro período do primeiro parágrafo), obtendo-se à escola, é gramaticalmente correta. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1883733 CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022 Língua Portuguesa (Português) - Crase https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883733 632) A tecnologiafinalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do direito. Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de serem apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade e a operacionalidade costumeira do sistema. Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise de grandes volumes de dados. Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados. Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos e o cotidiano dos operadores do direito. O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e vistas com muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas também para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a insubstituível humanidade da justiça. Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações). Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir. 633) A supressão do sinal indicativo de crase no vocábulo “às”, em “às mudanças tecnológicas”, prejudicaria a correção gramatical do texto. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1916982 CEBRASPE (CESPE) - AAmb (ICMBio)/ICMBio/2022 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto “Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das línguas indígenas. Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente transmitido oralmente. Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de conhecimento linguisticamente único. No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos no caso de extinção de determinado idioma. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1916982 Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica: América do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné. Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%. Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente, em línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre, justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%. Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada espécie. O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive, podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades. Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações). Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir. 634) A inclusão do sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, em “atrelado a apenas uma língua indígena” (quarto parágrafo), manteria a correção gramatical do texto, pois, nesse caso, o emprego do acento é facultativo. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1935027 CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022 Língua Portuguesa (Português) - Crase As tecnologias de contar e escrever histórias não seguiram um caminho linear. A própria escrita foi inventada pelo menos duas vezes, primeiro na Mesopotâmia e depois nas Américas. Os sacerdotes indianos se recusavam a escrever as histórias sagradas por medo de perder o controle sobre elas. Professores carismáticos (como Sócrates) se recusaram a escrever. Algumas invenções posteriores foram adotadas somente de forma seletiva, como quando os eruditos árabes usaram o papel chinês, mas não demonstraram nenhum interesse por outra invenção chinesa, a impressão. As invenções relacionadas à escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados. Preservar textos antigos significava manter vivas artificialmente as línguas. Desde então, passou-se a estudar línguas mortas e alguns textos acabaram sendo declarados sagrados. Martin Puchner. O mundo da escrita: como a literatura transformou a civilização. Pedro Maia Soares (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 18 (com adaptações). Julgue o item seguinte, relativo à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1935027 635) No trecho “As invenções relacionadas à escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados”, o emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela fusão de preposição e artigo feminino em uma locução adverbial de modo. Certo Errado www.tecconcursos.com.br/questoes/1945575 CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2022 Língua Portuguesa (Português) - Crase Texto O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha em risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de “segundo grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado” que orienta seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo secundário pode ser visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma ameaça direta — um resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na modelagem da conduta humana mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade. Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9 (com adaptações). A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1945575 636) No terceiro período, o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”
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