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ROGER, Jacques. Histoire de la Littérature Française. Du XVIII siècle à nos jours. Paris : Armand Colin, (date ?). DATES : 1871-1890. República instável, com maioria monarquista, com integrantes republicanos, imperialistas, anarquistas, etc. É um caldeirão de todas as tendências passadas. 1890.. Boa parte do catolicismo e do monarquismo aderem à República. (ainda assim o clima não é tranquilo: assassinato de um presidente em 1894, por um anarquista). 1896: republicanos moderados. 1897: Affaire Dreyfus e novamente a agitação na divisão do país. 1899 a 1909: República radical. Divisão do país. II Internationale. Agitação social. 1909-1914: agitation ouvrière et paysanne se calme. Le peuple remit en cause la predominance de la gauche depuis 1899. Son soucis n’est plus exactemente le nationalisme, patriotisme, gauche, droite ; bref, son souci n’est plus les affaires intérieures, cernés au territoire français. La peur est en face les Francais. Il y a en Europe la montée des périls vers une grande guèrre. CLIMAT POLITIQUE DU TOURNANT DU XIXè ET DU XXè SIÈCLE Fermentation: • Nationaliste • Socialiste. 1892: République installée vraiment: assentiment général, soutenue par le monde rural. Le régime républicain, aprés avoir été fortement ébranlé, apparaît enfin incontesté. Mais il n’y avait pas une vraie politique sociale: • Le social est laissée à la initiative individuelle (Société des habitations à bom marché, 1896). Les “Principes imprescriptibles de 89”. La République dite moderée s’achemène vers la réalisation de son idéal: • Une société sans prête et sans roi. (sem intervenção da Igreja e da Monarquia) Mais il y a une montée du patriotisme continental: les campagnes militaires entre 1893 e 1895 fondent peu à peu l’Empire colonial. Acontecimentos históricos e Ideias Presentes no Período. La Belle Époque: Otimismo mundano. A França está rica, próspera, poderosa. A civilização industrial e a sociedade capitalista estão em pleno desenvolvimento. A rede elétrica expande-se. O automóvel e o cinema fazem sua aparição. A moeda encontra sua estabilidade, provocando a impressão de equilíbrio político internacional inabalável. A sociedade libera- se das preocupações com uma vida fácil. Paris – centro nervoso da França - é uma cidade de luxo e prazer; é onde se forjam as reputações, onde se trocam e se difundem as opiniões, ideias, doutrinas. É a época do charme, luxo, lascívia-prazer. A Belle Époque é o estilo de vida luxuoso dos franceses. Investimento na aparência. Há um “quê” de superficialidade. Também ela traça um caminho, sem perceber, com um otimismo e ingenuidade perigosos, que desembocarão na Grande Guerra. O motivo deste otimismo vem do fato de a Europa ter alcançado maturidade econômica suficiente para acreditar que não há necessidade de preocupar-se com o futuro. Monde et demi-monde As aristocracias – as do dinheiro e as da nobreza – cultivam a alegria de viver, o prazer da vida, o refinamento e a beleza. Aparece uma nova elite que adere a esse refinamento, beleza e alegria de viver, participando do modo de vida dessas aristocracias; fazem parte dessa nova elite os artistas, os escritores, as atrizes de teatro (camada denominada “demi-monde”) Por detrás desta fachada, esconde-se os perigos que serão ignorados e que irão desembocar na Primeira Guerra Mundial. Assinala-se que a Paris do divertimento e luxo encontra-se nos seus bairros luxuosos. Em bairros periféricos encontra-se a Paris do trabalho, onde serão organizados os sindicatos, em sua elaboração das reivindicações trabalhistas Além do trabalho sem suas devidas leis, há o empobrecimento de sua maneira de viver: a habitação. Explicando: com a saída da mão de obra do campo para as indústrias, nas grandes cidades, a demanda por casas aumenta e por conseguinte, surge com força a especulação imobiliária. As moradias dos operários serão precárias e cada vez mais longe do centro de Paris. La Belle Epoque: Apollinaire, théâtre avec Claudel, roman avec Proust. La Première Guerre Monidal a interrompu cette renaissance des esprits et des oeuvres. Elle a precipité la brutale confrontation de la modernité littéraire, plus largement esthétique avec les réalités – techniques, sociales et ideologiques). Na narrativa, ecoa um certo positivismo do século XX, aliado a um pacifismo, geralmente com tons sociais, (Romain Rolland e Roger Martin du Gard). Primeira Guerra Mundial A Primeira Guerra tem origens diversas. Na França é possível apontar que, em parte, ela resulta da derrota da França na Guerra da Prússia (1970 mais ou menos), com as consequentes perdas das regiões de Alsace Lorraine. A primeira guerra mundial é acolhida com entusiasmo pela maioria dos franceses, no verão de 1914 como a guerra “fraîche et joyeuse”. Muitos franceses acreditavam que ela seria a ocasião para a França de se vingar de 1870, quando perdeu a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha. Enfim, os nacionalismos exacerbados, tanto da direita quanto da esquerda, acolheram com otimismo a Primeira Guerra Mundial. Porém, no final da Guerra, um escritor pronuncia a seguinte frase “Nous autres, civilizations, nous savons maintenant que nous sommes mortelles”. Frase de Valéry em 1919, que traduziu bem a amplitude do choque psicológico produzido por uma guerra que é, por muitos, considerada uma revolução. Não é somente um choque psicológico, é a tomada de consciência de que as pessoas podem destruir-se e destruir tudo que se construiu ao longo de séculos. Consciência do perigo de destruição de tudo o que se construiu, de todos os progressos da humanidade. Há uma ideologia, que também está nos escritores do início da guerra, sobre a camaradagens dos colegas das trincheiras, dos atos de heroísmo, influenciados pela imprensa e pelo governo. Haverá uma literatura de escritores que falam sobre os horrores da guerra. Esta literatura não é muito conhecida, nem deveria ser. Tem uma que mostra uma indiferença em relação à guerra, que é Le Diable au Corps. Pós-guerra e a política Aquele que se sobressaiu, que ocupou os primeiros anos do pós-guerra foi o “bleu horizon”, que era a cor do uniforme dos soldados das trincheiras – os que saíram vivos dela, aliás. Eles, como heróis, acabaram sendo eleitos para o legislativo federal – a Assemblée et Sénat. Também eles aí estavam porque havia a influência do comunismo, da Revolução Russa, na França. criação do partido comunista francês em 1920. O vigor do Centro e da Direita, do após guerra, logo será substituída pela Esquerda (e depois pela direita, e depois pela esquerda, e depois pela direita ....) Há autores que mostram os horrores da