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Manual de Celebrações do Ministro

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Copyright©2008 Jaziel Guerreiro Martins
 
Todos os direitos reservados por:
A.D. SANTOS EDITORA
Al. Júlia da Costa, 215
80410-070
Curitiba – Paraná – Brasil
+55(41)3207-8585
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editora@adsantos.com.br
 
Capa: Adilson Proc
Acompanhamento editorial: Priscila Laranjeira
Diagramação de epub: Editora Emanuel
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
MARTINS, Jaziel Guerreiro.
MANUAL DE CELEBRAÇÕES – Jaziel Guerreiro Martins / Curitiba: A.D. SANTOS EDITORA,
2008.
ISBN – 85-7459-074-6
CDD: 253 – 1. Deveres pastorais 2. Direção espiritual; Evangelização
1ª edição de epub: Junho de 2016
 
Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com
indicação da fonte.
 
Edição e Distribuição:
Sumário
Capa
Página de créditos
Sumário
Dedicatória
Introdução
1. NOIVADO
2. CASAMENTO
3. CERIMÔNIA DE BODAS DE PRATA
4. CERIMÔNIA DE BODAS DE OURO
5. CERIMÔNIA FÚNEBRE
6. ANIVERSÁRIO DE 15 ANOS
7. DEDICAÇÃO DE CRIANÇAS
8. CULTO DE ORDENAÇÃO
9. SOLENIDADES CÍVICAS
10. COLAÇÃO DE GRAU
11. LANÇAMENTO DE PEDRA FUNDAMENTAL
12. DEDICAÇÃO DE TEMPLO
13. CULTO DE ANIVERSÁRIO
14. O BATISMO
15. A CEIA DO SENHOR
Conclusão
Bibliografia
file:///tmp/calibre_4.99.4_tmp__sgu1uqm/pd7cv4w7_pdf_out/OEBPS/Text/cover.xhtml
Dedicatória
A ti, ó Deus e Pai, criador e sustentador do universo, Ser tão excelso e
tão bom; com tua infinita graça olhaste para a profundeza de minha morte e
com a tua forte mão exauriste do fundo do meu coração o abismo de
perversidade.
A ti, ó Senhor Jesus Cristo, em quem estão escondidos os tesouros da
ciência e da sabedoria; tu, que sacias a minha fome espiritual, dando-me a
comer de teu próprio corpo e que pagaste um alto preço para me resgatar:
teu próprio sangue.
A ti, ó divino Espírito Santo, espírito de verdade, que me guias, me
conduzes e sempre me lembras das grandes verdades divinas, jamais me
iludindo com falsidades, mas sempre dissipando as trevas a fim de que a
verdade do Evangelho triunfe progressivamente em minha alma.
À minha querida esposa e melhor amiga, Cleise, pessoa de
extraordinário valor e riqueza interior incomensurável, a qual tem sido uma
excelente companheira e que faz minha vida ser ainda melhor.
À querida Hadassa, preciosa pérola dada por Deus, jovem dedicada e
inteligente.
À querida Alana, rico tesouro enviado dos céus, garota cordata e
estudiosa.
À querida Heyleen, cheia de maturidade, capacidade e seriedade,
mesmo em tenra idade.
À querida Helyene, presente do Senhor, garota rica em alegria, cheia
de felicidade e de bom coração.
A João Luiz da Silva, sua esposa Cléia, e seus filhos João Gabriel,
Emanuelle e Evelyn, família maravilhosa que Deus colocou em nossas
vidas, com quem nutrimos uma amizade sincera, alegre, fraternal e cristã.
À Editora pela oportunidade de publicar mais essa obra importante que
servirá de orientação a muitos pastores e líderes eclesiásticos.
A todos aqueles que foram meus professores na Faculdade Teológica
Batista do Paraná e nas Universidades por onde estudei, os quais investiram
em mim, confiantes de que eu, um dia, pudesse desenvolver a capacidade
de compreender com mais profundidade a mensagem da Santa Bíblia.
O autor
Introdução
Diversos ministros religiosos e líderes eclesiásticos têm procurado um
manual de cerimônias que seja de fácil acesso e ao mesmo tempo o mais
completo possível. Devido a essa procura é que nasceu essa obra, que
pretende ser, acima de tudo, uma ferramenta útil e eficaz para o exercício do
ministério cristão e para os líderes em geral.
Queremos prover os líderes cristãos de informações úteis e importantes
sobre as principais cerimônias realizadas pelo pastor evangélico. O objetivo
central é fornecer dados teóricos importantes sobre tais cerimônias, bem
como dar exemplos práticos de liturgia e ordem de culto para esses eventos,
bem como esboços de sermões próprios para essas ocasiões.
Cada capítulo trata de uma ocasião especial na vida da igreja e das
famílias que fazem parte dela: noivado, casamento, bodas de prata, bodas
de ouro, aniversário, aniversário de 15 anos, serviço fúnebre, dedicação de
infantes, lançamento de pedra fundamental, dedicação de templo, culto de
ordenação, solenidades cívicas, colação de grau, batismo e ceia.
A esperança é que o leitor aproveite ao máximo do estudo deste
manual, conhecendo melhor e mais profundamente como proceder diante
de ocasiões especiais, as quais são tarefas que envolvem o ministro cristão.
Assim, cada pastor poderá realizar com esmero e eficácia a obra do
ministério. Que estas orientações contribuam grandemente para o
fortalecimento do verdadeiro ministro de Cristo e que vidas sejam
edificadas, para a glória de Deus.
1. NOIVADO
O noivado é um costume adotado por nossa sociedade. Quem pretende
se casar, fica noivo antes. Não há nada que proíba um casamento sem que
haja noivado, mas o mais comum é que os namorados fiquem noivos antes
de se casarem. O noivado dificilmente chegará a ser um acontecimento tão
bem planejado quanto pode ser um casamento. Acontece de uma maneira
cheia de imprevistos, romantismo, muita esperança e às vezes um pouco de
medo. Por isso há pouca coisa a colocar sistematicamente a respeito do
noivado, senão que tradicionalmente o namorado propõe o casamento à
namorada e, se aceito, providencia alianças para ambos, ou um anel para a
noiva, ou ambas as coisas, para logo se entregarem ao planejamento do
casamento e da futura vida em comum.
O “pedir a mão da noiva” é uma tradição que acrescenta certo valor
moral ao casamento e uma emoção a mais nos seus preparativos. Nesse
particular, não se segue hoje o mesmo rito de antigamente. Na verdade, o
noivado é uma participação respeitosa aos pais da decisão do tomada pelo
casal de namorados de que pretendem se casar. Essa participação aos pais é
esperada não somente por cortesia, ou porque enseja à noiva receber para si
e para o seu futuro companheiro as bênçãos dos pais, nem por ser uma
questão de etiqueta, mas por razão de coerência. Se os namorados decidem
se casar, isto quer dizer que eles prezam a instituição da família e, portanto,
para serem coerentes com esse sentimento, espera-se que mostrem amor por
suas próprias famílias. Como prova, farão que seus pais sejam os primeiros
a saber do seu projeto, antes de participarem a decisão a quaisquer outras
pessoas.
Tomada a decisão do noivado, tudo geralmente começa por uma visita
informal da namorada à família do namorado, o qual apresenta aos seus pais
“a moça com quem deseja se casar”. Outras visitas no mesmo estilo
informal poderão ser feitas aos avós, tios, casais amigos do noivo e,
reciprocamente, pelo lado dos parentes e amizades da noiva, após se
decidirem a noivar.
A fase entre as apresentações prévias e o noivado propriamente dito é
extremamente importante. É ocasião para se discutir com as famílias
aspectos como religião (se a religião de uma é diferente da religião do
outro), recursos (com que rendimentos contam para a vida de casados),
cultura (em que dificuldades pode implicar diferenças de nacionalidade), e
outros possíveis tópicos que possam preocupar a uma ou outra família em
relação ao noivo ou à noiva. Embora os noivos já tenham amadurecido
questões dessa natureza antes da decisão do noivado, ainda assim será bom
para eles ouvirem a opinião de pessoas mais velhas, ou daqueles que
tenham vivido situações semelhantes a esta em que os noivos se encontram.
Mesmo que um conselho não mude nada, poderá trazer uma visão nova da
situação e habilitá-los a tratar ainda melhor com o problema.
Caso um dos noivos ou ambos tenham filhos, comunicam a eles a
intenção do casamento, e conduzem com habilidade as crianças a
simpatizarem com o futuro padrasto ou madrasta. O “consentimento” deles
será o mais delicado e difícil de obter, uma vez que sentirão que algo lhes é
imposto, e as reações poderão variar dependendo da idade que tiverem, e de
inúmeros fatores psicológicos influentes em tais circunstâncias. Se apenas
um dos noivos tem filhos, poderá sermelhor não os envolver nos encontros
informais prévios ao noivado. Porém, se ambos os têm, e são de pouca
idade, um convívio prévio entre eles, conduzido no sentido de quebrar
quaisquer preconceitos, poderá dar muito bons resultados.
Após esse curto preâmbulo de encontros informais, o “pedido” ou
comunicação oficial das intenções do casal já será esperado pelos pais da
noiva. Estes poderão preparar um almoço ou jantar para a ocasião e
inclusive convidar os pais e irmãos do noivo para que estejam presentes,
além dos seus próprios parentes mais próximos, e alguns amigos mais
chegados da família. Mesmo que seja uma recepção muito simples, ela é
obviamente formal, uma vez que ensejará o ritual de formalização do
noivado. No modo mais simples, com caráter apenas de uma visita formal,
os pais da noiva, como anfitriões nesse encontro, poderão oferecer um
jantar, após a esperada comunicação.
Apenas os parentes mais próximos e os amigos mais chegados
presenteiam os noivos por ocasião do noivado, e geralmente o fazem com
artigos de custo mais modesto, uma vez que esperam a proximidade do
casamento para presenteá-los com algo de maior valor. Em geral, são
objetos para a decoração da casa, ou artigos para o enxoval da noiva. Por
serem os mais chegados, podem consultar a noiva, quando a escolha do
presente recai sobre artigos de cama, mesa e banho, onde as preferências
dela precisam ser conhecidas. É ocasião um pouco prematura para presentes
como o custeio da viagem de núpcias, ou máquinas em geral, geladeiras,
freezers, etc., que são mais apropriados como presentes de casamento.
As alianças terão gravados os nomes do noivo e da noiva, cada um dos
dois usará aquela com o nome do parceiro. A data do casamento será
gravada mais tarde. O anel de noivado, se houver, precisa ser de uma pedra
preciosa ou semi-preciosa, natural ou artificial, de cor clara ou não muito
escura (a partir do diamante até o topázio, passando por uma variedade de
cores que inclui a água-marinha) e não receberá gravação alguma.
