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SIMULADO3 -Língua Portuguesa para CNJ 2024

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Prévia do material em texto

601) 
Língua Portuguesa para CNJ 2024
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3TbP8
Ordenação: Por Matéria e Assunto (data)
www.tecconcursos.com.br/questoes/596174
CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 6A2AAA
Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender a conduzir melhor seu carro
quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em como abandoná-lo. O estudo de um
Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se
faz na minha idade, pensa-se em tudo, menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as
crianças e a deixam com maior má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos
tiveram essa mesma vida por objetivo,veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus
cuidados, todos os seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão.
Não pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com a morte.
Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de
minhas reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. Lançado,
desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito para viver
nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de
procurar entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar, minha ardente imaginação já
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3TbP8
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596174
602) 
saltava por cima da recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno desconhecido, para
descansar em uma situação tranquila em que me pudesse fixar.
Jean Jacques Rousseau. Terceira caminhada. In: Jean Jacques Rousseau. Os devaneios do caminhante solitário.
Organização e tradução de Fúlvia MariaLuíza Moretto. Brasília: Editor a da UnB, 1991, p. 16 (com adaptações).
 
Com relação às estruturas linguísticas do texto 6A2AAA, julgue o item que se segue.
 
No trecho “estado de que meu coração precisava”, a preposição “de” é regida pela formal verbal
“precisava”, não pela palavra “estado”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/596176
CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 6A2AAA
Entramos na liça ao nascer; dela saímos ao morrer. De que vale aprender a conduzir melhor seu carro
quando se está no fim do percurso? Só resta pensar então em como abandoná-lo. O estudo de um
Velho, se ainda lhe resta a fazer, é unicamente o de aprender a morrer e é precisamente o que menos se
faz na minha idade, pensa-se em tudo, menos nisso. Todos os velhos dão mais apreço à vida do que as
crianças e a deixam com maior má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos
tiveram essa mesma vida por objetivo,veem, no final, que perderam seus esforços. Todos os seus
cuidados, todos os seus bens, todos os frutos de suas laboriosas vigílias, tudo deixam quando se vão.
Não pensaram em adquirir alguma coisa, durante a vida, que possam levar com a morte.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596176
603) 
Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de
minhas reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter bem amadurecido. Lançado,
desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito para viver
nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de
procurar entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar, minha ardente imaginação já
saltava por cima da recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno desconhecido, para
descansar em uma situação tranquila em que me pudesse fixar.
Jean Jacques Rousseau. Terceira caminhada. In: Jean Jacques Rousseau. Os devaneios do caminhante solitário.
Organização e tradução de Fúlvia MariaLuíza Moretto. Brasília: Editor a da UnB, 1991, p. 16 (com adaptações).
 
Com relação às estruturas linguísticas do texto 6A2AAA, julgue o item que se segue.
 
A regência do verbo restar é diferente nos trechos “resta pensar” e “resta a fazer": neste, o sentido do
verbo altera-se em relação ao empregado naquele.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/620614
CEBRASPE (CESPE) - AI (ABIN)/ABIN/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 
 
A atividade de inteligência é o exercício de ações especializadas para a obtenção e análise de dados,
produção de conhecimentos e proteção de conhecimentos para o país. Inteligência e contrainteligência
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/620614
604) 
são os dois ramos dessa atividade. A inteligência compreende ações de obtenção de dados associadas à
análise para a compreensão desses dados. A análise transforma os dados em cenário compreensível para
o entendimento do passado, do presente e para a perspectiva de como tende a se configurar o futuro.
Cabe à inteligência tratar fundamentalmente da produção de conhecimentos com o objetivo específico de
auxiliar o usuário a tomar decisões de maneira mais fundamentada. A contrainteligência tem como
atribuições a produção de conhecimentos e a realização de ações voltadas à proteção de dados,
conhecimentos, infraestruturas críticas — comunicações, transportes, tecnologias de informação — e
outros ativos sensíveis e sigilosos de interesse do Estado e da sociedade. O trabalho desenvolvido pela
contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças como a espionagem, a sabotagem, o vazamento
de informações e o terrorismo, patrocinadas por instituições, grupos ou governos estrangeiros.
 
Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos do texto.
 
O sentido do texto seria prejudicado, embora sua correção gramatical fosse preservada, caso a
preposição presente na expressão “contra ameaças” fosse substituída pela preposição de.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/664168
CEBRASPE (CESPE) - Esp Port (EMAP)/EMAP/Engenharia Mecânica/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Serviço de tráfego de embarcações
(vessel traffic service – VTS)
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/664168
O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativamente o
tráfego aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja intensa
movimentação de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções.
 
Internacionalmente, os sistemas de VTS são regulamentados pela International Maritime Organization,
sendo seus aspectos técnicos detalhados em recomendações da International Association of Maritime
Aids to Navigation and Lighthouse Authorities. No Brasil, cabe à Marinha do Brasil, autoridade marítima
do país, definir as normas de execução de VTS e autorizar a sua implantação e operação.
 
Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de acompanhar o tráfego
nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado automatic
identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores
ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados.
Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de
responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição,
planejar a movimentação de embarcações e divulgar informações ao navegante. Adicionalmente, o
Centro VTS pode fornecer informações que contribuam para o aumento da eficiência das operações
portuárias, como a atualização de horários de chegada e partida de embarcações.
 
Internet: <www defenseacom br> (com adaptações)
 
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue.
 