guerra., mas a história da literatura esquece deles. (Há no youtube um vídeo sobre eles, bem curtinho. Assunto: horrores da vida nas trincheiras, o total absurdo da guerra (os motivos dela diante de sua destruição). Lembremos que havia ao mesmo tempo, uma nova geração que entra na década de 20 querendo liberdade, questionando o racionalismo da sociedade e defendendo e abrandando os discursos da ciência e os da política: Os Années Follles. Objetivo: esquecer as guerras. Paris. Montparnasse, mas também MontMartre e “Boeuf sur le Toi” (cabaret, lugar da intelectualidade – não somente este cabaret). Liberação das regras, tabus. O ataque ao cientificismo culmina com o dadaísmo e o surrealismo. Gide: autor de uma geração que fala do não conformismo e da felicidade no imediato, no instante. Lado a lado, os escritores do renascimento religioso: Mauriac e Bernanos: defendendo um catolicismo da Igreja, e não um catolicismo panteísta. Há Gide aí. Transplantar o sagrado, o transcendente, para o imanente. Tornar humano Deus. Tornar o corpo tão sagrado como o corpo de Cristo. Anos 1919-1929 : decênio chamado de “Années Folles”. Os franceses tentam esquecer os sofrimentos da guerra. Há umavontade manifesta de liberação das regras, dos tabus, ou, pelo menos, das sistematizações do passado. Os escritores vão parecer individualistas, anarquistas, niilistas, destruidores da família, da pátria, da sociedade, da moral, da razão. Mas já havia um Gide que, desde o começo do século, é atacado por expor, desenvolver, em suas obras, esses aspectos. Anos 1930: crise econômica e política do mundo, as ditaduras, as guerras civis, as ameaças de guerra estrangeira. Na França, o progresso dos partidos marxistas atraem a atenção sobre os problemas sociais, sem saber exatamente o que se passa na URSS. Quase todos os escritores, dos espiritualistas, religiosos acabam se engajando na ação política. Gide “descobriu” o problema social. Valery coloca seu olhar sobre o mundo atual. Antes da Segunda Guerra Mundial: determinará uma nova vaga de literatura militante e , no seu enjagamento, não se apresenta, como ocorrido no final do século XIX e início do século XX, uma divisão entre direita e esquerda. Todos estarão engajados e unânimes em sua luta, contra a guerra, fascismo, nazismo. Note que a grande maioria defende a entrada da França na Primeira Guerra Mundial. L’Affaire Dreyfus Se o quadro político das últimas décadas do século XIX na França é de instabilidade ou estabilidade delicada, um novo motivo de instabilidade vem aí reunir-se – motivo que dividirá de forma mais radical o país: L’Affaire Dreyfus. Neste, há uma polarização de poderes, forças (lembrando que o leque sempre é mais extenso, mais complexo, no que chamam de “polarização”): - Forces republicaines, de gauche (socialistes), anticlerical et dreyfusards. - Forces nacionaliste, de droite et d’extrême droite, militaires et clérical. Ce sont les anti-dreyfusards Les ellections : forces republicaines de gauche remportent sur celles de droite et Dreyfus, condamné, subit-il un nouveau jugement et il est acquité. L’Église qui était anti-dreyfusard est chassée de l’État. Finalement, on voit la séparation de l’Eglise et l’État. Ça veut dire que l’État français devient laïque. Affrontements violents lors des inventaires de biens de l’Église. A Igreja volta para seus assuntos, os religiosos, tornando-se mais espiritualizada. 1905 : Parti Socialiste Unifié (não é mais o Partido Socialista de 1901). Filial française da IIè Internationale - ouvrière (Déroulée à Paris, dominée par Engels). Entre 1900-1914 não há um movimento literário – o que não impede de produzir-se uma literatura extremamente rica e abundante. Influenciam a literatura de outros países. Se ela é rica, ela é confusa também. No final do século XIX, as escolas literárias findam-se ou são pensadas e produzidas de forma diferente. Dificil é classificar os textos O que se segue depois do L’Affaire Dreyfus: A pergunta dos escritores é sobre o seu engajamento ou na situação política, social (às vezes em um “engajamento” religioso) da França -o que quase não estava acontecendo antes do Affaire (o esteticismo, concomitantemente ao realismo e ao romantismo continuavam presentes no final do século XIX e início do XX) Mais, au tournant du siècle XIX et le siècle XX la coesion s’éfface. Il y a maintenant une coexistence des differentes idées et de plusiers comportements. Au XIXè siècle , il y avait une coésion, une évolution poétique où leurs desseins étaient clairs : romantismo, realismo, parnasianismo, naturalismo, decadentismo, simbolismo). Au début du XX Il a pas un mouvement littéraire où on peut se baser. On remarque la présence de trois types de littérature: 1.Une innombrable oeuvres litteraires qu’on pourrait les désigner comme “roman à thèse”: Ses écrivains sont engagés à defendre moins l’art que leurs idées. Fala-se assim, pois ainda vigora o simbolismo. 2. Juntamente com estes romances de tese, assistimos nos primeiros anos do século XX à transformação do romance tradicional (quebra do equilíbrio de uma situação/tensão-nó/ desfecho-resolução/ volta do equilíbrio) Apreender a qualidade de uma emoção, de um espetáculo ou de um acontecimento, tal era o propósito de Proust e Gide. Renunciavam, deliberadamente, à forma romanesca tradicional. Procuravam evitar essa litterature engagée, isoando-se pour obtenir une certaine independence et style individuels, dont on ne peut pas les classifier.Ex : Proust, Gide. Dois escritores destacam-se nesta época, por não aderir com precisão às literaturas engajadas ou aos modelos da literatura de até então, permanecendo-se isolados. São eles Marcel Proust e André Gide, que lançam novas bases para a narrativa do século XX. Apesar desta literatura rica, eles não fazem escola – são ignorados pelo grande público. Transformações do romance tradicional.Romance com situação interior. Iluminação de emoções através de uma linguagem poética. Análise e reflexão desta emoção. Obs: Proust, quando procurou editores para a publicação de sua obra , falou dela como um romance que não se parecia em nada com o romance tradicional. Ele disse ser uma “espécie de romance”. 