Os cursos para noivos, ministrados praticamente por todas as
denominações religiosas, proporcionam momentos de reflexão sobre muitos
temas relativos ao casamento, cujo conhecimento com certeza será muito
útil. Freqüentemente os namorados solicitam ao pastor da igreja que celebre
o seu noivado.
Ao dar início à cerimônia, o ministro deve justificar o encontro e dizer
as seguintes palavras, entre outras: “Prezados irmãos e irmãs, estamos aqui
diante de Deus, para de forma solene celebrar o noivado de ________ e
________, considerando que os mesmos chegaram à conclusão de que Deus
os quer unir um dia em casamento; como resultado, o casal deseja assumir
um compromisso mais definido e o fazem diante do Senhor Jesus Cristo.
Oremos”.
Após a oração o ministro poderá ler alguma passagem da Escritura
propícia para a ocasião. Após a leitura, o pastor dirigir-se-á ao casal
mostrando a eles que a responsabilidade agora é muito maior, tanto diante
da família como da sociedade e principalmente diante do Deus Todo-
Poderoso. Enfatizará, também, que o noivado não abre caminho para a
prática de atos amorosos que só são cabíveis dentro do matrimônio.
Enfatizará a preparação do casal para o casamento que virá num futuro
próximo.
Depois da mensagem, o pastor pedirá aos pais dos namorados para
ficarem próximos aos filhos e com as alianças levantadas, dirá: “Estas
alianças são o testemunho visível do acordo que estas duas vidas celebram
diante de Deus. É um compromisso solene que deve ser respeitado por
ambos e pelas famílias a que pertencem, cujos efeitos conduzirão ao altar
do matrimônio com a segurança de que Deus confirmou a decisão tomada”.
Então o ministro pode pedir à mãe da moça que coloque a aliança no dedo
da mão direita do rapaz. Em seguida, pedirá que o pai do rapaz ponha a
aliança no dedo da mão correspondente da moça. Logo em seguida, o
oficiante fará uma oração a Deus pedindo-lhe que confirme o que acaba de
celebrar. O ministro dá por encerrada a cerimônia com a bênção apostólica
e segue-se então os cumprimentos entre as famílias e convidados.
1.1. Modelo de Ordem de Culto
1. Prelúdio – Música alegre, que fala de amor ou de união
2. Palavras Introdutórias
3. Oração
4. Música Especial – Música alegre
5. Leitura Bíblica – 1 Coríntios 13
6. Cânticos – Cânticos que enfatizem o amor, a alegria e a união em
Cristo
7. Mensagem
8. Música Especial
9. Entrega das Alianças
10. Oração
11. Hino – Que trate de alegria ou de esperança
12. Bênção Apostólica
13. Poslúdio
1.2. Esboços de Mensagens
Esboço 1
Texto: Filipenses 4.4-7
Tema: Noivos, mas de bem com a vida
Introdução: Como as pessoas encaram a vida, o noivado, o
casamento? como os jovens encaram tudo isso? Vocês estão de bem com a
vida?
1. Noivos de bem com a vida sempre se alegram no Senhor
A alegria como um imperativo: “Alegrai-vos”. A alegria aparece nessa
epístola 9 vezes.
Alegria permanente.
Normalmente a juventude procura a alegria em coisas desta vida. O
segredo da alegria: no Senhor. Fora de Jesus a alegria é ilusória.
A alegria que brota de um espírito de gratidão. Gratidão a Deus pela
vida, pela saúde, pelos pais, pelo noivado, por este significativo ato na vida.
2. Noivos de bem com a vida não vivem ansiosos
Ansiedade é o mesmo que angústia, incerteza aflitiva.
Tudo o que nos causa ansiedade devemos levar ao conhecimento de
Deus pela oração e súplica.
A ansiedade não traz soluções.
Os noivos geralmente ficam ansiosos: profissão, o casamento, os
preparativos, etc.
A Bíblia ensina como enfrentar a ansiedade (Sl 23.1; 27.14; 37.5;
55.22; 1 Pe 5.7).
3. Noivos de bem com a vida buscam a paz de Deus
A paz é de Deus e não das pessoas.
Ela guarda os nossos corações.
Ela guarda nossas mentes.
Conclusão: O que podemos fazer para curar a mente? (Verso 8).
Como vencer as apreensões, a ansiedade? Cristo é o segredo para uma vida
feliz, para um noivado feliz e próspero.
Esboço 2
Texto: 1 Coríntios 13
Tema: O melhor caminho de um noivado
Introdução: Para se verificar o sentido do amor, podemos notar sua
significação nas mais diversas manifestações: amor da família, amor ao
dinheiro, amor ao mundo, amor a Deus, amor ao próximo. Sempre
queremos o objeto amado, e esse preocupa nossa mente e coração.
1. O amor é essencial para o progresso de um noivado
Verificamos que as 4 coisas que Paulo reprova como não tendo valor
sem o amor, são todas coisas que engrandecem a pessoa, são coisas que
enaltecem o egoísmo, nutrem um amor próprio exagerado, mas nunca
podem substituir o verdadeiro amor.
2. O amor tem qualidades distintas:
As negativas: inveja, leviano, orgulho, desconfiança.
As positivas: longanimidade, benignidade, amor à verdade, tolerância,
confiança, esperança, paciência.
3. O verdadeiro amor nunca se acaba
A transformação completa das nossas circunstâncias, condições,
poderes, acabará com muitas coisas apreciadas e hoje necessárias, mas o
verdadeiro amor nunca se extingue. Pode passar por lutas e provações, pode
enfrentar dilemas e terríveis circunstâncias, mas não passa. A paixão é
efêmera, o amor é eterno.
Conclusão: Os noivos percebem a importância do verdadeiro amor? Os
noivos procuram desenvolver as qualidades distintas do amor? Estão
preparados para começar essa jornada, cujo objetivo é a concretização final
desse amor no casamento?
Rompimento do noivado: A revogação da intenção anunciada de
casamento, ainda que por decisão unilateral, tem algumas implicações que
afetam a ambos os ex-noivos. A questão da devolução dos presentes e o
ressarcimento de despesas relativas aos preparativos do casamento são as
principais causas de litígio, muitas vezes levadas à justiça para solução. O
fundamento do questionamento judicial é que o anel de noivado e outros
presentes trocados entre os noivos estão vinculados ao compromisso do
noivado e, se este é desfeito, os bens devem retornar aos doadores,
independentemente de qual deles tenha sido a iniciativa do rompimento.
2. CASAMENTO
O casamento é uma instituição divina e temo seu fundamento, normas
e princípios contidos na Bíblia Sagrada. O casamento é uma dádiva de
Deus, dada ao ser humano para que ele possa demonstrar o seu amor a uma
outra pessoa de uma forma total e que ambos se complementem, se
realizem, e se satisfaçam tanto em companheirismo, diálogo, quanto em
carinho, afeto e sexo. É de vital importância que os noivos sejam orientados
pelo pastor ou pelo oficiante do casamento, quanto à significação do ato, e o
que ele representa diante de Deus e da sociedade. Isto é o que chamamos de
aconselhamento pré-nupcial, onde o ministro os orienta em todas as facetas
envolvidas no casamento.
Durante essa orientação, os noivos devem fazer um curso pré-nupcial,
o que será ministrado pelo pastor. Nesse curso são discutidos os mais
variados assuntos de interesse do novo casal: vida a dois, comunhão com
Deus, finanças, planejamento familiar, sexo, cuidados com os filhos e assim
por diante. Há vários cursos diferentes que o pastor deve conhecer a fim de
optar por aquele que considera o mais viável para a orientação do casal.
O casamento, além de ser uma instituição religiosa, é também uma
instituição civil e conseqüentemente sujeito à determinadas leis do país
onde os noivos estão se casando. O ministro religioso deve estar
familiarizado com as leis do país e certificar-se que está cumprindo com os
requisitos da lei. A igreja ou o ministro deve manter um registro no qual
fará constar os casamentos com todos os dados necessários, as assinaturas
dos noivos, das testemunhas e do ministro oficiante.
Há duas formas de casamento religioso: o casamento religioso com
efeito civil, e o casamento com efeito apenas religioso. No caso do
casamento ter apenas o efeito religioso é mister que o ministro tenha certeza
de que já foi efetuado o casamento civil em cartório. Se o casamento
religioso tiver efeito civil, é preciso que sejam tomadas todas as medidas
cabíveis com antecedência, junto ao cartório, e lavrar o termo de casamento
em formulário oficial conforme orientação do próprio cartório para a
validade do ato realizado. É preciso avisar aos noivos que o casamento
religioso com validade civil, além da valorização do ato em si, sai mais em
conta para os nubentes. Não se paga nada, além do que se pagaria no
casamento religioso. Além disso, é uma só cerimônia, havendo menor
pressão psicológica sobre os noivos e um lugar a menos para se locomover
juntamente com as testemunhas.
O ministro deve combinar com os noivos a forma preferida para
solenizar o casamento. Não há uma seqüência rígida ou cristalizada para
uma cerimônia de casamento; além disso, os noivos sempre gostam de
participar na formulação do programa, dando idéias e mostrando suas
preferências, o que deve ser altamente respeitado e levado em consideração.
É de fundamental importância que o ministro e os noivos ensaiem com
antecedência a ordem do programa da cerimônia para evitar confusões,
procedimentos constrangedores e momentos hilariantes.
O programa todo de um casamento não deve ser superior a uma hora,
sendo 45 minutos o ideal para toda a programação. A cerimônia consiste,
essencialmente, em três etapas: a entrada do cortejo pela nave, a liturgia e a
saída dos participantes. A cerimônia tem algumas partes tradicionais, mas o
ritual permite uma grande liberdade de adaptação, complementação e
acréscimos à liturgia do matrimônio. Por isso, se os noivos vão imprimir o
texto para distribuir entre a assistência, tratarão do assunto com o
celebrante.
Precisa-se ensinar aos noivos e fazê-los praticar a maneira de entrar e
sair em uma cerimônia nupcial. Outro cuidado que o oficiante deve ter é
guardar na memória os nomes dos nubentes ou tê-los anotados sobre a mesa
ou o púlpito para consulta quando necessário. É também importante que a
parte musical do ato religioso seja bem ordenada, para que não haja
improvisações vexatórias. Tudo deve estar preparado de antemão e todos os
músicos e pessoas que cuidam do som devem estar bem antes a postos para
que tudo saia a contento.