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um radar”,
fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.
Certo
Errado
605) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/666964
CEBRASPE (CESPE) - Ass Port (EMAP)/EMAP/Administrativa/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução de barreiras
ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes avanços nas
comunicações, tem exigido mudanças efetivas na atuação do comércio internacional.
 
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que é por meio da
garantia e da possibilidade de entrar no mercado internacional, de estabelecer permanência ou de
engendrar saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança o
resultado último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e serviços.
 
Defesa da concorrência e defesa comercial são instrumentos à disposição dos Estados para lidar com
distintos cenários que afetem a economia. Destaca-se como a principal diferença o efeito que cada
instrumento busca neutralizar.
 
A política de defesa da concorrência busca preservar o ambiente competitivo e coibir condutas desleais
advindas do exercício de poder de mercado. A política de defesa comercial busca proteger a indústria
nacional de práticas desleais de comércio internacional.
 
Elaine Maria Octaviano Martins Curso de direito
marítimo Barueri: Manoele, v 1, 2013, p 65 (com adaptações)
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto precedente e das ideias nele contidas, julgue o item a seguir.
 
O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” é exigido pela presença de “decorrente”,
sendo as inovações uma das quatro causas da crescente internacionalização mencionadas no texto.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/666964
606) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/684341
CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB1A1AAA
Não há dúvida de que a televisão apresenta ao público uma visão distorcida de como a ciência forense é
conduzida e sobre o que ela é capaz, ou não, de realizar. Os atores que interpretam a equipe de
investigação, por exemplo, são uma mistura de policial, detetive e cientista forense — esse perfil
profissional não existe na vida real. Toda profissão, individualmente, já é complexa o bastante e
demanda educação, treinamento e métodos próprios. A especialização dentro dos laboratórios tornou-se
uma norma desde o final da década de 80 do século passado. O cientista forense precisa conhecer os
recursos das outras subdisciplinas, mas ninguém é especialista em todas as áreas da investigação
criminal. Além disso, os laboratórios frequentemente não realizam todos os tipos de análise devido ao
custo, à insuficiência de recursos ou à pouca procura.
As séries da TV retratam incorretamente os cientistas forenses, mostrando-os como se tivessem tempo
de sobra para todos os casos. Os programas mostram diversos detetives, técnicos e cientistas dedicando
toda sua atenção a uma investigação. Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo.
A maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa
parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na dificuldade de dar conta de tanto serviço.
Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem corretamente o que ocorre na vida real
quando o assunto são as técnicas científicas: um cientista forense da Universidade de Maryland estima
que cerca de 40% do que é mostrado no CSI não existe. Os investigadores verdadeiros não conseguem
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/684341
607) 
ser tão precisos quanto suas contrapartes televisivas. Ao analisar uma amostra desconhecida em um
aparelho com telas brilhantes e luzes piscantes, o investigador de um desses seriados pode conseguir
uma resposta do tipo “batom da marca X, cor 42, lote A-439”. O mesmo personagem talvez interrogue
um suspeito e declare “sabemos que a vítima estava com você, pois identificamos o batom dela no seu
colarinho”. No mundo real, os resultados quase nunca são tão exatos, e o investigador forense
provavelmente não confrontaria diretamente um suspeito. Esse desencontro entre ficção e realidade
pode acarretar consequências bizarras. Em Knoxville, Tennessee, um policial relatou: “Estou com um
homem cujo carro foi roubado. Ele viu uma fibra vermelha no banco traseiro e quer que eu descubra de
onde ela veio, em que loja foi comprada e qual cartão de crédito foi usado”.
A realidade do CSI. In: Scientific American Brazil. Segmento. Internet: <http://www2.uol.com.br> (com
adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, bem como o disposto no
Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.
 
A preposição “de” empregada logo após “dificuldade” poderia ser corretamente substituída por em.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/686652
CEBRASPE (CESPE) - EPF/PF/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 13A1AAA
No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica festa
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/686652
de punição de condenados foi-se extinguindo. Em algumas dezenas de anos, desapareceu o corpo como
alvo principal da repressão penal: o corpo supliciado, esquartejado, amputado, marcado simbolicamente
no rosto ou no ombro, exposto vivo ou morto, dado como espetáculo. Ficou a suspeita de que tal rito
que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo
ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam
vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso,
os juízes com assassinos, invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de
piedade e de admiração.
A punição vai-se tornando a parte mais velada do processo penal, provocando várias consequências:
deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à
sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do
crime, e não mais o abominável teatro.
Sob o nome de crimes e delitos, são sempre julgados corretamente os objetos jurídicos definidos pelo
Código. Porém julgam-se também as paixões, os instintos, as anomalias, as enfermidades, as
inadaptações, os efeitos de meio ambiente ou de hereditariedade. Punem-se as agressões, mas, por
meio delas, as agressividades, as violações e, ao mesmo tempo, as perversões, os assassinatos que são,
também, impulsos e desejos. Dir-se-ia que não são eles que são julgados; se são invocados, é para
explicar os fatos a serem julgados e determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida no
crime. As sombras que se escondem por trás dos elementos da causa é que são, na realidade, julgadas e
punidas.
O juiz de nossos dias — magistrado ou jurado — faz outra coisa, bem diferente de “julgar”. E ele não
julga mais sozinho. Ao longo do processo penal, e da execução da pena, prolifera toda uma série de
instâncias anexas. Pequenas justiças e juízes paralelos se multiplicaram em torno do julgamento
principal: peritos psiquiátricos ou psicológicos, magistrados da aplicação das penas, educadores,
funcionários da administração penitenciária fracionam o poder legal de punir. Dir-se-á, no entanto, que
608) 
nenhum deles partilha realmente do direito de julgar; os peritos não intervêm antes da sentença para
fazer um julgamento, mas para esclarecer a decisão dos juízes. Todo o aparelho que se desenvolveu háanos, em torno da aplicação das penas e de seu ajustamento aos indivíduos, multiplica as instâncias da
decisão judiciária, prolongando-a muito além da sentença.
Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento
da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1987, p. 8-26 (com adaptações).
 