1 e 2 : L’Affaire Dreyfus versus “Tour d’Ivoire” Julian Benda écrit La Trahison des clercs (1927). Réquisitoire lancé contre l’écrivain ayant délaissé le domaine intellectuelle pour les passions politiques. La Nouvellle Revue Française de ce point de vue se donne pour principe de proumouvoir um puritanisme esthétique caracteristique. Les deux dissocient l’homo sapiens (idées pures) de l’homo faber (pensée utilitaire et pragmatique) Au début, les Surrealistes sont du côté des idées pures; un subjectivisme qui s’interdisait toute compromission avec le monde exterieur. Options: S’engager, après 1930, est prendre la voie marxiste. Persévérer dans um refus anarchique de participer à la lutte des classes c’est (pour la gauche) prendre parti d’une position esthétisante, donc (pour eux) allienante: 3.Surgimento de uma literatura católica, espiritual. Ela não defende uma ideologia política, partidária Defende uma determinada religião, a católica, mas envolta em alguma transcendência que faltou a ela quando de sua intervenção nos negócios do Estado Francês (até 1905). Alguns escritores defendem ser o imanente um meio e um fim para se alcançar o transcendente. É no oque há de mais terrenos que podemos alcançar o transcendente. Fusão imanente-transcendente. Il y aura un retour à une spiritualité, avec Paul Claudel et Péguy.: christianisme engagé dans une réalité terrestre et charnelle Importante: será objeto da prova a prosa e a poesia dos escritores/poetas com seus respectivos “tipos” de literatura após o Affaire Dreyfus. Tournant des siècles : Bergson (século XX) contre Comte (século XIX) Philosophie positive 1° Méthode générale. - « Positif, dit Comte, est la même chose que réel et utile.» Science du réel, la philosophie positive devra être utile, et renoncer aux stériles spéculations. Quel sera donc son objet? De mettre fin à l'anarchie politique et intellectuelle, de conduire à l'harmonie sociale en rétablissant l'harmonie entre les intelligences ,telle que l'avait réalisée le christianisme au XVIe siècle. Il faut, à cet effet, renoncer aux hypothèses arbitraires qui ont jusqu'ici égaré les philosophes. Les uns, les théologiens, expliquent les phénomènes par action d'une ou de plusieurs volontés supérieures aux phénomènes. Les autres, les métaphysiciens, admettent des causes premières ou finales, des essences et des entités et croient par la raison atteindre l'absolu. Le positiviste s'en tiendra aux réalités «appréciables à notre organisme », c.-à-d. aux phénomènes perçus par les sens et à leurs lois. Une telle philosophie sera sans doute toute relative, puisqu'au lieu de déterminer des causes elle ne saisira que des relations constantes entre des faits, mais elle sera utile, puisqu'elle permettra de prévoir et d'agir sur la nature; elle sera organique, car l'invariabilitéet la concordance que nous observons entre les lois de la nature imprimeront au savoir un caractère croissant d'unité et de simplicité. C'est ainsi que la loi de la gravitation, fondée sur l'expérience, permet de ramener à une formule extrêmement simple une prodigieuse variété de phénomènes astronomiques. La philosophie au lieu de se perdre en recherches sur la nature, la cause première ou la destination dernière de l'attraction, considérera cette loi comme aussi réelle que les faits qu'elle régit et s'élèvera de lois en lois, de généralisations en généralisations, à une conception systématique, pratique et précise de l'univers. http://www.cosmovisions.com/Positivisme.htm http://www.cosmovisions.com/science.htm http://www.cosmovisions.com/philosophie.htm http://www.cosmovisions.com/speculation.htm http://www.cosmovisions.com/phenomene.htm http://www.cosmovisions.com/volonte.htm http://www.cosmovisions.com/cause.htm http://www.cosmovisions.com/essence.htm http://www.cosmovisions.com/raison.htm http://www.cosmovisions.com/absolu.htm http://www.cosmovisions.com/sens.htm http://www.cosmovisions.com/loi.htm http://www.cosmovisions.com/nature.htm http://www.cosmovisions.com/unite.htm http://www.cosmovisions.com/experience.htm http://www.cosmovisions.com/generalisation.htm http://www.cosmovisions.com/Positivisme.htm O Ataque ao cientificismo e ao racionalismo perpassa os anos 1900, atingindo os horrores da guerra e finalizando (provisoriamente) no Dadaismo e no Surrealismo que o segue. Na verdade, há várias vertentes da literatura que fazem sua própria crítica a eles. Influência de Bergson nos autores do início do século Obs: vai mais além do início do século, mas estamos referindo-nos ao Proust. Bergson: primazia da intuição como instrumento de conhecimento em detrimento do cientificismo corrente. Intuiçao como uma nova maneira de análise das impressões fugidias da consciência. Primazia da intuição na faculdade de perceber, de analisar, de organizar os dados da consciência. Segundo ele, o racionalismo reduz a vida psicológica aos fatos do mundo exterior a relações puramente científicas. Sua teoria traz à luz um conhecimento imediato que permite atingir a realidade do Eu e das Coisas para além das relações científicas, na tomada da duração pura. O Presente não é produto do passado. O futuro não é um simples produto do presente. Todos os tempos misturam-se em uma duração. Existe algo de imprevisível que os liga para além da causalidade, que os liga, que faz com que os tempos coexistam em uma durée. Não existe exatamente uma sucessão, mas uma continuidade com a interpenetração dos tempos. Péguy é aluno de Bergson e por ele é influenciado. vai claramente contra o “partido intelectual” que é o positivismo anticlerical. Ainda falando do réveil spiritualiste et idéaliste: . Cadre intellectuel XIX SIÈCLE: Recherche de l’unité fondamentale de l’être et du monde. C’est la science et la philosophie positiviste qui prétendent embrasser cette unité – dans la deuxième moitié de ce siècle. FIN DU XIX SIÈCLE: prise de la conscience d’um eparpillement de l’unité. Espoir ruiné: le langage meme, qui devrait decouvrir le monde, l’ordonner, lui donner l’unité, elle-même est mise en soupçon, en doute. (À CAUSE DES INTERFERENCES ENTRE L’OBJET ET LE MOT JOUÉ PAR LE SUJET: NAISSANCE DE LA PROBLEMATIQUE DE LA REPRESENTATION, ELLE N’EST PAS LE POINT TRANSPARENT ENTRE LE MOT ET LES CHOSES) 1890: Mallarmé trace la voie d’un langage qui n’a d’autre fonction que de se replier sur soi. (comme le langage devient suspecte a l’égard d’une connaissance pure, elle n’a d’autre option que de se replieer sur soi- même) Les recherches scientifiques sont de plus en plus accelerée, les decouvertes illimités des choses déstalisent la confiance em une raison omnipotente – capable de rendre compte d’une vérité totale et unifiée. Sentiment d’impuissance à dominer une diversité croissante à mesure qu’on l’explore. Le savoir moderne se déclinera sur le mode de la fragmentation. Mais il y a parmi les decouvertes scientifiques, leurs dérives monstrueuses: - la chimie aboutit au gaz de combat experimentés durant la première guerre. -la théorie évolutionniste de Darwin débouche sur la pratique de l’eugénisme par les nazis. -la découverte de radiotivité et de la fission de l’atomme se concrétisent par la bombe atomique. Les