Uma coisa a ser evitada é o atraso da noiva à cerimônia. Além de ser
totalmente errado, pois foi anunciado no convite um determinado horário, é
uma grande falta de respeito aos que chegaram à hora. Como cristãos,
devemos agir conforme o Senhor nos ensinou: sim, sim; não, não.
Cortejo de entrada: Os convidados devem estar presentes antes de a
noiva entrar porque, juntamente com o oficiante, eles representam a Igreja
que recebe o casal para a bênção matrimonial; devem se lembrar desse
papel e de que estão assistindo a uma solenidade. Devem evitar muita
curiosidade e ruído de comentários à entrada do cortejo, guardando a
postura distinta e compenetrada que a cerimônia exige.
Normalmente, do lado esquerdo do corredor central, os bancos são
destinados aos convidados da noiva; do lado direito da entrada, aos
convidados do noivo. Porém, lados contrários podem ser preenchidos na
medida em que isto se fizer necessário para que todos tenham assento.
Alguém da família da noiva pode ficar encarregado de receber os
convidados à entrada e orientá-los quanto ao lado que devem ocupar,
indagando se são convidados do noivo ou da noiva. Lugares podem ser
reservados com uma etiqueta, para acomodação de convidados mais
importantes ou mais idosos.
O cortejo começa com a entrada dos casais de padrinhos, guardando
entre eles a distância de aproximadamente um quarto do caminho a
percorrer. Alternam-se os padrinhos do noivo e os padrinhos da noiva,
sendo de padrinhos do noivo o primeiro casal a entrar. Os casais, a mulher à
esquerda do homem, se dirigem respectivamente para o lado direito do altar,
lado dito do noivo, ou para o lado esquerdo do altar, dito lado da noiva, e
tomam lugar nas cadeiras especialmente dispostas para eles, ou ocupam o
primeiro banco dos que ficam reservados aos padrinhos, na primeira fileira.
Ao final da entrada dos padrinhos, após a pausa suficiente para que o
corredor fique livre, entram a mãe da noiva de braços com o pai do noivo, e
se colocam próximo do altar, do lado esquerdo, voltados para a assembléia.
Novamente livre o corredor central, entra o noivo, de braço esquerdo dado à
sua mãe. Chegados ao altar, voltam-se para a assistência, posicionados à
direita do corredor central do templo, simetricamente e à mesma altura em
que estão o pai do noivo e a mãe da noiva – a mãe um passo atrás e mais
próxima do altar que o noivo –, e passam a aguardar os demais
participantes.
O pastor pode aparecer nesse instante e assumir seu lugar ou poderá
entrar logo no início, antes da entrada dos padrinhos. O oficiante fica em pé
o tempo todo, de costas para o altar e à frente do genuflexório para os
noivos.
É costume, após a entrada do noivo e sua mãe, que a porta de entrada
do templo seja fechada por um instante, para caracterizar que toda a Igreja
está pronta a receber a noiva. Pai e filha esperam que seja aberta a porta do
templo e o órgão ou outro instrumento preparado para o momento anuncie a
todos que a noiva está entrando. Reaberta a porta, a noiva entra de braços
com o pai. A entrada da noiva é marcada pela marcha nupcial, e ela deve
caminhar a passos lentos, coincidentes com os acordes que terminarão ao
mesmo tempo de sua chegada ao altar.
Crianças com vestidinhos longos de seda e brocados, terninhos ou
fraque infantil, que caminham à frente da noiva e seu pai como damazinhas
e pajens, geralmente criam simpatia e descontração na assistência. Podem
levar uma almofada ou uma cestinha com as alianças, a menina um buquê
para entregar a noiva, se esta desejar, após a bênção nupcial, depositar um
buquê de flores em um dos altares laterais. As crianças substituíram as
jovens casadoiras (as clássicas demoiselles d’honneur), e os jovens pajens
imberbes (garçons d’honneur) que antigamente faziam esse papel.
Ao aproximar-se a noiva, o noivo beija sua mãe como despedida, e
avança um ou dois passos ou uma distância um pouco maior para receber a
noiva. Diante do noivo, o pai da noiva também se despede da filha,
beijando-lhe a testa depois de erguer levementeo seu véu, e em seguida
cumprimenta o noivo. Faz um gesto discreto de entrega da filha, e
encaminha-se para onde está sua esposa. O noivo apresenta o braço
esquerdo à noiva e a conduz ao altar. O casal se posta diante do
genuflexório e do pastor.
O pai da noiva junta-se a sua esposa, ficando no lugar em que estava o
pai do noivo e este passa discretamente para o outro lado, tomando lugar à
direita de sua mulher, que havia ficado só quando o filho encaminhou-se
para encontrar a noiva. Os dois casais encaminham-se para os respectivos
lugares que poderão ser cadeiras colocadas ao lado do altar, ou os dois
primeiros assentos do lado do corredor central, o homem na ponta externa e
a mulher do lado interno junto ao marido, no primeiro banco do lado da
noiva e no primeiro do lado do noivo.
Após o encontro com o noivo, a noiva se afasta, levada por ele – que
lhe dá o braço esquerdo –, e seu pai deve procurar seu lugar no lado
esquerdo da nave, reservado, como dito, à família da noiva e seus
convidados. Um vestido de noiva de cauda longa pode requerer dobrada
atenção por parte do pai da noiva, quando passa da direita para a esquerda.
Ele deve aguardar que os noivos avancem para o altar, quando a cauda do
vestido da noiva poderá estender-se até a altura onde se achava o noivo e
onde ele o cumprimentou. Deste modo o vestido longo da noiva não
impedirá a passagem para o lado esquerdo onde irá sentar-se. Porém, se o
espaço entre os bancos e o altar for muito pequeno, ou a cauda muito longa,
é provável que o avanço dos noivos não seja suficiente para deixar livre o
caminho. Neste caso o pai não pula a cauda do vestido da noiva, mas a
contorna, ou o casal faz a opção de o pai entrar pelo lado esquerdo,
desistindo-se do cumprimento ao noivo.
De que lado entra o pai da noiva? Em vários casamentos, os pais
ficam à direita, dando o braço esquerdo à noiva; em outros a noiva entra em
posição contrária, à direita, o pai dando-lhe o braço direito. Não há uma
regra a respeito.
Muitos colocam o pai da noiva no lado esquerdo do cortejo, porém não
explicam “como” o pai cumprimentará o noivo, que estará aguardando do
lado oposto. Outros, no entanto, colocam o pai do lado direito da noiva.
Como decidir? Há duas razões importantes que levam a preferir a posição
do pai no lado direito da noiva, dando-lhe seu braço esquerdo:
a) É comum em muitas Igrejas os convidados do noivo
(predominantemente homens) se sentarem no lado direito e os convidados
da noiva (predominantemente mulheres) no lado esquerdo da igreja. Se no
casamento essa tradição for respeitada (geralmente alguém da família
orienta os convidados a esse respeito, na entrada do templo), então a noiva
pode sorrir para suas amigas e amigos, e ser melhor vista por eles se entra
do lado esquerdo de seu pai. No cortejo de saída virá pelo mesmo lado,
estando à direita do noivo;
b) Tendo a noiva à sua esquerda, o pai tem o braço direito livre para
cumprimentar o noivo ao alcançá-lo junto ao altar. Como visto acima, o pai,
ao chegar próximo do noivo, volta-se para sua filha, afasta o seu véu e
beija-lhe a testa, e em seguida se volta para o noivo e o cumprimenta, e
depois faz um discreto gesto de apresentação ou entrega da filha, afastando-
se após esse procedimento. Nos casamentos mais simples, em que este
detalhe (de cumprimentar o noivo) não faz parte do protocolo, então o pai
pode perfeitamente entrar pelo lado esquerdo da noiva, se esta for a
preferência do cerimonialista ou dos próprios noivos. Porém, essa
cordialidade para com o noivo parece um gesto simpático, como sinal de
que o pai está feliz com a escolha da filha.
Os cerimonialistas que adotam o pai e o noivo à direita da noiva, no
cortejo de entrada e no altar, reconhecem as exceções obviamente
necessárias como, por exemplo, quando o pai, ou o noivo, é um militar ou
um príncipe, e carrega uma espada do lado esquerdo. Neste caso o noivo
fica do lado esquerdo, e no cortejo o pai também entra pelo lado esquerdo e
dá o braço direito à filha, e são feitos arranjos para adaptação a essa
particularidade.
Acima de tudo, com toda certeza estará mais ao gênio do brasileiro a
liberdade de organizar sua festa de casamento inteiramente ao seu gosto,
livre de tradições e de regras, e de acordo com sua própria imaginação ou
segundo a criatividade do cerimonial contratado.
Liturgia. Os noivos ficam de pé de frente ao pastor e para o
genuflexório geralmente adornado disposto frente ao altar. Os pais e os
padrinhos ocupam cadeiras dispostas à esquerda e à direita do altar ou
simplesmente o primeiro banco do lado esquerdo, lado da noiva e seus
convidados, e lado direito, lado do noivo e seus convidados.
Quando os noivos já estiverem diante do ministro, o homem à direita
da mulher, o oficiante trará algumas palavras introdutórias à congregação.
Tal introdução falada pode ter o seguinte tom: “Estamos aqui reunidos na
presença do Deus Todo-Poderoso e destas testemunhas para solenizar em
nome de nosso Senhor Jesus Cristo, o contrato de casamento que este
homem e esta mulher (ou pode-se dizer o nome dos nubentes) por livre e
espontânea vontade desejam estabelecer. O casamento é um estado mui
honroso estabelecido pelo próprio Deus, santificado pela presença de Jesus
Cristo nas bodas de Caná da Galiléia. A Bíblia afirma que o casamento é
digno de honra e o consagra como símbolo da união mística entre Cristo e
sua Igreja. A natureza desta união foi instituída por Deus com o primeiro
casal humano, Adão e Eva, lá no jardim do Éden; seu propósito foi
proporcionar felicidade à raça humana. Desde então os seres humanos a têm
praticado, e, para dar-lhe consistência, a têm legalizado. O casamento foi
ordenado para dar continuidade à sagrada instituição da família, e para que
os filhos, que são herança do Senhor, sejam criados em piedade e retidão. O
casamento contribui, também, para o bem-estar da sociedade e para
transmitir, pela boa ordem das famílias, a pureza, a santidade e a verdade,
de geração em geração. Para alegria de todos nós, ................. (nome do
noivo) e ............... (nome da noiva) decidiram abraçar este estado tão
honroso.”
O ministro lê o evangelho e faz a prédica. A mensagem do culto de
casamento deve ser objetiva, clara e não deve ser superior a 20 minutos. O
tema deve ser algo vinculado ao amor e ao evento do casamento.
Determinados conselhos práticos devem ser fornecidos durante o
aconselhamento pré-nupcial e não no horário da mensagem.