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto 13A1AAA, julgue o item.
 
A supressão da preposição “de” empregada logo após “ferocidade”, no trecho “acostumando os
espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados”, manteria a correção gramatical
do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/694817
CEBRASPE (CESPE) - Tec Min (MPE PI)/MPE PI/Administrativa/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo Viramundo: sua troca de
correspondência com os estudantes, julgando estar a se corresponder com sua amada. E eis que passo
pela rama nesta fase de meu relato, já que me é impossível dar a exata medida do grau de maluquice
que inspiraram tais cartas: infelizmente se perderam e de nenhuma encontrei paradeiro, por maiores que
tenham sido os meus esforços em rebuscar coleções, arquivos e alfarrábios em minha terra. Sou forçado,
pois, a limitar-me aos elementos de que disponho, encerrando em desventuras as aventuras de
Viramundo em Ouro Preto, e dando viço às suas peregrinações.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/694817
609) 
 
Fernando Sabino. O grande mentecapto. 62.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.
 
Com referência aos sentidos do texto precedente e às estruturas linguísticas nele empregadas, julgue o
item a seguir.
 
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se substituísse, “de que” por os quais.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/699013
CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC SE)/PC SE/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da Polícia Civil de Sergipe atende a
um público específico, que frequentemente se torna vítima de diversos tipos de violência. Idosos,
homossexuais, mulheres, crianças e adolescentes têm recebido atenção constante no DAGV, onde o
atendimento ganha força e se especializa diariamente.
 
A unidade surgiu como delegacia especializada em setembro de 2004. Agentes e delegados de
atendimento a grupos vulneráveis realizam atendimento às vítimas, centralizam procedimentos relativos
a crimes contra o público vulnerável registrados em outras delegacias, abrem inquéritos e termos
circunstanciados e fazem investigações de queixas.
 
Internet: <www.ssp.se.gov.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/699013
610) 
 
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se, no trecho “a um público específico”, a
preposição “a” fosse suprimida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/705025
CEBRASPE (CESPE) - Ana MPU/MPU/Apoio Jurídico/Direito/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 
 
A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita a respeito
de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de ser capturado por
nossa linguagem. Ainda assim, qualquer estudo sobre a injustiça também demanda uma enunciação
clara e uma análise arrazoada.
 
A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente
sobre um assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação racional. É fácil
ficar tentado a pensar nessa linha. Quando nos defrontamos, por exemplo, com uma alastrada fome
coletiva, parece natural protestar em vez de raciocinar de forma elaborada sobre a justiça e a injustiça.
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se
aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de
uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
 
Amartya Sen. A ideia de justiça. Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes
(Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/705025
611) 
 
Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto.
 
A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho “Quando nos defrontamos, por exemplo, com
uma alastrada fome coletiva”, a forma pronominal “nos” fosse suprimida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/705028
CEBRASPE (CESPE) - Ana MPU/MPU/Apoio Jurídico/Direito/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto 
 
A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita a respeito
de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de ser capturado por
nossa linguagem. Ainda assim, qualquer estudo sobre a injustiça também demanda uma enunciação
clara e uma análise arrazoada.
 
A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente
sobre um assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação racional. É fácil
ficar tentado a pensar nessa linha. Quando nos defrontamos, por exemplo, com uma alastrada fome
coletiva, parece natural protestar em vez de raciocinar de forma elaborada sobre a justiça e a injustiça.
Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se pudesse ter sido evitada, em especial se
aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de
uma teoria da justiça inclui-se o de permitir que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/705028
612) 
Amartya Sen. A ideia de justiça. Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes
(Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto.
 
A substituição de “relacionada com a disciplina” por relacionada à disciplina, embora mantivesse o
sentido do texto, prejudicaria sua correção gramatical.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/737719
CEBRASPE (CESPE) - ET (BNB)/BNB/Analista de Sistemas/Desenvolvimento de
Sistemas/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Dá licença, dona Rachel, para eu contar o que sucedeu depois daquele dia em que Conceição viu o
Vicente “sumir-se no nevoeiro dourado da noite, passando a galope, como um fantasma, por entre o
vulto sombrio dos serrotes”. A senhora sabe que eles eram um do outro, desde o começo desta história
de ir embora e de ficar. Pois bem. Vicente voltou no mesmo galope para o olhar de Conceição, já que
pior do que a seca é a solidão, essa sede que mata a alma da gente.
 
Os dois se casaram, como tinha de ser, em tempo de chuva no Quixadá. E tiveram tantos filhos, seus e
das secas, e tantos netos, e tantos descendentes que povoaram o sertão de bem-querer e de coragem.
 