procès de (contre) la raison ‘L’intelligence, quelle petite chose à la surface de nous-mêmes” Barrès. • Attaque à l’idéologie´positiviste. ET à la conception globale de l’homme héritier de la philosophie des Lumières et de la civilisation industrielle. • Offensive antirationaliste: affirmer les puissances de la vie sur la raison. • Les formules traditionnelles n’ont pas pu épuiser et on a desseché l’épaisseur mystérieuse du monde. • Proumovoir l’intensité des jouissances immédiates. • Triomphe des jouissances immédiates avec la génération des ANNÉES FOLLES. • Curiosité avide d’une “vie concrète” libérée du poids des idéologies. . Point commun entre la litterature, le roman de thèse et les surrealistes: -Révolte contre les doctrines issues du matérialisme et du libéralisme. La passion romantique du moi + tentation narcisique de Gide et Valery + expansion des puissances instintifs aboutissent sur le surréalisme. Années 1898-1914 Approfondissement de la décenie 80. La France divisée en deux. Le fossé creuse encore un peu plus. Pourtant, l’auteur n’explique pas les dates précises 1898-1930. LITTERATURE D’ENTRE GUERRES: Effondrrement des valeurs de l’humanisme traditionnel, réapparition d’une conscience tragique déchirée entre l’esperance d’um “plus jamais ça” et le redoutable pressentiment du retour de l’inhumain. Barrès: “L’individu! Son intelligence, sa faculté de saisir de lois de l’univers! Il faut em rebattre. Nous ne sommes pas les maîtres des´pensées qui naissent em nous. Elles ne viennent pas de notre intelligence, elles sont des façons de réagir où se traduisent de très anciennes dispositions physiologiques” En gros: il s’agit dans tous les cas de restaurer la part obscure de l’homme. L’inconscient sera cette réalité opaque qui commance àa tous les actes, détrônant ainsi l’intelligence que trois siècles de tradition cartésienne avaient imposée. S’ENGAGER ? Droite, gauche: des stimulants intelellectuels sans précédent. Gauche, pour les nationalistes, avec son humanisme rationaliste, apparaît comme um idéal déchuet avorté. Le seul recours sera la révolutions, selon eux. Aprés, le comunisme (doctrine de l’action) remplace l’idée de révolution. 1930. L’acte est alors la seule valeur authentique. Malraux passe pour um modèle. L’idée romantique de la responsabilité politique de l’écrivain acquiert-elle une vigueur inégaleée. L’écrivain romantique était um insurgé, mais um insurgé solitaire; “mage” peut-être mais “hommme de lettres”, d’abord. C’est ce modele que revisite porfondement l’événement politique, et plus particulièrement l’affaire Dreyfus. L’Affaire: um acte de naissance de l’intellectuel. (realismo, escritor como escritor, não como intelectual). (L. Bloy avait substantivé l’adjectif “intellectual” em 1886, sans succès. Il manquait la conjonction d’um événement pour lui donner la vie. Barrès lui relance, connotation péjoratif pour l’antidreysurd. Intellectuel: defini par son intervention sur le terrain du politique. (concept à l’époque) Écrivain et sa nouvelle responsabilité. AUTOUR DU NATIONALISME Nationalisme a sa légitimation autre dans les recits de la naissance de la nation, ses héros, dans les sciences nouvelles issues du darwinisme, de la psychanalyse (découverte de l’inconscient) et pour vous donner une « raison » simpliste, dans la lute du héros contre les méchants (rs) (Pour ce qui concerne la Deuxième Guerre, L’anti-intellectualisme des modernes et des avant-gardesaide le devenir des idéologies. (fascisme et nazisme) Société comme organisme vivant, soumis aux même lois, échappant à tout choix rationnel. Anthropologie de G. Vacher de Lapouge: “Fraternité, soit, mais malheur aux vaincus” La vie ne se maintient que par la mort. Pour vivre il faut manger, tuer pour manger” (idée de la survie du plus apte à celle du meilleur. Inégalité des races. Poetas do Período Reação anti simbolista fundada sobre a vontade de reconciliar a poesia e a vida. Mas são ainda influenciados pelos poetas simbolistas. Paul Valery (1871-1945) : conduz a poesia de Mallarmé a sua perfeição. Tinha um espírito apolíneo (fale que esta distinção, conceituação é tirado de Nietzsche) . Ele recusa os acasos da inspiração por um trabalho de sabedoria aritmética. O poeta não era engajado em questões políticas e sociais que fervilhavam em sua época. Sua obra não estava em defesa de uma ideia, como aquelas de muitos dos seus contemporâneos. Havia sim, nele, a preocupação com a arte e os fins e modos da atividade intelectual. Ele manifesta ceticismo quanto ao seu tempo. Evocava, em seus poemas, a permanência tranquila ou os movimentos infinitos do mundo. Obras: Le Cimetière Marin, La Jeune Parque, Album de vers anciens, harmes. Paul Claudel (1868 – 1955): poeta eminente do avant-guerre. Primeiramente influenciado pelo simbolismo, depois ele será um passional, por último ele irá adquirir certa serenidade nas emoções em sua conversão ao catolicismo: o mundo é um universo de sensações. Aspiração religiosa da poesia por meio do que é sensível, visível. Qualquer objeto nos dá o sentimento sublime, de comunicação com Deus. Um pouco como no romantismo. O universo faz parte da harmonia divina. Não há o questionamento a linguagem ou o desejo da linguagem de alcançar o transcendente, o universo sagrado (não no sentido religioso) – sendo este falar sobre e por meio da linguagem uma aproximação com o transcendente. “Ce n’est point le futur que j’envisage, c’est le présent q’un dieu nous presse de déchiffrer”. Simbolismo (de deus) unido ao projeto estético do simbolismo: cifração decifração dos símbolos. Ele sela uma reconciliação querida pelo simbolismo, mas não alcançada, entre o poeta/palavras e o universo. Sua obra vai refletir o drama cristão do universo. Fanático, ele se alimenta da Bíblia, apologista das paixões, lírico (o eu) sem controle. Sua obra encarna um universo dionisíaco, um aspecto desprezado pelos franceses. Em sua obra, as grandes intuições do simbolismo tomam nova significação. A explicação órfica do mundo (mundo conhecido através da arte) do simbolismo se transforma em uma interpretação católica do plano divino e da ordem das coisas. Seu olhar não escolhe, pois tudo, desde o mais humilde ao mais sublime, participa da harmonia divina. Nele mistura-se um espiritualismo religioso em contato com o nacionalismo. Obs: políticos da esquerda republicana e anticlerical criticava a direita como nacionalista católica. O mesmo sucedia-se com a direita, que dirigia seus ataques aos de esquerda, denominando-os “racionalistas anti clericais” Introdução a um Poema sobre Dante: O objeto da poesia, ele não é, como se diz frequentemente, os sonhos, as ilusões ou as ideias. É