Terminado o seu sermão, o pastor anuncia o ritual do casamento.
Algumas frases que o noivo e a noiva deverão pronunciar na parte litúrgica,
eles precisam decorar ou pelo menos familiarizarem-se com elas, a fim de
poderem repeti-las em voz alta, ouvindo o ministro sussurrar-lhes como um
ponto de teatro.
Quanto às promessas há várias formas de se fazê-las. Uma delas é da
seguinte forma: o ministro se dirige ao homem e lhe diz: “..................
(nome do noivo), estás disposto a prometer diante de Deus e destas
testemunhas, que tomas a esta mulher, ................ (nome), por tua legítima
esposa, para viveres com ela segundo ordenado por Deus, no santo estado
do matrimônio? Prometes amá-la, honrá-la, consolá-la, e conservá-la tanto
na saúde como na enfermidade, na prosperidade como em seus sofrimentos,
e te conservares exclusivamente para ela enquanto ambos viverem?” O
noivo deve responder com voz clara: “Sim, prometo”. Então o ministro se
dirigirá à mulher e fará a mesma pergunta, apenas invertendo as palavras,
nome e pronomes quando se fizer necessário.
Depois que os noivos pronunciam seu compromisso mútuo, o oficiante
solicita as alianças. A daminha ou o pajem que as trouxe aproxima-se para
entregá-las ao pastor, o qual explica o significado das alianças e as passa
aos noivos para que as coloquem respectivamente no dedo anelar. Depois
de colocadas as alianças, o pastor convida os noivos a que se beijem como
indicação do seu amor.
Após a bênção das alianças, são assinados os papéis pelos noivos e
pelos padrinhos, sobre o altar ou sobre uma mesinha dispostalateralmente,
numa das pequenas naves laterais. Segue-se uma breve sessão de fotos,
compreendendo o momento da assinatura e um posicionamento dos recém-
casados, a sós e com seus pais diante do altar. A assistência permanece em
seu lugar, aguardando o cortejo de saída. Não é o momento para fotos com
parentes e amigos, o que será feito mais tarde, na recepção.
Por fim, seguem-se a oração final e a bênção nupcial. Depois da
bênção, o ministro deve-se dirigir aos presentes e dizer: “Visto como
.................. e .................. consentiram ambos em ingressar no estado de
matrimônio. E para esse fim celebraram o contrato matrimonial diante de
Deus e destas testemunhas, havendo ambos dado e empenhado sua fé e
palavra um ao outro, o que manifestaram pela promessa e pela entrega das
alianças, eu os declaro marido e mulher, casados em nome do Pai, e do
Filho e do Espírito Santo. Amém. Que Deus os abençoe!”
Alguns textos apropriados para a mensagem ou para a bênção nupcial
são: Gn 2.18-24; Rt 4.1-13a; Et 2.1-18; Sl 103.1-5; Pv 3.3-6; Pv 31.10-31;
Ct 2.8-15; Ct 8.6,7; Is 54.5-8; Mt 7.24-25; Mc 10.6-9; Jo 2.1-11; 1 Co 13;
Ef 5.21-33; Cl 3.12-17; 1 Jo 4.7-12.
Cortejo de saída. Terminada a cerimônia, o noivo dá o braço esquerdo
à noiva, e descem ao átrio, atravessando o templo rumo à porta principal. A
ordem em que os participantes deixam o altar é inversa da ordem de
chegada. À frente caminham pela nave os recém-casados. Logo se lhes
seguem os pais da noiva, os pais do noivo e os casais de padrinhos, que
deixam os bancos da esquerda e da direita, alternadamente, e se
encaminham, bem próximos uns dos outros, para a entrada principal. Como
o pai da noiva agora está livre para fazer par com sua esposa, e a mãe do
noivo também, não há mais a necessidade da cortesia feita à entrada,
quando o pai do noivo conduziu pela nave a mãe da noiva.
Recebendo os cumprimentos. Os convidados precisam de uma
oportunidade para cumprimentar os recém-casados. Estes, juntamente com
seus familiares, precisam de uma oportunidade para agradecer a presença de
todos na cerimônia. As alternativas para isso são:
a) receber os cumprimentos na igreja, posicionando-se em uma “fila de
cumprimentos” tanto os que receberão os cumprimentos quanto os que irão
apresentá-los;
b) receber os cumprimentos sem fila organizada, dentro ou fora da
igreja, e isto vai melhor quando se abre mão do cortejo de saída; ou,
c) deixar para receber os cumprimentos e efetuar os agradecimentos na
recepção.
A fila de cumprimentos, se feita no lugar da cerimônia, pode ser
disposta ainda no interior da igreja, próxima à porta, ao final do corredor
central, caminho de saída dos convidados. Desde que os integrantes da fila,
tanto os que recebem como os que apresentam os cumprimentos, estejam
conscientes de que devem usar poucas palavras, a fila de cumprimentos se
move sem problemas e não se torna aborrecida para ninguém.
Tradicionalmente, esta é a ordem em que se dispõe os noivos e seus
familiares: a mãe seguida do pai da noiva, a mãe do noivo seguida do pai, a
noiva e o noivo. Esta ordem reflete o fato de que os convites para a
cerimônia foram feitos pelos pais da noiva e do noivo, e, portanto, em todos
os eventos da celebração abrangidos pelo convite eles é que são os
anfitriões, - com prioridade para os pais da noiva. Essa é a razão pela qual
são os primeiros a receberem os cumprimentos, e não os recém-casados.
O pai da noiva e o pai do noivo poderão não participar da fila de
cumprimentos, a fim de que esta flua mais rapidamente, ou, se os
cumprimentos são na entrada da recepção, porque sua presença no salão
pode ser necessária como anfitriões para os convidados que já estão a
buscar os seus lugares e são servidos os aperitivos. Neste caso, na frente da
fila de cumprimentos posta-se a mãe da noiva, depois a mãe do noivo, esta
seguida da noiva e do noivo.
A festa de casamento: Por tradição, uma recepção festiva é oferecida
pelos pais da noiva aos convidados, logo após a cerimônia religiosa ou civil
do casamento. Isto vincula a hora do casamento à hora em que se pretende
realizar a recepção. Quando se deseja oferecer um jantar é melhor que o
casamento seja à noite; quando se pretende oferecer um almoço aos
convidados, que o casamento seja ao final da manhã, e quando se pretende
oferecer um chá ou coquetel, que seja entre o meio e o final da tarde. Do
ponto de vista do brilho da festa, o horário noturno é mais favorável; do
ponto de vista prático os horários da manhã e da tarde podem conciliar
melhor o embarque para a Lua de Mel, e do ponto de vista econômico o
horário da tarde permite recepções menos caras.
Uma recepção oferece a possibilidade de convite a um maior número
de pessoas e pelo mesmo custo de um jantar pode-se incluir um número
dobrado de convidados. Por esta razão, pode ser preferida quando não se
deseja gastar muito, mesmo que o casamento seja no início da noite. A
recepção no salão da igreja consiste no tradicional bolo com salgadinhos
finos e bebidas não alcoólicas, pode ser ainda mais conveniente.
As recepções mais dispendiosas são oferecidas, em geral, somente a
um grupo seleto de convidados, e por isso muitos amigos do noivo e da
noiva, colegas de trabalho, pessoas conhecidas que lhes têm estima, etc.,
poderão receber apenas o convite geral para a cerimônia religiosa, sem o
convite para a recepção. Este dirá: “os noivos receberão os cumprimentos
na Igreja”.
Quando for o caso, o convite para a recepção, impresso à parte, será
enviado no mesmo envelope, e indicará o local onde terá lugar após a
cerimônia civil ou religiosa. As pessoas menos próximas entenderão o
motivo de não serem contempladas, mas a limitação é por natureza difícil, e
deixar alguém fora da lista poderá nunca satisfazer aos noivos ou a seus
pais. Caso os presentes sejam enviados aos noivos com antecedência, a
relação dos que presentearam o casal poderá ser uma importante ajuda para
a escolha, embora não deva ser absolutamente “um critério”. A antigüidade
do relacionamento, o número de pessoas da família dos noivos nele
envolvidas também são outros tantos elementos que podem ajudar na
decisão de quem convidar.
A recepção não é um simples chá, coquetel, almoço ou jantar, mas uma
cerimônia integrada em uma celebração e esta vinculação se manifesta na
própria presença dos noivos, nos brindes, na decoração, na música e assim
por diante. Ainda que realizada de maneira muito simples, se o espírito da
festa for respeitado, todos terão dela apenas recordações agradáveis e
felizes.
Almoço ou jantar. Refeições servidas com os convidados sentados
implicam mais despesa principalmente por requererem dependências mais
amplas de apoio ao serviço e maior número de garçons. Porém, servidos em
bufê ou à francesa (sentado), o almoço ou o jantar devem aproximar-se de
uma refeição completa. No salão estarão dispostas as mesas para os
convidados, convenientemente revestidas e ornamentadas, com a louça, os
cristais e a prata do serviço, e em geral um pequeno vaso de flores. Haverá
também uma mesinha isolada para o bolo e a mesa de lembranças. Nestas
últimas estarão os pacotinhos com presentes alusivos às bodas, com um
cartãozinho de agradecimento ao convidado pela sua presença.
Os pais da noiva recebem os convidados e estes buscam as mesas que
lhes foram designadas, ou escolhem onde sentar respeitando a mesa
destinada aos noivos e seus pais. É logo servida uma entrada, que pode ser
salgadinhos finos e bebida não alcoólica, que transcorre enquanto os
anfitriões transitam pelas mesas cumprimentando seus convidados, se já
não o fizeram postados à entrada do salão. Quando os noivos chegam, são
recebidos com palmas, e se dirigem para a mesa que lhes está reservada.
No caso do almoço ou jantar servido no bufê, além das mesas para os
convidados, estão dispostos no salão uma mesa longa para o bufê,
geralmente com rica ornamentação, na qual estarão dispostas as travessas e
réchauds (rechôs) com os alimentos. A louça, os talheres, os guardanapos
poderão estar em um extremo do bufê, mascontribui muito para um melhor
efeito de conjunto que estejam já distribuídos nas mesas dos convidados.
Em caso de um número maior de convidados, podem ser dispostos dois
bufês iguais, o que evitará duas coisas: que as bandejas de alimentos
tenham que ser constantemente substituídas e que se forme uma única e
longa fila de comensais. Além do bufê, e das mesas menores das
lembrancinhas e do bolo, haverá uma mesa de doces e outra de café.
As mulheres usam longos com brilho e jóias mais ricas à noite. Em um
almoço, usam roupas sem reflexos, chapéu e jóias mais discretas. Os
homens usam roupa escura de qualidade, no almoço ou no jantar, e nas
recepções de maior requinte, traje a rigor.