Sim, foi vagaroso até que o “feijão grelasse, enramasse, florasse, que o milho abrisse as palmas,
estendesse o pendão, bonecasse, e lentamente endurecesse o caroço; e que ainda por muitos meses a
mandioca aprofundasse na terra as raízes negras...”. Foram cem anos, até que nascessem Marias e Josés,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/737719
613) 
rainhas do doce e reis da palma, e outras Inácias, entre fé e semeadura. Foram cem anos até haver a
sombra da mandala, a multiplicação do gado, a terra de tudo.
 
Ainda não tem água e há o lamento, mas aconteceu também de o sertanejo aprender a reinventar a lida
e semear a felicidade. Essas são as gentes da Conceição e do Vicente — que não envergavam e
permaneceram porque o sertão mesmo diz: “Não me deixes”.
 
É assim, dona Rachel,a história que o jornal conta neste quarto ano de “seca encarrilhada”, no dizer do
povo. São outros quinze.
 
Internet: <https://especiais.opovo.com.br> (com adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
A substituição de “depois” por após prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1976286
CEBRASPE (CESPE) - Tec (EBSERH)/EBSERH/Análises Clínicas/2018
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto CB2A1AAA
O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-natalista. Por cerca
de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência de altas taxas
de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do
crescimento do mercado interno.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1976286
Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio Vargas, foram adotados
dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas: desestímulo ao
trabalho feminino; facilidades para a aquisição de casa própria pelos indivíduos que pretendessem se
casar; complemento de renda dos casados com filhos e regras que privilegiavam os homens casados e
com filhos quanto ao acesso e à promoção no serviço público.
O artigo 124 da Constituição Brasileira de 1937 afirmava: “A família, constituída pelo casamento
indissolúvel, está sob a proteção especial do Estado. Às famílias numerosas serão atribuídas
compensações na proporção de seus encargos”. Naquele período, além dos incentivos ao casamento e à
reprodução, vigia uma legislação que proibia o uso de métodos contraceptivos e o aborto: o Decreto
Federal n.º 20.291, de 1932, que vedava a prática médica que tivesse por fim impedir a concepção ou
interromper a gestação, e a Lei das Contravenções Penais, sancionada em 1941, que proibia “anunciar
processo, substância ou objeto destinado a provocar o aborto ou evitar a gravidez”.
José Eustáquio Diniz Alves
O planejamento familiar no Brasil Internet: <www ecodebate com br> (com adaptações)
 
Com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A1AAA, julgue o item seguinte.
 
Seriam mantidos o sentido e a correção do texto caso o trecho “complemento de renda dos casados com
filhos e regras que privilegiavam os homens casados e com filhos” fosse reescrito da seguinte forma:
complementar à renda dos casados com filhos e privilegiar aos homens casados e com filhos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/463346
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/463346
614) 
CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Língua Portuguesa/2017
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Aula de Português
 
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
 
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
 
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
 
O português são dois; o outro, mistério.
 
615) 
Carlos Drummond de Andrade. Poesia Completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p.1089.
 
A respeito dos aspectos gramaticais desse poema, julgue o item a seguir.
 
Considerando-se as regências do verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta a seguinte
reescrita para a oração “Já esqueci a língua”: Já esqueci da língua.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/551436
CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM AL)/CBM AL/Combatente/2017
Língua Portuguesa (Português) - Regência Nominal e Verbal (Casos Gerais)
Texto
 
O açúcar arrasou o Nordeste. A faixa úmida do litoral, bem regada por chuvas, tinha um solo de grande
fertilidade, muito rico em húmus e sais minerais, coberto por matas tropicais da Bahia até o Ceará. Essa
região de matas tropicais converteu-se em região de savanas. Naturalmente nascida para produzir
alimentos, passou a ser uma região de fome. O latifúndio açucareiro, destrutivo e avassalador, deixou
rochas estéreis, solos lavados, terras erodidas. Fizeram-se, a princípio, plantações de laranjas e mangas,
que foram abandonadas e se reduziram a pequenas hortas que rodeavam a casa do dono do engenho,
exclusivamente reservadas para a família do plantador branco. Os incêndios que abriam terras aos
canaviais devastaram a floresta e com ela a fauna; desapareceram os cervos, os javalis, as toupeiras, os
coelhos, as pacas e os tatus. A flora e a fauna foram sacrificadas, nos altares da monocultura, à cana-de-
açúcar. A produção extensiva esgotou rapidamente os solos. A abundância e a prosperidade eram, como
de costume, simétricas à miséria da maioria da população, que vivia em estado crônico de subnutrição.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/551436
616) 
Daqueles tempos coloniais nasceu o costume, ainda vigente, de comer terra. Antigamente, castigava-se
esse “vício africano” colocando-se mordaças nas bocas das crianças ou pendurando-as dentro de cestas a
grande distância do solo. A falta de ferro provoca anemia; o instinto leva as crianças a compensar com
terra os sais minerais que não encontram em sua comida habitual. O Nordeste brasileiro padece hoje a
herança da monocultura do açúcar.
 
Eduardo Galeano. As veias abertas da América Latina.
Galeano de Freitas (Trad.). Rio de Janeiro, Paz e Terra (com adaptações).
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto, julgue o item a seguir.
 