esta santa realidade, dada uma vez for todas, ao centro da qual estamos colocados. É o universo das coisas visíveis ao qual a Fé acrescenta o universo das coisas invisíveis. É tudo o que nos olha e que nós olhamos. Tudo isto é obra de Deus, que faz a matéria inesgotável das narrações e dos cantos, desde o maior poeta como o mais pobre pássaro. Paul Claudel Poemas em prosa: Connaissance de l’est, Cinq grandes odes. Charles Péguy (1873-1914): aluno de Bergson e que emprega a noção de durée a sua obra. Ele aconselha, ,em Le Temps Humain, a olhar para a memória sem cálculo, sem obediência à ordem temporal em que os acontecimentos da vida deram-se, pois estes não são coincidentes com a duração que eles tiveram em nós mesmos. Ver o passado a partir da nossa apreensão deles. Muitas vezes, o tempo que ocupamos com algo que julgamos importante, ou um acontecimento que no passado fora uma preocupação para nós, não será lembrado como o fora. Anos podem ser, em nossa memória, limitados a algumas imagens, pensamentos, a algo de exterior a nós mesmos. Outras fases e acontecimentos de nossa vida, que aparentemente não tomou um lugar especial, irá ocupar no presente tal lugar na memória. Ele é republicano, humanista, atraído pelo socialismo. ele dedica-o a “todos àqueles que foram mortos para trazer algum remédio ao mal universal humano. Nesta dedicatória já se observa o fervor patriótico do poeta. Ele tem uma concepção humanista do socialismo, como a de Jaurès, mas sua intransigência para com suas próprias ideias afastam-no deste pacifista. Sob a influência de Bergson, ele torna-se pessimista face à ciência e ao intelectualismo e em seguida, face ao socialismo. As primeiras “Internationales” (reuniões de fundação do Comunismo), transformam-se em um patriotismo que exalta (que brinca no precipício) o clima já ameaçador de conflito iminente (que é a Primeira Guerra Mundial). Ele aproxima-se desse patriotismo e exalta as forças espirituais, especificamente aquelas do cristianismo: um Cristo imanente, temporal indicando e revelando o eterno. Em sua conversão ao catolicismo, ele tenta unir suas convicções políticas, o socialismo, e suas crenças cristãs. (!!!): Jeanne D’Arc representa esta união, em sua conversão ao catolicismo. Nela , o autor defende ideais como o dom de si (altruísmo) e a revolta contra a resignação. Mas ele não faz exatamente uma literatura “à thèse” de feição socialista, engajada. Confere uma feição espiritual à sua obra. Defende a liberdade através do cristianismo. A esquerda afasta-se dele (ela é anti clerical), quando de sua conversão ao catolicismo. De sua parte, ele lutará contra o parti intelectual, contra os socialistas que se “emburguesaram” e contra o pacifismo. 1910-1912. Ele é morto em 1914, nas primeiras batalhas da Grande Guerra. Os temas das poesias de Péguy estarão relacionados com figuras religiosas e históricas e construções (edifícios) lugares que simbolizam o fervor e o patriotismo, como os santos e as catedrais. Romancistas do Período O romance no final do século XIX e início do XX invade as prateleiras das livrarias. Pode-se falar de imperialismo do gênero. Finalmente, o romance é valorizado pela literatura, pois até então, era o poema o gênero considerado como a grande literatura. Na realidade, há poema sob forma narrativa, há narrativa com grande presença de elementos líricos – a prosa poética. O naturalismo foi a última escola do tipo narrativo. Esse naturalismo do século XIX lança um olhar sobre o homem e sua natureza, fundamentado em uma base positivista, cientificista. Mas como ele contém muita realidade, e geralmente não muito transfigurada pela arte, e como a realidade não tinha nuances líricas, os estudos literários da época e do século XX, viam no naturalismo pouca literatura (a Literatura) Embora o naturalismo tenha tido uma recepção não exatamente boa, o romance do final do século dezenove e começo do vinte manterá uma preocupação característica própria do realismo e do naturalismo: a apresentação de um quadro dos costumes do tempo, contando uma história (não é bem assim, salvo para os estecistas, os puristas ou puritanistas da arte). Mas há mudanças desse realismo, naturalismo Aqui temos de lembrarmo-nos das derivações do Affaire Dreyfus: De um lado, esse realismo espiritualiza-se, tornando-se mais poético. De outro, observa-se a invasão da ideologia partidária na ficção. Grosso modo, a literatura estará a serviço de uma ideia ideologizada por partidos políticos. A literatura não poderia restringir-se a uma serviçal de partidos, mas em determinados momentosextremos, ela, e a maior parte da arte, submetem-se com mais vigor à essa tarefa. Como os escritores dessa literatura não concedem primazia ao elemento formal da arte, ela será chamada, pejorativamente, de “roman à thèse”. Vemos aí pensamentos progressistas (que acredita que o futuro trará o bem estar à sociedade), como o de Anatole France, opondo-se ao pensamento tradicionalista (que teme um futuro ruim) de um Maurice Barrès (não se trata somente de pensamento progressista e conservador, mas de nacionalismos, ufanismos e xenofobias presentes neste último escritor – em parte de sua obra). De qualquer forma, os romancistas ao invés de se contentar em pintar os costumes, o cotidiano, tal como faziam os seus precedentes, preocupam-se na demonstração e pregação de uma ideia, causa ou ideal partidário. Segundo a visão dos mais estetas, a expressão de ideias, desses roman à thèse , frequentemente, suplantava a narrativa e seus elementos estéticos. . Representantes do roman à thèses: Maurice Barrès (1862-1923) Em oposição à juventude cética e rebelde de Paris da virada do século, ele propõe uma disciplina de ação. No início de sua vida literária ele está convencido de que o único valor construtivo é o conhecimento de si. Seria o controle e excitação da sensibilidade pelo exercício da inteligência Mas ele muda, diante da situação política e social da França da virada do século e experimenta a necessidade de se tornar um escritor de combate. Barrès torna-se um nacionalista-tradicionalista. Escreve Roman de l’energie nacionale. Anatole France (1844-1924) Este escritor considerava o romance como um modo de exprimir suas opiniões, de evocar as lembranças de sua vida e de suas leituras. Seus personagens são frequentemente marionetes de um pequeno teatro ideológico, um pouco como os contos de Voltaire. No começo de sua vida literária ele escreve memórias e compilação de filosofia. Predominava, em suas obras romanescas, o ceticismo. Porém, a partir do “Affaire Dreyfus” ele tomará partido em favor de Dreyfus, e irá se misturar às lutas políticas e sociais de seu tempo. Em