A refeição tem início quando os noivos se dirigem ao bufê, onde terão
seus pratos feitos, de acordo com sua escolha, por dois garçons, um que
acompanha o noivo, outro que acompanha a noiva, e esta vem em primeiro
lugar. É uma praxe que, após feitos os dois pratos, posem para uma foto o
garçom da noiva, postado à sua direita, e o garçom do noivo, postado à sua
esquerda, ambos com o prato na palma da mão esquerda.
Após os noivos, servem-se os pais da noiva e seguem-se os discursos.
Após o corte do bolo, os noivos brindam entre si e com seus pais. Seguem-
se discursos e brindes.
É feito um intervalo que é um momento de suspense: a noiva joga o
seu buquê para o grupo de moças às suas costas e uma delas conseguirá
pegá-lo.
Após o lançamento do buquê a festa está encerrada: os noivos se
retiram para embarcar para a Lua de Mel, ou para passar a noite de núpcias
em um hotel ou em sua nova moradia. Os convidados poderão ainda ficar
enquanto durar o contrato dos músicos para tocar. Os pais da noiva somente
se retiram após o último convidado e, ajudados por seus familiares, cuidam
de todas as providências que se tornarem necessárias com respeito aos
estoques, pagamentos, e o que mais tenha que ser cuidado de imediato para
fechamento do salão.
Ao deixar a recepção, cada convidado toma uma das lembrancinhas
que estão na mesinha decorada próxima da saída (podem ser desde
saquinhos com amêndoas com cobertura, bombons, envoltos em um tule,
até pequenas jóias, com um pequeno cartão no qual os anfitriões agradecem
a presença dos convidados).
2.1. Modelos de cerimônia de Casamento
Modelo 1 – apenas religioso
1. Entrada dos Padrinhos – Música escolhida pelos noivos
2. Entrada do Noivo (com a Mãe) – Música e retumbante, escolhida
pelos noivos
3. Entrada do Pai do Noivo com a Mãe da Noiva – Música clássica
escolhida pelos noivos
4. Entrada da Noiva (com o Pai) – Marcha nupcial
5. Palavras Introdutórias
6. Oração
7. Música Especial – Música alegre, romântica, que trate do amor ou
da alegria, escolhida pelos noivos
8. Mensagem
9. Música especial que trate da eternidade do amor, escolhida pelos
noivos
10. Entrada da Dama das Alianças – Música escolhida pelos noivos
11. Votos e Troca das Alianças
12. Música Especial – Música alegre, jovial, retumbante, que enfatize
a vitória do amor, escolhida pelos noivos
13. Impetração da Bênção com imposição das mãos
14. Declaração de casados pelo Oficiante
15. Saída dos noivos – Música escolhida pelos noivos
16. Saída dos Pais – Música escolhida pelos noivos
17. Saída dos padrinhos – Música alegre, de celebração
Modelo 2 – religioso com efeito civil
1. Entrada dos Padrinhos – Música significativa, escolhida pelos
noivos
2. Entrada do Pai do Noivo com a Mãe da Noiva - Música escolhida
pelos noivos
3. Entrada do Noivo (com a Mãe) – Música escolhida pelos noivos
4. Entrada da Noiva (com o Pai) – Marcha nupcial
5. Oração
6. Mensagem
7. Música Especial – Música alegre, jovial, que enfatize o amor ou a
alegria
8. Poesia
9. Ato Civil: assinaturas e leitura dos termos – Música instrumental,
pianíssimo, escolhida pelos noivos
10. Entrada da Dama das Alianças – Música escolhida pelos noivos
11. Votos e Troca das Alianças
12. Música Especial – Música alegre, jovial, que enfatize o amor ou a
alegria
13. Impetração da Bênção com imposição das mãos
14. Declaração de casados pelo Oficiante
15. Saída dos noivos – Música escolhida pelos noivos
16. Saída dos Pais – Música escolhida pelos noivos
17. Saída dos padrinhos – Música alegre, de celebração
2.2. Esboços de mensagens nupciais (Modelos)
Esboço 1
Texto: Gênesis 2.18-25
Introdução: Abordar o evento alegre mas ao mesmo tempo sério, do
casamento.
I. O casamento é uma instituição divina:
1.1. não é apenas um contrato legal;
1.2. não é apenas uma formalidade religiosa;
1.3. foi Deus que o criou no Jardim do Éden;
1.4. é uma instituição benéfica e necessária ao ser humano.
II. Por que Deus instituiu o matrimônio?
2.1. Para companheirismo.
2.2. Para a plena realização de duas pessoas que se amam.
2.3. Para procriação da espécie humana.
2.4. Para perpetuar o conhecimento de Deus.
III. As expectativas dos noivos:
3.1. A ilusão do casamento perfeito ou do cônjuge perfeito;
3.2. As falhas ou defeitos do cônjuge;
3.3. As crises que a vida nos traz;
3.4. A ação do amor e do perdão no continuar da vida.
Conclusão: Asseverar que quando o casal se submete à vontade de
Cristo e procura compreender o seu cônjuge, amando-o com toda a sua
vida, suas forças e seu entendimento, o casamento é sólido, frutífero e
duradouro.
Esboço 2
Texto: Salmo 128
Introdução: O casamento é um grande tesouro de Deus. Tesouros
fascinam. Pensemos na riqueza da rainha da Inglaterra, na riqueza dos
caçadores de tesouros. Quais seriam os tesouros advindos do casamento?
I. O Tesouro dos Cônjuges
1.1. O marido
1.1.1. Segurança
1.1.2. Proteção
1.1.3. Companheirismo
1.1.4. Liderança
1.1.5. Cabeça
1.2. A esposa
1.2.1. Companheira em pé de igualdade
1.2.2. Cria o ambiente de harmonia em casa
1.2.3. Adjutora
II. O tesouro dos Filhos
2.1. Herança do Senhor
2.2. Beleza
2.3. Vida
2.4. Saúde
2.5. Recompensa
III. O tesouro da comunhão
3.1. A expressão “lar” vem de “lareira”, lugar onde nos aquecemos
3.2. Os momentos de refeições, dos culto, das conversas
3.3. A família precisa cultivar essa comunhão
IV. O tesouro do Amor
4.1. Amor que une
4.2. Amor que edifica
4.3. Amor que permanece
4.4. O amor de Jesus é o maior tesouro da família. Nada se compara a
Ele.
Conclusão: Os tesouros materiais são importantes e de grande valor,
mas nada substitui o tesouro que há no casamento que vive na graça de
Jesus.
Esboço 3
Texto: Gênesis 2.18-24
Introdução: O fracasso tem sido comum na vida de tanta gente: nos
negócios, nas competições, no trabalho, na faculdade, na família. Muitos
têm fracassado no casamento. Entretanto, há razões suficientes para que um
casamento não venha a fracassar:
I. Porque o casamento veio de Deus
1.1. Deus formou o primeiro casal
1.2. O casamento tem sua origem em Deus
1.3. É um projeto de Deus
1.4. Nasceu no coração de Deus
1.5. É uma instituição de Deus
II. Porque Deus está totalmente envolvido com o casamento de seus
filhos
2.1. No Éden (Gn 3.9-21)
2.2. No Egito ( Ex 12)
2.3. No ministério de Cristo ( Jo 2.1-12)
2.4. O casamento e a família são pontos de honra para Deus
III. Porque o casamento que vem de Deus o inimigo não destrói
3.1. Desde o princípio o inimigo sempre quis destruir o casamento
3.2. Alguns programas de TV, o consumismo, o materialismo, a
pornografia, o alcoolismo e tantos outros males são grandes inimigos de um
bom casamento
3.3. Mas Deus é maior. Ele está no controle. A promessa é que Deus
garante a vitória aos seus filhos.
3.4. O que Deus constrói o diabo não destrói.
IV. Porque é uma coisa muito boa para não dar certo
4.1. Quando Deus o instituiu: “E viu Deus que era muito bom”
4.2. É muito bom o convívio, o amor e a paixão de um casal
4.3. É muito bom ter filhos, herança do Senhor
4.4. É muito bom ver os filhos dos filhos
4.5. Nenhum lugar, nenhum sucesso, nenhuma riqueza se compara à
riqueza da família
4.6. Como uma coisa assim tão boa fracassaria? Só quando não nos
submetemos à vontade de Deus.
Conclusão: O que vem de Deus permanece para sempre. A família,o
casamento, não é uma instituição fracassada. O é para aqueles que não
seguem a Deus. Para os filhos de Deus, o casamento não fracassou.
Louvado seja o Senhor!
3. CERIMÔNIA DE BODAS DE PRATA
Boda (pronuncia-se “bôda”) é a festa que celebra o aniversário de
casamento. No Brasil é costume dizer Bodas, no plural. As bodas de prata
(vinte e cinco anos de casamento) e de ouro (cinqüenta) são as mais
conhecidas e comemoradas. Todas as datas e aniversários são importantes
para os casais felizes. Mas enquanto as comemorações dos primeiros
aniversários de casamento passam-se na intimidade, em geral as bodas
maiores assumem um caráter eminentemente social. É quando a
comemoração exige maior brilho e maior destaque. Em geral, não só a
família, mas todos os amigos são convocados para participar do
acontecimento.
Poucas pessoas conhecem a origem etimológica da palavra boda. Ela
provém da palavra latina votum, que significa promessa. Desta forma,
quando se diz “minha boda” estamos dizendo “minha promessa”. De acordo
com o seu significado religioso, sem dúvida é a promessa por excelência,
que um homem e uma mulher podem fazer diante de Deus, realizando seu
compromisso de esposo e esposa diante de um altar consagrado. Uma
promessa para toda a vida, e esse é o ditame de seu ritual. Por isso esse
momento tão especial deverá ser comemorado em toda sua magnitude,
unido a cada um dos elementos que contribuem para que essa promessa
tenha a força simbólica que merece.
Todas as datas e aniversários são importantes para os casais felizes.
Mas enquanto as comemorações dos primeiros aniversários de casamento
passam-se na intimidade com trocas de presentes e programa a dois, as
bodas maiores (a partir das bodas de prata) assumem um caráter
eminentemente social. É quando a comemoração exige maior brilho e maior
destaque. Não só a família, mas todos os amigos são convocados para
participar do acontecimento.
A cerimônia de bodas de prata é um momento importantíssimo na vida
dos casais e da igreja. Além de ser uma excelente oportunidade para louvar
e magnificar a Deus pelas vitórias concedidas aos cônjuges e sua família, é
um grande momento para testemunhar do amor de Deus, valorizar a
instituição do casamento que está tão em baixa em nossos dias. Assim como
uma cerimônia de casamento, essa cerimônia não deve ser longa, como se
fosse um culto normal numa igreja. O local para essa cerimônia pode ser no
templo, na casa do casal ou num local adequado a desejo dos cônjuges.