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso a expressão “reservadas
para a família” fosse alterada para reservadas à família.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2777781
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-I
Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua
existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função
de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação
que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem, chamada imagem organizacional, pode
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777781
ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas
de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização.
Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada
vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na
medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem
como na sua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância,
ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto
internacionalmente.
Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de
imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das
ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela
organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume
de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e
informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as
pessoas e as organizações.
Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e
Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de
dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (comadaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” em “perante a sociedade” (segundo
período do segundo parágrafo).
Certo
Errado
617) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2779471
CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O eucalipto é cortado, e dele se faz o papel. Processo quase alquímico. O inflexível se dobra, o
marrom se torna branco, onde cabiam folhas verdes agora cabem ideias maduras. Chegada a obra-
prima, alguém trabalha o preenchê-la. E era isso que fascinava tanto o jornalista Pinheiro Júnior — fosse
jovem fosse experiente.
— Por que arquitetura? Por que arquitetura quando o senhor já havia contribuído tanto com esse talento,
com esse dom?
— Uma das coisas que mais me atraiu na Última Hora foi a diagramação da UH, a paginação da UH.
Enquanto os outros jornais eram jornais duros, feios, a UH era um jornal bonito, era um jornal, inclusive,
a cores. Os outros jornais não eram. Arquitetura, em jornalismo, é exatamente a diagramação dos
jornais.
Bruna Rezende e Victor Gabry. A Arquitetura tem tudo a ver com o Jornalismo! Uma conversa com Pinheiro
Júnior, veterano do jornalismo, sobre o que ele ainda não falou. In: Cadernos de reportagem, 2018. Internet:
<cadernosdereportagem.wordpress.com>.
 
Com base na leitura e nos sentidos do texto anterior, julgue o item que se segue.
 
Em “Chegada a obra-prima” (quarto período do primeiro parágrafo), o emprego do sinal indicativo de
crase é facultativo, de modo que seu emprego manteria os sentidos originais do texto.
Certo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2779471
618) 
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2789183
CEBRASPE (CESPE) - Ana Amb (MMA)/MMA/"Sem Área de Concentração"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1
 
Hoje, a crise hídrica é política — o que significa dizer não inevitável ou necessária, nem além da nossa
capacidade de consertá-la — e, logo, opcional, na prática. Esse é um dos motivos para ser, não obstante,
terrível como parábola climática: um recurso abundante torna-se escasso pela falta de infraestrutura,
pela poluição e pela urbanização e desenvolvimento descuidados. A crise de abastecimento de água não
é inevitável, mas presenciamos uma, de um modo ou de outro, e não estamos fazendo muita coisa para
resolvê-la.
 
Algumas cidades perdem mais água por vazamentos do que a que é entregue nas casas: mesmo nos
Estados Unidos da América (EUA), vazamentos e roubos respondem por uma perda estimada de 16% da
água doce; no Brasil, a estimativa é de 40%. Em ambos os casos, assim como por toda parte, a escassez
se desenrola tão patentemente sobre o pano de fundo das desigualdades entre pobres e ricos que o
drama resultante da competição pelo recurso dificilmente pode ser chamado, de fato, de competição; o
jogo está tão arranjado que a escassez de água mais parece um instrumento para aprofundar a
desigualdade. O resultado global é que pelo menos 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a
água potável segura, e 4,5 bilhões não dispõem de saneamento.
 
David Wallace-Wells. A terra inabitável: uma história do futuro.
São Paulo: Cia das Letras, 2019. (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2789183
619) 
 
O acréscimo do sinal indicativo de crase no segmento “a água potável segura” prejudicaria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2338522
CEBRASPE (CESPE) - Papis (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 1A1
A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em
liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos bastante discutidos no cenário
estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a
permanência da informação por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O
foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo.
Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de
modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem mandados pelo Estado. O propósito básico da
quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos
contra invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de
busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita individualizada da prática de um
delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial.
A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida
mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no
banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2338522
620) 
quando o sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o
material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será necessariamente
utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca
e apreensão com o fim de apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado.
Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a
esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência
de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado.
Essas são as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão
sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da aplicação da lei, ou
quando os interesses do Estado superarem os do particular.
Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue com base em aspectos linguísticos do texto 1A1.
No primeiro período do primeiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase em “à entrega” deve-
se à regência do nome “submissão” e à determinação do vocábulo “entrega” por artigo definido.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2341669
CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB3A1
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2341669
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real,
traduzida como Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades
brasileiras puderam visitar a exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16
cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de cadáveres estripados e mutilados
deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são notoriamente
objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes.
Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em
partes, eviscerados ou não, e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso,
respiratório, digestório, excretor, reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao
contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado,
largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos, Bodies revealed é um
espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores e
texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corposhumanos, visto que não haveria o
mesmo impacto se os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a
relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social,
distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas,
ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As exposições de corpos
humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido, mas
sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles
que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais,
dissecados e modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja
riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas.
Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
621) 
A respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1, julgue o item que se segue.
 
Estaria mantida a correção gramatical do quinto período do primeiro parágrafo caso fosse empregado o
sinal indicativo de crase no “a” que antecede o nome “formas”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368407
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368407
622) 
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
Considerando as regras gramaticais e ortográficas da língua portuguesa, julgue o item que se seguem,
relativamente ao texto 2A1-I.
 
No início do parágrafo, a substituição de “Perante a” por Perante à comprometeria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2395639
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395639
A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de
que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram
considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento,
por sua vez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse
argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor
defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o
indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do
indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo
os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas
necessidades básicas com o mínimo de esforço.
James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento:
considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os
europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham
erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou
‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e
despreocupado, levando uma vida sem ambições materiais, foi utilizado por milhares de conquistadores,
administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latina e
na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a
escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão por dívida.
David Graeber e David Wengrow.
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com
adaptações).
 