seus romances vamos perceber sua preocupação humanitária. Sua obra prima é Les Dieux ont Soif: romance histórico que faz reviver a Paris dos dias revolucionários do Affaire. Pinta um quadro onde se desenvolve personagens encarnando o fanatismo da época da revolução e outras respondendo ao fanatismo com ideais humanitários. Romain Rolland (1866-1944) Como muitos de seus contemporâneos, ele inicia-se na literatura com a preocupação de retratar, refletir sobre a natureza humana. Depois, devido à agitação política e social da França, acontece uma metamorfose de suas obras – estas voltando-se para problemas sociais de seu tempo. Concepção humanista do socialismo - francês. Coloca seu pensamento e sua energia ao serviço de um idealismo. Idealismo fervente, de esquerda. Ele vai exercer, até às vésperas da Segunda guerra mundial, uma influência sobre as correntes de pensamento pacifista e revolucionário. Obra principal: Jean-Christophe : obra composta de dez volumes. Ao mesmo tempo em que se desenrola a história da vida do protagonista (Beethoven), o autor propunha uma soma de observações, de reflexões, de julgamentos que um grande espírito (Beethoven) poderia trazer para o início do século XX. O autor, nesta obra, estava propondo um ideal que transcendesse os valores nacionais. Charles Mauras (1868-1952) Ele começa sua carreira como jornalista. O “Affaire Dreyfus” lhe dá ocasião de tomar partido. Engaja-se do lado anti-Dreyfus, intensificando seu combate político contra a esquerda. Ele ocupa o espaço do nacionalismo de direita. Sua importância está mais na sua ação política e na história do pensamento francês do que em sua literatura. Ele funda, por ocasião do final do “Affaire Dreyfus”, um jornal em 1899 e que será até 1994 o órgão de um nacionalismo virulento, retrógrado. Ele tinha por objetivo a derrubada da República e o restabelecimento da Monarquia. Era também antisemita. A Igreja se posicionou contrária a este jornal. Quanto ao escritor propriamente, ele escreveu ensaios e poesias. Aí Mauras procurava uma harmonia clássica encontrada nas culturas e mitologias antigas. Obras: Musique Intérieure. . Charles Mauras: doctrine intellectuelle et politique . Sous le nom de raison: Conservation de la patrie. La démocracie est condamnée au nom de la raison et de l’histoire, seule la restauration d’une monarchie “heréditaire, traditionnelle, antiparlementaire et décentralisée” assurera les conditions du salut de la France. L’Action Française (1899): offensive contre les formes politique de la démocratie libérale et parlementaire Le combat esthétique, littéraire devient une justification pour la passion militante. Desormé, em attendant l’appararition du communisme, les seuls éléments véritablement opposés à l’ordre établi sont les “révolutionnaires de droite”. L’Hégémonie intellectuelle de l’Action française s’affaiblit après la condamnation du mouvement par le Vatican (1926) NATURISTAS, UNAMINISTAS, FANTASISTAS Nos últimos anos do século XIX os autores começam a distanciarem-se dos temas e da estética simbolista; O Simbolismo sai da moda; mais precisamente, a sua procura do Ideal, ideia, essência, que acaba sendo procurada somente na palavra poética, a procura mística, linguística, estética de uma ideia do mundo e do humano, as construções complexas barrocas da poesia simbolista. No início do s éculo XX o Simbolismo, em sua exaltação da “essência poética” , encontra uma direção mais realista e passível de se concretizar (o Simbolismo não tinha essa possibilidade) no imanente, nas coisas da vida, em uma certa força vital que anima o mundo. Surge o Naturalismo, o unanimismo, o romantismo feminino, os fantasistas, os vanguardistas – em comum, a vontade de voltar ao concreto (esquecido pelo Simbolismo). Há a volta ao concreto, à ação, como manifestação poética por excelência. Celebração do eu no mundo, em sua ação sobre o mundo, em sua ação sobre a matéria, sobre o que o rodeia, e de sua transformação neste contato com o mundo. Otimismo que se desenrola também na ação poética, no ato poético, na escrita, na pintura. Alguns exaltam as coisas da vida em um viés poético. Outros dirigem-se mais ao espiritual, ao jogo intelectual misturado a um inconformismo moral provocador. Aqui já se afasta de uma volta ao concreto. São os fantasistas, algumas vanguardas que convergem na ideia de inadaptação do poeta à sociedade, de desejo de fuga do real, de surpreender o leitor. Apesar de tudo isso, eles não pretendem ficar presos em si mesmos, na “torre de marfim” do desprezo Já sob o início da influência das ciências humanas, os autores sabem que o real não se reduz às dimensões do concreto, mas ele se situa entre o positivo e o irracional, a vida e o sonho. Naturalismo (Francis James, Paul Fort) Uma reação francesa ao simbolismo afastado do real, em um puro esteticismo que objetiva um misticismo da forma poética. O Naturalismo tem seu eixo em valores como os do coração, os da vida, os do cotidiano, os do trabalho, os dos temas folclóricos, os da sensibilidade imediata (os objetos familiares, animais, preocupações do dia a dia, etc) - tudo isso expresso em uma forma clara, simples, acessível. Seus modelos são Hugo, Zola: autores de expressão límpida. Como pretendiam uma grande aproximação com a vida, e uma forma não exatamente erudita, complexa, o naturalismo não teve muitos adeptos. Vale a pena registrar esse movimento, no entanto, como o de crítica ao simbolismo por demais hermético, não tendo compreensão senão nos círculos dos seus poetas. Romantismo Feminino Exaltação do mito da Mulher (a grande representante da mulher na Belle Époque foi a escritora Colette. São audaciosas, para a época, na expressão de seus sentimentos face à moral eos costumes mais flexíveis com os homens. O Unanimismo A liberdade e a reivindicação de uma sociedade de pessoas conscientes na procura do bem comum ou o bem de toda coletividade (desde uma a abadia de Thélème, de Rabelais até o socialismo de um Alain Fourier), trazem, no início do século XX, nova expressão na fundação de uma comunidade de artistas. O teórico desse movimento é Jules Romains. Há várias nuances de se exprimir essa vida comum, e o seu sentimento de união a uma coletividade, mais próxima da natureza (humana, vegetal, animal). No entanto, todas inserem em um militantismo em direção a uma poesia social. Há em todos mais que esse militantismo; há a sentimento de uma expansão de si nos outros; há o sentimento de que o “eu” é tomado pelos “eus” dos outros. Não há mais “eu” e “outros”. Há o ser. Aqui existe um coletivismo místico. Jules Romains : “Dès que l’homme cesse d’être isolé, il éprouve des impressions nées de ses rapports