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Peter diz que nenhum desses argumentos conseguem derrubar os argumentos conservadores. Temos que pensar o seguinte, o Peter é um utilitarista, ele está preocupado com o sofrimento e com a felicidade, e ele considera sempre que atingimos a justiça quando a maioria está feliz. Então se uma conduta causa sofrimento, ela não é justa. Para ele devemos considerar que o termo ser humano se divide em duas partes: Quem defende que o homem é um animal, como os outros e tem quem defenda que o ser humano é uma pessoa. Ele é um avido defensor dos direitos dos animais, ele acredita que nenhum tipo de ser vivo deva sentir dor, então se tem um ser vivo sentindo dor, devemos considerar maneiras de resolver isso. Ele não diz que é errado matar uma vida animal, ou mesmo uma vida humana, mas essa morte precisa ser sem dor e as consequências dessa morte precisam ser mais positivas do que negativas. Se considerarmos o humano como um animal, devemos observar qual a linha entre feto e humano, tentando delimitar até que momento o feto começa a sofrer. Se o feto começa a sentir dor a partir da 10º semana, então antes disso é possível abortar. Logo, é uma hipocrisia dos conservadores comerem outros animais ao mesmo tempo que defendem que uma célula é uma vida humana que precisa ser preservada, não havendo portanto, diferença entre o feto e o animal. Quando consideramos o ser humano como pessoa, vislumbramos características que só os seres humanos possuem, como: auto consciência e capacidade de raciocínio, o que nos difere dos animais. Quando vamos para a esfera da moralidade, não conseguimos aplicar todas essas características aos fetos, que também não possuem auto consciência e de raciocínio, logo, não tem os elementos que o caracterizam como uma pessoa. Assim, se comparamos a vida da mãe em relação ao feto, teríamos uma pessoa que é muito mais valorada do que o feto. Inclusive a mãe sentiria muito mais dor e teria sofrimentos maiores. 15 de setembro de 2020 BIOÉTICA E BIODIREITO BIOÉTICA: DEBATES DO ABORTO Uma boa parte dos direitos atinentes as liberdades individuais, serão liberais individualista, os quais veremos depois. Hoje veremos os tipos de aborto. TIPOS DE ABORTO Nem todos esses tipos de aborto levam em consideração a vontade das mulheres, vamos ver todos e os seus problemas Interrupção eugênica da gestação (IEG): O eugenismo, é um processo de melhoramento humano, que tem como consequência a exclusão e as vezes até morte de sujeitos considerados inferiores. Lombroso, sendo um dos pais da criminologia, fala sobre o determinismo biológico, que seria uma corrente cientifica que naturaliza os comportamentos humanos, dizendo que os humanos são diferentes e tem comportamentos diferentes por que nasceram assim. Lombroso diz que existem pessoas que nasceram aptas a cometer crimes. Então vemos diante dessa teoria, que ela explica porque os homens cometem crimes por conta da sua natureza. Lombroso identificou os padrões do que seriam características de criminosos, com base em estudos de pessoas em condição de cárcere, como o tamanho do crânio, do nariz e a cor da pele. Considerando que essas pessoas por nascerem assim não podem mudar, logo, precisa-se eliminar essas pessoas antes mesmo de nascer. Essa forma de pensar é uma forma eugênica, sendo exemplo também o que aconteceu na 2º guerra mundial ou na esterilização de mulheres negras. Uma das formas de eugenia é a interrupção eugênica da gestação. Para a eugenia existe uma raça superior, sendo o europeu puro. E todas as raças negras do sul do mundo são consideradas impuras, inferiores e devido a isso deveriam ser eliminadas (séc. IX). Já no início do século XX, começamos a ver a eugenia presente em algumas tecnologias, de como produzimos o humano ideal, a exemplo das técnicas de reprodução assistida. Na interrupção eugênica não se leva em consideração a autonomia das mulheres, por que o objetivo principal é eliminar raças consideradas inferiores, pessoas com deficiência e etc. Interrupção terapêutica da gestação (ITG): Aquela feita com o intuito de salvar mulheres, que estão tendo alguma forma de complicação no parto, sendo uma exceção prevista no Código Penal, a possibilidade de aborto.
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