O ministro precisa tomar alguns cuidados para que suas declarações
sobre o casal não venham fugir à realidade dos fatos. Para isso, deve
procurar conhecer o máximo sobre a vida deles, mencionando no culto,
apenas os fatos importantes para a ocasião. Só deve ser mencionado aquilo
que, de forma positiva, marcou a vida do casal.
A celebração na Igreja requer montar certa estrutura com a
participação dos membros da comunidade cristã, parentes e amigos do
casal. Os preparativos devem ser feitos de antemão e pode haver uma
ordem de culto com: entrada do casal, música adequada para a ocasião,
mensagem, confirmação dos votos matrimoniais, entrega de alianças,
bênção do oficiante e assim por diante. Música especial também enriquece
esse tipo de cerimônia.
Anel de Bodas (Aliança): Na comemoração das Bodas de Prata,
durante a cerimônia religiosa, há a bênção e a troca das alianças, que podem
ganhar um filete de platina ou de ouro branco. Há quem prefira encomendar
novas alianças em ouro branco com folhas de hera gravadas. A folha de
hera é símbolo de fidelidade.
Bolo de Bodas: O bolo de bodas deve ter um detalhe prateado na
cobertura, ou no prato ou na toalha que está ornamentando a mesa. Também
é costume colocar no bolo 25 velas que o casal apaga, cercado pelos filhos e
netos. Outra possibilidade é pedir que os filhos e netos apaguem as vela.
Em festas refinadas é costume, os convidados receberem lembrancinhas em
embalagens prateadas. Dentro, um bombom ou amêndoas açucaradas
acompanhadas de um cartão agradecendo a presença. Essas lembrancinhas
podem já estar diante de cada lugar na mesa ou colocadas em uma bandeja
ou cesta e ser entregues por um garçom na saída.
Convite de bodas: Se o casal tem filhos, quem convida são eles. Se
houverem netos, o nome deles pode estar incluído. O texto segue os
mesmos moldes do convite de casamento.
Presente de bodas: Na comemoração de bodas, o casal não faz lista de
presentes, pois já possuem casa montada. Assim, é costume mandar um
arranjo de flores para o casal. Objetos de decoração e livros também são
indicados para a ocasião. Alguns casais enviam dentro do convite um
cartãozinho em um envelope em branco sugerindo donativos: “Antônio
Silva e Maria Aparecida Silva gostariam que as flores e os presentes que
possam vir a receber sejam substituídos por donativos, em cheque nominal,
ao (nome da instituição), que deve ser colocado neste envelope e entregue
na entrada da igreja (ou do salão da recepção)”.
Cerimônia de bodas: A cerimônia de bodas de prata na igreja se
assemelha a um casamento, com um diferencial: a participação direta de
filhos e netos. Depois, costuma-se oferecer uma recepção. Outra
possibilidade, ao invés de cerimônia na igreja, é fazer uma cerimônia bem
mais simples e curta durante um almoço ou um jantar. Quando a cerimônia
é realizada na igreja, ela é antes da festa e segue o mesmo padrão do
casamento, com as seguintes diferenças:
a) os netos abrem o cortejo até o altar, seguidos pelos filhos, noras e
genros. O casal entra em seguida, mantendo uma pequena distância. Se
houver espaço, todos ficam no altar. Caso contrário, os filhos ficam no altar
com seus cônjuges e os netos se assentam na primeira fileira de bancos;
b) outra possibilidade menos comum é o pai entrar com a filha mais
velha, a mãe com o filho mais velho, seguidos pelos demais filhos com os
seus respectivos cônjuges, os quais permanecem no altar, e os netos que
podem assentar-se na primeira fileira de bancos.
c) a mulher entra pela nave central da igreja pelo braço direito do
marido;
d) durante a cerimônia das bodas de prata há a bênção e a troca das
alianças;
e) na saída, atrás do casal vão os netos e por último os filhos, noras e
genros;
f) quando não possuem filhos, o casal entra e sai sozinho.
A roupa do casal: O mais usual é a mulher fazer a opção por um traje
que puxe para o cinza e branco; outra possibilidade é escolher um vestido
na cor de sua preferência e completar o visual com um acessório na cor
prateada. Nas mãos, flores coloridas com detalhes prateados. O homem
veste fraque ou terno escuro, sapatos pretos, camisa de boa qualidade, com
gravata muito bem escolhida, que pode ser em tons prateados.
Quando estiverem diante do ministro os cônjuges podem estar
acompanhados de seus descendentes, e enquanto estão em pé o ministro
pode dizer: “Nós louvamos e magnificamos a Deus por este casal que tem
conseguido, em tempos de crise espiritual e moral, manter-se firme no
propósito do casamento, fiéis e leais um para com o outro. Os nossos
irmãos ________ e _______ são um maravilhoso exemplo. Queremos
solenizar neste ato de Celebração das Bodas de Prata desta feliz e próspera
união. Por 25 anos esse casal tem vivido em santa união conjugal. As lutas,
com certeza, foram muitas, mas o Deus a quem eles servem os levou à
vitória em todas elas. A paciência, a boa compreensão, a cooperação mútua,
norteou a sua vida conjugal, razão pela qual eles chegaram diante de Deus
para oferecer um culto em ação de graças e testemunhar que a promessa que
firmaram há 25 anos se mantém firme para a glória de Deus e para a
felicidade da família”. O ministro poderá, então, trazer um sermão que
magnifique a graça de Deus em manter viva a união familiar.
Quanto à entrega das alianças, o ministro entregará primeiro ao marido
que colocará no dedo correspondente de sua esposa e dirá: “Querida
________, por 25 anos tens sido a minha companheira fiel, ajudadora
incansável na formação de nossa família; como testemunho do meu amor
por ti e do meu reconhecimentopelas virtudes que tens, eu coloco em tua
mão esta aliança”. Depois disso, a esposa fará o mesmo e dirá: “Querido
________, a tua lealdade, ajuda, companheirismo e responsabilidade como
esposo e líder de nossa família levam-me a agradecer a Deus e neste ato
solene a colocar esta aliança em tua mão como testemunho do amor que a ti
dedico como esposa”. Ao final de tudo o ministro orará e suplicará as
bênçãos de Deus pelo casal.
Alguns textos apropriados para a mensagem ou para a bênção do casal
são: Gn 2.18-24; Rt 4.1-13a; Et 2.1-18; Sl 103.1-5; Pv 3.3-6; Pv 31.10-31;
Ct 2.8-15; Ct 8.6,7; Is 54.5-8; Mt 7.24-25; Mc 10.6-9; Jo 2.1-11; 1 Co 13;
Ef 5.21-33; Cl 3.12-17; 1 Jo 4.7-12.
3.1. Esboços de Programas (Ordem de Culto)
1. Entrada do Casal e Familiares – Música alegre, retumbante
2. Palavras Introdutórias
3. Leitura Bíblica – Gênesis 2.18-24
4. Oração
5. Música Especial – Música que enfatize a durabilidade do amor
6. Poesia
7. Hino ou Cânticos – Músicas alegres
8. Mensagem
9. Música Especial – Música que enfatize a alegria ou a vitória do
cristão
10. Confirmação dos Votos Matrimoniais
11. Entrega das Alianças
12. Hino – Música que enfatize o amor, a alegria e a paz em Cristo
13. Impetração da Bênção com imposição das mãos
14. Recessional (saída do casal e de seus familiares) – Música
retumbante
Modelo 2
1. Prelúdio – Chamada ao Culto – Música alegre, retumbante
2. Processional - Entrada do Casal e Familiares – Música alegre,
retumbante
3. Palavras Introdutórias
4. Cânticos – Música alegre
5. Leitura Bíblica – 1 João 4.7-12
6. Oração
7. Palavra de um representante da família
8. Música Especial – Músicas alegres
9. Mensagem
10. Hino – Música que enfatize a alegria ou a vitória do cristão
11. Confirmação dos Votos Matrimoniais
12. Música Especial - Música que enfatize o amor, a alegria e a paz em
Cristo
13. Entrega das Alianças
14. Hino - Música que enfatize o amor, a alegria e a paz em Cristo
15. Impetração da Bênção com imposição das mãos
16. Recessional (saída do casal e de seus familiares) - Música alegre,
retumbante
3.2. Esboços de Mensagens
Modelo 1
Texto: Provérbios 3.33
Tema: A Casa do Justo é Abençoada
Introdução: Esse texto fala de dois tipos diferentes de casas: a casa do
perverso e a casa do justo. O texto diz que a casa do justo é abençoada.
Quais as bênçãos que Deus tem para a casa do justo?
1. Deus abençoa com proteção
Algumas filosofias têm invadido a família: ateísmo, mundanismo,
materialismo, consumismo, ativismo, individualismo.
O inimigo também tem minado a família: flechas, dardos venenosos.
Mas a Bíblia diz que a morada dos justos ele abençoa (Gn 19.1-14).
Sim, ele abençoa com proteção.
2. Deus abençoa com provisão (Sl 27.15)
Vivemos numa época difícil. As famílias têm sido atingidas na sua
vida econômica.
Mas o nosso Deus é o Deus que provê, que sustenta. Exemplos
bíblicos: a viúva do profeta (2 Rs 4.1-7) e a viúva de Sarepta (1 Rs17.8-16).
Deus provê: amor, paz, alegria, fé, esperança, saúde, vitória.
Deus provê porque ele envia sobre a casa do justo as suas
misericórdias e a sua graça.
3. Deus abençoa com Salvação
O propósito de Deus é a salvação da família
Deus abençoa a casa dos justos com salvação (At 16.31 )
As promessas de Deus para a salvação da família estão em Atos 2.38-
39.
4. Deus abençoa com sua presença
Foi assim que Jesus fez com a viúva de Naim
Foi assim com as irmãs de Lázaro
Foi assim com Jairo
Jesus é o amigo da família. Nas horas mais tristes, difíceis, escuras,
incertas, ele está com a família.
Conclusão: Deus abençoa a família com sua agradável presença, com
sua proteção, sua provisão e com salvação. Toda a família pode
experimentar isso deixando-o entrar na sua casa (Ap 3.20). A sua casa é a
casa de um justo? Experimenta todas essas bênçãos?
Modelo 2
Texto: Isaías 61.1-9
Tema: Uma família bendita
Introdução: “Bendizer” significa abençoar, falar e desejar todo o bem.
Isto é o que Deus quer para a família.