avec lui. La passion amoureuse en est un exemple, le plus ancien et le plus connu, nom l’unique. On n’estpas l’habitant d’un hameau, d’une bourgade, d’une ville; le membre d’une famille, d’un groupe, le citoyen d’une nation, sans en subir le contrecoup dans son esprit et dans son coeur [...] Nous frémissons d’être absorbés par le milieu humain qui nous enveloppe, et nous savourons la volupté étrange que nous cause cette espèce d’anéantissement ». Le Penseur, avril 1905. O poema “La rue”, do livro La Vie unanime (1908) apresenta com clareza a fusão dos “eus” Fantasistas 1912: são poetas, geralmente, que empregam humor e ironia em suas poesias. Pretendem a ruptura com a rigidez e secura parnasiana, a brutalidade naturalista, e a sensibilidade simbolista. Procuram o burlesco, sem negar a emoção. No entanto, a relação entre a poesia e humor não é evidente. A poesia expande-se melhor no lirismo do “eu”. Essa poesia fantasista vai tentar mostrar como o livre jogo das palavras, desmistificando as nobres ambições da poesia, serve ao humor. P. 84 MODERNISTAS Les poètes du debut du Xxè siècle ont pressenti le changement, voire rupture de l’art avec le passé. Pourtant, il étaient liés au symbolisme, tout en essayant une espécie de néo-symbolisme. De toute façon, ils sont em train d’affranchir l’art du XIXè siècle. As transformações do simbolismo para o unanimismo, o fantasismo, e até a permanência deste simbolismo no início do século XX, abafam uma ruptura muito maior com a arte. Muitos anos depois, teremos o Dadaísmo, mas antes dele, já se apresenta o Cubismo. Cubismo As ações em um nível planetário (tomada de consciência de que há ações que atingem o mundo inteiro), as experiências humanas atreladas às novas técnicas de informação (radio, telefone, fotografia), intensificadas por teorias científicas (teoria da relatividade, teoria do tempo em sua durée, teoria sobre o inconsciente) ... Todas provocam certa perturbação na visão que doravante o poeta fará de seu universo mental e da função da escritura. A implicação de tudo isso está no abalo consequente das fontes de inspiração e da técnica. O Cubismo pertence ao moderno e não às vanguardas. Différence entre Avant-garde et Modernité - modernité < modo, tout juste, tout récemment ; par extension, ce qui est actuel, d’où « tendance ». Lors de la querelle des Anciens et des Modernes, l’opposition ancien/moderne n’est pas historique, mais symbolique : elle renvoie dos-à-dos l’ancien, c'est-à-dire l’idéal qu’on doit non pas dépasser, mais imiter, au moderne, c'est- à-dire à l’actuel (ce qui est réalisé de façon contingente). Autrement dit, le moderne s’oppose à l’archaïsme. A partir du 18ème, on invente un sens à l’Histoire, on prend conscience du progrès. Le temps n’est plus conçu de façon cyclique, mais linéaire, selon une logique prénarrative, logique de l’irréversibilité du temps et de la causalité : ce qui vient après est déterminé par ce qui précède. - la loi du perfectionnement découverte dans les sciences est transférée dans les arts : apparaît alors une esthétique du nouveau, le nouveau chassant l’ancien, le dévaluant et le rendant illisible. En contrepartie, ce nouveau est pressenti comme instable et éphémère (qualité de la mode : ce qui passe de mode). - Baudelaire pense ce nouveau et donne à la modernité une consistance que le concept péjoratif n’avait pas, notamment dans son étude sur Constantin Guys, peintre de la vie moderne. Pourtant, Baudelaire n’avait de cesse de pourfendre le progrès, « cette grande hérésie de la modernité ». Sa conscience est partagée entre la curiosité pour le présent et la haine de l’évolution qui lui inspire le sentiment d’une déchéance plutôt que celui d’un progrès : « la mesure des traces du progrès serait la diminution des traces du péché originel sur la terre. » Chrétien, il est déchiré entre des partis inconciliables, entre le matériel et l’idéal. - tout change avec la Commune de 1871 : avant, Baudelaire n’était pas en rupture avec l’Institution et n’avait pas d’intention subversive. La génération de 1870 (Rimbaud, Lautréamont) est marginalement subversive, elle transpose son ambition révolutionnaire dans le domaine de l’art : c’est la différence entre la modernité et l’avant-garde. Il y a une dimension prométhéenne ou faustienne dans l’avant-garde : « j’ai seul la clé de cette parade sauvage », déclare Rimbaud dans la langue de la frsutration et de la ruse. De Baudelaire à Rimbaud change également le rapport à la vitesse : Rimbaud brûle les étapes, il rétorque par Les poètes de 7 ans à Baudelaire qui disait « j’ai plus de souvenirs que si j’avais mille ans ». - la pesée du temps oppose la modernité à l’avant-garde : la modernité conçoit l’art comme l’arrachement à l’écoulement du temps d’une parcelle d’éternité ; le beau bizarre soustrait à l’éternel un élément transitoire. Les avant-gardes privilégient une temporalité programmatique ; elles accordent plus de prix aux lendemains qui chantent qu’au présent (messianisme : le présent est sacrifié car la valeur est dans le futur). - contrairement à la modernité, l’avant-garde a une dimension nihiliste, une ambition destructrice. Marcel Schwob prétend que la destruction est l’objectif du Livre de Monelle ; Tristan Tzara recopie dans le Manifeste Dada (1918) une citation de Descartes et affiche sa volonté de faire table rase du passé : « je ne veux même pas savoir s’il y eu des hommes avant moi. » Les Cubistes: Eles compartilham a ideia de que a criação tem lugar preponderante na representação do mundo. Ou seja, os artistas devem criar mais livremente, sem a preocupação de uma fidelidade de representar o mundo da forma mais acadêmica, tal como as pessoas reconheceriam este mundo. Desejo de inquietar, surpreender, desconectando-se do real. O trabalho literário visa criar objetos independentes da preocupação de representação, das concreções de palavras, imagens, ritmos que existirão por si mesmos, tendo ligação mais com a própria escritura e com o imaginário, do que o que designamos “realidade”. Vira-se as costas para o : A retórica clássica, Ao ornamento barroco À visão romântica À metafísica simbolista Com o objetivo de: Fazer do poema o captador e transformador da realidade: “Voilà le rôle de la poésie. Elle dévoile, dans toute la force du terme. Elle montre nues, sous une lumière qui secoue la torpeur, les choses surprenantes que nous environnent et que nos sens enregistraient machinalement » Jean Cocteau. « Le secret professionnel” Blaise Cendrars: próximo de Baudelaire: retira a energia de seus versos, de sua prosa no ritmo louco da técnica moderna, corre aos quatro cantos do planeta buscando sensações e imagens