Considerando as estruturas morfossintáticas e os aspectos semânticos do texto CG1A1-I, julgue os
seguinte item.
 
623) 
No trecho ‘os povos aborígenes tentam submeter os europeus a suas leis’ (segundo parágrafo), a
inserção do sinal indicativo de crase no vocábulo ‘a’ resultaria em incorreção gramatical no texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399836
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 15A2-I
Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a
diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos.
O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do
Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto
da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual.
Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje
paralisadas no Poder Judiciário estadual.
Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da
morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos
desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o
instituto da conciliação.
Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de
resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno.
Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399836
624) 
formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências
institucionaispara a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que,
segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz
respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de
difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir
demandas judiciárias.
Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa.
Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de
justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).
 
A respeito das relações de concordância e de regência no texto 15A2-I, julgue o item a seguir.
Em “ações que visem à redução da morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais”
(segundo parágrafo), o uso do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”, nas suas duas ocorrências, é
facultativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2459382
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2459382
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
625) 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos gramaticais do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
No trecho à compreensão e à resolução das tarefas’ (final do quarto parágrafo), a supressão do sinal
indicativo de crase no vocábulo ‘à’, em suas duas ocorrências, resultaria em incorreção gramatical no
texto
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2520624
CEBRASPE (CESPE) - ATM (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CG1A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2520624
Responsabilidade fiscal combina com responsabilidade social?
Quando analistas do mercado financeiro e economistas ditos “ortodoxos” referem-se à necessidade de
haver responsabilidade fiscal, parece, à primeira vista, que estão se referindo à necessidade de o Estado
não realizar gastos (ou abrir mão de receitas públicas) de modo descontrolado, eleitoreiro e ineficiente,
aumentando aceleradamente a dívida pública (em proporção do PIB) sem um planejamento econômico-
orçamentário de médio e longo prazo. Se fosse somente isso, se fossem somente essas as suas
preocupações, não haveria muita polêmica, visto que os políticos e os economistas que questionam a
visão do mercado financeiro também concordam com esses parâmetros para qualificar a
responsabilidade fiscal.
O problema está em alguns diagnósticos e causalidades evocados pelos economistas porta-vozes do
mercado financeiro, que podemos sintetizar em duas ideias centrais.
A primeira ideia central é a de que a economia brasileira apresentaria historicamente um sério “risco
fiscal”, suficiente para tirar o sono daqueles que compram títulos da dívida pública. Exatamente por esse
grave risco fiscal, argumenta o economista ortodoxo, é que haveria a necessidade de o Banco Central
manter a taxa de juros reais nas alturas, colocando o Brasil quase sempre na posição de país com a
maior taxa de juros reais no mundo. Os maiores juros reais do mundo seriam uma espécie de prêmio
exigido de modo justo e justificado pelos “investidores” que emprestam seus recursos ao governo: maior
risco, maior incerteza, maior prêmio — uma simples e sadia “lei do mercado”.
A segunda ideia central é a de que a inflação decorreria de um excesso de demanda na economia. Não
adianta apresentar dados objetivos indicando que, em muitos casos, a inflação é gerada por choques de
oferta que nada têm a ver com excesso de demanda. A partir desse diagnóstico imutável (e imune aos
fatos) de que a inflação — ou o risco de inflação — seria sempre um problema de excesso de demanda,
os porta-vozes do mercado estão sempre cobrando do governo que colabore para a redução da demanda
e modere seus gastos (exceto o gasto com os juros da dívida pública), e estão sempre cobrando do
626) 
Banco Central que aumente a taxa básica de juros diante de qualquer tipo de sinal de pressão
inflacionária, pois o aumento dos juros causa refluxo da demanda — demissões, queda nos investimentos
— e esse refluxo da demanda combateria eficazmente a inflação.
Podemos agora formular com precisão: o mercado financeiro não vê antagonismo entre responsabilidade
fiscal e responsabilidade social porque, em sua visão, a primeira é sempre uma pré- condição para a
segunda. Como o mercado financeiro sempre vê um risco fiscal significativo na economia brasileira,
nunca estará satisfeito com o nível de responsabilidade fiscal demonstrado pelo governo, nunca achará
que já estamos em condições de avançar com segurança nas tarefas sociais e sempre tachará de
“populista” ou “demagógica” qualquer alternativa que signifique abandonar esse beco sem saída ao qual
o país foi condenadonas últimas décadas.
Internet: <anima.pucminas.br> (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.
 