1. A bênção da Restauração (verso 4)
Edificarão os lugares assolados
Restaurarão as casas destruídas
Renovarão as cidades arruinadas.
2. A bênção da Primazia (verso 5)
Estranhos e estrangeiros nos servirão
Cremos que Deus nos coloca nos lugares celestiais como filhos do Rei.
3. A bênção da provisão: (versos 6 a 11). Deus tem inúmeras bênçãos
para a família em termos de provisão.
Seremos chamados de ministros do Senhor
Comeremos as riquezas das nações
Em lugar da vergonha teremos a honra
Teremos o dobro e ainda com alegria
Nossos descendentes serão abençoados
Beleza, adorno: o texto fala da beleza da noiva e do jardim.
4. A bênção da unção (versos 1 a 3)
O segredo destas bênçãos está no verso 1: “O Espírito do Senhor Deus
está sobre mim, porque o Senhor me ungiu”.
O texto é messiânico, mas suas verdades se aplicam a nós.
Se a família não tem tal unção, ela não tem condições de vitória.
Essa unção do Espírito Santo é a chave da vitória das famílias.
Conclusão: Que todas as famílias da igreja possam assim ser
reconhecidas: como famílias benditas do Senhor Deus.
Modelo 3
Texto: Salmo 127
Tema: Família, alvo permanente de Deus
Introdução: Em todas as coisas dependemos de Deus. A família em
particular depende de Deus. A família é alvo de Deus desde os primórdios
de sua criação.
1. Alvo permanente e por isso o Senhor a edifica: “Se o Senhor não
guardar a casa”.
2. Alvo permanente e por isso o Senhor a preserva: “Se o Senhor não
guardar a cidade”.
3. Alvo permanente e por isso o Senhor dá provisão: “Aos seus
amados ele o dá enquanto dormem”.
Conclusão: Há muitas casas infelizes em nosso mundo, casas
divididas, mas aquela casa que confia no Senhor, essa é feliz.
4. CERIMÔNIA DE BODAS DE OURO
A cerimônia de Bodas de Ouro (pronuncia-se bôdas) é parecidíssima
com a de Bodas de Prata, mas com a importante diferença de estarmos
celebrando meio século de convivência conjugal: cinqüenta anos é um
marco que certamente merece ser comemorado e é uma oportunidade para
testemunhar o amor de Deus na vida de um casal que se mantém unido
apesar das dificuldades, das tentações. Uma oportunidade de louvar a Deus
pelas vitórias concedidas aos cônjuges e valorizar a longevidade da união.
O local para a realização da cerimônia de Bodas de Ouro pode ser à
escolha: igreja, salão de festas ou mesmo a residência do casal, dos filhos
ou de um amigo da família, no entanto não deve ser longa, como em um
culto normal.
O ministro convidado deve conhecer ou ao menos procurar conhecer o
casal e seus familiares, para que durante a cerimônia não se equivoque
quanto às datas e nomes que devem ser mencionados na mensagem. Com
informações previamente confirmadas, o ministro mencionará apenas fatos
relevantes, positivos e reais sobre a vida do casal.
Os preparativos devem ser feitos antecipadamente e é bom que haja
uma ordem de culto com a entrada do casal, música, mensagem,
confirmação dos votos matrimoniais, entrega de alianças, bênção do
oficiante e assim por diante. Música especial também enriquece esse tipo de
cerimônia.
Caso a celebração ocorra no templo será necessário montar certa
estrutura com a participação dos membros da comunidade cristã, parentes e
amigos do casal.
Anel de Bodas (Aliança): Na comemoração das Bodas de Ouro, há a
bênção e a troca das alianças, que não precisam mudar nas Bodas de Ouro,
mas nada impede que o casal acrescente alguma coisa nova. Caso adquiram
novas alianças, elas serão confeccionadas em ouro, ligeiramente mais
grossas que as do casamento. Elas receberão uma camada superposta, ainda
em ouro, mas com tonalidade diferente, onde são gravadas as folhas de
hera, que simbolizam a fidelidade.
Bolo de Bodas: É de bom tom, oferecer bolo durante a celebração. O
bolo poderá ter um detalhe dourado na cobertura, ou no prato, ou na toalha
que ornamenta a mesa. É costume colocar 50 velas que o casal apaga,
cercado pelos filhos e netos, estes podem, inclusive participar do momento
de apagar as velas. Os convidados podem receber lembrancinhas onde
constará um detalhedourado, com um cartãozinho agradecendo a presença.
Essas lembrancinhas podem estar diante de cada lugar na mesa ou
colocadas em uma bandeja ou cesta e ser entregues por um garçom na
saída.
Convite de bodas: Se o casal tem filhos, são os filhos quem
convidam. Os nomes dos netos podem estar incluídos no convite. O texto
segue os mesmos moldes do convite de casamento.
Presente de bodas: Assim como na cerimônia de bodas de prata não
se faz lista de presentes, pois o casal já possui casa montada. O que
presentear? É costume mandar um arranjo de flores, objetos de decoração.
Alguns casais enviam dentro do convite um cartãozinho em um envelope
dourado sugerindo donativos: “Antonio Silva e Maria Aparecida Silva
gostariam que as flores e os presentes que possam vir a receber sejam
substituídos por donativos, em cheque nominal, à (nome da entidade) que
deve ser colocado neste envelope e entregue na entrada da igreja (ou do
salão da recepção)”.
Cerimônia de bodas: Quando realizada na igreja é muito parecida
com a cerimônia de bodas de prata ou um casamento. Toda a família deve
participar deste momento de especial celebração. Costuma-se oferecer uma
recepção. Pode-se também, ao invés de cerimônia na igreja, fazer uma
cerimônia bem mais simples e curta durante um almoço, um café colonial
ou um jantar. Quando a cerimônia é realizada na igreja, ela é antes da festa
e segue o mesmo padrão das bodas de prata, ou seja:
a) Os netos e bisnetos abrem o cortejo até o altar, seguidos pelos
filhos, noras e genros. O casal entra em seguida, mantendo uma pequena
distância. Os filhos ficam no altar com seus cônjuges e os netos e bisnetos
se assentam na primeira fileira de bancos.
b) Menos comum é a possibilidade do pai entrar com a filha mais
velha, a mãe com o filho mais velho, seguidos pelos demais filhos com os
seus respectivos cônjuges, os quais permanecem no altar. Netos e bisnetos
podem assentar-se na primeira fileira de bancos.
c) A mulher entra pela nave central da igreja pelo braço direito do
marido.
d) Durante a cerimônia das bodas de ouro há a bênção e a troca das
alianças.
e) Na saída, a ordem é: primeiramente o casal, depois os bisnetos, os
netos e por último os filhos, noras e genros.
f) Quando não possuem filhos, o casal entra e sai sozinho.
A roupa do casal: A roupa deve ser a que mais agrade o casal e que
combine com o horário da cerimônia. O mais usual é a mulher fazer a opção
por um traje cuja cor puxe para o amarelo ou o champanhe. Pode também
escolher um vestido na cor de sua preferência e completar o visual com um
acessório na cor dourada. Nas mãos, flores coloridas com detalhes
dourados. O homem veste fraque ou terno escuro, sapatos pretos, camisa de
boa qualidade, com gravata muito bem escolhida, que pode ser em tons
dourados.
Diante do ministro os cônjuges estarão acompanhados de seus
descendentes, para que todos vislumbrem as bênçãos de Deus sobre o casal.
Enquanto estão em pé o ministro pode dizer: “Nós louvamos e agradecemos
a Deus por este casal que tem conseguido, ao longo de tantos anos, em
tempos de crise espiritual e moral, manterem-se firmes no propósito do
casamento, fiéis e leais um para com o outro. Os nossos irmãos ________ e
_______ são um maravilhoso exemplo deste fato! Queremos solenizar neste
ato de Celebração das Bodas de Ouro desta feliz e próspera união. Por meio
século esse casal tem vivido em santa união conjugal. As lutas, certamente,
foram muitas, mas o Deus a quem eles servem os levou à vitória em todas
elas. A paciência, compreensão, a cooperação mútua, direcionaram a sua
vida conjugal, razão pela qual eles chegaram diante de Deus para oferecer
um culto em ação de graças e testemunhar que a promessa que firmaram há
50 anos se mantém firme para a glória de Deus e para a felicidade da
família”. O ministro poderá, então, trazer um sermão falando da graça de
Deus em manter viva a união familiar.
Quanto à entrega das alianças, o ministro entregará primeiro ao marido
que colocará no dedo correspondente de sua esposa e dirá: “Querida
________, por 50 anos tens sido a minha companheira fiel, ajudadora
incansável na formação de nossa família; como testemunho do meu amor
por ti e do meu reconhecimento pelas virtudes que tens, eu coloco em tua
mão esta aliança”. Depois disso, a esposa fará o mesmo e dirá: “Querido
________, a tua lealdade, ajuda, companheirismo e responsabilidade como
esposo e líder de nossa família levam-me a agradecer a Deus e neste ato
solene a colocar esta aliança em tua mão como testemunho do amor que a ti
dedico como esposa”. Ao final de tudo o ministro orará e suplicará as
bênçãos de Deus pelo casal.
Alguns textos apropriados para a mensagem ou para a bênção do casal
são: Gn 2.18-24; Rt 4.1-13a; Et 2.1-18; Sl 103.1-5; Pv 3.3-6; Pv 31.10-31;
ct 2.8-15; Ct 8.6,7; Is 54.5-8; Mt 7.24-25; Mc 10.6-9; Jô 2.1-11; 1 Co 13; Ef
5.21-33; Cl 3.12-17; I Jo 4.7-12.
4.1 Esboços de Programas (Ordem de Culto)
1. Entrada do Casal e Familiares - Música alegre, retumbante
2. Palavras Introdutórias
3. Leitura Bíblica – João 2.1-11
4. Oração
5. Música Especial - Música que enfatize o amor, a alegria e a paz em
Cristo
6. Poesia
7. Hino ou Cânticos – Alegres que enfatizem a gratidão a Deus pelos
anos de vida conjugal
8. Mensagem
9. Música Especial - Música que enfatize a vitória em Cristo
10. Confirmação dos Votos Matrimoniais
11. Entrega das Alianças
12. Hino - Música que enfatize a eternidade do amor
13. Impetração da Bênção com imposição das mãos
14. Recessional (saída do casal e de seus familiares) - Música
retumbante
Modelo 2
1. Prelúdio – Chamada ao Culto – Gênesis 2.18-24
2. Processional - Entrada do Casal e Familiares - Música alegre,
retumbante
3. Palavras Introdutórias
4. Cânticos - Alegres que falem e celebrem o amor conjugal
5. Leitura Bíblica – Efésios 5.21-33
6. Oração
7. Palavra de um representante da família
8. Música Especial - Que enfatize a alegria e o amor em Cristo
9. Mensagem
10. Hino - Alegre, que enfatize a durabilidade do amor
11. Confirmação dos Votos Matrimoniais
12. Música Especial - Música que trate da vitória e da paz em Cristo
13. Entrega das Alianças
14. Hino - Que trate da alegria ou do amor em Cristo
15. Impetração da Bênção com imposição das mãos
16. Recessional (saída do casal e de seus familiares) - Música alegre,
retumbante
4.2 Esboços de Mensagens
Modelo 1
Texto: Jeremias 10.19-25
Tema: A família vencendo as crises
Introdução: A Bíblia nos aponta algumas crises que a família
enfrenta. Suas causas e como superá-las.