novas, avido de dizer e de viver uma nova civilização que está em nascimento. Obs: Baudelaire não “corre os quatro cantos do mundo”; corre, sim, os quatro cantos de Paris com o objetivo semelhante ao de Cendras, décadasantes deste último. Os cubistas inauguram uma estética nova, ao substituir os limites da prosódia e da métrica, pela liberdade formal. Um poema, por ex, é um objeto resultado de associações livres produzidas pela inteligência em movimento veloz. O poeta recusa a armadura lógica, recusa o trabalho retórico. Procuram registrar tudo imediatamente, no momento em que ele acontece. Esse registro imediato, se parece empobrecer a sintaxe, inventa léxico, imagens, correspondências que se aproximarão das imagens do inconsciente. Guillaume Apollinaire: ele ocupa lugar de destaque no cubismo, mas o cubismo vem depois de Baudelaire, que inaugura a modernidade na arte. Ele forja a palavra “surrealismo”, tomada depois pela vanguarda que carrega-a. Sua estética é uma confluência do Simbolismo e do Modernismo. Ele renova, através desta nova sensibilidade e visão de mundo. Ele liberta a poesia da armadura formal, ao mesmo tempo que se aproxima de uma tradição medieval. Dessa maneira, a tão famosa querela dos Antigos e Modernos é deixada de lado, e o poeta em sua criação dá-se a liberdade de transitar nestes mundos (sem as regras métricas, prosódicas). O artista decompõe o mundo para melhor recriá-lo (em conformidade com a maneira como ele vê esse mundo) . Tema do Tempo em Apollinaire: tempo da memória, lembrança e lamentos do amor perdido. Presente e passado embaralham-se, mas acabam por se convergir no instantâneo. (essa convergência do tempo no instantâneo é um traço da estética da modernidade) Tema/Imagem recorrente da Água: tema antigo, que traz a tomada de consciência da fugacidade do mundo. O paradoxo da modernidade, estudado por Compagnon, está bem estampado em Apollinaire: este autor tanto procura um paraíso perdido como um paraíso que virá. Reúne o tema paradoxal da modernidade: a nostalgia do passado e a esperança do progresso (traçado a partir do presente para o futuro). Há vários artistas modernos, apresentando diversas direções (Max Jacob, Pierre Reverdy, Jean Cocteau, Raymond Roussel) É sob uma nova representação do mundo (e sua expressão , na arte) que eles convergem-se. Esta representação está sob o domínio da criação, ela tem uma relação frouxa com a realidade. Esta representação menos representa a realidade e mais recria a realidade, com critérios que obedecem mais o sujeito do que os objetos. Caminho para o Surrealismo: “Há muito tempo eu me apliquei a apreender em mim, de todas as maneiras, os dados do inconsciente: palavras em liberdade, associações ao acaso das ideias, sonhos da noite e do dia, alucinações. “ Max Jacob Este poeta que se converteu ao catolicismo (era de religião judia) sabe abandonar-se aos apelos de uma imaginação cuja liberdade criadora irá se apoiar na realidade cotidiana. Tal união da imaginação (ou fatos interiores) com a realidade cotidiana vai desembocar no Surrealismo. Parece que toda a literatura deste período vai tentar inserir santidade na realidade, não a santidade do ponto de vista religioso, mas concebe a realidade de um ponto de vista espiritual. A realidade não é mais encarada com a crueza do positivismo nem com a separação ou distância do desta realidade (irreconciliação) como que é vista no simbolismo. Anatole France (1844-1924) Este escritor considerava o romance como um modo de exprimir suas opiniões, de evocar as lembranças de sua vida e de suas leituras. . Seus personagens são frequentemente marionetes de um pequeno teatro ideológico, um pouco como os contos de Voltaire. No começo de sua vida literária ele escreve memórias e compilação de filosofia. Predominava, em suas obras romanescas, o ceticismo. Porém, a partir do L’Affaire Dreyfus ele tomará partido em favor de Dreyfus, e irá se misturar às lutas políticas e sociais de seu tempo. Em seus romances vamos perceber sua preocupação humanitária.Concepção humanista do socialismo. Sua obra prima é Les Dieux ont Soif , romance histórico que faz reviver a Paris dos dias revolucionários. Pinta um quadro onde se desenvolve personagens encarnando o fanatismo da época da revolução e outras respondendo ao fanatismo com ideais humanitários. Anatole France exerce sua ironia contra “as virtudes sobre as quais repousam as sociedades: a devoção à riqueza, os sentimentos piedosos, e especialmente a resignação do pobre, que é o fundamento da ordem.” Romain Rolland (1866-1944) Como muitos de seus contemporâneos, ele se inicia na literatura com a preocupação de retratar, refletir sobre a natureza humana. Depois, devido à agitação política e social da França, há uma metamorfose de suas obras, voltando-se ele para problemas sociais de seu tempo. Este escritore foi condutor, propagador de ideias que agitavam a França. Junto com Anatole France aderem ao Partido Socialista. – fundado em 1901 Eles possuem uma concepção humanista do socialismo (e não estadista). Coloca seu pensamento e sua energia ao serviço de um idealismo. Idealismo fervente, de esquerda. Ele vai exercer até às vésperas da Segunda guerra mundial, uma influência sobre as correntes de pensamento pacifista e revolucionário. Jean-Christophe : obra composta de dez volumes. Ao mesmo tempo em que se desenrola a história da vida do protagonista (Beethoven) , o autor propunha uma soma de observações, de reflexões, de julgamentos que um grande espírito (Beethoven) poderia trazer para o início do século XX. O autor, nesta obra, estava propondo um ideal que transcendesse os valores nacionais. Charles Maurras (1868-1952) Ele começa sua carreira como jornalista. O L’Affaire Dreyfus lhe dá ocasião de tomar partido. Ele vai se engajar no do lado anti-Dreyfus. O que aumentará seu combate político contra a esquerda. Nacionalista de direita. Sua importância está mais na sua ação política. Na história das Idéias. Ele funda, por ocasião do final do L’Affaire Dreyfus, um jornal em 1899 e que será até 1994 o órgão de um nacionalismo virulento, retrógrado. Ele tinha por objetivo a derrubada da República e o restabelecimento da Monarquia. Era também antisemita. Charles Mauras funda a Ação Francesa. Esta preconiza a restauração da monarquia. Maurice Barrès também faz parte dos patriotas conservadores, exaltam as virtudes patrióticas A Igreja se posicionou contrária a este jornal. Quanto ao escritor propriamente, ele escreveu ensaios e poesias. Aí ele procurava uma harmonia clássica que ele encontra o modelo nas culturas e mitologias antigas. Obras: Musique Intérieure.
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