Conforme a norma gramatical, é facultativo o uso do sinal indicativo de crase na expressão “têm a ver”
(segundo período do quinto parágrafo).
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto 8A2-I
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Os mediadores de leitura são aquelas pessoas que estendem pontes entre os livros e os leitores, ou seja,
que criam as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem. A
experiência de encontrar os livros certos nos momentos certos da vida, esses livros que nos fascinam e
que nos vão transformando em leitores paulatinamente, não tem uma rota única nem uma metodologia
específica; por isso, os mediadores de leitura não são fáceis de definir. No entanto, basta lembrar como
descobrimos, nos primeiros anos da vida, esses livros que deixaram rastros em nossa infância e, talvez,
aparecerão nítidas algumas figuras que foram nossos mediadores de leitura: esses adultos íntimos que
deram vida às páginas de um livro, essas vozes que liam para nós, essas mãos e esses rostos que nos
apresentavam os mundos possíveis e as emoções dos livros.
Os mediadores de leitura, consequentemente, não estão somente na escola, mas no lar, nas bibliotecas e
nos espaços não convencionais, como os parques, os hospitais e as ludotecas, entre outros lugares.
Durante a primeira infância, quando a criança não lê sozinha, a leitura é um trabalho em parceria e o
adulto é quem vai dando sentido a essas páginas que, para o bebê, não seriam nada, sem sua presença
e sua voz. Então, os primeiros mediadores de leitura são os pais, as mães, os avós e os educadores da
primeira infância e, aos poucos, à medida que as crianças se aproximam da língua escrita, vão se
somando outros professores, a exemplo dos bibliotecários, dos livreiros e dos diversos adultos que
acompanham a leitura das crianças.
Não é fácil reduzir o trabalho do mediador de leitura a um manual de funções. Seu ofício essencial é ler
de muitas formas possíveis: em primeiro lugar, para si mesmo, porque um mediador de leitura é um
leitor sensível e perspicaz, que se deixa tocar pelos livros, que desfruta e que sonha em compartilhá-los
com outras pessoas. Em segundo lugar, um mediador cria rituais, momentos e atmosferas propícias para
facilitar os encontros entre livros e leitores. Às vezes, pode fazer a hora do conto e ler em voz alta uma
ou várias histórias a um grupo, mas, outras vezes, propicia leituras íntimas e solitárias ou encontros em
pequenos grupos. Assim, em certas ocasiões, conversa ou recomenda algum livro; em outras, permanece
em silêncio ou se oculta para deixar que livro e leitor conversem.
627) 
Por isso, além de livros, um mediador de leitura lê seus leitores: quem são, o que sonham e o que
temem, e quais são esses livros que podem criar pontes com suas perguntas, com seus momentos vitais
e com essa necessidade de construir sentido que nos impulsiona a ler, desde o começo e ao longo da
vida.
Internet:<https://www.ceale.fae.ufmg.br/> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, referente às estruturas linguísticas do texto 8A2-I.
 
O emprego do sinal indicativo de crase em “às páginas de um livro” (último período do primeiro
parágrafo) é facultativo, já que sua supressão não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido
original do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana (SERPRO)/SERPRO/Tecnologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto
 
Os pais pediram que o menino fosse dormir cedo para que pudesse acordar à hora da passagem do ano.
A julgar pela insistência da recomendação, o ano não passaria se ele não se deitasse. O que seria,
francamente, um problemão — e para o mundo todo. Se o ano não virasse, tudo o que estava para
acontecer a partir da meia-noite bruscamente ficaria retido nas malas, nos pacotes, na escuridão. Por
respeito à humanidade, o garoto acatou. Quer dizer, mais ou menos — ficaria na cama de olhos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2535775
fechados, igual quando brincava de morto, mas dormir mesmo não dormiria. Só estando acordado seria
possível devassar de vez o mistério da passagem do ano.
Os adultos mentem muito, sabia. Até mesmo sua mãe, que lhe pede não mentir nunca, inventava
histórias quando ele perguntava “como era a cara do ano velho e do ano novo”. Sempre lhe respondiam,
com sorrisos enigmáticos que não esclarecem nada, que tudo dependia da sua maneira de olhar. Mas
olhar o quê? O ano velho indo embora tal qual um balão, “subindo, perdendo gás, perdendo gás, até
acabar muito chocho”? Ou a chegada do novo, que descia de paraquedas na praça General Osório,
trazendo uma mochila munida de “talco, escova de dentes e pombas”, para soltar em sinal de paz e
alegria? Pouca coisa fazia sentido naquela cabeça de menino.
Confinado em seu quarto, correu para a janela depois do beijo materno de boa noite e ali ficou, vigia do
réveillon. Era preciso guardar o céu, pois com certeza “o ano passa no ar”. Mas o que faria, então, tanta
gente na rua, tanto carro buzinando, sem ninguém olhando para cima? Já estavam, decerto,
acostumados. “É ruim, ficar acostumado: não se vê mais nada, as coisas vão se apagando”, concluiu a
criança da crônica de Drummond. Ninguém ia perceber a passagem do ano.
Desiludido, o menino pegou no sono e acordou no chão, apavorado com o estrondo da virada. Foi
correndo para a sala, onde os adultos, falando um pouco arrastado, tinham perdido o jeito comum, o
jeito diurno. “Ele passou?”, quis saber. Carinhosa, a mãe levou-o de volta para o quarto, encostou o rosto
em seu rosto e rogou-lhe que dormisse outra vez. O ano passara sem que ele o visse. Bem que sua mãe
tinha alertado: só dependia da maneira de olhar... e ele não acertara com a maneira.
Guilherme Tauil. Para o ano que chega. Internet: < https://cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à hora da passagem do ano” (primeiro período do primeiro
628) 
parágrafo) é facultativo, ou seja, a sua retirada não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido
original do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Laboratório/Biologia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
O papel fundante da memória dos mortos para o desenvolvimento da cultura teve algo de
acidental, pois o mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos comportamentos dos
ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando
perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa espécie. Isso não aconteceu sem
contradições, é claro. Com o amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a Papua-Nova
Guiné, em distintos momentos e lugares, floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos
espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto os mortos que cadáveres eram
mutilados e queimados para se garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a queima dos
pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres. A Igreja Católica até hoje considera que os restos
mortais dos santos são valiosas relíquias religiosas.
A propagação dos memes de entidades espirituais foi, portanto, impulsionada pelos afetos positivos e
negativos em relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos conhecimentos carregados pelos
avós e pais falecidos que transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro círculo virtuoso
simbólico. Não é exagero dizer que o motor essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos
mortos. A crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou a umacúmulo acelerado de
conhecimentos empíricos sobre o mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas, rituais e práticas.
Ainda que apoiada em coincidências e superstições de todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2613722
629) 
racionalidade. Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou não da eficácia dos
símbolos religiosos.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história
da ciência e do sonho. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse inserido o sinal indicativo de crase no vocábulo
“a” empregado no trecho “levou a um acúmulo” (antepenúltimo período do segundo parágrafo).
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2614649
CEBRASPE (CESPE) - TAE (MEC)/MEC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614649
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
630) 
 