1. A crise (verso 20)
A crise da derrota. Muitos lares derrubados, muitas tendas estão
caídas, no chão.
A crise das emoções. Laços de romantismo, cordas de cordialidade, de
estima, de carícias, dos afagos. As famílias estão frias nesta área.
A crise do desânimo. Muitos lares vendo seus filhos irem para as
drogas, para a prostituição, para o crime. Quanta desolação!
A crise da frustração. A família está num beco sem saída. Perplexa.
Não há quem levante a tenda da família.
2. As causas da crise (verso 21)
A estupidez da sociedade. É uma sociedade irreverente, estúpida;
muitos já não têm mais ética, postura, bom-senso.
Não se busca ao Senhor. A família esqueceu, abandonou, jogou Deus
para fora do círculo. O consumismo, a ganância, a insatisfação, o
mundanismo, levaram a família a não mais buscar a Deus.
3. A vitória sobre a crise
Levantar os olhos e ver de onde é que vem o socorro.
O verso 23 mostra que a solução não está em nós mesmos, mas em
Deus.
Buscar ao Senhor de todo coração.
Conclusão: A única saída para a família é Jesus Cristo. Ele é o
caminho, a porta, a saída. Jesus é a esperança para a família. Ele faz todas
as coisas novas.
Modelo 2
Texto: Apocalipse 2:10; 1 Coríntios 9:15-27)
Tema: Fidelidade
Introdução: Quem não aprecia a fidelidade? Os amigos a desejam! Os
cônjuges a exigem! As empresas esperam-na dos seus funcionários. A
Pátria reclama! E o que espera o Senhor? Ele espera a nossa fidelidade.
Nesta data quando celebramos cinqüenta anos deunião conjugal devemos
um preito de gratidão a Deus pela vida desse casal que há cinqüenta anos
mantém seus votos matrimoniais.
1. Cristo aprecia a fidelidade.
2. Fidelidade no cumprimento do dever para com a família,
3. Fidelidade diante das provas.
4. Fidelidade nos detalhes mínimos da vida.
5. Cristo requer fidelidade pessoal.
6. Cada pessoa tem determinado trabalho e na vida conjugal não é
diferente.
– Cada um está sob o dever de trabalhar: “Tudo quanto te vier à mão
para fazer; faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde
tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma (Ec
9:10).
7. Cristo requer fidelidade constante.
8. Cristo recompensará a fidelidade:
– Com uma gloriosa recompensa: Uma coroa
– Com uma recompensa durável: “Uma coroa de vida”
– Com uma recompensa pessoal: “Dar-te-ei”.
9. Fidelidade é uma das qualidades do Senhor Jesus. Diz a Bíblia que
Ele é Fiel e Justo (1 Jo 1:9). Por isso pode exigir de todos nós fidelidade.
10. A ordem é esta: “Sê fiel até a morte (Ap 2:10).
Conclusão: Assim como Deus é Fiel, Ele requer de nós fidelidade. Na
vida conjugal a fidelidade não é apenas esperada. Ela é exigida. O mundo
está cheio de atrativos, mas a Bíblia orienta a viver e fazê-lo com alegria
com a mulher da juventude, com a esposa, pois isso agrada profundamente
ao Senhor, é exemplo para a sociedade e necessário para uma família
estruturada e abençoada.
Modelo 3
Texto: Isaías 61.1-9
Tema: Uma família bendita
Introdução: “Bendizer” significa abençoar, falar e desejar todo o bem.
Isto é o que Deus quer para a família.
1. A bênção da Restauração (verso 4)
Edificarão os lugares assolados
Restaurarão as casas destruídas
Renovarão as cidades arruinadas.
2. A bênção da Primazia (verso 5)
a. Estranhos e estrangeiros nos servirão
b. Cremos que Deus nos coloca nos lugares celestiais como filhos do
Rei.
3. A bênção da provisão: (versos 6 a 11). Deus tem inúmeras bênçãos
para a família em termos de provisão.
a. Seremos chamados de ministros do Senhor
b. Comeremos as riquezas das nações
c. Em lugar da vergonha teremos a honra
d. Teremos o dobro e ainda com alegria
e. Nossos descendentes serão abençoados
f. Beleza, adorno: o texto fala da beleza da noiva e do jardim.
4. A bênção da unção (versos 1 a 3)
a. O segredo destas bênçãos está no verso 1: 
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu”.
b. O texto é messiânico, mas suas verdades se aplicam a nós.
c. Se a família não tem tal unção, ela não tem condições de vitória.
d. Essa unção do Espírito Santo é a chave da vitória das famílias.
Conclusão: Que todas as famílias da igreja possam assim ser
reconhecidas: como famílias benditas do Senhor Deus.
5. CERIMÔNIA FÚNEBRE
Esta prática tem acompanhado a morte de seres humanos em todas as
culturas e raças. Desde o início dos tempos todos os grupos sociais tiveram
costumes fúnebres. Crenças sobre a vida e a morte afetam os hábitos
fúnebres. A idéia da imortalidade é uma das mais cultivadas. Arqueólogos
descobriram ferramentas, adornos e mesmo alimento nas sepulturas
humanas mais antigas de que se tem notícia, sugerindo que mesmo esses
povos antigos acreditavam que os seres humanos continuam a existir de
alguma forma após a morte. Acreditava-se que rituais fúnebres apropriados
ajudavam os mortos a alcançar seu lugar final, que era, na crença de muitas
culturas, uma viagem perigosa - os mortos deviam, dependendo da cultura,
atravessar rios míticos ou amplos abismos. Os ritos também asseguravam à
pessoa viva que o espírito do morto não lhe causaria dano.
No pensamento cristão, quando a Igreja realiza um culto fúnebre, ela o
faz para apoiar os familiares em um momento de tremenda tristeza pela
separação temporária do ente querido que partiu; é também um momento
oportuno para mostrar aos presentes a importância de se estar preparado
para esse momento que será inevitável a cada um de nós. A igreja deve
apoiar a família espiritual, moral e materialmente não só no dia do
sepultamento, mas também em dias subseqüentes, através de telefonemas,
visitas, hospedagens a parentes que vieram de longe e assim por diante.
O serviço fúnebre é um momento onde há oportunidade para
meditação e reflexão e pode-se alcançar uma audiência tão heterogênea
com a mensagem de esperança e salvação de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo. O pastor deve chegar sempre bem adiantado, jamais em cima da
hora em ocasião como essas. Durante a cerimônia propriamente dita, o
pastor deve usar roupa escura; uma camisa clerical escura ficará bem. A
mensagem deve ser simples, breve, para não perder seu objetivo principal:
consolar a família e levar os ouvintes a um momento de reflexão sobre um
futuro encontro com Deus. O tom de voz deve ser moderado, nunca como
se tivesse pregando numa conferência evangelística ou um sermão
exortativo. É preciso que se planeje a ordem de culto, para que tudo saia
sem surpresas desagradáveis ou hilariantes. Antes de começar a cerimônia,
o pastor deve pedir a autorização da família e solicitar a atenção de todos os
presentes.
O pastor e a igreja precisam tomar certos cuidados práticos, sempre
que ocorrer o falecimento de alguém da igreja. Assim que receber a notícia
da morte de um dos membros de sua igreja, o pastor deve imediatamente ir
à residência dos familiares para oferecer sua ajuda e consolo espiritual. É
importante verificar os planos da família para o funeral, fazer sugestões
pertinentes e ajudar em tudo o que for possível. O ministro deve agendar a
hora e o local do funeral e se a cerimônia fúnebre será realizada na igreja,
numa capela mortuária ou na residência do falecido. É de muita ajuda à
família orientações no sentido de que se evitem certos gastos excessivos,
como sucede com muita freqüência quando as emoções profundas atacam o
interior das pessoas.
A celebração de um culto fúnebre, no templo, capela hospitalar,
residência, capela funerária ou cemitério é uma oportunidade de evidenciar
princípios cristãos de vida eterna, encorajamento, consolação, solidariedade
e proclamar a Salvação em Cristo Jesus. É uma excelente oportunidade do
exercício de aconselhamento espiritual. O corpo do morto, como criatura de
Deus, independente de sua postura ou comportamento ainda em vida, deve
ser tratado com respeito, reverência e decência, especialmente por fazer
parte da memória e estar intimamente ligado aos sentimentos de sua
família.
Visando atender os objetivos acima relacionados, a liderança da igreja
e seus membros devem atentar para as seguintes normas:
a) Local e horário: O local e o horário do sepultamento deve ser
comunicado pelos familiares do falecido à Secretaria da Igreja ou ao Pastor
logo após a constatação do fato.
b) Culto fúnebre: a ordem e a duração do culto fúnebre devem ser
combinadas pelo líder da mesma, preferencialmente o pastor da Igreja, ou
por um outro pastor autorizado, juntamente com a família enlutada. A
realização de qualquer participação especial e os pronunciamentos na
programação da mesma dependem da autorização da família. Se o número
de pessoas que se oferecerem para fazer algum pronunciamento em
reconhecimento ao falecido for além de duas pessoas, o oficiante deve
estabelecer prazo para cada um daqueles aos quais for franqueada a palavra.
Os cânticos só deverão ser executados com autorização da família enlutada
e o teor dos mesmos deve expressar esperança, fé, consolação,
agradecimento e confiança em Deus. Se o falecido não é evangélico a
oportunidade deve ser para enfatizar a importância de estarmos preparados
para o encontro com a eternidade.
c) Cuidados com o corpo: O traslado, serviços de floricultura,
vestimentas, limpeza, conservação, taxas e serviços funerários, despesas de
sepultamento e outros cuidados com o corpo do falecido normalmente são
de inteira responsabilidade da família enlutada. No entanto, a igreja não
deve se esquecer de seu papel social na ajuda às famílias extremamente
necessitadas e carentes, podendo participar de alguma forma com as
despesas.

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