No trecho “correspondem a novas ansiedades emergentes” (final do segundo parágrafo), seria
gramaticalmente correta a inserção do acento indicativo de crase no vocábulo “a”, haja vista a regência
do verbo corresponder e a flexão da palavra “novas” no feminino.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637229
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637229
631) 
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir
a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção para minimizar os danos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
 
É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” presente no trecho “pode expor
empresas a riscos substanciais” (segundo período do segundo parágrafo).
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2704947
CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto CB1A1-II
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua, 2022), 18,3%
dos jovens de 14 a 29 anos não concluíram alguma das etapas da educação básica seja por abandono,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704947
seja por nunca terem frequentado a escola. Sabe-se que a evasão é multifatorial, uma vez que são várias
as razões que conduzem ao abandono escolar. A necessidade de trabalhar e o desinteresse pelo estudo
foram os principais motivos apontados na pesquisa.
O público da educação de jovens e adultos (EJA) é caracterizado pela diversidade: diversidade de
experiências escolares e de vivências no mundo do trabalho, diversidade geracional, além daquelas
presentes em todas as salas de aula, como a diversidade étnico-racial e de gênero. Defendemos a
inserção do termo “idosos”, porque reconhece e enfatiza a necessidade de oferecer oportunidades
educacionais a todas as faixas etárias que não tiveram acesso à educação formal ou que desejam
retomar seus estudos. Utilizar a expressão completa — educação de jovens, adultos e idosos (EJAI) —
busca promover a igualdade de oportunidades, o que pode ajudar a combater e evitar preconceitos e
estereótipos.
Paula Cobucci; Weruska Machado.
Educação linguística para jovens e adultos.
São Paulo: Editora Contexto, p. 7-8 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, em relação a estruturas linguísticas do texto CB1A1-II.
 
A inserção do acento grave em “a escola” (primeiro período do primeiro parágrafo), obtendo-se à
escola, é gramaticalmente correta.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883733
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883733
632) A tecnologiafinalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do
direito. Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de
serem apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade
e a operacionalidade costumeira do sistema.
 
Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise
de grandes volumes de dados.
 
Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.
 
Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos e
o cotidiano dos operadores do direito.
 
O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem
do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam
inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e
vistas com muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas
também para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a
insubstituível humanidade da justiça.
 
Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria
Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
633) 
A supressão do sinal indicativo de crase no vocábulo “às”, em “às mudanças tecnológicas”, prejudicaria a
correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1916982
CEBRASPE (CESPE) - AAmb (ICMBio)/ICMBio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto
 
“Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os
pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o
perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das
línguas indígenas.
Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da
extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser
esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente
transmitido oralmente.
Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de
conhecimento linguisticamente único.
No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado
a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos
no caso de extinção de determinado idioma.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1916982
Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a
relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas
indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a
subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema
digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica: América
do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.
Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas
medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do
conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em
Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.
Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente, em
línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre,
justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.
Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma
planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia
para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada
espécie.
O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive,
podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.
Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).
 
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
634) 
 
A inclusão do sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, em “atrelado a apenas uma língua indígena”
(quarto parágrafo), manteria a correção gramatical do texto, pois, nesse caso, o emprego do acento é
facultativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1935027
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
As tecnologias de contar e escrever histórias não seguiram um caminho linear. A própria escrita foi
inventada pelo menos duas vezes, primeiro na Mesopotâmia e depois nas Américas. Os sacerdotes
indianos se recusavam a escrever as histórias sagradas por medo de perder o controle sobre elas.
Professores carismáticos (como Sócrates) se recusaram a escrever. Algumas invenções posteriores foram
adotadas somente de forma seletiva, como quando os eruditos árabes usaram o papel chinês, mas não
demonstraram nenhum interesse por outra invenção chinesa, a impressão. As invenções relacionadas à
escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados. Preservar textos antigos significava manter
vivas artificialmente as línguas. Desde então, passou-se a estudar línguas mortas e alguns textos
acabaram sendo declarados sagrados.
Martin Puchner. O mundo da escrita: como a literatura
transformou a civilização. Pedro Maia Soares (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 18 (com
adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativo à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1935027
635) 
No trecho “As invenções relacionadas à escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados”, o
emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela fusão de preposição e artigo feminino em uma
locução adverbial de modo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1945575
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2022
Língua Portuguesa (Português) - Crase
Texto
 
O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa
experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente
detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha em
risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de
“segundo grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado” que
orienta seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo secundário pode
ser visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma ameaça direta — um
resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na modelagem da conduta humana
mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.
Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9
(com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1945575
636) 
No terceiro período, o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”

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